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Rubens Pertha - Sistema de Bibliotecas da FGV

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".<br />

2.8)0 aju ste do balanço <strong>de</strong> pagam en to s<br />

2.35<br />

Salvo no regime <strong>de</strong> taxas puramen te flu tuantes,o balanço <strong>de</strong> pagamentos<br />

<strong>de</strong> um paí s s6 se equil ibra por rara coincidência. Na<strong>da</strong> impe<strong>de</strong> que o país<br />

registre sucessivos superav i ts. Os <strong>de</strong>fici te , no en tanto , só po<strong>de</strong>m subuistir<br />

enquanto houver reservas o'u outro s capi ta is compen satório s que os finan­<br />

ciem . Assim, <strong>de</strong>ficits permanen tes têm qu e ser corrigido s ,por alguma <strong>da</strong>s<br />

seguin tes medi<strong>da</strong>sl<br />

i)<strong>de</strong>svalorizações reais <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> câmbiO ,<br />

ii)redução do nível ,<strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> econômi ca,<br />

ili}restrições tarifárias ou quantitativas h-s importações.<br />

iv)subsídios h,s exportações,<br />

v) aumento <strong>da</strong> taxa in terna <strong>de</strong> juros,<br />

vi ) control e <strong>da</strong> saí<strong>da</strong> <strong>de</strong> capitais e <strong>de</strong> rendimento s para o exterior.<br />

As duas últimas medi <strong>da</strong>s procuram melhorar o balanço <strong>de</strong> pagamen tos ou<br />

atraindo ou evi tando a fuga <strong>de</strong> capitais au tô nomo s. Elas ShO mai s efi ca-<br />

zes a curto do que a longo prazo • O aumen to do s juros in ternos atrai<br />

capitais financeiros para o pa!s,mas à custa do agravamento do seu passi­<br />

vo externo llquido . O controle <strong>da</strong> sal<strong>da</strong> <strong>de</strong> capitais,a menos que limitado<br />

a uma curta tempo ra<strong>da</strong> , prejudica o u turo ingresso <strong>de</strong> novo s capitais au­<br />

tÔnomo s, já que ninguem gosta <strong>de</strong> investir num paíe on<strong>de</strong> seus recursos po s sam<br />

ficar bloqueado s.<br />

As quatro primeirasmedi<strong>da</strong>s atacam o probl ema mais fun<strong>da</strong>mental do <strong>de</strong>ficit<br />

<strong>de</strong> transaçõ es correntes. A mais tradicional é a <strong>de</strong>svalorização real <strong>da</strong> taxa<br />

d câmbio, à qual uma única dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> se opõel ela implica o aumento do s<br />

preços dos pro dutos <strong>de</strong> impo:taç ao e'exporção relativamen te ao s bens e ser­<br />

viços produ zido s no pals e não transacionáveis com o exterior . Com .tal ,<br />

acarreta a que<strong>da</strong> do s rendimentos reais <strong>de</strong> muitos grupos <strong>da</strong> so cie<strong>da</strong><strong>de</strong> ,entre<br />

os quais usualmen te se incluem os assalariados. Se o Governo ou os sindica­<br />

tos impe<strong>de</strong>m uma que<strong>da</strong> <strong>de</strong> salários reais,a <strong>de</strong>svalorização <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> câmbio<br />

s6 se opera em termo s nominais, sendo neu tral iza<strong>da</strong>, em termos reais,pela al ta<br />

proporc ional do s preços internos.<br />

A redução do nível <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica contribui para a redução do<br />

<strong>de</strong>ficit em transaçõ es correntes em duas direções I a)produzindo menos, o país<br />

importa menos, b)a geração <strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> ociosa interna incentiva as empre­<br />

sas nacionais a buscar novos mercados no exterior. Trata- se .porem, do ajus-

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