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1 Tese de Mestrado Fernando Barros-parte II - Universidade do Minho

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RESENHA HISTÓRICA E PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS LEGAIS<br />

<strong>Mestra<strong>do</strong></strong> em Engenharia Municipal<br />

Po<strong>de</strong>mos afirmar que em Portugal, até 1775, a gestão urbanística se cingia a<br />

regulamentos municipais e que eram controla<strong>do</strong>s pela figura <strong>do</strong> Correge<strong>do</strong>r, que as<br />

<strong>de</strong>viam fiscalizar e anular, caso não respeitassem as leis ou prejudicassem o interesse<br />

público (CONDESSO, FERNANDO, 2005).<br />

No século XIX aponta-se o nome <strong>de</strong> Fontes Pereira <strong>de</strong> Melo, um <strong>do</strong>s mais<br />

importantes movimentos <strong>de</strong> prática <strong>do</strong> Urbanismo que, <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> gran<strong>de</strong>s perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

instabilida<strong>de</strong> vivida em Portugal e com significativo atraso quanto à revolução industrial,<br />

vem <strong>de</strong>finir parâmetros essenciais para uma política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, com<br />

preocupações ao nível <strong>do</strong>s elementos estatísticos e <strong>do</strong> cadastro <strong>do</strong>s Terrenos (COSTA<br />

LOBO; 2001).<br />

O primeiro código administrativo Português aparece em 1836; sen<strong>do</strong> que as<br />

gran<strong>de</strong>s preocupações explanadas neste regulamento, prendiam-se, com a salubrida<strong>de</strong><br />

das povoações, ruas, praças, segurança das edificações e a or<strong>de</strong>m <strong>do</strong> trânsito.<br />

Segue-se uma fase bastante instável e dinâmica na evolução <strong>do</strong> Código<br />

Administrativo (ver anexos), em que as divisões e corpos administrativos vão mudan<strong>do</strong><br />

rapidamente até à implementação da República, só encontran<strong>do</strong> alguma estabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao regime ditatorial <strong>de</strong> Salazar que perdurou até 25 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1974. Po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>nominar este perío<strong>do</strong> pós 25 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1974, como o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> amadurecimento<br />

da principais Leis Administrativas e <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento Territorial, embora tenham havi<strong>do</strong><br />

algumas tentativas, para já falhadas, <strong>de</strong> novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão territorial, através da<br />

Regionalização.<br />

Essencialmente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à ditadura, o carácter rural da socieda<strong>de</strong> Portuguesa,<br />

alongou-se até ao início da década <strong>de</strong> oitenta, pelo que, assistimos a um número<br />

escasso <strong>de</strong> leis que regulam o uso <strong>do</strong> solo, principalmente, em espaços mais rurais,<br />

pois, existia uma fraca dinâmica urbana.<br />

Análise <strong>do</strong> Fenómeno da Naturbanização ao nível <strong>de</strong> PDM – Aplicação a Terras <strong>de</strong> Bouro<br />

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