MERCADO DE TRABALHO E URBANIZAÇÃO ... - XII Simpurb

projeto Ferro Carajás (no Sudeste Paraense), a Albrás (em Barcarena), projetos de infra-
estrutura como a construção de usinas hidrelétricas (em Tucuruí), programas de
colonização agrária como o ocorrido na Transamazônica, desenvolvido pelo governo
militar (a partir dos anos de 1970) que tinha como pretensão o assentamento de famílias
de agricultores, através do conhecido urbanismo rural promovido pelo INCRA e a
construção de rodovias, que facilitavam o acesso à região, contribuem para a formação
do mercado de trabalho regional, com base, sobretudo nos núcleos urbanos.
O mercado de trabalho, nessa perspectiva, tem se dinamizado, sobremaneira,
dada a intervenção do Estado na região, entrada de capital e abertura de novas frentes de
trabalho, consolidando um novo mercado de empregos na Amazônia, impactando,
assim, as formas tradicionais de organização do mundo do trabalho da região anteriores
à chegada destas dinâmicas de fronteira. A tabela 01 a seguir mostra a taxa de
urbanização no estado do Pará no período de 1940-2010, onde apresenta inclusive a
dinâmica da urbanização em cada mesorregião do estado.
Estado do Pará e
Mesorregiões
TABELA 01: TAXA DE URBANIZAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ 1940-2010
Taxa de urbanização 1940-2010 (%)
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010
Estado do Pará 31,41 35,21 40,4 47,16 48,99 52,45 65,55 68,49
Mesorregião do Baixo
Amazonas 17,42 25,14 27,46 35,83 41,14 53,98 56,11 57,98
Mesorregião do Marajó 11,6 12,04 13,01 18,71 22,84 31,86 38,87 43,41
Mesorregião Metropolitana
de Belém 77,01 77,7 81,24 83,64 78,25 66,84 93,73 92,43
Mesorregião do Nordeste
Paraense 14,76 15,83 25,89 24,81 31,43 41,06 48,59 48,8
Mesorregião do Sudoeste
Paraense 15,35 15,17 17,68 27,53 48,5 38,94 46,55 57,76
Mesorregião do Sudeste
Paraense 30,93 39,11 40,17 31,1 33,74 53,45 62,24 69,8
Fonte: Dados censitários do IBGE
O estado do Pará nas décadas de 1940/50/60 possuía uma taxa de urbanização
de, respectivamente, 31,41%, 35,21% e 40,4% (tabela 01). Foi a partir da década de
1960 que começaram as ações efetivas de intervenção regional por parte do Estado
Brasileiro, contribuindo para que houvesse significativos fluxos migratórios para o
estado do Pará, essa população migrante tinha nas cidades seu lócus de reprodução,
começando nesse contexto a surgirem diversas outras aglomerações humanas como
vilas, povoados e novas cidades. Em 2010, o estado do Pará apresenta uma taxa de
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