pdi ufscar - 2005
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Universidade Federal de São Carlos<br />
PLANO DE DESENVOLVIMENTO<br />
INSTITUCIONAL<br />
<strong>2005</strong>
INTRODUÇÃO<br />
A CONSTRUÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO<br />
INSTITUCIONAL - PDI - DA UFSCar:<br />
BUSCANDO CONVERGÊNCIA NA DIVERSIDADE<br />
As administrações da UFSCar já vêm desde 1992 fazendo uso de métodos de<br />
planejamento estratégico e de gestão pública para planejar, acompanhar e avaliar suas<br />
gestões. Nesse sentido, a Universidade vem se consolidando, em um processo<br />
cumulativo, como instituição capaz de implementar processos democráticos de decisão<br />
e de buscar instrumentos sistemáticos para lidar, de forma qualificada, com suas<br />
decisões diárias e com a análise, proposição, acompanhamento e avaliação de suas<br />
ações.<br />
Apoiada nesta já significativa experiência acumulada e com o objetivo de gerir a<br />
Universidade de forma planejada, participativa e sustentável, a administração superior<br />
da UFSCar (gestão 2000–2004) propôs ao seu Conselho Universitário (ConsUni), ainda<br />
em março de 2002, o processo de construção de um Plano de Desenvolvimento<br />
Institucional (PDI-UFSCar), denominação essa que posteriormente veio coincidir com a<br />
adotada pelo SINAES. Tal coincidência é fruto provavelmente do reconhecimento da<br />
necessidade de se introduzir o planejamento estratégico como parte da avaliação das<br />
Instituições de Ensino Superior.<br />
A expectativa foi a de que esse plano operasse como um marco orientador das<br />
decisões e das principais ações institucionais em um período mais extenso que o de uma<br />
gestão. Embora não seja uma tarefa simples o estabelecimento de um horizonte de<br />
planejamento de longo prazo, trabalhou-se na construção desse PDI, sempre que<br />
possível, com horizontes maiores, de 10 a 15 anos.<br />
Sua construção surge de uma demanda concreta, motivada pelo término de um<br />
Plano Diretor, elaborado ainda em 1985, ou seja, pela identificação de que o conjunto<br />
de metas então estabelecidas havia sido atingido. Ao se iniciarem as discussões sobre<br />
qual processo adotar na elaboração de um novo plano de desenvolvimento físico,<br />
identificou-se que o Plano Diretor configurava apenas uma parte do planejamento que<br />
se pretendia empreender, surgindo o desafio de, simultaneamente, apreender a<br />
diversidade que compõe a comunidade da UFSCar e identificar convergências para o<br />
desenvolvimento da Instituição. Identificou-se também que o crescimento e<br />
amadurecimento da UFSCar, somados à complexidade da situação em que vivem<br />
atualmente as universidades públicas, configuravam um momento propício e necessário<br />
à reflexão, realizada de forma integrada e por meio de um amplo processo de discussão<br />
participativa, sobre entraves, perspectivas e diretrizes para o desenvolvimento da<br />
Instituição. A construção coletiva de um Plano de Desenvolvimento Institucional<br />
apresentou-se, então, como oportunidade de se mobilizar a capacidade com que hoje a<br />
Universidade conta de formular um projeto inovador no cenário das instituições<br />
superiores de ensino, gerando, além dos resultados concretos do processo, experiência e<br />
conhecimento em governo, planejamento e gestão.<br />
Esse processo foi estruturado a partir do trabalho sobre quatro aspectos:<br />
acadêmicos, organizacionais, físicos e ambientais, que se constituíram em eixos das<br />
ii
informações que se entrelaçam no cotidiano da instituição e que ofereceram os focos de<br />
análise e decisão. Para cada aspecto foi constituído um grupo de trabalho com a<br />
responsabilidade de:<br />
• preparar os subsídios necessários à reflexão da comunidade, tais como<br />
informações, parâmetros e fundamentos teóricos, conhecimentos e experiências<br />
acumulados na Universidade e fora dela;<br />
• propor e conduzir discussões utilizando procedimentos favorecedores da<br />
construção coletiva – métodos, instrumentos e ferramentas de governo que<br />
permitissem a captação e processamento de diferentes contribuições; e<br />
• sistematizar as propostas recolhidas nas diferentes estratégias utilizadas.<br />
Os quatro grupos produziram documentos para enriquecer os debates;<br />
propuseram procedimentos para apreender as opiniões e contribuições da comunidade; e<br />
formularam propostas sistematizadoras que, transformadas em diretrizes foram<br />
aprovadas pelo ConsUni-UFSCar. Os procedimentos empregados caracterizaram-se<br />
pela ênfase na participação. Entre outros, foram utilizados consultas, entrevistas,<br />
questionários, fóruns de discussão e seminários de planejamento, com o objetivo de<br />
maximizar o envolvimento efetivo do corpo social da Universidade no processo de<br />
elaboração do PDI.<br />
Os coordenadores de cada um dos grupos, em conjunto com assessoria técnica,<br />
compuseram o denominado “grupo âncora”, responsável pela integração permanente<br />
entre os grupos, pela discussão dos procedimentos e etapas cumpridas em cada aspecto.<br />
Ao longo de todo o processo, foi realizado um trabalho de informação e divulgação das<br />
atividades e resultados obtidos por meio de um site do projeto, de faixas, de cartazes e<br />
de folders e do boletim interno da Universidade (Informando). O trabalho dos grupos, as<br />
atividades propostas para o desenvolvimento de cada aspecto, e os momentos de<br />
consolidação de resultados foram organizados e divulgados em um cronograma, de<br />
forma que o conjunto da Universidade acompanhasse e participasse das discussões e<br />
eventos. Houve o cuidado de propor um calendário flexível para atender à dinâmica e à<br />
criatividade que se pretendia e para respeitar as interações entre os temas e o ritmo de<br />
discussão e formulação da comunidade em cada momento.<br />
A discussão sobre os aspectos acadêmicos começou com o documento-base<br />
“Subsídios para discussão”, elaborado pelo grupo de trabalho responsável. A<br />
comunidade manifestou-se a respeito das questões ali colocadas e enviou sugestões e<br />
contribuições, que foram incorporadas ao texto para que subsidiassem as discussões na<br />
Conferência de Busca do Futuro, evento realizado de 1 a 3 de dezembro de 2002 e que<br />
contou com a participação de cerca de 130 pessoas das comunidades interna e externa.<br />
A Conferência de Busca do Futuro constitui-se, em linhas gerais, em uma estratégia<br />
cujo objetivo central é propiciar a identificação de consensos mínimos que um dado<br />
grupo, composto por pessoas de diversas inserções, interesses, representativas de<br />
diversas posições em relação à instituição, pode chegar quanto ao projeto de futuro.<br />
Finda a Conferência, as sugestões propostas pelos grupos de trabalho que lá<br />
aconteceram foram compiladas, tal como apresentadas nas diferentes etapas das<br />
atividades realizadas. Parte dos produtos da Conferência ficou em exposição na<br />
Biblioteca Comunitária da UFSCar, visando divulgá-los e recolher novas contribuições.<br />
Desse material bruto foram extraídas propostas que, integradas ao material obtido em<br />
oportunidades anteriores, passaram por um processo de sistematização. O objetivo foi o<br />
de elaborar a minuta do PDI, na qual articulavam-se as diretrizes dos quatro aspectos<br />
trabalhados, e que foi submetida a nova apreciação da comunidade.<br />
iii
Os aspectos ambientais foram discutidos a partir da apresentação à comunidade<br />
de uma proposta-base, para reflexão e debate, e da realização de duas conferências com<br />
participação aberta a todos os membros da Universidade. Na “Conferência do Meio<br />
Ambiente I” analisaram-se e debateram-se aspectos da política ambiental de<br />
universidades a partir de reflexões e experiências trazidas por profissionais de dentro e<br />
de fora da UFSCar. Os registros dos debates foram sistematizados e as principais<br />
discussões e recomendações serviram de ponto de partida para a “Conferência do Meio<br />
Ambiente II”, que teve o objetivo de discutir e de formular propostas para as principais<br />
questões ambientais da UFSCar. Uma parte do evento foi dedicada ao debate sobre a<br />
relação entre o desenvolvimento físico da Universidade e o meio ambiente, a partir da<br />
exposição dos trabalhos do grupo que tratou dos aspectos físicos. A síntese da<br />
Conferência II expõe as conclusões da comunidade acerca da política ambiental da<br />
Universidade, os elementos da gestão ambiental e da expansão urbana compatibilizada<br />
com a preservação ambiental. Da síntese obtida foram extraídas as contribuições dos<br />
aspectos ambientais que comporiam os princípios e diretrizes gerais e específicas do<br />
PDI.<br />
. O processo de discussão dos aspectos físicos, da mesma forma, foi iniciado pela<br />
apresentação de um documento-base que propunha um pré-diagnóstico da situação<br />
atual, calcado na história da Universidade e de seus planos físicos anteriores. Em<br />
reuniões realizadas em cada um dos centros acadêmicos, esse documento foi debatido e<br />
incorporou novos elementos; nessas reuniões foi também encaminhada uma coleta de<br />
dados visando um diagnóstico atualizado.<br />
Em paralelo, pesquisas sobre planejamento urbano em campi universitários<br />
foram realizadas. Com o objetivo de expor conceitos e experiências relevantes para as<br />
discussões da UFSCar, foi promovido o seminário “Arquitetura e planejamento físico de<br />
campi universitários”, aberto à participação de toda a comunidade. O conjunto dos<br />
diferentes aportes recolhidos – parâmetros acadêmicos, ambientais e organizacionais;<br />
diagnóstico da situação atual e diretrizes para o desenvolvimento físico – foi<br />
sistematizado em um texto final, do qual foram extraídas as contribuições dos aspectos<br />
físicos para os princípios e diretrizes do PDI. Orientações específicas de construção e de<br />
ocupação do espaço físico compuseram um documento complementar denominado<br />
“Diretrizes para o desenvolvimento físico dos campi da UFSCar”.<br />
Diferentemente dos outros três grupos de trabalho, o grupo responsável pelos<br />
aspectos organizacionais (PDI-org) propôs-se a apontar alternativas que pudessem ser<br />
implementadas no curto prazo, para o aperfeiçoamento da estrutura organizacional da<br />
Universidade. No início do processo de construção do PDI, o grupo optou por fazer um<br />
levantamento dos problemas atuais relacionados à estrutura. A seguir, foram<br />
entrevistadas 35 pessoas de diferentes setores da UFSCar, incluindo alunos, servidores<br />
técnico-administrativos e servidores docentes, de diversas unidades, áreas e cursos,<br />
ocupando diferentes cargos administrativos, com distintas experiências, e, também,<br />
representantes das entidades de alunos e dos sindicatos de servidores técnicoadministrativos<br />
e docentes.<br />
A seguir, foi realizado um seminário para o qual foram convidados todos os<br />
entrevistados e os ocupantes de funções e cargos na UFSCar que poderiam auxiliar na<br />
elucidação dos problemas previamente levantados. No seminário, os problemas foram<br />
rediscutidos à luz das suas possíveis causas e inter-relações e foram então reunidos em<br />
quatro temas: estrutura acadêmica, eficiência administrativa, gestão do campus de<br />
Araras e órgãos colegiados superiores. Tal ordem temática objetivou prosseguir com as<br />
discussões em dois grupos que incluíram pessoas de áreas concernidas ou de unidades<br />
administrativas responsáveis por processos/atividades relacionados aos problemas<br />
iv
identificados: um grupo para discussão dos temas relacionados à estrutura acadêmica e<br />
dos órgãos colegiados e outro grupo encarregado dos temas eficiência administrativa e<br />
integração do campus de Araras à estrutura organizacional da UFSCar. Experiências de<br />
modificações recentes em estruturas organizacionais de universidades públicas foram<br />
examinadas. Buscavam-se subsídios para as discussões na UFSCar e para isso<br />
contribuiu a mesa-redonda que contou com participantes das universidades federais de<br />
Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.<br />
Todos essas etapas contribuíram para formular o documento-base sobre aspectos<br />
organizacionais entregue à comunidade. Após a apresentação do documento em<br />
reuniões com diversas unidades e segmentos, cada setor conduziu discussões, das quais<br />
resultaram novas opiniões, posicionamentos e sugestões. Do material reunido, como<br />
realizado em relação aos demais aspectos, foram extraídas as contribuições dos aspectos<br />
organizacionais em relação aos princípios, diretrizes gerais e diretrizes específicas do<br />
PDI. Simultaneamente, foi elaborado um documento que encaminhava alternativas<br />
concretas para alterações na estrutura da Universidade e que depois de apreciado pela<br />
comunidade e pelo ConsUni, resultou nas “Diretrizes para aperfeiçoamento da estrutura<br />
organizacional”.<br />
A sistematização das contribuições decorrentes do debate sobre cada um dos<br />
aspectos e nos diversos momentos de interação entre eles buscou consolidar um<br />
raciocínio integrado em relação à Instituição. Juntas, as peças do quebra-cabeça, marca<br />
do processo, mais que somar as partes, formaram um quadro articulado, do qual foi<br />
possível extrair os princípios, as diretrizes gerais e específicas para o desenvolvimento<br />
da Universidade, decorrentes de um amplo debate na comunidade e aprovados no seu<br />
Conselho Universitário. O envolvimento efetivo da comunidade acadêmica no processo<br />
confere qualidade e legitimidade ao PDI e vem permitindo à nova administração desta<br />
Universidade (gestão 2004 – 2008) e a toda a comunidade acadêmica enfrentar o<br />
desafio que se apresenta: a operacionalização e implantação de seu Plano de<br />
Desenvolvimento Institucional, a partir do desdobramento das diretrizes aprovadas em<br />
ações.<br />
Em função disso, o PDI, além de operar como um marco orientador das decisões e<br />
das principais ações institucionais, tornou-se o que se poderia denominar de “política de<br />
estado” da UFSCar pois, tendo sido aprovado pelo ConsUni, deverá ser implementado<br />
ao longo de, no mínimo, essa próxima década. Como “política de governo” da atual<br />
administração (gestão 2004 – 2008), tem-se então o seu planejamento estratégico que<br />
naturalmente é também abordado no presente documento. São destes documentos,<br />
portanto, que se deriva o PDI apresentado a seguir, contemplando, como solicitado pelo<br />
SAPIEnS/MEC, o período de 5 anos e o formato sugerido.<br />
v
1. PERFIL INSTITUCIONAL<br />
A) BREVE HISTÓRICO<br />
A Universidade Federal de São Carlos, desde sua criação, em 1968, teve<br />
manifesta a intenção de ser pioneira em muitos sentidos, embora não fosse detentora de<br />
um projeto de universidade bem definido e orgânico, construído de forma participativa.<br />
Ela atendia, à época, a interesses particularmente políticos e empresariais e, além disso,<br />
surgia no período ditatorial, sofrendo as marcas daquele tempo. Até 1978, cabia ao<br />
Conselho de Curadores, formado por pessoas externas à Universidade, a definição dos<br />
rumos da Instituição.<br />
Independentemente das peculiaridades de seu início, muitas das características<br />
principais da Universidade hoje, bem como a definição de suas mais importantes linhas<br />
de trabalho, originaram-se naquela época. Publicações do final da década de 60, em<br />
especial o documento “Termos de Referência para o Projeto de Implantação da<br />
Universidade Federal de São Carlos”, de 23 de junho de 1969, enfatizavam o papel que<br />
a Universidade deveria exercer no campo científico-tecnológico, atuando de forma<br />
criadora no processo de responder à demanda social por uma tecnologia de ponta,<br />
autônoma, com o cunho da multidisciplinaridade. Tal resposta poderia ser alcançada<br />
desenvolvendo pesquisa; oferecendo cursos de extensão, ao interagir com o complexo<br />
industrial avançado; e pela formação de profissionais qualificados nos níveis de<br />
mestrado e doutorado. Chegou-se a cogitar a implantação somente de cursos de pósgraduação.<br />
A outra linha marcante nas diretrizes era a predisposição para atuar, de<br />
modo decisivo, na formação de professores do ensino médio e superior, principalmente<br />
na área de ciências básicas.<br />
No que se refere ao ensino, em diferentes documentos é possível verificar a<br />
preocupação em inovar e em evitar a implantação de cursos que se sobrepusessem<br />
àqueles existentes na Universidade de São Paulo – campus São Carlos: cursos que se<br />
mostrassem importantes e viessem a ser criados numa mesma área deveriam apresentar<br />
enfoques diferentes. A garantia de qualidade do ensino seria diretamente proporcional à<br />
qualificação tanto do pessoal docente como técnico-administrativo, visão que se<br />
mantém até os dias atuais na Universidade. O alto índice de qualificação acadêmica e a<br />
contratação da quase totalidade de seus docentes em regime de tempo integral e<br />
dedicação exclusiva são resultado da manutenção das diretrizes estabelecidas para<br />
contratação de seu pessoal, desde o começo da Universidade.<br />
A competência acadêmica e seriedade profissional dos que assumiram a tarefa<br />
de construir uma universidade “pequena, mas de alta qualidade” permitiram, também, a<br />
implantação e progressiva ampliação de práticas democráticas de decisão, superando o<br />
autoritarismo reinante em uma fase de sua história.<br />
O cenário de opressão gerou e fortaleceu movimentos de resistência aos padrões<br />
e atos autoritários e centralizadores do Estado que, como afirma Sguissardi (1993), ao<br />
lograrem êxito permitiram um “renascer da UFSCar” a partir de 1978, quando são<br />
implantados efetivamente os órgãos colegiados superiores da Universidade e o<br />
Conselho de Curadores passa a ter uma função de fiscalização. Ainda segundo<br />
Sguissardi, tal processo de desenvolvimento revela que “a luta pela democracia e<br />
autonomia da Universidade não é ‘inimiga’ da excelência do ‘produto’ acadêmico. Ao<br />
contrário, no caso da UFSCar, parece ter-lhe sido uma inegável e imprescindível<br />
aliada”.<br />
1
Quando, a partir dos desdobramentos desse momento de revitalização da<br />
Universidade, os planos de gestão passaram a ser elaborados com a participação da<br />
comunidade universitária, incorporaram a perspectiva que foi se delineando ao longo do<br />
tempo: a construção de uma Universidade “plurifuncional, competente, democrática,<br />
crítica e eficiente”. Seus horizontes gradativamente alargaram-se na busca da atuação<br />
em outras áreas que não as escolhidas de início, e na intenção de atingir os vários<br />
segmentos da sociedade e não preferencialmente aquele vinculado ao complexo<br />
industrial avançado. Transparece nos planos o entendimento de que a produção de<br />
conhecimento é base de sustentação de todas as atividades da Universidade. Deve, no<br />
entanto, estar articulada tanto com as atividades de ensino como as de extensão,<br />
garantindo a qualidade diferenciada do fazer acadêmico, o que se constitui em um dos<br />
grandes desafios do dia a dia da UFSCar.<br />
A história contada até aqui revela as raízes de um processo que culminou com a<br />
elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), cuja primeira parte<br />
iniciou-se em 2002 e encerrou-se em 2004. O PDI foi apresentado como uma proposta<br />
de construção coletiva do futuro da UFSCar, reconhecendo o progresso da instituição,<br />
mas considerando que ainda há muito a avançar, principalmente em função das grandes<br />
transformações do mundo contemporâneo. Tal projeto surgiu na perspectiva de a<br />
comunidade voltar-se à constante busca de identificação dos caminhos a serem trilhados<br />
e das ações a serem realizadas para que a UFSCar se coloque à frente no contínuo<br />
processo de produção de conhecimento e capacitação para atender aos atuais e aos<br />
futuros desafios que se apresentam às universidades brasileiras, e para que continue a se<br />
destacar por sua competência acadêmico-científica, seu compromisso social e sua<br />
prática a cada dia mais democrática.<br />
Já há alguns anos a UFSCar se destaca pelo alto nível de qualificação de seu<br />
corpo docente, que conta com 99% de doutores ou mestres e com mais de 97% dos seus<br />
professores trabalhando em regime de dedicação exclusiva. A Universidade oferece 26<br />
cursos de graduação e 32 opções de pós-graduação stricto sensu, sob a responsabilidade<br />
de 30 departamentos vinculados a quatro centros acadêmicos. Estudam na UFSCar<br />
7.347 alunos, dos quais 5.822 na graduação e 1.525 na pós-graduação.<br />
O campus de São Carlos (distante 235 km da capital do Estado de São Paulo)<br />
tem 645 hectares e nele estão concentrados 27 dos 28 cursos de graduação, 27 dos 30<br />
departamentos e todos os programas de pós-graduação, vinculados aos Centros de<br />
Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET) e<br />
de Educação de Ciências Humanas (CECH). O campus de Araras, distante 94 km de<br />
São Carlos, ocupa uma área física total de 302,8 hectares, na qual está instalado o<br />
Centro de Ciências Agrárias (CCA), responsável pelo funcionamento do curso de<br />
graduação em Engenharia Agronômica.<br />
Todos os dias, cerca de dez mil pessoas transitam pela UFSCar. São alunos,<br />
professores, funcionários e visitantes. Para atender a todas essas pessoas, a UFSCar<br />
mantém a estrutura de uma pequena cidade: possui prefeitura e restaurante universitário,<br />
lanchonetes, teatro, auditórios, um sistema de bibliotecas, editora, gráfica, moradia<br />
estudantil e postos bancários. A Biblioteca Comunitária da UFSCar, localizada no<br />
campus de São Carlos, atende a alunos e professores universitários, além da<br />
comunidade de São Carlos e região e, particularmente, alunos de ensino Fundamental e<br />
Médio.<br />
Na área esportiva, a UFSCar mantém um parque poliesportivo, com ginásios,<br />
quadras, piscinas, campo de futebol, pista de atletismo e a Pista da Saúde, localizada em<br />
um bosque pelo qual passam mais de mil usuários diariamente. A UFSCar também<br />
coloca à disposição de alunos e servidores docentes e técnico-administrativos serviços<br />
2
como os de atendimento médico e odontológico, assistência social e pré-escolar,<br />
limpeza e segurança.<br />
Na área cultural, a Universidade desenvolve diversas atividades como: Orquestra<br />
Experimental e Pequena Orquestra da UFSCar, Madrigal UFSCar, Projeto Música na<br />
Cidade, Projeto Fórum de Debates e Grupo de Cultura Afro-Brasileira.<br />
B) INSERÇÃO REGIONAL<br />
Embora sejam cada vez maiores as exigências no sentido de que as<br />
universidades qualifiquem-se de forma mais intensa como interferentes diretas do<br />
desenvolvimento econômico e social, a UFSCar, de um modo geral, consegue aliar a<br />
busca da alta qualificação e competência acadêmico-profissional com o exercício de<br />
importantes níveis de democratização, de crítica interna e social responsável e de<br />
comprometimento com o caráter essencialmente público da universidade, tanto pela<br />
origem estatal de seus recursos, pela forma colegiada das suas decisões bem como pela<br />
destinação social de sua produção. Neste sentido, ela vem trilhando um caminho onde o<br />
binômio excelência acadêmica e relevância social ganha a cada dia maior importância.<br />
Assim é que já se identifica a prática das atividades de extensão, principalmente<br />
pela oferta de cursos e de algumas prestações de serviços, ainda no início da década de<br />
70. É só a partir de 1978, no entanto, com o início da democratização da universidade,<br />
com a criação dos órgãos colegiados superiores, inclusive a Câmara de Extensão, que a<br />
Universidade passa a discutir sua interação com a sociedade e, portanto, sua inserção<br />
regional. Não obstante este caráter inicial, já se depreende das propostas que são<br />
submetidas à Câmara de Extensão uma amplitude razoável de atividades. Durante o ano<br />
de 1979, por exemplo, são submetidas sete propostas de convênio: um com a<br />
EMBRAPA relativa a estágios remunerados para os alunos da UFSCar; dois com<br />
empresas; dois outros, também na área tecnológica, mas com o Ministério da Indústria e<br />
Comércio e com a Comissão de Energia Nuclear; um com a Secretaria Estadual de<br />
Educação e o último com a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE-<br />
SC). Em suma, já se observa um grau razoavelmente efetivo e diversificado de interação<br />
da UFSCar com a sociedade, não ficando essa interação restrita à prestação de serviços,<br />
mas sim a diferentes atividades com diversos setores da sociedade. A questão da<br />
diversidade é também observada nas oito propostas de cursos de extensão que são<br />
submetidas naquele ano: um para alunos da UFSCar na área tecnológica, outro para<br />
graduados em Ciências e Engenharia, dois para técnicos da UFSCar e comunidade, um<br />
para uma empresa, outro na área de microbiologia e, por fim, um na área de humanas.<br />
Embora a análise das atividades de extensão desenvolvidas pela UFSCar ao<br />
longo da década de 80 ainda precise de um maior detalhamento, pode-se, sem dúvida<br />
alguma, afirmar que a partir de então as atividades se proliferam, com a consolidação<br />
dos cursos e departamentos criados na década de 70 e também com o vigoroso processo<br />
de capacitação dos docentes da UFSCar. Como se verá mais adiante a UFSCar conta<br />
atualmente com mais de uma centena de Programas de Extensão.<br />
O próprio processo de escolha dos cursos a serem implantados na UFSCar<br />
implica a sua inserção regional e nacional. Ela foi inovadora, por exemplo, ao criar em<br />
1970 o Curso de Engenharia de Materiais ou, mais recentemente, os de Engenharia de<br />
Produção Agro-industrial (1994) ou Engenharia Física (2002). Além de manter o<br />
compromisso de não sobrepor seus cursos aos da USP/São Carlos, essa decisão se<br />
amplia em relação às outras instituições públicas da região, pois a oferta de uma<br />
formação profissional inovadora tem sido bem sucedida também pela criação de cursos<br />
3
tradicionais como o de Engenharia Civil, iniciado na década de 70, ou de Psicologia, da<br />
década de 90, cujas propostas pedagógicas diferenciam-se daquelas de seus congêneres<br />
na cidade/região.<br />
Tem havido, ainda, a criação de cursos a partir de demanda de parcela<br />
organizada da sociedade. Isto vem ocorrendo por diferentes vias, seja pela absorção de<br />
cursos já instalados na cidade de São Carlos, seja pela disposição de atender à carência<br />
de vagas públicas em determinada região ou pela importância de imprimir novas<br />
características à formação e ao perfil de profissionais. Os cursos hoje denominados de<br />
Curso de Graduação em Biblioteconomia e Ciência da Informação e Curso de Educação<br />
Física e Motricidade Humana foram incorporados, da Fundação Educacional São<br />
Carlos, vinculada à Prefeitura Municipal. Seus projetos pedagógicos foram rediscutidos<br />
e seus docentes submetidos a concurso público para contratação. A absorção dos cursos<br />
implicou ainda a constituição de grupos de pesquisa e de programas de pesquisa e<br />
extensão estreitamente vinculados à formação profissional e à produção de<br />
conhecimento básico e aplicado acessível à comunidade. No presente momento, a<br />
UFSCar, desafiada pelas demandas sociais, investe diligentemente na implantação de<br />
um campus na região de Sorocaba, carente de instituições públicas de ensino superior,<br />
que abrigará cinco cursos de graduação, conforme aprovado pelo Conselho<br />
Universitário. Desafio de igual monta está sendo enfrentado com a aprovação pelos<br />
Conselhos Superiores da proposta de implantação de um Curso de Medicina dirigido à<br />
formação de profissionais especialmente capacitados para atender aos programas de<br />
saúde pública (saúde da família, SUS etc.)<br />
A demanda por cursos noturnos também partiu da comunidade externa à<br />
Universidade, mas o atendimento a esse anseio antigo da sociedade somente pôde se<br />
concretizar parcialmente quando a SESu/MEC deu o seu apoio para que tal ocorresse.<br />
Na gestão 1988-92 da Reitoria, foi realizada, pela Fundação Educacional para o<br />
Desenvolvimento da Educação (FDE), uma pesquisa de demanda pelos cursos noturnos<br />
da Universidade. Tal pesquisa revelou um interesse significativo por vários cursos,<br />
repetindo em grande parte as prioridades de interesse manifestas para os cursos diurnos.<br />
Uma interferência marcante da política interna da Universidade na expansão do<br />
ensino de graduação se deu no caso dos cursos mais recentes do Centro de Educação e<br />
Ciências Humanas, procurando sanar o desequilíbrio que se estabeleceu no decorrer do<br />
tempo entre as áreas, fruto em grande parte da ênfase inicial à área científicotecnológica.<br />
De forma igualmente importante, foi a predisposição que sempre marcou a<br />
UFSCar de atuar na formação de professores do ensino secundário e superior, em<br />
particular na área de ciências básicas.<br />
Esta questão da inserção regional será retomada ao se abordar o item Programas<br />
de Extensão da Universidade.<br />
C) MISSÃO E FINALIDADES<br />
Não é incomum confundir-se a missão da universidade pública com as sua<br />
atividades-fim: o ensino, a pesquisa e a extensão. São estas três atividades que, de forma<br />
indissociada, dão concretude à missão da universidade de produzir e tornar acessível o<br />
conhecimento. Nesta conceituação sintética o tornar acessível envolve tanto a formação<br />
dos alunos como a interação com os diferentes segmentos da sociedade para o<br />
compartilhamento e (re)construção do conhecimento. Esta missão, por sua vez, pode ser<br />
desdobrada em princípios que expressam a sua razão de ser e seus valores. A<br />
4
comunidade da UFSCar elegeu dez os princípios que expõem suas bases<br />
consensualmente compartilhadas, os compromissos fundamentais e determinantes dos<br />
seus planos de ação:<br />
(i) Excelência acadêmica<br />
(ii) Universidade compromissada com a sociedade<br />
(iii) Gratuidade do ensino público de graduação e pós-graduação strictosensu<br />
(iv) Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão<br />
(v) Livre acesso ao conhecimento<br />
(vi) Universidade promotora de valores democráticos e da cidadania<br />
(vii) Gestão democrática, participativa e transparente<br />
(viii) Universidade ambientalmente responsável e sustentável<br />
(ix) Valorização da dedicação integral ao ensino, pesquisa e extensão<br />
(x) Integração da Universidade no sistema nacional de ensino<br />
Esses princípios fundamentaram o estabelecimento das Diretrizes Gerais,<br />
apresentadas a seguir, que se caracterizam como pontos de maior imbricamento entre os<br />
quatro aspectos –acadêmicos, organizacionais, físicos e ambientais – que nortearam a<br />
discussão do PDI:<br />
• Estabelecer ações de valorização da graduação, pós-graduação e extensão.<br />
• Promover a articulação das atividades de ensino, pesquisa e extensão.<br />
• Promover a interdisciplinaridade, a multidisciplinaridade e a<br />
transdisciplinaridade nas atividades de ensino, pesquisa e extensão e em todos os<br />
níveis de formação.<br />
• Garantir a qualidade dos cursos de graduação, pós-graduação e extensão.<br />
• Ampliar a oferta de cursos e o número de vagas nos cursos de graduação, pósgraduação<br />
