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HISTÓRIA<br />
MÁRCIA CRISTINA HIPÓLIDE<br />
MIRIAN GASPAR<br />
3 0<br />
ANO<br />
HISTÓRIA<br />
ensino<br />
fundamental
HISTÓRIA<br />
Márcia Cristina Hipólide<br />
É graduada em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.<br />
Tem formação em Psicanálise. Durante mais de vinte anos foi professora de História no<br />
Ensino Fundamental e Médio das redes pública e privada. É autora de livros didáticos<br />
para o Ensino Fundamental. Trabalha com ofi cinas e assessoria pedagógica para escolas<br />
e professores do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.<br />
Mirian Gaspar<br />
É fonoaudióloga formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.<br />
É formada em Pedagogia pela Universidade de São Paulo. Trabalha há 25 anos com<br />
crianças e jovens com problemas de alfabetização, leitura e escrita e distúrbios<br />
de aprendizagem. Foi professora e coordenadora em Educação Infantil e Ensino<br />
Fundamental. Trabalha com ofi cinas e assessoria pedagógica para escolas e professores<br />
de Educação Infantil e Ensino Fundamental.<br />
2 a edição – São Paulo – 2011<br />
3 0<br />
ANO<br />
HISTÓRIA<br />
ensino<br />
fundamental
H228h<br />
2.ed.<br />
Coleção Tempo de Aprender<br />
© <strong>IBEP</strong>, 2011<br />
Diretor superintendente Jorge Yunes<br />
Gerente editorial Célia de Assis<br />
<strong>Editora</strong> Maria Fernanda Regis<br />
Assistentes editoriais Celia Sunahara<br />
Diana Lucia Cappuzzo<br />
Preparadores e revisores Maria Inez de Souza<br />
Sylmara Beletti<br />
Produção editorial José Antonio Ferraz<br />
Assistente de produção editorial Eliane M. M. Ferreira<br />
Coordenadora de iconografia Maria do Céu Pires Passuello<br />
Assistente de iconografia Adriana Neves<br />
Coordenadora de Arte Karina Monteiro<br />
Assistente de Arte Marilia Vilela<br />
Tomas Troppmair<br />
Ilustrações Adelmo Naccari<br />
José Luíz Juhas<br />
Cartografia Fábio Bueno<br />
Mario Yoshida<br />
Projeto gráfico Departamento de Arte <strong>IBEP</strong><br />
Diagramação Figurativa Editorial<br />
Capa Departamento de Arte <strong>IBEP</strong><br />
Foto da capa Getty Images<br />
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE<br />
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ<br />
Hipólide, Márcia Cristina<br />
História, 3º ano / Márcia Cristina Hipólide, Mirian Gaspar. - 2.ed. - São Paulo : <strong>IBEP</strong>,<br />
201<strong>1.</strong> il. (Tempo de aprender)<br />
Inclui bibliografia<br />
ISBN 978-85-342-2873-2 (aluno) - 978-85-342-2895-4 (professor)<br />
<strong>1.</strong> História - Estudo e ensino (Ensino fundamental). I. Gaspar, Mirian II. Título. III.<br />
Série<br />
11-1273 CDD: 372.89<br />
024928 CDU: 373.3.0162:930<br />
2 a edição – São Paulo – 2011<br />
Todos os direitos reservados<br />
Av. Alexandre Mackenzie, 619 – Jaguaré<br />
São Paulo – SP – 05322-000 – Brasil – Tel.: (11) 2799-7799<br />
www.editoraibep.com.br<br />
editoras@editoraibep.com.br
Apresentação<br />
Olá, crianças!<br />
Este livro foi feito para vocês!<br />
Ele vai ajudá-las a perceber o quanto vocês já sabem sobre as suas histórias<br />
e sobre muitas outras coisas que estão presentes no mundo que as cerca.<br />
É um convite para que vocês descubram, conheçam, criem, pensem e<br />
conversem sobre assuntos como a história de seus familiares, dos seus<br />
amigos, da sua escola e do seu país.<br />
Vocês vão entender melhor as diferentes maneiras de viver das pessoas<br />
que moram ou já moraram no seu bairro, na sua cidade e no nosso país, hoje<br />
e ontem.<br />
Acreditamos que com esta obra estamos contribuindo para que vocês,<br />
meninas e meninos, continuem sendo cidadãos cada vez mais participativos<br />
na construção de uma sociedade justa e igual para todos. Especialmente<br />
para as crianças!<br />
As autoras.
Conheça<br />
seu livro<br />
Este livro foi escrito para que você aumente seus conhecimentos de<br />
História de uma maneira fácil e gostosa. Veja como ele está estruturado.<br />
Allison Michael Orenstein<br />
Unidade 1<br />
Família<br />
Abertura<br />
da unidade<br />
Cada uma das quatro unidades começa com<br />
uma ou mais imagens que fazem referência<br />
ao tema que será desenvolvido ao longo dos<br />
capítulos da unidade. Será muito importante<br />
você observar bem essas imagens, refletir e<br />
conversar com os colegas e o professor sobre<br />
o que elas significam.<br />
4<br />
Lucas, de blusa vermelha na<br />
foto, vive com seus pais e<br />
irmãos em Camboriú, Santa<br />
Catarina. Foto de 2009.<br />
Espera-se que os alunos percebam o aumento do número de construções em Blumenau, bem como os novos usos dos edifícios e<br />
a multidão em São Paulo. Eles devem, ainda, identi car a permanência de construção típicas alemãs no presente em Blumenau e<br />
a manutenção da arquitetura em São Paulo.<br />
Maria Lúcia vive com sua mãe e seus irmãos.<br />
Eles moram em Iranduba, no estado do<br />
Amazonas. Foto de 2010.<br />
TA-3_HIST_UNI1_CAP<strong>1.</strong>indd 10 09/03/11 17:59<br />
Alessandro Ruaro/Keystock<br />
José Luís Juhas<br />
Acervo Iconographia/Reminiscências<br />
Acervo Iconographia/Reminiscências<br />
Cidade de Blumenau, Santa Catarina, em 1895.<br />
Cidade de São Paulo, em 1902.<br />
74<br />
Abertura<br />
do capítulo<br />
Capítulo 2<br />
Algumas cidades<br />
brasileiras<br />
Você conhece alguma dessas cidades?<br />
Blumenau, em 1997.<br />
São Paulo, em 2010.<br />
Reúna-se com seus colegas e conversem sobre o que vocês sabem<br />
a respeito de qualquer uma dessas cidades. Observem bem as<br />
fotos.<br />
a) O que mudou, com o tempo, nessas duas cidades? E o que permaneceu?<br />
b) Quais os elementos que retratam o presente e o passado nas fotos?<br />
TA-3_HIST_UNI2_CAP2-3.indd 74 09/03/11 17:57<br />
Cada unidade é composta de três capítulos.<br />
Em cada um deles, você entrará em contato<br />
com assuntos que lhe ajudarão a compreender<br />
melhor os acontecimentos históricos e o levará<br />
a refletir sobre como esses acontecimentos<br />
influenciam sua vida ainda hoje.<br />
Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />
Laureni Fochetto
Sérgio Castro/AE<br />
O que sabemOs?<br />
Charrete trafegando em estrada da cidade de<br />
Porto Feliz, em São Paulo. Foto de 2005.<br />
Folha Imagem<br />
Bonde circulando em São Paulo.<br />
Foto de 1966.<br />
Arquivo Agência Estado<br />
Bicicletas estacionadas em<br />
frente a loja, em São Paulo.<br />
Foto de 1976.<br />
Você já imaginou o mundo sem rodas? Ou sem<br />
barcos? Como as pessoas poderiam se locomover?<br />
Andando a pé, ou nadando, talvez.<br />
Mas como percorrer caminhos longos a pé ou<br />
nadando? Como as pessoas resolveram esse problema?<br />
Gravura do veículo criado por Daimler<br />
em 1886. Este foi o primeiro veículo de<br />
quatro rodas movido por um motor.<br />
Carro atual. França, 2007.<br />
Você reparou que o título desta unidade é: “Encurtando caminhos”?<br />
De que maneira os meios de transporte podem encurtar caminhos?<br />
89<br />
Luciana Whitaker/Olhar Imagem<br />
Locomover:<br />
mudar de lugar;<br />
deslocar ‑se.<br />
Nesta unidade, você vai entrar em contato com os meios de transporte.<br />
Vai descobrir a importância deles para a locomoção das pessoas do<br />
trabalho para casa, de uma cidade para outra, de um país a outro.<br />
TA-3_HIST_UNI3_CAP1-3.indd 89 09/03/11 17:56<br />
Ivania Sant’Anna/Kino<br />
World History/Archive/TopFoto/Keystone<br />
O que sAbemOs?<br />
Nesta seção, que acompanha a abertura de<br />
cada unidade, você e seus colegas serão<br />
convidados a lembrar o que já sabem sobre o<br />
tema que estudarão nos capítulos seguintes.<br />
Conhecendo mais<br />
É uma seção que pode conter textos, imagens e<br />
documentos históricos para que você aprofunde seus<br />
conhecimentos ou entre em contato com uma nova<br />
informação sobre o tema desenvolvido no capítulo.<br />
Casa de pau a pique.<br />
Muitas vezes, a escolha dos materiais para a construção das moradias<br />
ocorre em função das necessidades do clima de uma região ou dos materiais<br />
que a natureza oferece. Por exemplo, o iglu é construído com grossa camada<br />
de gelo, que serve para manter o interior da moradia aquecido.<br />
Já a casa de pau a pique ou taipa, construção encontrada geralmente<br />
no interior do Brasil, na zona rural, é feita com uma armação de madeira e<br />
coberta de barro amassado.<br />
As ocas, moradias dos grupos indígenas, são construídas com bambu e<br />
troncos de árvores, sua cobertura é feita de palha ou de folhas de palmeira,<br />
tudo extraído da floresta.<br />
Isolante: que isola,<br />
separa.<br />
Você sabia que...<br />
Oca.<br />
É possível se abrigar do frio numa casa feita de gelo?<br />
O iglu é a casa dos esquimós, povos<br />
indígenas que habitam regiões de frio intenso,<br />
como o Alasca e o Ártico.<br />
O iglu é feito de blocos de gelo, neve<br />
endurecida e cortada do chão. Embora seja frio<br />
ao toque, o gelo é um ótimo isolante térmico,<br />
quer dizer, não deixa o frio entrar.<br />
Sua forma arredondada é muito<br />
importante, pois a neve que cair sobre ele irá<br />
escorregar para os lados, evitando o risco de desabamento.<br />
Térmico: relativo ao<br />
calor; que conserva<br />
o calor.<br />
TA-3_HIST_UNI1_CAP<strong>1.</strong>indd 17 09/03/11 18:01<br />
Getty Images<br />
17<br />
Iara Venanzi/Kino<br />
Você sabia que...<br />
Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />
Gomez/Corbis/Latin Stock<br />
Conhecendo mais<br />
Família andando de bicicleta. Foto de 2003.<br />
O equilíbrio em duas rodas<br />
Nesta seção são apresentadas curiosidades,<br />
complementos e informações que ampliam<br />
o tema que você está estudando no capítulo.<br />
Diego Cervo<br />
Ciclista pedala na ciclovia,<br />
ao lado de avenida com<br />
trânsito intenso, em<br />
Florianópolis, Santa<br />
Catarina. Foto de 2007.<br />
Ciclista pedalando em parque. Foto de 2010.<br />
Você sabia que a primeira bicicleta apareceu em 1870?<br />
Você sabe andar de bicicleta?<br />
Equilibrar ‑se sobre duas rodas não é tão fácil assim. Mas, quando se aprende,<br />
é muito divertido pedalar com os amigos.<br />
A bicicleta é um veículo que não polui o ar e pode ser usado para praticar<br />
esportes, brincar, até mesmo para trabalhar.<br />
Para que as pessoas pedalem nas ruas com segurança, além de<br />
equipamento especial, como capacete, faróis e buzina nas bicicletas, é<br />
preciso que se construam ciclovias. Ciclovias são pistas especiais para quem<br />
utiliza bicicleta. Em muitas cidades, a bicicleta é o principal meio de transporte.<br />
Por isso, as ciclovias são necessárias para a segurança de todos os ciclistas.<br />
TA-3_HIST_UNI3_CAP1-3.indd 115 09/03/11 17:55<br />
115<br />
5
6<br />
Bill Heinsohn/Getty Images Fernando Moraes/Folha Imagem<br />
Praticando<br />
Observe as fotos de outros trabalhos importantes nas áreas urbanas.<br />
Escreva em seu caderno o nome da profissão e qual é o trabalho de<br />
cada uma das pessoas que aparecem nas fotos.<br />
Eletricitário, trabalha em Companhia de Força e Luz; jornaleiro, vende jornais e revistas; limpador de vidraças – os alunos podem também mencionar outros<br />
funcionários que cuidam da limpeza dos ambientes –; guarda de trânsito ou controlador de tráfego, que ordena e controla o tráfego de veículos e pedestres.<br />
136<br />
Tony Anderson/Getty Images<br />
Laureni Fochetto<br />
Praticando<br />
Você é o historiador<br />
Nesses momentos, você terá oportunidade de atuar<br />
como um historiador, investigando, pesquisando,<br />
entrevistando pessoas... Enfim, por meio de<br />
interessantes pesquisas, você construirá seu próprio<br />
conhecimento, assim como fazem os historiadores!<br />
Você deverá participar muito das aulas, não<br />
apenas lendo o texto dos capítulos, mas também<br />
respondendo a perguntas, fazendo pesquisas,<br />
discutindo alguns assuntos em grupo, fazendo<br />
entrevistas etc. Nesta seção, você desenvolverá<br />
diferentes atividades que lhe ajudarão a refletir<br />
sobre o que aprendeu.<br />
TA-3_HIST_UNI4_CAP1_3.indd 136 09/03/11 17:54 Você é o historiador<br />
Explorando<br />
o que aprendemos!<br />
Vamos montar uma dramatização, tendo como tema a<br />
vida das famílias indígenas, africanas e portuguesas.<br />
Dramatização:<br />
fazer uma<br />
representação<br />
teatral de um<br />
texto.<br />
1o passo – O professor vai dividir a turma em três grupos. Cada<br />
grupo deve escolher uma das famílias citadas acima.<br />
2o passo – Agora, em grupo, vocês vão recordar tudo o que foi estudado<br />
sobre as famílias do grupo que escolheram e escrever uma<br />
história. Essa história deve ter os seguintes elementos:<br />
• Todas as pessoas que compõem a família: pai, mãe, f ilhos, f ilhas<br />
e outros parentes e familiares.<br />
• A origem da família, ou seja, de onde ela veio. Como essas<br />
famílias viviam e o tipo de moradia.<br />
• Os tipos de trabalho feitos pela família e quem faz cada um<br />
dele s (homens e mulheres). Exemplo: o pai indígena caça e<br />
pesca; a mãe portuguesa cuida da educação dos fi lhos.<br />
• As infl uências e contribuições dessa família para a vida e os<br />
costumes brasileiros. Outras informações e curiosidades que o<br />
grupo achar interessantes.<br />
3o passo – Determinar os papéis que cada pessoa do grupo vai interpretar e<br />
o que vai falar.<br />
4o passo – Apresentar para a classe.<br />
TA-3_HIST_UNI1_CAP3.indd 59 09/03/11 17:58<br />
José Luís Johas<br />
59<br />
explorando<br />
o que aprendemos!<br />
Para saber a origem de sua família, faça uma entrevista com seus pais<br />
ou com os adultos que vivem com você.<br />
Lembre-se: famílias não são defi nidas apenas por laços de parentesco.<br />
Muito mais importante do que isso são os laços sentimentais e de afeto<br />
que construímos com as pessoas que vivem conosco. Por isso, você deve<br />
considerar sua família aquelas pessoas que vivem com você no dia a dia e<br />
que cuidam para que você tenha um bom desenvolvimento.<br />
1 o passo – Entreviste seus pais ou os adultos que moram com você. Depois,<br />
registre no seu caderno as respostas.<br />
<strong>1.</strong> Onde nasceram seu pai e sua mãe?<br />
2. Onde nasceram os pais da sua mãe,<br />
seu avô e sua avó?<br />
3. Onde nasceram os pais de seu pai, seu<br />
avô e sua avó?<br />
4. Como seus familiares chegaram até a<br />
cidade em que você nasceu?<br />
2o passo – Com a ajuda de um adulto de sua família, reproduza um mapa<br />
do Brasil com as divisões dos estados de nosso país. Depois, complete seu<br />
mapa seguindo a legenda. Não se esqueça de reproduzir essa legenda em<br />
seu mapa para que todos possam compreender as informações de sua<br />
família.<br />
<strong>1.</strong> Pinte de azul o estado em que você nasceu.<br />
2. Marque com um ● vermelho o estado onde sua mãe nasceu,<br />
mesmo que seja o mesmo em que você nasceu.<br />
3. Marque com um ▲ amarelo o estado onde seu pai nasceu, mesmo<br />
que seja o mesmo em que você nasceu.<br />
4. Marque com um ♦ verde o(s) estado(s) onde os pais de seu pai<br />
nasceram.<br />
5. Marque com um ✖ marrom o(s) estado(s) onde os pais de sua mãe<br />
nasceram.<br />
15<br />
TA-3_HIST_UNI1_CAP<strong>1.</strong>indd 15 09/03/11 18:00<br />
Ao final de cada unidade, você encontrará uma<br />
atividade interessante que lhe ajudará a relembrar<br />
o que estudou. Assim, você e seus colegas<br />
colocarão em prática o que aprenderam.<br />
José Luís Juhas
Muitas vezes, você é convidado a participar da leitura do texto. Você e seus<br />
colegas poderão observar imagens, trocar ideias sobre diversas situações,<br />
desenvolver atividades relacionadas ao que está sendo estudado em casa...<br />
Você poderá identificar esses momentos pelos seguintes ícones:<br />
Indica que você deve interagir com o texto, buscando informações na<br />
análise de um mapa, de uma imagem, no debate com os colegas e<br />
o professor... Enfim, esse ícone o convida a participar do processo de<br />
aprendizagem de forma ativa.<br />
Indica que as atividades propostas devem ser realizadas em casa.<br />
Geralmente, envolvem conversa com seus familiares. Assim, vocês<br />
levam para fora da sala de aula o que estão estudando, ampliando<br />
seus conhecimentos, conversando com outras pessoas e entrando em<br />
contato com ideias e opiniões iguais ou diferentes das suas.<br />
Em seu livro você encontrará ainda:<br />
Glossário<br />
Muitas vezes, você encontrará palavras novas. Algumas delas<br />
estão destacadas e acompanhadas de um boxe que traz uma<br />
breve explicação sobre seu significado. Assim, você descobrirá um<br />
novo vocabulário e compreenderá melhor o texto que está lendo.<br />
Indicação de leituras complementares<br />
Reprodução<br />
Reprodução<br />
146<br />
Indicação<br />
de leituras<br />
complementares<br />
Lenice Gomes. Escuta só...: o que é? O que é?<br />
São Paulo: Cortez, 2004. (Adivinhas de brincar).<br />
Quem nunca brincou com adivinhas pode começar agora,<br />
com muita poesia e bom humor. É só perguntar: o que é, o<br />
que é? Por meio de brincadeiras infantis, parlendas, travalínguas,<br />
trechos de músicas folclóricas somos levados a<br />
responder várias adivinhas.<br />
Maísa Zakzuk. A árvore da família.<br />
São Paulo: Panda Books, 2008.<br />
Conhecer a história de nossa família pode ser uma<br />
tarefa bastante complicada! Contudo, nesse livro a<br />
autora explica como tornar essa pesquisa algo simples<br />
e prazeroso.<br />
Daniel Munduruku. Coisas de índio: versão infantil.<br />
São Paulo: Callis, 2004.<br />
Daniel Munduruku, autor desse bonito panorama sobre as<br />
comunidades indígenas do Brasil, é índio e gosta de ser índio.<br />
Coisas de Índio é um livro para pesquisa, sobre a cultura e a<br />
história dos povos indígenas, acessível, interessante e muito<br />
atraente.<br />
TA-3_HIST_Finais.indd 146 10/03/11 17:24<br />
Reprodução<br />
Referências bibliográficas<br />
Leia, abaixo, a letra da música.<br />
Fome come<br />
Gente, eu tô ficando impaciente Impaciente:<br />
A minha fome é persistente<br />
que não tem<br />
Come frio, come quente,<br />
paciência;<br />
Come o que vê pela frente.<br />
apressado.<br />
Persistente:<br />
Come a língua, come o dente,<br />
Qualquer coisa que alimente.<br />
A fome come simplesmente,<br />
Come tudo no ambiente.<br />
que persiste;<br />
insistente.<br />
Absorvente: que<br />
absorve, “engole”<br />
tudo, comendo<br />
ou bebendo.<br />
Tudo o que seja atraente,<br />
É uma fome absorvente,<br />
Suficiente: que<br />
