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2º Trimestre de 2013 – A Família Cristã no Século XXI – protegendo seu lar dos ataques do inimigo<br />

PORTAL ESCOLA DOMINICAL<br />

2º Trimestre de 2013 - CPAD<br />

A Família Cristã no Século XXI: protegendo seu lar dos ataques do inimigo<br />

Comentários da revista da CPAD: Elinaldo Renovato de Lima<br />

Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto<br />

ESBOÇO Nº 1<br />

A) INTRODUÇÃO AO TRIMESTRE<br />

A família é o tema deste trimestre em nossa Escola Bíblica Dominical, tema que há<br />

oito anos não era tratado especificamente no currículo da CPAD, que tratou do assunto no segundo trimestre<br />

de 2004. Desde aquela época e, hoje como nunca, a família tem sido um dos grandes problemas que têm sido<br />

enfrentados nestes dias que antecedem a vinda do Senhor para arrebatar a Sua Igreja.<br />

Não devemos nos admirar com os problemas que têm vindo sobre a família, porquanto<br />

são nada mais, nada menos do que cumprimento da Palavra de Deus.<br />

Com efeito, ao anunciar os sinais de Sua vinda, Jesus afirmou que, no período<br />

imediatamente anterior ao arrebatamento da Igreja, reviveríamos os dias de Noé, onde as pessoas casavam e<br />

davam-se em casamento (Mt.24:38), ou seja, onde as pessoas pouco se importavam com a constituição de<br />

famílias, tornando a instituição familiar descartável e completamente dependente do humor e dos desejos e<br />

paixões dos indivíduos.<br />

O apóstolo Paulo, também, afirmou que, nestes dias, seria característica predominante<br />

esta total desconsideração dos valores familiares, tanto que os homens seriam desobedientes a pais e mães,<br />

ingratos, sem afeto natural, sem amor para com os bons, traidores, mais amigos dos deleites do que amigos de<br />

Deus (II Tm.3:1-4), propriedades que atingem e ferem de morte a instituição familiar.<br />

Não deveríamos, pois, repetimos, esperar outra coisa senão a total falência da família<br />

num mundo pecaminoso, sem Deus e sem salvação, até porque, como nos ensinam as Escrituras, este mundo<br />

segue a vontade do deus deste século, que se levanta contra tudo o que é criado por Deus (Ef.2:2,3; II Co.4:4)<br />

e a família é, simplesmente, a primeira instituição criada por Deus na terra (Gn.2:23,24). Assim, para quem<br />

veio matar, roubar e destruir (Jo.10:10), não há, mesmo, trabalho mais importante senão a destruição e<br />

esfacelamento da família.<br />

É por isso que um estudo sobre a família, nos nossos dias, se apresenta como uma<br />

imperiosa necessidade para aqueles que entregaram suas vidas a Jesus e que O estão esperando para vir<br />

arrebatar a Sua Igreja.<br />

Nenhum outro trabalho satânico tem sido tão cuidadoso e exitoso quanto o<br />

esfacelamento e a destruição das famílias. A imoralidade, a prostituição, as drogas, o divórcio e tantas<br />

outras ferramentas têm sido astutamente utilizados pelo adversário das nossas almas e têm conseguido atingir<br />

milhões e milhões de vidas, e, através disto, prejudicado intensamente o trabalho da Igreja na evangelização<br />

dos povos.<br />

A capa da revista deste trimestre apresenta-nos uma porta entreaberta, com uma chave<br />

que tem, em seu chaveiro, um livro aberto, que nos lembra a Bíblia Sagrada. A cena mostra, claramente, já que<br />

a chave está do lado de fora, que se está entrando em casa, que se está permitindo que o interior da casa tenha<br />

contato com o mundo externo.<br />

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2º Trimestre de 2013 – A Família Cristã no Século XXI – protegendo seu lar dos ataques do inimigo<br />

Esta ilustração remete-nos às palavras de Moisés ao povo de Israel, no bojo de um de<br />

seus últimos discursos ao povo, antes de sua morte, no capítulo 6 do livro de Deuteronômio, em trecho que é<br />

fundamental para a definição da fé judaica em Deus.<br />

Nesta passagem de seu discurso, Moisés manda ao povo que ensinasse a lei de Deus aos<br />

seus filhos, em todo o tempo, em toda a circunstância, para que pudessem os filhos guardar os mandamentos e,<br />

assim, prosseguir o compromisso assumido de ser o povo santo e o reino sacerdotal do Senhor dentre os povos<br />

no pacto do Sinai (Dt.6:7-9).<br />

O texto sagrado diz que, por primeiro, precisamos ter a Palavra de Deus em nossos<br />

corações e, depois, devemos transmiti-las a nossos filhos, inclusive as escrevendo “nos umbrais de nossa casa<br />

e nas nossas portas”.<br />

A porta retratada na capa do trimestre mostra-nos, claramente, que a família somente<br />

estará protegida dos inúmeros ataques que o mundo, dominado pelo inimigo de nossas almas, sempre lança<br />

contra ela, se estiver fundamentada na Palavra de Deus, na sã doutrina, se a família for o ambiente de adoração<br />

ao Senhor, de intensa comunhão não só entre seus integrantes, mas deles com Deus.<br />

A chave para mantermos uma vida familiar vitoriosa, que atinja os sublimes propósitos<br />

traçados por Deus para a instituição familiar é, precisamente, a de termos, em nossa casa, um verdadeiro e<br />

genuíno “lar”, ou seja, um local de adoração ao Senhor, onde se ministre, se viva e se difunda a Palavra de<br />

Deus, onde todos vivam consoante o modelo estabelecido pelo Senhor ao criar a família, o local propício para<br />

que o homem cumpra os desígnios divinos sobre a face da Terra.<br />

Após uma lição introdutória, em que veremos que a família é uma criação divina, o<br />

trimestre pode ser dividido em dois blocos, a saber:<br />

a) o primeiro bloco, que abrange as lições 2 a 10, estudaremos o elemento fundante da família consoante o<br />

modelo bíblico, ou seja, o casamento, em todas as suas perspectivas, inclusive a tormentosa questão do<br />

divórcio, assim como outros aspectos da vida familiar, como a educação cristã, a sexualidade e o culto<br />

doméstico. Estaremos a estudar a família “do lado de dentro”, na sua estrutura interna.<br />

b) o segundo bloco, que abrange as lições 11 a 13, onde estudaremos o relacionamento da família com a<br />

Escola Bíblica Dominical e a Igreja e, por fim, analisaremos o propósito divino de termos em nossa família<br />

um local para adoração ao Senhor. Veremos a família “do lado de fora”, ou seja, em suas relações com a<br />

sociedade e com Deus.<br />

O comentarista deste trimestre é o pastor Elinaldo Renovato de Lima, pastor<br />

presidente das Assembleias de Deus em Parnamirim/RN, um dos expoentes das Assembleias de Deus em ética<br />

cristã.<br />

Devemos, neste trimestre, nos dedicar, com afinco, no estudo da Palavra de Deus, a fim<br />

de que possamos saber qual o modelo divino da família, como podemos impedir e evitar os ataques do inimigo<br />

de nossas almas contra a nossa família, a fim de que, a exemplo de Josué, no ocaso de nossa existência ou de<br />

nossa dispensação, digamos, com imensa gratidão ao Senhor : "Eu e a minha casa serviremos ao Senhor".<br />