e extensão a partir de estudos de demanda, buscando equilíbrio entre<br />
as áreas de conhecimento.<br />
• Ampliar a diversidade de cursos de graduação e pós-graduação.<br />
• Defender a gratuidade dos cursos de graduação e pós-graduação stricto sensu.<br />
• Garantir coerência, consistência e compatibilidade entre as propostas e as<br />
normas aprovadas pelos diferentes colegiados, as ações implementadas e os<br />
resultados decorrentes.<br />
• Garantir livre acesso ao conhecimento produzido e armazenado na UFSCar,<br />
ampliando e diversificando os meios disponíveis.<br />
• Praticar a gestão democrática, transparente e participativa em todos os níveis da<br />
estrutura administrativa da Universidade, garantindo a participação e voto para<br />
representantes dos alunos, técnico-administrativos e professores.<br />
• Garantir suporte competente, ágil e eficaz às atividades de ensino, pesquisa e<br />
extensão, capaz de sustentar o projeto acadêmico da Universidade.<br />
• Garantir flexibilidade e agilidade na resposta a novos contextos, demandas e<br />
desafios.<br />
• Planejar e orientar o desenvolvimento físico a partir do projeto acadêmico da<br />
Universidade, de seus projetos de expansão de atividades e de suas<br />
especificidades de ensino, pesquisa e extensão.<br />
• Promover processos de sustentabilidade ambiental.<br />
• Promover atividades voltadas para uma sociedade sustentável.<br />
5
• Promover a ambientalização das atividades universitárias, incorporando a<br />
temática ambiental nas atividades acadêmicas e administrativas, com ênfase na<br />
capacitação profissional e na formação acadêmica.<br />
• Construir uma política integrada de informação e comunicação (sistemas de<br />
bibliotecas, editora, museu, TV e rádio universitárias e núcleo de disseminação<br />
da ciência, entre outros).<br />
• Conceber a educação infantil como um espaço de ensino, pesquisa e extensão,<br />
estabelecendo relações de parceria com centros/unidades de educação no âmbito<br />
universitário e com outras instituições de atendimento à infância quando<br />
responsáveis pela produção e socialização do conhecimento.<br />
• Desenvolver e ampliar a concepção de atendimento e assistência à comunidade<br />
universitária, construindo e implementando uma política de gestão social voltada<br />
para a qualidade de vida.<br />
• Estabelecer ações de valorização do servidor público.<br />
• Promover a valorização do serviço público e suas carreiras, como instrumentos<br />
básicos do Estado democrático.<br />
• Promover e incentivar a inclusão da metodologia digital em todos os níveis da<br />
Instituição.<br />
• Promover a inserção plena da Universidade no sistema nacional de ciência,<br />
cultura e tecnologia.<br />
• Promover a inserção do ensino, da pesquisa e da extensão da UFSCar no esforço<br />
de compreensão e busca de soluções para problemas nacionais, regionais e locais<br />
da realidade brasileira.<br />
• Promover o intercâmbio acadêmico nacional e internacional com vistas ao<br />
desenvolvimento democrático, com justiça social, nos planos nacional e<br />
internacional.<br />
• Promover o regime de dedicação exclusiva dos docentes ao ensino, à pesquisa e<br />
à extensão, como fundamental aos objetivos da UFSCar.<br />
Nesse conjunto de 26 Diretrizes Gerais destacam-se alguns aspectos orientadores<br />
pela ênfase atribuída: à qualidade e à ampliação dos processos de formação fortemente<br />
integrados à pesquisa, à extensão e à perspectiva multidisciplinar, garantida a<br />
gratuidade; à ampliação do acesso e da permanência na Universidade visando a inclusão<br />
social; à produção e disseminação do conhecimento por meio da formação de<br />
profissionais altamente qualificados e, igualmente, por meio da difusão do<br />
conhecimento por todos os meios que permitam que seja compartilhado pelas camadas<br />
mais desfavorecidas da população; à necessidade permanente de capacitação dos<br />
servidores da UFSCar e à busca de condições de trabalho minimamente compatíveis<br />
com as responsabilidades e atribuições que lhes cabem, com dignidade e qualidade de<br />
vida; à importância de agir tanto na formação quanto nas condições físicas que lhe dão<br />
suporte em uma perspectiva de sustentabilidade ambiental e de educação ambiental.<br />
Estas ênfases por sua vez deram origem às Diretrizes Específicas que foram<br />
ordenadas nos seguintes temas estruturantes para a organização da Universidade:<br />
1. Processos de formação<br />
1.1 Implantar ações voltadas para a melhoria dos processos de ensinar e aprender.<br />
1.2 Promover condições para o trabalho interdisciplinar em ensino, pesquisa e extensão<br />
na UFSCar, intra e inter cursos, grupos, redes e projetos.<br />
1.3 Implantar procedimentos facilitadores da integração entre ensino, pesquisa e<br />
extensão.<br />
6
1.4 Criar oportunidades para que todas as atividades de cunho acadêmico desenvolvidas<br />
pelo aluno ao longo de seu curso sejam incorporadas como atividades curriculares.<br />
1.5 Capacitar os alunos para uso de tecnologias de informação e comunicação e<br />
incentivar a disseminação do conhecimento e uso do software livre nos campi.<br />
1.6 Promover a ampla reformulação dos cursos de graduação para que seus currículos<br />
garantam as qualificações profissionais, científicas, técnicas, filosóficas, éticas e<br />
político-sociais previstas no “Perfil do Profissional a ser formado na UFSCar”.<br />
1.7 Estabelecer e implementar uma política de avaliação permanente da formação<br />
propiciada pelos cursos de graduação, reformulando seus projetos pedagógicos sempre<br />
que necessário.<br />
1.8 Expandir a oferta de cursos interdisciplinares de graduação e pós-graduação.<br />
1.9 Definir o perfil do profissional a ser formado pela pós-graduação da UFSCar.<br />
1.10 Definir e implementar uma política institucional de formação na pós-graduação,<br />
considerando todas as modalidades contemporâneas.<br />
1.11 Expandir, diversificar e inovar a oferta de cursos de pós-graduação.<br />
1.12 Implantar um processo institucional de avaliação da pós-graduação da UFSCar.<br />
1.13 Fomentar a integração entre pós-graduação e graduação.<br />
1.14 Avaliar o impacto das atividades realizadas pela pós-graduação nos cursos de<br />
graduação.<br />
1.15 Promover o equilíbrio entre a formação científica, a formação docente e a<br />
formação gerencial nos cursos de pós-graduação.<br />
1.16 Rever os requisitos para o acesso aos diferentes níveis e os prazos de conclusão da<br />
formação na pós-graduação.<br />
1.17 Definir e implementar uma política de educação continuada na UFSCar.<br />
1.18 Definir e implementar uma política para ensino a distância na UFSCar.<br />
1.19 Ampliar a oferta de cursos e o número de vagas nos cursos de extensão.<br />
1.20 Incentivar, apoiar e priorizar atividades de ensino, pesquisa e extensão voltadas<br />
para a sustentabilidade ambiental em seus aspectos mais amplos.<br />
1.21 Incluir nos currículos conceitos e práticas voltadas para o meio ambiente.<br />
1.22 Fortalecer as coordenações de modo a facilitar sua ação e garantir maior<br />
envolvimento com a promoção da qualidade, do aprimoramento constante e da inovação<br />
dos cursos de graduação e pós-graduação da UFSCar.<br />
1.23 Utilizar o conhecimento produzido na Universidade para a geração de material<br />
didático destinado ao uso interno e externo.<br />
1.24 Conceber novos espaços físicos de ensino, buscando a coerência com o perfil do<br />
profissional a ser formado na UFSCar e com a diversidade das práticas de ensino.<br />
1.25 Melhorar as condições físicas e estruturais das salas de aula.<br />
1.26 Aperfeiçoar os laboratórios de ensino, inclusive os Laboratórios de Informática da<br />
Graduação (LIGs), e manter um monitoramento contínuo de suas condições materiais e<br />
humanas.<br />
1.27 Discutir e avaliar, com ampla participação, a política da Biblioteca Comunitária<br />
para ampliação e manutenção do acervo.<br />
2. Ampliação, acesso e permanência na Universidade<br />
2.1 Desenvolver e apoiar ações que ampliem as oportunidades de acesso e permanência<br />
dos estudantes na Universidade e contribuam com o enfrentamento da exclusão social.<br />
2.2 Ampliar de forma planejada e sustentável o número de vagas e cursos de graduação,<br />
pós-graduação e extensão, em consonância com o projeto acadêmico, a excelência e o<br />
caráter inovador dos cursos da UFSCar.<br />
2.3 Priorizar a ampliação dos cursos de formação e atualização de professores.<br />
7
2.4 Buscar o pleno aproveitamento da capacidade já instalada na UFSCar na ampliação<br />
do acesso à Universidade.<br />
2.5 Garantir o suporte adequado ao funcionamento dos cursos noturnos, considerando<br />
aspectos organizacionais e acadêmicos.<br />
2.6 Aperfeiçoar o processo de seleção de alunos para os cursos de graduação, em<br />
consonância com o perfil dos cursos e do profissional que se quer formar.<br />
2.7 Ampliar e aperfeiçoar programas de apoio aos alunos de graduação e pós-graduação.<br />
2.8 Priorizar a ampliação dos cursos noturnos.<br />
2.9 Manter a Unidade de Educação Infantil da UFSCar (UAC), promovendo esforços<br />
para atender a demanda.<br />
2.10 Buscar a garantia da permanência de estudantes sem condições financeiras na<br />
Universidade, através de políticas e infra-estrutura que atendam a toda a demanda.<br />
3. Produção e disseminação do conhecimento.<br />
3.1 Definir e implementar uma política institucional de pesquisa.<br />
3.2 Incentivar a geração de pesquisas socialmente referenciadas e autônomas.<br />
3.3 Incrementar a política de incentivo e apoio aos grupos de pesquisa emergentes.<br />
3.4 Implementar uma política institucional de captação de recursos externos destinados<br />
à pesquisa.<br />
3.5 Incentivar a produção e disseminação de conhecimentos sobre o meio ambiente.<br />
3.6 Incentivar o desenvolvimento de pesquisa e extensão nas áreas de recursos naturais<br />
renováveis e não renováveis, que contribuam para a utilização de forma racional e<br />
sustentável dos mesmos.<br />
3.7 Incentivar o desenvolvimento de pesquisas em práticas agrícolas de conservação e<br />
minimização de impactos ambientais nas áreas agrícolas dos campi.<br />
3.8 Criar um fórum permanente de discussão de grandes temas ambientais, que<br />
potencialize, articule e integre as pesquisas realizadas na UFSCar.<br />
3.9 Fomentar a cooperação institucional, interinstitucional, nacional e internacional em<br />
redes de alta complexidade.<br />
3.10 Utilizar o conhecimento produzido na própria Universidade para oferecer soluções<br />
e alternativas para os problemas de gestão e administração enfrentados pela instituição.<br />
3.11.Consolidar a política de extensão vigente e expandir as atividades extensionistas.<br />
3.12 Intensificar a formação de parcerias com a sociedade e entre os diferentes setores<br />
da UFSCar.<br />
3.13 Apoiar a divulgação da produção da UFSCar.<br />
3.14 Incentivar a proposição de projetos que contribuam para a geração de emprego e<br />
renda.<br />
3.15 Fortalecer a inserção local e regional da Universidade, buscando parcerias com<br />
outras instituições públicas e privadas no desenvolvimento e apoio de ações voltadas<br />
para a sustentabilidade, relativa ao ambiente externo à UFSCar.<br />
3.16 Valorizar, consolidar e ampliar os Núcleos de Extensão e suas respectivas<br />
atividades.<br />
3.17 Promover infra-estrutura, equipamentos e pessoal para os programas de extensão,<br />
núcleos e unidades já existentes e a serem criados.<br />
3.18 Avaliar o impacto dos programas e projetos de extensão.<br />
3.19 Aprimorar a política de avaliação dos programas e projetos de extensão.<br />
3.20 Avaliar a regulamentação vigente para as atividades de extensão.<br />
3.21 Garantir e intensificar o caráter inovador da Biblioteca Comunitária, considerando<br />
seu interesse social para a cidade de São Carlos e região.<br />
8
3.22 Aprimorar o papel da Editora da UFSCar como canal efetivo para a divulgação do<br />
conhecimento produzido na instituição.<br />
3.23 Valorizar a produção artística como atividade acadêmica.<br />
4. Capacitação dos servidores da UFSCar<br />
4.1 Implantar política de capacitação contínua didático-pedagógica para os docentes que<br />
atuam na Universidade, permitindo-lhes o domínio de novas concepções do processo de<br />
ensino e de aprendizagem e de estratégias para o seu desenvolvimento.<br />
4.2 Incentivar a qualificação do corpo docente.<br />
4.3 Aprimorar e ampliar o processo de avaliação do desempenho docente, tendo como<br />
referência o perfil do profissional que a Universidade quer formar.<br />
4.4 Definir o perfil do servidor técnico-administrativo que a UFSCar deseja e necessita.<br />
4.5 Orientar os processos de seleção e ingresso, capacitação e de avaliação do<br />
desempenho dos servidores técnico-administrativos tendo como referência o perfil<br />
definido e as novas demandas da universidade contemporânea.<br />
4.6 Implantar uma política de capacitação continuada interna e integrada para os<br />
servidores técnico-administrativos.<br />
4.7 Capacitar os servidores docentes e técnico-administrativos para uso de tecnologias<br />
de informação e comunicação.<br />
4.8 Desenvolver processos de capacitação para gestão institucional e de projetos.<br />
4.9 Aperfeiçoar políticas que promovam a qualidade de vida do servidor.<br />
5. Ambiente adequado<br />
5.1 Expandir a área urbana dos campi, garantindo espaço adequado para as atividades<br />
desenvolvidas e a serem criadas.<br />
5.2 Garantir adequação e padronização dos sistemas construtivos, em função das<br />
especificidades de uso e da otimização de recursos para construção e manutenção das<br />
instalações da UFSCar.<br />
5.3 Gerenciar as ações de expansão física, a fim de evitar construções improvisadas e/ou<br />
com impactos negativos na harmonia do ambiente urbano e na qualidade de vida nos<br />
campi.<br />
5.4 Gerenciar a ocupação e o uso das edificações, de acordo com normas previamente<br />
estabelecidas.<br />
5.5 Promover o uso, a ocupação e o manejo ambientalmente adequados dos campi, em<br />
suas áreas urbanizadas, agrícolas e de preservação.<br />
5.6 Cumprir a legislação ambiental em todos os seus níveis, realizando, sempre que<br />
possível, ações que não se restrinjam aos limites mínimos previstos nos requisitos<br />
legais.<br />
5.7 Criar espaços urbanos com maiores possibilidades de interação e convívio.<br />
5.8 Promover o adensamento dos campi, aproveitando melhor as áreas urbanas,<br />
respeitando as especificidades das áreas de conhecimento, sem comprometer a estética,<br />
a qualidade de vida e integrando edificações à natureza.<br />
5.9 Promover a ambientalização dos espaços coletivos de convivência.<br />
5.10 Manter um elevado índice per capita de área verde nas áreas urbanas.<br />
5.11 Investir na valorização do pedestre, do uso de bicicletas e de transporte coletivo.<br />
5.12 Garantir plenas condições de acessibilidade nos campi a pessoas portadoras de<br />
necessidades especiais.<br />
5.13 Buscar ambiente adequado e qualidade de vida nos campi durante todo o horário<br />
de funcionamento.<br />
9
5.14 Aprimorar sistemas de acesso aos campi, facilitando e organizando o fluxo da<br />
comunidade e promovendo a segurança patrimonial e pessoal.<br />
5.15 Propiciar condições adequadas de conforto, qualidade de trabalho, convivência e<br />
lazer de toda a comunidade universitária.<br />
6. Organização e Gestão<br />
6.1 Incentivar a participação e o compromisso da comunidade na definição e<br />
implementação de políticas institucionais.<br />
6.2 Gerir de forma integrada as atividades acadêmicas e de apoio como parte dos<br />
processos de formação profissional, construção e difusão do conhecimento.<br />
6.3 Estimular, valorizar e fortalecer as funções administrativas de modo a promover a<br />
qualidade nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.<br />
6.4 Garantir a clareza das atribuições das funções de apoio e permitir a descentralização<br />
da capacidade de decisão.<br />
6.5 Aperfeiçoar processos administrativos buscando agilidade, eficiência e economia de<br />
recursos.<br />
6.6 Assegurar ampla participação nas decisões e transparência no manejo dos recursos<br />
da Universidade (orçamento, captação, distribuição e execução).<br />
6.7 Reavaliar o papel da FAI no apoio às atividades da UFSCar.<br />
6.8 Buscar novas formas de captação de recursos para a Universidade, em consonância<br />
com seu caráter público e com a democratização do acesso.<br />
6.9 Aprimorar os critérios de distribuição de recursos, visando o aperfeiçoamento de<br />
políticas institucionais de apoio a programas, cursos e áreas de conhecimento.<br />
6.10 Promover o acompanhamento, avaliação e melhoria permanente do trabalho de<br />
apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão, de forma a sustentar o projeto<br />
acadêmico da Universidade.<br />
6.11 Aperfeiçoar critérios para a alocação de vagas de docentes, permitindo a<br />
implementação de políticas institucionais de apoio a cursos e áreas do conhecimento.<br />
6.12 Gerir os campi de forma integrada e equilibrada nas áreas acadêmica e<br />
administrativa.<br />
6.13 Planejar e garantir a infra-estrutura física, material e de pessoal de apoio às<br />
atividades de gestão.<br />
6.14 Promover a segurança no trabalho e a saúde ocupacional dos servidores da<br />
UFSCar.<br />
6.15 Avaliar constantemente a Política de Informática da Universidade, com ampla<br />
participação da comunidade.<br />
6.16 Promover a ambientalização da gestão institucional.<br />
6.17 Dotar de estrutura adequada a gestão ambiental dos campi, com órgãos aparelhados<br />
e profissionais capacitados.<br />
6.18 Reavaliar o papel da Coordenadoria Especial para o Meio Ambiente (CEMA).<br />
6.19 Ampliar e aprimorar a utilização racional e sustentável dos recursos naturais<br />
renováveis e não renováveis, buscando implementar inovações.<br />
6.20 Elaborar procedimentos ambientais que orientem licitações e concessões, visando a<br />
redução da utilização de recursos e da geração de resíduos.<br />
6.21 Consolidar política de redução, destinação e tratamento adequado de resíduos<br />
potencialmente perigosos.<br />
6.22 Planejar e buscar a garantia de infra-estrutura física, material e humana necessária<br />
à implementação da gestão social.<br />
10
6.23 Aprimorar o gerenciamento dos serviços prestados na área de alimentação no<br />
interior dos campi – autogeridos e terceirizados – atuando de forma integrada na<br />
garantia da qualidade nutricional, sanitária e ambiental.<br />
6.24 Aprimorar o gerenciamento dos serviços de limpeza e de destinação de resíduos<br />
sólidos dos campi – autogeridos e terceirizados – atuando de forma integrada para<br />
garantir a qualidade social e ambiental.<br />
6.25 Promover a integração e a melhoria da qualidade de vida da comunidade<br />
universitária.<br />
6.26 Garantir condições para o desenvolvimento de atividades que otimizem o<br />
atendimento social da comunidade universitária, por meio da integração com os<br />
departamentos afins.<br />
7. Desenvolvimento Físico<br />
7.1 Diretrizes de ocupação dos campi<br />
7.1.1 Compatibilizar a necessidade de destinar áreas para a expansão urbana dos campi,<br />
em função das demandas acadêmicas de médio e longo prazos, com a preservação das<br />
áreas existentes com vegetação nativa ou em regeneração e aquelas com potencial<br />
paisagístico.<br />
7.1.2 Promover o adensamento dos campi, de modo a diminuir o impacto da expansão<br />
urbana e proporcionar maior “urbanidade” para o espaço construído, oferecendo à<br />
comunidade maiores possibilidades de convivência.<br />
7.1.3 Garantir áreas reservadas para o crescimento das unidades e para a implantação de<br />
parques e jardins.<br />
7.1.4 Compatibilizar a expansão urbana com a preservação de área para expansão das<br />
Áreas de Reserva Legal (ARL).<br />
7.1.5 Proporcionar um ambiente urbano rico e diversificado em suas edificações.<br />
7.1.6 Implantar zoneamento do campus de São Carlos, com as seguintes medidas:<br />
a) implantação de ações de expansão física em São Carlos no sentido Norte, com<br />
ocupação do extremo norte do campus;<br />
b) criação do “corredor de cerrado” (na expansão), ampliando a Área de Reserva Legal<br />
e proporcionando a interligação no sentido Leste-Oeste entre as duas áreas de<br />
Reserva (deixando apenas passagens ecologicamente cuidadas para veículos e<br />
pedestres);<br />
c) implantação, a médio e longo prazos, de todas as áreas acadêmicas no setor Norte do<br />
campus, para possibilitar uma maior interação entre elas e facilitar deslocamentos;<br />
d) transferência, no curto prazo, de todos os setores da área de Saúde para a Área<br />
Norte, mantendo o CCET e os setores ligados à área de ciências biológicas do<br />
CCBS nos locais atuais, preservando condições de crescimento; manter a Educação<br />
Física na Área Sul, enquanto não estiverem estabelecidas, na área de expansão<br />
norte, as condições necessárias para suas atividades didáticas.<br />
7.2 Diretrizes de desenvolvimento físico-ambiental<br />
7.2.1 Manter um índice mínimo de área verde de 30m 2 por habitante (mais que o dobro<br />
do recomendado pela ONU para áreas urbanas).<br />
7.2.2 Preservar os fragmentos de vegetação nativa, ainda que as áreas urbanizadas<br />
possam ter vegetação exótica.<br />
7.2.3 Elaborar um Plano de Arborização para as áreas urbanizadas, preferencialmente<br />
com o uso de espécies nativas e frutíferas, para a atração de pássaros e pequenos<br />
animais.<br />
11
7.2.4 Incentivar o uso de transporte coletivo para o acesso às áreas urbanizadas dos<br />
campi, com o objetivo de diminuir o fluxo de automóveis e a crescente demanda por<br />
estacionamentos.<br />
7.2.5 Implantar sistema de gestão eficiente de resíduos urbanos, encaminhando os<br />
resíduos sólidos para reciclagem e, futuramente, as águas residuárias a uma estação de<br />
tratamento própria, caso necessário.<br />
7.2.6 Manter a remoção de resíduos sólidos e varrição adequadas nas áreas urbanizadas.<br />
7.2.7 Implementar programas de racionalização/redução do uso de energia, de água e de<br />
demais insumos/materiais, principalmente os não renováveis.<br />
7.2.8 Criar “Parques Urbanos”, que serão ocupados predominantemente por áreas<br />
verdes, mas que poderão abrigar equipamentos urbanos de lazer e esportivos, prevendose<br />
medidas claras de segurança, particularmente em finais de semana.<br />
7.3 Diretrizes gerais de urbanização e infra-estrutura<br />
7.3.1 Incorporar o conceito de execução “plena”, com implantação de edifícios e sua<br />
infra-estrutura de redes elétricas, de água, esgoto, águas pluviais, lógica e telefonia,<br />
sistemas de segurança, entornos, acessos principal e secundários, indispensáveis para o<br />
funcionamento de todo o conjunto edificado.<br />
7.3.2 Incorporar padrões de acessibilidade, conforme a legislação atual, desde a infraestrutura<br />
viária até as edificações.<br />
7.3.3 Incorporar uma perspectiva ambiental que compatibilize edificações e a<br />
vegetação.<br />
7.3.4 Implantar equipamentos urbanos (passarelas, estacionamentos de bicicletas e<br />
motos, pequenas praças e ambientes de vivência).<br />
7.3.5 Determinar áreas de expansão para os serviços já existentes – lanchonetes,<br />
livraria/papelaria e restaurante – junto aos principais eixos de circulação de pedestres.<br />
7.3.6 Adequar equipamentos urbanos não-conformes.<br />
7.3.7 Promover um adensamento na implantação das edificações nos campi,<br />
resguardando, porém, um índice mínimo a ser estabelecido para as áreas verdes e<br />
condições de crescimento dos departamentos construídos.<br />
7.3.8 Estabelecer, no campus de São Carlos, eixos de circulação de pedestres no sentido<br />
Leste-Oeste, incorporados nas edificações. Onde não houver essa possibilidade,<br />
implantar passarelas cobertas que proporcionem o sombreamento e proteção dos<br />
principais percursos.<br />
7.3.9 Aprimorar o sistema viário principal, com as seguintes medidas:<br />
a) aprimoramento do acesso aos campi, com monitoramento de demanda, capacidade e<br />
segurança;<br />
b) utilização, no campus de São Carlos, no curto prazo, dos acessos à Universidade pela<br />
rodovia Washington Luís, pela rodovia de Ribeirão Preto e pela rodovia Guilherme<br />
Scatena (Babilônia);<br />
c) viabilização, no campus de São Carlos, no médio e longo prazo, do acesso nas<br />
proximidades do Parque Ecológico.<br />
7.3.10 Aprimorar o sistema viário interno, com as seguintes medidas:<br />
a) implantação de vias perimetrais e vias em anéis de circulação interna, para diminuir o<br />
trânsito de veículos no interior dos campi;<br />
b) implantação de circulações de pedestres tratadas paisagisticamente, com pequenas<br />
praças e equipamentos urbanos e, quando for o caso, com cobertura;<br />
c) implantação de ciclovias ao longo das vias.<br />
12
7.4 Diretrizes gerais de edificação<br />
7.4.1 Planejar ou adaptar as edificações segundo a qualificação das atividades<br />
desenvolvidas na Universidade (desde as convencionais até as mais especializadas),<br />
possibilitando harmonizar os requerimentos da especialização do espaço com<br />
alternativas arquitetônicas e custos.<br />
7.4.2 Garantir edificações que visem um padrão de economia, conforto e durabilidade<br />
desde sua localização e projeto até o tipo de material a ser empregado, com adequação<br />
aos usos (dimensões, conforto térmico e acústico, de circulação etc.).<br />
7.4.3 Promover adensamento vertical das edificações. Para as áreas de ensino e<br />
pesquisa, o número de pavimentos deverá ser limitado a três, enquanto que, para as<br />
áreas administrativas, poderá ser maior, de acordo com as normas a serem estabelecidas.<br />
7.4.4 Integrar edifícios com sistema de circulação de pedestres.<br />
7.4.5 Otimizar o uso dos edifícios com relação a seus espaços, infra-estrutura e todos os<br />
tipos de instalações.<br />
7.4.6 Padronizar o dimensionamento de ambientes equivalentes comuns a todas as<br />
áreas.<br />
7.4.7 Padronizar as edificações complementares (como cabines para botijões de gases,<br />
ar comprimido etc.).<br />
7.5 Diretrizes operacionais<br />
7.5.1 Tratar de forma vinculada, quando da implantação de edificações, as diretrizes<br />
gerais para edificações com as diretrizes gerais para urbanização e infra-estrutura.<br />
7.5.2 Implantar sistema de avaliação e aprovação prévia pelos órgãos responsáveis pelo<br />
planejamento físico e manutenção dos projetos que impliquem reformas, adaptações nos<br />
espaços físicos e instalação de equipamentos, bem como das edificações novas.<br />
7.5.3 Garantir que todo e qualquer projeto seja elaborado de forma a contemplar todos<br />
os aspectos da infra-estrutura necessária, procurando, sempre que possível, sua total<br />
sustentabilidade. A contrapartida institucional, quando indispensável, deve ser detalhada<br />
e aprovada previamente pelos órgãos competentes.<br />
7.5.4 Garantir o conforto higrotérmico na urbanização e nas edificações, priorizando a<br />
adoção dos princípios e diretrizes de sustentabilidade ambiental.<br />
D) ESTRUTURA ORGANIZACIONAL<br />
As Diretrizes Gerais e Específicas constituem o corpo de finalidades que,<br />
consideradas nos planejamentos de gestão, sustentam a definição dos objetivos de ação<br />
e se transformam em metas ao receberem o tratamento dos cronogramas de execução e<br />
da dotação orçamentária que lhes compete, tratados a seguir.<br />
E) OBJETIVOS E METAS<br />
Como já observado, o PDI construído para UFSCar, ao longo do período 2002-<br />
2004, foi a base para a geração do Plano de Gestão da atual administração, plano este<br />
que, embora já em execução, se encontra ainda em fase de detalhamento. Há que se<br />
salientar que, na verdade, um Plano de Gestão é sempre uma “obra inacabada” no<br />
sentido de constantemente precisar passar por alterações e/ou revisões; ao se basear em<br />
expectativas sobre a realidade ele tem naturalmente que se ajustar ao que de fato<br />
acontece. Assim, mesmo a UFSCar fazendo uso de uma metodologia consagrada em<br />
13
termos planejamento estratégico para o setor público – Planejamento Estratégico<br />
Situacional – PES (Matus, 1992), é parte intrínseca desta metodologia o pressuposto da<br />
necessidade de acompanhamento e revisão das ações previstas.<br />
A construção deste plano de gestão foi feita em uma reunião de três dias em um<br />
local fora da sede da UFSCar, no início de janeiro, e envolveu toda a equipe<br />
administrativa (Reitoria, Gabinete, Pró-Reitorias, Secretarias, Coordenadorias,<br />
Assessorias, Prefeitura, Biblioteca, etc..). Para tal as Diretrizes Específicas de cada um<br />
dos aspectos referidos no item anterior foram alocadas pelos responsáveis pela<br />
condução da construção do plano a cinco Grupos de Trabalho (GT), sendo que cada um<br />
deles contemplava três temáticas específicas (T), como é apresentado a seguir.<br />
GT1 – Política de capacitação de servidores<br />
T1 – Qualificação<br />
e avaliação<br />
docente<br />
T2 – Qualificação<br />
e avaliação de<br />
Técnicos-<br />
Administrativos<br />
T3 – Promoção de<br />
qualidade de vida<br />
aos servidores<br />
4.1 Implantar política de capacitação contínua didático-pedagógica para os<br />
docentes que atuam na Universidade, permitindo-lhes o domínio de novas<br />
concepções do processo de ensino e de aprendizagem e de estratégias para o seu<br />
desenvolvimento.<br />
4.2 Incentivar a qualificação do corpo docente.<br />
4.3 Aprimorar e ampliar o processo de avaliação do desempenho docente, tendo<br />
como referência o perfil do profissional que a Universidade quer formar.<br />
4.7 Capacitar os servidores docentes e técnico-administrativos para uso de<br />
tecnologias de informação e comunicação.<br />
4.8 Desenvolver processos de capacitação para gestão institucional e de projetos.<br />
4.9 Aperfeiçoar políticas que promovam a qualidade de vida do servidor.<br />
4.4 Definir o perfil do servidor técnico-administrativo que a UFSCar deseja e<br />
necessita.<br />
4.5 Orientar os processos de seleção e ingresso, capacitação e de avaliação do<br />
desempenho dos servidores técnico-administrativos tendo como referência o perfil<br />
definido e as novas demandas da universidade contemporânea.<br />
4.6 Implantar uma política de capacitação continuada interna e integrada para os<br />
servidores técnico-administrativos.<br />
4.7 Capacitar os servidores docentes e técnico-administrativos para uso de<br />
tecnologias de informação e comunicação.<br />
4.8 Desenvolver processos de capacitação para gestão institucional e de projetos.<br />
3.4.9 Aperfeiçoar políticas que promovam a qualidade de vida do servidor.<br />
3.6.22 Planejar e buscar a garantia de infra-estrutura física, material e humana<br />
necessária à implementação da gestão social.<br />
6.24 Aprimorar o gerenciamento dos serviços de limpeza e de destinação de<br />
resíduos sólidos dos campi – autogeridos e terceirizados – atuando de forma<br />
integrada para garantir a qualidade social e ambiental.<br />
6.26 Garantir condições para o desenvolvimento de atividades que otimizem o<br />
atendimento social da comunidade universitária, por meio da integração com os<br />
departamentos afins.<br />
14
GT2 – Produção e disseminação do conhecimento<br />
T1 – Política<br />
institucional de<br />
Pesquisa<br />
T2 - Política<br />
institucional de<br />
Extensão<br />
T3 - Política<br />
