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Rubens Pertha - Sistema de Bibliotecas da FGV

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De um'modo geral,os capitais internecionais tendpm n fluir para os<br />

países que lhe ofereçam maior remuneração. As teorias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econ&mlco <strong>da</strong>s déca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 1950 e 1960 admitiam que a remuneração do capital<br />

fosse perceptivelmente maior nos países em <strong>de</strong>senvolvimento,on<strong>de</strong> ele era<br />

escasso,do que nos países <strong>de</strong>senvolvidos,on<strong>de</strong> ele era abun<strong>da</strong>nte. Assim,os<br />

oapitais se <strong>de</strong>slocariam naturalmente dos países ricos para os países pobres,<br />

contribuindo para a atenuação <strong>da</strong>s <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômicas internacionais,<br />

-<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que fossem usados para fins produtivos nos países em <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Como o que um país efeivamente absorve <strong>de</strong> capitais externos é o seu <strong>de</strong>ficit<br />

em conta corrente do balanço <strong>de</strong> pagamentos, considcra\'a- se natural que- os<br />

2.18<br />

J : ,.<br />

países em <strong>de</strong>senvolvimento fossem <strong>de</strong>ficitários ,e os,<strong>de</strong>sp.nvolvidos superavitá-<br />

rios em transações correntes.<br />

O problema dos saldos em transações correntes é que,em certo sentido,<br />

eles se realimentam. Um país <strong>de</strong>ficitário ,cobre o seu <strong>de</strong>sequilíbrio e conta<br />

corrente recebendo capitais externos. Essa entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> capitais,to<strong>da</strong>via.signi­<br />

fica maiores transferências futuras <strong>de</strong> ren<strong>da</strong> para o exterior .sob a forma<br />

<strong>de</strong> juros e remessas <strong>de</strong> lucros, carregando os <strong>de</strong>ficlts em transações correntes<br />

•<br />

futuros. Assim,para que oa <strong>de</strong>flclts dos países em <strong>de</strong>senvolvimento não cresces-<br />

sem em bola <strong>de</strong> neve,OB capitais recebidos do exterior <strong>de</strong>veriam ser aplicados<br />

em projetos <strong>de</strong> iny,estimento que gerassem exportações adicionais ou reduçaes<br />

<strong>de</strong> importações capazes <strong>de</strong> compensar os encargos <strong>de</strong> juros e <strong>de</strong> remessas <strong>de</strong> lu-<br />

eros.<br />

Para operacionalizar a discussão ,<strong>de</strong>finamos o Passivo Externo Líquido D<br />

<strong>de</strong> um país como sendo a seguinte soma algébrica.<br />

,'_D • saldo <strong>de</strong>vedor dos emprérttil!lOs contraldo& pelo pa'ís no exterior -<br />

saldo credor dos empréstimos concedidos pelo país ao exterior + estoque<br />

.<br />

-"<br />

<strong>de</strong>-capitais estrangeiros <strong>de</strong> risco investidos no país - estoque <strong>de</strong> capitais<br />

nacionais <strong>de</strong> risco investidos no exterior + saldo <strong>da</strong>s obrigações a curto<br />

prazo do país com o' exterior - saldo <strong>da</strong>s reservas intemaciooa1s ; (haveres<br />

líquidos 'no exteriorouro monetário e direitos 'especiais <strong>de</strong> saque).<br />

Nos primeiros anos <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980 a maior parte do passivo externo<br />

líquido dos países em <strong>de</strong>aenvolvimento era representado pela sua dívi<strong>da</strong><br />

externa líqui<strong>da</strong>,isto é,pela sua dívi<strong>da</strong> bruta menos reservas.<br />

( ,

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