Catálogo da exposição - Direcção Regional de Cultura do Alentejo
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8 O azulejo é uma placa de barro cozido, geralmente quadrada, de espessura variada, em que uma das faces é decorada e vidrada. Esta face pode ser monocromática ou policromática, lisa ou em relevo. O azulejo é geralmente usado em grande número como elemento associado à arquitetura, em revestimento de superfícies interiores ou exteriores, ou como elemento decorativo isolado. Os azulejos hispano-árabes eram fabricados segundo as técnicas de CORDA SECA e de ARESTA Segundo a técnica de corda seca procedia-se à gravação do desenho na placa de cerâmica ainda húmida, permitindo a obtenção de sulcos preenchidos a manganês, misturado com uma gordura, garantindo a separação dos esmaltes de várias cores durante a cozedura. A técnica de aresta ou cuenca permitia a impressão do desenho sobre barro cru, através de um molde de madeira ou metal. As arestas/saliências conseguidas permitem a separação dos esmaltes durante a cozedura. Nestes azulejos eram utilizados motivos mouriscos - a estrela islâmica é muito frequente-, bem como os motivos fitomórficos que se entrelaçam e repetem em esquemas geométricos radiais, formando um padrão. A azulejaria portuguesa desenvolveu-se, a partir de meados do século XVI, segundo uma técnica inovadora, desenvolvida em Itália: a FAIANÇA ou MAJÓLICA. Esta técnica tornou possível a pintura direta, sobre o azulejo liso, sem que as cores se misturassem durante a cozedura, realizada a altas temperaturas, possibilitando uma enorme liberdade formal: elementos naturalistas, sugestões arquitetónicas, paisagens, ou mesmo elementos figurativos. Módulo de padrão Lisboa c. 1626-1650 Faiança polícroma 27,7x27,5 Proveniência Igreja de S. Mamede de Évora (?) A7 ME 98 17
16 Módulo de padrão de camélia Lisboa c. 1651-1675 Faiança polícroma 29x29 cm Proveniência desconhecida A6 ME139 azulejos Museu de Évora
- Page 1 and 2: De facto, é a força cenográfica
- Page 3 and 4: 3 Painel com vaso florido Lisboa c.
- Page 5 and 6: 20 Módulo de padrão Lisboa c. 167
- Page 7: 18 Módulo de padrão Lisboa c. 163
- Page 11 and 12: 14 4.Painel de azulejos de padrão
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O azulejo é uma placa <strong>de</strong> barro cozi<strong>do</strong>, geralmente quadra<strong>da</strong>, <strong>de</strong> espessura varia<strong>da</strong>, em<br />
que uma <strong>da</strong>s faces é <strong>de</strong>cora<strong>da</strong> e vidra<strong>da</strong>. Esta face po<strong>de</strong> ser monocromática ou<br />
policromática, lisa ou em relevo.<br />
O azulejo é geralmente usa<strong>do</strong> em gran<strong>de</strong> número como elemento associa<strong>do</strong> à arquitetura,<br />
em revestimento <strong>de</strong> superfícies interiores ou exteriores, ou como elemento <strong>de</strong>corativo<br />
isola<strong>do</strong>.<br />
Os azulejos hispano-árabes eram fabrica<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> as técnicas <strong>de</strong> CORDA SECA e <strong>de</strong><br />
ARESTA<br />
Segun<strong>do</strong> a técnica <strong>de</strong> cor<strong>da</strong> seca procedia-se à gravação <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho na placa <strong>de</strong> cerâmica<br />
ain<strong>da</strong> húmi<strong>da</strong>, permitin<strong>do</strong> a obtenção <strong>de</strong> sulcos preenchi<strong>do</strong>s a manganês, mistura<strong>do</strong> com<br />
uma gordura, garantin<strong>do</strong> a separação <strong>do</strong>s esmaltes <strong>de</strong> várias cores durante a cozedura.<br />
A técnica <strong>de</strong> aresta ou cuenca permitia a impressão <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho sobre barro cru, através <strong>de</strong><br />
um mol<strong>de</strong> <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou metal. As arestas/saliências consegui<strong>da</strong>s permitem a separação<br />
<strong>do</strong>s esmaltes durante a cozedura.<br />
Nestes azulejos eram utiliza<strong>do</strong>s motivos mouriscos - a estrela islâmica é muito frequente-,<br />
bem como os motivos fitomórficos que se entrelaçam e repetem em esquemas geométricos<br />
radiais, forman<strong>do</strong> um padrão.<br />
A azulejaria portuguesa <strong>de</strong>senvolveu-se, a partir <strong>de</strong> mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XVI, segun<strong>do</strong> uma<br />
técnica inova<strong>do</strong>ra, <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> em Itália: a FAIANÇA ou MAJÓLICA.<br />
Esta técnica tornou possível a pintura direta, sobre o azulejo liso, sem que as cores se<br />
misturassem durante a cozedura, realiza<strong>da</strong> a altas temperaturas, possibilitan<strong>do</strong> uma<br />
enorme liber<strong>da</strong><strong>de</strong> formal: elementos naturalistas, sugestões arquitetónicas, paisagens, ou<br />
mesmo elementos figurativos.<br />
Módulo <strong>de</strong> padrão<br />
Lisboa<br />
c. 1626-1650<br />
Faiança polícroma<br />
27,7x27,5<br />
Proveniência Igreja <strong>de</strong> S. Mame<strong>de</strong> <strong>de</strong> Évora (?)<br />
A7 ME 98<br />
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