institucional de<br />
Informação<br />
3.1 Definir e implementar uma política institucional de pesquisa.<br />
3.2 Incentivar a geração de pesquisas socialmente referenciadas e autônomas.<br />
3.3 Incrementar a política de incentivo e apoio aos grupos de pesquisa emergentes.<br />
3.4 Implementar uma política institucional de captação de recursos externos<br />
destinados à pesquisa.<br />
3.5 Incentivar a produção e disseminação de conhecimentos sobre o meio<br />
ambiente.<br />
3.6 Incentivar o desenvolvimento de pesquisa e extensão nas áreas de recursos<br />
naturais renováveis e não renováveis, que contribuam para a utilização de forma<br />
racional e sustentável dos mesmos.<br />
3.7 Incentivar o desenvolvimento de pesquisas em práticas agrícolas de<br />
conservação e minimização de impactos ambientais nas áreas agrícolas dos campi.<br />
3.8 Criar um fórum permanente de discussão de grandes temas ambientais, que<br />
potencialize, articule e integre as pesquisas realizadas na UFSCar.<br />
3.5 Incentivar a produção e disseminação de conhecimentos sobre o meio<br />
ambiente.<br />
3.6 Incentivar o desenvolvimento de pesquisa e extensão nas áreas de recursos<br />
naturais renováveis e não renováveis, que contribuam para a utilização de forma<br />
racional e sustentável dos mesmos.<br />
3.7 Incentivar o desenvolvimento de pesquisas em práticas agrícolas de<br />
conservação e minimização de impactos ambientais nas áreas agrícolas dos campi.<br />
3.8 Criar um fórum permanente de discussão de grandes temas ambientais, que<br />
potencialize, articule e integre as pesquisas realizadas na UFSCar.<br />
3.11.Consolidar a política de extensão vigente e expandir as atividades<br />
extensionistas.<br />
3.12 Intensificar a formação de parcerias com a sociedade e entre os diferentes<br />
setores da UFSCar.<br />
3.13 Apoiar a divulgação da produção da UFSCar.<br />
3.14 Incentivar a proposição de projetos que contribuam para a geração de<br />
emprego e renda.<br />
3.15 Fortalecer a inserção local e regional da Universidade, buscando parcerias<br />
com outras instituições públicas e privadas no desenvolvimento e apoio de ações<br />
voltadas para a sustentabilidade, relativa ao ambiente externo à UFSCar.<br />
3.16 Valorizar, consolidar e ampliar os Núcleos de Extensão e suas respectivas<br />
atividades.<br />
3.17 Promover infra-estrutura, equipamentos e pessoal para os programas de<br />
extensão, núcleos e unidades já existentes e a serem criados.<br />
3.18 Avaliar o impacto dos programas e projetos de extensão.<br />
3.19 Aprimorar a política de avaliação dos programas e projetos de extensão.<br />
3.20 Avaliar a regulamentação vigente para as atividades de extensão.<br />
3.23 Valorizar a produção artística como atividade acadêmica.<br />
3.5 Incentivar a produção e disseminação de conhecimentos sobre o meio<br />
ambiente.<br />
3.13 Apoiar a divulgação da produção da UFSCar.<br />
6.15 Avaliar constantemente a Política de Informática da Universidade, com ampla<br />
participação da comunidade.<br />
3.21 Garantir e intensificar o caráter inovador da Biblioteca Comunitária,<br />
considerando seu interesse social para a cidade de São Carlos e região.<br />
3.22 Aprimorar o papel da Editora da UFSCar como canal efetivo para a<br />
divulgação do conhecimento produzido na instituição.<br />
15
GT3 – Formação, ampliação, acesso e permanência<br />
T1-Formação da<br />
Graduação e Pós-<br />
Graduação<br />
T2– Avaliação,<br />
processo seletivo e<br />
ações afirmativas<br />
T3–Expansão,<br />
educação a<br />
distância e<br />
educação<br />
continuada<br />
1.2 Promover condições para o trabalho interdisciplinar em ensino, pesquisa e<br />
extensão na UFSCar, intra e inter cursos, grupos, redes e projetos.<br />
1.3 Implantar procedimentos facilitadores da integração entre ensino, pesquisa e<br />
extensão.<br />
1.4 Criar oportunidades para que todas as atividades de cunho acadêmico<br />
desenvolvidas pelo aluno ao longo de seu curso sejam incorporadas como<br />
atividades curriculares.<br />
1.6 Promover a ampla reformulação dos cursos de graduação para que seus<br />
currículos garantam as qualificações profissionais, científicas, técnicas,<br />
filosóficas, éticas e político-sociais previstas no “Perfil do Profissional a ser<br />
formado na UFSCar”.<br />
1.8 Expandir a oferta de cursos interdisciplinares de graduação e pós-graduação.<br />
1.9 Definir o perfil do profissional a ser formado pela pós-graduação da UFSCar.<br />
1.10 Definir e implementar uma política institucional de formação na pósgraduação,<br />
considerando todas as modalidades contemporâneas.<br />
1.15 Promover o equilíbrio entre a formação científica, a formação docente e a<br />
formação gerencial nos cursos de pós-graduação.<br />
1.20 Incentivar, apoiar e priorizar atividades de ensino, pesquisa e extensão<br />
voltadas para a sustentabilidade ambiental em seus aspectos mais amplos.<br />
1.21 Incluir nos currículos conceitos e práticas voltadas para o meio ambiente.<br />
1.7 Estabelecer e implementar uma política de avaliação permanente da formação<br />
propiciada pelos cursos de graduação, reformulando seus projetos pedagógicos<br />
sempre que necessário.<br />
1.12 Implantar um processo institucional de avaliação da pós-graduação da<br />
UFSCar.<br />
1.14 Avaliar o impacto das atividades realizadas pela pós-graduação nos cursos de<br />
graduação.<br />
1.16 Rever os requisitos para o acesso aos diferentes níveis e os prazos de<br />
conclusão da formação na pós-graduação.<br />
2.1 Desenvolver e apoiar ações que ampliem as oportunidades de acesso e<br />
permanência dos estudantes na Universidade e contribuam com o enfrentamento<br />
da exclusão social.<br />
2.6 Aperfeiçoar o processo de seleção de alunos para os cursos de graduação, em<br />
consonância com o perfil dos cursos e do profissional que se quer formar.<br />
2.7 Ampliar e aperfeiçoar programas de apoio aos alunos de graduação e pósgraduação.<br />
2.10 Buscar a garantia da permanência de estudantes sem condições financeiras na<br />
Universidade, através de políticas e infra-estrutura que atendam a toda a demanda.<br />
1.8 Expandir a oferta de cursos interdisciplinares de graduação e pós-graduação.<br />
1.11 Expandir, diversificar e inovar a oferta de cursos de pós-graduação.<br />
1.17 Definir e implementar uma política de educação continuada na UFSCar.<br />
1.18 Definir e implementar uma política para ensino a distância na UFSCar.<br />
1.19 Ampliar a oferta de cursos e o número de vagas nos cursos de extensão.<br />
1.20 Incentivar, apoiar e priorizar atividades de ensino, pesquisa e extensão<br />
voltadas para a sustentabilidade ambiental em seus aspectos mais amplos.<br />
2.2 Ampliar de forma planejada e sustentável o número de vagas e cursos de<br />
graduação, pós-graduação e extensão, em consonância com o projeto acadêmico, a<br />
excelência e o caráter inovador dos cursos da UFSCar.<br />
2.3 Priorizar a ampliação dos cursos de formação e atualização de professores.<br />
2.4 Buscar o pleno aproveitamento da capacidade já instalada na UFSCar na<br />
ampliação<br />
2.8 Priorizar a ampliação dos cursos noturnos.<br />
16
GT4 – Organização e gestão<br />
T1 – Processos<br />
decisórios<br />
participativos<br />
T2 – Aperfeiçoamento<br />
dos<br />
processos<br />
administrativos<br />
T3 – Condições<br />
infra-estruturais<br />
para atividades<br />
acadêmicas e<br />
administrativas<br />
6.1 Incentivar a participação e o compromisso da comunidade na definição e<br />
implementação de políticas institucionais.<br />
6.6 Assegurar ampla participação nas decisões e transparência no manejo dos<br />
recursos da Universidade (orçamento, captação, distribuição e execução).<br />
6.9 Aprimorar os critérios de distribuição de recursos, visando o aperfeiçoamento<br />
de políticas institucionais de apoio a programas, cursos e áreas de conhecimento.<br />
6.11 Aperfeiçoar critérios para a alocação de vagas de docentes, permitindo a<br />
implementação de políticas institucionais de apoio a cursos e áreas do<br />
conhecimento.<br />
6.2 Gerir de forma integrada as atividades acadêmicas e de apoio como parte dos<br />
processos de formação profissional, construção e difusão do conhecimento.<br />
6.3 Estimular, valorizar e fortalecer as funções administrativas de modo a<br />
promover a qualidade nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.<br />
6.4 Garantir a clareza das atribuições das funções de apoio e permitir a<br />
descentralização da capacidade de decisão.<br />
6.5 Aperfeiçoar processos administrativos buscando agilidade, eficiência e<br />
economia de recursos.<br />
6.8 Buscar novas formas de captação de recursos para a Universidade, em<br />
consonância com seu caráter público e com a democratização do acesso.<br />
6.10 Promover o acompanhamento, avaliação e melhoria permanente do trabalho<br />
de apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão, de forma a sustentar o<br />
projeto acadêmico da Universidade.<br />
6.12 Gerir os campi de forma integrada e equilibrada nas áreas acadêmica e<br />
administrativa.<br />
6.13 Planejar e garantir a infra-estrutura física, material e de pessoal de apoio às<br />
atividades de gestão.<br />
6.14 Promover a segurança no trabalho e a saúde ocupacional dos servidores da<br />
UFSCar.<br />
6.7 Reavaliar o papel da FAI no apoio às atividades da UFSCar.<br />
6.15 Avaliar constantemente a Política de Informática da Universidade, com<br />
ampla participação da comunidade.<br />
6.22 Planejar e buscar a garantia de infra-estrutura física, material e humana<br />
necessária à implementação da gestão social.<br />
GT5 – Ambiente adequado e desenvolvimento físico<br />
T1– Expansão e<br />
ocupação dos<br />
campi<br />
5.1 Expandir a área urbana dos campi, garantindo espaço adequado para as<br />
atividades desenvolvidas e a serem criadas.<br />
5.2 Garantir adequação e padronização dos sistemas construtivos, em função das<br />
especificidades de uso e da otimização de recursos para construção e manutenção<br />
das instalações da UFSCar.<br />
5.3 Gerenciar as ações de expansão física, a fim de evitar construções<br />
improvisadas e/ou com impactos negativos na harmonia do ambiente urbano e na<br />
qualidade de vida nos campi.<br />
5.4 Gerenciar a ocupação e o uso das edificações, de acordo com normas<br />
previamente estabelecidas.<br />
7.1.1 Compatibilizar a necessidade de destinar áreas para a expansão urbana dos<br />
campi, em função das demandas acadêmicas de médio e longo prazos, com a<br />
preservação das áreas existentes com vegetação nativa ou em regeneração e<br />
aquelas com potencial paisagístico.<br />
7.1.2 Promover o adensamento dos campi, de modo a diminuir o impacto da<br />
expansão urbana e proporcionar maior “urbanidade” para o espaço construído,<br />
oferecendo à comunidade maiores possibilidades de convivência.<br />
7.1.3 Garantir áreas reservadas para o crescimento das unidades e para a<br />
implantação de parques e jardins.<br />
7.1.4 Compatibilizar a expansão urbana com a preservação de área para expansão<br />
das Áreas de Reserva Legal (ARL).<br />
7.1.5 Proporcionar um ambiente urbano rico e diversificado em suas edificações.<br />
7.1.6 Implantar zoneamento do campus de São Carlos, com as seguintes medidas:<br />
a) implantação de ações de expansão física em São Carlos no sentido Norte, com<br />
17
T2 – Uso e<br />
manejo<br />
ambientalmente<br />
adequados<br />
T3 – Criação dos<br />
espaços urbanos<br />
ocupação do extremo norte do campus;<br />
b) criação do “corredor de cerrado” (na expansão), ampliando a Área de Reserva<br />
Legal e proporcionando a interligação no sentido Leste-Oeste entre as duas áreas<br />
de Reserva (deixando apenas passagens ecologicamente cuidadas para veículos e<br />
pedestres);<br />
c) implantação, a médio e longo prazos, de todas as áreas acadêmicas no setor<br />
Norte do campus, para possibilitar uma maior interação entre elas e facilitar<br />
deslocamentos;<br />
d) transferência, no curto prazo, de todos os setores da área de Saúde para a Área<br />
Norte, mantendo o CCET e os setores ligados à área de ciências biológicas do<br />
CCBS nos locais atuais, preservando condições de crescimento; manter a<br />
Educação Física na Área Sul, enquanto não estiverem estabelecidas, na área de<br />
expansão norte, as condições necessárias para suas atividades didáticas.<br />
5.5 Promover o uso, a ocupação e o manejo ambientalmente adequados dos campi,<br />
em suas áreas urbanizadas, agrícolas e de preservação.<br />
5.6 Cumprir a legislação ambiental em todos os seus níveis, realizando, sempre<br />
que possível, ações que não se restrinjam aos limites mínimos previstos nos<br />
requisitos legais.<br />
6.16 Promover a ambientalização da gestão institucional.<br />
6.17 Dotar de estrutura adequada a gestão ambiental dos campi, com órgãos<br />
aparelhados e profissionais capacitados.<br />
6.18 Reavaliar o papel da Coordenadoria Especial para o Meio Ambiente<br />
(CEMA).<br />
6.19 Ampliar e aprimorar a utilização racional e sustentável dos recursos naturais<br />
renováveis e não renováveis, buscando implementar inovações.<br />
6.20 Elaborar procedimentos ambientais que orientem licitações e concessões,<br />
visando a redução da utilização de recursos e da geração de resíduos.<br />
6.21 Consolidar política de redução, destinação e tratamento adequado de resíduos<br />
potencialmente perigosos.<br />
6.24 Aprimorar o gerenciamento dos serviços de limpeza e de destinação de<br />
resíduos sólidos dos campi – autogeridos e terceirizados – atuando de forma<br />
integrada para garantir a qualidade social e ambiental.<br />
6.25 Promover a integração e a melhoria da qualidade de vida da comunidade<br />
universitária.<br />
7.2.1 Manter um índice mínimo de área verde de 30m 2 por habitante (mais que o<br />
dobro do recomendado pela ONU para áreas urbanas).<br />
7.2.2 Preservar os fragmentos de vegetação nativa, ainda que as áreas urbanizadas<br />
possam ter vegetação exótica.<br />
7.2.3 Elaborar um Plano de Arborização para as áreas urbanizadas,<br />
preferencialmente com o uso de espécies nativas e frutíferas, para a atração de<br />
pássaros e pequenos animais.<br />
7.2.4 Incentivar o uso de transporte coletivo para o acesso às áreas urbanizadas<br />
dos campi, com o objetivo de diminuir o fluxo de automóveis e a crescente<br />
demanda por estacionamentos.<br />
7.2.5 Implantar sistema de gestão eficiente de resíduos urbanos, encaminhando os<br />
resíduos sólidos para reciclagem e, futuramente, as águas residuárias a uma<br />
estação de tratamento própria, caso necessário.<br />
7.2.6 Manter a remoção de resíduos sólidos e varrição adequadas nas áreas<br />
urbanizadas.<br />
7.2.7 Implementar programas de racionalização/redução do uso de energia, de<br />
água e de demais insumos/materiais, principalmente os não renováveis.<br />
5.7 Criar espaços urbanos com maiores possibilidades de interação e convívio.<br />
5.8 Promover o adensamento dos campi, aproveitando melhor as áreas urbanas,<br />
respeitando as especificidades das áreas de conhecimento, sem comprometer a<br />
estética, a qualidade de vida e integrando edificações à natureza.<br />
5.9 Promover a ambientalização dos espaços coletivos de convivência.<br />
5.10 Manter um elevado índice per capita de área verde nas áreas urbanas.<br />
5.11 Investir na valorização do pedestre, do uso de bicicletas e de transporte<br />
coletivo.<br />
5.12 Garantir plenas condições de acessibilidade nos campi a pessoas portadoras<br />
18
de necessidades especiais.<br />
5.13 Buscar ambiente adequado e qualidade de vida nos campi durante todo o<br />
horário de funcionamento.<br />
5.14 Aprimorar sistemas de acesso aos campi, facilitando e organizando o fluxo da<br />
comunidade e promovendo a segurança patrimonial e pessoal.<br />
5.15 Propiciar condições adequadas de conforto, qualidade de trabalho,<br />
convivência e lazer de toda a comunidade universitária.<br />
7.2.8 Criar “Parques Urbanos”, que serão ocupados predominantemente por áreas<br />
verdes, mas que poderão abrigar equipamentos urbanos de lazer e esportivos,<br />
prevendo-se medidas claras de segurança, particularmente em finais de semana.<br />
7.3.1 Incorporar o conceito de execução “plena”, com implantação de edifícios e<br />
sua infra-estrutura de redes elétricas, de água, esgoto, águas pluviais, lógica e<br />
telefonia, sistemas de segurança, entornos, acessos principal e secundários,<br />
indispensáveis para o funcionamento de todo o conjunto edificado.<br />
7.3.2 Incorporar padrões de acessibilidade, conforme a legislação atual, desde a<br />
infra-estrutura viária até as edificações.<br />
7.3.3 Incorporar uma perspectiva ambiental que compatibilize edificações e a<br />
vegetação.<br />
7.3.4 Implantar equipamentos urbanos (passarelas, estacionamentos de bicicletas e<br />
motos, pequenas praças e ambientes de vivência).<br />
7.3.5 Determinar áreas de expansão para os serviços já existentes – lanchonetes,<br />
livraria/papelaria e restaurante – junto aos principais eixos de circulação de<br />
pedestres.<br />
7.3.6 Adequar equipamentos urbanos não-conformes.<br />
7.3.7 Promover um adensamento na implantação das edificações nos campi,<br />
resguardando, porém, um índice mínimo a ser estabelecido para as áreas verdes e<br />
condições de crescimento dos departamentos construídos.<br />
7.3.8 Estabelecer, no campus de São Carlos, eixos de circulação de pedestres no<br />
sentido Leste-Oeste, incorporados nas edificações. Onde não houver essa<br />
possibilidade, implantar passarelas cobertas que proporcionem o sombreamento e<br />
proteção dos principais percursos.<br />
7.3.9 Aprimorar o sistema viário principal, com as seguintes medidas:<br />
• aprimoramento do acesso aos campi, com monitoramento de demanda,<br />
capacidade e segurança;<br />
• utilização, no campus de São Carlos, no curto prazo, dos acessos à<br />
Universidade pela rodovia Washington Luís, pela rodovia de Ribeirão<br />
Preto e pela rodovia Guilherme Scatena (Babilônia);<br />
• viabilização, no campus de São Carlos, no médio e longo prazo, do<br />
acesso nas proximidades do Parque Ecológico.<br />
7.3.10 Aprimorar o sistema viário interno, com as seguintes medidas:<br />
• implantação de vias perimetrais e vias em anéis de circulação interna,<br />
para diminuir o trânsito de veículos nos campi;<br />
• implantação de circulações de pedestres tratadas paisagisticamente, com<br />
pequenas praças e equipamentos urbanos e, quando for o caso, com<br />
cobertura;<br />
• implantação de ciclovias ao longo das vias.<br />
Observação: o item 7.5 Diretrizes operacionais atende os três grupos deste tema.<br />
7.5.1 Tratar de forma vinculada, quando da implantação de edificações, as diretrizes gerais para<br />
edificações com as diretrizes gerais para urbanização e infra-estrutura.<br />
7.5.2 Implantar sistema de avaliação e aprovação prévia pelos órgãos responsáveis pelo planejamento<br />
físico e manutenção dos projetos que impliquem reformas, adaptações nos espaços físicos e instalação<br />
de equipamentos, bem como das edificações novas.<br />
7.5.3 Garantir que todo e qualquer projeto seja elaborado de forma a contemplar todos os aspectos da<br />
infra-estrutura necessária, procurando, sempre que possível, sua total sustentabilidade. A contrapartida<br />
institucional, quando indispensável, deve ser detalhada e aprovada previamente pelos órgãos<br />
competentes.<br />
7.5.4 Garantir o conforto higrotérmico na urbanização e nas edificações, priorizando a adoção dos<br />
princípios e diretrizes de sustentabilidade ambiental.<br />
19
Para cada Grupo de Trabalho, a equipe administrativa foi subdividida em três<br />
sub-grupos, compostos por cerca de oito pessoas, que trataram, cada um deles, de uma<br />
das três temáticas, identificando e construindo as ações que fariam com que aquelas<br />
Diretrizes pudessem ser alcançadas. O tempo alocado para esta atividade foi de cerca de<br />
uma hora. Trabalhou-se nestes grupos com facilitadores que utilizaram a “técnica de<br />
cartões” e da “árvore de problemas” sugerida pelo PES.<br />
Em seguida, os resultados obtidos pelo grupo que tratou da temática 1 foram<br />
repassados ao segundo, os do segundo para o terceiro, e os do terceiro para o primeiro.<br />
E, após cerca de meia hora, uma nova troca foi realizada, de forma que toda a equipe<br />
pudesse participar da discussão de todas as temáticas. Nestas etapas os grupos poderiam<br />
acrescentar novos elementos ao que já tinha sido discutido, mas nunca retirar (no<br />
máximo propor a retirada), pois o conjunto de resultados era então submetido a uma<br />
plenária, envolvendo toda a equipe administrativa, para que de uma forma consensual as<br />
opções dos caminhos a serem trilhados fossem feitas. Feitas as opções, prioridades eram<br />
ainda atribuídas às operações (conjunto de ações sobre um determinado tema), por meio<br />
de um processo de votação.<br />
Este procedimento se repetiu para todos os Grupos de Trabalho resultando em<br />
um rico material acerca de cada temática, em termos de propostas de ação. Este material<br />
foi então trabalhado com o objetivo de se obter as operações necessárias ao plano, com<br />
respectivos responsáveis, prazos, recursos e indicadores de evolução, conforme<br />
metodologia PES.<br />
Nas páginas a seguir são apresentadas as tabelas de ações do plano de gestão<br />
2004-2008. Estas tabelas ressentem-se ainda do estabelecimento dos prazos, recursos e<br />
indicadores de evolução, bem como do detalhamento de algumas ações, que deverão<br />
serão estabelecidos até o final de setembro. Isto não significa, no entanto, que o plano<br />
não esteja em andamento. Na verdade, quando a nova equipe administrativa assumiu no<br />
final de outubro de 2004 foi desenvolvido um plano contemplando as atividades<br />
prioritárias de cada setor, plano este já incluído nas tabelas abaixo, que vêm sendo<br />
implementadas pelos gestores responsáveis. Este período, inclusive, permite que cada<br />
gestor tendo um maior envolvimento com as ações previstas tenha melhores condições<br />
para o estabelecimento de um detalhamento mais adequado das ações bem como dos<br />
prazos, recurso e indicadores necessários.<br />
20
EIXO 1 - POLÍTICA DE CAPACITAÇÃO DOS SERVIDORES<br />
OP 1 - Qualificação e Avaliação Docente<br />
Prior<br />
Resp. Prazo Recursos Indicadores<br />
ProGrad<br />
Propiciar a melhoria da qualificação do corpo docente 2<br />
Realizar oficinas sobre novos projetos pedagógicos, garantindo a participação de<br />
docente das disciplinas básicas<br />
Promover eventos, debates, espaços para capacitação docente para<br />
interdisciplinaridade<br />
Avaliar e implantar a revisão do Nexos<br />
Criar condições para implementação e emprego de novas tecnologias<br />
Incentivar a troca de experiências entre docentes de diferentes instituições<br />
nacionais e internacionais<br />
Ofertar cursos, palestras... de capacitação gerencial às chefias e coordenações<br />
(assessoria permanente)<br />
Estimular a capacitação dos professores sem doutorado<br />
Avaliar o desempenho docente 3<br />
Aprimorar noção de “produção” (e, p,ex) docente da UFSCar<br />
Implantar projeto de avaliação docente<br />
OP 2 - Qualificação de Tas Vice-Reitoria<br />
Contratar assessoria para elaborar o plano de gestão de RH 1<br />
Contratar equipe especializada: elaborar projeto<br />
Implantar um sistema de aprimoramento contínuo dos servidores. 4<br />
Trabalhar com o perfil do profissional a ser formado na UFSCar com todos os<br />
servidores<br />
Definir perfil dos TAs que a UFSCar necessita (Elaborar documento<br />
explicitando os perfis)<br />
Elaborar metodologia para capacitação e avaliação dos ingressantes<br />
Elaborar programa para capacitação e avaliação continuada dos TAs<br />
Reorientar o processo seletivo<br />
Elaborar programa de inclusão digital que contemple os diferentes grupos de<br />
TAs.<br />
21
OP 3 - Promoção de Qualidade de Vida dos Servidores ProEx<br />
Implantar comissão de qualidade de vida<br />
Mapear o potencial dos departamentos acadêmicos e setores para atendimento às<br />
necessidades relativas à qualidade de vida: linhas de pesquisa, extensão,<br />
programas<br />
Avaliar e propor ações visando à melhoria da qualidade de vida na UFSCar<br />
Plano de saúde: fazer gestões junto ao MEC<br />
Ampliar ações para melhoria da saúde ocupacional<br />
Implantar programa de saúde ocupacional<br />
Dar continuidade à implantação de espaços de convivência nos campi.<br />
Avaliar e aperfeiçoar os contratos para terceirização, do ponto de vista da<br />
qualidade social<br />
Realizar eventos sistemáticos visando à promoção social do servidor e de<br />
valorização do aposentado<br />
Instituir Programa de Difusão de Talentos e Conhecimentos Populares<br />
Instituir Programa de Socialização do Servidor: cursos, “festa” aniversário do<br />
mês, festas junina e natalina. (Presentear aniversariante)<br />
4<br />
4<br />
5<br />
22
EIXO 2 - PRODUÇÃO E DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO<br />
OP 1 - Política Institucional de Pesquisa<br />
Prior<br />
Resp.<br />
ProPGP<br />
Instituir ações de fomento a qualidade ambiental<br />
Incentivar a incorporação de questões ambientais nas atividades desenvolvidas<br />
particularmente nos cursos de graduação<br />
Criar um sítio sobre meio ambiente<br />
Gerar e implementar em cada laboratório um plano de minimização de impacto<br />
ambiental, definindo sistemática de trabalho desde o aluno até o docente<br />
Promover ações concretas junto à comunidade para práticas voltadas à<br />
preservação ambiental: avaliar, dar continuidade<br />
Rever critérios de exploração área agrícola<br />
9<br />
Implantar política institucional de pesquisa<br />
Implantar a pró-reitoria de pesquisa<br />
Implantar ações pró-ativas em pesquisa<br />
Definir requisitos mínimos para caracterizar um grupo de pesquisa<br />
Desenvolver ações facilitadoras para a captação de recursos para projetos<br />
Ampliar programa de apoio ao recém doutor/contratado<br />
Fomentar a cooperação interinstitucional entre grupos de pesquisa<br />
Implementar programa de apoio aos grupos de pesquisa emergentes por meio de<br />
editais<br />
2<br />
OP 2 - Política Institucional de Extensão ProEx<br />
Criar espaços interdisciplinares de integração E,P,Ex<br />
1<br />
(USE, Núcleo de Formação de Professores, Incubadora)<br />
Reforçar os trabalhos dos Núcleos como potencializadores (Centro de Políticas<br />
Públicas, Tecnologias Sociais, Núcleo de meio ambiente)<br />
Promover a avaliação dos Núcleos de extensão (ação já iniciada)<br />
Avaliar impacto dos programas e projetos de extensão 10<br />
Definir uma política de extensão na área da saúde<br />
Rever a regulamentação das atividades de extensão<br />
Prazo Recursos Indicadores<br />
23
Implantar política de gestão tecnológica 6<br />
Estudar a implantação de um Escritório de Inovação Tecnológica<br />
Incentivar a criação de empresas a partir de conhecimentos gerados<br />
Ampliar a abrangência da política de propriedade intelectual<br />
Ampliar ações de apoio ao empreendedorismo<br />
Analisar a criação de um programa de incubação de empresas nascentes<br />
Viabilizar o licenciamento de patentes<br />
Expandir as políticas de disseminação da produção científica 3<br />
Incentivar /apoiar iniciativas e formas de popularização da produção científica<br />
Implantar ações de divulgação da produção da UFSCar<br />
Incentivar a participação da comunidade da UFSCar em órgãos colegiados<br />
externos<br />
Definir política para funcionamento do telecentro<br />
Expandir a atuação e difusão artístico-cultural 10<br />
Ampliar projetos artístico-culturais da CEC<br />
Buscar parcerias para financiamento junto a setores públicos e privados<br />
Implantar sala de cinema na UFSCar<br />
Articular as diferentes iniciativas já promovidas pelos diferentes setores,<br />
buscando a otimização de esforços e recursos<br />
OP 3 - Política Institucional de Informação CCS<br />
Aprimorar a atuação da Editora 10<br />
Incentivar a publicação da série Apontamentos<br />
Apoiar/incentivar a publicação de livros de docentes da UFSCar<br />
Ampliar as oportunidades de divulgação da Editora e seus produtos<br />
Aperfeiçoar a interface entre Editora e Departamento de Produção Gráfica<br />
Implantar rádio e tv 8<br />
Aprimorar os serviços prestados pelo sistema de bibliotecas da UFSCar 5<br />
Ampliar a atuação da BCo junto à comunidade externa<br />
Incentivar a criação e divulgação de conteúdo digital (cursos, livros, apostilas,<br />
revistas...)<br />
Realizar avaliação e seleção de acervo<br />
Incrementar Programa de Incentivo à Leitura<br />
Incrementar o sistema automatizado<br />
Reprojetar espaços interdisciplinares, de estudo em grupo<br />
Definir sistemática de empréstimo de material especial<br />
24
Definir o caráter das bibliotecas dos outros campi<br />
Implantar Biblioteca de Sorocaba<br />
Atuar junto aos docentes visando ampliar participação da biblioteca no<br />
processo ensino-aprendizagem<br />
Aprimorar e ampliar os serviços de divulgação de informações sobre a<br />
UFSCar.<br />
Criar home-page “básica” da UFSCar em inglês e espanhol<br />
Criar condições para que as unidades elaborem e alimentem suas páginas<br />
contidas no portal<br />
Implantar boletim eletrônico que atinja ex-alunos<br />
Divulgar relações internacionais da UFSCar<br />
Divulgar ações exitosas das unidades da UFSCar<br />
Aprimorar os serviços de divulgação institucional da UFSCar<br />
7<br />
25
EIXO 3 - FORMAÇÃO, AMPLIAÇÃO, ACESSO E<br />
PERMANÊNCIA<br />
OP 1 - Formação da Graduação e da Pós-graduação<br />
Prior<br />
Resp. Prazo Recursos Indicadores<br />
ProPGP<br />
Aprimorar a formação de graduandos e pós-graduandos 1<br />
Montar / implementar estratégias para conclusão das Reformas Curriculares<br />
(alcançando 100%).<br />
Reapresentar editais para projetos de laboratórios de ensino de graduação<br />
Implementar ações para valorização das ACIEPES<br />
Projetar unidades inter e transdiciplinares, integrando ensino, pesquisa e<br />
extensão (pós e grad)<br />
Incluir no projeto pedagógico dos cursos a análise sobre o impacto ambiental das<br />
atividades curriculares<br />
Criar Edital para Projetos de Ensino-aprendizagem inovadores (grad e pós)<br />
Montar grupo para elaboração do perfil do Pós-Graduando stricto e lato sensu<br />
Promover o debate sobre a oferta de Mestrado Profissionalizante<br />
Implantar o ProPGWeb<br />
Incentivar a parceria UFSCar/USP-S.Carlos<br />
OP 2 - Avaliação, Processo Seletivo e Ações Afirmativas CPA<br />
Implantar a CPA 0<br />
Avaliar a formação da graduação e da pós-graduação 1<br />
Fazer a avaliação institucional da Graduação<br />
Fazer a avaliação institucional da Pós-Graduação considerando o perfil dos<br />
egressos (a ser definido), os Relatórios CAPES, a Política de Pesquisa e o<br />
impacto sobre a graduação.<br />
Implantar a estrutura e sistemática de relação e comunicação com egressos (em<br />
todos os níveis)<br />
26
Avaliar processo seletivo e de acesso à graduação e pós-graduação e 3<br />
possibilidades de mudança<br />
Constituir Comissão Vestibular na ProGrad<br />
Avaliar resultados dos processos seletivos da pós-graduação: endogenia,<br />
eqüidade de acesso, qualidade.<br />
Ampliar política de ações afirmativas 2<br />
Garantir que até o final de <strong>2005</strong> a UFSCar tenha um posicionamento sobre cotas<br />
Garantir que a UFSCar se posicione sobre ações afirmativas até 2006<br />
Ampliar políticas e infra-estrutura para permanência do estudante sem condições<br />
