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Tese Delson Biondo.pdf - Universidade Federal do Paraná

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Quan<strong>do</strong> agrupamos algumas definições da noção de estilo, tais como as<br />

encontradas em O estilo na história, de Peter Gay 4 , podemos observar melhor os<br />

conflitos gera<strong>do</strong>s por esses esforços de aclaramento:<br />

1. “o estilo é o próprio homem” (p.17)<br />

2. “o estilo é a roupagem <strong>do</strong> pensamento” (p.17)<br />

3. “o estilo [...] não é de forma alguma o homem, e sim o sistema” (p. 20)<br />

4. “o estilo em sua acepção estrita, o estilo literário: o manejo das frases, o<br />

emprego de recursos retóricos, o ritmo da narração” (p. 21)<br />

5. “o estilo emocional <strong>do</strong> historia<strong>do</strong>r, seu tom de voz tal como surge na<br />

tensão ou no repouso de suas orações, seus adjetivos preferi<strong>do</strong>s, sua<br />

escolha de episódios ilustrativos, suas tônicas e seus epigramas”<br />

(p. 22)<br />

6. “Um estilo literário maduro [...] é, pois, a um só tempo individual e<br />

social, priva<strong>do</strong> e público, uma combinação de mo<strong>do</strong>s herda<strong>do</strong>s,<br />

elementos toma<strong>do</strong>s de empréstimo e qualidades exclusivas” (p. 25)<br />

7. “O estilo é um instrumento da razão prática” (p. 25)<br />

8. “o estilo é a utilização de meios para um fim” (p. 25-26)<br />

9. “O estilo [...] é a imagem <strong>do</strong> caráter” (p. 26)<br />

10. “O estilo de um autor [...] deveria ser a imagem de seu espírito” (p. 62)<br />

11. “O estilo [...] é a ponte para o conteú<strong>do</strong>” (p. 143)<br />

12. “o estilo não é a roupagem <strong>do</strong> pensamento, e sim parte de sua<br />

essência” (p. 170)<br />

13. “o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> estilo é um estu<strong>do</strong> das limitações” (p. 175)<br />

14. “o estilo é o homem, durante boa parte <strong>do</strong> tempo, e, como também<br />

sustentei, o homem é composto de várias dimensões. O estilo é o vetor<br />

dessas suas pressões complexas, por vezes conflitantes. Entre elas, a<br />

cultura e o ofício oferecem as possibilidades e restringem o leque de<br />

expressão; o caráter procede a escolhas entre as opções possíveis e<br />

empresta o toque de individualidade, que se torna a assinatura<br />

estilística <strong>do</strong> historia<strong>do</strong>r” (p. 192)<br />

15. “o estilo é a arte da ciência <strong>do</strong> historia<strong>do</strong>r” (p. 196)<br />

4 GAY, Peter. O estilo na história: Gibbon, Ranke, Macaulay, Burckhardt. São Paulo: Companhia<br />

das Letras, 1990.<br />

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