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gestão de resíduos orgânicos gestão de resíduos orgânicos

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CAPÍTULO 4 | PRECEITOS PARA UMA GESTÃO EFICIENTE E SEGURA DOS RESÍDUOS ORGÂNICOS<br />

activida<strong>de</strong> microbiológica quando tais níveis são inferiores a 8-12% (Diaz<br />

et al., 1993).<br />

Temperatura<br />

A evolução da temperatura no seio da pilha <strong>de</strong> <strong>resíduos</strong> é <strong>de</strong>terminada<br />

pelas proprieda<strong>de</strong>s isoladoras da própria pilha, o que lhe permitem conservar<br />

o calor resultante da <strong>de</strong>composição da matéria orgânica facilmente bio<strong>de</strong>gradável.<br />

Importa, contudo, referir que a acumulação <strong>de</strong> calor na pilha só se<br />

verifica quando a sua produção exce<strong>de</strong> as perdas por radiação, condução e<br />

evaporação da água.<br />

A temperatura na pilha <strong>de</strong>ve ser controlada através do arejamento para<br />

que não ultrapasse 65° C, uma vez que valores <strong>de</strong>sta or<strong>de</strong>m po<strong>de</strong>m afectar<br />

alguns grupos taxonómicos <strong>de</strong> microrganismos que têm um papel importante<br />

no processo bioxidativo e, consequentemente, reduzir a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>composição<br />

da matéria orgânica. Para além disso, temperaturas extremas po<strong>de</strong>m<br />

conduzir à auto-inflamação dos materiais em compostagem.<br />

Como os valores óptimos <strong>de</strong> temperatura para a obtenção da taxa máxima<br />

<strong>de</strong> bio<strong>de</strong>gradação se situam, segundo vários autores, entre os 45° C e os<br />

55° C e existem espécies fortemente patogénicas que resistem a temperaturas<br />

superiores a 55° C, o controlo da temperatura <strong>de</strong>ve ter em conta estes<br />

factos, sendo necessário encontrar uma solução <strong>de</strong> compromisso. O problema<br />

torna-se ainda mais complexo pelo motivo <strong>de</strong> as temperaturas assumirem,<br />

no interior da pilha, valores localmente distintos, influenciadas pela<br />

temperatura ambiente e pela humida<strong>de</strong>, que se acumula habitualmente na<br />

base da pilha (figura 4.1).<br />

Humida<strong>de</strong> variável<br />

Camada miceliana<br />

(25-40°C)<br />

Zona mais húmida<br />

<strong>de</strong>vido à<br />

infiltração <strong>de</strong> água<br />

Efeito <strong>de</strong><br />

chaminé<br />

Zona das temperaturas<br />

mais elevadas<br />

(60-65°C a partir do 50 cm<br />

<strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>)<br />

Perda <strong>de</strong> calor<br />

por condução<br />

ou radiação<br />

Camada superficial<br />

(temperatura próxima<br />

da do ambiente)<br />

Base da pilha<br />

temperatura da<br />

or<strong>de</strong>m dos 25-45°C<br />

Figura 4.1 Corte transversal <strong>de</strong> uma pilha sem arejamento forçado; temperaturas típicas em vários locais<br />

da mesma<br />

Adaptado <strong>de</strong> Merillot (1995) e SOGEA (1991)<br />

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