financeiras<br />
OP 3 - Expansão, Educação Continuada e Educação a Distância<br />
Definir política integrada para expansão da formação de grad, pós e 0<br />
extensão<br />
Mapear e analisar a situação da UFSCar em Educação Continuada<br />
Rever/analisar possibilidades de expansão dos cursos de pós-graduação<br />
Constituir GT para planejar a expansão da graduação<br />
Equalizar as demandas externa e interna e o potencial de oferta de cursos<br />
propostos pela UFSCar e avaliar a possibilidade/ potencial de atendimento às<br />
propostas de expansão<br />
Atuar politicamente para a reposição e expansão do quadro de servidores<br />
Implantar os cursos de Sorocaba e de medicina atendendo demanda externa<br />
Implantar ações em EAD 4<br />
Definir política de EAD para a UFSCar<br />
Ampliar a estrutura de suporte à criação e difusão em larga escala de cursos de<br />
EAD<br />
Apoiar a migração gradual de sistema proprietário de gerenciamento do<br />
aprendizado para software livre<br />
Ampliar ações para o uso da estrutura de EAD já existente na UFSCar<br />
Ampliar número de disciplinas de graduação que empreguem tecnologia de EAD<br />
(~20%)<br />
ProGrad<br />
27
EIXO 4 - ORGANIZAÇÃO E GESTÃO<br />
OP 1 - Processos Decisórios Participativos<br />
Intensificar contato com a comunidade 7<br />
Intensificar reuniões com chefes e coordenadores (graduação e pós) sobre temas<br />
de interesse da comunidade.<br />
Visitar deptos, câmaras e conselhos<br />
Demandar posicionamentos sobre temas de interesse geral dos departamentos e<br />
coordenações<br />
Garantir o acesso da comunidade à informação<br />
Realizar reuniões abertas com estudantes<br />
Aprimorar processo de integração de novos servidores na universidade<br />
Realizar reuniões abertas com servidores<br />
Rever coletivamente modelos de alocação de Recursos 8<br />
Reavaliar Programas Especiais apoiados com RP<br />
Rever o modelo de distribuição interna de verbas do tesouro<br />
Rever modelos de alocação de vagas docentes<br />
Disponibilizar informações atualizadas e detalhadas sobre recursos<br />
orçamentários recebidos e repassados<br />
Captar e disponibilizar dados sobre projetos com financiamento externo<br />
OP 2 - Aperfeiçoar Processos Administrativos<br />
Reestruturar setores administrativos e aprimorar os fluxos e procedimentos 2<br />
Efetuar o mapeamento dos processos e procedimentos administrativos e avaliar e<br />
aperfeiçoar fluxos<br />
Prior<br />
Resp.<br />
Vice-Reitoria<br />
ProAd<br />
Prazo Recursos Indicadores<br />
28
OP 3 - Condições Infra-estruturais para atividades acadêmicas e<br />
administrativas<br />
Ampliar o suporte computacional para as atividades acadêmicas e<br />
administrativas<br />
Avaliar, para aperfeiçoar, a Política de Informática<br />
Criar normas e padrões para o desenvolvimento de software para a UFSCar por<br />
empresas terceirizadas<br />
Criar a INTRANET (compartilhamento de documentos, informações de interesse<br />
apenas da UFSCar...)<br />
Aperfeiçoar o funcionamento dos LIGs, revendo sua organização<br />
Atender as necessidades da USE quanto aos Sistemas e conexão com SUS e<br />
Ministério da Saúde<br />
Criar lista de endereços eletrônicos de todos docentes, funcionários e alunos<br />
(rever estrutura de endereços: power, iris, etc)<br />
Ampliar captação de recursos 3<br />
Captar recursos via Emendas<br />
Melhorar o índice da UFSCar frente à matriz orçamentária<br />
Aprimorar os serviços do depto de registro de diplomas<br />
Otimizar a rentabilidade da exploração econômica da área rural e demais áreas<br />
locáveis<br />
Rediscutir e redefinir o papel das FGs e CDs 9<br />
Fazer gestões para aumentar o nº de CDs e FGs e seus valores<br />
Rever papel das CDs e FGs<br />
Recompor e otimizar o quadro de servidores 0<br />
Fazer gestões para ampliar o quadro de técnico-administrativos<br />
Fazer gestões para ampliar o quadro de docentes<br />
Rever dimensionamento de setores acadêmicos e administrativos<br />
1<br />
Garantir condições infra-estruturais para atividades acadêmicas<br />
Avaliar e aprimorar o espaço físico da BCo em consonância com as novas<br />
demandas das atividades/práticas de ensino<br />
Melhorar/Reestruturar espaços físicos dos Núcleos, INCOOP, Cursinho e LIGs<br />
Conceber novos espaços físicos em consonância c/ o perfil do profissional e<br />
4<br />
ProAd<br />
29
diversidade das práticas de ensino<br />
Reavaliar o funcionamento das salas de apoio ao ensino de grad (Ats)<br />
Dar continuidade às melhorias das salas de aula em consonância c/ as exigências<br />
dos projetos pedagógicos e práticas de ensino<br />
Viabilizar o uso de equipamentos armazenados<br />
Concluir os módulos administrativos do UFSCar WEB 6<br />
Concluir ProAD e ProEx WEB<br />
Implantar módulo gerencial do UFSCar web<br />
Melhorar as infra-estruturas física e material para gestão social 7<br />
Melhorar a infra-estrutura física do DeAMO e Serviço Social;<br />
Decidir sobre o proceso de ampliação da urbanidade no módulo 1 da moradia<br />
Concluir a urbanização dos módulos 3, 4, 5 e 6 da Moradia Estudantil<br />
Construir espaço cultural DCE<br />
Aprimorar o funcionamento da FAI 5<br />
Reavaliar o papel da FAI (À luz da Reforma Universitária, da lei de inovação e<br />
do PDI)<br />
Implantar Programa de Melhoria da Qualidade : diagnóstico, análise,<br />
implantação<br />
Intensificar ações visando a ampliação da captação de recursos<br />
Construir sede própria para a FAI<br />
30
EIXO 5 - AMBIENTE ADEQUADO E DESENVOLVIMENTO<br />
FÍSICO<br />
OP 1 - Expansão e Ocupação dos Campi<br />
Normatizar as orientações contidas no PDI referentes aos Sistemas<br />
Construtivos<br />
Definir e Implementar ações que garantam a ocupação e uso de espaços de<br />
acordo com a Normatização (Normatizar uso de espaços p/ comercialização e<br />
divulgação)<br />
Elaborar padrão Construtivo, conforme diretriz do PDI de harmonia e<br />
diversidade urbana<br />
Implementar medidas para aperfeiçoamento da expansão e ocupação dos<br />
campi<br />
Aperfeiçoar Interação do EDF, PU e CEMA com seus usuários e demais<br />
Unidades afetadas pelas obras<br />
Atualizar Cadastro Físico dos Campi<br />
Buscar novas alternativas para melhoria higrotérmica dos edifícios<br />
Implantar Infra e Urbanização Mínima antes da construção de novos Edifícios<br />
Garantir condições materiais e humanas para a produção de edificação e infraestrutura<br />
(projeto, fiscalização e construção).<br />
Criar condições físicas para Expansão do Campus de Araras<br />
Elaborar plano de expansão física para o campus de São Carlos<br />
Ampliar a capacidade da UFSCar de gerar e implantar projetos 3<br />
Implantar a gerência matricial para processos especiais.<br />
Manter equipe permanente no EDF para possibilitar elaboração prévia de<br />
projetos.<br />
Estabelecer Contratos Anuais com Empresas de Prestação de Serviços em<br />
Topografia e Projetos em geral<br />
Prior<br />
Resp.<br />
EDF<br />
Prazo Recursos Indicadores<br />
31
Adotar medidas imediatas em relação à Área de Expansão Norte<br />
Elaborar projeto de expansão da AEN<br />
Definir prioridades da urbanização (acesso, serviços) da área de expansão<br />
Estudar a criação de um parque anexo à AEN, como transição às áreas de<br />
preservação<br />
Implantar e/ou adequar espaços para novos cursos<br />
Implantar prédio para o departamento de Medicina<br />
Adequar espaços para curso de Biotecnologia<br />
Melhorar a funcionalidade e melhores equipamentos urbanos no campus de<br />
São Carlos<br />
Construir ponto de ônibus no Portal principal (saída)<br />
Planejar um espaço para cinema no Campus<br />
Transferir o espaço de convivência sul para as proximidades do RU,<br />
reconcebendo esse espaço para o DAC<br />
Implantar restaurante terceirizado no campus São Carlos<br />
Melhorar a praça da Bandeira<br />
Criar áreas de convivência no Entorno dos ATs<br />
Urbanizar as Rotas “Naturais” (criadas pelo uso)<br />
Priorizar implantação de rotas preferenciais (Norte-Sul e Leste/Oeste) integrando<br />
pedestres, cadeirantes e cliclistas, com iluminação e segurança<br />
Encomendar estudo sobre circulação viária do campus SC (pedestres, ciclovias)<br />
Implantar a comunicação visual (sinalização) da AEN<br />
Melhorar os Sanitários<br />
OP 2 - Uso e Manejo ambientalmente adequados<br />
Sensibilizar a comunidade da UFSCar sobre procedimentos e atitudes<br />
ambientalmente corretos<br />
Fortalecer a estrutura da CEMA<br />
Solicitar participação da CEMA em reuniões de Câmaras, CIDs<br />
Elaborar as principais diretrizes sobre o bem-agir ambientalmente<br />
CEMA<br />
32
Aperfeiçoar a Gestão Ambiental<br />
Aproveitar a competência já instalada p/ desenvolvimento de metodologias p/<br />
avaliação de impacto (PETs)<br />
Criar Sistemas de Avaliação do impacto por produto (campanhas) e divulgar<br />
resultados<br />
Minimizar o passivo de resíduos perigosos<br />
Prever capacitação (e coleta adequada) p/ lidar com lixo da área de saúde (lixo<br />
hospitalar) USE, DeAMO,<br />
Implantar Plano de Redução de ativo Ambiental<br />
Prever exigência às concessões (lanchonetes, xerox, etc) de implantação de<br />
práticas ambientais corretas como coleta seletiva, etc<br />
Estabelecer critérios/restrições ambientais para aquisição produtos, serviços e<br />
obras da UFSCar<br />
Incluir cláusula prevendo treinamento em questões ambientais nos contratos com<br />
empresas de serviços terceirizados<br />
Implantar o sistema de monitoramento ambiental<br />
Estudar medidas institucionais visando a racionalizar o uso de energia<br />
Intensificar campanha racionalização e conservação de energia, água e outros<br />
insumos<br />
OP 3 – Gestão e Manutenção do Ambiente Construído PU<br />
Garantir funcionamento com qualidade dos ambientes construídos<br />
Reavaliar as Administrações de Edifícios<br />
Estabelecer Contratos Anuais com Empresas de Prestação de Serviços de<br />
urbanização e paisagismo<br />
Instituir Sistema de Manutenção Preventiva de Edifícios<br />
Aperfeiçoar Mobilidade Intra campus<br />
Decidir sobre implantação do serviço de transporte coletivo interno<br />
Decidir sobre implantação do serviço de transporte para apoio à saúde<br />
Melhorar a funcionalidade e melhores equipamentos urbanos no campus de<br />
São Carlos<br />
Implantar controle de acesso, uso e manejo da Área Rural do Campus S. Carlos<br />
Rever a forma de gerenciamento das concessões às entidades<br />
Implantar Campanha de Educação de Trânsito<br />
33
É importante ressaltar que para as ações relativas à criação de novos cursos:<br />
Medicina (40 vagas), no campus de São Carlos, e Ciências Biológicas (Licenciatura e<br />
Bacharelado, 40 vagas cada), Engenharia de Produção (40 vagas) e Turismo (40<br />
vagas), no novo campus que está sendo implantado na cidade de Sorocaba, duas<br />
comissões ‘ad-hoc’ foram criadas e estão trabalhando com a perspectiva de que estes cursos<br />
passem a ser oferecidos a partir do primeiro semestre de 2006.<br />
Além disso, uma meta que não foi contemplada no planejamento acima diz respeito à<br />
questão dos aspectos organizacionais e já tem definidos os seguintes passos:<br />
Ação<br />
1 Elaborar proposta para implementação das deliberações (já<br />
tomadas) do PDI sobre a estrutura organizacional acadêmica da<br />
UFSCar.<br />
- Montar Comissões (sub-grupos) para trabalho junto às Câmaras de<br />
Graduação, Pós-Graduação/Pesquisa, Extensão, Administração<br />
- Iniciar reuniões das Comissões<br />
- Entrega dos Relatórios das Comissões, com proposta de atribuições<br />
de cada novo Conselho, à Coordenação Geral.<br />
2 Elaborar proposta de modificação do estatuto e regimento geral da<br />
UFSCar com as alterações necessárias à implementação da nova<br />
estrutura organizacional<br />
- Definir cronograma de trabalho, observados os prazos das demais<br />
comissões e da própria implementação do PDI<br />
- Realizar reuniões com as demais comissões, sempre que necessário.<br />
- Encaminhar ao ConsUni proposta de novo Estatuto e,<br />
posteriormente, de Regimento<br />
3 Realizar estudo sobre alguns dos segmentos da estrutura<br />
organizacional administrativa (ainda não contemplados pelo<br />
ConsUni), visando agilizar os procedimentos e processos<br />
administrativos e aperfeiçoar os sistemas de informação e de<br />
comunicação.<br />
Para a elaboração de tal estudo e apresentação de propostas de<br />
melhorias, serão contratados trabalhos de consultoria.<br />
4 Realizar estudos visando elaborar proposta das atribuições dos<br />
Centros Acadêmicos<br />
- Elaborar comissões para a definição das atribuições dos Centros e de<br />
seus Conselhos Interdepartamentais<br />
- Iniciar ciclo de reuniões da Comissão com os Centros, considerando-se<br />
as deliberações da 1ª fade do PDI.<br />
- Entregar Relatório da Comissão, com proposta de atribuições de<br />
Centros e seus Conselhos.<br />
Responsável<br />
Assessoria de<br />
Planejamento<br />
ProPGP<br />
Assessoria de<br />
Planejamento,<br />
ProAd<br />
Assessoria de<br />
Planejamento,<br />
ProAd e<br />
Diretores de<br />
Centros<br />
Na abordagem da organização administrativa serão apresentadas as Diretrizes Gerais e<br />
Específicas que geraram o plano acima, bem como a nova Estrutura Organizacional<br />
aprovada pelo ConsUni da UFSCar.<br />
34
E) ÁREAS DE ATUAÇÃO ACADÊMICA<br />
Como já observado a UFSCar atua nas seguintes áreas:<br />
• Ciências Agrárias<br />
• Ciências Biológicas<br />
• Ciências da Saúde<br />
• Ciências Humanas<br />
• Ciências Exatas<br />
• Ciências Tecnológicas<br />
• Educação<br />
que serão também detalhadas na seção sobre organização acadêmica.<br />
F) RESPONSABILIDADE SOCIAL<br />
É fato que ao se ver a Universidade como a responsável pela produção, sistematização<br />
do conhecimento e por torná-lo acessível aos seus alunos regulares e à sociedade em geral<br />
no que diz respeito às suas áreas de atuação acadêmica, é, pelo menos em princípio,<br />
possível se imaginar sua responsabilidade social. Já se falou aqui sobre a inserção regional<br />
da UFSCar e na seção relativa à organização acadêmica serão abordados os diferentes<br />
cursos oferecidos pela UFSCar na graduação, na pós-graduação e na extensão. Além disso,<br />
serão também abordados seus programas de pesquisa e extensão. Desta forma, cabe aqui<br />
apenas mencionar alguns dos programas e/ou projetos da UFSCar que caracterizam tal<br />
responsabilidade, como por exemplo:<br />
UNIDADE SAÚDE-ESCOLA, que hoje reúne todos os antigos ambulatórios<br />
especializados da universidade em uma única unidade com mais de 3.000 m2 de área<br />
construída e trabalha com a perspectiva de atendimento integral aos pacientes por meio dos<br />
seguintes Programas: Atendimento ao Idoso, à Criança, à Mulher, Saúde Mental,<br />
Portadores de Necessidades Especiais e Saúde da Família (PSF). Decorre daí uma formação<br />
mais adequada aos alunos da área de Saúde.<br />
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, que é o único<br />
programa de pós-graduação do país que forma e capacita profissionais nesta área.<br />
CURSINHO PRÉ-VESTIBULAR, que atende acerca de 400 alunos carentes por ano, ao<br />
mesmo tempo em que capacita os alunos das licenciaturas por meio desta importante<br />
experiência: ser professor ou monitor do cursinho.<br />
INCUBADORA DE COOPERATIVAS POPULARES, uma iniciativa voltada para as<br />
populações de baixa renda, excluídas do mercado formal de trabalho, que procura capacitalas<br />
quanto aos princípios do cooperativismo, ao empreendimento que desejam desenvolver,<br />
por meio de equipes multidisciplinares de alunos da UFSCar.<br />
35
CENTRO DE CARACTERIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MATERIAIS,<br />
uma parceria UFSCar-UNESP que, desde o início da década de 90 presta assistência a um<br />
grande número de empresas do Brasil todo, nas áreas de polímeros, metais e cerâmica.<br />
G) POLÍTICAS DE ENSINO<br />
Além do que já foi mencionado acima, na seção sobre Organização Acadêmica a<br />
questão das Políticas de Ensino será cuidadosamente abordada.<br />
H) POLÍTICAS DE PESQUISA E EXTENSÃO<br />
O mesmo poderia ser dito em relação às políticas de pesquisa e extensão. No entanto<br />
cabem aqui algumas observações e uma breve apresentação.<br />
Em relação à política de pesquisa é inquestionável a influência da escolha das áreas<br />
dos cursos de graduação; foram eles os propulsores das diferentes áreas de pesquisa que<br />
hoje caracterizam a universidade. É claro que em um segundo momento as escolhas passam<br />
a ser determinadas pela influência das agências de fomento, o que é hoje um fenômeno de<br />
caráter nacional. Tanto é assim que muitas das diretrizes do PDI-UFSCar dizem respeito<br />
exatamente à necessidade da UFSCar desenvolver, ou, no mínimo estimular, uma política<br />
própria de pesquisa.<br />
Já a extensão em função de se iniciar apenas com o apoio interno da universidade e<br />
também pela necessidade de um acompanhamento maior, no que diz respeito à prestação de<br />
serviços, passa a ter na UFSCar, em particular, a partir do início da década de 90, com a<br />
criação da Pró-Reitoria de Extensão, a ter uma política que tem sido considerada exemplar,<br />
inclusive, por outras universidades. Em função disso, alguns excertos, extraídos da<br />
regulamentação vigente na UFSCar, são apresentados no Anexo I deste documento.<br />
36
2 GESTÃO INSTITUCIONAL<br />
A organização administrativa da UFSCar tal como está estabelecida vigora desde<br />
1989 e 1991, respectivamente, com a implantação das pró-reitorias e com uma reforma<br />
administrativa, quando foram aprovados seus Estatuto e Regulamento Geral pelos<br />
Conselhos Superiores. Tal organização não mais corresponde às necessidade da<br />
Universidade que estabeleceu uma nova estrutura organizacional e redefiniu instâncias de<br />
decisão sob a forma de Conselhos Colegiados com os correspondentes órgãos executivos.<br />
A composição dos Conselhos Colegiados prevê a representatividade e a participação dos<br />
setores da comunidade de modo a atender às exigências de transparência, eqüidade e justiça<br />
nos processos decisórios da Universidade. Dada a proposta de reformulação da estrutura<br />
organizacional e administrativa, serão reformulados o Estatuto da UFSCar e o Regimento<br />
Geral da UFSCar. A conclusão de tal tarefa está prevista para ocorreR até o final de <strong>2005</strong>.<br />
A UFSCar orgulha-se da composição e das políticas de qualificação do seu corpo<br />
docente bem como do sentido de compromisso e de responsabilidade do seu corpo técnico e<br />
de servidores administrativos. Premida por um excessivo enxugamento do quadro de<br />
pessoal, que decresceu de 1990 a 2000, mostra que atingiu a sua máxima capacidade<br />
quando se observa, para o mesmo período, o aumento do número de vagas, do número de<br />
cursos de graduação e pós-graduação, da produção científica e da quantidade, diversidade e<br />
originalidade dos programas de extensão. A diminuição de seus quadros, inversamente<br />
proporcional ao aumento da disseminação e produção do conhecimento atestam por um<br />
lado, a qualificação, o compromisso e a responsabilidade do seu pessoal, e por outro<br />
indicam a situação alarmante em que se encontra, pois reconhecidamente há um limite<br />
máximo na capacidade humana de produção. O PDI da UFSCar propõe para além da<br />
otimização da produtividade do seu pessoal a busca da qualidade de vida e qualidade das<br />
condições de trabalho necessárias não apenas à manutenção dos compromissos por ela<br />
assumidos, mas, sobretudo do aperfeiçoamento institucional.<br />
2.1 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA<br />
A) ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, INSTÂNCIAS DE DECISÃO E<br />
ORGANOGRAMA INSTITUCIONAL E ACADÊMICO<br />
Órgãos Superiores<br />
Estrutura atual<br />
À página seguinte, encontra-se o atual organograma da UFSCar.<br />
37
CaGrad<br />
ProGrad<br />
CEPE<br />
CaPG<br />
Órgão Colegiado<br />
Órgão Executivo<br />
CaEx<br />
Reitoria<br />
B) ÓRGÃOS COLEGIADOS: ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS E COMPOSIÇÃO.<br />
C) ÓRGÃOS DE APOIO ÀS ATIVIDADES ACADÊMICAS<br />
Todas estas informações encontram-se no Estatuto e Regimento da UFSCar anexos<br />
a este documento.<br />
D) AUTONOMIA DA IES EM RELAÇÃO À MANTENEDORA<br />
ConsUni<br />
Canoa<br />
ProPG ProEx Prefeitura ProAd Secr 1 Secr 2<br />
Obs: O ConsUni poderia ser considerado<br />
hierarquicamente superior ao CEPE, pois, de<br />
acordo com o Estatuto da UFSCar, analisa<br />
processos provenientes do CEPE relacionados à<br />
criação de cursos e casos de recursos com argüição<br />
de ilegalidade, já que è o órgão superior que<br />
possui atribuições legislativas.<br />
Como as demais Instituições Federais de Ensino Superior, a UFSCar goza de<br />
autonomia didático-pedagógica e empenha-se em contribuir para que a Lei da Reforma<br />
Universitária garanta a esperada autonomia financeira, patrimonial e de gestão devidamente<br />
acompanhadas de mecanismos de avaliação e aprimoramento..<br />
38
E) RELAÇÕES E PARCERIAS COM A COMUNIDADE, INSTITUIÇÕES E<br />
EMPRESAS (MECANISMOS INSTITUCIONAIS DE INTERAÇÃO COM O<br />
MUNDO DO TRABALHO E A PRÁTICA SOCIAL)<br />
Com a finalidade de intensificar sua interação com a sociedade a UFSCar conta hoje<br />
com seis Núcleos de Extensão que estabelecem pontes entre a Universidade e a sociedade,<br />
seja para atender às demandas que chegam à Universidade, seja para identificar<br />
necessidades dessa sociedade e encontrar, na universidade, os grupos que possam atendêlas:<br />
UFSCar-Cidadania, UFSCar-Empresa, UFSCar-Escola, UFSCar-Município, UFSCar-<br />
Saúde e UFSCar-Sindicato. Outros tipos de relações e parcerias são apresentadas no item<br />
relativo aos Programas de Extensão.<br />
• Diretrizes para aperfeiçoamento da estrutura organizacional<br />
O desenvolvimento de processos decisórios e administrativos democráticos e<br />
eficazes foi o desafio que pautou o esforço de aperfeiçoamento da estrutura organizacional<br />
da UFSCar. Essa estrutura sofreu poucas modificações ao longo do tempo. Desde 1991 o<br />
funcionamento da UFSCar suscita questões sobre a adequação da sua estrutura atual e a<br />
necessidade de discuti-la. Nesse período, entretanto, a Universidade orientou suas ações e<br />
utilizou sua estrutura de modo a superar as dificuldades e maximizar a combinação de<br />
excelência acadêmica, compromisso social e gestão universitária democrática. Na discussão<br />
do PDI buscou-se identificar os entraves e as possibilidades de aperfeiçoamento, em<br />
constante diálogo com a história e a cultura que a Instituição conformou.<br />
As diretrizes aqui apresentadas têm por objetivo aprimorar a estrutura acadêmica e<br />
de gestão, a relação entre os níveis e partes da estrutura, a representação e participação da<br />
comunidade universitária nas diferentes instâncias de decisão e execução e a flexibilidade<br />
para novos arranjos demandados pela dinâmica do fazer universitário. A eficácia e a<br />
eficiência de uma estrutura institucional que apóie os processos de construção e difusão de<br />
conhecimento, apta a suportar as diretrizes do PDI, foi o parâmetro maior das proposições<br />
para a estrutura da Universidade.<br />
As deliberações orientaram-se pela busca de descentralização e integração:<br />
descentralização da capacidade de propor e decidir e integração buscando coerência e<br />
convergência da política institucional.<br />
A descentralização está substanciada no:<br />
• aprimoramento dos órgãos da estrutura básica para desenvolvimento do ensino,<br />
pesquisa e extensão;<br />
• acolhimento de unidades especiais e multidisciplinares;<br />
• fortalecimento da capacidade de articulação e deliberação dos centros acadêmicos;<br />
• fortalecimento da capacidade de proposição e deliberação dos conselhos constitutivos<br />
do órgão colegiado superior; e<br />
• aperfeiçoamento da estrutura administrativa do campus de Araras.<br />
A orientação da integração se concretiza no(s):<br />
• Conselhos de Centro que reunirão chefes de departamento, coordenadores de graduação<br />
e pós-graduação e as diferentes representações discente e de servidores técnicoadministrativos;<br />
39
• Conselho Superior, órgão colegiado cuja composição prevê a participação de<br />
representantes de todos os conselhos, dos diretores de centro e de servidores, estudantes<br />
e comunidade externa, totalizando 44 membros. Apenas este Conselho tem a atribuição<br />
de formular, aprovar acompanhar e avaliar a política institucional e os grandes temas de<br />
interesse da Instituição.<br />
Além dessas, a orientação para a democracia representativa perpassa todas as<br />
diretrizes e a estrutura aprovada. O aperfeiçoamento da participação da comunidade<br />
universitária nas decisões institucionais está presente na composição dos órgãos colegiados<br />
e na composição aprovada para cada um deles.<br />
1 Diretrizes para a estrutura básica: departamentos, coordenações de curso de<br />
graduação e programas de pós-graduação e conselhos<br />
1.1 Manter a estrutura básica composta por departamentos, coordenações de curso de<br />
graduação e de programas de pós-graduação.<br />
2 Diretrizes para a estrutura intermediária: centros e conselhos de centro<br />
2.1 Manter a estrutura intermediária composta por centros acadêmicos, com maior<br />
capacidade para deliberação e articulação.<br />
2.2 Criar Conselhos de Centro (substituindo os CIDs – conselhos interdepartamentais) com<br />
presença de chefes de departamento, coordenadores de curso de graduação e de programas<br />
de pós-graduação, além das representações da comunidade.<br />
3 Diretrizes para estrutura superior: órgão colegiado superior, conselhos, reitoria e<br />
pró-reitorias<br />
3.1 Estabelecer um órgão colegiado superior único em substituição aos atuais ConsUni<br />
(Conselho Universitário) e CEPE (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão).<br />
3.2 Substituir as atuais Câmaras, criando os seguintes Conselhos, com maior poder<br />
deliberativo: Conselho de Graduação; Conselho de Pós-Graduação; Conselho de Pesquisa;<br />
Conselho de Extensão e Conselho de Administração.<br />
3.3 Viabilizar que, para cada conselho, corresponda uma Pró-Reitoria (a implementação<br />
dessa decisão se dará na medida da viabilidade e a transição será definida pelo órgão<br />
colegiado superior).<br />
4 Diretrizes para outros órgãos da estrutura<br />
4.1 Criar prefeitura para o campus de Araras (a implementação dessa decisão se dará na<br />
medida da viabilidade. No curto prazo, criar estrutura com autonomia técnica e dotação<br />
orçamentária própria).<br />
4.2 Possibilitar a criação de unidades especiais e/ou multidisciplinares, desde que pautadas<br />
em projetos substanciados. Tais propostas devem ser apresentadas pela comunidade<br />
envolvida e submetidas à apreciação do órgão colegiado superior.<br />
5 Diretrizes específicas<br />
As diretrizes aqui denominadas específicas constituem-se no detalhamento de<br />
algumas das diretrizes anteriormente apresentadas. Tais diretrizes decorreram das<br />
discussões realizadas durante os trabalhos do Conselho Universitário e foram por ele<br />
aprovadas. Carecem, entretanto do detalhamento que permitirá transformá-las em um<br />
40
conjunto de ações que deverão ser definidas e organizadas durante a implementação do<br />
PDI. São elas:<br />
5.1 Rever a composição dos conselhos de cursos de graduação.<br />
5.2 Rever as diretrizes gerais/condições para criação de departamentos.<br />
5.3 Aprimorar a definição de atribuições e relacionamento entre departamentos e<br />
coordenações, particularmente a competência dos conselhos de demandarem as disciplinas<br />
e a responsabilidade dos departamentos de ofertá-las segundo definição das coordenações,<br />
referenciadas nos projetos de curso.<br />
5.4 Estabelecer a vinculação das unidades especiais e/ou multidisciplinares considerando a<br />
abrangência do projeto e as unidades envolvidas.<br />
5.5 Constituir, para as unidades especiais e/ou multidisciplinares criadas, um colegiado<br />
correspondente.<br />
5.6 Definir as atribuições dos Centros, bem como as diretrizes gerais/condições para<br />
criação de novos Centros, garantindo flexibilidade para essa criação, a partir de proposição<br />
feita pela comunidade envolvida e análise e aprovação pelo órgão colegiado superior da<br />
Universidade.<br />
5.7 Definir as atribuições do Conselho Superior e dos seus Conselhos.<br />
Estrutura aprovada durante o processo do PDI:<br />
41
2.2. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE PESSOAL<br />
A) CORPO DOCENTE – COMPOSIÇÃO, POLÍTICAS DE QUALIFICAÇÃO,<br />
PLANO DE CARREIRA E REGIME DE TRABALHO<br />
O corpo docente da Universidade Federal de São Carlos é constituído pelos<br />
integrantes das carreiras de magistério Superior e de Magistério de 1º e 2º graus, pelos<br />
professores visitantes e pelos professores substitutos.<br />
As políticas de capacitação docente observam os princípios estabelecidos no Plano<br />
de Desenvolvimento Institucional elaborado pela Comunidade Universitária, considerandose<br />
que a garantia de qualidade de ensino é diretamente proporcional à qualificação de seu<br />
corpo docente.<br />
“A imposição de um novo perfil de profissional desdobra-se nos desafios colocados<br />
para a realização do processo de ensino aprendizagem e, em conseqüência, nas exigências<br />
postas para o docente responsável por esse processo. Parte das diretrizes aqui apresentadas<br />
reflete a preocupação com uma capacitação didático-pedagógica contínua dos docentes da<br />
UFSCar, que lhes permitia novas concepções e novas estratégias para o desenvolvimento<br />
do processo de ensino e aprendizagem”. Hoje, 90% dos docentes do Magistério Superior<br />
são doutores e 9% mestres. A despeito da alta proporção de docentes com título de doutor,<br />
recentemente a UFSCar implantou dois programas com finalidade de apoiar a capacitação<br />
dos docentes mestres que se encontram inscritos em programas de doutorado e apoiar<br />
docentes recém doutores de modo a lhes oferecer condições iniciais para a docência e a<br />
pesquisa, o que indica a preocupação constante da UFSCar com a qualificação permanente<br />
do seu corpo docente.<br />
A carreira docente é regida pelo Plano Único de Classificação e Retribuição de<br />
Cargos e Empregos instituídos pelo decreto 94.664/87. A carreira está estruturada em<br />
quatro classes: Auxiliar, Assistente, Adjunto e Titular. A mudança de classe na UFSCar<br />
ocorre exclusivamente pela obtenção do título correspondente, exceto à classe de professor<br />
Titular que depende de habilitação em concurso público. Nos últimos anos foi autorizado o<br />
preenchimento parcial de vagas para professor titular atendendo à norma do Conselho<br />
Universitário que estipulou que 20% das vagas com provimento autorizado seriam<br />
preenchidas por concurso para titulares.<br />
O regime de trabalho dos docentes da UFSCar tem como norma a dedicação<br />
exclusiva, definida em estatuto, compatível com um dos princípios desta Universidade de<br />
valorização da dedicação integral ao ensino, pesquisa e extensão.<br />
A UFSCar conta com dezoito docentes do Magistério do Ensino Fundamental,<br />
alocados na Unidade de Atendimento à Criança – UAC.<br />
42
B) CRONOGRAMA E PLANO DE EXPANSÃO DO CORPO DOCENTE, COM<br />
TITULAÇÃO E REGIME DE TRABALHO, DETALHANDO O PERFIL<br />
