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Estilo Bizantino<br />

Atingindo seu grau mais<br />

elevado no século VI,<br />

este estilo estendeu-se<br />

por todo o Norte da<br />

África, pelos Estados<br />

Balcânicos e pela Itália.<br />

Com o Império<br />

Macedônico, no século<br />

IX, tomou nova vida e<br />

misturou-se com o Estilo<br />

Românico, atingindo<br />

toda a Europa até o<br />

século XII.<br />

Império Bizantino<br />

Constantinopla


Mosaico<br />

Bizantino<br />

Interior da Hagia Sofia<br />

(537/8 dC, Istambul Turquia)<br />

Fundada em 750 a.C., a<br />

cidade de Constantinopla<br />

deixou de ser colônia<br />

grega quando, ao ser<br />

conquistada pelos<br />

romanos em 326 d.C.,<br />

tornou-se a capital do<br />

Império de Constantino.<br />

Em 475 d.C., com a queda<br />

do Império Romano do<br />

Ocidente, passou a se<br />

chamar BIZÂNCIO,<br />

sobrevivendo até a<br />

tomada pelos turcos em<br />

1453.


Mosaico cristão<br />

A PLASTICIDADE do espaço bizantino foi fruto<br />

da cor e riqueza ornamental do Oriente, somados<br />

às belas proporções e o arrojo construtivo do<br />

Ocidente, o que resultou em interiores e<br />

suntuosos, compostos por mosaicos policrômicos.


Capitel<br />

Bizantino<br />

Houve o emprego de<br />

paredes em pedra,<br />

mármore e tijolo, com<br />

coberturas em abóbadas<br />

de berço, de aresta e sobre<br />

pendentes, além de<br />

colunas com capitel<br />

esculpido trapezoidal.<br />

Através da reunião de<br />

pequenos cubos<br />

esmaltados, o MOSAICO<br />

ocupava o lugar mais<br />

importante na decoração<br />

bizantina, recobrindo os<br />

pisos, paredes e cúpulas.


Arca<br />

De grande influência<br />

greco-romana, o<br />

MOBILIÁRIO<br />

BIZANTINO foi<br />

marcado por delicados<br />

trabalhos de relevo em<br />

marfim. Havia bancos<br />

com e sem encosto, de<br />

pernas torneadas;<br />

mesas de pedra<br />

geralmente redondas<br />

e tronos pesados de<br />

madeira, além de<br />

arcas.<br />

Cadeiras e poltronas<br />

Mesa<br />

Litúrgca


Estilo<br />

Bizantino


Estilo Românico<br />

Contemporâneo ao<br />

desenvolvimento da<br />

sociedade feudal e das<br />

ordens monásticas,<br />

surgiu no final do<br />

século X e desapareceu<br />

por volta do século<br />

XIII. Da Île-de-France,<br />

espalhou-se pelo<br />

restante da França e<br />

pela Alemanha, sendo<br />

resultado da<br />

confluência de várias<br />

linhas artísticas, como o<br />

Romano e o Bizantino.


Os INTERIORES<br />

ROMÂNICOS –<br />

presentes tanto em<br />

castelos senhoriais<br />

como em mosteiros e<br />

abadias – eram<br />

sóbrios e de aspecto<br />

resistente, com a<br />

repetição de<br />

elementos, como<br />

janelas, pilastras e<br />

colunas geminadas,<br />

além de abóbadas de<br />

berço e arcos<br />

transversais.


Na ALTA IDADE MÉDIA, a decoração era<br />

pesada e escura, com temática baseada em<br />

motivos gregos (folhagens espiraladas e gregas),<br />

ziguezagues (chevrons), pontas de diamante,<br />

animais e monstros, com conotações religiosas.


Além do uso de<br />

ELEMENTOS<br />

GEOMÉTRICOS<br />

(xadrez, dentes de serra<br />

e losangos), misturavase<br />

ornatos mulçumanos<br />

como fitas de pérola,<br />

arcadas trilobadas e<br />

animais fantásticos,<br />

assim como modilhões<br />

(pequenos consolos,<br />

muitas vezes esculpidos<br />

com rosetas ou cabeças<br />

de monstros, colocados<br />

sobre uma cornija)<br />

modilhão


Derivado do coríntio, o CAPITEL ROMÂNICO<br />

continha uma ornamentação geométrica<br />

(entrelaçamentos e óvalos), vegetal (palmetas e<br />

folhagens), animalista (grifos e leões<br />

defrontados) ou historiada (cenas do Antigo e do<br />

Novo Testamento).


Cadeiras<br />

Banqueta<br />

românica<br />

As CADEIRAS eram<br />

bastante simples e<br />

pobres, sem detalhes<br />

significativos, usandose<br />

bancos em<br />

demasia, assim como<br />

banquetas individuais.<br />

As MESAS eram<br />

bastante longas,<br />

compostas por largas<br />

tábuas sobre cavaletes<br />

(“pôr a mesa”).


