1 Tese de Mestrado Fernando Barros-parte II - Universidade do Minho
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A PRAXIS LEGISLATIVA EM PORTUGAL<br />
<strong>Mestra<strong>do</strong></strong> em Engenharia Municipal<br />
É a partir <strong>do</strong> século XX, após a <strong>II</strong> Guerra Mundial, que o Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong><br />
Território 4 surge com maior vigor, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> planear, <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nar o<br />
território e as cida<strong>de</strong>s até então <strong>de</strong>struídas. Contu<strong>do</strong>, as primeiras formas <strong>de</strong><br />
Or<strong>de</strong>namento pren<strong>de</strong>m-se com a organização habitacional das primeiras civilizações da<br />
era da História (PARTIDÁRIO, 1999).<br />
Em Portugal, exceptuan<strong>do</strong>-se a necessida<strong>de</strong> induzida pelo terramoto <strong>de</strong> 1755<br />
(on<strong>de</strong> a reconstrução da Baixa Pombalina fez com que o direito jurídico Urbanístico<br />
<strong>de</strong>sse os primeiros passos em Portugal), po<strong>de</strong>mos enunciar que, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à falta <strong>de</strong> uma<br />
necessida<strong>de</strong> premente <strong>de</strong> planear como a da I ou <strong>II</strong> gran<strong>de</strong> Guerra, o Direito <strong>de</strong><br />
Urbanismo surge “…crescen<strong>do</strong> ao sabor <strong>de</strong> iniciativas dispersas e sem preocupação <strong>de</strong><br />
assegurar a coerência das suas diversas expressões normativas…” (GONÇALVES,<br />
1989),<br />
Depreen<strong>de</strong>mos, assim, o carácter tardio com que o País se preocupou com esta<br />
temática, principalmente a nível municipal.<br />
Embora existam já referências às figuras <strong>de</strong> plano urbanístico consagradas na lei<br />
como o Plano Geral <strong>de</strong> Melhoramentos (1864); o Plano Geral <strong>de</strong> Urbanização (1934)<br />
e Expansão (1944); Anteplano <strong>de</strong> Urbanização (1946); Plano Geral <strong>de</strong> Urbanização<br />
(1971); Plano <strong>de</strong> Pormenor (1971), só em 1982 (Decreto Lei n.º 208/82, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong><br />
Maio), os municípios passaram a controlar, <strong>de</strong> uma forma planeada, to<strong>do</strong> o seu<br />
território, com a figura <strong>do</strong> Plano Director Municipal.<br />
4 Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território – Resulta<strong>do</strong> da implementação espacial coor<strong>de</strong>nada das politicas<br />
económicas, socais, cultural e ecológica da socieda<strong>de</strong> e é simultaneamente uma disciplina cientifica uma<br />
técnica administrativa e uma politica que se <strong>de</strong>senvolve numa perspectiva inter disciplinar e integrada<br />
ten<strong>de</strong>nte ao <strong>de</strong>senvolvimento equilibra<strong>do</strong> das regiões e à organização física <strong>do</strong> espaço segun<strong>do</strong> uma<br />
estratégia <strong>de</strong> conjunto.<br />
Deve articular múltiplos po<strong>de</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, individuais institucionais, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>stes, garantir a<br />
articulação e coor<strong>de</strong>nação horizontal e vertical <strong>do</strong> vários sectores e níveis da administração e competências<br />
<strong>do</strong> território. Deve também, ter em atenção a especificida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s Territórios, as diversida<strong>de</strong>s das suas<br />
condições socio-económicas, ambientais, <strong>do</strong>s seus merca<strong>do</strong>s, auxilian<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os factores intervenientes da<br />
forma mais racional e harmoniosa possível (Carta Europeia <strong>do</strong> Or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> Território, 1984.)<br />
Análise <strong>do</strong> Fenómeno da Naturbanização ao nível <strong>de</strong> PDM – Aplicação a Terras <strong>de</strong> Bouro