EXISTENTE E PRETENDIDO PARA O PERÍODO DE VIGÊNCIA DO PDI.<br />
Cronograma de expansão do corpo docente carreira de magistério de 1º e 2º graus<br />
Titulação<br />
Efetivo<br />
<strong>2005</strong><br />
Reposição<br />
Emergencial<br />
Expansão<br />
<strong>2005</strong> 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Auxiliar 02 08 02 02 03 01 01<br />
Assistente 14<br />
Adjunto 02<br />
Titular<br />
Total 18 08 02 02 03 01 01<br />
A falta de alocação de vagas de docentes para o Ensino Fundamental tem<br />
dificultado o atendimento da demanda por vagas na UAC (creche).<br />
43
Cronograma de expansão do corpo docente - magistério superior<br />
Titulação Efetivo<br />
<strong>2005</strong><br />
Auxiliar 04<br />
Reposição<br />
Emergencial<br />
<strong>2005</strong><br />
Expansão (E) ou Reposição (R)<br />
2006 2007 2008 2009 2010<br />
Assistente 49 30 20 15 15 10 05<br />
Adjunto 455 51 30 E, 30 R 70 E, 35 R 20 10 05<br />
Titular 32 14 12 14 15<br />
Total 540 95 92 134 50 20 10<br />
Nos concursos para preenchimento das vagas previstas deverá ser priorizado o título<br />
de Doutor, de forma a manter o nível de qualificação do corpo docente da UFSCar, e o<br />
regime de trabalho deverá ser o de dedicação exclusiva. Excepcionalmente, poderão ser<br />
contratados docentes em regime de trabalho em tempo parcial, 20 horas semanais, para<br />
atender peculiaridades de áreas.<br />
A expansão ora apresentada considerou a necessidade de reposição integral das<br />
vagas existentes, bem como a criação do novo Campus de Sorocaba (cursos Bacharelado<br />
em Ciências Biológicas, Licenciatura em Ciências Biológicas, Engenharia de Produção,<br />
Turismo e Engenharia Florestal), São Carlos (curso de Medicina) e de Araras (Curso de<br />
Biotecnologia).<br />
C) CORPO TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESTRUTURAÇÃO, POLÍTICAS DE<br />
QUALIFICAÇÃO, PLANO DE CARREIRA E/OU CARGOS E SALÁRIOS E<br />
CRONOGRAMA DE EXPANSÃO<br />
O corpo técnico-administrativo da Universidade Federal de São Carlos é constituído<br />
dos cargos de Nível de Apoio, Nível Intermediário e Nível Superior.<br />
A carreira instituída através da lei 11.091/05 está estruturada em cinco níveis de<br />
classificação, com quatro níveis de capacitação e trinta e nove padrões de vencimento<br />
básico, justapostos com intervalo de um padrão entre os níveis de capacitação e dois<br />
padrões entre os níveis de classificação.<br />
44
A valorização dos servidores técnico-administrativos tem sido considerada um<br />
grande desafio nos últimos anos, frente às novas exigências apresentadas ao setor público,<br />
de imprimir maior agilidade e flexibilidade nos serviços oferecidos, e da melhor utilização<br />
dos recursos disponíveis. Assim, tornam-se imprescindíveis competências de diversas<br />
naturezas: de educabilidade, relacionadas ao aprender a aprender; relacionais, afetas ao<br />
“aprender a conviver”, e técnicas básicas, vinculadas a diferentes campos de atuação. Com<br />
base nesses princípios a Instituição aprovou um Plano de Capacitação para os servidores<br />
técnico-administrativos, contendo sete Programas, a saber:<br />
• Programa de Integração Institucional - direcionado aos servidores recém<br />
nomeados.<br />
• Programa de Apoio à Educação Formal - em nível de 1º e 2º graus, cujo objetivo<br />
é promover ao servidor a complementação de seus estudos em cursos de duração<br />
normal e/ou suplência.<br />
• Programa de Incentivo à Formação - em níveis de 3º e 4º graus (Pós-Graduação<br />
Stricto Sensu e Lato-Senso), cujo objetivo é fornecer condições ao servidor<br />
através de afastamentos integral e/ou parcial.<br />
• Programa de Treinamento – objetivo é a instrumentalização e atualização dos<br />
novos métodos de trabalho.<br />
• Programa de Desenvolvimento Gerencial – objetivo é formar e atualizar<br />
servidores ocupantes ou com potencialidade para ocuparem cargos de<br />
direção/chefia/assessoramento, dotando-os de conhecimentos, atitudes e<br />
habilidades indispensáveis ao desempenho da função.<br />
• Programa de Atividades Especiais – objetivo promover atividades de interesse<br />
geral, sob a forma de palestras, seminários, exposições.<br />
• Programa Permanente de Conscientização e Ética Profissional do Servidor<br />
Público – objetivo promover atividades que permitam ao servidor a reflexão<br />
constante de seu papel enquanto servidor público.<br />
Cronograma de reposição e expansão do corpo técnico-administrativo<br />
Nível Efetivo<br />
<strong>2005</strong><br />
Reposição<br />
Emergencial<br />
Expansão (E) ou Reposição (R)<br />
<strong>2005</strong> 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Apoio 173 42 **38 R, 3 E 02 E 10 **20 10<br />
Médio 454 135 **33 R, 69 E 20 E 16 **30 20<br />
Superior 72 31 **8 R, 26 E 15 E 04 **10 05<br />
Total 699 208 177 37 20 60<br />
** Previsão de Aposentadorias<br />
45
2.3 - POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AOS DISCENTES<br />
A) FORMAS DE ACESSO<br />
O ingresso aos cursos de graduação se dá por meio de concurso vestibular próprio,<br />
realizado uma vez por ano. Há, ainda, a possibilidade de ocorrerem transferências<br />
interinstitucionais ou entre cursos para o preenchimento de vagas disponibilizadas por<br />
desistência ou jubilamento.<br />
B) ESTÍMULOS À PERMANÊNCIA (PROGRAMA DE NIVELAMENTO,<br />
ATENDIMENTO PSICOPE-DAGÓGICO)<br />
Os alunos matriculados que comprovadamente não possuem condições financeiras<br />
de se sustentarem em seu curso, dispõem de programas de bolsas “sociais”: bolsa moradia,<br />
bolsa alimentação e bolsa atividade. A primeira lhes permite concorrer a uma vaga na<br />
Moradia Estudantil, após se submeterem a processo de comprovação de renda. A segunda<br />
lhes garante refeições gratuitas no Restaurante Universitário (almoço e jantar). A bolsa<br />
atividade foi criada com o objetivo de suprir necessidades emergenciais de alunos carentes<br />
oferecendo-lhes a possibilidade de realizar tarefas relacionadas à atividades acadêmicas da<br />
sua área de conhecimento ou de outra.<br />
Complementarmente, há as bolsas de monitoria e de extensão, além das<br />
caracteristicamente de pesquisa, fornecidas pelos organismos de fomento à pesquisa<br />
(FAPESP, CNPq, etc.).<br />
No tocante ao atendimento psicopedagógico, há o Programa de Orientação de<br />
Estudos, disponível aos alunos com dificuldades de acompanhamento das disciplinas. Há,<br />
também, o Programa Institucional de Atenção a Saúde Mental e o Programa Social de<br />
Atendimento Orientação e encaminhamento Sócio-Psicológico, que atendem aos alunos<br />
que dele necessitam. Estão disponíveis também aos alunos os atendimentos médico,<br />
odontológico, de enfermagem, de exames laboratoriais e uma unidade de atendimento à<br />
criança (creche), que disponibiliza vagas a filhos de alunos e funcionários da Universidade.<br />
C) ORGANIZAÇÃO ESTUDANTIL (ESPAÇO PARA PARTICIPAÇÃO E<br />
CONVIVÊNCIA ESTUDANTIL)<br />
Os alunos estão organizados em Centros Acadêmicos (CAs por cursos) e em um o<br />
Diretório Central dos Estudantes (DCE), e são representados nos conselhos da<br />
Universidade (ver item Organização Administrativa). Tanto os CAs como o DCE ocupam<br />
espaços físicos internos à UFSCar, onde mantêm suas sedes. O DCE desfruta, também, de<br />
uma sede na cidade de São Carlos.<br />
D) ACOMPANHAMENTO DOS EGRESSOS<br />
A UFSCar vem elaborando um banco de dados visando à melhoria de comunicação<br />
com seus egressos, muito embora os mesmos já participem ativamente dos processos de<br />
avaliação de seus cursos. A cada cinco anos a UFSCar propicia um encontro de ex-alunos<br />
46
nas dependências do campus de São Carlos, promovendo palestras (técnicas e científicas),<br />
mesas-redondas e festividades de confraternização entre atuais alunos e egressos.<br />
3. ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA<br />
3.1.ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA<br />
A organização acadêmica e didático-pedagógica concretiza-se na realização dos<br />
princípios da instituição. Todos os dez princípios definidos pela Universidade, já<br />
mencionados, são considerados compromissos fundamentais para quaisquer das ações<br />
didático-pedagógicas.<br />
Visando à incorporação dos mencionados princípios e tendo como referência o<br />
conjunto de diretrizes gerais que norteiam as atividades acadêmicas da Universidade, as<br />
respectivas diretrizes específicas estão organizadas em três temas estruturantes da<br />
organização da Universidade. Esses temas são: processos de formação; ampliação, acesso e<br />
permanência na Universidade e produção e disseminação do conhecimento.<br />
Processos de Formação<br />
As diretrizes relacionadas a este tema, já apresentadas em seção anterior,<br />
embasam-se no compromisso da comunidade universitária em consolidar, aperfeiçoar e<br />
aprofundar sua contribuição na formação de pessoas capazes de uma ação interativa e<br />
responsável na sociedade, como profissionais cidadãos.<br />
O desafio é grande. Impõe-se preparar pessoas, no contexto dos valores<br />
coletivamente assumidos na Instituição, para atuar em uma sociedade em constante<br />
transformação, cujas mudanças têm afetado muito a vida dos indivíduos e das organizações,<br />
entre as quais as escolares, bem como o seu inter-relacionamento. Trata-se, pois, de<br />
assegurar aos egressos competência técnico-científica-profissional que os capacite para a<br />
educação continuada e que seja alicerçada na ética democrática, na responsabilidade social<br />
e ambiental, na dignidade humana, na justiça, no respeito mútuo, na participação, no<br />
diálogo, na solidariedade.<br />
As características de alta complexidade, diversidade, desigualdade e ritmo de<br />
transformação extremamente rápido têm como primeira repercussão na instituição<br />
educacional a necessidade de revisão contínua dos currículos dos cursos, sejam eles de<br />
graduação, pós-graduação ou especialização. Também estimulam a oferta de outros cursos<br />
e atividades relacionados à disseminação do conhecimento acumulado ou produzido.<br />
A nova dinâmica do conhecimento e da informação tem um reflexo particularmente<br />
significativo. A velocidade com que são gerados, difundidos e absorvidos os novos<br />
conhecimentos científicos e tecnológicos, e seu armazenamento em volumes fantásticos,<br />
modifica o papel das instituições educacionais e lhes dá atribuições bastante mais<br />
complexas. Mais do que em qualquer período anterior, a transformação da aprendizagem<br />
em um processo autônomo e contínuo para os egressos dos cursos constitui-se em uma de<br />
suas grandes responsabilidades. Ela implica não somente, embora também, no domínio de<br />
tecnologias de informação e comunicação, permitindo o acesso aos conhecimentos<br />
47
socialmente acumulados, mas também na capacidade de selecioná-los, por critérios de<br />
relevância, rigor e ética; de reorganizá-los e de produzi-los.<br />
Na sociedade atual, os conhecimentos ocupam papel central e as pessoas precisam<br />
lidar com eles tanto como cidadãos quanto como profissionais. A ciência passa a ser não só<br />
um bem cultural, mas a base do desenvolvimento econômico. No mundo do trabalho, a<br />
produtividade está diretamente associada à produção de novos conhecimentos científicos e<br />
técnicos, à introdução de inovações, à aplicação de conhecimentos. Os espaços de trabalho<br />
passam gradualmente a ser espaços de formação e, assim, é cada vez mais imperiosa a<br />
aproximação deles por parte das instituições educacionais.<br />
A reorganização sistêmica do mundo do trabalho e a sua flexibilização trazem, além<br />
das mudanças anteriormente especificadas, novas exigências ao processo formativo.<br />
Competências ditas sociais, antes desconsideradas no ambiente produtivo, passam a<br />
ser valorizadas. Um domínio de conhecimentos gerais adquire maior relevância,<br />
acompanhado da desvalorização da especialização excessiva. O empenho em preparar<br />
pessoas para enfrentar problemas da realidade dinâmica e concreta, de forma crítica e<br />
transformadora, defronta-se com a constatação de que grande parte deles transcende os<br />
limites disciplinares. A grande maioria das questões candentes hoje, na sociedade e na<br />
ciência, são inter, multi e transdisciplinares. Isto explica várias das diretrizes aqui<br />
estabelecidas, entre as quais as que propõem a busca da interdisciplinaridade.<br />
A UFSCar sempre se comprometeu com mudanças, dispondo-se a um processo<br />
contínuo de constituição e superação de si mesma, na perspectiva de desempenhar cada vez<br />
melhor seu papel social. No que se refere ao ensino de graduação, esse movimento se<br />
traduziu, ao longo de sua história, em ações como: criação de cursos inovadores;<br />
diversificação de cursos oferecidos; preocupação em valorizar as coordenações de curso<br />
como responsáveis pela organização didático-pedagógica dos cursos; aperfeiçoamento das<br />
normas relacionadas ao funcionamento dos cursos; estabelecimento do perfil geral para<br />
todos os alunos, explicitando qualificações de diferentes naturezas a serem buscadas em seu<br />
processo formativo; realização de processos avaliativos institucionalmente coordenados, no<br />
âmbito dos cursos e das disciplinas; valorização de programas/atividades especiais, criando<br />
a possibilidade de que muitos deles, antes considerados extracurriculares, se transformem<br />
em curriculares; exigência de projetos pedagógicos, orientadores da ação coletiva, para que<br />
os cursos, de fato, funcionem como unidades organizacionais, e comprometimento com a<br />
melhoria das condições infra-estruturais, entre outras.<br />
No que diz respeito ao ensino de pós-graduação, as ações foram no sentido de:<br />
proposição, em geral por parte do corpo docente tão logo devidamente qualificado, da<br />
implantação de novos programas; aperfeiçoamento da composição e do funcionamento dos<br />
colegiados afetos à área, na perspectiva de virem a ser fóruns cada vez mais adequados à<br />
análise e discussão dos problemas específicos; melhoria das normas para<br />
capacitação/progressão na carreira de docentes da Instituição, bem como para o<br />
funcionamento dos cursos; busca de soluções para os problemas detectados pela avaliação<br />
da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior); implantação do<br />
Estágio Supervisionado de Capacitação Docente (PESCD), com a preocupação de preparar<br />
os pós-graduandos para a docência universitária; realização de gestões institucionais junto a<br />
órgãos financiadores e criação de programa próprio de fomento para enfrentar problemas<br />
relacionados a recursos materiais, entre outras.<br />
No que se relaciona aos cursos de extensão, as ações realizadas visaram: definição<br />
da concepção e dos princípios da atuação extensionista (válidos, logicamente, para as<br />
48
demais atividades); estabelecimento dos objetivos dos diferentes tipos de curso (extensão<br />
cultural, extensão universitária, aperfeiçoamento profissional, atualização científica,<br />
especialização e outros que possam se constituir em instrumentos para o maior acesso ao<br />
conhecimento) e aperfeiçoamento das normas para encaminhamento de processos relativos<br />
a cursos, entre outras.<br />
Para o futuro o compromisso continua a ser com a diversificação e ampliação das<br />
oportunidades oferecidas, bem como com a busca incessante da melhoria da qualidade das<br />
atividades desenvolvidas. Grande parte dessa melhoria se expressa na concretização<br />
cotidiana da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, um dos princípios<br />
assumidos pela Universidade desde a sua criação, e na valorização e preparo do corpo<br />
docente para o ensino e para a extensão, na mesma proporção da valorização e preparo para<br />
a pesquisa.<br />
Ampliação, acesso e permanência na Universidade<br />
A ampliação da capacidade de atendimento a uma demanda crescente da sociedade<br />
por uma formação de qualidade, em diferentes níveis, é um desafio colocado atualmente<br />
para todo o sistema público de ensino superior e, particularmente, para as instituições<br />
federais. A UFSCar, historicamente, sempre esteve preocupada não apenas com a<br />
democratização do acesso à Instituição, mas também com a garantia de permanência com<br />
qualidade na Instituição de alunos oriundos de camadas socioeconomicamente<br />
desfavorecidas da população. No momento atual, a relevância da atenção ao atendimento<br />
dessa população deve ser ainda maior, considerando o crescimento do contingente de<br />
alunos que concluem o Ensino Médio. As diretrizes aqui apresentadas refletem essa<br />
situação, ao apontarem no sentido da expansão da Universidade – sempre com cuidado para<br />
que ela não aconteça em detrimento da qualidade conquistada – e do desenvolvimento e<br />
apoio a ações que ampliem as oportunidades de acesso e permanência dos estudantes na<br />
Instituição, contribuindo com o enfrentamento da exclusão social. Uma discussão que se<br />
faz urgente não só na UFSCar, mas em todo o sistema de educação nacional, é a que diz<br />
respeito às políticas de ação afirmativa e a definição dos mecanismos (incluindo o debate<br />
sobre cotas) a serem utilizados para sua implantação.<br />
Na UFSCar, o acesso aos cursos de graduação se deu, ao longo dos anos, mediante<br />
realização de exames vestibulares bastante diversificados, buscando sempre o<br />
aprimoramento do processo. Uma iniciativa surgida do anseio de caminhar na direção da<br />
democratização do acesso foi a implantação do Cursinho Pré-Vestibular da UFSCar, que<br />
tem procurado facilitar o ingresso na Universidade de pessoas mais desfavorecidas social e<br />
economicamente. Além disso, medidas várias foram tomadas no decorrer do tempo visando<br />
evitar a ociosidade de vagas. Entre elas podem ser citadas a transformação do vestibular<br />
seletivo em classificatório e a criação de mecanismos mais ágeis para localização e<br />
chamada dos vestibulandos em lista de espera para matriculá-los, em tempo hábil, até o<br />
preenchimento de todas as vagas.<br />
O acesso aos cursos de pós-graduação e de extensão tem se dado com o uso de<br />
critérios bastante variados. Para ampliação do acesso a alguns cursos de pós-graduação, têm<br />
sido feitas experiências de convênios interinstitucionais, visando sua descentralização.<br />
As medidas visando diminuir a evasão de alunos, tanto dos cursos de graduação como de<br />
pós-graduação, por razões de natureza socioeconômica, têm se constituído na<br />
49
disponibilização de bolsas-alimentação, bolsas-moradia e bolsas-atividade (estas últimas<br />
para graduandos apenas). A evasão por motivos acadêmicos tem sido abordada com<br />
medidas e ações tais como: análise do perfil socioeconômico dos alunos dos diferentes<br />
cursos e orientação de estudo para alunos com dificuldades.<br />
As diretrizes que já foram apresentadas surgiram no contexto descrito acima e<br />
apontam no sentido de aprimorar os mecanismos já existentes e implementar novas<br />
alternativas.<br />
Produção e disseminação do conhecimento<br />
As diretrizes relacionadas a este tema estão fundamentadas na idéia compartilhada<br />
pela comunidade universitária de que a produção de conhecimento é a base de todas as<br />
atividades de sustentação da Universidade e, estando articulada ao ensino e à extensão,<br />
garante a qualidade diferenciada do fazer acadêmico. Assim, o ensino, a pesquisa e a<br />
extensão não são entendidos como objetivos ou funções da Universidade, mas como<br />
atividades indissociáveis por meio das quais a Universidade dá concretude a seus objetivos<br />
de produzir o conhecimento e torná-lo acessível. Além disso, a disseminação do<br />
conhecimento produzido, e também do saber acumulado na UFSCar, é não só um princípio<br />
de atuação, mas também expressão do compromisso desta Universidade com a sociedade e<br />
com o desenvolvimento do país.<br />
No que diz respeito ao quadro atual da pesquisa na UFSCar, são perceptíveis os<br />
reflexos de todo o processo de desenvolvimento da Instituição, já referido anteriormente em<br />
suas linhas gerais. A qualidade e a produtividade atuais da pesquisa vinculam-se certamente<br />
a decisões que foram tomadas no decorrer do tempo, tais como: construir uma universidade<br />
singular; priorizar o campo científico-tecnológico para atuação inicial; criar cursos de<br />
graduação inovadores; adotar uma política de qualificação docente no país e no exterior,<br />
chegando, sempre que possível, ao nível de pós-doutorado; vincular estritamente a<br />
progressão na carreira docente à titulação formal e abrir espaços democráticos para facultar<br />
à comunidade a participação na definição dos rumos institucionais.<br />
A implantação de determinadas linhas de pesquisa é resultante de uma série de<br />
fatores, alguns atuando desde o começo da Universidade e outros posteriormente. A<br />
evolução da pesquisa institucional foi, por exemplo, fortemente influenciada pela criação<br />
dos cursos de graduação. A opção institucional pela criação de certos cursos foi delineando<br />
o estabelecimento de determinadas áreas de conhecimento na UFSCar.<br />
As atividades de pesquisa foram também influenciadas pelas de extensão, que num<br />
primeiro momento estiveram associadas às necessidades da comunidade vinculada ao<br />
complexo industrial avançado e à prática profissional dos alunos de graduação, por meio<br />
dos estágios curriculares. A influência dessa relação com a sociedade sobre a pesquisa, que<br />
ocorre nos futuros campos de atuação profissional dos alunos, não deixa de ser uma<br />
maneira adicional de inter-relação entre os cursos de graduação e a pesquisa desenvolvida<br />
na Universidade.<br />
A partir da década de 90, com a criação das pró-reitorias, toma corpo o processo de<br />
fortalecimento, intensificação e institucionalização das atividades de extensão, sendo<br />
implantados mecanismos organizacionais (programas e núcleos de extensão) que, ao<br />
estimular a formação de equipes multidisciplinares para abordar problemas da sociedade,<br />
abandonam a concepção de extensão como prestação de serviço e passam a entendê-la<br />
50
como uma perspectiva que deve permear o ensino e a pesquisa. Essas atividades passam<br />
então a ser importantes referências para a definição de linhas de pesquisa e para a criação<br />
de novas áreas interdisciplinares de produção de conhecimento.<br />
Não obstante todos esses fatores, obviamente são as agências de fomento, pela sua<br />
capacidade de financiamento, que desde a década de 80 mais fortemente influenciam as<br />
decisões dos docentes e grupos de pesquisa da UFSCar. Esta é uma questão que vem sendo<br />
discutida mais recentemente por alguns intelectuais e que merece reflexão cuidadosa.<br />
Para além desse debate, a qualidade e a produtividade da pesquisa na UFSCar,<br />
aferida pelos mais diferentes indicadores, particularmente aqueles de caráter quantitativo<br />
adotados pelos órgãos governamentais, a situam entre as melhores do país. Uma análise<br />
mais pormenorizada mostra, entretanto, desníveis nesses indicadores entre as diferentes<br />
áreas de conhecimento, conseqüência de suas especificidades, tempo de implantação e<br />
priorização diferenciada das agências de fomento. Esses desníveis devem ser enfrentados<br />
como desafios ainda a serem vencidos e não assumidos como fatos estabelecidos. Fica<br />
claro, então, que mesmo sem a ampliação do número de áreas de atuação, a UFSCar ainda<br />
tem potencial de crescimento na produção de conhecimento e necessita de definição e<br />
implantação de uma política institucional de pesquisa, necessidade esta sentida pelos<br />
pesquisadores da Universidade e consubstanciada em uma das diretrizes específicas<br />
aprovadas.<br />
Em relação à disseminação do conhecimento produzido, podemos destacar que já se<br />
observa, na UFSCar, um grau razoavelmente efetivo e diversificado de interação com a<br />
sociedade, refletindo a percepção que gradativamente se estabelece de que a extensão só faz<br />
sentido sendo parte da pesquisa e do ensino. Assim, além dos ganhos no processo de<br />
ensino-aprendizagem, já abordados anteriormente, ganha também a pesquisa, não só porque<br />
é através da extensão que se testa a adequação dos conhecimentos produzidos às<br />
necessidades sociais, dando seqüência ao processo interminável de construção e<br />
reconstrução do conhecimento, mas também porque é por meio da extensão que se pode<br />
identificar novos, emergentes e socialmente relevantes temas de pesquisa.<br />
Consciente do grande desafio que requer uma revisão profunda da estrutura da<br />
Universidade para facilitar, ao mesmo tempo, a especialização, entendida aqui como a<br />
produção de conhecimento novo e contribuição para a ciência, e a interdisciplinaridade,<br />
vista na perspectiva da estruturação dos problemas sociais e da contribuição ao<br />
desenvolvimento local e regional, a UFSCar veio ao longo da última década se preparando<br />
para enfrentá-lo.<br />
A necessidade de incremento da pesquisa e extensão em determinadas áreas está<br />
identificada por várias diretrizes aprovadas, como as referentes a temas ambientais,<br />
problemas de gestão e administração, geração de emprego e renda etc. Naturalmente, no<br />
entanto, o que se espera é que a perspectiva da extensão esteja presente em todas as áreas<br />
para as quais a UFSCar produz conhecimento.<br />
A visão contemporânea da indissociabilidade entre as atividades de ensino, pesquisa<br />
e extensão consubstanciada nessas diretrizes compromete a Universidade não só com a<br />
produção de conhecimentos, mas com criação e recriação de conhecimentos que<br />
potencializem as transformações sociais. Uma universidade, em suma, onde os conceitos de<br />
qualidade, de excelência acadêmica, não se esgotem na produção científica de seus<br />
pesquisadores (entendida aqui na sua forma restrita – artigos científicos), mas dependam<br />
também da gênese e do destino desse conhecimento.<br />
51
Organização Didático-Pedagógica<br />
As diretrizes específicas acima apresentadas apontam no sentido de aprofundar o<br />
desenvolvimento de um Projeto Pedagógico institucional que, acompanhado da definição<br />
de critérios, mecanismos de acompanhamento e processos de criação de novos cursos e de<br />
revisão curricular dos cursos existentes já vinha ocorrendo com maior intensidade a partir<br />
da realização do Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras<br />
(PAIUB), com financiamento da Secretaria do Ensino Superior do Ministério da Educação<br />
e do Desporto (SESu/MEC), iniciado em 1994. Todo o processo realizado como parte desse<br />
programa e seus principais produtos são apresentados em um CD-ROM encaminhado em<br />
anexo.<br />
A incorporação dos resultados da avaliação à inovação dos currículos dos cursos<br />
desencadeou uma série de ações, que redundaram até o momento nos documentos "Normas<br />
para criação e reformulação dos cursos da UFSCar" (atualmente incluídas na Portaria GR<br />
nº 771/04, de 18 de junho de 2004) e "Perfil do Profissional a ser formado na UFSCar".<br />
Esses documentos, apesar de incluídos no referido CD-ROM, são também anexados<br />
separadamente ao presente documento. Esses dois documentos estabelecem a base a partir<br />
da qual cada um dos cursos já existentes na Universidade teve e vem tendo seus currículos<br />
revistos, com a necessária adequação às novas diretrizes curriculares estabelecidas pelo<br />
MEC.<br />
Das normas acima mencionadas, destacam-se os artigos 5 o , 6 o e 7 o , que definem as<br />
diretrizes para a elaboração dos Projetos Pedagógicos dos Cursos, com a definição do perfil<br />
do egresso, do conteúdo curricular, a explicitação do tratamento metodológico e dos<br />
princípios gerais de avaliação da aprendizagem dos conhecimentos, habilidades, atitudes e<br />
valores, como segue:<br />
Art. 5º - A elaboração do projeto de criação de um novo curso ou habilitação<br />
na Universidade deverá respeitar as seguintes diretrizes:<br />
I - Definição do profissional a ser formado, com base nos aspectos que direta<br />
ou indiretamente afetam a profissão relacionada ao curso, a partir da<br />
identificação dos problemas e necessidades atuais e prospectivos da sociedade,<br />
assim como da legislação vigente;<br />
II - Descrição dos grupos de conhecimentos, habilidades, atitudes, valores<br />
éticos e estéticos, fundamentais à formação do profissional;<br />
III - Seleção dos conteúdos correspondentes a cada grupo;<br />
IV - Criação das disciplinas relacionadas a esses grupos;<br />
V - Inclusão de disciplinas que contemplem a realização de atividades<br />
relacionadas a projetos especiais a fim de garantir a aquisição de habilidades<br />
relativas ao ensino, à pesquisa e àquelas relacionadas à futura atuação<br />
profissional;<br />
VI - Explicitação do tratamento metodológico a ser dado aos conhecimentos no<br />
sentido de garantir o equilíbrio entre a aquisição de conhecimentos,<br />
habilidades, atitudes e valores;<br />
VII - Estabelecimento dos princípios gerais de avaliação da aprendizagem dos<br />
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores;<br />
VIII - Explicitação das formas de articulação entre disciplinas/atividades<br />
curriculares.<br />
52
Art. 6º - O processo de reformulação dos currículos dos cursos já implantados<br />
deverá ser realizado com base nos resultados de uma avaliação rigorosa do<br />
curso e nas diretrizes fixadas nos parágrafos do artigo 5º desta portaria.<br />
Parágrafo único. A avaliação de que trata o "caput" deste artigo deverá<br />
envolver a análise e discussão de aspectos globais do curso, com a participação<br />
de docentes, alunos, ex-alunos e, quando possível, de representantes da<br />
comunidade externa.<br />
Art. 7º - Os projetos de curso, tanto no caso da criação como no da<br />
reformulação, deverão incluir, também, informações sobre as seguintes<br />
condições estruturais:<br />
I - Grade curricular com a especificação de número de créditos, requisitos,<br />
periodização tanto das disciplinas como de outras atividades curriculares;<br />
II - Disciplinas e outras atividades, com a especificação de seus objetivos e<br />
ementas;<br />
III - Infra-estrutura necessária ao funcionamento do curso, tais como<br />
laboratórios e equipamentos;<br />
IV - Corpo docente e técnico-administrativo para o curso, com titulação e<br />
época de contratação, quando for o caso;<br />
V - Questões administrativas gerais afetas ao curso: número de vagas<br />
oferecidas; duração prevista; tempo mínimo e máximo, em anos, para<br />
integralização curricular, número de créditos e/ou carga horária total para<br />
integralização do curso; sistema acadêmico adotado.<br />
Parágrafo único. Entende-se por ementa a descrição concisa da natureza da<br />
disciplina, composta por seus objetivos e conteúdos programáticos, a partir dos<br />
quais deverão estar especificados os conhecimentos, as habilidades, as atitudes<br />
os valores pertinentes ao âmbito da mesma e, quando for o caso, aspectos<br />
metodológicos considerados imprescindíveis para o seu desenvolvimento.<br />
(Portaria GR nº 771/04)<br />
A) PERFIL DO EGRESSO<br />
Dos aspectos a serem abordados na elaboração dos Projetos Pedagógicos dos<br />
cursos, o perfil do egresso é assumido com sendo o determinante, uma vez que os demais,<br />
seleção de conteúdos, princípios metodológicos, processo de avaliação, práticas<br />