As CAMAS românicas<br />

apresentaram-se em<br />

geral muito altas e<br />

dotadas de dossel.<br />

Já as ARCAS foram<br />

colocadas em pé, com<br />

uma divisória no centro<br />

e portas (credências<br />

ou aparadores).<br />

Dossel<br />

A PAPELEIRA ou<br />

escritório (Scriptorium)<br />

era bastante utilizada<br />

nos monastérios,<br />

correspondendo a um<br />

armário de duas portas,<br />

geralmente com um<br />

frontão.<br />

Arca<br />

Cama do vassalo<br />

Papeleira<br />

credência


Estilo<br />

Românico


Estilo Gótico<br />

Iniciado em meados do século XII, nasceu da<br />

evolução técnica do Românico através das<br />

abóbadas de aresta, arcos ogivais, arcobotantes<br />

e contrafortes de pedra, chegando ao apogeu no<br />

século XIII, especialmente em catedrais.<br />

Havia predominância de vazios sobre cheios e<br />

da linha vertical (transcendência), além da<br />

simetria e impressão de força, grandiosidade e<br />

delicadeza, marcando os espaços através de<br />

uma escala heróica e de iluminação ampla.


Nuremberg,<br />

Alemanha<br />

Bruges,<br />

Holanda<br />

Na BAIXA IDADE<br />

MÉDIA, as pequenas<br />

e raras cidades não<br />

passavam de<br />

entrepostos<br />

comerciais, cercados<br />

de muralhas para<br />

defesa e refúgio aos<br />

moradores da região.<br />

A escassez de espaço<br />

fez com que as<br />

CASAS URBANAS<br />

fossem construídas<br />

apinhadas umas às<br />

outras, de pouca<br />

testada e grande<br />

profundidade.<br />

Lucca, Itália


Habitações urbanas<br />

Bourges, França<br />

Com o térreo maior<br />

que os demais<br />

andares, destinado a<br />

algum comércio, essas<br />

casas góticas<br />

possuíam ALCOVAS<br />

como quartos e<br />

SÓTÃOS para<br />

hospedagem e<br />

depósito. Em ambos,<br />

as condições<br />

sanitárias eram<br />

precárias, assim como<br />

de abastecimento e<br />

manutenção.


Vitrais<br />

Gárgula<br />

Arcos ogivais<br />

A temática decorativa<br />

era baseada em<br />

estátuas de santos,<br />

monstros, animais –<br />

em GÁRGULAS e<br />

arremates –, ogivas,<br />

rosáceas e elementos<br />

retirados da natureza.<br />

O principal elemento<br />

eram as FOLHAGENS<br />

que, conforme se<br />

mostravam, definiam<br />

o período histórico<br />

correspondente.


Inicialmente, havia<br />

abuso de motivos<br />

geométricos, com<br />

predominância da<br />

colocação de molduras<br />

na ornamentação, mas,<br />

a partir do século XIII,<br />

passou-se aos<br />

MOTIVOS VEGETAIS,<br />

preferindo-se as plantas<br />

com contornos<br />

tortuosos, tais como o<br />

cardo, a alcachofra e o<br />

repolho crespo<br />

(cogulhos ou colchetes).


Credência<br />

Cama<br />

Fenestragem<br />

Mesa<br />

Interior de<br />

uma guilda<br />

Os MÓVEIS mais usados na época gótica foram<br />

as cadeiras, mesas, arcas e camas. Eram feitos em<br />

carvalho e ornamentados com pinturas, entalhes<br />

inspirados na arquitetura (fenestragem), ogivas,<br />

tapeçarias e muito dourado, além da figura de<br />

animais, como dragões.


Ferragem<br />

Arcaz<br />

Em geral, as CADEIRAS<br />

(cátedras ou chayères)<br />

eram em madeira, com<br />

espaldar alto, e as mesas<br />

retangulares ou<br />

poligonais pequenas,<br />

com pé central.<br />

As CAMAS eram<br />

pesadas e ficavam no<br />

canto dos ambientes. As<br />

credências passaram a<br />

ser comuns e surgiu o<br />

arcaz, uma grande arca<br />

com gavetões.<br />

Cátedras


Estilo<br />

Gótico


Estilo Islâmico<br />

Também chamado de<br />

Sarraceno, Muçulmano<br />

ou Maometano,<br />

desenvolveu-se em<br />

várias regiões na<br />

Europa, África e Ásia,<br />

a partir de 600 aC.,<br />

ocorrendo muitas<br />

derivações, mas<br />

sempre baseando-se<br />

nos ensinamentos do<br />

profeta Maomé.


Arabescos<br />

Caligrafia muçulmana<br />

Os INTERIORES<br />

islâmicos são<br />

exuberantes, marcados<br />

pela geometria e luxo,<br />

com profusão de<br />

detalhes (rendilhados<br />

e arabescos) e uso<br />

abundante de arcos<br />

(de meio ponto ou<br />

pleno, otomano,<br />

ogival, mourisco ou<br />

lobulado), sempre sem<br />

elementos figurativos<br />

ou humanos.<br />

Rendilhado


Tapetes<br />

Arabesco<br />

De MOBILIÁRIO escasso, seus espaços são<br />

fluidos e iluminados, dotados de várias colunas<br />

esguias e arcos rebuscados, além de policromia,<br />

obtida através de ladrilhos e rendilhados. Suas<br />

cúpulas possuem formas ovóides (persas),<br />

bulbares (hindus), cônicas e alveoladas.


