12 Gotico
12 Gotico
12 Gotico
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Gótico – Bibliografia<br />
ARGAN, Giulio Carlo. História da Arte Italiana.<br />
Volume I: Da Antigüidade a Duccio. São Paulo:<br />
Cosac & Naify, 2003<br />
BAUMGART, Fritz. Breve História da Arte. 2 ed.<br />
São Paulo. Martins Fontes, 1999.<br />
BENEVOLO, Leonardo. Introdução à Arquitectura.<br />
Lisboa. Edições 70, 1999.<br />
BRACONS, José. Saber ver a Arte Gótica. São<br />
Paulo, Martins Fontes, 1992.<br />
GOMBRICH, E. W. A História da Arte. Rio, LTC.<br />
1995<br />
HAUSER, Arnold. História Social da Literatura e<br />
da Arte. V 1. 3 ed. São Paulo. Mestre Jou, 1982.<br />
JANSON, H. W. História Geral da Arte. São Paulo.<br />
Martins Fontes, 1993.<br />
NUTTGENS, Patrick. The story of architecture. 2<br />
ed. Phaidon, 1997.<br />
PANOFSKY, Erwyn. Arquitetura Gótica e Escolástica.<br />
São Paulo. Martins Fontes, 2001.<br />
SOMMER, Ulrique. História da Arquitetura. Da<br />
Antigüidade aos nossos dias. Colônia: Könemann.<br />
2000.<br />
TOMAN, Half. O Gótico. Arquitetura, escultura e<br />
Pintura. Colônia: Könemann. 2000.<br />
VILLALBA, Antonio Castro. Historia de la<br />
Construccion Arquitectónica. Barcelona. Edicions<br />
UPC, 1995.<br />
WATKIN, David. A History of Western<br />
Architecture. 2 ed. Laurence King Publishing, 1996.
Gótico – Cidade Medieval<br />
Enquanto no período românico assistimos ao esvaziamento e<br />
retomada do crescimento das cidades, o que ocorre, a partir do<br />
século XII é o crescimento da atividade comercial, iniciada com a<br />
venda de excedentes da produção rural.<br />
Inicialmente, esse comércio se dá de modo direto, como feiras em<br />
que são vendidos, desde alimentos, até a produção artesanal<br />
familiar. O desenvolvimento econômico faz surgir<br />
estabelecimentos comerciais de outro tipo, intermediando a<br />
produção e o consumo, corporações de artesãos e instituições<br />
bancárias.<br />
A arrecadação de impostos, por outro lado, enriquece a estrutura<br />
de governo e favorece a formação de estados unificados.<br />
O crescimento dessa nova economia, de tipo burguesa, tem<br />
impacto profundo sobre o sistema econômico feudal. As relações<br />
entre classes tornam-se menos rígidas. Afinal, o poder, antes<br />
assentado sobre a posse da terra, passa a, cada vez mais, basearse<br />
em algo fluido, abstrato e impessoal, a posse de uma<br />
determinada soma de capital.<br />
Quando a produção de excedentes passou a valer riqueza, uma<br />
nova vida foi dada à economia tradicionalista, sem ambições e<br />
ineficiente. Foram usados métodos de produção mais intensos e<br />
racionais, e fez-se de tudo para produzir mais do que as<br />
necessidades da casa. Produzir e vender passaram a ser<br />
atividades fundamentais.<br />
As qualidades intelectuais tornam-se fonte de prestígio, em vez<br />
das qualidades irracionais de nascimento e criação de animais.
Carcassone (França)<br />
Gótico – Cidade Medieval<br />
O termo “Gótico” foi usado pela<br />
primeira vez pelo arquiteto, pintor e<br />
escritor italiano Vasari, no século XVI,<br />
período do alto renascimento na Itália.<br />
O termo vem de Godo (ou visigodo),<br />
povo bárbaro que dominou a Itália<br />
durante a idade média, e tem um<br />
caráter pejorativo, como algo de mau<br />
gosto, bárbaro, anticlássico.<br />
Entretanto, esta é uma visão<br />
preconceituosa, que deve ser<br />
compreendida no contexto da do<br />
renascimento, em que os valores<br />
clássicos, especialmente na Itália,<br />
estavam sendo recuperados.