satisfaz; aquilo<br />
Come e nunca é suficiente.<br />
que basta; o<br />
bastante.<br />
Toda fome é tão carente,<br />
Carente: que<br />
Come o amor que a gente sente.<br />
precisa, necessita<br />
A fome come eternamente,<br />
No passado, no presente.<br />
de alguma coisa;<br />
necessitado.<br />
Eternamente:<br />
Triturar: moer.<br />
Deglutir: engolir,<br />
ingerir.<br />
A fome é sempre descontente<br />
Fome come, fome come...<br />
sempre, para<br />
sempre; por toda<br />
a eternidade.<br />
Conversa mole:<br />
expressão que Se vem de fora (ela devora, ela devora, ela devora)<br />
quer dizer (Qualquer coisa que alimente)<br />
“conversa sem<br />
sentido”.<br />
Se for cultura (ela tritura, ela tritura)<br />
Se o que vem é uma cantiga (ela mastiga, ela<br />
Abdome:<br />
ventre; parte<br />
mastiga)<br />
do corpo do ser<br />
humano e de<br />
outros animais<br />
Ela então nunca discute (só deglute, só deglute)<br />
E se for conversa mole (se for mole, ela engole)<br />
vertebrados Se faz falta no “abdome” (fome come, fome come)<br />
situada entre o<br />
tórax e a bacia.<br />
[...]<br />
Fome come. Canções Curiosas (CD),<br />
de Sandra Peres, Paulo Tatit e Luiz Tatit, Palavra Cantada, 1998.<br />
123<br />
Ilustrações: José Luis Juhas<br />
TA-3_HIST_UNI4_CAP1_3.indd 123 09/03/11 17:52<br />
Ao final do livro, apresentamos sugestões de livros muito<br />
interessantes relacionados aos temas dos capítulos. Você poderá<br />
lê-los para se divertir e aprender mais ainda sobre tudo o que<br />
estudou em História.<br />
É a lista dos livros que foram consultados pelas autoras para escrever esta Coleção.<br />
7
sumário<br />
unidade 1<br />
Família ................................ 10<br />
Capítulo 1<br />
A história da sua família ............... 12<br />
As famílias do passado ..............................13<br />
Como moram as famílias?.......................16<br />
Para que serve a moradia? ......................21<br />
Capítulo 2<br />
Famílias no Brasil ........................... 24<br />
Famílias indígenas ........................................25<br />
Famílias europeias........................................30<br />
Famílias africanas ..........................................33<br />
Infl uências nos costumes<br />
brasileiros ....................................................36<br />
Capítulo 3<br />
Outras famílias brasileiras............ 42<br />
8<br />
Famílias italianas............................................44<br />
Famílias alemãs ..............................................46<br />
Famílias japonesas .......................................48<br />
Famílias espanholas ....................................49<br />
Famílias sírio-libanesas ..............................50<br />
Famílias judias .................................................51<br />
unidade 2<br />
Onde vivemos ...................... 60<br />
Capítulo 1<br />
Bairros e cidades ............................ 62<br />
Conhecendo seu bairro............................63<br />
As cidades .........................................................68<br />
Conviver na cidade: ser cidadão .........71<br />
Capítulo 2<br />
Algumas cidades brasileiras ........ 74<br />
Cidades de todos os tamanhos ...........75<br />
Duas cidades brasileiras ...........................78<br />
Capítulo 3<br />
As cidades e os cidadãos .............. 83<br />
Cidadania? ........................................................83<br />
Mas o que é ter direitos ............................85<br />
José Luís Juhas
José Luís Juhas<br />
unidade 3<br />
encurtando caminhos ......... 88<br />
Capítulo 1<br />
No céu ............................................. 90<br />
Descobrindo formas de voar ................90<br />
Capítulo 2<br />
No mar e na terra .......................... 96<br />
Meios de transporte e trabalho ...........97<br />
Com o passar do tempo, os<br />
transportes fi caram<br />
mais rápidos ...........................................101<br />
Transporte nas cidades brasileiras ..103<br />
Capítulo 3<br />
As cidades em movimento ........ 108<br />
Carros são importantes,<br />
respirar é essencial .............................110<br />
O bom cidadão conhece<br />
as regras de trânsito ..........................113<br />
unidade 4<br />
O trabalho e as cidades ..... 118<br />
Capítulo 1<br />
Formas de trabalho em<br />
algumas cidades .......................... 120<br />
O que mais se faz nas áreas rurais ...121<br />
Cidades perto da água ..........................126<br />
Capítulo 2<br />
O trabalho nas áreas urbanas ... 129<br />
Trabalhadores urbanos – estudo<br />
de caso: bombeiros ...........................130<br />
As indústrias e os operários ................132<br />
Os trabalhadores do comércio .........134<br />
Os trabalhadores da saúde..................135<br />
Capítulo 3<br />
O trabalho na escola ................... 140<br />
Escolas diferentes ......................................141<br />
Indicação de leituras complementares ....................................... 146<br />
Referências bibliográficas ........................................................... 150<br />
9
Allison Michael Orenstein<br />
10<br />
Unidade 1<br />
Família<br />
Maria Lúcia vive com sua mãe e seus irmãos.<br />
Eles moram em Iranduba, no estado do<br />
Amazonas. Foto de 2010.<br />
Lucas, de blusa vermelha na<br />
foto, vive com seus pais e<br />
irmãos em Camboriú, Santa<br />
Catarina. Foto de 2009.<br />
Professor: para começar esta unidade, peça para os alunos explorarem estas fotos.<br />
Isso pode ser feito por meio de perguntas que estimulem a imaginação, o diálogo<br />
e levem os alunos a refletir sobre sua própria família. Sugestão de perguntas: O<br />
que as fotos mostram? O que é uma família? Quantas pessoas compõem cada<br />
família mostrada nas fotos? Alguma dessas famílias se parece com a sua? Por quê?<br />
Sua família é formada por quantas pessoas? Quantos irmãos e irmãs você tem?<br />
Ampliando a discussão, você pode fazer no quadro de giz uma tabela mostrando<br />
quantos alunos têm famílias com 4, 5, 6 ou mais pessoas. Com esses dados<br />
apresentados a todos, você pode estabelecer uma comparação entre as famílias<br />
deles.<br />
Alessandro Ruaro/Keystock
O qUe sabemOs?<br />
Nesta primeira unidade, vamos conhecer um pouco mais sobre as famílias<br />
do presente e do passado. Vamos também estudar a história da sua família:<br />
como ela é hoje e como era no passado.<br />
Vamos começar com as famílias no presente. Saber como elas são<br />
e de que maneira vivem. Sabemos que História é o estudo de vários<br />
acontecimentos que ocorrem no presente ou que ocorreram no passado.<br />
Conhecer a história das famílias é saber como elas são no presente<br />
e como eram no passado. É estudar as mudanças que aconteceram na<br />
organização da família com o passar do tempo, com os casamentos, os<br />
nascimentos etc. e que hábitos e costumes permanecem iguais ou parecidos.<br />
Como são as famílias hoje?<br />
Reúna-se com mais três colegas e conversem sobre as famílias de cada<br />
um. Para descobrir isso, respondam oralmente às seguintes questões:<br />
Professor: essa atividade é muito importante, pois as famílias atuais apresentam configurações diferentes. Embora a maioria ainda seja composta por pai, mãe,<br />
irmãos, irmãs, avós, tios e outros parentes com vínculos biológicos, muitas outras são formadas por casais que adotaram seus filhos; por pais separados; e muitas<br />
crianças vivem com tios, avós etc. Existem ainda<br />
<strong>1.</strong> Quem são as pessoas que moram com você?<br />
situações de crianças criadas por duas mulheres ou dois homens, e outras com mulheres ou homens que vivem sozinhos. Enfim, há na sociedade<br />
uma diversidade que não se pode enquadrar como exceção. Essas situações podem estar presentes dentro da sua turma.<br />
2. Quais são as pessoas que não moram com você, mas que fazem parte<br />
da sua família?<br />
Apresente as famílias do grupo, inclusive a sua, para os colegas.<br />
Cathy Yeulet<br />
Alex e Regina<br />
vivem com<br />
seus avós em<br />
Teresópolis, no<br />
Rio de Janeiro.<br />
Foto de 2010.<br />
11
José Luís Juhas<br />
Você e todos os seus colegas responderam às questões da página<br />
anterior e mostraram como são suas famílias. Com certeza, foi possível<br />
observar que alguns moram com o pai, a mãe e os irmãos, outros têm os pais<br />
separados e vivem só com o pai ou com a mãe. Existem aqueles que moram<br />
com tios, tias, avós.<br />
Mas todos moram com um grupo de pessoas que compõe uma família.<br />
Agora, vamos saber como eram as famílias no passado.<br />
os alunos sobre a família<br />
retratada na canção,<br />
quais são as relações de<br />
parentesco que aparecem<br />
na letra e as origens das<br />
pessoas mencionadas. É<br />
um momento pertinente<br />
para você explorar as<br />
regiões mencionadas<br />
na letra da música com<br />
um mapa do Brasil. Você<br />
pode, junto com os<br />
alunos, localizar os estados<br />
brasileiros mencionados,<br />
reforçando, inclusive, os<br />
deslocamentos territoriais<br />
feitos pela família de Chico<br />
Buarque. Assim, os alunos<br />
vão se familiarizando<br />
com as representações<br />
cartográfi cas que os<br />
acompanharão durante<br />
toda a vida.<br />
Capítulo 1<br />
a história da sua<br />
família<br />
Leia o trecho de uma letra de música, em que o artista fala de pessoas<br />
de sua família.<br />
Professor: sugerimos que leia com os alunos este trecho da música. Se for possível, seria interessante reproduzir a<br />
canção para os alunos, para que eles conheçam o ritmo da música. Você pode, ainda, fornecer informações breves<br />
sobre o artista, Chico Buarque de Holanda, e sua importância na história da música brasileira. Depois, converse com<br />
Paratodos. Paratodos (CD),<br />
de Chico Buarque de Holanda,<br />
BMG Brasil, 1993.<br />
Pela leitura do trecho da música “Paratodos”, do compositor Chico<br />
Buarque de Holanda, podemos perceber que cada membro da família<br />
mencionado nasceu em um lugar diferente do Brasil. Os membros da família<br />
citados são pai, avô, bisavô, tataravô.<br />
12<br />
O meu pai era paulista,<br />
Meu avô, pernambucano,<br />
O meu bisavô, mineiro,<br />
Meu tataravô, baiano...<br />
Luciana Whitaker/Olhar Imagem
Corbis/Latin Stock<br />
as famílias do passado<br />
Observe as imagens abaixo:<br />
Família reunida na sala de<br />
sua residência, na cidade<br />
de Joaçaba, Santa Catarina.<br />
Foto de 1949.<br />
Família de São Paulo posa<br />
para foto em estúdio de<br />
fotógrafo, em 1929.<br />
No passado, todas as pessoas que moravam na mesma casa faziam parte<br />
de uma família, geralmente composta por pai, mãe e filhos. Em algumas<br />
famílias, os avôs também viviam na mesma casa.<br />
Esse tipo de família também é conhecido<br />
como tradicional. Nas famílias tradicionais, o pai é<br />
o chefe da casa. Ele trabalha e é responsável pelo<br />
sustento de sua esposa e de seus filhos. À mãe cabe<br />
a tarefa de cuidar da casa e dos filhos.<br />
Tradicional: costume<br />
transmitido ao longo<br />
do tempo, de geração<br />
em geração.<br />
13<br />
Clarimar Regis
Praticando<br />
Leia o texto a seguir.<br />
A família de Bárbara<br />
Bárbara é uma menina de 8 anos de idade.<br />
Seu pai, o senhor Luís, nasceu em São Paulo, mas, quando ainda<br />
era criança, mudou-se com seus pais para Fortaleza, no estado do<br />
Ceará.<br />
A mãe de Bárbara, a senhora Júlia, nasceu em Salvador, na<br />
Bahia e, quando tinha 20 anos de idade, também se mudou para<br />
Fortaleza.<br />
Os pais de Bárbara se conheceram e se casaram em Fortaleza,<br />
cidade em que ela nasceu.<br />
Hoje, os pais de Bárbara estão separados e ela mora com a mãe<br />
em Fortaleza.<br />
Agora que você já conhece a família de Bárbara, escreva no seu<br />
caderno o título da atividade: “A família de Bárbara” e responda às<br />
questões abaixo. Professor: estimule sempre os alunos a elaborar uma resposta<br />
completa, com uma frase inteira, e não apenas o nome da cidade<br />
<strong>1.</strong> Onde nasceu o pai de Bárbara?<br />
O pai de Bárbara nasceu em São Paulo.<br />
2. Onde nasceu a mãe de Bárbara?<br />
A mãe de Bárbara nasceu em Salvador, na Bahia.<br />
3. Onde Bárbara nasceu?<br />
Bárbara nasceu em Fortaleza, no Ceará.<br />
4. Onde e com quem Bárbara vive hoje?<br />
Bárbara vive em Fortaleza com a sua mãe.<br />
Assim como Bárbara, você e a sua<br />
família têm uma origem, isto é, nasceram<br />
em algum lugar, moram em alguma cidade.<br />
Os pais dos seus pais podem ter nascido no<br />
Brasil ou em outro país, como Itália, Portugal,<br />
Professor: é importante reforçar ao longo desta atividade<br />
Alemanha, Angola.<br />
14<br />
que os laços familiares não dependem das relações<br />
Origem: a origem de uma<br />
pessoa é o lugar onde<br />
ela nasceu, ou seja, sua<br />
naturalidade.<br />
sanguíneas. Incentive os alunos a realizar as entrevistas com os membros de sua família, ainda que não tenham laços de sangue ou não conheçam algum<br />
desses familiares. Ao tratar a questão da multiplicidade das famílias com naturalidade, contribui-se para a formação de cidadãos abertos a compreender a<br />
diversidade e a pluralidade.<br />
Trabalhe com os alunos a alfabetização cartográfi ca: ajude-os a identifi car o Brasil em um mapa-múndi e as diferentes regiões brasileiras. No Manual, há um<br />
texto que pode auxiliá-lo nessa tarefa.<br />
José Luís Juhas
Você é o historiador<br />
Para saber a origem de sua família, faça uma entrevista com seus pais<br />
ou com os adultos que vivem com você.<br />
Lembre-se: famílias não são defi nidas apenas por laços de parentesco.<br />
Muito mais importante do que isso são os laços sentimentais e de afeto<br />
que construímos com as pessoas que vivem conosco. Por isso, você deve<br />
considerar sua família aquelas pessoas que vivem com você no dia a dia e<br />
que cuidam para que você tenha um bom desenvolvimento.<br />
1o passo – Entreviste seus pais ou os adultos que moram com você. Depois,<br />
registre no seu caderno as respostas.<br />
Respostas pessoais. Por exemplo: Rita – minha mãe.<br />
<strong>1.</strong> Onde nasceram seu pai e sua mãe?<br />
Exemplo: Meu pai nasceu em Belo Horizonte e minha mãe no Rio de Janeiro.<br />
2. Onde nasceram os pais da sua<br />
mãe, seu avô e sua avó?<br />
Exemplo: O pai de minha mãe nasceu em Olinda e a mãe dele, em Vitória.<br />
3. Onde nasceram os pais de seu<br />
pai, seu avô e sua avó?<br />
Exemplo: O pai de meu pai nasceu em Teresina e a mãe dele em Mariana.<br />
4. Como seus familiares<br />
chegaram até a cidade em que<br />
você nasceu?<br />
Espera-se que o aluno conte a história de seus bisavós, avós e pais.<br />
2 o passo – Você vai precisar de uma folha de cartolina.<br />
Nessa folha, desenhe você e cada uma das pessoas que<br />
compõem a sua família. Coloque o nome de todas elas e<br />
escreva quem são (pai, mãe, tio, tia, avó, avô, irmã e irmão)<br />
e o local onde nasceu, conforme as informações que você<br />
obteve na entrevista.<br />
3 o passo – Apresente, para sua turma e o professor, seu trabalho de<br />
pesquisa, sua descoberta sobre a origem de sua família e o desenho feito<br />
na cartolina.<br />
José Luís Juhas<br />
15
Juca Martins/Olhar Imagem<br />
Renato Stockler/Folha Imagem<br />
Professor: é importante iniciar este tópico com uma conversa com o grupo, explorando o título: “Como moram as famílias?” e o mosaico de fotos sobre os diferentes<br />
tipos de moradia. Aprofunde ao máximo tudo o que for possível nessa discussão: como são construídas essas casas, o material que é usado e por que ele<br />
é escolhido, em que lugar são encontradas diferentes construções,<br />
onde os alunos moram etc. Isso contribuirá muito para a<br />
Como moram as famílias? compreensão do tema.<br />
Todas as famílias moram em algum tipo de moradia.<br />
As moradias são construídas com materiais que os seres humanos retiram<br />
da natureza, como barro, pedra, areia, madeira obtida do corte das árvores,<br />
tijolo e telha feitos de barro, vidro obtido da areia e até mesmo gelo.<br />
Nas casas de alvenaria, são usados, entre outros materiais, a areia, a<br />
madeira, o tijolo e o cimento.<br />
Casa térrea.<br />
Prédios de apartamentos.<br />
Sobrados.<br />
Casa de madeira.<br />
De acordo com o lugar onde são construídas as moradias, varia o tipo<br />
de material usado e o tipo de casa. Por exemplo, nas grandes cidades, onde<br />
vivem muitas pessoas, geralmente falta espaço e as moradias são construídas<br />
sob a forma de prédios de muitos andares.<br />
16<br />
Jacek/Kino<br />
Juca Martins/Olhar imagem
Ivania Sant’Anna/Kino<br />
Casa de pau a pique.<br />
Muitas vezes, a escolha dos materiais para a construção das moradias<br />
ocorre em função das necessidades do clima de uma região ou dos materiais<br />
que a natureza oferece. Por exemplo, o iglu é construído com grossa camada<br />
de gelo, que serve para manter o interior da moradia aquecido.<br />
Já a casa de pau a pique ou taipa, construção encontrada geralmente<br />
no interior do Brasil, na zona rural, é feita com uma armação de madeira e<br />
coberta de barro amassado.<br />
As ocas, moradias dos grupos indígenas, são construídas com bambu e<br />
troncos de árvores, sua cobertura é feita de palha ou de folhas de palmeira,<br />
tudo extraído da floresta.<br />
Você sabia que...<br />
Oca.<br />
É possível se abrigar do frio numa casa feita de gelo?<br />
O iglu é a casa dos esquimós, povos<br />
indígenas que habitam regiões de frio intenso,<br />
como o Alasca e o Ártico.<br />
O iglu é feito de blocos de gelo, neve<br />
endurecida e cortada do chão. Embora seja frio<br />
ao toque, o gelo é um ótimo isolante térmico,<br />
quer dizer, não deixa o frio entrar.<br />
Sua forma arredondada é muito<br />
importante, pois a neve que cair sobre ele irá<br />
escorregar para os lados, evitando o risco de desabamento.<br />
Isolante: que isola,<br />
separa.<br />
Térmico: relativo ao<br />
calor; que conserva<br />
o calor.<br />
Professor: após a leitura e a análise das fotos, você pode levantar com a turma o tipo de material empregado na construção de todas as moradias<br />
retratadas, especialmente nos prédios, na oca e na casa de pau a pique. Converse com eles sobre como são feitas as moradias e por quem.<br />
Getty Images<br />
Iara Venanzi/Kino<br />
17
Praticando<br />
No seu caderno, escreva o título da atividade: “Minha moradia” e<br />
resolva as questões abaixo.<br />
<strong>1.</strong> Como é a sua moradia? Resposta pessoal.<br />
Escreva em que tipo de moradia você vive. Veja o nome na legenda<br />
