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gestão de resíduos orgânicos gestão de resíduos orgânicos

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GESTÃO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS<br />

Às condições climáticas e ou topográficas propícias ao empobrecimento<br />

da maioria esmagadora dos solos nacionais em MO aliam-se as opções (e<br />

também limitações) no plano das práticas agrícolas que vêm contribuindo<br />

para esse <strong>de</strong>pauperamento, tais como a ausência <strong>de</strong> uma sistemática incorporação<br />

no solo <strong>de</strong> correctivos <strong>orgânicos</strong>, a prática da monocultura em <strong>de</strong>trimento<br />

<strong>de</strong> rotações que restituam matéria orgânica ao solo, a redução das<br />

áreas arborizadas, o alargamento das áreas irrigadas, as lavouras mais profundas,<br />

a intensificação da adubação mineral, etc.<br />

O estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>pauperamento dos solos nacionais é evi<strong>de</strong>nciado em estudos<br />

realizados com base nos resultados obtidos através da análise <strong>de</strong> terras<br />

para efeitos da formulação <strong>de</strong> conselho <strong>de</strong> fertilização. Deles referimos os<br />

realizados por Dias et al. (1989), Leandro et al. (1989) e Gonçalves et al.<br />

(1995 n.p.). No primeiro, proce<strong>de</strong>u-se à caracterização sumária do estado<br />

geral <strong>de</strong> fertilida<strong>de</strong> dos solos agrícolas da Beira Litoral, Beira Interior, Ribatejo<br />

e Oeste e Alentejo. No segundo e terceiro, a caracterização restringiu-se<br />

aos solos <strong>de</strong> Entre Douro e Minho e Algarve, respectivamente. Os resultados<br />

obtidos, relativamente ao parâmetro matéria orgânica, figuram nos quadros<br />

1.2. e 1.3. As classes <strong>de</strong> riqueza em MO foram <strong>de</strong>finidas com base nos<br />

critérios utilizados no LQARS, atrás mencionados.<br />

Através da análise <strong>de</strong>stes quadros po<strong>de</strong>r-se-á verificar que 24,5% dos<br />

solos agrícolas da Beira Litoral apresentam teores <strong>de</strong> MO abaixo dos níveis<br />

críticos (classes <strong>de</strong> riqueza MB e B) o mesmo suce<strong>de</strong>ndo para 50,9%,<br />

78,3%, 77,9% e 71,3%, respectivamente, dos solos da Beira Interior, Ribatejo<br />

e Oeste, Alentejo e Algarve. Embora a situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pauperamento<br />

em MO dos solos agrícolas seja consi<strong>de</strong>rável na Beira Litoral e preocupante<br />

na Beira Interior, atinge proporções alarmantes na meta<strong>de</strong> sul do país,<br />

on<strong>de</strong> a influência do clima mediterrânico é mais marcante.<br />

Quadro 1.2 Distribuição percentual por classe <strong>de</strong> riqueza em MO dos solos <strong>de</strong> algumas regiões<br />

agrícolas, no período <strong>de</strong> 1980 a 1988. MB: muito baixo; B: baixo; M: médio; A: alto; MA: muito alto<br />

Fontes Dias et al. (1989), Leandro et al. (1989)

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