Gótico – A Visão do Século XIX<br />
Somente no final do século XIX, o gótico passa a ser<br />
compreendido como expressão da arte européia, entre<br />
os séculos XIII e XV, que marca o início da formação da<br />
burguesia e a recuperação da cidade como centro<br />
econômico e cultural da civilização.<br />
“Toda forma cuja razão não possa ser<br />
explicada não pode ser bela”<br />
Viollet-le-Duc (1814 - 1879): Entretiens<br />
sur l’architecture (1863-1872)<br />
A catedral ideal – Viollet le Duc
Gótico – A Catedral<br />
Assim como o mosteiro é a construção principal do período<br />
românico, a arquitetura da catedral domina a cidade medieval<br />
gótica. Com o crescimento das cidades, as principais<br />
edificações da Igreja também se transferem para a vida<br />
urbana.<br />
Na cidade, a construção de uma catedral envolve uma nova<br />
visão artística que revoluciona o método de construção, o<br />
padrão estético, o dimensionamento, as artes aplicadas, etc.<br />
O papel do arquiteto e do artista também muda. Se antes era<br />
possível construir uma igreja com a colaboração dos servos,<br />
nas novas condições, o trabalho é assalariado. Há uma nova<br />
divisão do trabalho: arquitetos, mestres-de-obras, pedreiros,<br />
artesãos, etc. Diversos trabalhadores temporários, artistas<br />
errantes, passam pela obra, mudando-se de cidade em<br />
cidade.<br />
O trabalho, antes realizado no local da obra, transfere-se, em<br />
parte para as lojas (oficinas) e, depois, as guildas<br />
(corporações de artesãos).<br />
A burguesia busca a ascensão social adquirindo terras e, como<br />
os primeiros nobres, pela associação com a Igreja. Ao mesmo<br />
tempo, é o símbolo do novo poder dos reis franceses, que se<br />
vai difundindo por toda a França à medida que a influência da<br />
coroa avança. As cidades competem para ter maiores e mais<br />
belas catedrais...
Gótico – A Basílica<br />
Esse tipo de construção pressupõe uma planta<br />
de, pelo menos, 3 naves, divididas ou unidas<br />
entre si por arcadas.<br />
A nave central é mais alta do que as naves<br />
laterais, de modo a que possa ser iluminada<br />
por uma fonte de luz própria – o clerestório.<br />
A acentuada elevação da nave central gótica é,<br />
regra geral, suportada no exterior pelo sistema<br />
de botaréus, podendo este, no entanto, ser<br />
suprimido.
Gótico – Igreja-salão<br />
Esse tipo de construção pressupõe a existência<br />
de pelo menos, 2 naves, de mesma altura ou<br />
de altura aproximada.<br />
A igreja salão comum possui 3 naves, sendo a<br />
nave principal iluminada indiretamente a partir<br />
das naves laterais.<br />
Uma vez que as naves se apóiam<br />
mutuamente, dispensam a construção exterior<br />
de arcobotantes.
Gótico – A Planta centrada<br />
Ao contrário das basílicas e das igrejas-salão, dispostas<br />
ao longo de um eixo longitudinal, o eixo da construção<br />
de planta centrada é vertical, e encontra-se no centro<br />
do espaço.<br />
As construções de planta centrada são circulares ou<br />
poligonais (com seis ou mais lados).<br />
A cruz grega também pode ser considerada de planta<br />
centrada.
Gótico – Igreja da Abadia de Saint-Denis (Seine-St-Denis,1144)<br />
A igreja da abadia de St. Denis (Dionísio) é considerada o edifício fundador do Gótico.<br />
As mudanças feitas pelo abade Suger na antiga igreja abacial, para ampliação do coro e<br />
uma nova luminosidade, contém alguns dos elementos típicos dessa arquitetura.
Gótico – Igreja da Abadia de Saint-Denis (Seine-St-Denis,1144)<br />
A igreja tinha uma importância simbólica<br />
que Suger, ao ser nomeado<br />
administrador do reino, quando Luís VII<br />
participa da Segunda Cruzada (1147-<br />
49), procura renovar.<br />
St. Denis é a igreja onde Carlos Magno<br />
foi coroado rei dos Francos; seu neto<br />
Carlos, o Calvo, estava sepultado; e<br />
onde se encontravam os restos mortais<br />
de São Dionísio, padroeiro da França.
Gótico – Igreja da Abadia de Saint-Denis (Seine-St-Denis,1144)<br />
Para Suger, as colunas da igreja eram os apóstolos e profetas, base do cristianismo; e Jesus, a chave que<br />
une uma parede à outra.
Gótico – Igreja da Abadia de Saint-Denis (Seine-St-Denis,1144)<br />
Destacam-se os seguintes aspectos em sua arquitetura:<br />
. Deambulatório duplo e a liberação da parede da abside para os vitrais;<br />
. A redução do transepto e das absidíolas;<br />
. As abóbadas de ogiva e a estrutura nervurada;<br />
. As colunas fasciculadas
Gótico – Igreja da Abadia de Saint-Denis (Seine-St-Denis,1144)
Gótico – Igreja da Abadia de Saint-Denis (Seine-St-Denis,1144)
Gótico – Igreja da Abadia de Saint-Denis (Seine-St-Denis,1144)
Gótico – Igreja da Abadia de Saint-Denis (Seine-St-Denis,1144)
Elementos essenciais da técnica construtiva<br />
gótica: arco quebrado, abóbada de ogivas<br />
cruzadas, arcobotante.<br />
O peso da abóbada é descarregado nas<br />
nervuras e conduzido aos pilares (no<br />
interior) e aos arcobotantes (no exterior).<br />
Gótico – A Catedral e a Técnica Construtiva
Gótico – Detalhes Construtivos
Gótico – Detalhes Construtivos
Gótico – A Catedral e a Técnica Construtiva
Gótico – Catedral de Notre Dame (Paris, 1163)<br />
Localização: Paris, França<br />
Época da construção: Séculos XII e XIII<br />
Projeto: Jean de Chelles e outros mestres<br />
desconhecidos.<br />
Dimensões: Abóbadas com 34 m de altura,<br />
nave central com <strong>12</strong> m de largura e<br />
comprimento externo de 130 m.<br />
Material: Alvenaria de pedra com argamassa
Gótico – Catedral de Notre Dame (Paris, 1163)<br />
Notre Dame é o protótipo da catedral gótica,<br />
por sua monumentalidade (130m de<br />
cumprimento e 35m de altura) e as inovações<br />
do método construtivo.<br />
A igreja foi destruída na Revolução Francesa e<br />
reconstruída no século XIX por Violet-le-Duc.<br />
Destacam-se os seguintes aspectos:<br />
. A Nave lateral dupla;<br />
. Os Contrafortes abertos e os arcobotantes<br />
. As Fachadas do transepto com a rosácea.
