Rubens Pertha - Sistema de Bibliotecas da FGV
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?,.6)A dinâmi ca <strong>da</strong> absorcão<br />
.<br />
2.22<br />
Até que ponto um país po<strong>de</strong> absorver recurs líquidos do exterior , isto é,<br />
importar bens e serviços não fatores alem do que exporta ? No ciclo <strong>da</strong> dí<br />
vi<strong>da</strong> essa é a posição dos credores int ermediários ,dos credores ma1uros e<br />
dos <strong>de</strong>v edores jovens . Para os credores intermediários ão há problma ,eleB<br />
estão apenas absorvendo, como hiato <strong>de</strong> recursos. parte <strong>da</strong> rend a líqui<strong>da</strong> rece <br />
bi<strong>da</strong> do exterior. Os credores maduros tambem estão soment e gastando o que<br />
lhes pertence , <strong>de</strong>sfazendo-se <strong>de</strong> parte dos atvos externos acumulado no passa<br />
do. Na pior <strong>da</strong>s hipóteses eles po<strong>de</strong>m apenas enfrentar um problema <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z<br />
na realização <strong>de</strong>sses ativos. Já os <strong>de</strong>vedores jovens estão sacando contra o<br />
futuro ,e só po<strong>de</strong>m permanecer nessa cond ição enquanto houver quem se disponha<br />
a financiar seus hiatos <strong>de</strong> recursos,via capital <strong>de</strong> emprés timo ou <strong>de</strong> risco,<br />
donativos à parte .<br />
A confiança dos investidores internacionais num país <strong>de</strong>vedor jov em <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> aspe ctos qualitativos e quantitativos . Entre os primeiros se <strong>de</strong>stacam o<br />
potencial <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> sua produção e <strong>de</strong> suas exportações,a estabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> suas instituições políticas e econômicas e a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sua administra<br />
ção pública. O parâmetr ma is importante ,do ponto <strong>de</strong> vista quanti tativo,<br />
é a relação entre o passivo externo líquido e exportações, popularment e apeli<br />
<strong>da</strong><strong>da</strong> relação d!vi<strong>de</strong>xportações. essencial explicar por quê .<br />
Quando um banqueiro norte-americano empresta recursos ao Brasil,seu objeti<br />
vo é ser pago em dólares,nas amortizações e juros . Do mesmo modo, uma empresa<br />
àlemã que para aqui traga capitais <strong>de</strong> risco,preten<strong>de</strong> remeter lucros em marcos .<br />
Suce<strong>de</strong> que o Brasil imprime cruze iros ,mas não dólares ou marcos alemães. Con<br />
sequentemente,o que interessa aos capitalistas externos é quanto o Brasil<br />
.. po<strong>de</strong> obter <strong>de</strong> dólares , marcos e outras moe<strong>da</strong>s estrangeiras ,via exportação <strong>de</strong><br />
bens e serviços não fatores . Assim, a cua disposição <strong>de</strong> transfeir recursos<br />
líquidos para o Brasil <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> relação entre o passivo externo líquido<br />
do Brasil e sua geração <strong>de</strong> divisas ,via exportação <strong>de</strong> bens e serviços não<br />
fatores .<br />
Como regra <strong>de</strong> bo lso , um <strong>de</strong>vedor jov em consi<strong>de</strong>ra-se em situação confor<br />
tável enquanto a relação drvi<strong>de</strong>xportações anuais estiver abaixo <strong>de</strong> 2.<br />
Em posição duvidosa quando essa relação se situar entre 2 e 4. E em estado<br />
cltico quando a relação ultrapassar este último limite. A regra é bastante<br />
tosca , pois o que interessa aos capitalistas externos é que o pa ís possa,