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MERCADO DE TRABALHO E URBANIZAÇÃO ... - XII Simpurb

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Entre 1960 e 2000 a modernização da região teve como sustentáculos a<br />

urbanização da fronteira (BECKER, 1994) e a constituição do mercado de trabalho<br />

(MACHADO, 1999) em nível nacional. A intensa migração inter-regional para a região,<br />

nesse contexto de modernização, contribuiu significativamente para a consolidação de<br />

uma fronteira urbana na Amazônia Oriental, uma vez que, a mobilidade da população<br />

trabalhadora tinha nos núcleos urbanos sua base de organização.<br />

3- Considerações finais<br />

Essa reestruturação sócio-espacial impactou de forma profunda o mercado de<br />

trabalho na Amazônia oriental e principalmente no estado do Pará. Uma primeira<br />

manifestação dessas transformações no mundo do trabalho é a progressiva terciarização<br />

das atividades ocupacionais no âmbito da economia estadual, com intensas implicações<br />

para o espaço rural e urbano.<br />

No que diz respeito ao espaço rural e às ocupações agrícolas, observa-se uma<br />

redução relativa tanto da população rural quanto das ocupações consideradas agrícolas.<br />

A crescente concentração da propriedade da terra associada à precarização das<br />

condições de vida e de acesso a bens e serviços no campo, contribui para explicar a<br />

redução da população rural e logo das ocupações primárias. Esse processo é mais<br />

evidente nas mesorregiões mais afetadas pela modernização como o Sudeste do Pará e<br />

Metropolitana de Belém. Talvez a população rural no Pará esteja caindo em ritmo mais<br />

lento do que a população ocupada em atividades agrícolas ou as atividades terciárias<br />

estejam cada vez mais presentes no espaço rural. Nesse caso, pode-se pensar em novas<br />

interações entre campo e cidade fundamentadas na progressiva integração do mercado<br />

de trabalho rural e urbano.<br />

No âmbito das cidades, a intensa migração e expansão urbana tiveram como<br />

suporte o rápido crescimento do setor de comércio e serviços, mesmo que baseado na<br />

precarização e no circuito inferior da economia urbana (SANTOS, 1979). A<br />

terciarização da economia urbana é uma macrotendência observada praticamente em<br />

todas as cidades das mesorregiões paraenses.<br />

No espaço interno das pequenas, médias e grandes cidades a rápida expansão<br />

da mancha urbana está baseada, principalmente, na periferização, na segregação<br />

residencial e nas ocupações espontâneas da terra. A informalidade, a precarização e a<br />

instabilidade do mercado de trabalho se refletem claramente no mercado de terras, de<br />

moradia e nas condições de vida na periferia das cidades, seja, na metrópole paraense,<br />

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