B) LIÇÃO Nº 1 - A FAMÍLIA - CRIAÇÃO DE DEUS<br />

A família foi uma instituição criada por Deus, cuja finalidade<br />

é proporcionar os meios para que o homem cumpra os propósitos divinos destinados a ele.<br />

INTRODUÇÃO<br />

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- A família é apresentada nas Escrituras como sendo uma instituição criada diretamente por Deus,<br />

com o propósito de criar as condições necessárias para que o homem cumprisse o papel que lhe cabia na<br />

ordem estabelecida por Deus quando da criação de todas as coisas.<br />

- Sendo, portanto, uma instituição criada pelo próprio Deus, ao homem é indispensável que mantenha o<br />

modelo previsto pelo Senhor para a família, pois só assim poderá cumprir o seu papel na ordem universal e se<br />

apresentar como alguém submisso ao senhorio de Deus. Como crentes, não podemos jamais querer ser tidos<br />

como verdadeiros e autênticos servos do Senhor, se não estivermos vivendo uma vida familiar de acordo com<br />

a vontade do Senhor, que é o modelo estampado na Sua Santa Palavra.<br />

I. CONCEITO E ATRIBUIÇÕES DA FAMÍLIA<br />

- O primeiro grupo social a que uma pessoa pertence é a família, grupo criado pelo próprio Deus<br />

(Gn.2:23,24) e que procura suprir as necessidades sentimentais, afetivas e emocionais básicas do ser humano.<br />

A função da família é, precisamente, impedir que haja o sentimento de solidão, que caracterizava Adão antes<br />

da formação da mulher (Gn.2:20).<br />

- Os homens, mesmo, sem conhecer a Palavra de Deus, reconhecem o papel fundamental que a família<br />

exerce na vida de um homem. A Declaração Universal dos Direitos do Homem afirma que "…a família é o<br />

núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado." (<strong>artigo</strong> XVI, nº<br />

3), preceito que é repetido pela Constituição brasileira, que afirma que "…a família, base da sociedade, tem<br />

especial proteção do Estado…" (art.226). Entretanto, apesar dos preceitos normativos solenes, o adversário<br />

tem realizado um trabalho terrível de destruição contra a família, até porque seu trabalho é o de matar, roubar<br />

e destruir (Jo.10:10).<br />

- Deus não só criou a família como estabeleceu quais as regras e as condutas que devem ser<br />

observadas pelos membros da família. As Escrituras trazem quais os parâmetros do relacionamento entre<br />

cônjuges, entre pais e filhos e entre irmãos. O segredo da felicidade no relacionamento familiar está em ter<br />

uma conduta conforme a Bíblia Sagrada.<br />

- Como a família foi criada por Deus, é Ele quem deve estabelecer as regras, as normas ao homem, a<br />

quem cabe, simplesmente, obedecer. A família não é nossa criação, nem pode ser estruturada segundo os<br />

nossos conceitos ou a nossa vontade. Existem princípios que devem ser seguidos. Muito se fala, hoje, a<br />

respeito da diversidade de culturas, dos diferentes modos de vida das várias raças, tribos e nações em volta do<br />

mundo, mas isto não é suficiente para que consideremos que os princípios estabelecidos por Deus não devam<br />

ser observados por todos os homens. Os homens, envolvidos em seus delitos e pecados, acabam distorcendo os<br />

princípios estabelecidos por Deus e cabe à igreja, como defensora destes princípios, imergir nas culturas dos<br />

povos de modo a que tais culturas sejam transformadas e voltem aos princípios estatuídos pelo Senhor.<br />

Observemos que, entre os próprios judeus, a dureza de coração foi responsável pela existência de normas<br />

jurídicas sobre a família que estavam em desacordo com os princípios estabelecidos por Deus, como<br />

denunciou o próprio Senhor Jesus ao ser indagado sobre a norma do repúdio que vigorava, na época, em Israel<br />

(Mt.19:3-8).<br />

- As Escrituras indicam que o homem não foi feito para viver solitariamente. Muito pelo contrário, a<br />

Bíblia é explícita ao dizer que , ao contemplar o homem, Deus afirmou que " não é bom que o homem esteja<br />

só" (Gn.1:18), tendo, então, estabelecido a necessidade de criar a mulher, que serviria como uma adjutora, ou<br />

seja, como uma ajudadora, que estivesse diante do homem. Esta explicitação do texto bíblico, em que se dá a<br />

narrativa da criação da mulher, especifica algo que o próprio Deus já havia delineado no instante em que<br />

decidiu criar o ser humano, porquanto, ao nos ser informada a intenção divina, é-nos dito que, no plano divino,<br />

estava o de dotar o homem não só de domínio sobre a criação na terra, mas também, de capacidade de<br />

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reprodução (Gn.1:28), o que exigia a formação da família, único ambiente em que se poderia concretizar o<br />

desejo de Deus para o homem.<br />

- É, precisamente, dentro deste escopo que devemos observar a família. Ela é uma instituição que foi<br />

criada por Deus para que o homem pudesse cumprir tudo aquilo que Deus havia planejado para que o<br />

homem fizesse. Sem a família, seria impossível que o homem frutificasse e se multiplicasse sobre a face da<br />

Terra e, por conseguinte, que o homem pudesse dominar sobre a criação que estava na Terra. É interessante<br />

notar que, ao exercer a sua primeira função de dominador sobre o restante da natureza terrena, o homem<br />

percebeu que estava só, sentimento este que foi observado por Deus. Sem a providência divina de criação da<br />

mulher e, por conseguinte, da família, o homem não teria condições sequer de dominar o restante da natureza,<br />

pois, acometido que estava de um sentimento de solidão, de falta, não teria condições psicológicas para se<br />

impor frente aos demais seres.<br />

- Alguns estudiosos costumam dizer que a mulher é uma criatura mais excelente que o homem, porque é o<br />

resultado do suprimento de uma carência do homem, sendo, portanto, por assim dizer, um aperfeiçoamento da<br />

criação divina. No entanto, se bem observarmos a narrativa bíblica, chegaremos à conclusão de que não é a<br />

mulher a criação mais excelente na humanidade, mas, sim, a criação da família, pois foi a criação desta<br />

instituição que significou a supressão da carência tanto do homem (que havia motivado a criação da mulher),<br />

como da própria mulher. O texto bíblico é claro ao indicar que a tão-só criação da mulher era uma condição<br />

necessária, porém não suficiente para que se tivesse a solução da questão da solidão. Esta solução, diz-nos o<br />

texto sagrado, somente se deu a partir do instante que Deus estabeleceu que homem e mulher, doravante, se<br />

uniriam, formando famílias, de modo a permitir que o propósito divino de domínio e frutificação fosse<br />

realizado e concretizado pela humanidade. Assim, é a família a mais excelente criação divina para a<br />

humanidade.<br />

- Sem a família, pois, não pode o homem atingir o propósito estabelecido por Deus quando de sua criação.<br />