das fotos. Com quais materiais ela foi construída? Descreva como<br />
Professor: espera-se que o aluno descreva a própria casa. Exemplo:<br />
ela é: tem sala, quartos, banheiro etc.<br />
Moro em uma casa térrea, feita de tijolos, madeira e coberta com<br />
telhas. Minha casa tem uma sala, dois quartos, banheiro e cozinha, tem um quintal com jardim e uma garagem.<br />
2. Faça um desenho da sua moradia, com as cores que ela tem e<br />
apresente-o para seus colegas.<br />
Professor: espera-se que o aluno desenhe sua casa, representando o espaço da<br />
forma mais real possível e pintando paredes, portas e janelas com as cores que elas<br />
realmente têm. Sugerimos uma atividade interdisciplinar envolvendo História e Matemática. Você pode aproveitar o assunto e fazer no quadro de giz uma tabela que<br />
indique a quantidade de alunos que moram em casas de tijolo, em apartamentos, em casas de madeira etc.<br />
Renata Mello/Olhar Imagem<br />
18<br />
Conhecendo mais<br />
Casas de palafita<br />
O Brasil é um país com muitos rios.<br />
Em alguns lugares, como na Região Amazônica,<br />
existem pessoas que vivem na beira dos rios e, por<br />
isso, são chamadas ribeirinhas. As famílias que vivem<br />
na beira dos rios constroem casas de madeira sobre<br />
palafitas, que são estacas também de madeira, bem<br />
grossas e altas.<br />
Esse é um tipo de construção das regiões alagadiças, quer dizer, regiões que<br />
ficam ou não alagadas, conforme as cheias e as vazantes dos rios.<br />
Os rios enchem nos períodos de chuva e ficam com menos água nas épocas sem<br />
chuva. Como são construídas no alto, as casas não são invadidas pelas águas das cheias.<br />
Casa de palafita em época de vazante do rio, no<br />
Pará. Foto de 2002.<br />
Alagadiço: área sujeita<br />
a alagar, inundado,<br />
encharcado.<br />
Vazante: período em<br />
que o rio apresenta o<br />
menor volume de água.<br />
Casas de palafita em época de cheia do rio, no<br />
Acre. Foto de 2002.<br />
Haroldo Palo JR./Kino
Você é o repórter!<br />
Quando assistimos a um jornal ou a um programa de reportagens na<br />
televisão, a pessoa que nos dá a notícia é o repórter.<br />
Imagine que você é um repórter que está fazendo um programa sobre a<br />
Região Amazônica.<br />
Elabore um pequeno texto explicando:<br />
a) quem são os “ribeirinhos”;<br />
b) onde eles moram;<br />
c) como são construídas suas<br />
casas;<br />
TA_H3_ic01<br />
d) por que elas são construídas<br />
assim.<br />
Para fazer sua reportagem, você<br />
deverá pesquisar, em livros, jornais e<br />
páginas da internet, informações sobre a Região Amazônica: onde fi ca, qual é<br />
o clima, como são os rios etc. Utilize também as informações do texto: “Casas<br />
de palafi ta”.<br />
Escreva a reportagem no caderno e, depois, leia para seus colegas, como<br />
se estivesse “narrando” seu programa de televisão.<br />
Professor: no Manual você encontra informações sobre a Região Amazônica que podem ajudá-lo a orientar a atividade.<br />
Você sabia que...<br />
O historiador é a pessoa que trabalha com a História?<br />
O historiador busca as informações sobre o presente e o<br />
passado.<br />
Ele vai atrás de “pistas” para descobrir como as pessoas vivem<br />
no presente e como as pessoas viviam no passado. Assim, é<br />
possível estabelecer as relações entre o passado e o mundo em que<br />
vivemos hoje.<br />
Para obter as informações de que precisa, o historiador utiliza<br />
várias fontes históricas: documentos escritos, objetos, fotografi as,<br />
jornais, internet, obras de literatura etc.<br />
19<br />
José Luís Juhas
“Onde vovó morava?”<br />
Gustavo viajou nas férias para a cidade em que sua avó nasceu. Ele<br />
decidiu descobrir qual era a casa em que sua avó morava quando era criança.<br />
Pelas histórias que sua avó contava, ele sabia qual era o nome da rua e<br />
tinha mais algumas pistas.<br />
Gustavo encontrou a rua, mas não conseguiu localizar a casa de sua avó.<br />
Vamos ajudá-lo?<br />
As informações que Gustavo tinha eram as seguintes:<br />
• A casa de sua avó tinha dois andares, era um sobrado.<br />
• Na parte de baixo havia uma porta.<br />
• Na parte de cima havia duas janelas.<br />
• No telhado aparecia uma chaminé, porque era um lugar em que fazia<br />
muito frio e existia uma lareira dentro da casa.<br />
Qual é o número da casa da avó do Gustavo? É a casa 30.<br />
Muito bem!<br />
Você seria um ótimo historiador. Para encontrar a casa da avó do Gustavo,<br />
você partiu das pistas, as fontes históricas que possuía.<br />
20<br />
Adelmo Naccari
Divulgação/Sadia<br />
Para que serve a moradia?<br />
Ora, qualquer pessoa responderia que “moradia serve para morar”.<br />
É o lugar onde as pessoas, as famílias, vivem.<br />
Mas, para muitas famílias, a moradia também tem outras funções.<br />
Para muitas famílias que viveram no passado, a moradia era lugar para<br />
comer, dormir, conviver com a família e trabalhar.<br />
Muitas famílias que moravam no campo utilizavam a casa para abrigar os<br />
animais que criavam, guardar as sementes que seriam plantadas, os produtos<br />
que eram colhidos e os instrumentos de trabalho, como a enxada e o arado.<br />
Esta família de descendentes de alemães, na cidade de Chapecó, no interior de Santa Catarina,<br />
tinha em sua casa uma fábrica de fogões a lenha. Eles reuniam no terreno em que viviam móveis<br />
antigos para reaproveitar as matérias-primas e montavam os fogões em sua própria residência.<br />
Foto de 1916.<br />
21
Ilustrações: José Luís Juhas<br />
Será que apenas as famílias do passado usavam a moradia para<br />
trabalhar? Observe os desenhos a seguir. Professor: é importante que os alunos observem os desenhos<br />
e percebam que, para muitas famílias, a casa é até hoje também o espaço de trabalho.<br />
1 2<br />
3<br />
Mesmo hoje, são várias as famílias que utilizam a moradia para comer,<br />
dormir, conviver e trabalhar.<br />
Praticando<br />
Troque ideias com seus colegas sobre como funciona o trabalho<br />
realizado na moradia retratada nos desenhos.<br />
Registre no seu caderno o que conversaram. Primeiro, anote o título da<br />
atividade: “Moradia usada também como um lugar de trabalho”. Depois,<br />
resolva as atividades.<br />
<strong>1.</strong> Descreva o trabalho realizado em cada fi gura.<br />
Figura 1 – A mulher faz roupas para vender. / Figura 2 –O homem faz bolo para vender. / Figura 3 – A mulher trabalha ao computador. / Figura<br />
4 – O homem conserta eletrodomésticos quebrados.<br />
2. Ainda em grupo, converse sobre outros tipos de trabalho que<br />
podem ser realizados em casa. Depois, escreva três tipos de<br />
trabalho diferentes dos que aparecem nos desenhos.<br />
Professor: espera-se que o aluno<br />
escreva tipos de trabalho como lavar roupa, dar aula para crianças, usar a casa como consultório (médico, dentista, psicólogo, fonoaudiólogo) etc.<br />
22<br />
4
3. Na sua família alguém usa a moradia como lugar para trabalhar?<br />
Quem? E qual é o trabalho que essa pessoa realiza?<br />
Resposta pessoal. No caso de a resposta ser afi rmativa, espera-se que o aluno conte a história de alguma pessoa da sua família.<br />
Observe este desenho com bastante atenção!<br />
Professor: é importante que fi que claro para o aluno o que é para ser feito. O exercício de comparação tem o objetivo de que o aluno desenvolva a percepção<br />
de semelhanças e diferenças dos ambientes. A percepção é uma competência que ele irá utilizar em muitas situações da sua vida, acadêmica ou não.<br />
Adelmo Naccari<br />
Agora pense na sua moradia. Como ela é? É parecida com a do desenho?<br />
Compare a sua moradia com a que aparece no desenho acima.<br />
No seu caderno, escreva o título “Comparando moradias”.<br />
<strong>1.</strong> Faça uma tabela como a que aparece abaixo e escreva na coluna<br />
correspondente:<br />
• o que tem na sua moradia que aparece também no desenho;<br />
• o que tem na sua moradia que não tem no desenho.<br />
Tem na minha moradia<br />
e no desenho<br />
Resposta pessoal. Por exemplo: sala, dois quartos, banheiro,<br />
cozinha, quintal, quartinho.<br />
Se a resposta for sim, espera-se que o aluno liste o que não há na sua casa.<br />
Por exemplo: minha casa não tem garagem nem jardim.<br />
Tem na minha moradia<br />
e não tem no desenho<br />
Resposta pessoal. Por exemplo: escritório ou sala de TV,<br />
mais 1 quarto, mais 1 banheiro.<br />
2. Existe alguma coisa na casa do desenho que não há na sua? Se a<br />
resposta for sim, escreva o que não há na sua casa e que aparece no<br />
desenho.<br />
23
José Luís Juhas<br />
Ivo Pires<br />
Capítulo 2<br />
Famílias no Brasil<br />
Professor: é muito importante que o questionamento proposto no texto abaixo seja utilizado como canal de<br />
comunicação para a leitura das imagens. O objetivo é que os alunos consigam perceber que são famílias diferentes<br />
e, portanto, com origens diferentes. Você pode incentivá-los a fazer a leitura de imagens propondo-lhes algumas<br />
questões para refl exão: como é o cenário das fotos? Como as pessoas se vestem? As famílias têm o mesmo número<br />
de pessoas? Vejam as datas das fotos nas legendas: essas famílias vivem na mesma época?<br />
Você já parou para pensar na origem das famílias brasileiras?<br />
Será que as famílias que vivem no Brasil vieram, no passado, de outros<br />
lugares? Ou será que no passado algumas famílias já viviam nas terras que<br />
seriam o Brasil? Vamos descobrir isso? Observe as fotos.<br />
Família indígena da tribo yanomami em Roraima.<br />
Foto de 199<strong>1.</strong><br />
Família de descendentes europeus, portugueses<br />
no Brasil, 2010.<br />
24<br />
Rosa Gaudiatno/Studio R<br />
Família de descendentes de africanos, no Morro<br />
da Babilônia, no Rio de Janeiro, em 1910.<br />
Acervo Iconographia
Praticando<br />
Em grupo, converse com seus colegas sobre as semelhanças e as<br />
diferenças que vocês observaram nas fotos.<br />
Depois responda no seu caderno.<br />
<strong>1.</strong> Quais as diferenças que você e seu grupo identificaram?<br />
2. Quais são as semelhanças que vocês observaram?<br />
3. Será que a origem dessas famílias é a mesma?<br />
Famílias indígenas<br />
Observe no mapa como estavam distribuídos os grupos indígenas no<br />
território que viria a ser o Brasil.<br />
Fonte: José Jobson de A. Arruda. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 1999.<br />
Territórios dos grupos indígenas em 1500<br />
Professor: espera-se que os alunos percebam que são famílias<br />
de origens diferentes, retratadas em épocas diferentes.<br />
Além disso, eles devem ser estimulados a observar que as<br />
organizações sociais desses grupos familiares são diferentes.<br />
Professor: no Manual você encontra algumas orientações para explorar melhor o mapa.<br />
As famílias indígenas já viviam no Brasil muito tempo antes da chegada dos<br />
portugueses. Os indígenas foram os primeiros a ocupar o território brasileiro.<br />
Fábio Bueno<br />
25
Rosa Gauditano/Studio R<br />
Você sabia que...<br />
Alguns historiadores que estudam a história das famílias dos indígenas<br />
afirmam que, quando os portugueses chegaram ao Brasil, 4 milhões de<br />
indígenas moravam aqui? Atualmente, apenas cerca de 315 mil indígenas<br />
vivem no Brasil.<br />
Praticando<br />
Observe novamente o mapa e responda às questões em seu caderno.<br />
Não se esqueça de colocar o título da atividade: “Grupos indígenas que<br />
viviam no Brasil”.<br />
<strong>1.</strong> Quais eram os grupos que ocupavam a maior área do território<br />
Os grupos tupi-guarani e jê.<br />
brasileiro?<br />
2. Quais são os grupos indígenas predominantes no estado em que<br />
você mora? Resposta pessoal.<br />
O trabalho nas famílias indígenas<br />
Professor: antes de realizar a atividade, é importante conversar com os alunos sobre o que é um mapa.<br />
Depois, você pode explorar com eles a representação cartográfica do Brasil. Ajude-os a identificar o contorno<br />
do país (embora essas fronteiras sejam diferentes das do século XVI), a localizar o Brasil no continente<br />
americano, o Oceano Atlântico, que banha o nosso país, e outros elementos que sirvam para localização<br />
geográfica do espaço representado. É interessante explicar-lhes, ainda, que o “Meridiano de Tordesilhas”<br />
indicado no mapa era a linha imaginária que dividia os territórios americanos de posse espanhola e<br />
portuguesa, mas que esse tratado não foi respeitado e, por isso, nosso país tem as fronteiras atuais.<br />
As famílias indígenas, como qualquer outra, são muito trabalhadoras.<br />
Indígena waurá pescando com a ajuda<br />
de seu filho, em 2005. Parque do<br />
Xingu, Mato Grosso.<br />
26<br />
Indígenas xavantes cultivando alimentos<br />
na roça. Aldeia Pimentel Barbosa,<br />
Mato Grosso, foto de 2004.<br />
Rosa Gauditano/Studio R
Rosa Gauditano/Studio R<br />
Elas dedicam muitas horas do seu dia para produzir alimentos, utensílios<br />
como arco, flecha, enxadas, cestas etc.<br />
O trabalho das famílias indígenas, geralmente, não é realizado para ganhar<br />
dinheiro. Todos plantam, caçam, pescam e colhem. Dessa maneira todos<br />
participam do sustento de todas as famílias do seu grupo.<br />
Sustento: manutenção;<br />
alimentação, sobrevivência.<br />
Artesanato: arte e técnica<br />
do trabalho manual não<br />
industrializado.<br />
Indígenas yanomamis colhendo e descascando mandioca em<br />
Roraima, 199<strong>1.</strong><br />
Atualmente, alguns grupos indígenas trabalham fazendo artesanato. As<br />
peças produzidas são vendidas em feiras ou lojas.<br />
Além desses trabalhos, as famílias indígenas se unem para fazer festas.<br />
Indígenas xavantes se pintando para festa, em<br />
1995. Aldeia Pimentel Barbosa, Mato Grosso.<br />
Indígenas xavantes pintados para festa, em<br />
1999. Aldeia Pimentel Barbosa, Mato Grosso.<br />
27<br />
Rosa Gauditano/Studio R<br />
Rosa Gauditano/Studio R
Renato Soares<br />
Também é interessante saber que todos na tribo sabem fazer de tudo.<br />
Apesar disso, os tipos de trabalho estão divididos entre homens e mulheres.<br />
Normalmente, os homens caçam, pescam, fazem arco, flecha e lanças e<br />
preparam a terra para as plantações. As mulheres costuram, cozinham,<br />
plantam, cuidam da roça, colhem frutos etc.<br />
Aprender é brincar de viver<br />
Não há muita separação entre aprender e brincar<br />
para os índios. As crianças aprendem brincando<br />
e brincam aprendendo. Desde pequenas, elas<br />
acompanham os pais nas atividades deles e vão aprendendo como<br />
fazer as coisas que irão ajudá-las mais tarde a sobreviver. Elas<br />
aprendem a plantar, a pescar, a caçar e a colher frutos.<br />
28<br />
Crianças yanomamis, do<br />
estado de Roraima, dançando<br />
durante uma festa da tribo,<br />
em 200<strong>1.</strong><br />
Conhecendo mais<br />
Mulher do grupo krahô trançando palha para<br />
fazer cestos, em comunidade no Tocantins.<br />
Nesses momentos de reuníão, os mais jovens<br />
aprendem tanto a história de seu povo quanto a<br />
confeccionar a arte material. Foto de 2006.<br />
Sobreviver:<br />
continuar a viver,<br />
a existir.<br />
Rosa Gauditano/Studio R
Mas não pense que as crianças<br />
ficam anotando tudo. Elas<br />
aprendem pela repetição dos pais.<br />
Nos intervalos das atividades,<br />
as crianças se encontram para<br />
brincar. Tomam banho no rio ou<br />
pescam com as pequenas varas de<br />
pesca que elas mesmas fazem.<br />
Algumas vezes, elas se<br />
aventuram a passear de canoa ou<br />
a subir nas árvores para brincar de<br />
imitar bichos: uma das<br />
brincadeiras preferidas.<br />
Aprender é brincar de viver, de Daniel Munduruku. Trecho de entrevista.<br />
Folha de S.Paulo, 11 abr. 1998. Folhinha.<br />
Praticando<br />
Após ler o texto e observar a foto, responda.<br />
<strong>1.</strong> Como as crianças indígenas aprendem?<br />
As crianças aprendem brincando, elas acompanham<br />
os pais nas atividades deles e vão aprendendo como<br />
fazer as coisas. Elas aprendem pela repetição dos pais.<br />
2. Quais são as atividades que elas aprendem que são muito<br />
importantes para a sua vida em grupo? As crianças aprendem a plantar, a pescar, a caçar e a colher frutos.<br />
3. Você saberia dizer quais são as brincadeiras de que as crianças<br />
indígenas gostam?<br />
Tomar banho no rio, pescar com as pequenas varas que elas mesmas fazem, passear de<br />
canoa e subir nas árvores para brincar de imitar bichos.<br />
4. Qual brincadeira mencionada no texto é igual a uma atividade dos<br />
adultos? Pescar.<br />
5. O título do texto é “Aprender é brincar de viver”. Em sua opinião,<br />
esse título tem relação com o texto? Por quê?<br />
Resposta pessoal. Espera-se que<br />
o aluno conclua que o título é<br />
pertinente porque os pequenos indígenas aprendem brincando coisas que farão na sua vida adulta, como caçar, pescar, coletar...<br />
6. Provavelmente, você é uma criança que brinca muito. Você acha que<br />
em alguma de suas brincadeiras está aprendendo algo para sua vida<br />
adulta? Quais são essas brincadeiras? E por que você pensa isso?<br />
Resposta pessoal.<br />
Crianças da tribo kaiapó brincando<br />
no rio, no Pará. Foto de 2003.<br />
Rosa Gauditano/Studio R<br />
29
Fábio Bueno Famílias europeias<br />
Vamos agora conhecer outras famílias: as europeias.<br />
Você sabe por que são chamadas assim? Porque são famílias que<br />
nasceram em países da Europa, como as famílias dos portugueses.<br />
Depois de observar o mapa, converse com seus colegas sobre ele.<br />
• Quais são os continentes que aparecem? América, Europa, Ásia, África e Oceania.<br />
• Em qual deles está o Brasil? O Brasil fica no continente americano.<br />
• Qual é o oceano que separa Brasil e Portugal? Oceano Atlântico.<br />
Praticando<br />
Professor: vamos falar sobre as famílias europeias e sua importância no processo de<br />
formação do povo brasileiro. A intenção é mostrar a localização do Brasil, habitado pelos<br />
indígenas, e de Portugal, na Europa, de onde partiram os portugueses. É importante<br />
observar que o contorno do Brasil no mapa corresponde às atuais fronteiras do país.<br />
Comente que os portugueses foram grandes navegadores.<br />
Localização do Brasil e de Portugal<br />
No mapa-múndi está destacado o continente europeu, em amarelo, e o país Portugal, em laranja. O<br />
Brasil aparece destacado na cor verde.<br />
No seu caderno, coloque o título “Portugal e o Brasil” e escreva a<br />
conclusão da conversa que tiveram após a leitura do mapa.<br />
30<br />
0 1200 4000<br />
Fonte: Marcelo Martinelli. Atlas geográfico. São Paulo: <strong>Editora</strong> do Brasil, 2003.
