Workflow contínuo – A revolução - Hospital da Luz
Workflow contínuo – A revolução - Hospital da Luz
Workflow contínuo – A revolução - Hospital da Luz
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
anatomia patológica<br />
ANA CATARINO<br />
ESPECIALISTA em Anatomia Patológica<br />
COORDENADORA do Serviço de<br />
Anatomia Patológica do <strong>Hospital</strong> <strong>da</strong> <strong>Luz</strong><br />
desde 2006<br />
FORMAÇÃO Licenciatura em Medicina<br />
pela Facul<strong>da</strong>de de Medicina de Lisboa<br />
(1984)<br />
ASSISTENTE de Anatomia Patológica<br />
no Instituto de Oncologia de Francisco<br />
Gentil, Centro de Lisboa (1992-2006)<br />
INTERNA <strong>da</strong> especiali<strong>da</strong>de de Anatomia<br />
Patológica no Instituto de Oncologia de<br />
Francisco Gentil, Centro de Lisboa<br />
(1989-1991)<br />
INTERNA <strong>da</strong> especiali<strong>da</strong>de de Anatomia<br />
Patológica no <strong>Hospital</strong> Egas Moniz<br />
(1987-1988)<br />
ACTIVIDADE ACADÉMICA Assistente<br />
convi<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>da</strong> disciplina de Anatomia<br />
Patológica <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong>de de Ciências<br />
Médicas <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Nova de Lisboa<br />
(1988-1990/1992-1999)<br />
ÁREAS DE EXPERIÊNCIA Patologia <strong>da</strong><br />
glândula tiroideia; patologia oncológica<br />
geral; microscopia electrónica<br />
12 iesspro Outono 2007<br />
Só após a montagem, com um filme<br />
apropriado ou uma lamela, é que se<br />
torna possível a sua observação ao<br />
microscópio óptico.<br />
A sequência clássica descrita (fixação<br />
<strong>–</strong> desidratação <strong>–</strong> impregnação)<br />
constitui a base do processamento<br />
histológico convencional, transmiti<strong>da</strong><br />
pelos nossos antecessores, sendo por<br />
isso ti<strong>da</strong> como segura e fidedigna. Tal<br />
permitiu-nos, desde sempre, observar<br />
a morfologia celular pelo método que<br />
é considerado, de forma universal,<br />
como o gold-stan<strong>da</strong>rd em anatomia<br />
patológica [1].<br />
Esta metodologia, diga-se, não<br />
mudou substancialmente nos últimos<br />
100 anos, mantendo-se inalterados<br />
os passos necessários para a<br />
obtenção <strong>da</strong>s secções de tecidos. As<br />
práticas convencionais de histopatologia<br />
sempre tiveram como pressuposto<br />
que as peças cirúrgicas fossem<br />
sujeitas a fixação overnight, ao<br />
que se seguia a selecção de amostras<br />
e o processamento histológico<br />
convencional no dia seguinte. Um<br />
processo com pelo menos 48 horas<br />
de duração!<br />
NO LABORATÓRIO de anatomia<br />
patológica do <strong>Hospital</strong> <strong>da</strong> <strong>Luz</strong> o trabalho<br />
organiza-se de forma a ser fluido,<br />
evitando tempos “mortos”<br />
As grandes mu<strong>da</strong>nças tiveram<br />
sobretudo a ver com a automatização<br />
dos procedimentos, tornando-os<br />
mais rápidos pela mecanização dos<br />
gestos. Pese embora a automatização<br />
tenha diminuído consideravelmente<br />
o tempo do processamento histológico<br />
quando comparado com o<br />
trabalho feito manualmente, não se<br />
conseguia obter um resultado técnico<br />
com a quali<strong>da</strong>de necessária para<br />
fazer um diagnóstico correcto e seguro<br />
antes de um período de tempo<br />
<strong>da</strong> ordem <strong>da</strong>s oito horas (overnight)<br />
e apenas para fragmentos milimétricos<br />
de tecido. A obrigatorie<strong>da</strong>de de<br />
recorrer a temperaturas eleva<strong>da</strong>s na<br />
fase <strong>da</strong> impregnação tornava sempre<br />
o processo demorado.<br />
Naturalmente, os avanços tecnológicos<br />
permitiram produzir máquinas<br />
ca<strong>da</strong> vez mais fiáveis, com capaci<strong>da</strong>de<br />
para processar um número