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Catálogo da exposição - Direcção Regional de Cultura do Alentejo

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3<br />

Painel com vaso flori<strong>do</strong><br />

Lisboa<br />

c. 1701-1721<br />

Faiança azul e branca<br />

86cm x57cm<br />

Proveniência <strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong><br />

A12 ME149<br />

A presente <strong>exposição</strong> preten<strong>de</strong> <strong>da</strong>r a conhecer e chamar a atenção para a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

importância <strong>da</strong> proteção <strong>da</strong>quela que é a expressão artística diferencia<strong>do</strong>ra e mesmo<br />

i<strong>de</strong>ntitária <strong>da</strong> cultura portuguesa no mun<strong>do</strong>: o Azulejo. Não faz, nem preten<strong>de</strong> fazer, uma<br />

abor<strong>da</strong>gem à evolução <strong>da</strong> história <strong>da</strong> azulejaria em Portugal, pois como o próprio nome<br />

indica apresenta azulejos <strong>da</strong> coleção <strong>do</strong> Museu <strong>de</strong> Évora que, aliás, conserva e expõe um<br />

importante núcleo <strong>de</strong> azulejos, provenientes ou recolhi<strong>do</strong>s na região.<br />

Apresentar-se-á um núcleo <strong>de</strong> azulejos hispano-árabes, quinhentistas, importa<strong>do</strong>s <strong>da</strong><br />

An<strong>da</strong>luzia, bastante representativos <strong>de</strong> um gosto mudéjar que então se fazia sentir nas<br />

artes. Em Évora, existiriam <strong>do</strong>is núcleos, bastante representativos <strong>de</strong>sta azulejaria, nos<br />

Conventos <strong>de</strong> S. Francisco e <strong>do</strong> Paraíso, conservan<strong>do</strong>-se alguns exemplares nas coleções <strong>do</strong><br />

Museu <strong>de</strong> Évora.<br />

A azulejaria <strong>do</strong> século XVII estará representa<strong>do</strong> pelo que <strong>de</strong> mais significativo tem este<br />

perío<strong>do</strong> – a azulejaria <strong>de</strong> padrão, polícroma, que <strong>da</strong>rá origem a tapetes <strong>de</strong> escala<br />

monumental, <strong>de</strong> extraordinária riqueza <strong>de</strong>corativa. Graças ao azulejo, interiores austeros<br />

<strong>de</strong> igrejas, sacristias, longos corre<strong>do</strong>res, ou pátios transformar-se-ão <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à cor, ao brilho<br />

e à monumentali<strong>da</strong><strong>de</strong> que o azulejo lhes imprime.<br />

No final <strong>do</strong> século XVII, assistir-se-á à redução <strong>da</strong> paleta cromática e ao <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> azulejo<br />

azul e branco, que perdurará até mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XVIII; é, também, neste perío<strong>do</strong> que<br />

surgirão os gran<strong>de</strong>s painéis figurativos, expressão <strong>de</strong> uma linguagem ca<strong>da</strong> vez mais<br />

individual e criativa, mas que já não terão lugar nesta pequena <strong>exposição</strong>.<br />

Sugerimos, no entanto, uma visita a importantes núcleos <strong>de</strong> azulejaria, visitáveis por<br />

exemplo, na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Évora, ou nas Igrejas <strong>do</strong> Espírito Santo, Salva<strong>do</strong>r, S. Mame<strong>de</strong>,<br />

Lóios, ou Misericórdia em Évora.

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