Museus Castro Maya, Rio de Janeiro<br />
Famílias portuguesas no Brasil<br />
Vamos conhecer um pouco da história<br />
de um grupo europeu muito importante<br />
para a formação do Brasil: o povo<br />
português. Foram eles, inclusive, que nos<br />
transmitiram a língua portuguesa.<br />
As famílias portuguesas começaram<br />
a chegar ao Brasil pouco depois de 1500.<br />
Essas famílias trouxeram muito de Portugal:<br />
o modo de se vestir, a língua, os costumes,<br />
as comidas, a religião, as festas.<br />
As famílias portuguesas viviam de uma<br />
maneira diferente daquela dos indígenas.<br />
Famílias portuguesas fazem piquenique<br />
na cidade de Setúbal, Portugal, em 1955.<br />
Detalhe ampliado da aquarela Empregado do governo saindo a passeio, de Jean-Baptiste Debret,<br />
produzida entre 1820 e 1830. Nessa obra, um senhor português – funcionário do governo no<br />
Rio de Janeiro – e sua família caminham pelas ruas da cidade. Como “chefe de família”, ele<br />
segue na frente, acompanhado por sua esposa, filhas e escravos. Os trajes eram sérios, formais<br />
e precisavam refletir a riqueza da família.<br />
Hulton-Deutsch Collection/Corbis/Latin Stock<br />
Professor: sugerimos que por meio da<br />
análise da aquarela de Jean-Baptiste<br />
Debret, os alunos identifiquem que o pai,<br />
chefe da família, anda na frente seguido<br />
pelos filhos e sua esposa. A postura dos<br />
personagens – com o homem altivo e as<br />
mulheres da família mais recolhidas – e a<br />
posição que ocupam no cortejo oferece<br />
muitas indicações das relações sociais da<br />
família representada. Esta obra foi feita<br />
apenas no século XIX, portanto, muitos<br />
anos depois da chegada dos primeiros<br />
portugueses ao Brasil, mas a atitude<br />
e a hierarquia da família representada<br />
pelo artista foi uma permanência dos<br />
costumes portugueses.<br />
Após a família portuguesa, seguem, ainda<br />
em cortejo, os escravos negros dessa<br />
família abastada – o “pai” é, afinal, um<br />
“empregado do governo”.<br />
31
Nas primeiras famílias portuguesas que vieram para o Brasil, o pai era o<br />
chefe da família.<br />
Geralmente, na casa de uma família viviam: o chefe da família, sua esposa,<br />
os filhos, os netos, os empregados, outros parentes etc.<br />
O pai tinha autoridade sobre todas as outras<br />
pessoas da família, quer dizer, todos deviam<br />
obedecê-lo. Por exemplo, era ele quem escolhia o<br />
marido de suas filhas e o trabalho de seus filhos.<br />
Ninguém podia discordar dele.<br />
Esta era a maneira de viver das pessoas mais ricas.<br />
Nas famílias mais pobres, muitas vezes, o homem saía para trabalhar em<br />
outros lugares e as mulheres ficavam responsáveis por cuidar da casa e da<br />
educação dos filhos e das filhas.<br />
Além disso, muitas mulheres ficavam viúvas e precisavam trabalhar elas<br />
mesmas para sustentar os filhos. Muitas trabalhavam como empregadas em<br />
casas de pessoas mais ricas, como costureiras, lavadeiras, passadeiras ou como<br />
vendedoras ambulantes. Neste útimo caso, elas podiam vender doces ou<br />
outras comidas feitas por elas mesmas, ou ainda produtos que compravam de<br />
outros comerciantes<br />
Praticando<br />
Faça uma comparação entre a maneira de viver<br />
das famílias indígenas e a das famílias portuguesas.<br />
Releia o que você aprendeu sobre as duas<br />
famílias e resolva as questões.<br />
32<br />
<strong>1.</strong> Como era o trabalho nas famílias indígenas?<br />
Professor: espera-se que o aluno responda que, apesar de haver divisão de atividades entre homens e mulheres, todos na tribo sabiam fazer<br />
qualquer trabalho. E que eles trabalhavam em benefício do grupo.<br />
2. E nas famílias portuguesas, quem trabalhava?<br />
Professor: espera-se que o aluno responda que o pai trabalhava e, também, escolhia o trabalho dos filhos. A esposa, em geral, cuidava da<br />
casa e da educação dos filhos, mas também podia assumir o comando da família na ausência do marido.<br />
3. O jovem português podia escolher o trabalho que ele queria fazer?<br />
Professor: espera-se que o aluno responda que não, o pai é quem escolhia o trabalho dos filhos.<br />
Autoridade: poder de<br />
mandar; domínio.<br />
Discordar: não concordar;<br />
divergir.<br />
4. A maneira de viver das famílias indígenas e das famílias<br />
portuguesas era igual ou diferente? Por quê?<br />
Espera-se que o aluno responda que eram bem diferentes, destacando as questões ligadas à autoridade e à educação dos filhos.<br />
5. E a sua família, ela se parece mais com a família indígena ou com a<br />
família portuguesa? Justifique sua resposta. Resposta pessoal.<br />
José Luis Juhas
Professor: faça a leitura do mapa com os alunos. Localize o Brasil e o continente africano. Destaque a trajetória feita pelos africanos quando eram trazidos como<br />
escravos para o Brasil. A África é um grande continente, por isso, seria interessante localizar as regiões de onde veio a maioria dos grupos africanos: da costa atlântica,<br />
regiões que hoje correspondem à Costa do Marfi m, à Nigéria, ao Congo e a Angola; da costa do Oceano Índico, região que hoje corresponde a Moçambique.<br />
Fonte: Marcelo Martinelli. Atlas geográfi co. São Paulo: <strong>Editora</strong> do Brasil, 2003.<br />
Famílias africanas<br />
Localização do Brasil e do continente africano<br />
Observe no mapa-múndi a trajetória feita pelos africanos que<br />
chegaram ao Brasil para trabalhar como escravos.<br />
Logo depois das famílias portuguesas, chegaram ao Brasil as famílias<br />
africanas.<br />
Com os indígenas e os europeus, os africanos fazem parte das primeiras<br />
famílias do Brasil.<br />
Como as famílias africanas vieram para o Brasil?<br />
As famílias africanas vieram para o Brasil para trabalhar como escravas.<br />
Os europeus capturavam os africanos e os traziam para o Brasil. Eles<br />
invadiam as aldeias africanas e, utilizando armas de fogo, prendiam e<br />
acorrentavam as pessoas.<br />
Depois, elas eram levadas para o porão de<br />
navios, o meio de transporte utilizado pelos<br />
europeus para trazer os africanos ao Brasil. A viagem<br />
era longa, e muitos não aguentavam os maus-tratos<br />
0 2000 4000<br />
Maus-tratos: tratar<br />
mal; machucar;<br />
espancar.<br />
e morriam. Faltavam água, alimentos e condições de higiene; enfi m, doenças<br />
e tristeza foram alguns dos motivos que levaram muitos africanos à morte.<br />
33<br />
Fábio Bueno
Quando chegavam ao Brasil, os africanos eram desembarcados num<br />
mercado, onde eram vendidos e separados dos seus familiares. Na maioria das<br />
vezes, os pais, os irmãos, os avós, os tios e outros familiares iam para lugares<br />
diferentes, trabalhar para donos diferentes.<br />
E como viviam essas famílias na África?<br />
Vida na África<br />
Professor: se julgar oportuno, em um mapa, localize com os alunos os países mencionados nas legendas das imagens.<br />
Na época em que foram trazidas para o Brasil, as famílias africanas, como<br />
os indígenas brasileiros, viviam geralmente em grandes grupos.<br />
As pessoas mais velhas eram muito respeitadas pelos mais jovens<br />
da família. Eram elas que ensinavam os jovens sobre a família, os valores<br />
importantes para o grupo, contavam histórias do lugar em que viviam e<br />
muitas outras coisas.<br />
Professor: aqui é interessante ler as imagens e os textos conforme eles aparecem, uma vez que se<br />
complementam. Desse modo, os alunos terão uma ideia de como os africanos viviam.<br />
Matriarca de família africana ensinando crianças a costurar na Zâmbia. Foto de 1999.<br />
O trabalho era dividido entre homens e mulheres.<br />
Pescar, por exemplo, era um trabalho geralmente feito pelos homens.<br />
Quando a pesca era no mar, vários homens se uniam para puxar a rede cheia<br />
de peixes. Plantar e colher também eram atividades masculinas.<br />
34<br />
Louise Gubb/Corbis/Saba/Latin Stock
Fundação Pierre Verger David Sutherland/Getty Images/S.d.<br />
Mulheres africanas socando grãos nos pilões para fazer<br />
farinha no Mali.<br />
Homens enfeitados para festa religiosa no<br />
Mali. Foto de 1936.<br />
Homens africanos pescando no mar no<br />
Djibuti.<br />
As casas africanas geralmente eram feitas de barro e as mulheres<br />
participavam da construção.<br />
Além desse trabalho, as mulheres cozinhavam, teciam e faziam utensílios<br />
de barro. Por conviverem com os filhos mais tempo que os pais, as mães<br />
também tinham a responsabilidade de educá-los.<br />
Comemoração no Quênia, em 2010: jovem volta para<br />
casa após rito que lhe dá status de guerreiro.<br />
A vida em grupo e o trabalho não eram as únicas atividades dos<br />
africanos. As festas com muita música e dança eram acontecimentos<br />
importantes. Muitas situações comuns na vida das famílias africanas eram<br />
comemoradas com festas, por exemplo: a caça, o casamento, o nascimento, a<br />
morte, a guerra, a colheita, a chegada da estação chuvosa etc.<br />
35<br />
Frances Linzee Gordon/Getty Images/s.d.<br />
Simon Maina/AFP
Conhecendo mais<br />
Leia abaixo mais um aspecto interessante das famílias africanas.<br />
Para muitos povos, a palavra tem um valor especial. A criança<br />
dos povos iorubas, por exemplo, ao nascer, recebia dos pais um<br />
nome que podia ser uma saudação à natureza ou um agradecimento<br />
aos ancestrais ou às divindades. Escolhiam-se nomes que<br />
representavam votos de felicidade para toda a vida do recém-<br />
-nascido e, ao mesmo tempo, refl etiam a alegria da família e da<br />
comunidade por aquele nascimento. Ainda hoje é assim em muitas<br />
comunidades e aldeias.<br />
Marilda Castanha. Agbalá: um lugar-continente.<br />
São Paulo: Cosac Naify, 2007. p. 12<br />
Influências nos costumes brasileiros<br />
Vimos que as primeiras famílias brasileiras foram as de origem indígena,<br />
portuguesa e africana. Essas famílias, ao se encontrarem no Brasil, contribuíram<br />
muito para a formação das famílias brasileiras de hoje.<br />
Vamos conhecer um pouco mais a infl uência de cada uma delas na vida e<br />
nos costumes brasileiros.<br />
Influências das famílias indígenas<br />
36<br />
Leia com atenção a letra da música.<br />
Tu Tu Tu Tu<br />
Tu Tupi<br />
Todo mundo tem<br />
um pouco de índio<br />
dentro de si<br />
dentro de si<br />
Tu Tu Tu Tupi<br />
Todo mundo fala<br />
língua de índio<br />
tupi-guarani<br />
tupi-guarani<br />
[...]<br />
Ilustrações: José Luís Juhas
Ilustrações: José Luís Juhas<br />
O índio andou pelo Brasil<br />
deu nome pra tudo que ele viu<br />
se o índio deu nome, tá dado!<br />
se o índio falou, tá falado!<br />
se o índio chacoalhou<br />
tá chacoalhado!<br />
e ô e ô<br />
[...]<br />
Jabuticaba caju maracujá<br />
pipoca mandioca abacaxi<br />
é tudo tupi<br />
tupi-guarani<br />
Tamanduá urubu jaburu<br />
jararaca jiboia<br />
tatu<br />
tu tu tu<br />
é tudo tupi<br />
tupi-guarani<br />
Arara tucano araponga piranha<br />
perereca sagui jabuti jacaré<br />
jacaré jacaré<br />
quem sabe o que é que é?<br />
– ... aquele que olha de lado...<br />
é ou não é?<br />
[...]<br />
Maranhão Maceió<br />
Macapá Marajó<br />
Paraná Paraíba<br />
Pernambuco Piauí<br />
Jundiaí Morumbi Curitiba Parati<br />
É tudo tupi<br />
Butantã Tremembé Tatuapé<br />
Tatuapé Tatuapé<br />
quem sabe o que é que é?<br />
– ... caminho do tatu...<br />
Tu Tu Tu Tu<br />
Todo mundo tem...<br />
Tu tu tu tupi. Meu pé, meu querido pé (CD),<br />
de Hélio Ziskind, MCD, 1997.<br />
Professor: se for possível, ouça com a turma a música de Hélio Ziskind.<br />
Isso facilitará a compreensão da letra da música.<br />
Jaburu: uma das maiores<br />
aves da América do Sul,<br />
símbolo do Pantanal;<br />
é também chamada<br />
tuiuiú.<br />
Araponga: ave que<br />
vive em várias regiões<br />
brasileiras, tem a<br />
plumagem branca e um<br />
canto alto.<br />
Você ou alguém da sua turma conhece essa música?<br />
Converse com seus colegas e o professor sobre o nome e o tema da<br />
canção.<br />
37
Praticando<br />
No seu caderno, coloque o título da atividade: “Contribuições das<br />
famílias indígenas para a nossa vida”.<br />
38<br />
Responda ou resolva as questões abaixo.<br />
<strong>1.</strong> Qual é o nome da música e quem é o seu autor?.<br />
O nome da música é Tu Tu Tu Tupi, e o autor é Hélio Ziskind.<br />
2. Qual é o nome da tribo, que é também o nome da língua, da qual<br />
fala a música?<br />
Tupi-guarani.<br />
3. Você sabe falar a língua indígena?<br />
4. Com base na letra da música, explique o que quer dizer essas<br />
palavras de origem indígena:<br />
a) jacaré. b) Tatuapé.<br />
5. Sobre o que a música fala, qual é o tema?<br />
Professor: espera-se que o aluno perceba que ele fala<br />
algumas palavras que fazem parte da língua tupi-guarani e<br />
que foram incorporadas ao nosso vocabulário.<br />
Jacaré é aquele que olha de lado. Tatuapé é o caminho do tatu.<br />
6. Faça uma lista de palavras da língua tupi-guarani. Siga as instruções.<br />
Professor: seria interessante explicar, no quadro de giz, como o aluno deve construir essa lista.<br />
A música mostra que todas as pessoas falam a língua do<br />
índio, tupi-guarani, muitas vezes sem consciência disso. O<br />
tema da música é: contribuições da cultura indígena.<br />
1 o Divida a folha do seu caderno em três partes, ou seja, três<br />
colunas.<br />
2 o Na primeira linha da coluna 1, escreva “Alimentos”, na coluna 2,<br />
“Animais” e na coluna 3, “Lugares”.<br />
3 o Copie do texto as palavras que são nomes de alimentos, animais<br />
e lugares, colocando cada uma na coluna correta.<br />
Alimentos Animais Lugares<br />
jabuticaba, caju, maracujá, pipoca,<br />
mandioca, abacaxi.<br />
tamanduá, urubu, jaburu, tatu, jararaca,<br />
jiboia, arara, tucano, araponga, piranha,<br />
perereca, sagui, jabuti, jacaré.<br />
Maranhão, Maceió, Macapá, Marajó,<br />
Paraná, Paraíba, Piauí, Pernambuco,<br />
Jundiaí, Morumbi, Curitiba, Parati,<br />
Butantã, Tremembé, Tatuapé.<br />
7. Pesquise em revistas, livros e na internet e veja se você descobre o<br />
significado de duas palavras de origem indígena. Podem ser palavras<br />
que não estejam na letra da música. Apresente o resultado de sua<br />
pesquisa para seus colegas de classe.<br />
Professor: segue o significado de algumas palavras, mas seria interessante<br />
explorar palavras comuns na cidade ou região dos alunos. Abacaxi: fruto<br />
cheiroso; arara: papagaio grande; jabuti: aquele que come pouco; jabuticaba: de comida de jabuti; jararaca: que tem bote venenoso; jiboia: de cobra d’água; maracujá:<br />
fruto que faz vaso ou vasilha; Marajó: procedente do mar; Parati: peixe branco; pipoca: de pele estalando; piranha: de que corta a pele; tamanduá: de caçador.
