Marcus Tulius Franco Morais O FASCÍNIO DA FILICIDA - PGET ...
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nas mãos, onde lemos que o senhor <strong>Marcus</strong> <strong>Tulius</strong> <strong>Franco</strong> <strong>Morais</strong> é o<br />
detentor, no Brasil, dos direitos autorais dos dois títulos acima<br />
mencionados.<br />
De lá pra cá, transcorreram doze anos. Parte desses anos está<br />
condensada nas páginas traduzidas e publicadas da obra do prosador e<br />
dramaturgo. Anos depois, em 2010, tive a felicidade de conhecer o<br />
Professor Doutor Werner Heiderman que acreditou nas minhas palavras<br />
e deu-me a chance de falar, na academia, sobre minhas ocupações<br />
literárias. A ele, a minha eterna gratidão.<br />
O terceiro título de Jahnn, que preparamos para esta dissertação e<br />
futura publicação, é o drama Medeia. A escolha do título diz respeito à<br />
linguagem, para mim um desafio, visto que a tradução de textos<br />
dramáticos exige conhecimentos específicos que até o início da presente<br />
pesquisa eu ignorava. Minha tradução anotada e comentada apresenta<br />
uma análise crítica de Medeia, permite a aferição dos critérios<br />
escolhidos e possibilita o fundamento de determinadas opções,<br />
relacionando-as com seus contextos históricos e socioculturais, tanto do<br />
texto de partida quanto do texto de chegada. Em minha tradução evito<br />
qualquer forma de omissão ou acréscimo arbitrário. Com efeito, levei<br />
em consideração as premissas na elaboração dos objetivos deste trabalho<br />
e, espero, estejam aqui presentes as respostas às questões levantadas<br />
inicialmente, acreditando que esta iniciativa, que constitui uma prática<br />
comunicativa como manifestação de cultura, do ponto de vista<br />
universalista e humanista, possa vir a contribuir igualmente para o<br />
estudo da recepção da obra de Hans Henny Jahnn no Brasil, e que<br />
nossas traduções e investigações possam oferecer outros títulos ao<br />
público leitor brasileiro.<br />
Como pesquisador e tradutor, foi muito enriquecedor conhecer e<br />
traduzir Medeia, de Hans Henny Jahnn, uma mulher que consegue<br />
discutir aquilo que a Medeia, de Eurípedes, não pôde. Acredito que<br />
minha contribuição, mais do que servir à presente dissertação, poderá ter<br />
alguma valia na continuidade da tarefa de uma visada ética, ou seja,<br />
abrir no nível da escrita a experiência de outro mundo, especificamente<br />
no campo da pesquisa e das práticas teatrais. Sua tradução se revela<br />
muito bem-vinda e útil para o atual momento da classe teatral brasileira,<br />
seja para os trabalhos de realização cênica, seja para a pesquisa teórica.<br />
Mais do que um mundo crível, vivo, ainda que fictício, despertando no<br />
público o desejo de participar dos acontecimentos que sucedem nesse<br />
mundo (p. 19), o teatro atual, no que diz respeito à sua recepção, talvez<br />
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