Estilo Mudéjar<br />

Em 711 dC., os povos<br />

árabes e berberes<br />

(mouros) do Norte da<br />

África invadiram e<br />

dominaram a Península<br />

Ibérica, criando AL-<br />

ANDALUS, país que<br />

existiu até o século XI,<br />

quando os reis cristãos<br />

acabaram expulsando<br />

os mulçumanos e<br />

reconquistaram a área .<br />

Grande Mesquita de Córdoba<br />

(Andaluzia, Espanha)<br />

Córdoba


Cúpula da Grande Mesquita<br />

(786/7, Córdoba Espanha)<br />

Durante essa dominação<br />

mulçumana de quase 04<br />

séculos, ocorreu a fusão da<br />

arte islâmica com a cristã,<br />

dando origem ao ESTILO<br />

MOURISCO ou Mudéjar<br />

(do árabe mudaggin, que<br />

significa “ficar morando<br />

árabes entre cristãos”).<br />

Rica e suntuosa esta<br />

decoração fez-se presentes<br />

em cidades como Granada,<br />

Sevilha, Córdoba e<br />

Zaragoza, entre outras.<br />

Pátio coberto<br />

(Arcos mouriscos)


Patio de los liones – El-Alhambra<br />

(1333/54, Granada Espanha)<br />

Marcado pela escassez de<br />

móveis e profusão de<br />

almofadas, tapetes e cortinas<br />

feitas com tecidos riquíssimos,<br />

o ESTILO MUDÉJAR<br />

misturava elementos<br />

islâmicos, góticos e, mais<br />

tarde, renascentistas.<br />

Recriaram-se as geometrias<br />

(arabescos) e caligrafias<br />

islâmicas em azulejos e<br />

estuques, além de usarem o<br />

arco em ferradura, herdado<br />

dos visigodos.<br />

Sala de los Reyes


Mirador<br />

de<br />

Lindaraja<br />

Bargueño<br />

Arca<br />

O principal móvel mourisco era a ARCA, feita em<br />

cedro, oliveira e nogueira, com apliques de couro<br />

(gravado ou pintado) e figuras geométricas,<br />

muitas vezes entrelaçadas, além de incrustações<br />

de metais, marfim, madrepérola e madeira<br />

(marchetaria), formando desenhos orientais.


Bargueño<br />

(Aldeia de Vargas,<br />

perto de Toledo, Espanha)<br />

As CADEIRAS mudéjar<br />

tinham encostos altos,<br />

forrados com couros<br />

policrômicos e veludos<br />

guarnecidos com pregos à<br />

vista. Os braços eram<br />

largos e pesados.<br />

Surgiram os BARGUEÑOS<br />

(vargeños), cômodasescrivaninhas,<br />

cuja parte<br />

anterior se abria de cima<br />

para baixo. Eram arcas<br />

móveis sobre uma base de<br />

colunas torneadas, que às<br />

vezes apresentava os pés<br />

em forma de ponte ou H.<br />

Poltrona<br />

Mudéjar


Denomina-se MOÇÁRABE<br />

(do ár. mustarib;<br />

arabizado) a arte e a<br />

arquitetura realizadas pelos<br />

cristãos da Península<br />

Ibérica, de língua árabe,<br />

que conservaram sua<br />

religião sob a dominação<br />

islâmica do século X ao<br />

século XI.<br />

Este estilo surgiu<br />

principalmente nas igrejas<br />

de cidades espanholas<br />

como Burgos e Toledo,<br />

além de muitas outras.


ESTILO<br />

MUDÉJAR<br />

Hospital General Obispo Polanco<br />

(Séc. XIII, Teruel Espanha)<br />

Castillo de<br />

Magallón<br />

(Andaluzia)<br />

Torre<br />

de Utebo<br />

(Andaluzia)<br />

Estilos medievais bastante decorativos, tanto o<br />

MOÇÁRABE como o MUDÉJAR caracterizavam-se<br />

pela sua exuberância, intrincados ornatos e<br />

respectivos motivos religiosos, tanto em<br />

edificações, sacras ou não, como no mobiliário,<br />

estando presentes em toda Península Ibérica .


Bibliografia<br />

BRUNT, A. Guia dos estilos do mobiliário. Lisboa:<br />

Presença, Col. Habitat, n. 32, 1993.<br />

DUCHER, R. Características dos estilos. São Paulo:<br />

Martins Fontes, 1992.<br />

KOCH, W. Dicionário dos estilos arquitetônicos.<br />

São Paulo: Martins Fontes, 1994.<br />

MALLALIEU, H. (Org.) História ilustrada das<br />

antiguidades. São Paulo: Nobel, 1999.<br />

MONTENEGRO, R. Guia de história do mobiliário.<br />

Lisboa: Presença, 1995.<br />

OATES, P. B. História do mobiliário ocidental.<br />

Lisboa: Presença, 1991.

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