pedagógicas e políticas de estágio, prática profissional e atividades complementares, devem<br />
ser coerentes a tal perfil, ou seja, ao objetivo geral do curso e como tal não devem ser<br />
regidos por diretrizes ou princípios rígidos e sim admitir mudanças que acompanhem a<br />
dinâmica da sociedade, do conhecimento e da informação. Nesse sentido é que foi<br />
elaborado, com ampla discussão na comunidade universitária, o documento "Perfil do<br />
Profissional a ser formado na UFSCar", que passou a ser utilizado como referência para a<br />
elaboração dos projetos pedagógicos específicos para cada curso.<br />
A seguir são apresentados os aspectos definidores do perfil do profissional a ser<br />
formado, com as respectivas competências, conforme estabelecido no processo<br />
anteriormente descrito. Nos cursos, sob a coordenação de seu Conselho, deverão ser criadas<br />
condições de ensino, em todas as disciplinas/atividades, para que as competências aqui<br />
53
apresentadas, e outras que porventura venham a ser selecionadas, sejam adquiridas ao longo<br />
da formação de todos os alunos, em paralelo à aquisição das competências específicas de<br />
cada curso, num processo de complexidade crescente.<br />
São aspectos definidores do perfil profissional do egresso da UFSCar:<br />
• Aprender de forma autônoma e contínua<br />
Interagir com fontes diretas (observação e coleta de dados em situações<br />
“naturais” e experimentais);<br />
Selecionar e examinar criticamente essas fontes, utilizando critérios de<br />
relevância, rigor, ética e estética;<br />
Realizar o duplo movimento de derivar o conhecimento das ações e as ações<br />
do conhecimento disponível;<br />
Interagir com fontes indiretas (os diversos meios de comunicação, divulgação<br />
e difusão: “abstracts”, relatórios técnico-científicos, relatos de pesquisa,<br />
artigos de periódicos, livros, folhetos, revistas de divulgação, jornais,<br />
arquivos, mídia eletro-eletrônica e outras, específicos da comunidade<br />
científica ou não).<br />
• Produzir e divulgar novos conhecimentos, tecnologias, serviços e produtos<br />
Identificar problemas relevantes;<br />
Planejar procedimentos adequados para encaminhar a resolução desses<br />
problemas;<br />
Implantar o planejamento realizado;<br />
Relatar/apresentar trabalhos realizados;<br />
Avaliar o impacto potencial ou real das novas propostas, considerando<br />
aspectos técnico-científicos, éticos e políticos.<br />
• Empreender formas diversificadas de atuação profissional.<br />
Identificar problemas passíveis de abordagem na área de atuação profissional;<br />
Propor soluções para os problemas identificados<br />
Identificar novas necessidades de atuação profissional<br />
Construir possibilidades de atuação profissional frente às novas necessidades<br />
detectadas;<br />
Comprometer-se com os resultados da atuação profissional.<br />
• Atuar inter/multi/transdisciplinarmente.<br />
Dominar conhecimentos e habilidades da área específica;<br />
Dominar conhecimentos e habilidades gerais e básicas de outras áreas;<br />
Relacionar conhecimentos e habilidades de diferentes áreas;<br />
Extrapolar conhecimentos e habilidades para diferentes situações dentro de<br />
seu campo de atuação profissional;<br />
Trabalhar em equipes multidisciplinares.<br />
• Comprometer-se com a preservação da biodiversidade no ambiente natural e<br />
construído, com sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida.<br />
Compreender as relações homem, ambiente, tecnologia e sociedade;<br />
Identificar problemas a partir dessas relações;<br />
54
Propor/implantar soluções para esses problemas (articular conhecimentos,<br />
selecionar/desenvolver/implantar tecnologias, prover educação ambiental,<br />
implementar leis de proteção ambiental).<br />
• Gerenciar e/ou incluir-se em processos participativos de organização pública<br />
e/ou privada.<br />
Dominar habilidades básicas de comunicação, negociação e cooperação;<br />
Coordenar ações de diversas pessoas ou grupos;;<br />
Conhecer os processos envolvidos nas relações interpessoais e de grupo.<br />
• Gerenciar e/ou incluir-se em processos participativos de organização pública<br />
e/ou privada.<br />
Dominar habilidades básicas de comunicação, negociação e cooperação<br />
Coordenar ações de diversas pessoas ou grupos;<br />
Conhecer os processos envolvidos nas relações interpessoais e de grupo.<br />
B) SELEÇÃO DE CONTEÚDOS<br />
Como determinam as "Normas para criação e reformulação dos cursos da UFSCar",<br />
já mencionadas, a elaboração do projeto de criação de um novo curso ou habilitação, ou a<br />
reformulação de currículos deve, em primeiro lugar estabelecer a definição do profissional<br />
a ser formado, com base nos aspectos que direta ou indiretamente afetam a profissão<br />
relacionada ao curso, a partir da identificação dos problemas e necessidades atuais e<br />
prospectivos da sociedade, assim como da legislação vigente. Em segundo lugar, deve<br />
descrever os grupos de conhecimentos, habilidades, atitudes, valores éticos e estéticos,<br />
fundamentais à formação do profissional. Realizadas essas duas tarefas, a seleção dos<br />
conteúdos correspondentes a cada um dos referidos grupos deve ser coerente com as<br />
definições anteriores.<br />
C) PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS<br />
A UFSCar assume como um dos princípios fundamentais para o desenvolvimento<br />
de todas as suas atividades fim, o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e<br />
extensão. Como já apresentado acima, no tópico “Processos de Formação” essas três<br />
dimensões não podem ser entendidas simplesmente como diferentes tipos de atividades, de<br />
fato, considera-se que elas não se concretizam plenamente se isoladas. Conseqüentemente,<br />
é parte integrante da metodologia de ensino o fato de que o mesmo se realiza integrado à<br />
pesquisa e à extensão. Por isso, dentre as primeiras diretrizes específicas relativas aos<br />
processos de formação estão:<br />
• Implantar ações voltadas para a melhoria dos processos de ensinar e aprender;<br />
• Promover condições para o trabalho interdisciplinar em ensino, pesquisa e extensão<br />
na UFSCar, intra e inter cursos, grupos, redes e projetos;<br />
55
• Implantar procedimentos facilitadores da integração entre ensino, pesquisa e<br />
extensão;<br />
• Criar oportunidades para que todas as atividades de cunho acadêmico desenvolvidas<br />
pelo aluno ao longo de seu curso sejam incorporadas como atividades curriculares.<br />
A incorporação dessas questões aos currículos dos cursos fica mais evidente na<br />
introdução das “Atividades Curriculares de Integração entre Ensino, Pesquisa e Extensão -<br />
ACIEPE”, a ser comentada abaixo e na implantação de atividades curriculares de estágio,<br />
práticas profissionais e atividades curriculares complementares.<br />
De um modo mais geral, as bases teóricas para a adoção de estratégias didáticas são<br />
aquelas que assumem que a formação do profissional, com o perfil acima descrito, exige a<br />
adoção de um processo ensino-aprendizagem centrado na relação aluno-professorconhecimento,<br />
no qual o aluno gradualmente conquista a condição de trabalhador<br />
autônomo do conhecimento, responsável pela própria formação e o professor desempenha o<br />
papel de instigador, estimulador, orientador da aprendizagem, parceiro dos alunos na<br />
pesquisa, no debate e na descoberta.<br />
Considera-se que esse processo de aquisição do conhecimento é uma atividade<br />
individual que envolve atividade intelectual e que extrapola a memorização. Assim, as<br />
estratégias didáticas precisam ser motivadoras, diversificadas e voltadas para a<br />
compreensão, para a aplicação de conhecimentos, para a produção de idéias e a<br />
redescoberta de leis. A transmissão de informação atualizada deve passar a ser suplantada<br />
pelo aprendizado da consulta às fontes de informação e da interpretação crítica das mesmas.<br />
Deve-se procurar inserir constantemente os alunos em atividades da profissão de sua<br />
formação, aproximando a teoria da prática e tratando os problemas sob diferentes óticas e<br />
buscando a convergência de perspectivas de desenvolvimento de atitudes, habilidades e<br />
competências nos alunos.<br />
D) PROCESSO DE AVALIAÇÃO<br />
A avaliação, como parte integrante e indissociável do ato educativo, vincula-se<br />
necessariamente ao processo de “ação-reflexão-ação” que compreende o ensinar e o<br />
aprender nas disciplinas/atividades curriculares dos cursos, na perspectiva de formar<br />
“profissionais cidadãos capazes de uma ação interativa e responsável na sociedade atual”,<br />
caracterizada pela constante transformação (Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI,<br />
2004). Assim, a avaliação constitui-se, assim, numa prática de investigação constante,<br />
caracterizando-se como uma construção reflexiva, crítica e emancipatória e não passiva,<br />
repetitiva e coercitiva.<br />
A avaliação oferece subsídios à análise do processo ensino-aprendizagem tanto para<br />
os professores como para os alunos.<br />
Para os professores, a avaliação permite recolher indícios dos<br />
avanços/dificuldades/entraves/ no processo ensino-aprendizagem, tanto no nível<br />
do coletivo dos alunos como no individual, tendo em vista a consecução dos<br />
objetivos específicos da disciplina/atividade curricular, permitindo-lhes a<br />
tomada de decisões quanto à seqüência e natureza das atividades didáticas, no<br />
sentido de incluir, de fato, os alunos no processo ensino-aprendizagem, bem<br />
56
como contribuindo para que a interpretação dos resultados atinja gradualmente<br />
níveis de complexidade maiores e a sua incorporação na dinâmica do processo<br />
ensino-aprendizagem assuma papel cada vez mais relevante.<br />
Para os alunos, a avaliação indica como está o seu desempenho em relação aos<br />
objetivos propostos como aprendizagens a realizar, em termos de aquisição de<br />
conhecimentos ou desenvolvimento de competências/ habilidades/ atitudes /<br />
valores, bem como expõe as dificuldades / entraves a essas aprendizagens,<br />
permitindo o planejamento de estratégias no sentido de superá-los.<br />
A avaliação desenvolvida nas diferentes disciplinas/atividades curriculares dos<br />
cursos de graduação da universidade deve obedecer aos seguintes princípios:<br />
Pautar-se em resultados de aprendizagem previamente definidos e explicitados<br />
nos respectivos Planos de Ensino, caracterizados como condutas discerníveis,<br />
que explicitem a aquisição de conhecimentos ou o desenvolvimento de<br />
competências / habilidades / atitudes / valores, diretamente relacionados à<br />
contribuição do componente curricular ao perfil estabelecido, no projeto<br />
pedagógico, para o profissional a ser formado pelo curso.<br />
Ser coerente com o ensino planejado e desenvolvido, com as condições criadas<br />
para a aprendizagem dos alunos, limitando-se à análise dos conhecimentos e<br />
competências / habilidades / atitudes / valores efetivamente trabalhados no<br />
âmbito da disciplina/atividade.<br />
Propiciar dados/interpretações sobre a aprendizagem dos alunos ao longo do<br />
processo de ensino e não somente ao final das unidades ou do semestre, de<br />
forma a indicar a ocorrência de aprendizagens e o seu grau, a possibilitar<br />
correções e alterações nas atividades didáticas na direção almejada, bem como a<br />
permitir a recuperação dos alunos também durante o processo e antes que ocorra<br />
o comprometimento do seu aproveitamento na disciplina /atividade curricular<br />
como um todo, constituindo-se em referência para o seu processo de<br />
aprendizagem, o que, gradualmente, desenvolve neles autonomia para dirigi-lo.<br />
Proporcionar variadas oportunidades de avaliação dos alunos, com garantia de<br />
espaço e liberdade necessários à diversificação de procedimentos, exigência e<br />
critérios de avaliação, de forma a atender a legislação e as normas vigentes, as<br />
especificidades de cada disciplina/atividade, a multiplicidade de aspectos a<br />
serem considerados, sem prescindir da necessidade de manutenção de registros<br />
que fundamentem a avaliação de cada aluno.<br />
Com relação aos instrumentos de avaliação do desempenho dos alunos, é importante<br />
considerar que o processo ensino-aprendizagem, no âmbito das disciplinas/atividades<br />
curriculares, comporta uma complexidade muito grande. Como conseqüência a avaliação<br />
de processo deve comportar o mesmo grau de complexidade. A multiplicidade de aspectos<br />
envolvidos exige avaliação nas abordagens quantitativa e qualitativa com suas<br />
possibilidades e limites específicos, entendidas como complementares e utilizadas<br />
simultaneamente ou não. Assim, os instrumentos de avaliação podem ser os mais<br />
variados, adequando-se à legislação e às normas vigentes, às especificidades das<br />
disciplinas/atividades, às funções atribuídas à avaliação nos diferentes momentos do<br />
processo ensino-aprendizagem.<br />
57
E) PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INOVADORAS<br />
As novas demandas da sociedade contemporânea exigem uma formação que<br />
articule, com a máxima organicidade, a competência científica e técnica, com a inserção<br />
política e postura ética. Atenta a esta necessidade, a UFSCar aponta no documento o Perfil<br />
do Profissional a ser formado as seguintes competências que entende devam ser adquiridas<br />
ao longo da formação de todos os seus alunos, em paralelo à aquisição das competências<br />
específicas de cada curso:<br />
• Aprender de forma autônoma e contínua;<br />
• Produzir e divulgar novos conhecimentos, tecnologias, serviços e produtos;<br />
• Empreender formas diversificadas de atuação profissional;<br />
• Atuar inter/multi/transdiciplinarmente;<br />
• Comprometer-se com a preservação da biodiversidade no ambiente natural e<br />
construído, com sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida;<br />
• Gerenciar e/ou incluir-se em processos participativos de organização pública<br />
e/ou privada;<br />
• Pautar-se na ética e na solidariedade enquanto ser humano, cidadão e<br />
profissional;<br />
• Buscar maturidade, sensibilidade e equilíbrio ao agir profissionalmente.<br />
Reconhecermos tais competências como fundamentais na formação do graduando<br />
foi, sem dúvida, um importante passo dado na direção da construção dos novos currículos<br />
de nossos cursos, mas nos coloca um novo e difícil desafio: como atingirmos tais objetivos.<br />
É sabido que tal processo não ocorrerá a partir de uma única ação. O desafio com o qual<br />
nos deparamos faz parte dos desafios da educação no país e fora dele, mas devemos tê-los<br />
sempre em mente, norteando nossas futuras ações.<br />
Tem-se reconhecido a importância da articulação do ensino com a pesquisa e a<br />
extensão como elemento organizador de experiências que possam caminhar na direção<br />
pretendida.<br />
Conforme colocado no Plano Nacional de Graduação (documento ForGrad 1999),<br />
“Ensino com extensão aponta para a formação contextualizada às questões da sociedade<br />
contemporânea. Ensino com pesquisa aponta para o verdadeiro domínio dos instrumentos<br />
nos quais cada profissão se expressa, em seu processo evolutivo. Neste contexto, o conceito<br />
da indissociabilidade requerido para o ensino da graduação não se reduz nem ao processo<br />
de produção do saber novo, nem às práticas de intervenção direta nos processos sociais,<br />
embora não se possa negar a pertinência da pesquisa e extensão em si. Este conceito<br />
pedagógico afirma, pelo contrário, a inevitabilidade da indissociabilidade do ensino,<br />
pesquisa e extensão, considerando-se tão somente o eixo da formação do graduado.<br />
Evidentemente, este conceito pedagógico exige um novo diálogo interdisciplinar, uma<br />
organização curricular que acolha, ao eixo científico básico que informa a área do<br />
conhecimento relacionada à atuação profissional, a contribuição de ciências conexas. Ele<br />
supõe, igualmente, educadores afeitos às questões da investigação e às indagações acerca<br />
dos rumos da sociedade contemporânea”.<br />
A UFSCar, neste sentido, encontra-se juntamente com outras Universidades, em<br />
posição privilegiada, tendo competência estabelecida não apenas no ensino que ministra<br />
mas igualmente na pesquisa e extensão que realiza. Cabe-nos, entretanto, trabalhar no<br />
58
sentido de articularmos as três dimensões do trabalho que realizamos de forma intencional,<br />
construindo espaços que possibilitem a efetivação de um ensino pautado na competência<br />
construída em pesquisa e extensão.<br />
É sabido que o grande diferencial na formação de nossos alunos, comparativamente<br />
a outras instituições, reside na possibilidade de participarem ativamente de atividades de<br />
pesquisa e de extensão durante sua formação. Gostaríamos, entretanto, de possibilitar a um<br />
conjunto maior de estudantes esta possibilidade, acrescentando às experiências de pesquisa<br />
e extensão que já estão disponibilizadas, atividades curriculares onde esta integração seja<br />
trabalhada de forma intencional como parte do processo formativo do aluno.<br />
Propostas nesta direção vêm sendo colocadas em prática em algumas Universidades<br />
com ótimos resultados, particularmente a Universidade Federal da Bahia (UFBA) vem<br />
desenvolvendo uma experiência bastante interessante e que, com algumas adaptações,<br />
serviu de referência para a presente proposta de introdução na UFSCar de Atividades<br />
Curriculares de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão (ACIEPE), elaborada em conjunto<br />
pela ProGrad e ProEx, que passamos a apresentar a seguir.<br />
Assim, embora ainda um esboço, a proposta aqui apresentada tem como objetivo<br />
estimular a discussão não só sobre alternativas pedagógicas para o percurso curricular dos<br />
alunos da UFSCar, mas também para uma universidade onde o ensino, a pesquisa e a<br />
extensão sejam tratadas de fato de forma indissociada possibilitando a concretização deste<br />
novo paradigma de universidade.<br />
Espera-se, em suma, que a Atividade Curricular de Integração Ensino, Pesquisa e<br />
Extensão possa ser um passo inicial desse processo, e a expectativa é a de que essa proposta<br />
possa ser experimentada em alguns cursos que se disponham a tal, no próximo semestre<br />
letivo.<br />
O que é ACIEPE?<br />
A Atividade Curricular de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão (ACIEPE) é uma<br />
experiência educativa, cultural e científica que, articulando o Ensino, a Pesquisa e a<br />
Extensão e envolvendo professores, técnicos e alunos da UFSCar, procura viabilizar e<br />
estimular o seu relacionamento com diferentes segmentos da sociedade.<br />
Como pesquisa e extensão, constitui-se em uma forma de diálogo com estes<br />
segmentos sociais para construir e reconstruir conhecimento sobre a realidade, de forma<br />
compartilhada, visando à descoberta e experimentação de alternativas de solução e<br />
encaminhamento de problemas. Como ensino, constitui-se na possibilidade de<br />
reconhecimento de outros espaços, para além das salas de aula e laboratórios, como locais<br />
privilegiados de aprendizagem significativa onde o conhecimento desenvolvido ganha<br />
concretude e objetividade. Como atividade curricular, a ACIEPE se constituiria em<br />
disciplina de natureza eletiva, inserida nos currículos de graduação, com 60 horas e 4<br />
créditos. Como prática de formação do profissional cidadão, a ACIEPE trabalha com:<br />
• o compromisso de colocar o conhecimento a serviço da sociedade compreendendo-o<br />
como ferramenta de transformação e superação das desigualdades sociais;<br />
• a compreensão do caráter complexo dos problemas da realidade, cuja discussão e<br />
aprofundamento compreende espaços dentro e fora da universidade e apresenta, como<br />
decorrência da própria prática, conteúdo multi, inter e transdisciplinar;<br />
59
• a experimentação de produção compartilhada de conhecimento;<br />
• a compreensão de que a pesquisa e a extensão devem ser atividades presentes nos<br />
processos de ensino e aprendizagem;<br />
• a compreensão de que a efetiva interação do universitário (professor, aluno ou<br />
funcionário) com a sociedade, o situa historicamente, o identifica culturalmente e<br />
contrasta sua formação técnica com os problemas que deve enfrentar.<br />
Do ponto de vista da sociedade, a ACIEPE poderá constituir-se em um momento<br />
especial de interação com a universidade na medida em que visa à construção de parcerias,<br />
possibilitando que a sociedade, além de usufruir dos conhecimentos já produzidos participe<br />
também do processo de reelaboração dos mesmos, na condição de sujeitos e não de mero<br />
espectadores.<br />
Embora como componente curricular a ACIEPE tenha características comuns às<br />
demais disciplinas (carga horária, creditação, avaliação e propósito acadêmico), ela se<br />
diferencia pela liberdade na escolha de temáticas e na definição de programa. Distingue-se<br />
do estágio curricular (atividade vinculada academicamente à Universidade), ou do estágio<br />
não curricular (atividade vinculada ao contratante externo), pois a experiência não objetiva<br />
apenas o exercício pré-profissional num campo específico de trabalho ou o exercício de<br />
aplicação do conhecimento obtido no curso. Deverão apresentar, como qualquer disciplina,<br />
um Plano de Ensino, a ser aprovado pelas coordenações dos cursos envolvidos e chefia de<br />
departamento, onde estejam claramente colocados os objetivos da atividade, que aspectos<br />
pretende desenvolver junto aos alunos participantes, assim como forma de avaliação.<br />
O que fazem os estudantes em ACIEPE ?<br />
A ACIEPE assumirá formas ou desenhos diversificados, a depender das inúmeras<br />
variáveis contextuais internas (cursos, áreas do conhecimento) ou externas (contexto de<br />
realização). Os estudantes, com a orientação de um professor, poderão, ao realizá-la:<br />
• Promover meios de conhecimento de realidades específicas, elaborando,<br />
cooperativamente, levantamentos, pesquisas de campo, diagnósticos, projetos e<br />
colaborando no encaminhamento de soluções de problemas;<br />
• Acompanhar, apoiar e assessorar projetos de extensão em desenvolvimento;<br />
• Vivenciar práticas profissionais de forma cooperativa e multidisciplinar em situações<br />
concretas de demandas da população;<br />
• Desenvolver atividades artísticas ou de resgate da memória cultural em comunidades;<br />
• Agregar aspectos qualitativos de interesse ou de necessidade da população nas ações<br />
promovidas pelo poder público ou por organizações da sociedade civil;<br />
• Desenvolver atividades pedagógicas de intercâmbio de conhecimentos entre a<br />
universidade e a população: ministrar cursos, fazer ou promover conferências, palestras,<br />
ciclos de estudos, debates, oficinas seminários, exposições, etc..<br />
Quais os objetivos de ACIEPE ?<br />
• Intensificar o contato da universidade com a sociedade, contribuindo para o<br />
cumprimento do compromisso social;<br />
• Fortalecer a indissociabilidade entre as atividades essenciais da universidade, ensino,<br />
pesquisa e extensão;<br />
60
• Contribuir para a melhoria da qualidade dos cursos de graduação, pós-graduação e das<br />
atividades de pesquisa e de extensão;<br />
• Promover maior aproximação entre os currículos e a vida concreta da sociedade;<br />
• Contribuir para a formação ética do profissional;<br />
• Estimular a problematização como atitude de interação com a realidade;<br />
• Propiciar a descoberta de novos objetos de investigação em contextos externos ao meio<br />
acadêmico;<br />
• Ensejar a experimentação de alternativas metodológicas de trabalho comunitário e de<br />
ensino;<br />
• Favorecer o desenvolvimento de uma atitude tanto questionadora como pró-ativa<br />
diante dos desafios e limites impostos pela nossa realidade social.<br />
F) POLÍTICAS DE ESTÁGIO, PRÁTICA PROFISSIONAL E ATIVIDADES<br />
COMPLEMENTARES<br />
Cada Coordenação de curso define a política de estágio a ser implementada, de<br />
acordo com as necessidades legais e de formação técnica, científica e cultural de seus<br />
alunos.<br />
G) POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA (PNE - PORTADORES DE<br />
NECESSIDADES ESPECIAIS)<br />
Em <strong>2005</strong> a Biblioteca Comunitária (BCO), sucesso da vocação inovadora e<br />
extensionista da UFSCar, completa 10 anos. Instalada em um moderno prédio de 9.000 m 2<br />
construídos para se tornar um centro referencial de informação e mais ainda, como um<br />
centro cultural, se tomada a visão mais ampla da informação, dispõe de infra-estrutura<br />
adequada para abrigar seu acervo, serviços e usuários.<br />
Somada a esta concepção, a vocação da Universidade na integração com a<br />
comunidade através de suas atividades de extensão, sustentou com grande firmeza o projeto<br />
de radical transformação. Desta forma, como um grande projeto de extensão, a BCo<br />
consolidou seu trabalho junto à comunidade através do seu Programa de Incentivo à Leitura<br />
(PROLER) e Programa de Atendimento a Grupos Especiais de Usuários: deficientes visuais<br />
(PROVER).<br />
Ao mesmo tempo em que se integra à comunidade externa, continua sua missão de<br />
apoiar as atividades relacionadas ao ensino e pesquisa.<br />
A Biblioteca Comunitária (BCo) dentre suas ações voltadas às comunidades interna<br />
e externa à Universidade, desenvolve uma política de inclusão através de serviços voltados<br />
aos seus usuários deficientes visuais (DV) com a finalidade de atender as necessidades<br />
específicas dos alunos da UFSCar, bem como dos alunos da rede de ensino local e do<br />
cidadão comum.<br />
O grupo de deficientes visuais destaca-se pela necessidade de um programa que<br />
possa apontar meios alternativos de acessar a literatura básica para seus estudos, além do<br />
acervo em Braille e sonoro. Após a alfabetização que é feita sem muitos problemas em São<br />
61
Carlos, o grande problema para essa comunidade estudantil é o acesso à literatura básica e<br />
de apoio às suas atividades acadêmicas. A literatura disponível em Braille, além de número<br />
limitado de títulos, é extremamente desatualizada. É constatado pelo próprio grupo que a<br />
maior carência de livros impressos em Braille se refere aos livros-texto e paradidáticos em<br />
todos os níveis de ensino, assim como literatura contemporânea e a infanto-juvenil.<br />
Desde 1996, a BCo vem desenvolvendo o PROVER – Programa de Atendimento a<br />
Grupos Especiais de Usuários: deficientes visuais, o qual tem como objetivo básico dar ao<br />
deficiente visual condições de acesso à literatura impressa por meio de recursos<br />
informacionais, hardware e software especiais que permitem a sonorização do texto<br />
impresso e a impressão em Braille. Oferece também ao usuário condições de acesso aos<br />
terminais de computador da biblioteca, para a recuperação de informação editada<br />
eletronicamente.<br />
A BCo disponibiliza para os usuários do PROVER um conjunto de equipamentos<br />
(microcomputadores, impressora especial e scanner) que permitem o treinamento para o<br />
uso do computador e o sistema DOS-VOX e Virtual Vision).<br />
Em 1996 a BCo iniciou seu atendimento a 4 (quatro) usuários, chegando a atingir 24<br />
usuários em 1998. Hoje, tem equipamentos instalados também na EMEB Antonio Stella<br />
Moruzzi e dá atendimento a 18 usuários, além de usuários ocasionais que usam apenas a<br />
impressora Braille.<br />
Ao longo desses anos, como complementação do trabalho e procurando incentivar a<br />
leitura em Braille, foram criadas algumas atividades para ensino e aprimoramento da leitura<br />
nessa linguagem. Com isso, o programa vem formando um acervo em Braille, através das<br />
obras escaneadas e impressas na BCo e também pelas doações recebidas da Fundação<br />
Dorina Nowill, Instituto Benjamin Constant e Senado Federal.<br />
Com relação às barreiras arquitetônicas para o livre trânsito de deficientes físicos,<br />
são desenvolvidas ações visando removê-las (instalação de rampas de acesso, adequação de<br />
banheiros, etc.) para as áreas já construídas. Para novas obras, os projetos se adequam à<br />
legislação vigente.<br />
3.2 OFERTA DE CURSOS E PROGRAMAS (PRESENCIAIS E À DISTÂNCIA)<br />
• Graduação e Pós-Graduação stricto sensu<br />
A UFSCar atualmente oferece apenas cursos presenciais de graduação e pósgraduação.<br />
As definições quanto à oferta de cursos à distância, seqüenciais e de outras<br />
modalidades estão previstas para ocorrerem durante o desenvolvimento das atividades do<br />
PDI, ora em curso, porém não realizadas em sua plenitude.<br />
Os programas de Pós-Graduação Lato Sensu têm ofertas anuais, pois dependem da<br />
demanda da sociedade e não apenas dos anseios da Universidade.<br />
No concernente à graduação, a UFSCar oferece 1.100 vagas por ano em seu<br />
vestibular, para cursos diurnos (integrais), vespertinos noturnos e noturnos.<br />
Tanto na Graduação como na Pós-Graduação, as matrículas dos alunos são<br />
renovadas semestralmente, a cada processo de inscrição em disciplinas. As tabelas abaixo<br />
apresentam os cursos atuais e planejados de graduação e pós-graduação.<br />
62
Oferta de cursos de graduação<br />
Cursos oferecidos até <strong>2005</strong><br />
Curso Campus Modalidade Período<br />
Duração<br />
(sem.)<br />
Biblioteconomia e Ciência da Informação S.Carlos Bacharelado Noturno 8 40<br />
Imagem e Som S.Carlos Bacharelado Noturno 8 40<br />
Música S.Carlos Licenciatura Integral 8 20<br />
Ciências Sociais S.Carlos Bacharelado Integral 8 50<br />
Letras S.Carlos Licenciatura Noturno 8 40<br />
Pedagogia S.Carlos Licenciatura Integral 8 50<br />
Ciências Biológicas S.Carlos Bacharelado Integral 8 30<br />
Ciências Biológicas S.Carlos Licenciatura Vesp./Not. 8 30<br />
Enfermagem S.Carlos Bacharelado Integral 8 30<br />
Fisioterapia S.Carlos Bacharelado Integral 8 40<br />
Terapia Ocupacional S.Carlos Bacharelado Integral 8 30<br />
Psicologia S.Carlos Bach.e formação de psicólogo Vesp./Not. 8 40<br />
Educação Física e Motricidade Humana S.Carlos Licenciatura e Bacharelado Noturno 8 40<br />
Engenharia Agronômica Araras Bacharelado Integral 10 50 ( ** )<br />
Engenharia de Computação S.Carlos Bacharelado Integral 10 30<br />
Engenharia Química S.Carlos Bacharelado Integral 10 60<br />
Engenharia de Materiais S.Carlos Bacharelado Integral 10 60<br />
Engenharia de Produção S.Carlos Bacharelado Integral 10 100<br />
Engenharia Civil S.Carlos Bacharelado Integral 10 50<br />
Engenharia Física S.Carlos Bacharelado Integral 10 30<br />
Ciência da Computação S.Carlos Bacharelado Integral 10 60<br />
Estatística S.Carlos Bacharelado Integral 8 30<br />
Matemática S.Carlos Licenciatura e Bacharelado Integral 8 30<br />
Vagas<br />
63
Curso Campus Modalidade Período<br />
Duração<br />
(sem.)<br />
Matemática S.Carlos Licenciatura e Bacharelado Vesp./Not. 8 30<br />
Física S.Carlos Licenciatura e Bacharelado Integral 8 50<br />
Química S.Carlos Bacharelado Integral 8 50<br />
Química S.Carlos Licenciatura Noturno 8 20<br />
Cursos com oferta prevista para 2006<br />
Medicina São Carlos Bacharelado Integral 12 40<br />
Biotecnologia Araras Bacharelado Integral 8 25<br />
Engenharia de Produção Sorocaba Bacharelado Integral 10 60<br />
Ciências Biológicas Sorocaba Bacharelado Integral 8 40<br />
Ciências Biológicas Sorocaba Licenciatura Integral 8 40<br />
