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Rubens Pertha - Sistema de Bibliotecas da FGV

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'.<br />

Mundial .A raão é que o sistema financeiro londrino soube reciclar com<br />

extrema habil i<strong>da</strong><strong>de</strong> os recursos dos países superavitários em transações<br />

2.39<br />

correntes para os <strong>de</strong>ficitário s,reduindo ao mínimo aS transferências in<br />

ternacionais <strong>de</strong> ouro . Em par ticular , sempre que a Inglaterra enfrentav a<br />

um <strong>de</strong>ficit <strong>de</strong> balanço <strong>de</strong> pagam en to s,a primeira prov idência ela elvar as<br />

taxas <strong>de</strong> juros, <strong>de</strong> modo a atrai r maior volume <strong>de</strong> capitais externos. Assim,<br />

no padrão-ouro -libra esterlina ,os balanços <strong>de</strong> pat;alTlcn tos se equilibravam<br />

menos pelo mecanismo clássico <strong>de</strong>scri to por, Dav id Hume do que pelos ajusta­<br />

mentos <strong>da</strong>s taxas <strong>de</strong> juro s.<br />

Com o início <strong>da</strong> prime ira Gu erra Mundial ,B Ingla terra su spen<strong>de</strong>u a conv er-<br />

sibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> libra esterlina em ouro , uma providência normal em tempo s <strong>de</strong><br />

guerra . Termina<strong>da</strong> a guerra,o mundo embarcou na experiência <strong>de</strong> ta xas f1 exí­<br />

veis, entre 1919 e 1924. As violentas flutuações ,gerando incertezas nos<br />

negócios e investimento s geraram o <strong>de</strong>sejo do retorno ao padrão -ouro . A In­<br />

glaterra aí adotou um passo ousa<strong>da</strong>mente impru<strong>de</strong>nte ,e que acabaria po r sepul­<br />

tar o próprio adrão- ouro l em abril <strong>de</strong> 1925 restaurou a conversibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>da</strong> libra em ouro à pari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> antes <strong>da</strong> gu erra ,voltando a perm itir as expor-<br />

"<br />

tações <strong>de</strong> ouro . O equívoco fun<strong>da</strong>mental fo i quecer que 06 preços internos,<br />

na Ing1aterra,haviam subido consi<strong>de</strong>ravelmente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1914 e que , consequente­<br />

mente ,o restabelecimento <strong>da</strong> pari<strong>da</strong><strong>de</strong> exigia um formidável esforço <strong>de</strong>f1acio.<br />

nário. Alem do mals ,a Inglaterra hav ia liqui<strong>da</strong>do boa parte <strong>de</strong> seus ativos<br />

externo s para financiar aS <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> guerra.<br />

O resultado , para a Inglaterra ,foi um misto <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão , <strong>de</strong>flação , e <strong>de</strong>se­<br />

quilíbr ios em conta- corrente , <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> supervalor1zação real <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong><br />

cârobio ,e nesse ponto , tornou- se evi<strong>de</strong>nte que inflação e <strong>de</strong>flação não er am<br />

fenômenos simétrico s, como na d -.. sc i'irão . <strong>de</strong> David Hume. A França, po r seu tur­<br />

no . ado tou o caminho Opo stO I restabeleceu a conversibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do franco em<br />

ouro ,mas à pari<strong>da</strong><strong>de</strong> já bastante <strong>de</strong>svalori za<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1926. Com isso , a Franç a<br />

começou a acumular os maiores saldos <strong>de</strong> balanços e xterno s . . • Mai s ain<strong>da</strong>,<br />

a <strong>de</strong>sconfianç a na libra gerou gran<strong>de</strong>s fuga s <strong>de</strong> capitais <strong>de</strong> cur to prazo <strong>da</strong><br />

Inglaterra para a França e para os Estados Unidos.<br />

Tentando <strong>de</strong>slocar a li<strong>de</strong>rança do sistema finance iro internac ional <strong>de</strong><br />

Londres para paris, a França promu lgou uma lei,em 1928, que exigia que o<br />

pagamento <strong>de</strong> seus auperav its <strong>de</strong> balanço <strong>de</strong> pagamento s se efetuasse em<br />

ouro,e não em mo e<strong>da</strong>s estrange iras. Em 1931 ,a Franç a resolveu tran sfo tar

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