redescobrindo a cidade tfg Maria João Figueiredo, 2009 - Grupo ...
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1 SUN, 1985. Página 21.<br />
2 UEHARA e NOGUEIRA DE<br />
JORGE, 1998, apud MATTES,<br />
2001. Página 18.<br />
capítulo 4<br />
As análises dos levantamentos realizados e as primeiras<br />
idéias propositivas geraram a necessidade de se estudar questões<br />
relativas ao ciclo hidrológico da água e à drenagem urbana. Neste<br />
quarto capítulo pretende-se expor alguns desses conceitos, relevantes<br />
para esse trabalho.<br />
Os conceitos hidrológicos são fundamentais para o planejamento<br />
e projeto da paisagem. É necessário saber onde se quer<br />
intervir dentro do ciclo hidrológico e da bacia hidrográfica e as conseqüências<br />
dessa intervenção.<br />
“O conceito de ciclo hidrológico sintetiza o comportamento natural<br />
da água na paisagem, da precipitação à evaporação que, condensada,<br />
volta a se precipitar. É um movimento contínuo que permite<br />
visualizar a dinâmica da natureza e as possibilidades de utilização e<br />
transformação” 1 .<br />
O ciclo hidrológico é composto por diversos processos físicos<br />
que ocorrem de forma irregular no espaço e no tempo. Trata-se de<br />
um processo contínuo de circulação de massas de água, envolvendo<br />
precipitações, evaporações, infiltrações, fluxos superficiais e fluxos<br />
subterrâneos. Participam dele a atmosfera, a superfície do térreo, a<br />
cobertura vegetal, o subsolo, os aqüíferos e os corpos d’água.<br />
Quando chove, parte da água evapora antes de atingir o solo<br />
ou a vegetação. Quando há vegetação, parte da água precipitada<br />
é interceptada e fica retida na copa das árvores e nos arbustos. As<br />
águas são armazenadas temporariamente e retornam à atmosfera<br />
pela evapotranspiração. Se a chuva extrapola a capa<strong>cidade</strong> de armazenamento<br />
da vegetação, parte das águas atinge o solo, fazendo<br />
da vegetação uma atenuadora do impacto da queda da água sobre a<br />
superfície do solo. Essa água que atinge o solo pode escoar superficialmente<br />
ou infiltrar no subsolo.<br />
“A parcela de água que permanece na superfície do terreno<br />
e, por ação da gravidade ocupa as porções topográficas mais baixas,<br />
forma o escoamento superficial, também conhecido como deflúvio”<br />
2 . O escoamento superficial ocorre somente durante as chuvas e se<br />
inicia apenas quando a quantidade de água precipitada sobre o solo<br />
é maior do que a velo<strong>cidade</strong> de infiltração. A água que atinge o solo<br />
e não infiltra pode escoar de maneira difusa (escoamento pluvial<br />
difuso), percorrendo a superfície do terreno em pequenos filetes, sem<br />
leitos definidos, não existindo hierarquia; ou de maneira concentrada,<br />
em leitos de escoamento visíveis pelas marcas que deixam no<br />
terreno. São as chamadas enxurradas, que geralmente desenvolvem<br />
processos erosivos.<br />
A infiltração no subsolo é o escoamento vertical da água no<br />
solo e está sujeita à capa<strong>cidade</strong> de infiltração do terreno. Trata-se<br />
de um fenômeno que ocorre na zona de aeração do solo (zona não<br />
esquema teórico - ciclo hidrológico fonte: SUN, 1985<br />
esquema teórico - ciclo hidrológico e o uso do solo fonte: SUN, 1985<br />
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