Não há como o homem atender ao que lhe é exigido pelo seu Criador sem que exista a família. Sem a família,<br />

o homem não pode sequer ser considerado um homem no sentido estrito da Palavra e as consequências que<br />

têm vindo à sociedade moderna em virtude do intenso e progressivo processo de desintegração familiar que<br />

temos contemplado é uma prova do que estamos a dizer. Via de regra, os criminosos mais hediondos que têm<br />

surgido, que nem sequer se portam como seres humanos, tamanha a sua bestialidade, verdadeiras bestas-feras<br />

em corpo humano, são pessoas que foram vítimas da ausência da instituição familiar no histórico de suas<br />

vidas. A destruição da instituição familiar representa, assim, a própria destruição da humanidade, da imagem e<br />

semelhança de Deus na vida dos seres humanos e é por isso que o adversário de nossas almas, que nos odeia e<br />

nos detesta, tem investido tanto na destruição desta instituição. Destrua-se a família e estarão destruídos os<br />

seres humanos e, por conseguinte, toda a sociedade.<br />

OBS: Uma das maiores demonstrações da dificuldade de nossos tempos está, precisamente, em observarmos que o adversário de nossas almas, o<br />

deus deste século, tem conseguido obnubilar a própria concepção de família no meio da humanidade, algo que, para não se dizer que se trata de<br />

implicância ou desvario dos crentes, é observado por diversas pessoas, inclusive o Papa João Paulo II (1978-2005), que foi um dos grandes<br />

defensores da instituição familiar nas últimas décadas, que, em 1981, assim afirmou: "…A FAMÍLIA nos tempos de hoje, tanto e talvez mais que<br />

outras instituições, tem sido posta em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura. Muitas famílias vivem<br />

esta situação na fidelidade àqueles valores que constituem o fundamento do instituto familiar. Outras tornaram-se incertas e perdidas frente a seus<br />

deveres, ou ainda mais, duvidosas e quase esquecidas do significado último e da verdade da vida conjugal e familiar. Outras, por fim, estão<br />

impedidas por variadas situações de injustiça de realizarem os seus direitos fundamentais.…" (JOÃO PAULO II. Exortação Apostólica Familiaris<br />

Consortio, nº 1. Disponível em: http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_exhortations/documents/hf_jp-ii_exh_19811122_familiarisconsortio_po.html<br />

Acesso em 01 fev. 2013).<br />

- Neste ponto, é importante esclarecermos que o objetivo da família é o de permitir o cumprimento do<br />

propósito divino estabelecido para o homem, qual seja, o domínio sobre a criação na Terra, bem como a<br />

frutificação e multiplicação na face da Terra e o suprimento da necessidade de companheirismo. A família,<br />

portanto, tem como finalidade o suprimento de necessidades relativas à vida sobre a face da Terra, ou seja, a<br />

família não tem qualquer finalidade no tocante à vida eterna, como bem explicou Jesus quando questionado<br />

pelos saduceus, a indicar que, na eternidade, não haverá a instituição familiar humana (Mc.12:25), pois a<br />

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família humana terá sido substituída pela Igreja, que é a família de Deus (Ef.2:19), o povo de Deus que<br />

habitará para sempre com o Senhor (Ap.21:3).<br />

- Insistimos, neste ponto, porque há ensinamentos errôneos, sem qualquer respaldo bíblico, que têm<br />

campeado neste ponto da doutrina bíblica sobre a família. Os adeptos do recentemente falecido Reverendo<br />

Moon (Sun Myung Moon- 1920-2012), reunidos em torno da Igreja da Unificação, que, ultimamente tem<br />

aparecido sob a denominação de "Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial", afirmam que<br />

Jesus falhou em Seu ministério, precisamente, no aspecto familiar, uma vez que teria morrido antes que<br />

constituísse uma família e, como a instituição familiar teria de ser restaurada, por isso se fez necessário surgir<br />

um novo Messias, que seria, precisamente, o Reverendo Moon, que constituiu família e teria supostamente,<br />

restaurado a instituição familiar, mediante os casamentos que impõe a seus seguidores. Este absurdo<br />

doutrinário somente tem cabimento a partir do momento que se considera que seria papel de Cristo a<br />

restauração da instituição familiar. Entretanto, o texto áureo da Bíblia Sagrada mostra, claramente, que Jesus<br />

veio para restabelecer a comunhão entre Deus e o homem, para dar a vida eterna(Jo.3:16), vida eterna esta que<br />

não tem qualquer relação com a instituição familiar, que foi instituída para vigorar nesta Terra. Não resta<br />

dúvida que o poder remidor de Cristo também restaura a vida familiar, fazendo com que ela volte aos<br />

princípios estabelecidos pelo Criador e que, através dela, muitas vidas sejam alcançadas pelo amor de Deus,<br />

notadamente pelos benefícios que a salvação traz à família e, em conseqüência, à Igreja, que é formada por<br />

famílias, mas se trata de um reflexo da obra expiatória do Calvário, como, também, ocorrerá, por exemplo,<br />

com relação à própria natureza (cfr. Rm.8:20-23), mas não foi este o alvo de Jesus quando de Seu ministério,<br />

de modo que jamais poderemos dizer que Cristo fracassou neste ponto, nem que haja qualquer objetivo<br />

concernente à família para além desta nossa dimensão de vida.<br />

- O Reverendo Moon chegou ao absurdo de dizer que a família original, formada por Adão e <strong>Ev</strong>a, foi criada<br />

sob os auspícios de Satanás e que a queda do homem teria sido em virtude da prática do sexo entre homem e<br />

mulher, o que contraria, totalmente, o texto de Gn.1:27,28.<br />

OBS: <strong>Para</strong> que não fiquemos apenas em nossas palavras, transcrevemos parte de um discurso deste falso cristo, pronunciado quando esteve em<br />

nosso país em 1995: "…O amor de Adão e <strong>Ev</strong>a não chegou a ser um amor de verdadeira felicidade, mas um amor de conflito. Por termos a raiz de<br />

nossa vida neste tipo de amor, podemos deduzir que os conflitos no interior do ser humano provém daí. A Bíblia relata que Adão e <strong>Ev</strong>a foram<br />

expulsos, começaram a multiplicar filhos. Deus não podia ir atrás deles e dar a Bênção do matrimônio, já que Ele mesmo os havia expulsado.<br />

Devemos nos perguntar sob quem se casaram e devemos concordar que, porque eles caíram no pecado, se casaram sob os auspícios de Satanás.<br />

(…). Hoje o fundador da Igreja da Unificação está aqui falando para os senhores. Se me perguntarem: "O que faz a Igreja da Unificação?" eu lhes<br />

direi que é um lugar onde se apresenta o amor verdadeiro de Deus, o lugar onde nós queremos que a nossa mente e o nosso corpo se unam no amor<br />

verdadeiro, o lugar onde queremos formar matrimônios ideais em absoluta unidade por meio de uma ideologia que pode fazer das pessoas irmãos<br />

inseparáveis, levando a cabo a missão que Deus nos encomendou.(…) A cerimônia de matrimônios coletivos internacionais é a cerimônia para<br />

enxertá-los à semente do amor verdadeiro, à semente da vida verdadeira e à semente da linhagem verdadeira, que provém da unidade do amor de<br />

