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gestão de resíduos orgânicos gestão de resíduos orgânicos

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I N T R O D U Ç Ã O<br />

As condições climáticas e orográficas <strong>de</strong> Portugal,<br />

associadas a práticas culturais <strong>de</strong>sajustadas, conduzi-<br />

GESTÃO<br />

ram ao empobrecimento dos solos agrícolas nacionais<br />

em matéria orgânica (MO), nomeadamente no Centro<br />

DE RESÍDUOS e Sul do país. Torna-se, assim, imprescindível con-<br />

ORGÂNICOS<br />

trariar a tendência para a <strong>de</strong>pauperação <strong>de</strong>sta importante<br />

componente do solo, recorrendo, entre outras<br />

medidas, ao aproveitamento <strong>de</strong> <strong>resíduos</strong> <strong>orgânicos</strong> cujas<br />

características lhes confiram interesse agrícola.<br />

Por outro lado, as enormes quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>resíduos</strong><br />

<strong>orgânicos</strong> que vêm sendo gerados, alguns dos quais<br />

po<strong>de</strong>ndo apresentar teores relativamente elevados <strong>de</strong><br />

metais pesados, micropoluentes <strong>orgânicos</strong> e microrganismos patogénicos, têm suscitado<br />

gran<strong>de</strong> preocupação não só nas entida<strong>de</strong>s oficiais responsáveis pela <strong>gestão</strong><br />

<strong>de</strong>stes <strong>resíduos</strong>, mas também nas instituições ligadas à <strong>de</strong>fesa do ambiente e nas<br />

populações <strong>de</strong>spertas para esta problemática. Sendo assim, têm vindo a ser produzidos,<br />

nomeadamente nos países <strong>de</strong>senvolvidos, documentos legislativos e normativos,<br />

regulamentos e códigos <strong>de</strong> boas práticas visando a redução e valorização dos<br />

<strong>resíduos</strong> <strong>orgânicos</strong>, contemplando as diversas componentes da sua <strong>gestão</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

produção e processamento até à utilização na agricultura.<br />

De entre os <strong>resíduos</strong> <strong>orgânicos</strong> com interesse agrícola, os provenientes das explorações<br />

pecuárias suscitam, porventura, maiores preocupações, por duas or<strong>de</strong>ns<br />

<strong>de</strong> razão: são os que se produzem em maiores quantida<strong>de</strong>s na União Europeia,<br />

tendo ultrapassado o bilião <strong>de</strong> toneladas em 1985, atingindo valores cerca <strong>de</strong> três e<br />

seis vezes superiores aos das lamas provenientes das estações <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong><br />

águas residuais urbanas (ETAR) e aos <strong>resíduos</strong> sólidos urbanos (RSU), respectivamente<br />

(Ferrero e L’Hermite, 1985); pelo facto <strong>de</strong> as explorações se concentrarem<br />

em regiões específicas, muitas da quais dispondo <strong>de</strong> reduzidas, ou mesmo inexistentes,<br />

áreas agrícolas. Disto resulta que, muitas vezes, a produção <strong>de</strong> estrumes e<br />

chorumes e, principalmente, as quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fósforo e azoto veiculadas por estes<br />

<strong>resíduos</strong>, ultrapassem os níveis máximos recomendáveis <strong>de</strong> aplicação aos solos da<br />

exploração que os produz e mesmo aos localizados nas proprieda<strong>de</strong>s agrícolas <strong>de</strong><br />

relativa proximida<strong>de</strong>, originando problemas ambientais. Devido à sua potencial carga<br />

em microrganismos patogénicos, metais pesados, micropoluentes <strong>orgânicos</strong> e

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