Turismo Sorocaba Bacharelado Integral 8 40<br />
Cursos com oferta prevista para 2007<br />
Engenharia Florestal Sorocaba Bacharelado Integral 10 60<br />
Cursos com oferta prevista para 2008<br />
Curso na área de Humanidades (a definir) Sorocaba Bacharelado Integral 10 40<br />
Curso na área das Engenharias (a definir) Sorocaba Bacharelado Integral 10 60<br />
Para 2009 e 2010 ainda não foram definidos os cursos a criar, pois se encontra em andamento levantamento de necessidades locais e<br />
regionais para os diferentes campi, bem como da capacidade de atendimento das necessidades por eles geradas.<br />
Vagas<br />
64
Oferta de cursos de pós-graduação<br />
Programa Nível Ingressantes*<br />
Conceito<br />
(M/D)<br />
CAPES<br />
Ciência e Engenharia de Materiais Mestrado e Doutorado 33/15 7<br />
Química Mestrado e Doutorado 30/26 7<br />
Engenharia Química Mestrado e Doutorado 16/13 6<br />
Ecologia e Recursos Naturais Mestrado e Doutorado 25/17 5<br />
Educação Mestrado e Doutorado 33/27 5<br />
Educação Especial Mestrado e Doutorado 22/14 5<br />
Engenharia de Produção Mestrado e Doutorado 45/12 4<br />
Física Mestrado e Doutorado 4/14 5<br />
Fisioterapia Mestrado e Doutorado 12/10 5<br />
Matemática Mestrado e Doutorado 9/5 5<br />
Genética e Evolução Mestrado e Doutorado 10/11 4<br />
Filosofia e Metodologia das Ciências Mestrado e Doutorado 23/22 4<br />
Engenharia Urbana Mestrado 22 4<br />
Ciências Fisiológicas Mestrado e Doutorado 11/5 5<br />
Ciências Sociais Mestrado e Doutorado 20/9 5<br />
Ciência da Computação Mestrado 38 3<br />
Estatística Mestrado 16 4<br />
Construção Civil Mestrado 16 3<br />
Biotecnologia Mestrado e Doutorado 3/2 4<br />
Lingüística<br />
Cursos previstos para iniciarem em 2006<br />
Mestrado 16 3<br />
Saúde Coletiva Mestrado 15<br />
Agroecologia e Desenvolvimento Rural Mestrado 16<br />
Estatística Doutorado 6<br />
Engenharia Urbana Doutorado 13<br />
(*) a quantidade de alunos ingressantes por ano não é fixo. Estes são os dados referentes ao último ingresso de alunos regulares.<br />
65
Programas de Pesquisa e Extensão<br />
A UFSCar é nacional e internacionalmente reconhecida pela qualidade da pesquisa<br />
que desenvolve. De acordo com o Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil, mantido<br />
pelo CNPq, a UFSCar possui 230 grupos de pesquisa certificados, assim distribuídos por<br />
área do conhecimento:<br />
• Ciências Agrárias: 7 grupos<br />
• Ciências Biológicas: 25 grupos<br />
• Ciências da Saúde: 24 grupos<br />
• Ciências Exatas e da Terra: 52 grupos<br />
• Ciências Humanas: 49 grupos<br />
• Ciências Sociais Aplicadas: 10 grupos<br />
• Engenharias: 54 grupos<br />
• Lingüística, Letras e Artes: 9 grupos<br />
Além disso, ainda em 1999, a UFSCar implantou a metodologia de Programas de<br />
Extensão que, por meio da Portaria GR 664/99, estabelece que um Programa é constituído<br />
por “um conjunto de projetos e planos de atividades afins, os quais compõem uma das<br />
linhas de atuação de determinado departamento acadêmico junto à comunidade...”. Tratase,<br />
neste sentido, de uma estratégia adotada por um ou mais professores, de um ou mais<br />
departamentos, para produzir e tornar acessível o conhecimento acerca de uma determinada<br />
temática.<br />
Trata-se de uma metodologia que tem como foco a indissociabilidade entre ensino,<br />
pesquisa e extensão, o que envolve uma compreensão da extensão não como um terceiro<br />
objetivo da universidade, mas sim uma atividade que de forma indissociada do ensino e da<br />
pesquisa dá concretude ao objetivo da universidade de produzir e sistematizar o<br />
conhecimento e torná-lo acessível; ou ainda, que entende a extensão como uma perspectiva<br />
que deve permear o ensino e a pesquisa. E, neste sentido, apesar do nome extensão que<br />
poderia (e talvez devesse) ser substituído por acadêmico por exemplo, um programa de<br />
extensão compreende o conjunto de atividades exercido pelo professor ou grupo de<br />
professores em conjunto com seus alunos.<br />
A análise destes Programas, disponível na home-page www.<strong>ufscar</strong>.br deixou<br />
evidente que ao adotarem a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão como<br />
elemento balizador de suas ações, eles passam de fato a articular à excelência acadêmica, a<br />
relevância social, binômio este responsável pelo compromisso social da universidade de<br />
produzir conhecimentos socialmente relevantes e torná-los acessíveis a toda a sociedade. É<br />
uma evidência, além disso, do acerto da metodologia de Programas no sentido de estimular<br />
a prática da indissociabilidade.<br />
A análise de cada um dos Programas da UFSCar está no anexo deste documento, no<br />
entanto, apresenta-se uma publicação de caráter mais jornalístico acerca destes programas.<br />
A Tabela abaixo apresenta o resultado numérico da avaliação dos Programas pelos<br />
Centros Acadêmicos, demonstrando não haver disparidades entre os resultados<br />
encontrados. Estão ali incluídos os três Programas ligados à ProEx e o Programa da<br />
Biblioteca Comunitária.<br />
66
Tabela - Avaliação dos Programas pelos Centros Acadêmicos<br />
Categoria de Avaliação CCET CCBS CECH CCA<br />
ProEx/N/<br />
Admin.<br />
TOTAL<br />
Exemplar e consolidado 11 09 08 02 02 32<br />
Consolidado 12 02 06 03 0 23<br />
Cons. com nec. readeq. 04 02 01 0 0 07<br />
Em consolidação 04 08 09 01 0 22<br />
Em cons. c/ nec. readeq. 03 02 02 01 0 08<br />
Em experiência 0 0 03 01 0 04<br />
Cancelado por solicitação 02 02 01 0 0 05<br />
Cancelado pela ProEx 03 02 06 01 02 14<br />
Total dos Programas 39 27 36 09 04 115<br />
4. INFRA-ESTRUTURA<br />
A) INFRA-ESTRUTURA FÍSICA<br />
A UFSCar conta hoje com dois campi universitários, o de São Carlos e o de Araras.<br />
Está prevista para 2006 a implantação de seu campus de Sorocaba.<br />
Seu principal campus, o de São Carlos, tem área total de 645 alqueires e área<br />
construída de 112.063 m 2 . Possui 77 salas de aula, 261 laboratórios, uma biblioteca<br />
comunitária com mais de 9.000 m 2 , teatros, anfiteatros, quadras poliesportvas, ginásio de<br />
esportes e de ginástica, piscina e demais áreas para a prática de esportes. Seus 27<br />
departamentos acadêmicos possuem salas administrativas e gabinetes para seus docentes e<br />
técnico-administrativos.<br />
O campus de Araras possui área total de 302,8 hectares e uma área construída de<br />
24.856,45 m 2 . Lá existem uma biblioteca setorial e edifícios administrativos e acadêmicos,<br />
além de salas de aula, 22 laboratórios, 1 LIG, quadra esportiva e anfiteatro.<br />
Encontra-se em fase de construção ou projeto um refeitório, com 415m 2 e um<br />
Laboratório de Informática para Graduação – LIG, e outro de Microscopia, ambos com<br />
325m 2 .<br />
67
B) INFRA-ESTRUTURA ACADÊMICA<br />
O acervo das bibliotecas da UFSCar abrange todas as áreas do conhecimento e é<br />
composto de monografias (livros, teses, dissertações, manuais, dicionários, enciclopédias,<br />
etc.), periódicos (revistas informativas e técnico-científicas), bases de dados e textos<br />
integrais e referenciais em CD-ROM, títulos multimídia em CD-ROM (enciclopédias e<br />
almanaques) e filmes em vídeo.<br />
A UFSCar mantém uma política de manutenção e atualização do acervo<br />
bibliográfico, priorizando a aplicação dos recursos na aquisição da bibliografia básica dos<br />
cursos de graduação. Até serem disponibilizados através do convênio assinado pela Capes e<br />
editoras/distribuidoras, a Universidade mantinha assinaturas de periódicos estrangeiros e<br />
bases de dados referenciais em CD-ROM e on-line.<br />
Periodicamente a literatura destinada aos usuários de pós-graduação e pesquisa vem<br />
sendo adquirida com recursos extra-orçamentários capitados por meio de projetos e<br />
convênios a partir do lançamento de seus editais.<br />
De acordo com o parecer nº 995 da Canoa, de 03/03/04, as Bibliotecas da UFSCar,<br />
através do Programa de Manutenção e Atualização do Acervo Bibliográfico, passam a fazer<br />
jus ao valor correspondente a 1,5% do OCC exclusivamente para aquisição de material<br />
bibliográfico.<br />
Essa decisão da administração superior da UFSCar mostra sua preocupação em<br />
expandir e atualizar o acervo das Bibliotecas, propiciando melhorias do ensino de<br />
graduação; bem como facilita o planejamento mais adequado da aquisição.<br />
Com a correção do valor do Orçamento da Universidade, a porcentagem de 1,5<br />
concedida ao Programa sofrerá alterações no período abrangido, bem como o preço médio<br />
do material bibliográfico.<br />
Acervo até Dezembro de 2004<br />
Monografias 158.061volumes<br />
Periódicos 3.558 títulos<br />
Fitas de Vídeos 511<br />
CD-ROM 640<br />
Disquetes 276<br />
Baseando-se nos processos de aquisição anteriores e na previsão e aprovação de<br />
novos cursos de graduação e pós-graduação, estimou-se o crescimento do acervo<br />
bibliográfico para os anos compreendidos entre <strong>2005</strong> e 2010, conforme abaixo:<br />
Ano <strong>2005</strong> 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Volumes novos 1.100 3.274 3.241 3.209 3.174 3.143<br />
% Crescimento 0,69 2,07 2,05 2,03 2,00 1,98<br />
Para o apoio às atividades de ensino há, em cada edifício de salas de aula (ATs),<br />
uma sala de apoio, com retro-projetores e um projetor de slides. Além disso, todos os<br />
departamentos acadêmicos possuem projetores multimídia para suporte ao ensino.<br />
68
A estrutura de informática e de comunicação da UFSCar conta hoje com uma rede<br />
de fibra ótica mono-modo que interliga todas as unidades do campus, incluindo as salas de<br />
aula. Todos os vinte e sete departamentos do campus de São Carlos possuem um<br />
Laboratório de Informática da Graduação – LIG, com computadores interligados em redes<br />
locais que atendem a comunidade de alunos da graduação. O campus de São Carlos conta<br />
com cinco salas informatizadas (cada uma com 30 computadores em rede e projetor<br />
multimídia) disponíveis para aula, além de um telecentro para cursos de inclusão digital<br />
para a comunidade. Vários departamentos também possuem salas informatizadas<br />
localizadas. Consta de projeto da área de informática que, até o final de <strong>2005</strong>, os seis<br />
edifícios de salas de aulas proverão acesso à WWW via rede sem fio para os alunos e<br />
professores.<br />
A UFSCar passará a oferecer, até o final de <strong>2005</strong>, serviço de acesso à WWW sem<br />
fio, para professores, funcionários e alunos em suas diferentes áreas de eventos da<br />
(anfiteatros da Biblioteca Comunitária, Teatro Florestan Fernandes e anfiteatro da Reitoria).<br />
Afora isto, uma Intranet está sendo construída para aprimorar a comunicação interna entre<br />
professores, funcionários e alunos.<br />
O campus de Araras está conectado ao de São Carlos e suas unidades estão<br />
internamente interligadas via rede de fibra óptica, o que se pretende também para o novo<br />
campus de Sorocaba.<br />
C) ADEQUAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA PARA O ATENDIMENTO AOS<br />
PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS<br />
A adequação da infra-estrutura física para o atendimento aos portadores de<br />
necessidades especiais vem sendo executada por meio de intervenções em edifícios e já<br />
existentes e, para as novas obras, previstas desde seus projetos. O quadro abaixo contém<br />
tais adequações. As principais delas dizem respeito á retirada de barreiras arquitetônicas, a<br />
melhoria de calçadas e instalação de rampas e a adequação de banheiros públicos.<br />
Edifícios Adequações<br />
AT-1<br />
- implantação de rampas de acesso e internas<br />
- instalação de sanitários especiais<br />
AT-2<br />
- implantação de rampas externas que permitem acesso ao nível térreo<br />
- instalação de sanitário adaptado no térreo<br />
AT-3 - implantação de acesso via estacionamento<br />
AT-4<br />
- acesso garantido aos dois níveis, com rampa externa<br />
- sanitário adaptado no térreo<br />
AT-5<br />
- acesso garantido aos dois níveis, com rampa externa<br />
- sanitário adaptado nos dois andares<br />
AT-6 - sanitários especiais nos dois andares<br />
(AT significa Edifício de Aulas Teóricas)<br />
69
Em <strong>2005</strong> a Biblioteca Comunitária, sucesso da vocação inovadora e extensionista da<br />
UFSCar, completa 10 anos.<br />
Instalada em um moderno prédio de 9.000 m 2 construídos para se tornar um centro<br />
referencial de informação e mais ainda, como um centro cultural, se tomada a visão mais<br />
ampla da informação, dispõe de infra-estrutura adequada para abrigar seu acervo, serviços e<br />
usuários.<br />
Somada a esta concepção, a vocação da Universidade na integração com a<br />
comunidade através de suas atividades de extensão, sustentou com grande firmeza o projeto<br />
de radical transformação. Desta forma, como um grande projeto de extensão, a BCo<br />
consolidou seu trabalho junto à comunidade através do seu Programa de Incentivo à Leitura<br />
(PROLER) e Programa de Atendimento a Grupos Especiais de Usuários: deficientes visuais<br />
(PROVER).<br />
Ao mesmo tempo em que se integra à comunidade externa, continua sua missão de<br />
apoiar as atividades relacionadas ao ensino e pesquisa.<br />
A Biblioteca Comunitária (BCo) dentre suas ações voltadas às comunidades interna<br />
e externa à Universidade, desenvolve uma política de inclusão através de serviços voltados<br />
aos seus usuários deficientes visuais (DV) com a finalidade de atender as necessidades<br />
específicas dos alunos da UFSCar, bem como dos alunos da rede de ensino local e do<br />
cidadão comum.<br />
O grupo de deficientes visuais destaca-se pela necessidade de um programa que<br />
possa apontar meios alternativos de acessar a literatura básica para seus estudos, além do<br />
acervo em Braille e sonoro. Após a alfabetização que é feita sem muitos problemas em São<br />
Carlos, o grande problema para essa comunidade estudantil é o acesso à literatura básica e<br />
de apoio às suas atividades acadêmicas. A literatura disponível em Braille, além de número<br />
limitado de títulos, é extremamente desatualizada. É constatado pelo próprio grupo que a<br />
maior carência de livros impressos em Braille se refere aos livros-texto e paradidáticos em<br />
todos os níveis de ensino, assim como literatura contemporânea e a infanto-juvenil.<br />
Desde 1996, a BCo vem desenvolvendo o PROVER – Programa de Atendimento a<br />
Grupos Especiais de Usuários: deficientes visuais, o qual tem como objetivo básico dar ao<br />
deficiente visual condições de acesso à literatura impressa por meio de recursos<br />
informacionais, hardware e software especiais que permitem a sonorização do texto<br />
impresso e a impressão em Braille. Oferece também ao usuário condições de acesso aos<br />
terminais de computador da biblioteca, para a recuperação de informação editada<br />
eletronicamente.<br />
A BCo disponibiliza para os usuários do PROVER um conjunto de equipamentos<br />
(microcomputadores, impressora especial e scanner) que permitem o treinamento para o<br />
uso do computador e o sistema DOS-VOX e Virtual Vision).<br />
Em 1996 a BCo iniciou seu atendimento a 4 (quatro) usuários, chegando a atingir 24<br />
usuários em 1998. Hoje, tem equipamentos instalados também na EMEB Antonio Stella<br />
Moruzzi e dá atendimento a 18 usuários, além de usuários ocasionais que usam apenas a<br />
impressora Braille.<br />
Ao longo desses anos, como complementação do trabalho e procurando incentivar a<br />
leitura em Braille, foram criadas algumas atividades para ensino e aprimoramento da leitura<br />
nessa linguagem. Com isso, o programa vem formando um acervo em Braille, através das<br />
obras escaneadas e impressas na BCo e também pelas doações recebidas da Fundação<br />
Dorina Nowill, Instituto Benjamin Constant e Senado Federal.<br />
70
D) ESTRATÉGIAS E MEIOS PARA COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA<br />
O órgão interno responsável pela comunicação institucional é a Coordenadoria de<br />
Comunicação Social, subordinada diretamente à Reitoria. Em relação ao público interno, os<br />
objetivos da CCS são ampliar constantemente os meios e aprimorar os fluxos de<br />
informação entre os diversos segmentos da comunidade universitária, de modo a fomentar e<br />
possibilitar, por um lado, a interação entre docentes, discentes e servidores técnicoadministrativos<br />
das diferentes áreas do conhecimento e setores de atuação, e, por outro, a<br />
participação democrática e informada dessa comunidade nos processos decisórios da<br />
Universidade.<br />
Os veículos destinados à comunicação interna à Universidade são:<br />
• Boletim Informando: boletim quinzenal com quatro páginas, tiragem de 2.500<br />
exemplares, destinado à comunicação entre a administração superior da UFSCar e<br />
sua comunidade, mas, também, à divulgação do trabalho desenvolvido por todos os<br />
membros dessa comunidade (particularmente as de ensino, pesquisa e extensão) e à<br />
discussão de temas relevantes para a Instituição e a educação superior brasileira.<br />
• Notícias UFSCar: boletim eletrônico diário enviado por e-mail a todos os membros<br />
da comunidade universitária, com caráter fortemente informativo e de serviços,<br />
tanto no que tange a assuntos relacionados estritamente ao funcionamento interno<br />
da Universidade, quanto a temas externos a ela, como eventos, oportunidades de<br />
financiamento etc.<br />
• Portal UFSCar: a página da UFSCar foi recentemente reformulada e, desde<br />
novembro de 2004, transformada em um Portal com informações institucionais,<br />
notícias atualizadas diariamente e serviços de interesse das comunidades interna e<br />
externa. O Portal é gerenciado pela CCS, mas a meta é que cada vez mais usuários<br />
diversos possam inserir diretamente seus conteúdos.<br />
• Outros apoios: a CCS apóia a comunidade universitária na divulgação de todas as<br />
atividades em que houver necessidade, através de cartazes, folhetos etc.<br />
No que diz respeito à divulgação externa, a UFSCar tem três linhas principais de<br />
atuação. Devido à forte inserção local e regional da Universidade, busca-se atuar em<br />
intensa colaboração com a imprensa local, divulgando as atividades da Instituição e,<br />
também, realizando ações inseridas já na segunda linha de atuação, ligada à atividade de<br />
divulgação científica. A realização de experiências que possam auxiliar a consolidar uma<br />
cultura científica no Brasil são, portanto, uma outra prioridade da UFSCar em relação às<br />
suas atividades de comunicação, expressa no envio de ‘releases’ freqüentes à imprensa<br />
(com planos de intensificação dessa inserção nos meios de comunicação), no atendimento<br />
às demandas dos profissionais de comunicação e, principalmente, na revista Univerciência,<br />
publicação voltada à divulgação da pesquisa desenvolvida em todo o Brasil, e não apenas<br />
na UFSCar. Por fim, a última linha de atuação é a produção de publicações institucionais<br />
voltadas a públicos e fins específicos, tais como a divulgação dos cursos de graduação da<br />
Universidade a potenciais futuros alunos, das opções de pós-graduação, o catálogo de<br />
programas de extensão e a Revista da Universidade, entre outros.<br />
71
E) CRONOGRAMA DE EXPANSÃO DA INFRA-ESTRUTURA PARA O<br />
PERÍODO DE VIGÊNCIA DO PDI<br />
O crescimento da estrutura física da UFSCar dar-se-á de acordo com as decisões<br />
tomadas pela CANOA, órgão assessor do Conselho Universitário, podendo passar por<br />
alterações em função das necessidades vigentes.<br />
<strong>2005</strong>:<br />
• Departamento de Computação (3.000 m 2 )<br />
• Departamento de Enfermagem (1687 m 2 )<br />
• Laboratório de Pré-fabricados (306 m 2 )<br />
2006:<br />
• Espaço de Vivência da Moradia Estudantil (277 m 2 )<br />
• Módulo 4 da Unidade Saúde Escola (1.000 m 2 )<br />
• Núcleo de Formação de Professores (945 m 2 )<br />
• Laboratório de Microscopia Eletrônica, fase 1 (400 m 2 )<br />
• Edifício de sala de aulas (1.600 m 2 )<br />
• Sala de Ensaios da Orquestra (200 m 2 )<br />
• Edifício de Rádio e TV (324 m 2 )<br />
• Ampliação do Centro de Caracterização de Materiais (523 m 2 )<br />
• Departamento de Medicina (2.125 m 2 )<br />
2007:<br />
• Núcleo de Formação de Professores – fase final<br />
• Módulo final da Unidade Saúde Escola<br />
• Departamento de Medicina – ampliação<br />
• Expansão do Departamento de Estatística<br />
• Expansão do Departamento de Engenharia Química<br />
2008:<br />
• Conclusão do Núcleo de Formação de Professores<br />
• Construção do espaço cultural do DCE<br />
• Construção do Departamento de Fisioterapia<br />
• Construção do Departamento de Terapia Ocupacional<br />
• Construção do edifício de salas de aula (AT7)<br />
2009:<br />
• Ampliação da área do Departamento de Assistência Médico-Odontológico<br />
O campus de Sorocaba está projetado para ser construído até o início de 2006, com<br />
um total de 11.878 m 2 , distribuídos entre as áreas Acadêmica (120 gabinetes para docentes,<br />
15 laboratórios, etc.), Administrativa (gabinetes da direção, chefias e coordenações de<br />
cursos secretarias, setor jurídico, recursos humanos, etc.) e de Apoio (biblioteca,<br />
72
informática, etc.). Serão construídas nove salas de aula, sala de apoio, restaurante<br />
universitário, parque esportivo, galpões e salas de uso comum, como um anfiteatro, quatro<br />
salas de computadores (para 140 microcomputadores), e demais dependências comuns. Esta<br />
área deve, portanto, ser considerada para o ano de <strong>2005</strong>, devendo uma pequena parcela das<br />
obras ser entregue em janeiro de 2006.<br />
5. ASPECTOS FINANCEIROS E ORÇAMENTÁRIOS<br />
A estratégia de gestão econômico-financeira adotada pela UFSCar esta sustentada<br />
por ações que permitem com que suas atividades de pesquisa ensino e extensão sejam<br />
concretizadas. A UFSCar administra três de recursos, Recursos do Tesouro Nacional,<br />
Recursos Próprios e Recursos Extra-Orçamentários. Os Recursos do Tesouro Nacional<br />
cobrem as despesas de custeio e capital, bem como de pessoal, sendo esta última de<br />
gerenciamento direto do Ministério de Planejamento e Orçamento.<br />
Recursos de Tesouro Nacional<br />
O repasse dos Recursos do Tesouro Nacional é realizado, atualmente, mediante<br />
modelo desenvolvido pela ANDIFES - Associação Nacional de Dirigentes de Instituições<br />
de Ensino Superior-, o qual estabelece o percentual que cada IFES deverá receber do<br />
montante destinado pelo MEC para recursos de custeio e capital para as IFES.<br />
Entretanto, os recursos repassados não são suficientes para as IFES atenderem os<br />
seus compromissos. Nesse sentido a ANDIFES busca junto ao Congresso Nacional os<br />
recursos complementares mediante a aprovação de uma emenda. A divisão entre as IFES<br />
também é realizada utilizando o modelo já citado. A Tabela 1 sintetiza os valores recebidos<br />
pela UFSCar referentes a RTN.<br />
Tabela 1 – Recursos repassados de RTN em R$<br />
2002<br />
2003<br />
2004<br />
<strong>2005</strong><br />
(valores previstos)<br />
Custeio RTN 6.785.438,00 7.032.832,00 8.237.461,00 11.089.098,00<br />
Emenda ANDIFES 1.007.056,00 1.644.271,00 1.055.488,00 0,00<br />
Total 7.792.494,00 8.677.103,00 9.292.949,00 11.089.098,00<br />
Capital RTN 74.995,00 150.000,00 250.000,00 820.000,00<br />
Emenda ANDIFES 123.170,00 182.697,00 546.047,00 650.000,00<br />
Total 198.165,00 332.697,00 796.047,00 1.470.000,00<br />
Alocação de RTN<br />
Os recursos custeio de RTN são distribuídos conforme procedimento adotado pelo<br />
Conselho Universitário da UFSCar, através da Comissão para Assuntos de Natureza<br />
73
Orçamentária e Administrativa – CANOA-, desde 1998. O procedimento consiste, em um<br />
primeiro momento, na distribuição dos recursos para atender as despesas referentes ao uso<br />
de bens e serviços de interesse da Universidade como um todo. Após a alocação inicial para<br />
as despesas citadas é aplicado um modelo de partição onde na distribuição dos recursos<br />
restantes.<br />
O modelo consiste na aplicação de um “índice de distribuição", para cada centro de<br />
custo. A UFSCar definiu como Centro de Custo, os quatros centros acadêmicos - Centro de<br />
Ciências Exatas e Tecnologia, Centro de Ciências Humanas, Centro de Ciências Biológicas<br />
e da Saúde, Centro de Ciências Agrárias, a Administração e a Prefeitura Universitária.<br />
Desta forma, cada centro de custo pode utilizar os recursos nos elementos de despesas de<br />
custeio nos quais o centro mais necessite.<br />
Devido às especificidades das áreas acadêmicas e administrativas, optou-se por<br />
diferenciá-las para que o modelo refletisse a realidade da UFSCar. Assim, tanto para a<br />
Administração como para a Prefeitura Universitária o índice é o mesmo enquanto que para<br />
os centros acadêmicos os mesmos podem ser alterados em decorrência de mudanças dos<br />
valores de entradas nos parâmetros do modelo.<br />
Os parâmetros utilizados para a área acadêmica foram: número de docentes, número<br />
de servidores, número de alunos atendidos pelo centro acadêmico, área construída sem<br />
laboratórios, área de laboratórios, créditos práticos e créditos teóricos.<br />
A Tabela 2 aponta os índices de distribuição de cada centro de custo utilizados em<br />
<strong>2005</strong>.<br />
Tabela 2 – Índices de Distribuição de RTN para <strong>2005</strong><br />
Centro de Custo Índice para <strong>2005</strong> - %<br />
Centro de Ciências Exatas e Tecnologia – CCET 31,11<br />
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS 12,77<br />
Centro de Ciências Humanas – CECH 8,85<br />
Centro de Ciências Agrárias – CCA 5,63<br />
Administração 37,85<br />
Prefeitura Universitária – PU 3,79<br />
Assim, atualmente os diversos programas desenvolvidos são sustentados por esses<br />
recursos. As fontes extra-orçamentárias estão centradas em emendas parlamentares, que<br />
podem ser incorporadas ao orçamento ou se transformarem em convênio, em projetos<br />
submetidos a outros ministérios ou a agências financiadoras, em projetos de extensão junto<br />
a comunidade para a prestação de serviços e, por fim, na geração de recursos próprios.<br />
A destinação dos recursos é realizada em um órgão colegiado que assessora o<br />
Conselho Universitário, a Comissão para Assuntos de Natureza Orçamentária e<br />
Administrativa – CANOA. As necessidades tanto de equipamentos como de obras,<br />
reformas e ampliação, são avaliadas e mediante uma análise de prioridades os recursos são<br />
alocados.<br />
Quanto aos recursos de capital, os mesmos estão sendo aplicados para a reposição<br />
de material permanente e para a reforma das instalações prediais devido ao sucateamento<br />
74
das instalações, pois nos períodos anteriores os recursos nestas alíneas foram<br />
insignificantes.<br />
Recursos Próprios<br />
Recursos Próprios são os valores que a Instituição arrecada. As principais fontes de<br />
arrecadação são: Registro de Diplomas, Restaurante Universitário, Aluguel de Espaço<br />
Físico, Arrecadação com Vestibular e Repasses da Fundação de Apoio Institucional, FAI-<br />
UFSCar.<br />
Quanto a estes recursos a UFSCar tem adotado uma postura pró-ativa buscando<br />
diversificar as fontes de arrecadação. Isto pode ser exemplificado com o contrato realizado<br />
para a instalação de um posto de atendimento bancário na área da UFSCar mediante o<br />
repasse de valores para a Instituição.<br />
A Tabela 3 aponta os valores arrecadados no período de 2002 a 2004. Observa-se<br />
que os valores são crescentes e isso se deve principalmente aos recursos que a Fundação de<br />
Apoio tem repassado para a UFSCar. A FAI-UFSCar administra convênios e contratos<br />
junto a órgãos de fomentos públicos e parceiros da iniciativa privada e proporciona um<br />
atendimento profissional aos gerentes dos projetos administrados por ela.<br />
Tabela 3 – Arrecadação de Recursos Próprios – R$<br />
Alínea 2002 2003 2004<br />
<strong>2005</strong><br />
(valores previstos)<br />
Custeio 730.147,00 878.526,00 1.114.803,00 1.519.518,00<br />
Capital 53.577,00 186.672,00 230.875,00 350.000,00<br />
Total 783.724,00 1.065.198,00 1.345.678,00 1.869.518,00<br />
Alocação de Recursos Próprios<br />
Os recursos próprios da UFSCar são destinados a atender as demandas dos diversos<br />
setores que deixaram de ser atendidos pelos RTN. Diante da falta de recursos a CANOA<br />
deliberou que as demandas como informática, livros, graduação e outras seriam atendidas<br />
mediante programas. Os programas definidos pela CANOA para o ano de <strong>2005</strong> estão na<br />
Tabela 4.<br />
Tabela 4 – Programas atendidos com Recursos Próprios - <strong>2005</strong><br />
Setor que<br />
Programa - Recurso Próprios<br />
Gerencia os<br />
Programas<br />
Auxílio às atividades da Assessoria de Assuntos Internacionais -<br />
ARAI ARAI<br />
Contribuições para associações internacionais<br />
(OUI/COLUMBUS/AUGM/AULP/IAU) ARAI<br />
75
Programa de Manutenção da Qualidade das Bibliotecas - Bco BCo<br />
Programa Especial de Apoio à Comunicação Social - CCS CCS<br />
Revista do Candidato <strong>2005</strong> - CCS CCS<br />
Revista Univerciência - CCS CCS<br />
Folders e outros materiais de divulgação CCS<br />
Programa Especial de Apoio à Coordenadoria Especial do Meio<br />
Ambiente - CEMA CEMA<br />
Programa de Apoio Administrativo - Sist. Cont. Resíduos - CEMA CEMA<br />
Editoração de Livros - EDUFSCAR Editora<br />
Programa Especial de Apoio às Atividades Culturais - CEC/PROEX ProEx<br />
Sistema de Informação de Extensão - PROEX ProEx<br />
Equipamentos e serviços para implantação de rádio cinema -<br />
PROEX ProEx<br />
Programa Especial de Apoio às Atividades de Extensão - PROEX ProEx<br />
Programa Especial Democratização do Acesso ao Ensino Superior -<br />
PROEX ProEx<br />
Programa Especial de Apoio às Atividades de Graduação -<br />
PROGRAD PROGRAD<br />
Programa Integrado de Apoio ao Docente Recém Doutor - 250<br />
264004 - PROPGPP ProPGP<br />
Programa de Economia de Água - PU PU<br />
Contribuições para associações nacionais (Andifes e Unitrabalho) -<br />
REITORIA Reitoria<br />
UFSCar 35 anos Reitoria<br />
Programa Especial de Investimento ao Restaurante Universitário-<br />
Campus S. Carlos - RU SAC<br />
Programa Especial de Investimento ao Restaurante Universitário -<br />
Campus Araras - RU SAC<br />
Programa de Apoio às Atividades Esportivas - SAC SAC<br />
Aluguel residencial para alunos carentes - São Carlos e Araras –<br />
SAC SAC<br />
Programa Especial de Informatização das Atividades de Apoio –<br />
SIN SIn<br />
Plano de Desenvolvimento Institucional - SPDI SPDI<br />
Programa de Capacitação de Pessoal Técnico Administrativo - SRH SRH<br />
76
Recursos Extra-Orçamentários<br />
Diante da redução significativa de aporte de recursos extra-orçamentários no final<br />
dos anos 90 e na virada do século, a UFSCar adotou uma estratégia de buscar recursos por<br />
meio de projetos elaborados pela administração e encaminhados para o MEC, outros<br />
Ministérios, órgãos de fomento e para o congresso nacional. Os resultados foram<br />
significativos e foi possível, a partir destes recursos iniciar um processo de expansão física<br />
e de modernização dos materiais permanentes na UFSCar.Estes recursos são administrados<br />
como convênios ou como emenda parlamentar, quando são incorporados no orçamento. Os<br />
recursos das emendas parlamentar são geralmente repassados no final do exercício o que<br />
dificulta o seu uso no exercício e passam a ser executadas no período seguinte. A Tabela 5<br />