Influências das famílias africanas<br />
Fundação Pierre Verger<br />
Arco sonoro. Congo, 1953.<br />
Fundação Pierre Verger<br />
Uma das influências marcantes que os brasileiros tiveram dos<br />
africanos foi a música. Leia o texto e observe as fotos a seguir.<br />
Atabaque. Congo, 1953.<br />
RITMO<br />
Três atabaques de<br />
tamanhos diferentes<br />
produzem sons que<br />
dão ritmo à música e<br />
à dança africanas.<br />
ARCO SONORO<br />
O jovem toca um arco<br />
sonoro semelhante ao nosso<br />
berimbau, instrumento que, no<br />
Brasil, acompanha a prática da<br />
capoeira.<br />
Ritmo. Benin, 1948.<br />
ATABAQUE<br />
O atabaque e o chocalho,<br />
que dão o ritmo ao afoxé<br />
baiano, são instrumentos<br />
de origem africana e<br />
estão presentes em outros<br />
ritmos brasileiros.<br />
Raul Kody (Org.); Pierre Verger (foto); Maria da Penha B. Youssef (textos).<br />
Influências. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2005. (Olhar e ver).<br />
Fundação Pierre Verger<br />
39
Você é o historiador<br />
O folclore brasileiro é muito rico. Dele fazem<br />
parte histórias, músicas, festas e outros elementos<br />
da cultura indígena ou das culturas trazidas para o<br />
Brasil por famílias que vieram morar aqui.<br />
Pesquise duas festas folclóricas do Brasil que<br />
tenham origem africana.<br />
1 o passo – Vocês devem se organizar em grupos e buscar informações<br />
sobre as festas escolhidas.<br />
Boas fontes de pesquisa são livros que falem da cultura<br />
africana e afro-brasileira, reportagens de revistas e jornais ou<br />
ainda sites na internet. O professor pode ajudá-los a começar a<br />
pesquisa.<br />
2 o passo – Para reunir as informações, sigam o seguinte roteiro:<br />
<strong>1.</strong> Registrem o nome de cada festa pesquisada.<br />
2. Em que regiões do Brasil ela é realizada?<br />
Professor: veja mais indicações sobre esta atividade no Manual.<br />
3. Em que data ocorre? Ela tem uma data específica para<br />
acontecer?<br />
4. Como as pessoas se vestem para essas festas?<br />
Folclore: conjunto<br />
das tradições, lendas,<br />
costumes e crenças de<br />
uma região.<br />
5. Quais são os elementos da cultura africana que essas<br />
festas têm?<br />
6. Essas festas sempre foram comemoradas da mesma forma<br />
no Brasil? Se não, registrem quais foram as transformações<br />
por que passaram ao longo do tempo em nosso país.<br />
3 o passo – Anotem as informações encontradas no caderno. Elas servirão<br />
para vocês organizarem seu trabalho.<br />
Depois, vocês deverão apresentar as festas pesquisadas para a turma.<br />
Para isso, podem fazer cartazes com textos e fotos (desenhos ou colagens)<br />
sobre a festa ou representar os elementos estudados organizando uma<br />
peça de teatro.<br />
40
Influências das famílias europeias<br />
Muitas foram as contribuições europeias para os costumes das famílias<br />
brasileiras.<br />
Observe os desenhos.<br />
Pião. Cinco-marias.<br />
Bolinha de gude. Amarelinha.<br />
Professor: vamos entrar no universo das crianças, a brincadeira. Sugerimos que explore com<br />
os alunos a imagem das brincadeiras perguntando: quem conhece essas brincadeiras? Quais<br />
são as regras dessas brincadeiras? Quem já brincou com alguma delas? Após a leitura das<br />
imagens, faça a leitura do texto abaixo dos desenhos.<br />
Foram as famílias portuguesas que trouxeram essas brincadeiras e muitas<br />
outras que são feitas até hoje.<br />
Praticando<br />
Professor: a elaboração de regras auxilia o desenvolvimento de um importante gênero escrito: os<br />
textos instrucionais. Ao elaborar as instruções e prescrições para determinadas ações, os alunos<br />
lidam com conceitos de regulação mútua de comportamentos. Ajude-os a elaborar as instruções das<br />
brincadeiras. O primeiro passo é trabalhar a “relação de regras” oralmente, para que eles percebam<br />
que precisam seguir uma sequência de procedimentos. Depois, incentive-os a transpor para a forma<br />
escrita essa sequência, passo a passo. Eles podem, inclusive, numerar cada regra.<br />
Você conhece as brincadeiras representadas nos desenhos?<br />
Escolha duas delas. No seu caderno, coloque o nome da brincadeira,<br />
faça um desenho dela e escreva as regras que ela tem.<br />
Faça isso para cada uma das brincadeiras escolhidas.<br />
41<br />
Ilustrações: Adelmo Naccari
José Luís Juhas<br />
Acervo Iconographia/Reminiscências<br />
Acervo Iconographia/Reminiscências<br />
Família de imigrantes italianos em São Paulo,<br />
em 1900.<br />
Família de imigrantes alemães no Rio Grande do<br />
Sul, em 1900.<br />
42<br />
Capítulo 3<br />
Outras famílias<br />
brasileiras<br />
Professor: sugerimos que, durante a leitura das imagens, sejam levantados todos os elementos que podemos encontrar, nessas fotos, que retratem<br />
o presente e o passado. Peça aos alunos que observem como são diferentes as formas de se vestir, as poses e a hierarquia das famílias antigas com<br />
relação às famílias mais modernas. As famílias que chegaram ao Brasil traziam ainda os elementos de suas culturas de origem, atualmente, todos<br />
formamos o “povo brasileiro”, embora ainda sejam mantidas certas tradições e costumes específi cos legados pelos antepassados.<br />
Família de descendentes de italianos no Brasil.<br />
São Paulo, foto de 2007.<br />
Família de descendentes de alemães no Brasil.<br />
Santa Maria, Rio Grande Sul, 2010.<br />
Iara Venanzi<br />
Getty Images
Arquivo AE<br />
Família de descendentes<br />
de japoneses em Londrina,<br />
Paraná. Foto de 2008.<br />
Vimos, no capítulo anterior, que a origem das famílias brasileiras está<br />
ligada ao encontro dos indígenas, que foram os primeiros habitantes do Brasil,<br />
dos europeus, especialmente os portugueses, e dos africanos.<br />
Também aprendemos que cada um desses povos<br />
contribuiu para a formação das famílias brasileiras.<br />
Agora vamos conhecer algumas outras famílias que<br />
vieram para o Brasil como imigrantes e também ajudaram<br />
na formação do povo brasileiro.<br />
Família de imigrantes e<br />
descendentes de japoneses, em<br />
1960. Foto tirada em Santos, São<br />
Paulo.<br />
Imigrante: pessoa<br />
que foi viver e<br />
trabalhar em outro<br />
país.<br />
Observe as fotos anteriores e converse com seus colegas sobre o que<br />
vocês sabem a respeito dos costumes e da história de cada uma das<br />
famílias mostradas.<br />
Professor: nas próximas páginas, vamos falar sobre outros povos que ajudaram a formar o Brasil. Vamos conhecer que cada povo tem famílias com<br />
características diferentes, ressaltando o caráter cultural dessa instituição social. Sugerimos que, no trabalho com cada grupo de imigrantes, sejam feitos a<br />
leitura da imagem e um estudo do mapa, com o objetivo de identificar as características culturais de cada família, localizar seu país de origem e o caminho<br />
que a trouxe para o Brasil.<br />
43<br />
Age Fotostock Keystock
Fábio Bueno<br />
Famílias italianas<br />
Os italianos começaram<br />
a chegar ao Brasil em 1870.<br />
Inicialmente, eles foram para o Rio<br />
Grande do Sul, para trabalhar como<br />
agricultores.<br />
Depois chegaram mais famílias<br />
italianas, que foram trabalhar nas<br />
fazendas de café, no estado de São<br />
Paulo.<br />
Algum tempo depois, outras<br />
famílias italianas vieram para o Brasil<br />
e se instalaram em cidades como<br />
São Paulo e Minas Gerais, onde seus<br />
integrantes passaram a trabalhar<br />
como operários nas indústrias que<br />
estavam começando a ser instaladas.<br />
44<br />
Imigrantes italianos trabalham na colheita de café,<br />
em Araraquara, interior de São Paulo. Foto de 1902.<br />
Observe no mapa-múndi a localização da Itália no continente europeu.<br />
Localização da Itália e do Brasil<br />
OCEANO GLACIAL ÁRTICO<br />
0 2000 4000<br />
Acervo Iconografia<br />
Fonte: Marcelo Martinelli. Atlas geográfico. São Paulo: <strong>Editora</strong> do Brasil, 2003.
Praticando<br />
Observe a foto da família de origem italiana que vive no Brasil. Eles<br />
estão participando de uma comemoração.<br />
Família italiana almoçando, em 2008.<br />
Reúna-se com seus colegas e conversem sobre as questões a seguir.<br />
Depois, escreva no caderno o título da atividade: “Contribuições dos<br />
italianos”, e registre suas respostas por escrito. Respostas pessoais.<br />
<strong>1.</strong> Quais são, na opinião de vocês, as principais contribuições dos<br />
imigrantes italianos para as famílias brasileiras?<br />
2. Quais dos elementos que aparecem na foto estão presentes na vida<br />
e na casa de cada um de vocês?<br />
3. Alguém do grupo já participou de uma festa italiana? Como foi?<br />
4. Faça um desenho que represente algumas das influências das<br />
famílias italianas para a cultura brasileira.<br />
Stephanie Maze/Corbis/Latin Stock<br />
45
Fábio Bueno<br />
Famílias alemãs<br />
Você sabia que as primeiras famílias alemãs chegaram ao Brasil antes<br />
dos italianos?<br />
Em 1824, chegou ao Brasil um grupo composto por 39 pessoas. Os<br />
primeiros alemães foram morar na cidade de São Leopoldo, que fica no Rio<br />
Grande do Sul.<br />
Com o passar do tempo,<br />
outras famílias alemãs foram<br />
chegando e se espalhando por<br />
vários estados do Brasil, como<br />
Santa Catarina e Paraná.<br />
As primeiras famílias alemãs<br />
foram morar no campo e seus<br />
membros trabalharam como<br />
agricultores; depois, outros<br />
alemães foram trabalhar como<br />
operários.<br />
46<br />
Família de imigrantes alemães. São Paulo, 1929.<br />
Observe no mapa-múndi a localização da Alemanha no continente europeu.<br />
Localização da Alemanha e do Brasil<br />
OCEANO GLACIAL ÁRTICO<br />
0 2000 4000<br />
Memorial do Imigrante/SP<br />
Fonte: Marcelo Martinelli. Atlas geográfico. São Paulo: <strong>Editora</strong> do Brasil, 2003.
Você é o historiador<br />
Faça uma pesquisa sobre os costumes das famílias que vieram da<br />
Alemanha. Procure saber quais foram as contribuições das famílias alemãs<br />
para as famílias brasileiras.<br />
Você pode utilizar em sua pesquisa vários tipos de “fontes históricas”:<br />
informações de livros, revistas e de sites da internet; entrevistas com pessoas<br />
que tenham origem alemã ou que conheçam algum descendente de alemães.<br />
A seguir, apresentamos um roteiro de informações para você<br />
pesquisar:<br />
• alimentação e pratos típicos; • formas de se vestir;<br />
• festas; jogos e brincadeiras; • formas de arte e artesanato.<br />
Primeiro, coloque o título da pesquisa: “As contribuições das famílias<br />
alemãs”. Depois, em seu caderno, escreva as informações que você<br />
descobriu, dividindo os assuntos em tópicos, como os sugeridos acima. Se<br />
puder, ilustre seu texto com colagens e desenhos.<br />
Em um dia combinado, você e seus colegas devem se reunir para<br />
apresentar os trabalhos e trocar informações.<br />
Você sabia que...<br />
Os alemães trouxeram para o Brasil<br />
uma festa que se tornou muito popular? A<br />
Oktoberfest, ou festa de outubro.<br />
Essa festa foi realizada pela primeira vez<br />
na Alemanha, em 1810, em homenagem<br />
ao casamento do rei Luís I e da princesa<br />
Teresa da Saxônia. Nessa ocasião, reuniram-se<br />
muitas pessoas, para beber e comer comidas<br />
especiais e assistir a uma grande corrida de<br />
cavalos.<br />
Os imigrantes alemães trouxeram a festa<br />
para o Brasil e aqui transformaram a data em<br />
uma ocasião para lembrar suas raízes.<br />
Ricardo Silva/Folhapress<br />
Grupo de danças alemãs se<br />
apresenta na Oktoberfest em<br />
Blumenau, Santa Catarina, em 2005.<br />
47
Fábio Bueno<br />
Famílias japonesas<br />
Imigrantes japoneses<br />
trabalhando em uma<br />
fazenda de café em<br />
São Paulo. Foto do<br />
início do século XX.<br />
Muitos japoneses chegaram ao Brasil em 1908. A maioria veio para morar<br />
no estado de São Paulo e trabalhar nas fazendas produtoras de café.<br />
As primeiras famílias de japoneses demoraram a se adaptar ao Brasil. Elas<br />
encontraram aqui hábitos e costumes muito diferentes<br />
dos seus, além de um clima bem mais quente do que o<br />
do Japão.<br />
Observe no mapa-múndi a localização do Japão no<br />
continente asiático.<br />
48<br />
Localização do Japão e do Brasil<br />
OCEANO GLACIAL ÁRTICO<br />
Adaptar: adequar<br />
ou acomodar uma<br />
coisa a outra.<br />
0 2000 4000<br />
AE<br />
Fonte: Marcelo Martinelli. Atlas geográfico. São Paulo: <strong>Editora</strong> do Brasil, 2003.
Fonte: Marcelo Martinelli. Atlas geográfico. São Paulo: <strong>Editora</strong> do Brasil, 2003.<br />
Famílias espanholas<br />
As famílias espanholas<br />
começaram a chegar ao Brasil<br />
por volta de 1880. Algumas<br />
foram trabalhar nas lavouras<br />
de café no interior do estado<br />
de São Paulo; outras foram<br />
trabalhar em cidades como São<br />
Paulo, Santos, Rio de Janeiro<br />
e Salvador. Muitos espanhóis<br />
também vieram para o Brasil a<br />
partir da década de 1930.<br />
Os espanhóis que<br />
imigraram para o Brasil<br />
buscavam novas oportunidades<br />
Família de imigrantes espanhóis em São Paulo. Foto dos<br />
anos 1930.<br />
de trabalho. Na Espanha, a falta de emprego era grande e o número de<br />
desempregados também, por isso várias famílias espanholas resolveram vir<br />
para o Brasil em busca de trabalho e de melhores condições de vida.<br />
Observe no mapa-múndi a localização da Espanha no continente europeu.<br />
Localização da Espanha e do Brasil<br />
Espanha<br />
OCEANO GLACIAL ÁRTICO<br />
0 2000 4000<br />
49<br />
Arquivo Alfredo Calvo/EFE/Corbis/Latin Stock<br />
Fábio Bueno
Fábio Bueno<br />
Famílias sírio-libanesas<br />
Os primeiros sírio-libaneses<br />
chegaram ao Brasil em 1890 e<br />
foram morar nos estados de São<br />
Paulo, Amazonas e Rio de Janeiro.<br />
Os sírio-libaneses vieram de<br />
dois países, a Síria e o Líbano. Na<br />
época em que chegaram aqui no<br />
Brasil, a maior parte das famílias<br />
foi morar em São Paulo, onde se<br />
tornaram comerciantes.<br />
Quando ainda viviam em seu<br />
país de origem, muitos homens<br />
desses povos viajavam para vários<br />
lugares a fim de vender produtos<br />
que traziam da Europa e de países do Oriente.<br />
Eles eram chamados mascates.<br />
Observe no mapa-múndi a localização da<br />
Síria e do Líbano no Oriente Médio.<br />
50<br />
Foto de imigrantes de uma família sírio-libanesa.<br />
Localização do Líbano, da Síria e do Brasil<br />
OCEANO GLACIAL ÁRTICO<br />
Mascate: pessoa que trabalha<br />
como vendedor, oferecendo<br />
mercadorias de casa em casa.<br />
0 2000 4000<br />
Memorial do Imigrante/SP<br />
Fonte: Marcelo Martinelli. Atlas geográfico. São Paulo: <strong>Editora</strong> do Brasil, 2003.
Fonte: Marcelo Martinelli. Atlas geográfico. São Paulo: <strong>Editora</strong> do Brasil, 2003.<br />
Famílias judias<br />
Muitas famílias judias que<br />
viviam na Europa vieram para<br />
o Brasil pela primeira vez em<br />
1636. Instalaram-se na cidade<br />
de Recife, em Pernambuco.<br />
Trabalhavam geralmente<br />
como comerciantes e<br />
permaneceram na cidade<br />
durante quase 30 anos. A partir<br />
de 1640, muitas dessas famílias<br />
saíram do Brasil e foram viver<br />
nos Estados Unidos.<br />
Família de imigrantes judeus. São Paulo, 1917.<br />
Muito tempo depois,<br />
já em 1930, outras famílias judias chegaram ao Brasil e foram morar<br />
principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. A principal atividade dessas<br />
famílias continuou sendo o comércio.<br />
Veja no mapa o Estado de Israel, atual país dos judeus, fundado em 1948.<br />
Antes disso, o povo judeu, espalhado por diversas partes do mundo, não tinha<br />
um país próprio.<br />
Localização do Estado de Israel e do Brasil<br />
OCEANO GLACIAL ÁRTICO<br />
0 2000 4000<br />
Professor: neste momento é importante destacar que, antes de 1948, os judeus viviam em várias regiões do mundo. Não tinham um país próprio, como têm<br />
hoje: o Estado de Israel. Sugerimos que comente com os alunos quando e por que foi criado o Estado de Israel.<br />
51<br />
Memorial do Imigrante/SP<br />
Fábio Bueno
José Luís Juhas<br />
52<br />
Conhecendo mais<br />
A adaptação dos imigrantes não era muito tranquila, principalmente por<br />
causa da diferença cultural.<br />
Veja abaixo o depoimento de Tatiana Belinky, premiada escritora de<br />
literatura infantojuvenil brasileira. Filha de família judia, Tatiana Belinky nasceu<br />
em 1919, em São Petersburgo, na Rússia, e veio para o Brasil quando tinha 10<br />
anos de idade.<br />
O que eu quero é contar alguns momentos da minha – agora<br />
já bem longa – vida no Brasil, onde aportamos, a bordo de<br />
um transatlântico, em fi ns de 1929. E nos fi xamos na minha<br />
amada cidade de São Paulo, que eu adotei e que me adotou,<br />
após três anos de “choque cultural”, na rua Jaguaribe, no<br />
populoso bairro de Santa Cecília.<br />
Não foi fácil para os meus pais – embora minha mãe,<br />
cirurgiã -dentista formada em 1914, logo começasse a trabalhar<br />
na sua profi ssão e meu pai, poliglota, logo dominasse o<br />
português, falado e escrito.<br />
Mas para nós, crianças, a adaptação à nova vida, na<br />
nova rua, com outra língua diferente do russo e do alemão<br />
que falávamos, outro clima, outros costumes, tudo foi<br />
muito difícil [...]. Era tudo muito perturbador, sendo que<br />
talvez a maior das provações fosse o confl ito “cultural”<br />
com os meninos daquela rua, moleques terríveis que nos<br />
hostilizavam por sermos estrangeiros e nos agrediam, verbal<br />
e fi sicamente, a toda hora, naqueles três anos tão<br />
difíceis [...]<br />
Tatiana Belinky. 17 é tov! São Paulo:<br />
Companhia das Letrinhas, 2005.<br />
Aportar: chegar a um<br />
porto.<br />
Poliglota: pessoa que<br />
fala muitas línguas.
