Lista de exercícios de Filosofia - 4º Bimestre - 3º Ano ... - ALUB
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<strong>Lista</strong> <strong>de</strong> <strong>exercícios</strong> <strong>de</strong> <strong>Filosofia</strong> - <strong>4º</strong> <strong>Bimestre</strong> - <strong>3º</strong> <strong>Ano</strong> – Matutino & Vespertino<br />
1- O primeiro conceito <strong>de</strong> metafísica consiste em reconhecer como objeto da Metafísica<br />
o ser mais elevado e perfeito, do qual provêm todos os outros seres e coisas do mundo.<br />
(...) O segundo fundamental é a da Metafísica como doutrina que estuda os caracteres<br />
fundamentais do ser. O que todo ser tem e não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ter. (Abbagnano, Nicola.<br />
Dicionário <strong>de</strong> filosofia. São Paulo, Martins Fontes, 2007, pp. 660-663. Adaptado)<br />
Acerca <strong>de</strong>ssas duas <strong>de</strong>finições conceituais <strong>de</strong> Metafísica, po<strong>de</strong>-se afirmar que<br />
(A) a ambas é central a valorização das coisas sensíveis como entida<strong>de</strong>s autosuficientes<br />
para o estabelecimento da verda<strong>de</strong>.<br />
(B) nos dois casos prevalece uma concepção teológica relacionada ao conhecimento do<br />
ser superior a todos os seres.<br />
(C) o primeiro conceito caracteriza a Metafísica como teologia, e o<br />
conceito caracteriza a Metafísica como ontologia.<br />
(D) nos dois casos a verda<strong>de</strong> das coisas é consi<strong>de</strong>rada inseparável <strong>de</strong> um método<br />
relativístico para o conhecimento.<br />
(E) os parâmetros adotados por ambas pressupõem a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
estabelecimento da universalida<strong>de</strong>.<br />
2- Senti e não estranhei que o pão tão saboroso ao paladar saudável seja enjoativo ao<br />
paladar enfermo e que a luz agradável aos olhos que veem bem seja <strong>de</strong>sagradável aos<br />
doentes. E a vossa justiça é <strong>de</strong>sagradável aos maus - o mesmo acontece com a víbora e<br />
os répteis, que foram criados bons e a<strong>de</strong>quados à parte inferior da Criação, à qual os<br />
seres maus também pertencem, sendo tão mais semelhantes quanto são diferentes <strong>de</strong><br />
Vós. Do mesmo modo, os maus são tão mais semelhantes aos seres superiores quanto<br />
mais se tornam semelhantes a Vós. Indaguei sobre a malda<strong>de</strong> e não encontrei uma<br />
substância e sim a perversão da vonta<strong>de</strong> afastada <strong>de</strong> Vós, o Ser Supremo, ten<strong>de</strong>ndo em<br />
direção às coisas inferiores, expelindo as suas entranhas e inchando-se toda. (Santo<br />
Agostinho. As Confissões, citado em: Marcon<strong>de</strong>s, Danilo. Textos básicos <strong>de</strong> ética - <strong>de</strong><br />
Platão a Foucault. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Zahar, 2007, p. 57)<br />
Segundo a concepção <strong>de</strong> Agostinho, o Mal<br />
(A) é uma substância metafísica, tanto quanto o Bem.<br />
(B) é uma entida<strong>de</strong> historicamente variável e relativa.<br />
(C) po<strong>de</strong> ser combatido por meio do aperfeiçoamento intelectual.<br />
(D) é uma patologia emocional a ser curada pelo remédio certo.
