1 Tese de Mestrado Fernando Barros-parte II - Universidade do Minho
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<strong>Mestra<strong>do</strong></strong> em Engenharia Municipal<br />
legisla<strong>do</strong>res, entre outros, pois estes planos vieram qualificar e classificar um solo por<br />
meios mais “rígi<strong>do</strong>s” 3 .<br />
Agora o uso <strong>do</strong> Território está i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> em meios cartográficos, existin<strong>do</strong><br />
fronteiras “bem” <strong>de</strong>limitadas segun<strong>do</strong> os vários critérios <strong>de</strong> planeamento e uso <strong>do</strong> solo,<br />
enquanto que, anteriormente, se construía pelas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> modificação e<br />
usufruto <strong>do</strong>s terrenos em si e das populações e, por isso, existirem vários mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />
habitação.<br />
As populações que, ao longo <strong>do</strong> tempo, foram resistin<strong>do</strong> com as suas activida<strong>de</strong>s<br />
rurais, agora, têm <strong>de</strong>, rapidamente, adaptar-se e conseguir valorizar <strong>de</strong> uma forma<br />
diferente a sua proprieda<strong>de</strong>. O interesse passa pela nova zonalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong><br />
rural em zona <strong>de</strong> construção, Solo Urbano.<br />
Embora não consiga i<strong>de</strong>ntificar com clareza o preço por m 2 da proprieda<strong>de</strong>, pois,<br />
varia em muitos aspectos, (localização, acessibilida<strong>de</strong>s, exposição solar, vizinhança,<br />
entre outros) é <strong>de</strong> conhecimento comum que um terreno urbano ou com possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> construção é bastante superior ao valor <strong>de</strong> um terreno rural, em qualquer lugar <strong>do</strong><br />
País, mas, em casos, como <strong>de</strong> atracção turística e ambientalmente ricos, estes sobem<br />
ainda mais.<br />
É neste senti<strong>do</strong>, que o território envolvente à Barragem da Caniçada e ao Parque<br />
Nacional da Peneda-Gerês, por nós aqui estuda<strong>do</strong>, tem sofri<strong>do</strong> gran<strong>de</strong>s alterações.<br />
Esta região, quase <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre muito concorrida pela sua riqueza paisagística,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os inícios da década <strong>de</strong> 80, concentrou em si um novo fenómeno <strong>de</strong> atracção<br />
que passa(va) pela aquisição/construção <strong>de</strong> habitações em proprieda<strong>de</strong>s inseridas ou<br />
no Parque Nacional (casas <strong>de</strong> montanha) ou em terrenos <strong>de</strong> confrontação com a<br />
Barragem.<br />
São já poucas as proprieda<strong>de</strong>s habitadas em confrontação com a Barragem por<br />
mora<strong>do</strong>res no concelho, ten<strong>do</strong>-se transforma<strong>do</strong> este parque habitacional em casa <strong>de</strong><br />
segunda habitação.<br />
3 Quan<strong>do</strong> nos referimos a “rigi<strong>de</strong>z” da referida classificação e qualificação <strong>do</strong> solo, preten<strong>de</strong>mos realçar<br />
que com a entrada em vigor <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> planos e este novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento <strong>do</strong> território passámos<br />
a i<strong>de</strong>ntificar bolsas <strong>de</strong> terreno com ou sem possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construção bem como os restantes usos que se<br />
po<strong>de</strong>m atribuir ao solo. O solo, proprieda<strong>de</strong> privada ou pública ficou assim, cingida a usos remeti<strong>do</strong>s por<br />
planea<strong>do</strong>res que retiraram e atribuíram novos direitos aos proprietários, agora, direito <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> não se<br />
i<strong>de</strong>ntifica com direito <strong>de</strong> construção. Isto revelou, gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s que, embora por força <strong>de</strong> um<br />
território mais pensa<strong>do</strong>, restringe em muitos aspectos a evolução <strong>do</strong>s territórios e levou a uma<br />
<strong>de</strong>svitalização <strong>do</strong> espaço Rural.<br />
Análise <strong>do</strong> Fenómeno da Naturbanização ao nível <strong>de</strong> PDM – Aplicação a Terras <strong>de</strong> Bouro