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Rubens Pertha - Sistema de Bibliotecas da FGV

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" ,2 ,. 21<br />

, t claro que ,em <strong>de</strong>terminado instante , qualquer país po<strong>de</strong> ser localizado<br />

ou numa <strong>da</strong>s s,eis fases do ciclo ou num ponto <strong>de</strong> passagem entre duas fases<br />

consecu tivasl basta,para tanto , observar tres sinais, o <strong>da</strong> transferncia<br />

líqui<strong>da</strong> H <strong>de</strong> recurso s para o exterior, o do passivo externo líquido D e o<br />

do saltdo em conta corrente - D do balanço <strong>de</strong> pagamentos. Em seus primórdios, ,<br />

,<br />

porem, a teoria do ciclo <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> era bem mais ambiciosa, admi tindo que os<br />

países percorre ssem na or<strong>de</strong>m indica<strong>da</strong> as diversas fa ses do ciclo, em função<br />

<strong>de</strong> seu grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento relativo.Os acontecimento s <strong>da</strong>s déca<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />

1910 e <strong>de</strong> 1980 jogaram por terra essa interpretação . Com a quadruplicação<br />

do s pr eços do petró leo em outubro <strong>de</strong> 1913 os países <strong>da</strong> OPEP (Organi zação<br />

dos Pa íses Exportadores <strong>de</strong> PetrÓleo ) se transfo rmaram subi tamente <strong>de</strong> absor­<br />

vedores <strong>de</strong> recurso s em exportado re s <strong>de</strong> capitais internacionais, passando em<br />

poucos meses <strong>da</strong> fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>vedores jovens para a <strong>de</strong> credores jovens. Os paises<br />

indus trial izados, em conjunto , to rnaram- se credores maduro s em 1974, quando<br />

foram fortemente <strong>de</strong>ficitários nas transações correntes do balanço <strong>de</strong> pagamen­<br />

tos, mas voltaram à posição <strong>de</strong> credores jovens (ou,pelo 'menos, int'ermediários)<br />

em 1975. Em 198-] e, sobretudo , em 1984, os Estados Unidos s tornaram os maiores<br />

absorvedores <strong>de</strong> recursos externos líquidos ,apésar <strong>de</strong> sua po sição <strong>de</strong> maior eco­<br />

nomia mundial . Em princípios <strong>de</strong> 1985, O Brasil si tuava- se como <strong>de</strong>vedor interme­<br />

diário e o México como <strong>de</strong>vedor maduro , enquanto que os Estados Unidos hav iam<br />

retrocedido à ca tegoria <strong>de</strong> <strong>de</strong>vedor jovem.<br />

Os acontecimento s dos úl timos <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong>i xaram uma lição tao contrário<br />

do qu e supunham as teorias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico <strong>da</strong>s déca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 1950<br />

e 1960 , " os capitais internacionais ' não ne cessariamente se <strong>de</strong>slocam do s paí.se s<br />

mais ricos para os mais pobres.O trunfo do s países em <strong>de</strong>senvolvimento para<br />

atrair recursos externo s é a escksez relativa do seu estoque <strong>de</strong> capital .<br />

a qual ,em tese ,tornaria os seus ifiVêstimento s mais lucrativos do que os<br />

<strong>da</strong>s nações maduras. Os capitais internacionais,no entanto,não buscam ap enas<br />

lucrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> potencial. Buscam lucrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> efetiva e liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> movimen­<br />

tação ,o que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> política , institucional,e <strong>de</strong> bo'a quali­<br />

<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> adminis tração econômica. fatores <strong>de</strong> oferta escassa em mui tos países<br />

em <strong>de</strong>senvolvimen to .

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