Deus e do homem. A Bênção em forma de matrimônio é uma cerimônia para restaurar as famílias que têm se formado como matrimônios falsos,<br />

recebendo, devido à Queda, a semente de um amor, de uma vida e de uma linhagem falsos. Fazendo as famílias do mundo inteiro participarem<br />

nestas novas cerimônias de matrimônio, queremos conectá-las com a grande bênção de Deus.…"( MOON, Sun Myung. A verdadeira família e eu.<br />

http://www.unification.net/portugues/1995/950601.html Acesso em 01 mar.2004). As palavras explicam-se por si mesmas: há uma total negação do<br />

texto bíblico e uma falsificação grosseira, a fim de tornar o Reverendo Moon, a pretexto da crise familiar de nossos dias, num novo messias. Por<br />

isso, lamentamos profundamente que alguns segmentos das Assembleias de Deus estejam em aliança com pessoas hereges como essas…<br />

- Também erram neste ponto, os mórmons, em sua quase totalidade reunidos na Igreja de Jesus Cristo dos<br />

Santos dos Últimos Dias que, também, por não compreenderem o significado da instituição familiar, criaram a<br />

figura do casamento eterno, um casamento que transcenderia esta vida e estabeleceria uma aliança entre<br />

homem e mulher para a vida vindoura. Como afirma, solenemente, o documento de 1995 denominada "A<br />

Família, Proclamação ao Mundo", os mórmons, erroneamente, consideram que "…Na esfera pré-mortal, os<br />

filhos e filhas que foram gerados em espírito conheciam e adoravam a Deus como seu Pai Eterno e aceitaram<br />

Seu plano, segundo o qual Seus filhos poderiam obter um corpo físico e adquirir experiência terrena a fim de<br />

progredirem rumo à perfeição, terminando por alcançar seu destino divino como herdeiros da vida eterna.O<br />

plano divino de felicidade permite que os relacionamentos familiares sejam perpetuados além da morte.As<br />

ordenanças e os convênios sagrados dos templos santos permitem que as pessoas retornem à presença de Deus<br />

e que as famílias sejam unidas para sempre.…"<br />

http://www.lds.org/library/display/0,4945,2089-2-11-1,00.html Acesso em 02 mar.2004). Tal doutrina é outra demonstração de total<br />

desconhecimento dos propósitos divinos para a família e que contrariam expressas palavras de Cristo, como<br />

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acima já dissemos, que bem explicou a temporalidade do casamento e sua circunscrição a esta vida. Baseado<br />

no fato de que, antes da queda, Deus criou o casamento e abençoou Adão e <strong>Ev</strong>a, quando ainda não havia a<br />

questão do tempo, os mórmons creem que, ainda hoje, é possível estabelecer-se uma união que transcenda esta<br />

vida terrena, o que é totalmente contrário ao ensinamento de Jesus em Mc.12:25. Aliás, não é de se<br />

surpreender com isto, pois tal doutrina, segundo dizem os próprios mórmons, teria sido mais uma das muitas<br />

"revelações" que teriam sido recebidas pelo seu fundador, Joseph Smith, como se vê claramente, na seção 132<br />

do seu livro "Doutrinas e Convênios", uma das três escrituras supostamente sagradas que esta seita<br />

acrescentou à Bíblia.<br />

OBS: <strong>Para</strong> não dizer que estamos inventando este pensamento, transcrevemos um texto mórmon que tenta explicar esta doutrina antibíblica:<br />

"…Uma das doutrinas mais belas e reconfortantes do Senhor, que nos dá paz e felicidade imensas e alegria ilimitada é o princípio conhecido como<br />

casamento eterno. Essa doutrina diz que o homem e a mulher que receberem essa bênção e que se amarem profundamente, crescerem juntos com as<br />

provações, alegrias, tristezas e com a felicidade que tiverem juntos durante a vida poderão viver além do véu juntos para sempre com a família. Isso<br />

não é somente um sonho extremamente agradável, é a realidade. Qualquer casal que tenha vivido as alegrias do casamento aqui na Terra desejaria<br />

essa bênção. Contudo, somente os que cumprirem as exigências feitas pelo Senhor receberão essa dádiva divina. Presto testemunho de que as<br />

maiores alegrias que já tive e que ainda terei na vida têm origem nas ordenanças do Templo. Decidam-se agora a receber as ordenanças do templo<br />

no momento certo. Não permitam que nada suplante essa resolução. …" (SCOTT, Richard G.. Receber as bênçãos do templo.<br />

http://www.lds.org/conference/talk/display/0,5232,49-2-18-11,00.html. Acesso em 01 mar.2004). O "casamento eterno" somente tem validade se<br />

for realizado num templo mórmon e é cercado de sigilo. Este outro texto prova, claramente, que o princípio deste casamento eterno não está na<br />

Bíblia, mas, sim, nos escritos dos líderes mórmons: "…O casamento eterno é um princípio que foi estabelecido antes da fundação do mundo e que<br />

foi instituído nesta Terra antes que a morte nela entrasse. Adão e <strong>Ev</strong>a foram entregues um ao outro por Deus no Jardim do Éden antes da Queda. A<br />

escritura diz: “No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez. Homem e mulher os criou; e os abençoou(...)”. (Gênesis 5:1–2)<br />

(grifo do autor) Os profetas têm ensinado de maneira invariável que o elemento mais perfeito e culminante do grande plano de Deus para abençoar<br />

Seus filhos é o casamento eterno. O Presidente Ezra Taft Benson declarou: “A fidelidade ao convênio do casamento traz a mais plena alegria nesta<br />

vida, e recompensas gloriosas na vida futura”. (The Teachings of Ezra Taft Benson [1988], pp. 533-534). O Presidente Howard W. Hunter<br />

descreveu o casamento celestial como “a suprema ordenança do evangelho”, e esclareceu que apesar de poder levar “muito mais tempo [para<br />

alguns], talvez até além desta vida mortal”, ele não será negado a nenhum indivíduo digno. (Teachings of Howard W. Hunter, ed. Clyde J. Williams<br />

[1997], pp. 132, 140) O Presidente Gordon B. Hinckley chamou o casamento eterno de “uma coisa maravilhosa” (ver “O Que Deus Ajuntou”, A<br />

Liahona, julho de 1991, p. 80) e uma “dádiva mais preciosa que todas as outras”. (“O Casamento que Perdura”, A Liahona, novembro de 1974, p.<br />

