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Sohn-Rethel - Trabalho manual e espiritual

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trabalha, para o qual ela não tem finalidade, nem para o senhor que coloca<br />

a finalidade, para o qual ela não é trabalho. Para organizar a produção<br />

como geração de mercadorias que valem dinheiro, sua conexão deve<br />

primeiro ser construída teoricamente. Esta construção a ser feita puramente<br />

em pensamentos, separada da praxis, exige a reflexão sobre o pensamento<br />

como tal e sobre a fundamentação interna de sua consequência. Ela está<br />

sob controles lógicos (em vez de práticos) de sua verdade e é a primeira a<br />

ter o conceito de uma verdade atemporal fundada em si. A teoria deve ser<br />

racional, porque a produção em sua praxis não o é mais. O pensamento<br />

logicamente reflexo para a construção racional da produção, ou seja o<br />

conhecimento racional da natureza, seria de acordo com isso um meio<br />

socialmente indispensável para a organização da produção com o trabalho<br />

escravo.xi<br />

O nexo entre o modo racional de conhecimento e a troca mercadoriasdinheiro45<br />

interessa-nos porém em um primeiro momento só de um ponto<br />

de vista formal, sem considerar seu conteúdo histórico, a exploração.<br />

Cremos de poder tornar evidente, que a determinação lógico-formal do<br />

pensamento racional está condicionada de forma direta da determinação<br />

formal da troca mercadorias-dinheiro. Comum desenvolvimento passo a<br />

passo dessa determinação formal de acordo com suas mediações aqui não<br />

é possível, resumimos seus caracteres mais importantes para nosso tema<br />

com toda brevidade em sua forma completamente manifesta no dinheiro,<br />

para em seguida introduzir mais de perto só o ponto central.<br />

4. Para a análise da forma mercadoria<br />

O dinheiro é uma mercadoria, que está marcada para servir só como<br />

equivalente para outra mercadoria sendo assim puro meio de troca. Em seu<br />

carretar como dinheiro fica explicitamente excluído qualquer uso de seu<br />

material para a produção ou o consumo, pois ela com tal uso deixaria logo<br />

de ser dinheiro. No dinheiro portanto aquilo que faz com que o ouro seja<br />

dinheiro manifesta-se como contraposição àquilo que é seu material, o<br />

ouro, mas também o material de qualquer outra mercadoria, ou qualquer<br />

material de uma mercadoria. No dinheiro fica assim estabelecido que a<br />

equivalência das mercadorias tem um carretar puramente funcional.<br />

A expressão da equivalência das mercadorias ao dinheiro fixa a ação da<br />

troca como oposto às ações da produção e do consumo. A troca das<br />

mercadorias exclui pelo tempo de sua duração qualquer mudança material<br />

das mercadorias, que possa afectar suas relações de valor. Só para a<br />

identidade material imutada das mercadorias é possível sua relação de<br />

equivalência. Esta identidade é forma de negação da produção e do<br />

consumo. Ela significa que no mercado as mercadorias só mudam de mãos<br />

e a produção e o consumo no entanto param.

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