Praticando<br />
Professor: sugerimos que esta atividade seja desenvolvida de forma interdisciplinar com<br />
Matemática. Auxilie os alunos a construir a tabela e depois o gráfico, passo a passo, fazendo a<br />
atividade também no quadro de giz da sala de aula.<br />
<strong>1.</strong> No caderno, monte uma tabela sobre as outras famílias que vieram<br />
para o Brasil.<br />
1 o Escreva o título da atividade: “Origem das famílias que vieram<br />
para o Brasil”.<br />
2 o Construa uma tabela conforme o modelo abaixo.<br />
Famílias Origem<br />
Tipos de trabalho<br />
agricultura R R<br />
comércio R R<br />
Quando<br />
começaram<br />
a chegar<br />
italianas Itália 1870<br />
alemãs Alemanha 1824<br />
espanholas Espanha 1880<br />
lavoura de café R R R<br />
indústria R R R<br />
Onde foram<br />
morar<br />
São Paulo, Minas Gerais e<br />
Rio Grande do Sul<br />
Rio Grande do Sul,<br />
Santa Catarina e Paraná<br />
São Paulo, Rio de Janeiro<br />
e Bahia<br />
1 2 3 4 5 6<br />
Origem das famílias (quantidade)<br />
Tipos de<br />
trabalho<br />
agricultura, lavoura de café,<br />
indústria<br />
agricultura,<br />
indústria<br />
lavoura de café,<br />
indústria<br />
japonesas Japão 1908 São Paulo lavoura de café<br />
sírio-libanesas Síria e Líbano 1890<br />
judias<br />
Vários lugares do<br />
mundo<br />
As primeiras famílias, em<br />
1636; outro grupo, em 1930<br />
São Paulo, Amazonas<br />
e Rio de Janeiro<br />
São Paulo e<br />
Rio de Janeiro<br />
comércio<br />
comércio<br />
2. Agora, construa um gráfico conforme o modelo. Veja, a seguir, como<br />
fazer isso.<br />
Gráfico:<br />
representação<br />
de informações<br />
por meio de<br />
desenhos.<br />
53
54<br />
A. Siga os passos para construir, no caderno, o seu gráfico.<br />
1 o passo – Usando seu lápis grafite, trace cinco linhas na horizontal.<br />
Você pode aproveitar as linhas do seu caderno.<br />
2 o passo – Escreva na vertical “Tipos de trabalho”, em seguida, liste, a<br />
partir da primeira linha, os tipos de trabalho desenvolvidos<br />
pelas famílias imigrantes no Brasil: agricultura, comércio,<br />
lavoura de café e indústria.<br />
Tipos de trabalho<br />
agricultura<br />
comércio<br />
lavoura de café<br />
indústria<br />
3 o passo – Trace uma linha na vertical.<br />
Tipos de trabalho<br />
agricultura<br />
comércio<br />
lavoura de café<br />
indústria<br />
4 o passo – Com o lápis grafite, trace mais cinco linhas verticais com<br />
1 cm de distância entre elas.<br />
Tipos de trabalho<br />
agricultura<br />
comércio<br />
lavoura de café<br />
indústria
5 o passo – Use uma caneta preta e cubra as linhas conforme o<br />
desenho a seguir. Depois escreva, abaixo da última linha<br />
horizontal, “Origem das famílias (quantidade)” e os<br />
números de 1 a 6 nos quadrinhos.<br />
Tipos de trabalho<br />
B. Vamos preencher o gráfico com os principais tipos de trabalho que<br />
tinham as famílias que vieram morar no Brasil, de acordo com a<br />
tabela da atividade <strong>1.</strong><br />
a) Na tabela, conte as origens das famílias que foram trabalhar na<br />
indústria. Agora, com o lápis de cor verde, pinte um quadrinho<br />
para cada origem.<br />
b) Conte as origens das famílias que foram trabalhar na lavoura<br />
de café e, com o lápis amarelo, pinte um quadrinho para cada<br />
origem.<br />
c) Conte as origens das famílias que foram trabalhar no comércio e,<br />
com o lápis vermelho, pinte um quadrinho para cada origem.<br />
d) Conte as origens das famílias que foram trabalhar na agricultura<br />
e, com o lápis azul, pinte um quadrinho para cada origem.<br />
3. Agora, é preciso ler e interpretar o gráfico. Responda às questões<br />
abaixo observando o que você pintou no gráfico.<br />
a) Quais são os tipos de trabalho que mais aparecem no gráfico?<br />
Lavoura de café e indústria.<br />
b) Famílias de quantas origens foram trabalhar na lavoura de café?<br />
Famílias de três origens.<br />
agricultura<br />
comércio<br />
lavoura de café<br />
indústria<br />
1 2 3 4 5 6<br />
Origem das famílias (quantidade)<br />
c) As famílias que vieram para o Brasil e tiveram como principal<br />
atividade o comércio eram de quantas origens? Eram de duas origens.<br />
Professor: é importante mostrar para os alunos que devem ser lidas as informações no gráfico antes que eles respondam às questões pedidas.<br />
55
Roulier/Turiot/Photocuisine/Corbis/Latin Stock<br />
56<br />
Conhecendo mais<br />
Influências na culinária brasileira<br />
Todas as famílias que vieram para<br />
o Brasil contribuíram muito com seus<br />
costumes e hábitos para a formação das<br />
famílias brasileiras. Também ajudaram o<br />
desenvolvimento econômico do país.<br />
Nossas primeiras fábricas de<br />
alimentos e tecidos foram fundadas<br />
por italianos e alemães. A maioria dos<br />
operários dessas fábricas também era de<br />
origem italiana ou alemã.<br />
Os judeus e os sírio-libaneses se<br />
destacam até hoje no comércio.<br />
Os japoneses e os espanhóis foram e ainda<br />
são excelentes agricultores.<br />
Mas é na variada culinária brasileira que<br />
percebemos com mais clareza a contribuição de<br />
todas essas famílias.<br />
Paella, comida típica da culinária<br />
espanhola.<br />
Quibes, esfirras e tabule, comidas típicas da<br />
culinária sírio-libanesa.<br />
Pizza, comida típica da<br />
culinária italiana.<br />
Operário: trabalhador<br />
de fábrica.<br />
Típico: característico;<br />
simbólico.<br />
Liane Neves/Abril Imagens<br />
Darque/Photocuisine/Corbis/Latin Stock
Mário Rodrigues/Abril<br />
Praticando<br />
Sushis, prato típico<br />
da culinária japonesa.<br />
Salsichão, batatas cozidas e carne de<br />
porco, comidas típicas da culinária<br />
alemã.<br />
Os imigrantes trouxeram para o Brasil não apenas novos alimentos, como<br />
também novas formas de prepará-los. Assim, passamos a conhecer novos<br />
temperos e novas formas de consumir alimentos que já existiam por aqui.<br />
Hoje essas comidas “típicas” fazem parte da realidade de muitos brasileiros,<br />
mesmo que não tenhamos relações de parentesco com os imigrantes. Por<br />
exemplo, a pizza é prato consumido por muitas famílias que nada têm de italianas.<br />
E qual é o seu “prato típico” preferido?<br />
Observe as fotos dos pratos típicos e troque informações com seus<br />
colegas sobre os alimentos que vocês conhecem.<br />
Converse com eles sobre quais desses pratos típicos são consumidos<br />
na sua casa.<br />
Registre no seu caderno tudo o que foi conversado no grupo.<br />
Depois, compartilhe o trabalho de seu grupo com os outros grupos da<br />
sua turma.<br />
Fábio Colombini<br />
57
Você é o historiador<br />
Professor: sugerimos conversar com os alunos sobre as infl uências de cada<br />
família na cultura brasileira, especialmente na culinária. Deixe que eles falem<br />
espontaneamente sobre os pratos típicos que são feitos nas suas casas e por que<br />
são feitos. Pergunte-lhes também se já provaram alguns dos pratos apresentados<br />
nas fotografi as, de quais mais gostam, se sabem quais são os ingredientes<br />
utilizados na preparação de cada um etc.<br />
Para começar, escreva no caderno o título desta atividade de pesquisa:<br />
“Os pratos típicos da minha família”.<br />
Você vai entrevistar pessoas mais velhas de sua família. Os depoimentos<br />
dessas pessoas serão suas fontes históricas para a pesquisa. Siga os<br />
seguintes passos:<br />
1 o passo – Escolha o entrevistado. Em uma folha de seu caderno, anote o<br />
nome e a idade da pessoa.<br />
2 o passo – Mostre as fotos dos pratos típicos das famílias imigrantes que<br />
estão nas páginas 56 e 57 para o entrevistado e pergunte-lhe<br />
quais ele já experimentou. Anote a resposta.<br />
3 o passo – Avaliem juntos quais desses pratos sua família tem o costume<br />
de preparar em casa ou de comer em restaurantes. Por que<br />
vocês gostam desses alimentos? Anote a resposta.<br />
4o passo – Peça ao entrevistado uma receita de algum prato típico que<br />
faça parte da história de sua família. Copie a receita no<br />
caderno.<br />
Apresentando seu trabalho<br />
A turma deverá<br />
se reunir e todos<br />
devem apresentar<br />
os resultados<br />
das entrevistas.<br />
Verifi quem se existem<br />
pratos típicos que<br />
várias famílias têm o<br />
hábito de consumir.<br />
58<br />
Professor: enquanto os alunos apresentam os resultados de suas entrevistas, você pode ir anotando no quadro de giz<br />
os pratos típicos mencionados e um resumo das receitas que eles copiaram. Assim, ao fi nal da conversa do grupo,<br />
eles poderão avaliar quais são os alimentos mais consumidos, quais fazem parte do cotidiano de apenas poucas<br />
famílias etc. Após a discussão, é possível, ainda, estudar as receitas que eles trouxeram: existem modos diferentes de<br />
preparar o mesmo alimento? Como cada família adapta as receitas à sua realidade?<br />
Depois, cada aluno deve apresentar a receita que copiou.<br />
José Luís Juhas
Explorando<br />
o que aprendemos!<br />
Vamos montar uma dramatização, tendo como tema a<br />
vida das famílias indígenas, africanas e portuguesas.<br />
1 o passo – O professor vai dividir a turma em três grupos. Cada<br />
grupo deve escolher uma das famílias citadas acima.<br />
Dramatização:<br />
fazer uma<br />
representação<br />
teatral de um<br />
texto.<br />
2 o passo – Agora, em grupo, vocês vão recordar tudo o que foi estudado<br />
sobre as famílias do grupo que escolheram e escrever uma<br />
história. Essa história deve ter os seguintes elementos:<br />
• Todas as pessoas que compõem a família: pai, mãe, f ilhos, f ilhas<br />
e outros parentes e familiares.<br />
• A origem da família, ou seja, de onde ela veio. Como essas<br />
famílias viviam e o tipo de moradia.<br />
• Os tipos de trabalho feitos pela família e quem faz cada um<br />
dele s (homens e mulheres). Exemplo: o pai indígena caça e<br />
pesca; a mãe portuguesa cuida da educação dos fi lhos.<br />
• As infl uências e contribuições dessa família para a vida e os<br />
costumes brasileiros. Outras informações e curiosidades que o<br />
grupo achar interessantes.<br />
3 o passo – Determinar os papéis que cada pessoa do grupo vai interpretar e<br />
o que vai falar.<br />
4 o passo – Apresentar para a classe.<br />
José Luís Juhas<br />
59
Dança de Roda, obra do pintor Alberto da Veiga Guignard. Óleo sobre madeira de 33 cm x 40 cm, 1959.<br />
Professor: sugerimos que os alunos façam a leitura da imagem e depois conversem sobre o que está retratado na obra de Alberto da Veiga Guignard e quais são<br />
os elementos presentes no quadro que dão a ideia de que é um local onde vive uma comunidade. Peça que estabeleçam uma comparação entre a situação<br />
representada na obra e o lugar onde eles vivem.<br />
60<br />
Unidade 2<br />
Onde vivemos<br />
Soraia Cals escritório de arte
Ricardo Azoury/Keydisc<br />
O qUe sabemOs?<br />
Vista aérea de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Foto de 2006.<br />
Vimos na Unidade 1 a origem de algumas famílias que vivem no Brasil.<br />
Cada família tem um tipo de moradia. Algumas moram em casas ou<br />
apartamentos, outras em barracos. Mas onde ficam essas moradias?<br />
Observe a foto acima. Você e seus colegas vão falar sobre tudo o que<br />
aparece na foto, para seu professor escrever no quadro de giz.<br />
Professor: sugerimos que os alunos falem livremente sobre todos os elementos presentes na foto. Nosso objetivo é fazer com que eles reconheçam tudo o que<br />
existe num bairro e consigam estabelecer relações entre a imagem e o bairro onde vivem.<br />
Muito bem, na foto encontramos moradias variadas, ruas, veículos, áreas<br />
arborizadas. Esse espaço é chamado bairro.<br />
As pessoas que vivem nos bairros formam um<br />
tipo de comunidade.<br />
Comunidade: grupo de<br />
Vamos conhecer um pouco mais do bairro onde pessoas que vive num<br />
você mora?<br />
mesmo lugar ou região.<br />
61
Ricardo Azoury/Keydisc José Luís Juhas<br />
Capítulo 1<br />
bairros e cidades<br />
Os bairros são as partes em que se dividem as cidades ou as vilas. Nesses<br />
locais as pessoas moram, estudam, trabalham, divertem‑se, relacionam ‑se<br />
com vizinhos etc.<br />
Mas por que as cidades são divididas em bairros? Você já parou para<br />
pensar nisso?<br />
Observe a foto abaixo.<br />
TA_H3_F014a<br />
Florianópolis, em Santa Catarina. Foto de 2005.<br />
62
José Luís Juhas<br />
Primeiro, porque as pessoas que vivem em determinada região usam o<br />
espaço e o marcam com seus costumes e suas tradições. Assim, as diversas<br />
regiões das cidades passam a ter características próprias e a divisão da<br />
cidade em bairros ocorre naturalmente. Os bairros de sua cidade não têm<br />
características específicas?<br />
Além disso, com a divisão em bairros, é mais fácil cuidar do bom<br />
funcionamento da cidade.<br />
Conhecendo seu bairro<br />
Praticando<br />
Observe o desenho acima.<br />
<strong>1.</strong> No seu caderno, escreva o título da atividade: “O bairro” e, a<br />
partir da linha seguinte, registre o nome de tudo o que você pode<br />
Farmácia, padaria, estação de metrô, fl oricultura, praça, indústrias, agência dos Correios, escola, agência<br />
ver no desenho.<br />
bancária, ruas, faixas de pedestre, sinalização de trânsito, veículos.<br />
63
Nos desenhos a seguir, estão alguns lugares e coisas que podem ser<br />
encontrados nos bairros.<br />
64<br />
Ilustrações: Adelmo Naccari
2. Pegue uma folha de papel avulsa e dobre ‑a em três partes iguais.<br />
Depois trace linhas com o lápis nas marcas das dobraduras, para<br />
dividir a folha conforme o modelo.<br />
1 a 2 a 3 a<br />
• Na 1 a coluna, escreva o título: “O que tem<br />
no bairro onde moro”.<br />
Abaixo desse título, escreva o nome das coisas e dos lugares que<br />
aparecem nos desenhos da página anterior e que também existem<br />
no bairro onde você mora.<br />
• Na 2 a coluna, escreva o título: “O que não tem no bairro onde<br />
moro”.<br />
Abaixo, escreva o nome das coisas e dos lugares que aparecem nos<br />
desenhos da página anterior que não existem no bairro onde você<br />
mora.<br />
• Na 3 a coluna, escreva o título: “O que tem no bairro onde moro e<br />
não aparece nos desenhos”.<br />
Abaixo, escreva o nome das coisas e dos lugares que existem no<br />
bairro onde você mora e não estão representadas nos desenhos da<br />
página anterior.<br />
• Para seu trabalho ficar mais bonito, vire a folha e, no verso, desenhe<br />
o bairro onde você mora do seu jeito.<br />
• Coloque seu nome no final da página e apresente seu trabalho para<br />
os colegas.<br />
Você sabia que...<br />
Todo bairro tem um nome?<br />
Muitas vezes o nome do bairro está ligado a uma família de origem indígena,<br />
africana, portuguesa, italiana etc. ou a uma pessoa.<br />
65<br />
José Luís Juhas
Você é o historiador<br />
Vamos investigar a história do bairro onde você vive.<br />
Faça uma pesquisa com as pessoas que moram com você ou que<br />
moram no bairro e veja se consegue responder às perguntas e descobrir<br />
outras curiosidades sobre seu bairro.<br />
No caderno, escreva o título da pesquisa: “O bairro onde moro”.<br />
<strong>1.</strong> Qual é o nome do bairro onde você mora?<br />
Professor: espera ‑se que o aluno conte qualquer coisa que julgue interessante sobre o bairro.<br />
Professor: espera ‑se que o aluno escreva o nome do<br />
bairro.<br />
2. Esse nome está ligado a alguma família ou pessoa? Qual é a origem<br />
do nome de seu bairro? Professor: espera ‑se que o aluno diga a origem do nome do bairro.<br />
3. Outras curiosidades ou coisas interessantes sobre o bairro.<br />
Você vai construir uma maquete do seu bairro.<br />
A maquete deve ter a sua casa e tudo o<br />
que existe no bairro, por exemplo: ruas, padaria,<br />
farmácia, prédios etc. Use sua criatividade!<br />
Materiais<br />
• Placa de isopor ou papelão grosso (um<br />
dos lados de uma caixa grande, por<br />
exemplo).<br />
• Embalagens vazias de tamanhos<br />
diferentes.<br />
• Tampinhas plásticas.<br />
• Guache, canetinhas hidrográficas.<br />
Professor: para quem vive em uma grande cidade,<br />
é muito difícil reproduzir todo o espaço do bairro.<br />
Nesse caso, a maquete pode abranger apenas as<br />
ruas mais próximas da moradia do aluno.<br />
Maquete: representação<br />
em tamanho pequeno de<br />
uma obra, ambiente ou<br />
paisagem.<br />
Observação: um bom material para a<br />
confecção da maquete é a sucata, ou seja, as embalagens de produtos que,<br />
depois de vazias, são jogadas fora. Você pode usar caixas de leite, de fósforos,<br />
de creme dental, entre outras.<br />
66<br />
José Luís Juhas
Modo de fazer<br />
1o passo – Prepare a base (o chão) na placa<br />
de isopor ou no papelão grosso.<br />
• Desenhe e pinte as ruas, as<br />
calçadas, as praças e o que mais<br />
precisar representar.<br />
• Marque os locais onde irá<br />
colocar a sua moradia e as<br />
outras construções.<br />
2o passo – Monte, com as embalagens vazias, as moradias, as árvores, os<br />
veículos e tudo o que precisar representar.<br />
Por exemplo, você pode<br />
usar caixas variadas para as<br />
construções, caixas de fósforos<br />
para os carros, tampinhas<br />
plásticas para fazer os detalhes<br />
das construções, garrafas<br />
plásticas para os ônibus e<br />
caminhões, entre outras. É só<br />
usar sua imaginação!<br />
3o passo – Cole na base (chão) tudo o que você montou: prédios, árvores,<br />
carros, ônibus e tudo mais que existe no seu bairro.<br />
Muito bem! A representação do seu bairro está pronta.<br />
No dia marcado pelo professor, leve a maquete para a escola.<br />
Professor: de acordo com a realidade da turma, essa atividade pode ser feita em grupo na própria sala de aula, para que o trabalho dos alunos possa ser<br />
orientado e acompanhado.<br />
Ilustrações: José Luís Juhas<br />
67
ilustrações: José Luís Juhas<br />
as cidades<br />
Você sabe o que é cidade?<br />
Vamos conhecer um tipo de cidade?<br />
68<br />
Leia a letra da música “A cidade ideal”.<br />
A cidade ideal<br />
CACHORRO<br />
A cidade ideal dum cachorro<br />
Tem um poste por metro quadrado<br />
Não tem carro, não corro, não morro<br />
E também nunca fico apertado<br />
GALINHA<br />
A cidade ideal da galinha<br />
Tem as ruas cheias de minhoca<br />
A barriga fica tão quentinha<br />
Que transforma o milho em pipoca<br />
CRIANÇAS<br />
Atenção porque nesta cidade<br />
Corre ‑se a toda velocidade<br />
E atenção que o negócio está preto<br />
Restaurante assando galeto<br />
TODOS<br />
Mas não, mas não<br />
O sonho é meu e eu sonho que<br />
Deve ter alamedas verdes<br />
A cidade dos meus amores<br />
E, quem dera, os moradores<br />
E o prefeito e os varredores<br />
Fossem somente crianças<br />
Deve ter alamedas verdes<br />
A cidade dos meus amores<br />
E, quem dera, os moradores<br />
E o prefeito e os varredores<br />
E os pintores e os vendedores<br />
Fossem somente crianças<br />
Professor: é interessante que os alunos ouçam a música<br />
acompanhando o texto. Dessa maneira, a compreensão será<br />
facilitada.<br />
Alameda: rua ou<br />
avenida com árvores<br />
plantadas.