49)…"(Elder F. Burton HOWARD. Casamento Eterno. http://www.lds.org/conference/talk/display/0,5232,49-2-354-32,00.html Acesso em 01<br />

mar.2004).<br />

- Por fim, outro ensinamento totalmente divorciado da realidade bíblica é a que é defendida pelo espiritismo<br />

kardecista. Em seu <strong>Ev</strong>angelho segundo o Espiritismo, Alan Kardec defende a idéia de que a família nada mais<br />

seria do que um ambiente que propiciaria a espíritos meios de adiantamento e de atraso na sua caminhada em<br />

direção à luz. Segundo os espíritas, dentro desta finalidade da família, não se pode compreender que não se<br />

creia na reencarnação, pois seriam necessárias diversas vidas para que os espíritos, que se aproximam por<br />

afeições e que, por isso, vivem formando famílias ao longo de suas supostas sucessivas existências, a fim de<br />

que obtenham o êxito em sua peregrinação pelo aperfeiçoamento. Kardec chega, mesmo, a dizer que sua<br />

doutrina é superior à "doutrina da Igreja" porque seria o único pensamento que daria razão à eternidade dos<br />

laços familiares. Ora, é precisamente por isso que não podemos aceitar a doutrina espírita kardecista, pois ela<br />

mesma admite que sua aceitação dá um sentido, uma finalidade aos laços de família que não é o propósito<br />

estabelecido por Deus e confirmado por Jesus. A família não existe para criar um ambiente propício para que o<br />

homem possa alcançar, por seus próprios méritos, a salvação de sua alma, o que é impossível ao homem<br />

conseguir, mas tem um propósito estabelecido tão somente para esta dimensão terrena.<br />

OBS: Vale a pena transcrever o trecho de Kardec a respeito, no qual o próprio criador do espiritismo kardecista mostra que sua doutrina não<br />

pode ser aceita, já que, para tanto, se teria de alterar o propósito bíblico estabelecido para a família: "…23. Em resumo, quatro alternativas se<br />

apresentam ao homem para seu futuro de além-túmulo: primeira, o nada, de acordo com a doutrina materialista; Segunda, a absorção no todo<br />

universal, de acordo com a doutrina panteísta; terceira, a individualidade com a fixação definitiva de sua sorte, segundo a doutrina da Igreja; e<br />

Quarta, a individualidade com progresso indefinido, segundo a Doutrina Espírita. De acordo com as duas primeiras, os laços de família se rompem<br />

depois da morte e não há nenhuma esperança de reencontro; com a terceira, há a chance de se rever, contanto que se esteja no mesmo meio, esse<br />

meio pode ser tanto o inferno como o paraíso; com a pluralidade das existências, que é inseparável da progressão gradual, há a certeza na<br />

continuidade das relações entre aqueles que se amaram, e está aí o que se constitui a verdadeira família.…"(O <strong>Ev</strong>angelho segundo o Espiritismo.<br />

Ide Editora. 296.ed., p.67). Percebe-se, aqui, aliás, que o Espiritismo procura apresentar-se como um defensor da "verdadeira família", tudo para<br />

justificar a ação dos chamados "espíritos familiares", que é uma das marcas registradas deste movimento e cuja atuação é abominada pela Palavra<br />

de Deus desde a Antigüidade (Is.8:19).<br />

- Entendida a finalidade da família e sua circunscrição a esta dimensão terrena de nossa vida, podemos,<br />

então, estabelecer quais seriam as funções da família, qual o seu papel diante da sociedade e de cada ser<br />

humano, segundo o propósito estabelecido por Deus.<br />

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- A primeira função da família é, conforme observamos na própria Palavra de Deus, a de propiciar a<br />

perpetuação da espécie humana. A Bíblia diz que o ser humano foi feito macho e fêmea (Gn.1:27), para que<br />

houvesse a frutificação e multiplicação do gênero humano (Gn.1:28). Assim, a primeira função da família é<br />

permitir a reprodução da espécie, para que se cumpra o propósito divino para o homem. Tal afirmação bíblica<br />

é acolhida, sem restrições pela sociologia. Como afirmam os renomados sociólogos norte-americanos Paulo<br />

Horton e Chester Hunt, "…cada sociedade depende principalmente da família para a produção de filhos.<br />

Teoricamente, são possíveis outros arranjos, e muitas sociedades têm sistemas para a aceitação de crianças<br />

produzidas fora de um relacionamento matrimonial. Porém, nenhuma estabeleceu um conjunto de normas para<br />

o suprimento de filhos, exceto como parte de uma família." (Sociologia, p.170-1). Assim, em dias de profundo<br />

desprezo pela instituição do casamento, que, é, como veremos durante este trimestre, o meio legítimo para a<br />

constituição de uma família, tiveram os legisladores e juristas de estender o conceito de família, a fim de poder<br />

abrigar os filhos decorrentes de relacionamentos amorosos que têm surgido nestes nossos dias trabalhosos,<br />

tudo porque não se consegue conceber como se pode propagar a espécie senão num ambiente familiar.<br />

OBS: Disto não escapou sequer o Brasil que, na Constituição de 1988, teve de criar duas novas espécies de família para que se impedisse a<br />

desproteção dos filhos. Assim é que reconheceu como sendo família não só a oriunda da união estável entre homem e mulher, sem casamento,<br />

como também a comunidade formada por um dos pais e seus descendentes (<strong>artigo</strong> 226 da Constituição da República). Aliás, recentemente, na lei<br />

que criou a renda mínima, também se alargou o conceito de família.<br />

- A segunda função da família é a de regrar o relacionamento íntimo e sexual entre homem e mulher.<br />

A frutificação e a multiplicação não se fariam desordenadamente, a exemplo do que ocorre com a maior parte<br />

das espécies animais irracionais, mas o homem e a mulher, para poder se reproduzir e cumprir o desígnio<br />

divino, teriam de constituir solenemente a família, através do casamento (Gn.2:23,24). Como afirmam os já<br />

mencionados sociólogos Horton e Hunt: "…a família é a principal instituição através da qual as sociedades<br />

organizam e regulam a satisfação dos desejos sexuais…todas as sociedades esperam que a maioria dos<br />

contatos sexuais ocorra entre pessoas que suas normas institucionais definem como tendo acesso legítima uma<br />

à outra…nenhuma sociedade é inteiramente promíscua."(op.cit., p.170). A história demonstra que onde a<br />

sociedade deixou de ter a família como o ambiente adequado para o relacionamento sexual, gerando, por<br />

conseguinte, a disseminação da imoralidade sexual e da prostituição, a civilização simplesmente desmoronou,<br />

a sociedade deixou de existir como tal. São exemplos bíblicos do que estamos a dizer a geração dos dias de<br />

Noé, a geração dos dias de Ló nas chamadas cidades da planície (Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim), bem<br />

como o reino do norte, isto é, o reino de Israel nos dias do profeta Oseias.<br />