estabelece os recursos recebidos nesta modalidade.<br />
Tabela 5 – Recursos Extra-Orçamentários<br />
Ano 2002 2003 2004<br />
<strong>2005</strong><br />
(valores previstos)<br />
Emendas 200.000,00 350.000,00 600.000,00 1.700.000,00<br />
Convênios 3.349.887,00 3.136.173,00 4.850.000,00 9.676.309,00<br />
Total 3.549.887,00 3.486.173,00 5.450.000,00 11.376.309,00<br />
Alocação dos Recursos Extra-Orçamentários<br />
A aprovação destes recursos é realizada mediante a aprovação de um plano de<br />
trabalho que estabelece a execução financeira destes recursos. Os principais projetos<br />
desenvolvidos com estes recursos estão discriminados na Tabela 6 abaixo.<br />
Tabela 6 – projetos desenvolvidos<br />
Ano Emendas Convênio<br />
2002 Recuperação da Pista da Saúde;<br />
Projeto de Segurança Preventiva.<br />
2003 Melhoria das Instalações no<br />
ambulatório; Médico-Odontológico;<br />
Implantação do Centro de Referência<br />
para a Prevenção e Reabilitação de<br />
Portadores de Necessidades;<br />
Construção de Edifício para Moradia<br />
Estudantil para alunos Carentes.<br />
Melhoria das instalações e<br />
equipamentos destinados ao apoio à<br />
educação a distancia;<br />
Construção de um edifício para os<br />
núcleos de extensão<br />
UFSCar/Sociedade<br />
Construção da 2ª etapa da UNIDADE<br />
SAÚDE ESCOLA – USE (convênio<br />
com o MS);<br />
Recuperação da Infra-estrutura Física<br />
da UFSCar (Emenda de bancada)<br />
Aquisição de Câmeras Digitais<br />
Móveis Complementares ao Sistema<br />
de Segurança Preventiva da UFSCar;<br />
Plano de Desenvolvimento<br />
Institucional da Universidade Federal<br />
de São Carlos - Fase 1;<br />
Conclusão e Aquisição de<br />
77
2004 Melhoria dos Equipamentos de<br />
Informática;<br />
Construção da Fase 1 e Fase 2 do<br />
Núcleo de Formação de Professores;<br />
Construção do Núcleo de Extensão –<br />
Rádio e TV;<br />
Reforma do Telhado da Biblioteca<br />
<strong>2005</strong><br />
(Previsão)<br />
Comunitária.<br />
Acervo Bibliográfico;<br />
Aquisição de Equipamentos<br />
Computacionais;<br />
Núcleo de Formação de Professores;<br />
Eliminação de Barreiras<br />
Arquitetônicas;<br />
Implantação de Campus da UFSCar;<br />
Equipamentos e Materiais<br />
Permanentes (convênio com o MS);<br />
Construção de Unidade Saúde e<br />
Aquisição de Equipamentos e Material<br />
Permanente - USE (convênio com o<br />
MS).<br />
Implantação Física do Plano<br />
de Desenvolvimento Institucional - 1ª<br />
Fase.<br />
Ampliação da Unidade Saúde Escola –<br />
USE (convênio com o MS).<br />
Consolidação da Orquestra<br />
Experimental da UFSCar;<br />
Implantação do Campus de Sorocaba;<br />
Instalação do Curso de Medicina;<br />
Conclusão da USE (convênio com o<br />
MS);<br />
Planos de Investimentos<br />
Atualmente, a UFSCar está desenvolvendo dois projetos de grande monta, a<br />
implantação do Curso de Medicina no campus de São Carlos e a instalação de um novo<br />
campus na região de Sorocaba com previsão de iniciar quatro cursos em 2006, um em 2007<br />
e mais dois em 2008. O orçamento e o cronograma de desembolso estão descritos nas<br />
Tabela 7 e 8.<br />
Tabela 7 – Cronograma de Desembolso para a Implantação do Curso de Medicina<br />
Ano Especificação Total<br />
<strong>2005</strong><br />
Obras Civis<br />
Equipamentos e Material Permanente<br />
Pagamento de Pessoa Jurídica<br />
Material de Consumo<br />
2.970.547,00<br />
1.105.762,00<br />
200.000,00<br />
1.000.000,00<br />
Total Geral 5.276.309,00<br />
78
Tabela 8 – Cronograma de Desembolso para a Instalação do Campus de Sorocaba<br />
2007<br />
Ano Especificação Total R$<br />
<strong>2005</strong><br />
2006<br />
Obras Civis<br />
Equipamentos e Material Permanente<br />
Pagamento de Pessoa Jurídica<br />
Material de Consumo<br />
Diárias<br />
Obras Civis<br />
Equipamentos e Material Permanente<br />
Pagamento de Pessoa Jurídica<br />
Material de Consumo<br />
Diárias<br />
Obras Civis<br />
Equipamentos e Material Permanente<br />
Pagamento de Pessoa Jurídica<br />
Material de Consumo<br />
Diárias<br />
2.400.000,00<br />
890.000,00<br />
130.000,00<br />
50.000,00<br />
30.000,00<br />
3.500.000,00<br />
3.700.000,00<br />
1.550.000,00<br />
10.000,00<br />
210.000,00<br />
30.000,00<br />
5.500.000,00<br />
1.000.000,00<br />
960.000,00<br />
10.000,00<br />
10.000,00<br />
20.000,00<br />
2.000.000,00<br />
Total Geral 11.000.000,00<br />
79
6. PROJETO DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DAS<br />
ATIVIDADES ACADÊMICAS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO<br />
A) PROJETO DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES<br />
ACADÊMICAS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, PLANEJAMENTO E<br />
GESTÃO<br />
O processo de avaliação é aqui concebido como subsídio fundamental para a gestão<br />
da Universidade, visando a melhoria constante da qualidade da formação, produção de<br />
conhecimento e da extensão realizadas na UFSCar. É parte de seus objetivos colocar à<br />
disposição da comunidade elementos relevantes para a formulação e implementação da<br />
política de desenvolvimento institucional e para a tomada de decisões.<br />
Concebida enquanto um processo desenvolvido por membros internos e externos à<br />
comunidade acadêmica, a avaliação institucional visa promover a qualidade acadêmica da<br />
UFSCAr em todos os seus níveis nos termos da sua missão, conforme apresentada e<br />
discutida no âmbito de seu Projeto de Desenvolvimento Institucional.<br />
Conforme perspectiva apontada pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação<br />
Superior (CONAES), a avaliação da instituição deverá fornecer uma visão global sob uma<br />
dupla perspectiva:<br />
“O objetivo de análise é o conjunto de dimensões, estruturas, relações, atividades, funções e<br />
finalidades da IES, centrado em suas atividades de ensino, pesquisa e extensão segundo os<br />
diferentes perfis e missões institucionais. Está compreendida, na avaliação da instituição, a<br />
gestão, a responsabilidade e compromissos sociais e a formação acadêmica e profissional<br />
com vistas a repensar sua missão para o futuro”.<br />
Os sujeitos da avaliação são os conjuntos de professores, estudantes, técnicoadministrativos<br />
e membros da comunidade externa especialmente convidados ou<br />
designados.” 1<br />
A avaliação institucional deve, nestes termos, possibilitar a construção de um<br />
projeto acadêmico sustentado por princípios como a gestão democrática e a autonomia, que<br />
visam a consolidar a responsabilidade social e o compromisso científico-cultural da<br />
instituição.<br />
O Processo de Avaliação Institucional, iniciado na UFSCar em 1996 com a<br />
implementação do PAIUB, deverá, nesta nova etapa, após a aprovação do SINAES,<br />
reorganizar-se em torno dos seguintes objetivos:<br />
- Sensibilizar a comunidade para a importância da avaliação institucional e sua<br />
integração com a missão da Universidade;<br />
- Sistematizar e analisar os dados institucionais, produzindo informações fidedignas<br />
capazes de subsidiar a gestão institucional (planejamento e implementação);<br />
- Construir uma metodologia de avaliação que permita aos diferentes setores da<br />
instituição desenvolver, de forma sistemática e contínua, projetos de autoavaliação;<br />
- Dar maior visibilidade à atuação da Universidade, incrementando seus<br />
compromissos com a qualidade e relevância social num diálogo contínuo com a<br />
sociedade civil.<br />
1 MEC/ CONAES – Diretrizes para a Avaliação das Instituições de Educação Superior<br />
80
Metodologia<br />
A concepção de avaliação adotada aqui, coerentemente com a história de avaliação<br />
da UFSCar foi a de “avaliação emancipatória”, numa perspectiva de “(a) firmar valores”.<br />
Tal concepção permite a descrição, a análise e a crítica da realidade, buscando a sua<br />
transformação. Ela possibilita, no decorrer de todo o processo, às pessoas, direta ou<br />
indiretamente envolvidas, o escrever a sua “própria história” e o gerar as suas “próprias<br />
alternativas”.<br />
O processo de auto-avaliação, respeitando as peculiaridades e especificidades de<br />
cada unidade universitária, gerenciando os diferentes instrumentos e informações<br />
disponibilidades deverá pautar-se numa metodologia que respeito os seguintes princípios:<br />
- Participação de todos os segmentos da comunidade acadêmica e representação da<br />
comunidade externa;<br />
- Transparência em todas as suas atividades, assegurando-se a publicidade de todos<br />
seus procedimentos;<br />
- Globalidade de resultados de forma a estes expressarem uma visão de conjunto da<br />
Instituição;<br />
- Gradualidade expressa num processo onde a incorporação das diferentes dimensões<br />
dar-se-á a partir de uma maior ou menor complexidade.<br />
Dimensões da Avaliação<br />
Pautado nestes quatro princípios gerais, o processo de auto-avaliação considerará,<br />
no seu desenvolvimento, as seguintes dimensões institucionais e exemplos de<br />
documentação, dados e indicadores para cada uma das dimensões:<br />
I. A missão e o plano de desenvolvimento institucional;<br />
- Plano de Desenvolvimento Institucional; Projeto Pedagógico dos cursos;<br />
Efetiva utilização do PDI como referência para programas e projetos<br />
desenvolvidos pela instituição; descrição do perfil de ingressantes e<br />
egressos.<br />
II. A política para o ensino, a pesquisa, a pós-graduação, a extensão e as<br />
respectivas formas de operacionalização, incluídos os procedimentos para<br />
estímulo à produção acadêmica, as bolsas de pesquisa, de monitoria e demais<br />
modalidades;<br />
- Currículos e programas de cursos; mecanismos de atualização e<br />
reformulação dos currículos e programas de curso; sistematização das<br />
atividades de extensão e análise do seu impacto; grupos de pesquisa, bolsas<br />
outorgadas e estímulos à pesquisa; convênios e acordos com outras<br />
instituições públicas e privadas; indicadores de atividades científicas;<br />
Conceitos da CAPES; indicadores de atuação profissional dos egressos;<br />
indicadores de publicações.<br />
III. A responsabilidade social da instituição, considerada especialmente no que se<br />
refere à sua contribuição em relação à inclusão social, ao desenvolvimento<br />
econômico e social, à defesa do meio ambiente, da memória cultural, da<br />
produção artística e do patrimônio cultural;<br />
81
- Critérios utilizados para abertura de novos cursos e/ou ampliação de vagas;<br />
contribuições da instituição na criação de conhecimentos para o<br />
desenvolvimento científico, técnico ou cultural; caracterização e pertinência<br />
das atividades desenvolvidas nas áreas sociais e voltadas para o<br />
desenvolvimento sustentável; dados sobre políticas institucionais de inclusão<br />
de estudantes em situação econômica desfavorável; lista dos estudantes e<br />
servidores portadores de necessidades especiais e das estratégias<br />
pedagógico-didáticas empregadas.<br />
IV. A comunicação com a sociedade;<br />
- Meios e canais de comunicação utilizados para divulgação para a<br />
comunidade interna e externa das atividades desenvolvidas; regimentos e<br />
manuais de circulação interna informando sobre procedimentos; existência<br />
de sites de divulgação na WEB e análise de sua eficácia; clareza e<br />
completude das informações dadas aos alunos sobre seus cursos;<br />
questionários destinados aos membros dos diversos segmentos da instituição<br />
avaliando a efetividade da comunicação e circulação das informações;<br />
procedimentos de recepção de sugestões e procedimentos de resposta.<br />
V. As políticas de pessoal, as carreiras do corpo docente e do corpo técnicoadministrativo,<br />
seu aperfeiçoamento, desenvolvimento profissional e suas<br />
condições de trabalho;<br />
- Número de servidores (docentes e técnico-administrativos), regimes de<br />
trabalho, escolaridade, envolvimento com atividades de pesquisa e extensão,<br />
políticas de capacitação, avaliações de desempenho; Formação didáticopedagógica<br />
dos docentes, número de publicações, grau de envolvimento com<br />
o ensino, com a pesquisa e com a extensão; Pesquisa sobre a satisfação dos<br />
servidores com as condições de trabalho e formação.<br />
VI. Organização e gestão da instituição, especialmente o funcionamento e<br />
representatividade dos colegiados, sua independência e autonomia e a<br />
participação dos segmentos da comunidade universitária nos processos<br />
decisórios;<br />
- Atas dos órgãos colegiados; Regulamentos internos, normas acadêmicas,<br />
regimentos e estatutos; Funcionamento do Sistema de Registro Acadêmico;<br />
Funcionamento do Sistema de Informações; Mecanismos de controle das<br />
normas acadêmicas; Organogramas.<br />
VII. Infra-estrutura física, especialmente a de ensino e de pesquisa, biblioteca,<br />
recursos de informação e comunicação;<br />
- Número e condições dos diferentes espaços acadêmicos (salas de aula,<br />
salas de docentes, laboratórios, salas informatizadas, salas de reunião,<br />
instalações sanitárias, gabinetes de trabalho, instalações administrativas);<br />
existência e condições das áreas de convivência; acessos para portadores de<br />
necessidades especiais; equipamentos de informática, de laboratório e apoio<br />
administrativo; bibliotecas, acervo bibliográfico e acesso a bases de dados e<br />
bibliotecas virtuais; descrição do plano de segurança, proteção de riscos e<br />
proteção ambiental; questionários de satisfação dos usuários sobre as<br />
instalações em geral e especialmente sobre a biblioteca, laboratórios e<br />
equipamentos informáticos.<br />
82
VIII. Planejamento e avaliação, especialmente os processos, resultados e eficácia da<br />
auto-avaliação institucional;<br />
- Projeto Pedagógico Institucional e dos cursos; Relatórios parciais de autoavaliação,<br />
relatório final de auto-avaliação; ações decorrentes das conclusões<br />
da auto-avaliação; número de eventos e seminários de difusão dos processos<br />
de auto-avaliação.<br />
IX. Política de atendimento aos estudantes e egressos;<br />
- Número de estudantes matriculados por curso; número de estudantes com<br />
bolsas; número médio de estudantes por turma; número de bolsas e estímulos<br />
concedidos; número de intercâmbios realizados; número de trabalhos de<br />
estudantes publicados; taxa de sucesso na graduação; grau de participação<br />
estudantil; Pesquisas sobre os egressos e empregadores dos mesmos;<br />
evidências de atividades de formação continuada para os egressos.<br />
X. Sustentabilidade financeira, tendo em vista o significado social da continuidade<br />
dos compromissos na oferta da educação superior.<br />
- Relação aluno/ corpo técnico-administrativo; planilha financeira que<br />
compõe o PDI (relação orçamento/gastos); Tabela de cursos oferecidos;<br />
Relação docentes-em-capacitação/docentes-capacitados; Relação técnicoadministrativos-em-capacitação<br />
/ técnico-administrativos -capacitados;<br />
Relação estudantes-ingressantes/ concluintes.<br />
B) FORMAS DE PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ACADÊMICA<br />
Respeitando os princípios já apontados, reconhecemos ser a avaliação institucional<br />
da Universidade, antes de qualquer exigência legal, um importante instrumento para a<br />
reflexão interna, submetida ao crivo de um olhar externo e em diálogo com a sociedade<br />
civil. Tal instrumento, para cumprir sua finalidade, de fornecer elementos para a melhoria<br />
da atuação institucional da Universidade, necessita, obrigatoriamente, da efetiva<br />
participação de todos os segmentos da comunidade acadêmica.<br />
A legitimidade do processo e de seus produtos está essencialmente relacionada com<br />
a participação e envolvimento da comunidade universitária e, neste sentido, é fundamental<br />
adotar meios para a sua sensibilização, tais como palestras, reuniões, seminários entre<br />
outros.<br />
Para além da representação dos diferentes segmentos da comunidade universitária<br />
no interior da Comissão Própria de Avaliação é fundamental que tal representação ocorra<br />
também em diferentes espaços e momentos do processo quando, em função das dimensões<br />
a serem avaliadas, sub-comissões deverão ser constituídas.<br />
C) FORMAS DE UTILIZAÇÃO DOS RESULTADOS<br />
Uma vez finalizada a etapa de elaboração, divulgação e análise do relatório final<br />
inicia-se a fase de efetiva consolidação do trabalho desenvolvido, ou seja, a realização de<br />
um balanço crítico do processo avaliativo e de seus resultados em termos de melhoria da<br />
qualidade da IES, visando à sua continuidade.<br />
83
A partir dos resultados obtidos e de sua ampla divulgação caberá a instituição,<br />
conhecedora de seus erros e acertos, fortalezas e fragilidades, re-analisar suas metas e<br />
prioridades, rediscutindo com a comunidade seu Plano de Desenvolvimento Institucional.<br />
7. ANEXO I<br />
EXCERTOS DA PORTARIA GR Nº 664/99, DE 06 DE ABRIL DE 1999.<br />
Dispõe sobre as atividades de extensão universitária na UFSCar<br />
CAPÍTULO I<br />
DA CONCEPÇÃO E DOS OBJETIVOS<br />
Art. 1°. As atividades de extensão universitária têm como referência que à Universidade<br />
cabe, enquanto atribuições específicas relativas à sua responsabilidade de promover o<br />
desenvolvimento do saber: produzir, sistematizar, criticar, proteger, integrar, divulgar e<br />
difundir o conhecimento humano.<br />
Art. 2°. As atividades de extensão são consideradas como parte integrante dos três tipos<br />
de atividades-fim: pesquisa, ensino e extensão, que a instituição realiza para concretizar<br />
seus objetivos.<br />
§ 1°. Através da pesquisa, a Universidade atende aos objetivos de produzir, sistematizar,<br />
criticar e integrar o conhecimento, tornando-o disponível.<br />
§ 2°. Através do ensino de graduação, a Universidade garante a formação de pessoas<br />
para utilizar profissionalmente o conhecimento disponível nas diferentes áreas,<br />
capacitando-as para atuar nos campos de atuação profissional necessários à sociedade.<br />
§3°. Através do ensino de mestrado e doutorado, a Universidade garante a formação<br />
profissional de professores universitários e de cientistas, preparando-os para desenvolver o<br />
conhecimento e formar novas gerações desses profissionais para toda a sociedade;<br />
§ 4°. Através das atividades de extensão, a Universidade amplia o acesso ao<br />
conhecimento, capacitando pessoas a utilizar o conhecimento disponível.<br />
Art. 3°. Entende-se por atividade de extensão universitária aquela que é voltada para o<br />
objetivo de tornar acessível à sociedade o conhecimento de domínio da Universidade, seja<br />
por sua própria produção, seja pela sistematização do conhecimento universal disponível.<br />
§ 1°. Excetuam-se dessas atividades o ensino de graduação e os programas de mestrado e<br />
de doutorado que, pelas suas próprias características de ensino regular, constituem<br />
modalidades especiais de atividades para tornar o conhecimento existente acessível à<br />
sociedade<br />
§ 2°. Entende-se por tornar acessível à sociedade as atividades que criam recursos e<br />
condições para a apresentação de informações que facilitam a apropriação, pelos membros<br />
da sociedade, do conhecimento disponível.<br />
§ 3°. Tornar acessível o conhecimento existente inclui a produção de conhecimento sobre<br />
o próprio processo de acesso ao saber, desde a caracterização das necessidades da<br />
84
sociedade e a identificação de problemas relevantes para gerar a produção do<br />
conhecimento, até a realização de processos de disseminação do conhecimento disponível.<br />
Art. 4°. As atividades de extensão são consideradas como parte ou etapa de processos de<br />
produção de conhecimento e não como algo à parte desses processos.<br />
Parágrafo único. As unidades que propuserem as atividades de extensão deverão procurar<br />
garantir que as mesmas sejam, de fato, um esforço para tornar acessível o conhecimento<br />
produzido pela unidade, ou de seu domínio.<br />
Art. 5°. As atividades de extensão devem ter caráter educativo no sentido de tornar as<br />
pessoas aptas a utilizarem o conhecimento em suas próprias atividades.<br />
Parágrafo único. São indispensáveis para caracterizar qualquer atividade de extensão<br />
como universitária, devido à natureza e aos objetivos da instituição:<br />
I - a sua relação com a produção ou sistematização do conhecimento;<br />
II - o caráter educativo e de capacitação ao uso do conhecimento existente.<br />
Art. 6°. De acordo com o objetivo geral, estabelecido no art. 2°., § 4°., as atividades de<br />
extensão universitária têm os seguintes objetivos específicos:<br />
I - otimizar as relações de intercâmbio entre a Universidade e a sociedade em relação aos<br />
objetivos da instituição;<br />
II - aumentar a probabilidade de que as pessoas e as instituições utilizem, da melhor<br />
maneira possível, o conhecimento existente, na realização de suas atividades;<br />
III - produzir conhecimento sobre os processos de apropriação do conhecimento<br />
existente por parte da população e das instituições;<br />
IV - avaliar as contribuições da Universidade para o desenvolvimento da sociedade;<br />
V - facilitar e melhorar a articulação do ensino e da pesquisa com as necessidades da<br />
população do país;<br />
VI - preservar e proteger o conhecimento produzido pela sociedade.<br />
Art. 7°. Sempre que possível, as atividades de extensão devem ser realizadas com o<br />
envolvimento de alunos de graduação e de pós-graduação, como executores ou<br />
colaboradores.<br />
CAPÍTULO II<br />
DOS TIPOS DE ATIVIDADES DE EXTENSÃO<br />
Art. 8°. São considerados como extensão universitária os seguintes tipos de<br />
atividades:<br />
I - publicações que visem tornar o conhecimento acessível à população, a cientistas,<br />
profissionais, etc.;<br />
II - eventos culturais, científicos, artísticos e outros, que tenham como finalidade criar<br />
condições para que a comunidade tenha possibilidade de usufruir dos bens científicos,<br />
técnicos, culturais ou artísticos;<br />
85
III - serviços, através de atendimento direto à população ou, indiretamente, através de<br />
agências que fazem esse atendimento;<br />
IV - assessorias e consultorias com o fim de auxiliar pessoas ou instituições a utilizar<br />
mais ou melhor o conhecimento existente em suas atividades;<br />
V - cursos de atualização científica, de aperfeiçoamento profissional, de extensão<br />
cultural e artística, de extensão universitária, de especialização e outros que possam<br />
constituir instrumentos para maior acesso ao conhecimento;<br />
VI - intercâmbios de docentes ou técnicos da universidade para auxiliar no<br />
desenvolvimento de áreas carentes em outras instituições;<br />
VII - estudos ou pesquisas para aumentar o conhecimento sobre os processos de acesso<br />
ou utilização do conhecimento por parte da população em geral.<br />
Art. 9°. Os tipos de atividades de extensão são definidos no Anexo I desta Portaria.<br />
Art. 10 o . Todo e qualquer tipo de atividade de extensão deve ser realizado de maneira<br />
que não prejudique ou substitua outras instituições sociais que, por definição, sejam<br />
responsáveis por realizar atividades similares às propostas.<br />
Art. 11 o . Os cursos de especialização ou aperfeiçoamento, nas suas diversas<br />
modalidades, observarão a legislação vigente à época, em especial quanto à carga horária,<br />
conteúdo curricular e forma de avaliação do discente.<br />
ANEXO DA PORTARIA<br />
1. Os tipos de atividades de extensão referidos no art. 9°. da Portaria são definidos de<br />
acordo com o que segue:<br />
I - Cursos de Extensão Cultural: visam a aumentar o conhecimento geral das pessoas,<br />
sobre um determinado assunto, independentemente de sua formação específica. São cursos<br />
voltados para o objetivo de capacitar melhor a população, para usufruir do conhecimento já<br />
disponível: entender, acompanhar, utilizar, procurar, etc.; graças ao que aprenderem no<br />
curso;<br />
II - Cursos de Extensão Universitária: visam a aumentar, complementar a formação<br />
fornecida por qualquer curso de graduação ou pós-graduação, em relação a aspectos que,<br />
usualmente, não fazem parte do currículo desses cursos. Geralmente têm como perspectiva<br />
ou objetivo ampliar a formação para assuntos de interesse ou opção pessoal, mas não<br />
necessariamente fundamentais para a formação básica no campo profissional do<br />
interessado;<br />
III - Cursos de Aperfeiçoamento Profissional: visam a desenvolver uma reformulação,<br />
geralmente parcial, um aprofundamento ou uma complementação de habilidades e<br />
conhecimentos que compõem o perfil e a formação profissional em um determinado setor<br />
do conjunto de conhecimentos que compõem um campo de atuação profissional. Em geral<br />
são voltados para o restrito atendimento de uma necessidade na realização de um trabalho<br />
tal como este se apresenta em um dado momento;<br />
IV - Cursos de Atualização Científica: visam a fazer com que o participante<br />
acompanhe a evolução do conhecimento ou da produção científica e tecnológica em uma<br />
determinada área ou sobre um objeto de estudo específico. Não visam essencialmente a<br />
86
especializar, nem a ampliar o conhecimento ou experiência, e sim atualizar em relação ao<br />
conhecimento sobre um assunto em um período de tempo recente;<br />
V - Cursos de Especialização: visam a aprofundar o conhecimento e a capacidade de<br />
trabalho em um assunto, tema ou campo de atuação particular. Enfatizam a aquisição de<br />
conhecimentos e habilidades especializados e aprofundados, mas restritos a um objeto<br />
específico e para capacitar um agente a lidar melhor com esse objeto;<br />
VI - Publicações - livros, revistas, artigos , anais, resenhas, etc.: divulgação, através de<br />
linguagem escrita, da produção de conhecimento da Universidade e da humanidade em<br />
geral, em veículos que tornem essa produção disponível e maximizem sua disseminação à<br />
comunidade;<br />
VII - Vídeos, Filmes, Programas e outros meios: sobre o conhecimento gerado ou<br />
sistematizado pela Universidade, em qualquer de suas modalidades de trabalho com o<br />
conhecimento científico, técnico, filosófico, artístico, etc.;<br />
VIII - Reuniões científicas e técnicas, congressos, mesas redondas, encontros,<br />
simpósios, seminários, palestras e conferências incluindo sua organização: atividades<br />
organizadas para que a sociedade tome conhecimento da produção intelectual nas diversas<br />
áreas do conhecimento, a partir de contato direto com os indivíduos que produzem,<br />
sistematizam ou criticam esses conhecimentos, acompanhando o próprio processo de<br />
produção desse conhecimento ou conhecendo os resultados do mesmo;<br />
IX - Eventos - esportivos, artísticos, etc: promoção de atividades que coloquem a<br />
comunidade em contato com o patrimônio cultural da humanidade, tais como peças de<br />
teatro, apresentação de corais, shows de música, sessões de cinema ou vídeo, jogos ou<br />
promoções desportivas, de lazer, etc., de modo que as pessoas possam ter acesso a esse<br />
patrimônio;<br />
X - Oferta de produtos de pesquisa: atividades que visem a colocar à disposição da<br />
sociedade material químico, físico, biológico, etc., equipamentos ou tecnologia, criados<br />
pela Universidade, promovendo maior acesso a esses produtos;<br />
XI - Sistemas de Informação: organização, sistematização e oferta sistemática de<br />
informações úteis para a sociedade. Exemplos dessa modalidade de extensão são o<br />
cadastramento da produção intelectual da Universidade, bancos de dados sobre diferentes<br />
assuntos, bibliotecas, discotecas, videotecas, arquivos, museus, etc.<br />
XII - Criação ou manutenção de programas ou estações de rádio ou TV: com vistas<br />
a tornar acessível o conhecimento produzido pela Universidade e o patrimônio cultural da<br />
humanidade;<br />
XIII - Assessoria: oferta de subsídios através de um processo de acompanhamento de<br />
tomada de decisão na realização de trabalhos, intervenções, etc. Na assessoria há um<br />
envolvimento com todas as etapas do trabalho, incluindo avaliação de resultados;<br />
XIV - Consultoria: opinar ou emitir parecer sobre assunto, problema, projeto, tema,<br />
atividade, etc., sem envolvimento com a execução ou acompanhamento do trabalho<br />
relacionado ao parecer e mesmo da própria utilização do parecer;<br />
XV - Prestação de Serviços: realização direta de trabalhos profissionais, como consultas<br />
médicas, cirurgias, psicoterapia, tratamento de saúde, produção de materiais e objetos,<br />
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ealização de tarefas técnicas - projeto agronômico, planta de instalações residenciais,<br />
industriais, laboratoriais, etc., elaboração de protótipos, de diagnósticos profissionais, de<br />
provas técnicas para seleção de pessoal, etc., em campos de atuação para os quais a<br />
Universidade desenvolve conhecimento ou forma alunos. A prestação de serviços pela<br />
Universidade somente se justifica quando atender a pelo menos um dos seguintes itens:<br />
a- for condição para treinamento de alunos na realização de tarefas profissionais;<br />
b- for meio para testar técnicas, procedimentos e equipamentos resultantes da produção<br />
de conhecimento da Universidade;<br />
c- for meio para coletar dados e informações sobre assuntos relacionados ao serviço;<br />
d- tal tipo de serviço não existir na comunidade ou, existindo, não for acessível; neste<br />
caso, deve ser de duração temporária, até que o serviço esteja disponível e acessível;<br />
e- a prestação de serviço for uma condição ou um procedimento para desenvolver uma<br />
agência da comunidade para que esta passe a realizar tal prestação de serviços;<br />
XVI - Supervisão: atividade de acompanhamento técnico e de orientação por docentes<br />
em relação a trabalhos profissionais podendo ser contínuo ou com duração definida;<br />
XVII - Cooperação interinstitucional, tecnológica, educacional, cultural, artística,<br />
esportiva ou científica: toda e qualquer atividade, dentro dessas categorias, que vise<br />
auxiliar outra instituição ou organismos de representação da sociedade civil e científica a<br />
realizar atividades do tipo: disciplinas de curso de graduação ou pós-graduação,<br />
participação em projetos de pesquisa, bancas de concurso e realização de atividades em<br />
conjunto para viabilizar projetos de ambas as instituições.<br />
2. Oficinas e treinamentos serão considerados como cursos de caráter prático, simples e<br />
de curta duração, podendo ser de atualização científica, de aperfeiçoamento profissional, de<br />
extensão universitária ou de extensão cultural.<br />
3. As assessorias, consultorias e supervisões serão diferenciadas da prestação de serviços<br />
por ser esta última a execução direta de um trabalho técnico pelo profissional; a assessoria,<br />
a consultoria e a supervisão constituem modalidades de atuação profissional indireta - o<br />
trabalho final é realizado por outro profissional, com o auxílio daquelas.<br />
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
• MATUS, C. – O método PES, São Paulo, FUNDAP, 1992.<br />
• PAIUB-UFSCar – Avaliando o ensino de graduação, Pró-Reitoria de<br />
Graduação (CD-ROM)<br />
• SGUISSARDI, V. – Universidade, Fundação e Autoritarismo: o caso da<br />
UFSCar, Editoras EdUFSCar e Estação Liberdade, 1993. UFSCar<br />
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