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gestão de resíduos orgânicos gestão de resíduos orgânicos

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CAPÍTULO 2 | CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS ORGÂNICOS COM INTERESSE AGRÍCOLA<br />

à frequente oposição das populações, naturalmente preocupadas com os potenciais<br />

riscos ou incómodos resultantes da presença <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> massa<br />

<strong>de</strong> <strong>resíduos</strong> em local próximo da sua comunida<strong>de</strong>. Assume-se, assim, a posição<br />

«NIMBY» («Not In My Back Yard»), ou seja, todos querem o problema<br />

do lixo resolvido mas «longe do seu quintal».<br />

Isto conduz a que a selecção <strong>de</strong> novas áreas para a instalação <strong>de</strong> estações<br />

<strong>de</strong> tratamento ou aterros envolva não só estudos <strong>de</strong> impacte ambiental<br />

mas também morosas negociações, nas quais é necessário estabelecer<br />

contrapartidas <strong>de</strong> índole social, financeira e política. Infere-se, nesta conjuntura,<br />

que as estratégias <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> dos RSU <strong>de</strong>verão merecer a aceitação<br />

das populações, a aprovação da comunida<strong>de</strong> científica e, ainda, ser<br />

atractivas para as empresas e autarquias envolvidas (o que se tem revelado<br />

difícil <strong>de</strong> alcançar).<br />

Permanece, porém, a incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implementar medidas para refrear<br />

a produção <strong>de</strong> RSU, tais como a redução na fonte e a reutilização, só<br />

passíveis <strong>de</strong> serem concretizadas com o envolvimento das populações, nomeadamente<br />

através da separação <strong>de</strong> várias componentes do «lixo» na<br />

fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição domiciliária. Tal incapacida<strong>de</strong> colocava Portugal, nos<br />

princípios dos anos 90, numa posição lamentável, comparativamente a outros<br />

países industrializados.<br />

Esperamos que os esforços que têm vindo a ser envidados pelas autorida<strong>de</strong>s<br />

competentes, nomeadamente o Instituto dos Resíduos, possam ter alterado<br />

ou venham, a curto prazo, a alterar esta situação, o que só é possível<br />

através da uma <strong>gestão</strong> integrada dos RSU.<br />

GESTÃO INTEGRADA DOS RSU<br />

Para controlar a produção RSU, reduzir a utilização <strong>de</strong> matérias-primas<br />

(florestais, minerais, água potável) e minorar a contaminação dos recursos<br />

naturais com metais pesados, micropoluentes <strong>orgânicos</strong> e organismos<br />

patogénicos (vi<strong>de</strong> Capítulo 3), sem pôr em causa o <strong>de</strong>senvolvimento, é<br />

imprescindível a adopção <strong>de</strong> medidas que promovam a <strong>gestão</strong> integrada<br />

<strong>de</strong>stes <strong>resíduos</strong>. Tal <strong>gestão</strong> passa estabelecimento <strong>de</strong> uma hierarquização<br />

das suas componentes ou operações, <strong>de</strong>finindo-se, <strong>de</strong>ste modo, priorida<strong>de</strong>s,<br />

a saber:<br />

• Primeira priorida<strong>de</strong>: redução ou minimização.<br />

Só será possível alcançar a redução da produção <strong>de</strong> <strong>resíduos</strong> através<br />

<strong>de</strong> políticas que promovam o fabrico <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> mais longa duração<br />

e <strong>de</strong> embalagens reutilizáveis. Os materiais a utilizar na produção<br />

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