- A terceira função da família é a chamada função de socialização, ou seja, a família é o meio pelo qual o<br />

ser humano é inserido na vida em sociedade. É na família que o homem aprende as regras e a forma de<br />

convivência com os seus semelhantes e com o próprio Deus. Ao estabelecer que o homem deveria frutificar e<br />

multiplicar-se sobre a face da Terra, Deus afirmou que isto deveria ser feito para que os homens pudessem<br />

sujeitar a criação terrena (Gn.1:28). Ora, ao dizer que a frutificação e a multiplicação antecederiam ao<br />

domínio, Deus, implicitamente, estava afirmando que os filhos, resultado desta frutificação e multiplicação,<br />

deveriam ser conscientizados de que o homem havia sido criado para dominar a criação na Terra. Esta<br />

informação, esta conscientização, que nada mais é senão a "educação" (palavra latina que significa orientação,<br />

direção, condução para um determinado lugar), é, portanto, uma das tarefas primordiais da família. Esta<br />

função educadora da família, que, no ato da criação, foi apenas implicitamente indicada nas Escrituras, foi<br />

explicitamente considerada pelo Senhor na dispensação da lei, quando Moisés determinou que os pais nunca<br />

deixassem de instruir e de ensinar seus filhos os mandamentos dados por Deus a Israel (Dt.6:6-9), algo que,<br />

posteriormente, foi relembrado em forma poética pelo salmista (Sl.78:1-8).<br />

- A quarta função da família é a chamada função afetiva, ou seja, a família é o local estabelecido por<br />

Deus para que o homem e a mulher não se sintam sós, mas possam se complementar, possam alcançar<br />

satisfação e prazer. Diz-nos as Escrituras que foi para retirar este sentimento de solidão que se abateu sobre<br />

Adão após a nomeação dos animais que Deus criou a mulher e, em seguida, a instituição familiar. A família é<br />

o lugar em que o homem e a mulher se sentem realizados do ponto-de-vista humano, em que se satisfazem<br />

todos os sentimentos e emoções que vêm da própria alma. O homem é um ser social, não foi feito para viver<br />

sozinho e, somente na família, esta necessidade é suprida. Como afirmou, com muita propriedade, a<br />

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Constituição "Gaudium et Spes", documento do Concílio Vaticano II, que foi a reunião que estabeleceu os<br />

atuais parâmetros da doutrina da Igreja Romana e que se iniciou há 50 anos, …Deus não criou o homem<br />

solitário. Desde o início, ' Deus os criou varão e mulher' (Gn.1,27). Esta união constituiu a primeira forma de<br />

comunhão de pessoas. O homem é, com efeito, por sua natureza íntima, um ser social. Sem relações com os<br />

outros, não pode nem viver nem desenvolver seus dores. Deus, portanto, como lemos novamente na Escritura<br />

Sagrada, viu ' serem muito boas todas as coisas que fizera' (Gn.1,31)." (Gaudium et Spes, nº 12.In: Compêndio<br />

do Vaticano II. Ed. Vozes, p.154-5). Horton e Hunt afirmam que "…seja o que for que as pessoas precisam,<br />

uma delas é a resposta humana íntima. A opinião psiquiátrica sustenta que provavelmente a maior causa<br />

isolada de dificuldades emocionais, problemas de comportamento e até de moléstia física é a falta de amor,<br />

isto é, a falta de um relacionamento cálido e afetuoso com um pequeno círculo de pessoas<br />

íntimas…"(Sociologia, p.171). O conteúdo afetivo da família está demonstrado nas Escrituras quando se<br />

afirma que, na constituição da família, o homem deverá deixar seu pai e sua mãe e se apegar à sua mulher<br />

(Gn.2:24). São dois gestos de forte teor emocional e sentimental: deve-se deixar pai e mãe, ou seja, existe um<br />

vínculo, existe algo que prendia o homem à sua família, e, ao mesmo tempo, deve-se apegar à sua mulher, isto<br />

é, deve-se criar um vínculo, um "cordão de três dobras" em o novo casal (Ec.4:12). A existência deste<br />

relacionamento afetivo na família é tão característico que, para figurar o Seu relacionamento amoroso com o<br />

homem, Deus não usará outro símbolo senão o da própria família, pondo-se como Pai e Seu Filho como Noivo<br />

da Igreja.<br />

OBS: A presença do afeto na família é tão peculiar a este grupo social que, na atualidade, em meio à própria descaracterização da família frente<br />

aos princípios bíblicos, que os juristas têm, cada vez mais, considerado que o que identifica uma família nos nossos dias é, precisamente, a<br />

existência da "afeição" entre os integrantes de um núcleo familiar. Neste sentido, aliás, vale a pena aqui reproduzir o pronunciamento do pastor<br />

batista Gilson Bifano na 84ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, realizada em 2003: “…Que é uma família?<br />

Não podemos <strong>continuar</strong> aceitando a definição clássica de família como sendo tão somente quando vivem sob um mesmo teto um casal e um ou<br />

mais filhos. Temos, como igreja, de rever nosso conceito de família, ampliar nossa visão e pensar nos vários tipos de família. Temos em nossas<br />

igrejas: - famílias conjugais. São aqueles casais sem filhos ainda ou que não tiveram filhos; temos famílias nucleares, compostas de pai, mãe e<br />

filhos;- temos famílias unipessoais (onde só uma pessoa mora numa casa, podendo ser um solteiro, uma viúva, ou uma divorciada). - temos as<br />

famílias monoparenterais quando há somente a presença de um dos pais e a família ampliada ou extensa. Quando nós, como igrejas, pensarmos<br />

nessa amplitude, teremos melhores condições de ajudar as famílias a serem a realização do plano de Deus para a sociedade. Na Bíblia, encontramos<br />

exemplos de vários de tipos de família. - famílias monoparenterais, como é o caso de Agar e Ismael, depois de serem expulsos por Sara. - família<br />

de solteiros, como parece: Marta, Maria e Lázaro. Também no Novo Testamento, encontramos a família nuclear formada por José, Maria, Jesus e<br />

seus irmãos. Temos exemplo de uma família conjugal, um casal que aparentemente não teve filhos, como é o caso de Áquila e Priscila. Vemos<br />

também no Novo Testamento o caso de Pedro, que possivelmente tinha a sua sogra por perto, e é exemplo de uma família ampliada. Uma pastoral<br />

ou um ministério com famílias não deve ter como alvo somente os casais da igreja.…” (BIFANO, Gilson. A família e os desafios de um novo<br />

tempo. http://www.clickfamilia.org.br/familia/index_lista_resultado.asp?ID=620 Acesso em 05 mar.2004).<br />

- A quinta função da família é a função protetora. Como ensinam Horton e Hunt, "…em todas as<br />

sociedades, a família oferece um certo grau de proteção física, econômica e psicológica a seus membros…"<br />

(op. cit., p.172). É na família que nós encontramos proteção, ou seja, na família, nós temos um "lar", um local<br />

onde somos acolhidos e desfrutamos de liberdade, um lugar onde está a nossa privacidade e intimidade. Nos<br />

povos pagãos, era no ambiente familiar que se invocava a proteção das divindades dos antepassados, os<br />

chamados "deuses lares". Este ambiente de intimidade e de privacidade peculiares à família é a razão e<br />

fundamento de vários dispositivos legais adotados pelos povos civilizados, como as garantias da<br />

inviolabilidade do domicílio (ninguém pode penetrar na casa de alguém, mesmo que tenha ordem judicial para<br />

tanto, durante a noite) e do segredo de justiça que envolve as disputas forenses relativas a causas familiares.<br />

