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MERCADO DE TRABALHO E URBANIZAÇÃO ... - XII Simpurb

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a massa de trabalhadores que buscam o mínimo para sua reprodução, mesmo que nas<br />

formas de trabalho mais precárias.<br />

O estado do Pará é o maior pólo madeireiro da Amazônia Legal, representando<br />

45% da madeira produzida e concentra 51% das empresas madeireiras na região<br />

(IMAZON, 2005). O sudeste do estado é onde se encontra a maior parte dos municípios<br />

pólos madeireiros (Breu Branco, Dom Eliseu, Goianésia, Jacundá, Novo Repartimento,<br />

Paragominas, Rondon, Itupiranga, Marabá, Redenção, São Félix do Xingu).<br />

A dinamização desses setores da economia no estado do Pará tem diretas<br />

relações com as altas taxas de urbanização apresentadas pelo estado, em 1991 a taxa é<br />

de 52,45% e em 2010 a taxa é de 68,49%, essa urbanização não vem acompanhada de<br />

uma significativa industrialização pelo estado, no entanto, a partir de 1960 os diversos<br />

programas como o de colonização, mineração e a entrada de grandes projetos na<br />

Amazônia oriental, tiveram nos núcleos urbanos sua base de sustentação.<br />

Na medida em que o urbano vai se configurando na Amazônia os setores da<br />

economia, principalmente o setor de comércio e serviços, ganha grandes impulsos.<br />

Desta forma, a dinâmica do mercado de trabalho na região se apresenta, em parte, a<br />

partir das transformações nas formas de organização do trabalho, divisão social e<br />

territorial do trabalho e expansão da urbanização.<br />

Esta urbanização que se encontra em voga na Amazônia entra em choque<br />

constante com as formas pretéritas de reprodução e organização do trabalho tanto no<br />

campo quanto na cidade. Esta urbanização do mercado de trabalho na Amazônia<br />

Oriental, não esgota as formas tradicionais de organização do trabalho que não estão<br />

diretamente ligadas às atividades eminentemente urbanas, mas passam, em muitos<br />

casos, a conviver de forma conflitiva, com as atividades urbanas, sendo visto em muitos<br />

casos o trabalhador rural ocupado em mais de uma atividade, atividades agrícolas e não-<br />

agrícolas.<br />

A partir da década de 1960 o processo de modernização produziu a<br />

reestruturação sócio-espacial (COELHO, 1997) da Amazônia Oriental. A intervenção do<br />

Estado na região, a entrada de grandes projetos de mineração e agropecuários, de infra-<br />

estrutura, de energia e transporte, são alguns dos fatores dessa modernização que<br />

passam a impactar profundamente o mundo do trabalho tanto do campo, quanto da<br />

cidade, difundindo novos nexos, principalmente urbanos, novas ideologias de consumo,<br />

novas relações de trabalho agora sendo mediadas pelo mercado (re) orientando e/ou<br />

impactando as formas tradicionais de organização do trabalho.<br />

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