Rubens Pertha - Sistema de Bibliotecas da FGV
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, b)para evitar o crescimento <strong>da</strong> relação dívi<strong>de</strong>xportações não basta<br />
que o <strong>de</strong>vedor se transforme <strong>de</strong> jovem em intemediário,isto é, que h) O.<br />
preciso que a fração <strong>da</strong> receita <strong>de</strong> exportações liqui lamente transfe<br />
ri<strong>da</strong> para o exterior seja pelo menos igual a h- (i-x)zl<br />
c)se x> O, o preenchimento <strong>da</strong> condição acima não é suficiente para<br />
ue o país se transforme em <strong>de</strong>vedor maduro ,isto é,comece a baixar seu<br />
passivo externo líquido. Com efeito, essa fase só se alança quando<br />
a transferência líqui<strong>da</strong> <strong>de</strong> recursos para o,exterior H=hX ultrapassa<br />
a ren<strong>da</strong> líqui<strong>da</strong> envia<strong>da</strong> para o exterior iD - izX , ou seja, quando<br />
h7 iz.<br />
2.25<br />
As crises internacionais <strong>de</strong> dívi<strong>da</strong>s costumam originar-se na inversão<br />
abrupta e inespera<strong>da</strong> do sinal do diferencial x-i, que leva'a relação<br />
dívi<strong>da</strong>/exportações <strong>de</strong> nív eis ace itáveis para limites críticos.A déca<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong> 1930 presenciou uma crise <strong>de</strong>sse tipo ,provoca<strong>da</strong> não pela alta <strong>da</strong> taxa<br />
<strong>de</strong> juros,mas pe la que<strong>da</strong> brutal <strong>da</strong>s exportações dos países <strong>de</strong>vedores com<br />
a Gran<strong>de</strong> Depressão . A crise <strong>de</strong> 1982 ,<strong>de</strong> flagra<strong>da</strong> pe la moratória do México,<br />
comporta o mesmo diagnóstico .e merece ser conta<strong>da</strong> em pormenores .<br />
Em 1974 , logo após a primeira crise do petróleo, uma chara<strong>da</strong> financei<br />
ra intrigava os analistas econômi cos,Ministros <strong>de</strong> Finanças e banqueiros<br />
centrais <strong>de</strong> todo o mundo I como reciclar o superavit em conta corrente<br />
dos países <strong>da</strong> OPEP (<strong>de</strong> 68 bi lhões <strong>de</strong> dólares ,em 1974 ) para os países' im<br />
portadores <strong>de</strong> petróleo. Os bancos comerciais dos princ ipais centros finan<br />
ceiros internacionais solucionaram a chara<strong>da</strong> , traindo <strong>de</strong>pósito <strong>da</strong> OPEP<br />
e os reemprestando aos países importadores <strong>de</strong> petróleo. Com isso evitaram<br />
uma violenta crise econômi ca mundial, on<strong>de</strong> as maiores vítimas teriam sido<br />
países <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvoÍvimento intermediário,como o Brasil,com pouco acesso aos<br />
capitais <strong>da</strong> OPEP. Em compensação, inauguraram uma era em que o financiamento<br />
'dos <strong>de</strong>fici ts em conta corrente dos balanços <strong>de</strong> pagamentos passou a ser con<br />
duzido como um negócio competitivo. Países como o Brasi l se endivi<strong>da</strong>ram para<br />
promover o ajuste estrutural <strong>de</strong> suas economias,em pro jetos <strong>de</strong> substituição<br />
<strong>de</strong> importações e expansão <strong>da</strong>s exportações. Outros,se endivi<strong>da</strong>ram apenas<br />
para consumir mais, mantendo taxas <strong>de</strong> câmbio artifici almente supervaloriza<strong>da</strong>s.<br />
Como os bancos captavam recursos a prazo curto,os empréstimos, mesmo quando<br />
<strong>de</strong> médio e longo prazo , eram contratados a taxas variáveis <strong>de</strong> juros , LIROR<br />
(London Interbank Offered Rate) mais um certo "spread ".