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gestão de resíduos orgânicos gestão de resíduos orgânicos

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GESTÃO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS<br />

enciam a cinética da compostagem são o oxigénio, a humida<strong>de</strong> e a temperatura.<br />

Todos são passíveis <strong>de</strong> controlo durante todo o processo bioxidativo,<br />

sendo, para tal, necessário ter em consi<strong>de</strong>ração a sua interacção no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da activida<strong>de</strong> microbiana ao longo dos diversos estágios<br />

daquele processo.<br />

Oxigénio<br />

Para que se mantenham as condições <strong>de</strong> aerobiose do meio, as concentrações<br />

<strong>de</strong> oxigénio na mistura <strong>de</strong> gases existente no seio das pilhas não<br />

<strong>de</strong>verão ser inferiores a 5% e, preferivelmente, superiores a 10%. Para<br />

garantir essas condições será necessário manter o espaço intersticial do<br />

substrato bem provido <strong>de</strong> ar, levando a efeito, quando necessário, operações<br />

<strong>de</strong> revolvimento ou forçando a entrada <strong>de</strong> ar na massa em compostagem<br />

por insuflação ou sucção.<br />

Os mais elevados consumos <strong>de</strong> oxigénio ocorrem para valores da temperatura<br />

entre 28° C e 55° C, em que existe maior activida<strong>de</strong> microbiológica<br />

(Finstein et al., 1980; Haug, 1979). Após a fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação<br />

rápida (vi<strong>de</strong> Capítulo 1), as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> oxigénio vão-se gradualmente<br />

reduzindo.<br />

Humida<strong>de</strong><br />

Os níveis máximos admissíveis <strong>de</strong> humida<strong>de</strong> no substrato <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da<br />

natureza dos <strong>resíduos</strong> a compostar: os materiais estruturalmente fracos, que<br />

ten<strong>de</strong>m, quando molhados, a constituir uma massa compacta, <strong>de</strong>vem ser compostados<br />

observando níveis mais reduzidos <strong>de</strong> humida<strong>de</strong>; os materiais estruturalmente<br />

mais firmes, como a palha e a serradura, admitem níveis <strong>de</strong><br />

humida<strong>de</strong> mais elevados.<br />

Alguns <strong>resíduos</strong>, como as lamas <strong>de</strong> <strong>de</strong>puração e os excrementos gerados<br />

nas explorações pecuárias, necessitam <strong>de</strong> ser co-compostados com materiais<br />

estruturalmente firmes, que absorvam a água em excesso e promovam a<br />

circulação do ar através da massa em compostagem.<br />

As necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> água variam ao longo da compostagem e são maiores<br />

durante a fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação da matéria orgânica facilmente bio<strong>de</strong>gradável<br />

(termófila), na qual as bactérias são dominantes, reduzindo-se<br />

gradualmente a partir da fase <strong>de</strong> arrefecimento e humificação, na qual dominam<br />

os actinomicetas e os fungos, que exercem a sua activida<strong>de</strong> com<br />

níveis mais reduzidos <strong>de</strong> humida<strong>de</strong> (Golueke, 1991).<br />

Como regra geral, o teor <strong>de</strong> humida<strong>de</strong> do substrato no início do processo<br />

<strong>de</strong> compostagem <strong>de</strong>verá ser da or<strong>de</strong>m dos 50-55%, não convindo<br />

que atinja valores abaixo dos 40%, uma vez que níveis da or<strong>de</strong>m dos 30%<br />

já afectam a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns grupos microbianos, cessando toda a

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