GATA<br />
A cidade ideal de uma gata<br />
É um prato de tripa fresquinha<br />
Tem sardinha num bonde de lata<br />
Tem alcatra no final da linha<br />
JUMENTO<br />
Jumento é velho, velho e sabido<br />
E por isso já está prevenido<br />
A cidade é uma estranha senhora<br />
Que hoje sorri e amanhã te devora<br />
CRIANÇAS<br />
Atenção que o jumento é sabido<br />
É melhor ficar bem prevenido<br />
E olha, gata, que a tua pelica<br />
Vai virar uma bela cuíca<br />
TODOS<br />
Mas não, mas não<br />
O sonho é meu e eu sonho que<br />
Deve ter alamedas verdes<br />
A cidade dos meus amores<br />
E, quem dera, os moradores<br />
E o prefeito e os varredores<br />
Fossem somente crianças<br />
Deve ter alamedas verdes<br />
A cidade dos meus amores<br />
E, quem dera, os moradores<br />
E o prefeito e os varredores<br />
E os pintores e os vendedores<br />
As senhoras e os senhores<br />
E os guardas e os inspetores<br />
Fossem somente crianças<br />
Alcatra: parte da<br />
rês (boi ou vaca),<br />
tipo de carne.<br />
Devorar: comer,<br />
engolir.<br />
Pelica: pele fina<br />
de animal.<br />
Inspetor: aquele<br />
que vê, observa<br />
e fiscaliza.<br />
A cidade ideal. Os Saltimbancos (CD), de Luiz Enriquez.<br />
Texto original de Sérgio Bardotti. Universal Music Brasil, 2007.<br />
(Tradução e adaptação de Chico Buarque de Holanda, 1977).<br />
Ilustrações: José Luís Juhas<br />
69
Praticando<br />
Reúna ‑se com seus colegas e responda no seu caderno.<br />
<strong>1.</strong> Que personagens aparecem na música “A cidade ideal”?<br />
2. Qual é a cidade ideal de cada animal?<br />
3. Na letra da música “A cidade ideal”, as crianças também dão sua<br />
opinião sobre a cidade que querem ter. O que elas falam sobre essa<br />
cidade?<br />
4. Em um trecho da música, todos – animais e crianças – sonham<br />
com uma cidade. O que tem nesse sonho?<br />
5. Pense agora na sua cidade ideal, como ela seria?<br />
6. Como é a cidade onde você mora? Ela se parece com sua cidade<br />
ideal? Resposta pessoal.<br />
Conhecendo mais<br />
Cachorro, galinha, gata,<br />
jumento, crianças.<br />
Cachorro: tem um poste por metro quadrado; não tem carro, ele<br />
não precisa correr, não há perigo de morte; e também nunca fica<br />
apertado. Galinha: as ruas são cheias de minhoca; a barriga fica tão quentinha que transforma o milho em pipoca. Gata: é um prato de tripa fresquinha; tem<br />
sardinha num bonde de lata; tem alcatra no final da linha. Jumento: a cidade é uma estranha senhora; que hoje sorri e amanhã te devora.<br />
Crianças: na cidade corre ‑se a toda velocidade; o negócio está preto; há restaurante assando galeto; acha ‑se melhor ficar bem<br />
prevenido; e a gata deve se prevenir, pois sua pelica pode virar uma bela cuíca.<br />
O sonho de todos é que a cidade tenha alamedas<br />
verdes e que os moradores e o prefeito e os varredores,<br />
e os pintorese os vendedores,as senhoras e os senhores, e os guardas e os inspetores fossem somente crianças.<br />
Resposta pessoal. Cada aluno deve descrever como seria a sua cidade ideal. Professor: sugerimos que os alunos sejam estimulados a refletir sobre<br />
uma cidade onde eles gostariam de viver, a ideal.<br />
Vimos, pela música “A cidade ideal”, que a cidade tem alamedas ou ruas,<br />
moradores, restaurante, carros, varredores, prefeito, pintores, vendedores,<br />
guardas, senhoras, senhores e também animais.<br />
Com todas essas informações, podemos, então, dizer que a cidade é um<br />
lugar em que muitas pessoas vivem, trabalham e se divertem.<br />
A cidade pode ser chamada também de município. De acordo com<br />
dados do ano 2009, o Brasil possui 5 565 municípios.<br />
70<br />
Encontramos no Brasil três tipos de cidades ou municípios.<br />
• Cidades urbanas – que têm quase toda sua área urbanizada, quer dizer,<br />
com muitas ruas, avenidas, casas, prédios, comércio etc.<br />
• Cidades rurais – que têm quase toda sua área no campo, com fazendas e<br />
sítios. A área com ruas e comércio é muito pequena.<br />
• Cidades mistas – são cidades que têm quase o mesmo tamanho de área<br />
urbana e área rural, por isso são chamadas mistas.
Praticando<br />
Em que cidade você vive? Como é a sua cidade?<br />
<strong>1.</strong> Reúna ‑se com mais três colegas e conversem sobre o assunto.<br />
Depois vocês contarão para a turma o que o grupo discutiu. Assim,<br />
vocês podem trocar ideias com os outros grupos.<br />
2. Em seu caderno, escreva o título da atividade: “A minha cidade”.<br />
Escreva o nome da cidade onde você mora e descreva como ela é,<br />
aproveite a discussão feita pela turma.<br />
Conviver na cidade: ser cidadão<br />
Adelmo Naccari<br />
Você sabe que a palavra “cidadão” também significa “morador da cidade”?<br />
Mas ser cidadão é muito mais do que isso. Vamos entender melhor.<br />
Observe o desenho. No seu caderno, escreva qual é a função e a<br />
importância, em uma cidade: Ver sugestão de resposta no MP.<br />
• da escola.<br />
• do hospital.<br />
• dos serviços de limpeza.<br />
Respostas pessoais.<br />
• dos sinais de trânsito.<br />
• dos meios de transporte coletivo.<br />
• da segurança.<br />
71
Como a cidade funciona?<br />
Para todos os serviços de uma cidade funcionarem, é preciso administrar,<br />
cuidar das ruas e dos jardins, das escolas, dos hospitais, dos transportes<br />
coletivos, dos serviços de água, esgoto, limpeza e eletricidade.<br />
Em cada cidade essa administração funciona assim:<br />
• Os moradores da cidade escolhem o prefeito ou a<br />
prefeita e os vereadores, em uma eleição.<br />
• Os vereadores, além de ajudarem o prefeito<br />
a administrar a cidade, criam leis que devem<br />
Você sabia que...<br />
Câmara Municipal ou<br />
Câmara dos Vereadores é o local<br />
de trabalho dos vereadores? Lá<br />
os vereadores elaboram e votam<br />
projetos de lei para atender às<br />
necessidades da população da<br />
cidade.<br />
Você sabe quem é o prefeito ou prefeita de sua cidade?<br />
Os cidadãos<br />
Adelmo Naccari<br />
Administrar: dirigir<br />
qualquer instituição.<br />
contribuir para melhorar a vida na cidade e atender às necessidades da<br />
maioria dos moradores.<br />
Os moradores das cidades são os cidadãos.<br />
Mas não é só isso. As pessoas que moram nos sítios, nas fazendas, nas<br />
chácaras e nas aldeias também são cidadãos.<br />
Ser cidadão significa ter direitos e deveres. Todas as pessoas precisam<br />
contribuir para o bom funcionamento da sociedade e, assim, ter seus direitos<br />
garantidos. Mesmo os prefeitos, os vereadores e até o presidente de um país<br />
são cidadãos e têm direitos e deveres.<br />
Mas você sabe quais são as diferenças entre direitos e deveres?<br />
72
Kevin Dodge/Masterfile/Other Images<br />
Laureni Fochetto<br />
Observe as imagens e conheça alguns dos direitos e deveres dos<br />
cidadãos.<br />
Todo cidadão tem o direito de frequentar a<br />
escola.<br />
Todo cidadão tem o dever de obedecer<br />
às regras de trânsito.<br />
Laureni Fochetto<br />
AbleStock<br />
Todo cidadão tem o direito ao atendimento<br />
médico.<br />
Todo cidadão<br />
tem o dever<br />
de manter a cidade<br />
limpa.<br />
Converse com seus colegas sobre os direitos e os deveres que<br />
aparecem nas imagens. Juntos, pensem em outros direitos e deveres<br />
que têm os cidadãos.<br />
Em grupos, você e seus colegas farão um cartaz para divulgar os direitos<br />
e os deveres do cidadão.<br />
Dividam seu cartaz em duas partes: de um lado, coloquem o título DIREITOS,<br />
do outro, DEVERES. Depois, completem com ilustrações, recortes de revistas ou<br />
jornais, frases e textos que vocês acharem interessantes para tratar do tema.<br />
Os cartazes dos grupos deverão ficar expostos em um lugar da escola<br />
por onde todos passem. Assim, o trabalho de vocês atingirá o maior número<br />
possível de pessoas.<br />
Professor: aqui é importante mostrar para o aluno que, para ter a sua cidadania respeitada, é necessário que ele se aproprie dos seus direitos e participe de<br />
maneira ativa, fazendo valer esses direitos. Como cidadãos, também temos deveres em relação ao próximo, à natureza e ao ambiente onde vivemos.<br />
73
José Luís Juhas<br />
Acervo Iconographia/Reminiscências<br />
Acervo Iconographia/Reminiscências<br />
Cidade de Blumenau, Santa Catarina, em 1895.<br />
Cidade de São Paulo, em 1902.<br />
Você conhece alguma dessas cidades?<br />
Capítulo 2<br />
Algumas cidades<br />
brasileiras<br />
Blumenau, em 1997.<br />
São Paulo, em 2010.<br />
Professor: sugerimos que você faça uma pesquisa prévia para colher mais informações sobre essas cidades, como: características, população, a origem<br />
das famílias que se instalaram nelas e outras curiosidades. Sugerimos que você consulte o site ofi cial dessas cidades: e<br />
. Acesso em: out. 2010.<br />
74<br />
Reúna-se com seus colegas e conversem sobre o que vocês sabem<br />
a respeito de qualquer uma dessas cidades. Observem bem as<br />
Espera-se que os alunos percebam o aumento do número de construções em Blumenau, bem como os novos usos dos edifícios e<br />
fotos. a multidão em São Paulo. Eles devem, ainda, identifi car a permanência de construção típicas alemãs no presente em Blumenau e<br />
a manutenção da arquitetura em São Paulo.<br />
a) O que mudou, com o tempo, nessas duas cidades? E o que permaneceu?<br />
b) Quais os elementos que retratam o presente e o passado nas fotos?<br />
Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />
Laureni Fochetto
Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />
Cidades de todos os tamanhos<br />
Existem mais de 5 500 cidades no Brasil, de todos os tamanhos, grandes e<br />
pequenas, com menos de mil ou com mais de 10 milhões de moradores.<br />
Você sabia que...<br />
População<br />
O município mais populoso do Brasil é São Paulo, no estado de São<br />
Paulo, que tem mais de 11 milhões de habitantes.<br />
O menos populoso é Borá, também no estado de São Paulo, que tem<br />
apenas 837 habitantes.<br />
Tamanho<br />
O maior município do Brasil em área territorial é Altamira, que fica no<br />
estado do Pará e possui uma área de 159 696 km².<br />
O menor é Santa Cruz de Minas, no estado de Minas Gerais, que tem<br />
apenas 2,9 km² de área territorial.<br />
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, 2009.<br />
Professor: sugerimos que faça uma pesquisa prévia sobre a cidade em que está situada a escola: tamanho do município, número de habitantes etc. Caso na sua<br />
turma haja alunos que não residam no mesmo município da escola, auxilie-os na resposta, principalmente se houver necessidade de pesquisar os dados.<br />
Ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira em São<br />
Paulo. Foto de 2008.<br />
Cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Foto<br />
de 1998.<br />
75<br />
Delfim Martins/Pulsar Imagens
Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />
Santana do Parnaíba, em São Paulo. Foto de<br />
2006.<br />
76<br />
Conhecendo mais<br />
Salvador é uma grande cidade brasileira, que já<br />
foi, inclusive, capital do país. Além disso, essa cidade<br />
tem uma parte alta e outra, baixa.<br />
Leia o texto a seguir sobre a cidade de Salvador.<br />
A cidade não foi construída no<br />
mesmo lugar da antiga povoação.<br />
João Prudente/Pulsar Imagens<br />
Carmo do Rio Claro, Minas Gerais.<br />
Foto de 2008.<br />
Jesuíta: padre da Igreja<br />
católica, membro da<br />
Companhia de Jesus.<br />
Taipa: construção com<br />
paredes feitas com<br />
paus, galhos e barro<br />
amassado.<br />
[...] Tomé de Souza (primeiro<br />
governador-geral do Brasil em 1549)<br />
viu que seria necessário construí-la no alto de um morro,<br />
dificultando assim o acesso dos inimigos estrangeiros [...]<br />
Assim decidiu que as casas do governo, da câmara e o<br />
colégio dos jesuítas ficariam na parte alta [...], enquanto os<br />
armazéns e as casas do restante da população ficariam na<br />
parte baixa [...].<br />
As construções iniciais eram muito simples [...]. Todas foram<br />
feitas de taipa ou pau a pique e cobertas de palha.<br />
Avanete Pereira Sousa. Salvador, capital da colônia.<br />
São Paulo: Atual, 1995. (A vida no tempo).