(E) manifesta-se como <strong>de</strong>svio ou corrupção em relação à vonta<strong>de</strong> divina.<br />
3-Genericamente, po<strong>de</strong>-se dividir a filosofia medieval em dois gran<strong>de</strong>s momentos.<br />
Assinale a alternativa que contenha estes momentos:<br />
a) Patrística e a escolástica.<br />
b) Ceticismo e Estoicismo.<br />
c) Epicurismo e escolástica.<br />
d) Helenística e pitagórica.<br />
4-No contexto <strong>de</strong> dissolução do império romano e ascensão <strong>de</strong> um novo período<br />
histórico, feudalismo, encontrase a filosofia patrística, que tem na pessoa <strong>de</strong> Santo<br />
Agostinho (Aurelius Augustinus) sua expressão máxima.<br />
Acerca da filosofia agostiniana, po<strong>de</strong>mos dizer:<br />
I. Agostinho investigou a noção <strong>de</strong> tempo, revelando pouca penetração analítica. O<br />
tempo é por ele pensado como cindido em relação à estrutura fundamental do próprio<br />
mundo.<br />
II. A teoria da graça e da pre<strong>de</strong>stinação se constitui como o cerne da antropologia<br />
agostiniana. A dualida<strong>de</strong> dos eleitos e dos con<strong>de</strong>nados é a estrutura explicativa da<br />
história, exposta na Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />
III. O cerne da antropologia agostiniana concentra-se no entendimento <strong>de</strong> que o homem<br />
não é o réprobo miserável, con<strong>de</strong>nado à danação eterna e irrecuperável pela graça<br />
divina.<br />
IV. A Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus apresenta o dualismo platônico entre corpo e alma, espírito e<br />
matéria, bem e mal, ser e não-ser, sintetizando aspectos poucos essenciais do<br />
pensamento <strong>de</strong> Agostinho.<br />
Está(ão) correta(s) a(s) assertiva(s):<br />
a. I.<br />
b. II.<br />
c. III.<br />
d. IV.<br />
e. todas<br />
5-A obra <strong>de</strong> Agostinho está permeada <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s embates e controvérsias em <strong>de</strong>fesa da<br />
fé cristã. Sobre isso, é correto afirma que<br />
- o arianismo se contrapõe ferrenhamente ao monoteísmo unitarista.
- para o maniqueísmo, o mal era nada mais que ausência <strong>de</strong> bem, daí o esforço <strong>de</strong><br />
Agostinho em resolver o chamado problema do mal.<br />
- contra o pelagianismo, Agostinho enfatiza o papel prepon<strong>de</strong>rante da graça frente à<br />
condição <strong>de</strong> impotência do homem.<br />
- os donatistas <strong>de</strong>fendiam a flexibilização dos valores e da moral cristã no intuito <strong>de</strong><br />
promover uma maior convergência com o paganismo romano.<br />
a. Todas estão corretas.<br />
b. Somente uma está correta.<br />
c. Somente duas estão corretas.<br />
d. Somente três estão corretas.<br />
e. Nenhuma está correta.<br />
6-Na Ida<strong>de</strong> Média, a filosofia escolástica era toda <strong>de</strong>terminada pelo cristianismo. Por<br />
causa disso, a metafísica grega foi profundamente reformulada, a fim <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quar-se ao<br />
dogma cristão da criação divina do universo. Com isso, a escolástica distinguiu três<br />
diferentes espécies <strong>de</strong> metafísica, às quais correspon<strong>de</strong>m três diferentes espécies <strong>de</strong> ser,<br />
a saber:<br />
(A) teologia (ser <strong>de</strong> Deus); psicologia racional (ser da alma humana); cosmologia<br />
racional (ser das coisas naturais).<br />
(B) <strong>de</strong>ontologia (ser <strong>de</strong> Deus); ontologia (ser lógico); fisiologia (ser natural).<br />
(C) <strong>de</strong>ontologia (ser <strong>de</strong> Deus); dialética (ser do ente racional); alquimia (ser da matéria).<br />
(D) teologia (ser <strong>de</strong> Deus); ontologia (ser da alma racional); psicologia (ser da alma<br />
animal).<br />
(E) teosofia (ser <strong>de</strong> Deus); teologia (ser da alma divina); fisiologia (ser da alma animal).<br />
7-Uma dupla condição domina o <strong>de</strong>senvolvimento da filosofia tomista: a distinção entre<br />
a razão e a fé, e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua concordância. Todo o domínio da filosofia<br />
pertence exclusivamente à razão; isso significa que a filosofia <strong>de</strong>ve admitir apenas o que<br />
é acessível à luz natural e <strong>de</strong>monstrável apenas por seus recursos. A teologia baseia-se,<br />
ao contrário, na revelação, isto é, afinal <strong>de</strong> contas, na autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />
(GILSON, E. A filosofia na Ida<strong>de</strong> Média. São Paulo: Martins Fontes, 1995. p. 655.)<br />
A partir do texto acima e dos conhecimentos sobre a filosofia tomista, assinale a<br />
afirmativa correta.<br />
[A] Todas as verda<strong>de</strong>s da fé são passíveis <strong>de</strong> prova racional.
[B] Se uma verda<strong>de</strong> da razão contradiz uma verda<strong>de</strong> da fé, tem-se o indício <strong>de</strong> erro em<br />
ambas.<br />
[C] Se uma verda<strong>de</strong> da razão contradiz uma verda<strong>de</strong> da fé, tem-se o indício <strong>de</strong> erro<br />
da razão.<br />
[D] Todas as verda<strong>de</strong>s referentes a Deus são possíveis à capacida<strong>de</strong> da razão humana.<br />
[E] Somente a prática da razão tem seus fundamentos na fé.