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ARTiSTAS CATARinEnSES diLuEM fROnTEiRAS, TRAnSfORMAM ...

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Os artistas do banal recolhem os fragmentos do cotidiano para transformá-los em arte, dos sons do quintal a milhares de palitos de fósforo usados. Foto: Fernanda Kock<br />

de pintura para mulheres. A experiência a mergulhou<br />

no universo caseiro, resultando na exposição<br />

individual Antologia Feminina, realizada na Fundação<br />

Cultural de Criciúma.<br />

Uma das pesquisas da artista, cujo trabalho está permeado<br />

pela ficcionalização do cotidiano (“O real e o inventado<br />

oscilam a todo momento”), resulta na obra Casa-movente,<br />

exposta até julho no 12º Salão Nacional de Artes de Itajaí.<br />

Uma casa ambulante, montada sobre rodas, que “expõe,<br />

sobretudo, a construção permanente do viver”. “A casamovente<br />

apresenta um paradoxo. É uma combinação<br />

impossível de nomadismo e sedentarismo.”<br />

Helene considera o lugar em que mora como um<br />

abrigo. “Eu sempre o pensei assim. Mas ele me ajuda<br />

também a pensar a construção de um território. Minha<br />

casa é ferramenta de criação.” Seu caderninho é virtual:<br />

o site a1infinito.net, criado praticamente junto com a<br />

construção da casa, mostra um pouco desse processo.<br />

“Deambulei por Porto Alegre à procura de objetos e<br />

isso me levou a pensar no funcionamento da cidade,<br />

nas formas de habitação, em soluções alternativas de<br />

moradia, em consumo, descarte.”<br />

Há 23 anos na Holanda, a artista brasileira Renata de<br />

Andrade também trabalha com material abandonado<br />

nas cidades. “Sinto-me muito ligada ao meio ambiente.<br />

Em casa, sou cuidadosa com o uso de energia, água,<br />

reflito muito antes de comprar uma roupa, e evito<br />

comidas embaladas em plástico. Procuro viver de uma<br />

forma consciente e respeitosa, que acaba influenciando<br />

meu trabalho.”<br />

Em novembro de 2009, fechou o ateliê que tinha havia<br />

22 anos em Amsterdã. Um pedaço de sua sala de visitas<br />

virou um estúdio. E começou a se interessar muito<br />

mais pelo espaço público. “Passei a fazer mais grafites, a<br />

colocar mais assemblages, esculturas e pinturas nas ruas,<br />

a considerar as ruas e as calçadas de Amsterdã como meu<br />

ateliê!” Como Aline Dias, Renata acumula em sua casa<br />

materiais como plástico, papelão, rolhas, sem saber que<br />

destino lhes dar. “Acho muito difícil não ver arte em tudo.”<br />

Na maioria das vezes, se sente mais como um instrumento<br />

do que a autora de sua obra. “Sou sua humilde serva...”<br />

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