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Rubens Pertha - Sistema de Bibliotecas da FGV

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2.28<br />

Uma <strong>de</strong>svalorização real <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> câmbio encarece os be ns e servi­<br />

ços produzidos no exterior em relação aos produzidos no país . Como tal,es­<br />

timula as exportações e <strong>de</strong>sincentiva as importações <strong>de</strong> bens e serviços .ls­<br />

to posto, em condições normais, uma <strong>de</strong>svalorização real <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> câmbio<br />

aumenta o saldo comercial e <strong>de</strong> servi ços não fatores,consl<strong>de</strong>rando-se , por<br />

1S80,O mais eicaz dos mecanismos <strong>de</strong> correção dos <strong>de</strong>ficits em conta-corren-<br />

te do balanço <strong>de</strong> pagamentos.<br />

Examinemos agora os diferentes regi mes cambiais. Comecemos pelos dois<br />

extremos,as taxas fixas e as taxas flutuantes .<br />

No regime <strong>de</strong> taxas fixas ,o Banco Central compromete-se a comprar e<br />

ven<strong>de</strong>r a mo e<strong>da</strong> estrangeira <strong>de</strong> referência a um preço fixo E, expresso em<br />

moe<strong>da</strong> nacional. Em geral há um pequeno diferencial entre as taxas <strong>de</strong> com­<br />

pra e ven<strong>da</strong> para cobrir os custos <strong>de</strong> transação I o Banco Central compra<br />

moe<strong>da</strong> estrangeira à taxa E-c e a ven<strong>de</strong> à taxa E+ c. A diferença ,to<strong>da</strong>via,<br />

costuma ser suficientemente pequena para po<strong>de</strong>r ser <strong>de</strong>spreza<strong>da</strong> ,na maioria<br />

dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> comportamento do balanço <strong>de</strong> pagamentos .<br />

No regime <strong>de</strong> taxas puramente flutuant es o Banco Central nem compra<br />

nem ven<strong>de</strong> moe<strong>da</strong>s estrangeiras ,a taxa <strong>de</strong> câmbio osciland o ao sabor <strong>da</strong>s<br />

' 1orças <strong>de</strong> mercado. A oferta <strong>de</strong> mo e<strong>da</strong> estrange ira é supri<strong>da</strong> pe los exporta­<br />

dores e pe los que trazem rend as e capi tais para o pa :,s l a procur é ,exer-<br />

,o,<br />

ci<strong>da</strong> pelo importadores <strong>de</strong> bens e serviços e pelos que transferem ren<strong>da</strong>s<br />

e capitais para o exterior . Nesse regime ,o balanço <strong>de</strong> pagamentos se equi­<br />

libra au tomaticame nte. a soma algébrica dos saldos <strong>de</strong> transações corrent es<br />

e do movime nto <strong>de</strong> capitais autônomos é igual a zero .<br />

O contraste entre os dois regimes é típico dos sistemas <strong>de</strong> moe<strong>da</strong> fidu-<br />

- ,<br />

ciária. No regime do padrãó-ouro as taxas <strong>de</strong> câmbio eram essencialme nte<br />

fixas , ain<strong>da</strong> que os Governos e Bancos Centrais não interviessem na compra-- ­<br />

ou na ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> moe<strong>da</strong>s estrangeiras .Com efeito ,mesmo que isso acontece sse,<br />

os Governos e Bancos Centrais garantiam a conv ersibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s respe ctiv.as<br />

moe<strong>da</strong>s numa mercadoria que podia ser <strong>de</strong>sloca<strong>da</strong> <strong>de</strong> um país para outro ,o ouro<br />

" Espec!ficamente ,imaginemos que a moe<strong>da</strong> nacional(a do país A) seja<br />

conversível em x gramas <strong>de</strong> ouro e que a moe<strong>da</strong> estrangeira <strong>de</strong> referência<br />

(a do país B) seja conversív el em y gramas <strong>de</strong> ouro . Isso significa que ,<br />

no país A, uma grama <strong>de</strong> ouro vale x em moe<strong>da</strong> nacional , e que ,no país<br />

D,o preço <strong>de</strong> uma grama <strong>de</strong> ouro é igual a l/y na sua moe<strong>da</strong>,que é a moe<strong>da</strong>

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