Sohn-Rethel - Trabalho manual e espiritual
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enlace na identidade dos indivíduos consumidores e trabalhadores,<br />
trabalhadores e consumidores. Só se pode falar então dos indivíduos não<br />
em consideração isolada, e sim somente como membros do grupo parental<br />
de sua conexão de nascimento real ou suposta. Mais: ocorre na produção<br />
dos meios de vida uma certa divisão do trabalho para todos entre adultos e<br />
aptos ao trabalho. Mas através de sucessão das gerações e considerando<br />
as articulações da divisão do trabalho, os mesmos homens que produzem<br />
são aqueles que consomem, os consumidores são os mesmos que os<br />
produtores. De acordo com essa identidade o ser da comunidade é um<br />
todo, que nela tem a lei de sua capacidade de vida e de sua organização.<br />
Para realizar essa identidade (enquanto a exploração não deve penetrar na<br />
comunidade), o único sentido das normas deve ser de dividir o trabalho<br />
entre os capazes e de acordo com as mesmas de novo distribuir os<br />
produtos individuais obtidos pela divisão do trabalho entre os vários<br />
consumidores. Sua identidade individual não a têm os homens aqui para si,<br />
mas no todo da tribo, porque a ordem dela medeia para cada um sua<br />
identidade como produtor e consumidor; mas ela é a conexão da produção<br />
e do consumo de seus meios de vida em sua pessoa física. - Se produção<br />
e consumo, como aqui, são conexos na identidade física do produtor e do<br />
consumidor, então sua conexão é imediatamente prática; elas são<br />
vinculadas como distintas atividades corporais-sensíveis da vida dos<br />
mesmos homens. Sobre a base dessa vinculação sua produção e consumo<br />
são para os homens relação reciproca de medida, a qual se realiza para<br />
cada indivíduo nas regras da divisão do trabalho e do consumo entre<br />
membros de tribo.<br />
A partir daí, a "separação social de produção e consumo", que encontramos<br />
na base da equivalência mercantil e da reificação, aparece em sua luz<br />
própria. Essa separação repousa sobre a destruição da identidade natural<br />
do produtor e do consumidor, e a reificação explica-se do fato que a<br />
conexão entre produção e consumo necessária à vida, quando ela não se<br />
encontra mais na identidade dos mesmos homens, deve encontrar sua<br />
conexão na identidade das mesmas coisas, em outras palavras na<br />
mercadoria. Mas a origem daquela destruição é a exploração.<br />
Contudo deve-se aqui distinguir entre exploração e exploração. Nossa<br />
construção da comunidade sem exploração dirige o pensamento primeiro a<br />
uma formação de exploração no interior da mesma, como produto de sua<br />
"desagregação", mesmo se ela pode ter sido provocada, no processo do<br />
desenvolvimento ulterior das forças produtivas, através de relações<br />
externas de troca ou por contatos violentos com outras tribos. Também com<br />
o surgimento de tais relações internas de exploração no seio da<br />
comunidade natural articula-se necessariamente uma reificação da conexão<br />
entre produção e consumo e portanto também da conexão do homem<br />
produtor e do consumidor. De acordo com nossa visão, isso porém não é