redescobrindo a cidade tfg Maria João Figueiredo, 2009 - Grupo ...
redescobrindo a cidade tfg Maria João Figueiredo, 2009 - Grupo ...
redescobrindo a cidade tfg Maria João Figueiredo, 2009 - Grupo ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
70<br />
A décima segunda intervenção proposta para esse trabalho<br />
será, então, nessa praça, que passará a se chamar Praça Anhanguera.<br />
Apesar de não ter sido descoberto o ponto exato da nascente<br />
do Córrego Anhanguera, há fortes indícios de que ele se localiza<br />
nas proximidades dessa praça (conforme descrito do capítulo 3).<br />
Dessa forma, as águas subterrâneas desse córrego serão<br />
captadas e armazenadas em um reservatório locado na esquina<br />
sudoeste da praça, sob a nova nascente do córrego.<br />
Essa nascente será composta por um espelho d’água por<br />
onde a água brotará constantemente (ver referência 1.1, página 68).<br />
Em momentos específicos será ligada uma bomba (alimentada por<br />
energia solar) e a água será jorrada para cima (ver referência 1.2,<br />
página 68).<br />
A partir desse espelho d’água a água circulará pela praça em<br />
um leito meândrico, de seção composta e de largura variável (alargado<br />
nas curvas e mais estreito nas partes mais retilíneas). A variação<br />
do nível da água será claramente visível, sendo que a partir de<br />
um determinado nível d’água se formarão três “praias” pela praça.<br />
Imagina-se que o volume de água do Córrego Anhanguera<br />
neste trecho (próximo à nascente) será relativamente pequeno,<br />
possibilitando um desenho de leito em que a travessia será possível<br />
em qualquer ponto do córrego, quando o nível da água estiver baixo.<br />
Dessa forma, em alguns pontos serão previstas pontes sólidas ou<br />
com grade, além de pedras que possibilitarão a transposição do<br />
córrego.<br />
Essas mesmas pedras funcionarão como estranguladoras do<br />
leito, dificultando a passagem da água e, assim, contribuindo para o<br />
alagamento do novo palco proposto (quando o volume de água no<br />
leito for ainda maior que na situação que se criam as praias), localizado<br />
na extremidade da marquise que conectava antigamente a<br />
biblioteca ao teatro.<br />
A quadra continuará existindo, agora rebaixada, e o parquinho<br />
terá brinquedos de tronco de eucalipto, localizados de maneira<br />
mais concentrada (diferentemente da situação atual).<br />
Para esse parquinho, é previsto um piso de borracha reciclada,<br />
que é macio, drenante, antiderrapante e de fácil manutenção.<br />
No restante da praça existirão pisos gramados e cimentados, sendo<br />
que no leito do córrego e no pisos das praias haverá seixos rolados<br />
incrustados.<br />
Nas esquinas, onde existem hoje os botecos, haverá áreas<br />
cimentadas com mesas e cadeias que funcionarão como uma “ex-<br />
tensão dos botecos” existentes.<br />
As árvores de maneira geral serão mantidas, principalmente<br />
aquelas de grande porte (determinantes para o projeto elaborado).<br />
Já as árvores localizadas nas calçadas contíguas à praça não permanecerão,<br />
mantendo a circulação perimetral de todo o quarteirão<br />
livre. Nas calçadas opostas (dos outros lados das ruas que contornam<br />
a praça) deverão ser plantadas mais árvores, em comparação<br />
com o que existe hoje.<br />
Quanto ao edifício da biblioteca, atualmente ele possui<br />
apenas uma entrada, conectada por uma marquise à Rua General<br />
Jardim. A antiga entrada do auditório, sob a outra marquise existente,<br />
está desativada, assim como um terceiro acesso (que também<br />
deveria servir ao auditório) do outro lado do prédio, que permitiria a<br />
circulação direta entre a Rua Major Sertório e a biblioteca. Há ainda<br />
um quarto acesso, ativo, também do lado sul do edifício, mas que<br />
serve apenas aos funcionários.<br />
Para uma maior integração desse edifício com a praça de<br />
seu entorno, acredita-se ser necessário reativar o terceiro acesso<br />
descrito, reconectando a biblioteca à área sudeste da praça, hoje<br />
utilizada como estacionamento.<br />
A duas entradas principais da biblioteca terão desenhos de<br />
piso diferente do restante da praça, definidos geometricamente pelas<br />
juntas de dilatação do cimento.<br />
Na extremidade nordeste da Praça Anhanguera o córrego<br />
deixa a praça, e segue por seu canal gradeada em direção à sua<br />
foz.