Deus sempre tratou a família com integral respeito relativo a esta intimidade, algo que, lamentavelmente, não<br />

tem sido observado em algumas igrejas locais. A família é inviolável, é o espaço criado por Deus para que as<br />

pessoas desfrutassem de sua intimidade e privacidade. Em várias ocasiões, vemos o Senhor determinando este<br />

respeito, como, por exemplo, no episódio da Páscoa, em que as famílias deveriam ficar em suas residências,<br />

somente se permitindo que famílias pequenas se reunissem (Ex.12:3,4), ou, então, no milagre da ressurreição<br />

da filha de Jairo, quando se permitiu apenas que o núcleo familiar estivesse com Jesus e Seus discípulos mais<br />

íntimos (Lc.9:51). O lar é um ambiente de proteção, de intimidade, resultado da vida de afeto que se<br />

estabelece entre os cônjuges e entre os cônjuges e seus filhos. Mais uma vez, a família é usada como figura do<br />

relacionamento entre Deus e o homem, quando, no sermão do monte, Jesus afirma que devemos orar a Deus<br />

como nosso Pai e, portanto, num ambiente de intimidade (Mt.6:6).<br />

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- A sexta função da família é a função econômica. Horton e Hunt, com propriedade, afirmam que "…a<br />

família é a unidade econômica básica na maioria das sociedades primitivas…"(op.cit., p.172). Ainda que, na<br />

nossa sociedade atual, esta função econômica tenha perdido, consideravelmente, sua importância, vez que<br />

".exceto na fazenda, a família já não é mais a unidade básica de produção econômica…tornou-se, na verdade,<br />

uma unidade de consumo econômico, fundada no companheirismo, afeição e recreação.…"(op.cit., p.176), o<br />

fato é que a subsistência da chamada "população economicamente inativa" (crianças, inválidos, idosos sem<br />

condições de trabalhar, desempregados crônicos etc.) continua sendo uma tarefa da instituição familiar,<br />

mormente em países subdesenvolvidos, como é o caso do Brasil, em que a infra-estrutura de assistência social<br />

é , ainda, sofrível. Tanto assim é que a nossa Constituição comete, primordialmente, à família a tarefa de<br />

sustento das pessoas que não têm condições de trabalhar e de se sustentar (<strong>artigo</strong> 203 da Constituição da<br />

República: "A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente da contribuição à<br />

seguridade social e tem por objetivos:.......V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa<br />

portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não ter meios de prover á própria manutenção ou de tê-la<br />

provida por sua família, conforme dispuser a lei." - grifo nosso). A função econômica da família foi<br />

estabelecida por Deus logo após a bênção que deu ao primeiro casal, ao determinar que a natureza estava à sua<br />

disposição para obterem o necessário mantimento (Gnm.1:29,30), mantimento este que passou a ser obtido<br />

com dificuldade e de forma penosa, depois do pecado do homem (Gn.3:17-19). O cuidado que se deve ter no<br />

sustento dos integrantes da família é algo que deve sempre estar na mente dos verdadeiros e autênticos crentes,<br />

porquanto foi o que se observou na vida de Jesus e de Sua família terrena (Mt.13:55; Mc.6:3).<br />

- A sétima função da família é a função de "status", ou seja, é através da família que o ser humano<br />

obtém a sua primeira posição na sociedade, posição esta que pode ser alterada, mas jamais alguém deixa de<br />

ocupar o lugar que lhe dá a estrutura social pelo fato de pertencer a uma determinada família. Deus, ao<br />

estabelecer a família, determinou que seria através dela que o homem ocuparia a sua posição de dominador<br />

sobre a criação na Terra. Também, ao estabelecer as regras que regeriam o povo de Israel, teve o cuidado de<br />

nunca permitir que as famílias e , conseqüentemente, as tribos de Seu povo se descaracterizassem e se<br />

misturassem entre si (Nm.27:1-11), tendo, também, sido proibido o aparentamento com os estrangeiros<br />

descompromissados com a lei do Senhor (Dt.7:1-4;Ed.9,10). A família deve manter a sua posição diante de<br />

Deus, temos de servir a Deus e levar nossa família a também fazê-lo, para que, em nossas vidas, seja uma<br />

realidade a afirmação de Josué que é o título de nosso estudo neste trimestre: " Eu e a minha casa serviremos<br />

ao Senhor".<br />

II. A FAMÍLIA DE DEUS<br />

- Como já dissemos, a família, enquanto instituição divina, reflete tanto o caráter de Deus e a Sua natureza<br />

que foi utilizada pelo Senhor, em diversas oportunidades, como figura, como símbolo do relacionamento que<br />

deve haver entre Deus e os homens. A família é como que um espelho, como que um reflexo, sobre a face<br />

da Terra, de como deve ser o relacionamento entre Deus e os homens. Portanto, ao estudarmos o modelo<br />

bíblico da família, acabamos por estudar, também, como deve ser o nosso relacionamento com Deus. Eis,<br />

aliás, mais um motivo para que o diabo tente, de todas as formas, distorcer o relacionamento familiar,<br />

porquanto, assim fazendo, deixará de permitir que o homem possa enxergar qual o propósito divino em<br />

relação a ele.<br />

- Deste modo, como também já dissemos supra, quando falamos na "família de Deus", estamos falando não<br />

da instituição familiar, que tem sua razão de ser e sua existência nesta dimensão terrena, mas, sim, do próprio<br />

relacionamento que deve existir entre Deus e o homem, da própria Igreja, deste organismo vivo e sobrenatural,<br />

cuja existência, prevista desde a fundação do mundo, foi-nos revelada nesta dispensação, num dos maiores<br />

mistérios de Deus (Ef.3:1-6).<br />

- Ao analisarmos a relação entre Deus e o homem através da figura da família, veremos, em primeiro lugar,<br />

que Deus quis Se apresentar ao homem como Pai. Foi deste modo que Jesus iniciou a Sua oração-modelo<br />

(Mt.6:9) e foi desta maneira que Se dirigiu a Deus na maior parte das vezes, seja em momentos de alegria<br />

(Lc.10:21), seja em momentos de angústia (Mt.26:39), seja no momento da morte (Lc.23:46). Embora<br />

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possamos dizer que a qualidade paternal de Deus não fosse desconhecida dos israelitas (cfr. Sl.89:26), é<br />

inegável que, somente com Jesus, teve a humanidade a devida conscientização desta característica da natureza<br />

divina e, por conseguinte, pode Ter coragem e alento para se achegar ao Senhor, através de Jesus Cristo, a fim<br />

de se reconciliar com o Senhor, porquanto, não resta dúvida alguma, que é muito mais fácil se aproximar de<br />

Deus, mesmo sendo pecador e estando marcado pela culpa do pecado, sabendo-se que Ele é Pai e não um<br />

carrasco ou um vingador cruel, mesmo que, a exemplo do que dizem os muçulmanos, seja chamado<br />

constantemente de "Misericordioso".<br />

- Se Deus é Pai, temos algumas consequências que, como dissemos, dá alento e confiança ao homem para<br />

que se aproxime de Deus, a saber:<br />

a) Se Deus é Pai, Ele ama - O amor do pai (ou da mãe) é um dos maiores humanos mais puros e mais fortes.<br />

