redescobrindo a cidade tfg Maria João Figueiredo, 2009 - Grupo ...
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saturada) e tem o papel de reconstituir o estoque de umidade do solo.<br />
Já a percolação é um fenômeno posterior à infiltração, que ocorre na<br />
zona de saturação do solo, na parte inferior da zona capilar. O fenômeno<br />
é governado por pressões hidrostáticas, ou gravitacionais, com<br />
importante componente horizontal de deslocamento (embora possa<br />
se deslocar em qualquer direção).<br />
A zona de aeração apresenta seus poros parcialmente preenchidos<br />
de água e ar, sendo chamada, também, de zona não saturada.<br />
É composta por três faixas: a faixa de água no solo, umidade do<br />
solo; a faixa intermediária, com poros parcialmente ocupados pela<br />
água; e a franja capilar, película delgada de água mantida pela ação<br />
da capilaridade e que age contra a força da gravidade. É nessa primeira<br />
camada onde a maioria das plantas busca água.<br />
Já na zona saturada, os poros estão totalmente preenchidos<br />
por água. É desta zona que retiramos água por bombeamento para<br />
o abastecimento, as chamadas águas subterrâneas. As espessuras<br />
dessas camadas variam bastante de acordo com o tipo de solo.<br />
A infiltração, então, depende de fatores como a natureza do<br />
solo da camada não saturada, do estado da umidade do solo na<br />
ocasião da chuva, da rede de drenagem da bacia hidrográfica e das<br />
declividades e extensões do terreno.<br />
Chuvas demoradas e moderadas favorecem a infiltração. Já<br />
as águas das chuvas fortes e de tempestades saturam rapidamente o<br />
solo reduzindo sua capa<strong>cidade</strong> de absorção. Em geral, terrenos mais<br />
planos retêm água por mais tempo, favorecendo a infiltração. Terrenos<br />
íngremes contribuem para o escoamento rápido da água.<br />
As águas subterrâneas, juntamente com as superficiais, constituem<br />
o escoamento fluvial que alimenta os cursos d’água. Enquanto<br />
o escoamento superficial (fluxos de chuva) atinge o rio imediatamente,<br />
as águas subterrâneas (fluxos de base) chegam aos corpos<br />
d’água lentamente, bem depois da infiltração, podendo alimentar os<br />
rios em períodos de estiagem prolongados. Enquanto os rios cumprem<br />
“o papel de coleta e transporte das águas que atingem sua<br />
calha em velo<strong>cidade</strong>s da ordem de quilômetros por dia”, “o subsolo<br />
cumpre as funções relacionadas à estocagem das infiltrações de uma<br />
determinada bacia hidrográfica, considerando as suas baixas velo<strong>cidade</strong>s<br />
de percolação, da ordem, em média, de centímetros por dia” 3 .<br />
As quantidades e proporções de águas superficiais e subterrâneas<br />
de que se alimentam os canais de escoamento fluviais dependem<br />
de componentes físicos como os tipos de solo e rochas, as<br />
características da cobertura vegetal, os sistemas de relevo e o tipo de<br />
clima.<br />
O conjunto de canais de escoamento interligados forma a<br />
seção transversal e a distribuição da água no solo - fonte: MATTES, 2001<br />
3 REBOUÇAS, 1992, apud<br />
MATTES, 2001. Página 24.