1 Tese de Mestrado Fernando Barros-parte II - Universidade do Minho
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<strong>Mestra<strong>do</strong></strong> em Engenharia Municipal<br />
Mas esse é um fenómeno novo que pouco ou nada tem a ver com as relações<br />
que essas socieda<strong>de</strong>s mantiveram no passa<strong>do</strong> com tais territórios. É uma atracção que<br />
resulta basicamente <strong>do</strong> vertiginoso aumento da mobilida<strong>de</strong> e urbanida<strong>de</strong> da população,<br />
com seu crescente leque <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamentos, curtos ou longos, reais ou virtuais.<br />
“A cida<strong>de</strong> e o campo se casaram: enquanto ela cuida <strong>de</strong> lazer e trabalho, ele<br />
oferece liberda<strong>de</strong> e beleza.” (VEIGA, 2004).<br />
É nesta perspectiva que a nova vivência <strong>do</strong>s espaços rurais tem encontra<strong>do</strong> uma<br />
nova vitalida<strong>de</strong> e que em função da distância ou acessibilida<strong>de</strong>s varia entre um factor <strong>de</strong><br />
casa/trabalho, casa/segunda habitação.<br />
IMPLICAÇÕES NEGATIVAS DA NATURBANIZAÇÃO<br />
Po<strong>de</strong>mos i<strong>de</strong>ntificar duas vertentes negativas e contraproducentes no espaço<br />
Rural, o crescente aban<strong>do</strong>no e a intensificação da sua procura.<br />
Passemos então a explicar: embora, por um la<strong>do</strong>, se assista a um crescente<br />
aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong>s espaços Rurais e que tem leva<strong>do</strong> à precarieda<strong>de</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo com<br />
problemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sertificação e aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong>s terrenos, por outro, existe, cada vez mais,<br />
uma crescente procura <strong>de</strong>stes locais para usufruto como espaço <strong>de</strong> lazer e recreio.<br />
Ao nível <strong>do</strong> primeiro aspecto, as principais implicações criam-se com a<br />
precarieda<strong>de</strong> das zonas rurais e o aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong>s terrenos como minifúndio <strong>do</strong> <strong>Minho</strong>, às<br />
proprieda<strong>de</strong>s vinhateiras <strong>do</strong> Douro ou herda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Alentejo, <strong>de</strong>scaracterizan<strong>do</strong> os<br />
espaços rurais e, cada vez mais, o território português, fruto da forte aglomeração da<br />
faixa litoral Viana - Setúbal.<br />
Ao nível <strong>do</strong> crescimento e intensificação da nova pressão urbanística, pelo<br />
factor da sua localização ou pela qualida<strong>de</strong> ambiental, tem também implicações<br />
negativas, pois, origina necessida<strong>de</strong>s não previstas para estes espaços como sejam a<br />
essencial falta <strong>de</strong> infra-estruturas e equipamentos, não só pela criação <strong>de</strong> espaços<br />
urbanos e urbanizáveis, como pela revitalização das habitações existentes.<br />
Análise <strong>do</strong> Fenómeno da Naturbanização ao nível <strong>de</strong> PDM – Aplicação a Terras <strong>de</strong> Bouro