Rubens Pertha - Sistema de Bibliotecas da FGV
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2 •• 9')0 sistema mon etár io internacional 2.38<br />
Para transfo rm ar- se em mo e<strong>da</strong> internacional ,um ativo físico ou finan<br />
ceiro p eeisa conquis tar a acef tabili<strong>da</strong><strong>de</strong> geral pelos agentes econôml<br />
co a do mundo .Essa ac e i tab i li<strong>da</strong><strong>de</strong> é o fru to <strong>da</strong> confiança,que por seu<br />
turno assegura a liqu id e z do ativo em questão .<br />
-Por séculos coube aos metais preciosos, ao ouro , par ti cul armente, <strong>de</strong>-<br />
semp enhar o papel <strong>de</strong> mo e<strong>da</strong> internacional . O adv ento <strong>da</strong> mo e<strong>da</strong>-papel<br />
abriu espaço pa ra que algumas mo e<strong>da</strong>s naionais ganha ssem cur so inter<br />
nac ional . Para tanto , bastava que a opinião pública mundial acredi ta se<br />
que os países que emi t iam essas mo e<strong>da</strong>s jamais <strong>de</strong>ixariam <strong>de</strong> honrar o<br />
seu compromisso <strong>de</strong> converte-las em ouro a uma pari<strong>da</strong><strong>de</strong> pre<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>.<br />
Isto po sto , tais mo e<strong>da</strong>s consi<strong>de</strong>ravam- se substi tu tos perfeitos do ouro ,<br />
com a vantagem <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r circular internacionalmente com cu stos bem me<br />
nores. As mo e<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s economias lí<strong>de</strong>res eram as cand i<strong>da</strong>tas naturais a<br />
tal papel,e fo i isso o qu e levou a libra e ste rlina a dom inar o sistema<br />
mone tário internacional do final <strong>de</strong> século passado até 1914, e o dólar<br />
a transformar- se em pro tagon i s ta do sis tema ap ós a Segun<strong>da</strong> Gu erra Mun-<br />
dial .<br />
Entre 1880 e 1914 o sistema evoluiu do pa drão- ouro puro para o<br />
padrão ouro- libra esterlina . A Ingl ate rra era a economia dominante <strong>da</strong><br />
époea ,Londr e s o principal cen tro financeiro in terna c ional . Os aj u ste s<br />
au tomáticos do balanço <strong>de</strong> pagamen to s já não ma is se processavam tão<br />
suav emente quanto na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> David Hume,pois inflação e <strong>de</strong>flação<br />
já não eram mais fe nômenos simé tricos. Um aum ento <strong>da</strong> quantid ad e <strong>de</strong> moe<br />
<strong>da</strong> cé r tamente provocava umà on<strong>da</strong> <strong>de</strong> aum en to s <strong>de</strong> pr eços nos países supe<br />
ravitários no ba lanço <strong>de</strong> naeamen to, ' evando à valori zaç ão real <strong>da</strong> taxa<br />
-<br />
<strong>de</strong> câmbio . Contudo , a con tração monetária no S-países <strong>de</strong>ficitários gerava<br />
mais recessão do que que<strong>da</strong>s <strong>de</strong> preços. A assimetria r e sultava <strong>de</strong> dois<br />
aspéotos não levados em conta por Dav id Hume l a ) os salários nominais<br />
resistiam k que<strong>da</strong>,por razões que só se to rna ram claras com a publ i caç ão<br />
<strong>da</strong> Teoria Geral <strong>de</strong> Keynes em 19J6, b)como os jrob nomi nais não po<strong>de</strong>m<br />
ser ne gativo s , em époc a s <strong>de</strong> forte <strong>de</strong>flação os juros reais se tornavam<br />
extr emamente elevados, <strong>de</strong>sestimulando a produção e os investimen to s .<br />
Apesar <strong>de</strong>sses percalços ,o padrão ouro - libra e s terl ina funcionou<br />
bastante bem entre o final do século XIX e o início <strong>da</strong> Prime ira Gu erra<br />
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