Gótico – Catedral de Notre Dame (Paris, 1163)
Gótico – Catedral de Notre Dame (Paris, 1163)
Gótico – Catedral de Notre Dame (Paris, 1163)
Gótico – Catedral de Notre Dame (Paris, 1163)
Gótico – Catedral de Notre Dame (Paris, 1163)
Gótico – Catedral de Notre Dame (Paris, 1163)
A Sainte Chapelle, igreja lateral do palácio, foi<br />
mandada erigir por Luís IX, o Santo, para receber<br />
as relíquias compradas de Bizâncio da coroa de<br />
Cristo.<br />
Destacam-se nessa igreja a liberação das<br />
paredes para a colocação de janelas e os vitrais<br />
contendo cenas da Paixão de Cristo.<br />
Gótico – Sainte- Chapelle (Paris, <strong>12</strong>46)
Gótico – Sainte- Chapelle (Paris, <strong>12</strong>46)
Gótico – Sainte- Chapelle (Paris, <strong>12</strong>46)
Gótico – Sainte- Chapelle (Paris, <strong>12</strong>46)
Gótico – Sainte- Chapelle (Paris, <strong>12</strong>46)
Gótico – Sainte- Chapelle (Paris, <strong>12</strong>46)
Gótico – Sainte- Chapelle (Paris, <strong>12</strong>46)
Gótico – Igreja da Abadia de Westminster (Londres,<strong>12</strong>58-1375)<br />
A abadia de Westminster é o local onde são<br />
coroados os reis na Inglaterra, é a igreja mais<br />
francesa do gótico inglês.<br />
O arquiteto, Henrique de Reyns, contratado por<br />
Henrique III, aproveitou diversos elementos das<br />
catedrais francesas em construção na época.<br />
. Os vitrais rendilhados, como na Sainte Chapelle;<br />
. A rica decoração;<br />
. O coro poligonal;<br />
. O deambulatório com a coroa de absidíolas;<br />
. O transepto de 3 naves;<br />
. Arcadas altas e estreitas, o andar central baixo e o<br />
clerestório alto;<br />
. A altura (32m)
Gótico – Igreja da Abadia de Westminster (Londres,<strong>12</strong>58-1375)
Gótico – Igreja da Abadia de Westminster (Londres,<strong>12</strong>58-1375)
Gótico – Igreja da Abadia de Westminster (Londres,<strong>12</strong>58-1375)
Gótico – Igreja da Abadia de Westminster (Londres,<strong>12</strong>58-1375)
Gótico – Igreja da Abadia de Westminster (Londres,<strong>12</strong>58-1375)
Gótico – Igreja da Abadia de Westminster (Londres,<strong>12</strong>58-1375)
Gótico – Igreja da Abadia de Westminster (Londres,<strong>12</strong>58-1375)
Gótico – Igreja da Abadia de Westminster (Londres,<strong>12</strong>58-1375)
Gótico – Igreja da Abadia de Westminster (Londres,<strong>12</strong>58-1375)
Gótico – Igreja da Abadia de Westminster (Londres,<strong>12</strong>58-1375)
Gótico - Igreja de Santa Isabel<br />
(Marburgo,<strong>12</strong>35)
Gótico - Igreja de Santa Isabel<br />
(Marburgo,<strong>12</strong>35)
Il Campo (Siena)<br />
Gótico – Cidade Medieval
Gótico – Catedral de Siena (Séc. XIII)
Gótico – Catedral de Siena (Séc. XIII)
Gótico – Cartuxa de Champmol (Dijon,1406)
Gótico – Esculturas<br />
Púlpito (Catedral de Siena – Séc. XIII) Cavaleiro – Imperador Otão I (?) Museu de<br />
Marburgo - <strong>12</strong>45
Gótico – Pinturas<br />
Jeronimus Bosch<br />
O Jardim das Delícias – 1515
Gótico – Pinturas<br />
A Madona de Rucelai (Buoninsegna – <strong>12</strong>85) Ognissanti Madona (Giotto – 1305)