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gestão de resíduos orgânicos gestão de resíduos orgânicos

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CAPÍTULO 1 | MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO<br />

→ fertilização química acrescida → modificações metabólicas e alteração<br />

da composição da seiva → ataque <strong>de</strong> parasitas → tratamentos mais numerosos<br />

e intensos → fragilização <strong>de</strong> todo o sistema → aci<strong>de</strong>ntes culturais mais<br />

frequentes → diminuição da qualida<strong>de</strong> alimentar dos produtos (e também dos<br />

rendimentos médios, em sistema intensivo, para os mesmos investimentos<br />

relativamente aos factores <strong>de</strong> produção).<br />

É, assim, imprescindível que se mantenham os teores <strong>de</strong> matéria orgânica do<br />

solo nos níveis a<strong>de</strong>quados recorrendo, se necessário, à aplicação sistemática <strong>de</strong><br />

correctivos <strong>orgânicos</strong> ainda que, para tal, seja preciso financiar os agricultores.<br />

ESTADO DE PROVIMENTO EM MATÉRIA<br />

ORGÂNICA DOS SOLOS AGRÍCOLAS NACIONAIS<br />

Os <strong>resíduos</strong> <strong>orgânicos</strong> em <strong>de</strong>composição (nomeadamente no solo) assumem<br />

comportamentos distintos em função das características dos vários compostos<br />

<strong>orgânicos</strong> que a constituem. Nos <strong>resíduos</strong> <strong>de</strong> natureza animal e nos <strong>de</strong><br />

natureza vegetal com reduzida relação C/N, a matéria orgânica mineraliza-se<br />

num curto espaço <strong>de</strong> tempo, pouco contribuindo para a produção <strong>de</strong> húmus;<br />

nos dificilmente bio<strong>de</strong>gradáveis (com elevada componente lenhocelulósica) a<br />

matéria orgânica <strong>de</strong>compõe-se lentamente, acrescentando gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> material estabilizado ao húmus do solo. Este, por sua vez, mineraliza-se<br />

muito lentamente, fruto da sua riqueza em fenilpropano e polifenóis que são<br />

resistentes à <strong>de</strong>composição microbiana (Kononova, 1966).<br />

A taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>composição da matéria orgânica po<strong>de</strong> ser quantificada pelos<br />

coeficientes <strong>de</strong> humificação (K 1 ) e <strong>de</strong> mineralização (K 2 ). O K 1 (que exprime<br />

a percentagem <strong>de</strong> matéria orgânica incorporada no solo que, anualmente, se<br />

estabiliza sob a forma <strong>de</strong> húmus) apresenta valores médios da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 16%,<br />

atingindo o máximo para o estrume e compostado bem maturados (50%) e o<br />

mínimo para os ditos «adubos ver<strong>de</strong>s» (5%). O K 2 reflecte a percentagem <strong>de</strong><br />

matéria orgânica estabilizada ou húmus que, anualmente, se mineraliza. Segundo<br />

dados experimentais, varia <strong>de</strong> 0,5% a 3% nos solos <strong>de</strong> climas temperados,<br />

com um valor médio <strong>de</strong> 1,7% nos climas temperados marítimos (Mustin,<br />

1987). No caso <strong>de</strong> Portugal, e principalmente nas regiões meridionais, o clima<br />

marcadamente mediterrânico, caracterizado por verões quentes e invernos<br />

suaves, permite que a activida<strong>de</strong> dos microrganismos responsáveis por tal<br />

mineralização se exerça com elevado rendimento durante todo o ano, sempre<br />

que a humida<strong>de</strong> do solo não seja limitante, pelo que os coeficientes <strong>de</strong> mineralização<br />

são, em muitos casos, superiores a 2%. Nas áreas irrigadas e nas<br />

ocupadas por estufas ou outro tipo <strong>de</strong> abrigo po<strong>de</strong>rão atingir 3%.<br />

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