14.04.2013 Views

redescobrindo a cidade tfg Maria João Figueiredo, 2009 - Grupo ...

redescobrindo a cidade tfg Maria João Figueiredo, 2009 - Grupo ...

redescobrindo a cidade tfg Maria João Figueiredo, 2009 - Grupo ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

36<br />

saturada) e tem o papel de reconstituir o estoque de umidade do solo.<br />

Já a percolação é um fenômeno posterior à infiltração, que ocorre na<br />

zona de saturação do solo, na parte inferior da zona capilar. O fenômeno<br />

é governado por pressões hidrostáticas, ou gravitacionais, com<br />

importante componente horizontal de deslocamento (embora possa<br />

se deslocar em qualquer direção).<br />

A zona de aeração apresenta seus poros parcialmente preenchidos<br />

de água e ar, sendo chamada, também, de zona não saturada.<br />

É composta por três faixas: a faixa de água no solo, umidade do<br />

solo; a faixa intermediária, com poros parcialmente ocupados pela<br />

água; e a franja capilar, película delgada de água mantida pela ação<br />

da capilaridade e que age contra a força da gravidade. É nessa primeira<br />

camada onde a maioria das plantas busca água.<br />

Já na zona saturada, os poros estão totalmente preenchidos<br />

por água. É desta zona que retiramos água por bombeamento para<br />

o abastecimento, as chamadas águas subterrâneas. As espessuras<br />

dessas camadas variam bastante de acordo com o tipo de solo.<br />

A infiltração, então, depende de fatores como a natureza do<br />

solo da camada não saturada, do estado da umidade do solo na<br />

ocasião da chuva, da rede de drenagem da bacia hidrográfica e das<br />

declividades e extensões do terreno.<br />

Chuvas demoradas e moderadas favorecem a infiltração. Já<br />

as águas das chuvas fortes e de tempestades saturam rapidamente o<br />

solo reduzindo sua capa<strong>cidade</strong> de absorção. Em geral, terrenos mais<br />

planos retêm água por mais tempo, favorecendo a infiltração. Terrenos<br />

íngremes contribuem para o escoamento rápido da água.<br />

As águas subterrâneas, juntamente com as superficiais, constituem<br />

o escoamento fluvial que alimenta os cursos d’água. Enquanto<br />

o escoamento superficial (fluxos de chuva) atinge o rio imediatamente,<br />

as águas subterrâneas (fluxos de base) chegam aos corpos<br />

d’água lentamente, bem depois da infiltração, podendo alimentar os<br />

rios em períodos de estiagem prolongados. Enquanto os rios cumprem<br />

“o papel de coleta e transporte das águas que atingem sua<br />

calha em velo<strong>cidade</strong>s da ordem de quilômetros por dia”, “o subsolo<br />

cumpre as funções relacionadas à estocagem das infiltrações de uma<br />

determinada bacia hidrográfica, considerando as suas baixas velo<strong>cidade</strong>s<br />

de percolação, da ordem, em média, de centímetros por dia” 3 .<br />

As quantidades e proporções de águas superficiais e subterrâneas<br />

de que se alimentam os canais de escoamento fluviais dependem<br />

de componentes físicos como os tipos de solo e rochas, as<br />

características da cobertura vegetal, os sistemas de relevo e o tipo de<br />

clima.<br />

O conjunto de canais de escoamento interligados forma a<br />

seção transversal e a distribuição da água no solo - fonte: MATTES, 2001<br />

3 REBOUÇAS, 1992, apud<br />

MATTES, 2001. Página 24.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!