As Escrituras, mesmo, testificam isto, ao dizer que a coisa mais difícil que pode ocorrer nos relacionamentos<br />

humanos é uma mãe deixar de amar seu filho (Is.49:15), ou um pai, ainda que seja mau, querer o mal para o<br />

seu filho (Mt.7:9-11). Deus Se apresenta como Pai aos homens, exatamente para que os homens se<br />

conscientizem que não há amor como o amor de Deus.<br />

b) Se Deus ama, Ele cuida de nós - Quando Deus Se identifica como Pai, está Se revelando ao homem como<br />

Aquele que cuida de nós, que não desampara, que não deixa o homem desfalecer, que sempre está em nossa<br />

companhia. Como diz o poeta sacro, [Deus] " não desampara nunca, nem me abandonará, se fiel e obediente<br />

eu viver. Um muro é de fogo que me protegerá, 'té que venha a mim o tempo de morrer. Ao céu então voando,<br />

Sua glória eu verei, onde a dor e a morte nunca vêm" (3ª estrofe do hino 198 da Harpa Cristã). Pedro pôde<br />

dizer, conscientizado desta realidade: "Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de<br />

vós." (I Pe.5:7). Deus cuida de nós, porque é nosso Pai!<br />

c) Se Deus é Pai, Ele nos ensina - Deus é nosso Pai e, como todo pai, Ele nos ensina e nos instrui, de modo a<br />

que aprendamos como devemos viver de acordo com a Sua vontade. O pai é o primeiro educador, é quem<br />

primeiro nos dita as regras de convivência. De igual modo, Deus é o nosso primeiro ensinador, é Ele quem nos<br />

diz, em primeiro lugar, como devemos caminhar, como devemos nos relacionar com Ele e com os demais<br />

homens. Por isso, temos de ter uma vida devocional de oração e de meditação na Sua Palavra, para que Ele<br />

possa nos ensinar. Devemos, também, fazer parte de uma igreja local, porque é ali que, através dos dons<br />

espirituais e ministeriais, Deus continua a nos educar dia após dia, ensinando-nos e instruindo-nos, guiandonos<br />

para a Jerusalém celestial. É por termos acesso a Seus ensinos e a Seus segredos, que não mais somos<br />

simples servos, mas passamos a ser Seus amigos (Jo.15:15).<br />

d) Se Deus é Pai, Ele tem autoridade sobre nós - O pai é a autoridade constituída por Deus para dirigir a<br />

família. O primeiro mandamento com promessa é, precisamente, o que determina que devemos honrar pai e<br />

mãe (Ex.20:12; Dt.5:16; Ef.6:2,3). Se Deus é Pai, Ele tem autoridade sobre nós e nós devemos honrá-l’O e<br />

respeitá-l’O. Se Deus é Pai, nós não devemos resistir-Lhe, nem tampouco questioná-l’O, mas, simplesmente,<br />

obedecer-Lhe. Deus não é nosso empregado, mas nosso Pai e, se Ele é Pai, quem manda é Ele, não nós. Ao<br />

contrário dos arautos da teologia da prosperidade ou da confissão positiva, se Deus é Pai, é Ele o Rei e, jamais,<br />

como afirmam, poderá um príncipe ou um filho de Rei se contrapor ao Rei, ao Senhor dos senhores.<br />

e) Se Deus é Pai, Ele nos disciplina - Como consequência da própria autoridade que tem o pai, ele tem<br />

condições de impor castigos ao filho, não porque queira a sua destruição ou o seu mal, mas para que, através<br />

deste castigo, o filho possa ter uma lição diante do seu erro e, assim, não voltar mais a errar. A disciplina, que<br />

somente vem após um ensino que foi repetido pelo menos duas vezes (cfr. II Tm.3:16), tem a finalidade de<br />

curar o mal existente, de promover o aperfeiçoamento do filho. Deus, como Pai, também castiga Seus filhos,<br />

mas com este objetivo de correção e aperfeiçoamento, pois a disciplina é resultado direto do amor (Hb.12:6-<br />

11).<br />

f) Se Deus é Pai, Ele gera ou adota filhos - Não é possível que alguém seja pai, se não tem condições de<br />

gerar ou de adotar filhos. Como Deus é Pai, sabemos que Ele tem condições de ter filhos, tendo, em primeiro<br />

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lugar, demonstrado isto à humanidade ao revelar o Seu Filho Unigênito e, através d’Ele, trazer a notícia grata<br />

de que todos quantos O receberem, serão também feitos filhos de Deus (Jo.1:12), filhos por adoção (Rm8:15;<br />

Gl.4:5). Por sabermos que Deus é Pai, podemos ter confiança que, se crermos em Jesus, alcançaremos a<br />

salvação, pois Deus é Pai e todo pai tem condições de gerar cada vez mais filhos. Como disse Jesus, os céus<br />

estão abertos para a humanidade !<br />

g) Se Deus é Pai, Ele é responsável pelos filhos. - Desde as mais antigas épocas, os pais são responsáveis<br />

pelos atos dos filhos, enquanto forem menores e estiverem sob sua companhia, algo que está previsto até hoje<br />

nas leis humanas, como, por exemplo, em nosso Código Civil (<strong>artigo</strong> 932, inciso I). Tanto assim é que, para se<br />

livrar de alguma retaliação dos fariseus, os pais do cego de nascença curado por Jesus procuraram relevar o<br />

fato de que seu filho já era maior de idade (Jo.9:20-23). Aliás, na lei de Moisés, para que não se tornassem<br />

igualmente culpados, os pais deveriam entregar os filhos obstinados e rebeldes para serem apedrejados pela<br />

comunidade (Dt.21:18-21). Como Deus é nosso Pai, responsabiliza-Se por nós e, portanto, não precisamos<br />

ficar preocupados ou ansiosos, como já dissemos supra. Devemos, sempre, lembrar que Deus tem<br />

compromisso com a Sua Palavra (Jr.1:12) e que tudo o que acontece em nossas vidas, contribui para o nosso<br />

bem (Rm.8:28). Tenhamos, pois, a confiança de que, se os pais humanos, embora maus, não prejudicam os<br />

seus filhos, quanto mais o nosso Pai que está nos céus. Ao contrário do que determinava a lei, Deus, como Pai,<br />

ainda que formos rebeldes e obstinados, não nos entrega à destruição, mas, bem ao contrário, sempre procura o<br />

nosso bem e crescimento espiritual (I Co.5:5; II Tm.2:13; Hb.12:10). Agora, e isto é importante, a<br />

responsabilidade dos pais decorre do fato de os filhos estarem sob sua autoridade e companhia. Somente<br />

desfrutaremos das bênçãos divinas se estivermos debaixo das Suas asas (Sl.91:1), se fizermos o que Ele nos<br />

manda (Jo.15:14), pois, se O negarmos, Ele também nos negará (II Tm.2:12 "in fine").<br />

Colaboração para o portal Escola Dominical - <strong>Ev</strong>. Dr. <strong>Caramuru</strong> <strong>Afonso</strong> Francisco<br />

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