MERCADO DE TRABALHO E URBANIZAÇÃO ... - XII Simpurb
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político-econômica na região essa mesorregião manteve sua população ocupada<br />
majoritariamente no setor primário da economia, em 1991 77,81% e em 2000 45,80%.<br />
A mesorregião do Marajó, do Nordeste e do Sudoeste paraense apresentam<br />
significativas parcelas da população trabalhadora ocupada no setor primário da<br />
economia. Não obstante à redução relativa dos dados em 1991 e 2000 nesse setor.<br />
Apesar de todas as transformações com a entrada dos vetores da modernização na<br />
Amazônia oriental, essa modernização se fez presentes com menos intensidade nessas<br />
mesorregiões. Muitas das formas tradicionais de trabalho e de relação com a natureza<br />
permanecem sendo fundamentais para a reprodução de ribeirinhos, agricultores,<br />
quilombolas, indígenas e outros (CASTRO, 1999). Para Tomas Hurtienne (2001) o<br />
campesinato não só permanece como se fortalece no nordeste do Pará, dessa forma, ao<br />
lado das tendências de transformações no mundo do trabalho há significativos<br />
elementos de permanências das relações de trabalho tradicionais.<br />
Analisando as tabelas 05 e 06 acima dos censos de 1991 e de 2000 do IBGE do<br />
pessoal ocupado por setor da economia, constata-se a crescente predominância do setor<br />
de comércio de serviços em relação aos demais setores no estado do Pará, em 1991 em<br />
todo no Pará 18,35% do pessoal ocupado se encontrava nesse setor, enquanto que em<br />
2000 cresce para 59,88%. Como analisado anteriormente, o fortalecimento deste setor<br />
da economia e a dinâmica dos demais setores acompanham as tendências conjunturais,<br />
por exemplo, do processo de intensa urbanização e reorganização no mundo do trabalho<br />
em todo o país, principalmente a partir de 1991 no processo de reestruturação produtiva.<br />
A mesorregião do Sudeste paraense que teve impacto direto desta dinâmica de<br />
fronteira passa a comportar um forte dinamismo econômico, por conseguinte, um forte<br />
dinamismo no mercado de trabalho, e um fortalecimento no setor secundário da<br />
economia com 25,56% do pessoal ocupado em 1991, e com uma relativa baixa em 2000<br />
para 18,71%. Em números absolutos, em 1991 eram 44.189 pessoas ocupadas no setor<br />
secundário e em 2000, o pessoal ocupado neste setor era de 69.910.<br />
Em relação ao dinamismo do setor secundário no estado do Pará, pode-se<br />
analisar a importância da abertura de várias estradas que foram construídas,<br />
principalmente, para darem suportes às grandes empresas de extração de minério, e<br />
siderúrgicas, que se instalaram em Marabá, e em Parauapebas no Sudeste do estado, o<br />
que alavancou também, por exemplo, a indústria madeireira. Desta forma, em diversos<br />
municípios, os empregos nestas indústrias madeireiras, que são em sua maioria ilegais e<br />
sem fiscalização, se apresentam como outra possibilidade de saída do desemprego para<br />
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