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gestão de resíduos orgânicos gestão de resíduos orgânicos

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CAPÍTULO 3 | POTENCIAL POLUENTE DOS RESÍDUOS ORGÂNICOS<br />

O amoníaco resulta da <strong>de</strong>composição <strong>de</strong> compostos azotados, tais como<br />

a ureia e as proteínas. O odor é pungente, causando irritação nos olhos e no<br />

trato respiratório em concentrações reduzidas, po<strong>de</strong>ndo provocar asfixia. Po<strong>de</strong><br />

ser fatal em elevadas concentrações num período <strong>de</strong> exposição dos animais e<br />

seres humanos <strong>de</strong> 30 a 40 minutos (USDA, 1992).<br />

O dióxido <strong>de</strong> carbono não tem cheiro, provoca sonolência e dores <strong>de</strong><br />

cabeça com o aumento das concentrações, acima <strong>de</strong> 20 000 ppm, e po<strong>de</strong> ser<br />

letal em concentrações da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 3 000 000 ppm durante 30 minutos (USDA,<br />

1992). É um dos gases responsáveis pela absorção das radiações da gama do<br />

infravermelho reflectidas pela superfície terrestre para o espaço, contribuindo,<br />

por isso, para o <strong>de</strong>nominado efeito <strong>de</strong> estufa.<br />

O metano também não tem cheiro, provoca asfixia e é altamente inflamável.<br />

Contribui, como o dióxido <strong>de</strong> carbono, para o efeito <strong>de</strong> estufa e, consequentemente,<br />

para as alterações climáticas.<br />

O sulfureto <strong>de</strong> hidrogénio, <strong>de</strong> cheiro característico a ovos podres, é<br />

tóxico, provoca dores <strong>de</strong> cabeça e tonturas a concentrações <strong>de</strong> 200 ppm<br />

durante 60 minutos, náusea, excitação e insónia a 500 ppm durante 30 minutos<br />

e inconsciência, eventualmente a morte, a 1000 ppm.<br />

Dos gases que, pelas suas características ou quantida<strong>de</strong>s produzidas, se<br />

<strong>de</strong>stinguem, essencialmente, pelo cheiro agressivo, referimos os ácidos gordos<br />

voláteis, os compostos <strong>orgânicos</strong> sulfurados e as aminas.<br />

Os ácidos gordos voláteis, tais como o butírico, propiónico e acético, <strong>de</strong><br />

cheiro râncico, râncico/pungente e a vinagre, respectivamente, são, habitualmente,<br />

produzidos em condições <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiente arejamento da massa <strong>de</strong> <strong>resíduos</strong><br />

<strong>orgânicos</strong> submetidos a tratamento biológico aeróbio, e rapidamente<br />

metabolizados quando a massa é bem arejada. Constituem os principais agentes<br />

<strong>de</strong> maus odores das estações <strong>de</strong> compostagem.<br />

Os compostos <strong>orgânicos</strong> sulfurados, como os metilmercaptanos, <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sagradável cheiro a esgoto, resultam, nomeadamente, da <strong>de</strong>gradação em<br />

condições anaeróbias ou aeróbias <strong>de</strong> aminoácidos contendo enxofre. Por<br />

oxidação, os metilmercaptanos dão origem a outros compostos igualmente<br />

fétidos, como o dissulfureto <strong>de</strong> metilo e o sulfureto <strong>de</strong> dimetilo, este último <strong>de</strong><br />

cheiro característico a couves podres.<br />

As aminas, tais como a cadaverina e a putresina, <strong>de</strong> acentuado cheiro a<br />

peixe podre, são produzidas a partir da bio<strong>de</strong>gradação dos aminoácidos em<br />

condições anaeróbias.<br />

Como atrás mencionamos, a <strong>de</strong>snitrificação, que ocorre nas lagoas<br />

anaeróbias e em outros meios redutores, origina óxidos <strong>de</strong> azoto voláteis,<br />

que se per<strong>de</strong>m para a atmosfera. O óxido nítrico e o dióxido <strong>de</strong> azoto<br />

contribuem para a formação das chuvas ácidas e o óxido nitroso para o<br />

efeito <strong>de</strong> estufa.<br />

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