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Rubens Pertha - Sistema de Bibliotecas da FGV

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..<br />

ado . Todos esses fa tores ,pela equação acima, <strong>de</strong>veriam provocar a<br />

<strong>de</strong>sva,lorização real do,. dólar comparativamente às <strong>de</strong>mais mo e<strong>da</strong>s in­<br />

ternacionais.<br />

Mas o d6lar valorizou- se, tanto em termos nominais quanto em ter­<br />

mo s reais. A el icação ,a posteriori,é que a fUnção A(r'-r-e) e bas­<br />

tante instável ,suJeita a <strong>de</strong>slocamento s que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>da</strong> psicologia<br />

do s mercado s financeiros internacionais. Isso significa, realmente ,<br />

que o diferencial r'-r-e é ap enas uma <strong>da</strong>s, variáveis que' afetam o in­<br />

2.33<br />

gresso <strong>de</strong> capitais au tônomo s num país. Há mu itas ' outras, e que os eco '<br />

nomistas ain<strong>da</strong> não conseguiram <strong>de</strong>tectar . Em suma,o regime <strong>de</strong> taxas<br />

fl exíveis <strong>de</strong> c!mbio repre senta, sob vários aspectos,um sal to no escuro .<br />

Entre os dois extremo s,as taxas fixas e as taxas puramente flu tuan­<br />

tes ,há inÚMeras variantes, algumas <strong>da</strong>s quais são cita<strong>da</strong>s a seguir .<br />

Uma é o regime <strong>de</strong> flu tução <strong>da</strong>s moe<strong>da</strong>s com intervenções esporádicas<br />

do s Bancos Centrais para amenizar as o:scH:ações especulativas <strong>da</strong>s taxas<br />

<strong>de</strong> câmbio . Trata- se do ap eli<strong>da</strong>do "dirty floating" (flutuação su ja) .O<br />

problema prático consi ste em saber até que ponto as flutuaçõés são ou<br />

,<br />

não <strong>de</strong>svios especulativos em relação a uma tendência.<br />

Outra é o regime <strong>de</strong> flutuações <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> certos limites. o Banco<br />

Central fixa duas taxas extremas E + -<br />

e E <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s quais <strong>de</strong>ixa flutuar<br />

livremente as taxas <strong>de</strong> câmbio,ao sabor do mercado . Atingido o limite<br />

superior E+ passa a ven<strong>de</strong>r moe<strong>da</strong>s estrangeiras,al cançado o limite infe­<br />

rior E - a compra- las. Esse é o princípio do atual sistema monetário<br />

uropeu . O diferencial E + :E- co stuma ser bem mais folgado do que os<br />

gold-polnts" , dó padrão-oúro ,mas na<strong>da</strong> garante qua s Bancos Centrais<br />

possam mante los a longo prazo , sobretudo quando são apreciáveis os<br />

difer - enciais <strong>de</strong> ttoca <strong>de</strong> inflação entre os paíse,s .<br />

Uma terceira variante é o sistema <strong>de</strong> taxa real <strong>de</strong> câmbio fixa,<br />

ado tado no Brasil <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1968, salvo ligeiras intermissõ es • .o regime<br />

é bastante atrativo para os países <strong>de</strong> inflação mui-to superior à inter­<br />

nacional . as <strong>de</strong>svalorizações nominais <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> câmbio efetuam- se<br />

em in tervalos cur to s <strong>de</strong> tempo ,pelo diferencial entre a taxa <strong>de</strong> infla­<br />

ção inte rna e a <strong>da</strong> mo e<strong>da</strong> estrangeira <strong>de</strong> referência. Isso não exclui<br />

a eventual necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma maxi- <strong>de</strong>svalorização real <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> câmbio,<br />

como a <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 198J.

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