Ilustrações: Adelmo Naccari<br />
Que tamanho tem sua cidade?<br />
Praticando<br />
Escreva no caderno o título da atividade: “Minha cidade”<br />
e, com a ajuda do professor, responda às perguntas.<br />
<strong>1.</strong> Qual é o nome da sua cidade? Respostas pessoais.<br />
2. Quantos habitantes tem a cidade onde você mora?<br />
3. Observe o quadro a seguir e escreva no caderno o que há na cidade<br />
onde você mora.<br />
4. Na sua opinião, a cidade em que você mora pode ser considerada<br />
uma cidade grande ou pequena? Por quê?<br />
meio das respostas apresentadas, o grupo converse entre si confrontando as diversas opiniões.<br />
Professor: esta atividade tem como foco possibilitar que o<br />
aluno conheça melhor a sua cidade. Sugerimos que, por<br />
José luís Juhas<br />
77
B. Scheidemantel/Acervo Iconographia/Reminiscências<br />
Duas cidades brasileiras<br />
Blumenau<br />
A cidade de Blumenau foi construída por algumas famílias alemãs que<br />
vieram para o Brasil em busca de terra e trabalho.<br />
O trabalho no campo, plantar e colher, foi a primeira atividade<br />
desenvolvida pelos alemães quando chegaram ao Brasil, a partir de 1850.<br />
Mas as famílias alemãs que chegaram a Blumenau tinham diferentes<br />
profissões: lavradores, carpinteiros, marceneiros, médicos, professores e<br />
outras atividades.<br />
Blumenau, em 1880.<br />
Professor: sugerimos que as duas fotos sejam analisadas e comparadas. Use o procedimento do questionamento, proponha<br />
perguntas que os incentivem a observar elementos específicos em cada imagem. Chame a atenção para a construção em<br />
destaque na foto de 2005, típica da arquitetura alemã.<br />
Blumenau, em 2005.<br />
Com o passar do tempo, construíram fábricas de alimentos, de bebidas,<br />
de malhas, entre outras. Existem fábricas fundadas há mais de cem anos em<br />
funcionamento até hoje.<br />
Os alemães que vieram para o Brasil contribuíram com outras coisas<br />
importantes. Por exemplo, uma das primeiras escolas da região de Blumenau<br />
foi criada por alemães em 1902. O trabalho realizado pelas famílias imigrantes<br />
ajudava a melhorar a vida de todos.<br />
Hoje a cidade de Blumenau tem mais de 350 mil habitantes e ainda<br />
mantém traços de sua origem alemã. Suas casas e praças são cheias de jardins<br />
floridos que lembram alguns lugares da Alemanha.<br />
Passados alguns anos, Blumenau recebeu também algumas famílias<br />
italianas.<br />
78<br />
Professor: o objetivo, neste momento, além de conhecer as<br />
duas cidades, é, por meio da história delas trabalhar o conceito<br />
de metrópole, cidade grande e pequena, inclusive resgatando<br />
a influência dos imigrantes na formação de muitas cidades<br />
brasileiras.<br />
Ricardo Silva/Folha Imagem
Guilherme Gaensly<br />
Contribuições das famílias alemãs<br />
Conte para as pessoas que moram com você sobre as famílias alemãs e<br />
as contribuições que elas trouxeram para o Brasil.<br />
Vamos lembrar?<br />
• A importância do trabalho em família.<br />
• A importância da escola para os filhos.<br />
• Criação de fábricas de alimentos, bebidas e malhas.<br />
Descubra se, no dia a dia da sua família, há semelhanças com a vida das<br />
famílias alemãs que vieram para o Brasil. Por exemplo: existem carpinteiros,<br />
agricultores, pessoas que fazem alimentos para vender?<br />
Registre no caderno todas as informações que conseguir com sua família<br />
e apresente para seu grupo na escola.<br />
Compare com as respostas dos seus colegas.<br />
São Paulo<br />
Avenida Paulista, em São Paulo.<br />
Foto de 1910.<br />
Avenida Paulista, em São Paulo.<br />
Foto de 2010.<br />
São Paulo é a cidade mais populosa do Brasil. São mais de 11 milhões de<br />
habitantes vivendo em dezenas de bairros.<br />
Ela é famosa pela vida agitada, pelo trânsito e por ser uma cidade onde<br />
vivem pessoas que vieram de todos os lugares do Brasil e do mundo.<br />
79<br />
Laureni Fochetto
Nilton Fukuda/AE<br />
Acervo Iconographia/Reminiscências<br />
A história de São Paulo foi construída por indígenas,<br />
africanos, portugueses, italianos, espanhóis, japoneses e<br />
muitos outros povos, que se misturaram e contribuíram<br />
para o crescimento dessa metrópole.<br />
Professor: aqui é importante trabalhar o conceito de metrópole. Sugerimos utilizar as fotos atuais de São Paulo,<br />
apresentadas no capítulo, como apoio.<br />
Bairro da Mooca, em São Paulo.<br />
Foto de 1967.<br />
Bairro do Brás, em São Paulo.<br />
Foto de 1910.<br />
Bairro do Brás, em São Paulo.<br />
Foto de 2004.<br />
Professor: auxilie os alunos a lerem as fotos, instigando-os a compará-las e deixando que eles explorem bastante a iconografia e falem livremente sobre o que<br />
veem. Estabeleça sempre o confronto entre as marcas do presente e os elementos que podem ser identificados como marcas do passado.<br />
As famílias que saíram da Itália para trabalhar nas lavouras de café no<br />
interior do estado de São Paulo, assim como as alemãs, acreditavam que, com<br />
o trabalho realizado por todos, poderiam melhorar a vida no Brasil.<br />
Mas muitas dessas famílias não conseguiram alcançar esse objetivo.<br />
Então resolveram sair das áreas rurais e ir para a cidade de São Paulo.<br />
80<br />
Veja dois bairros dessa grande cidade, no passado e atualmente.<br />
Bairro da Mooca, em São Paulo.<br />
Foto de 2007.<br />
Metrópole:<br />
cidade principal;<br />
qualquer cidade<br />
grande e/ou<br />
importante.<br />
Lalo de Almeida/Folha Imagem<br />
Juca Martins/Olhar Imagens
As primeiras famílias italianas que chegaram a São Paulo formaram<br />
comunidades, que com o passar do tempo deram origem a bairros como a<br />
Mooca e o Brás. Nesses bairros, as pessoas dessas famílias trabalhavam como<br />
sapateiros, carpinteiros, ferreiros entre outras ocupações.<br />
Algumas famílias italianas foram responsáveis também pela criação de<br />
indústrias, como as de alimentos e as de tecidos.<br />
Fábrica Matarazzo, em São Paulo. Foto de 1906.<br />
A família italiana Matarazzo foi uma das primeiras a construir fábricas<br />
que produziam fios de seda no Brasil. Outros italianos trabalhavam como<br />
operários nessas fábricas.<br />
Vimos que outra importante contribuição dos italianos para a cultura<br />
brasileira foi a culinária.<br />
Ainda hoje, na cidade de São Paulo, existem vários restaurantes que têm<br />
como especialidade comidas típicas da Itália, como massas e pizzas.<br />
Os italianos não ficaram apenas em São Paulo. Na cidade de Bento<br />
Gonçalves, no Rio Grande do Sul, famílias italianas plantavam uva e produziam<br />
vinho. Até hoje os vinhos de Bento Gonçalves são conhecidos e consumidos<br />
no Brasil inteiro.<br />
Acervo Iconographico/Reminiscências<br />
81
Depois de conhecer um pouco sobre as cidades de Blumenau e São<br />
Paulo, em grupo e com a ajuda do professor, conversem sobre a<br />
cidade onde está localizada sua escola e descubram se nela existem<br />
contribuições de imigrantes, por exemplo, restaurantes de comidas<br />
típicas, construções etc.<br />
Conhecendo mais<br />
Por que será que tantas famílias diferentes vieram<br />
para o Brasil?<br />
Leia o texto abaixo.<br />
Mais de cinquenta milhões de<br />
europeus [...] deixaram seus países de<br />
origem entre 1830 e 1930.<br />
Sucessivo:<br />
situação que<br />
se repete, que<br />
acontece uma<br />
depois da outra.<br />
[...] Nessa época, só o Brasil recebeu<br />
cerca de 3 milhões e 700 mil imigrantes, a maioria italianos<br />
que vieram para São Paulo entre 1885 e 1920.<br />
[...] a pobreza aumentou muito na Europa. Uma das<br />
razões desse empobrecimento eram as sucessivas guerras<br />
que vinham ocorrendo no continente europeu, muitas delas<br />
em território alemão e italiano.<br />
Alfredo Boulos Jr. Imigrantes no Brasil (1870-1920). São Paulo: FTD, 2000.<br />
Praticando<br />
Depois de ler, com atenção, o texto sobre os imigrantes, responda no<br />
caderno.<br />
<strong>1.</strong> Quem é um imigrante? Imigrante é uma pessoa que sai de seu país para viver e trabalhar em outro país.<br />
82<br />
Professor: sugerimos que, no quadro de giz, seja feita uma lista com os elementos da cultura dos imigrantes que os alunos descobriram. Para<br />
finalizar a troca de ideias, os alunos poderão registrar por escrito, no caderno, as contribuições dos imigrantes que eles identificaram na cidade<br />
onde está localizada a escola.<br />
2. Por que muitas pessoas deixaram seus países na Europa para viver<br />
em outros lugares, como o Brasil? Porque a pobreza aumentou muito na Europa por causa das guerras.<br />
3. Você saberia dizer o que os imigrantes esperavam quando saíam de<br />
seus países para vir morar no Brasil?<br />
Professor: espera-se que o aluno conclua que os imigrantes vinham atrás de trabalho para melhorar de vida. Aqui é fundamental que a definição de<br />
imigrante fique clara para os alunos e que eles compreendam o significado da imigração para o Brasil, o papel dos imigrantes e sua contribuição para o<br />
desenvolvimento das nossas cidades.
José Luís Juhas<br />
Jarbas Oliveira/Folha Imagem<br />
Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />
Capítulo 3<br />
As cidades e<br />
os cidadãos<br />
Professor: para retomar a questão dos direitos e deveres, discutida no capítulo anterior, sugerimos a análise das fotos com os alunos, de modo a destacar o local, o<br />
ambiente, as pessoas, o que fazem... Proponha alguns questionamentos para ajudá-los a refl etir sobre as fotos: as situações das fotografi as são situações esperadas<br />
em uma sociedade? Sim ou não? Por quê? Essas situações estão condizentes com o que se espera para um cidadão?<br />
A opinião dos alunos é muito importante para que eles refl itam, também, sobre a realidade da cidade onde vivem.<br />
Nos capítulos anteriores, conhecemos a história de algumas cidades de<br />
nosso país. Vimos, ainda, que o Brasil tem centenas de cidades, diferentes entre si.<br />
Descobrimos também que ser cidadão é ter direitos e deveres. Todos os<br />
cidadãos, do prefeito aos varredores de rua, têm o dever de cumprir bem suas<br />
tarefas e seu trabalho e o direito de morar numa cidade boa e bem cuidada.<br />
Cidadania?<br />
Observe com bastante atenção as fotos.<br />
Crianças pedindo esmola em uma estrada<br />
de Fortaleza, Ceará. Foto de 1998.<br />
Criança dormindo em uma calçada na<br />
cidade de São Paulo. Foto de 2008.<br />
Cytrinowicz/Pulsar Imagens<br />
Criança trabalhando com sisal na<br />
Bahia. Foto de 1987.<br />
83
Juca Martins/Pulsar Imagens Getty Images<br />
Senhora idosa pedindo esmolas<br />
no centro de Porto Alegre,<br />
Rio Grande do Sul. Foto de 2010.<br />
Fila de desempregados na Secretaria do<br />
Trabalho, em Palmas, Tocantins. Foto de 2003.<br />
84<br />
Pacientes fazendo fila em frente a hospital, em<br />
São Paulo. Foto de 2004.<br />
Poluição nas margens do Rio Negro, em Manaus,<br />
no Amazonas. Foto de 2007.<br />
Fernando Donasci/Folha Imagem<br />
Alberto César Araújo/Folha Imagem
Mas o que é ter direitos?<br />
Conhecendo mais<br />
No texto acima, vimos que cidadania é ter “o direito de viver decentemente”.<br />
Isso também significa ter escola, hospitais de qualidade, lazer, trabalho etc.<br />
Agora, observe os desenhos abaixo.<br />
Adelmo Naccari<br />
Adelmo Naccari<br />
Adelmo Naccari<br />
Direito de ter direitos<br />
É muito importante entender bem o que é cidadania.<br />
Trata-se de uma palavra usada todos os dias, com vários<br />
sentidos. Mas hoje significa, principalmente, o direito de viver<br />
decentemente.<br />
Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É<br />
poder votar em quem quiser [...]. É devolver um produto estragado<br />
e receber o dinheiro de volta. [...] É respeitar o sinal vermelho no<br />
trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos.<br />
José Luís Juhas<br />
Gilberto Dimenstein. O cidadão de papel: a infância,<br />
adolescência e os direitos humanos no Brasil. 20.<br />
ed. São Paulo: Ática, 2002. p. 22.<br />
José Luís Juhas<br />
Adelmo Naccari<br />
85
Praticando<br />
Respondam e registrem no caderno.<br />
<strong>1.</strong> Em qual das duas sequências de imagens, nas fotos das páginas 83<br />
e 84 ou nos desenhos do quadro anterior, estão claros os direitos<br />
dos cidadãos? Que direitos são esses?<br />
Professor: espera-se que o grupo aponte que os direitos estão presentes nos desenhos: direito à vida, à saúde, à educação, ao trabalho.<br />
2. Escreva por que você e seu grupo fizeram essa escolha.<br />
Professor: espera-se que o grupo dê uma justifi cativa para a resposta anterior. É importante que ele<br />
apresente suas opiniões para toda a turma, após um debate sobre as imagens e o contexto de cada<br />
uma, para que o conceito de cidadania fi que mais claro para todos. Os registros escritos podem ser feitos<br />
individualmente, como conclusão desta atividade.<br />
Você é o historiador<br />
Sequência: ato ou efeito<br />
de seguir; continuação;<br />
série.<br />
Reúna-se com mais três colegas. Vocês farão uma pesquisa sobre as<br />
formas de cidadania, utilizando, para isso, as fotos e as ilustrações das<br />
páginas 83 a 85 e o texto da seção Conhecendo mais.<br />
Vocês devem observar as fotos e as ilustrações e ler o texto do<br />
Conhecendo mais. Conversem sobre quais são os direitos e os deveres do<br />
cidadão que estão representados.<br />
86<br />
Depois, respondam às questões.<br />
<strong>1.</strong> O que é cidadania para o autor, Gilberto Dimenstein?<br />
Cidadania é fazer valer seus direitos<br />
e cumprir seus deveres para o bem<br />
público: “Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser [...]. É devolver um produto estragado e receber o dinheiro<br />
de volta. [...] É respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos”.<br />
2. Nas fotos do início do capítulo, podemos identificar a cidadania que<br />
está mencionada no texto?<br />
José Luís Juhas<br />
Não, pois criança tem direito de ter casa, alimentação, saúde, escola e não trabalhar. As<br />
pessoas têm direito ao trabalho e ao atendimento médico sem fi las e os idosos devem<br />
ser respeitados.<br />
3. E nos desenhos da página anterior? Podemos encontrar neles<br />
exemplos de cidadania? Quais são eles?<br />
Sim, nos desenhos temos vários direitos sendo observados:<br />
crianças com direito ao lazer, à educação, ao amor, à<br />
compreensão e à proteção; pessoas com o direito ao<br />
atendimento médico e ao trabalho.<br />
Apresentem as respostas para o professor e para a sua turma.
Explorando<br />
o que aprendemos!<br />
Vimos que as pessoas moram em casas, apartamentos, barracos,<br />
sobrados, palafitas etc.<br />
Adelmo Naccari<br />
Eu aprendi que:<br />
nossa moradia fica numa<br />
rua, que fica num bairro,<br />
que fica numa cidade, que<br />
fica num estado,<br />
que fica num país.<br />
Ufa!!! Cansei!<br />
O nosso amigo aí de cima entendeu direitinho. E você?<br />
No seu caderno, você vai demonstrar o que aprendeu.<br />
Faça um desenho como o do modelo, mas seguindo um passo de cada vez.<br />
1o passo – No centro da folha do seu caderno, desenhe a sua moradia.<br />
2o passo – Escreva a palavra RUA e o<br />
nome da rua onde você mora;<br />
depois circule em volta de<br />
tudo.<br />
3 o passo – Escreva BAIRRO e o nome do<br />
bairro onde você mora; depois<br />
circule em volta de tudo.<br />
4 o passo – Escreva CIDADE e o nome da<br />
cidade onde você mora; depois<br />
circule em volta de tudo.<br />
5 o passo – Escreva ESTADO e o nome do<br />
estado onde você mora; depois circule em volta de tudo.<br />
6 o passo – Escreva PAÍS e o nome do país onde você mora; depois circule em<br />
volta de tudo.<br />
Professor: essa atividade tem como objetivo contextualizar o aluno no meio em que ele vive, principalmente para que ele se sinta presente no contexto<br />
social, não apenas na família, como também na rua, no bairro, na cidade, no estado e no país. É um dos passos que contribuem para que o aluno<br />
concretize o conceito de ser sujeito histórico.<br />
José Luís Juhas<br />
87
88<br />
Unidade 3<br />
Encurtando<br />
caminhos<br />
Professor: sugerimos que os alunos observem a obra de arte e digam o que ela retrata. A obra de Tarsila do Amaral, Estrada de Ferro Central do Brasil, retrata<br />
um momento de modernização do Brasil, no início do século XX, quando os trens eram o meio de transporte terrestre mais eficiente e rápido, tanto para o<br />
deslocamento de pessoas quanto para o transporte de mercadorias.<br />
Museu de Arte Contemporânea da USP, São Paulo<br />
TA_H3_F026<br />
Estrada de Ferro Central do Brasil, obra da Tarsila do Amaral, (1886-1973).<br />
Óleo sobre tela, de 142cm x 127cm, feita em 1924.
Sérgio Castro/AE<br />
Folha Imagem<br />
O qUE sabEmOs?<br />
Charrete trafegando em estrada da cidade de<br />
Porto Feliz, em São Paulo. Foto de 2005.<br />
Bonde circulando em São Paulo.<br />
Foto de 1966.<br />
Arquivo Agência Estado<br />
Bicicletas estacionadas em<br />
frente a loja, em São Paulo.<br />
Foto de 1976.<br />
Você já imaginou o mundo sem rodas? Ou sem barcos,<br />
navios? Como as pessoas poderiam se locomover?<br />
As pessoas encontrariam dificuldades para percorrer<br />
caminhos longos.<br />
Nesta unidade, você vai entrar em contato com os<br />
meios de transporte.<br />
Gravura do veículo criado por Daimler<br />
em 1886. Este foi o primeiro veículo de<br />
quatro rodas movido por um motor.<br />
Luciana Whitaker/Olhar Imagem<br />
Carro atual. Rio de Janeiro,<br />
2007.<br />
Professor: sugerimos que, neste momento, além de levantar os conhecimentos prévios sobre os meios de transporte, sejam propostas algumas questões para que os<br />
alunos reflitam mais profundamente sobre a importância da roda e dos veículos para a locomoção das pessoas.<br />
Locomover:<br />
mudar de lugar;<br />
deslocar ‑se.<br />
Vai descobrir a importância deles para a locomoção das pessoas do<br />
trabalho para casa, de uma cidade para outra, de um país a outro.<br />
Professor: espera ‑se que os alunos entendam que os meios de transporte encurtam os caminhos porque nos permitem percorrer as distâncias mais rapidamente.<br />
Você reparou que o título desta unidade é: “Encurtando caminhos”?<br />
De que maneira os meios de transporte podem encurtar caminhos?<br />
World History/Archive/TopFoto/Keystone<br />
89
José Luís Juhas<br />
90<br />
Capítulo 1<br />
No céu<br />
Professor: sugerimos que pergunte aos alunos se eles têm o sonho de voar. Alguém da turma já voou? Qual a sensação que teve? Como é voar? Depois, relacione<br />
as imagens ao título do capítulo “No céu”. Sugerimos, ainda, que leia para os alunos o texto “As asas de Ícaro”, que se encontra no Manual do Professor.<br />
Você já sentiu vontade de voar?<br />
O sonho de voar é muito antigo. Existem algumas pessoas que afirmam<br />
que nós, os humanos, nos inspiramos no voo dos pássaros para encontrar um<br />
meio de voar também.<br />
O sonho tornou ‑se realidade e voar passou a ser uma maneira de chegar<br />
mais rápido a algum lugar.<br />
Christiana Carvalho/Argosfoto<br />
Balão.<br />
Pássaro.<br />
O tamanho das imagens não corresponde a realidade.<br />
Avião.<br />
Descobrindo formas de voar<br />
O voo do primeiro ser humano num balão aconteceu em 1783, na cidade<br />
de Paris, na França.<br />
Um dos maiores problemas do voo feito com balões é o fato de eles<br />
serem difíceis de controlar, porque são levados pelo vento.<br />
AbleStock<br />
Flávio Bacellar/Olhar Imagem
Caetano Barreira/Olhar Imagem<br />
Como voar sempre foi um sonho, o ser humano não desistiu.<br />
Em 1851, Henri Giffard construiu um novo tipo de balão com<br />
motor, o que permitia controlar o voo. Esse balão ficou conhecido como<br />
”dirigível”.<br />
Acervo Iconographia/Reminiscências<br />
Dirigível Zeppelin sobrevoando São Paulo. Foto de 1930.<br />
O artista e cientista Leonardo da Vinci, que viveu entre 1452 e 1519, fez o<br />
desenho de uma máquina muito parecida com um helicóptero.<br />
Contudo, o primeiro voo de helicóptero só foi realizado em 1937.<br />
Helicóptero militar sobrevoando São Paulo. Foto<br />
de 2007.<br />
Desenho do “helicóptero” de Leonardo<br />
da Vinci. Obra feita entre 1493 e 1510.<br />
91<br />
Museu Britânico, Londres
Delfim Martins/Olhar Imagem<br />
Werner Rudhart/Kino<br />
Os aviões transportam<br />
pessoas de lá para cá<br />
no mundo inteiro. Os<br />
primeiros voaram entre<br />
1903 e 1906. Atualmente,<br />
eles têm motores a jato e<br />
computadores de bordo e<br />
são capazes de transportar<br />
até 400 pessoas por voo.<br />
Aeroporto de Recife. Foto de 200<strong>1.</strong><br />
92<br />
Aeroporto de Brasília. Foto de 2009.<br />
Avião<br />
sobrevoando<br />
São Paulo.<br />
Foto de 2004.<br />
Professor: sugerimos que, após a leitura do texto e das imagens, você pergunte aos alunos o que é um aeroporto e converse com eles sobre os<br />
tipos de trabalho e os trabalhadores envolvidos no funcionamento do aeroporto.<br />
Wagner Santos / Kino
Praticando<br />
Os aviões e helicópteros percorrem o espaço aéreo brasileiro todos os<br />
dias, parando nos aeroportos de centenas de cidades.<br />
Em grupo, converse com os colegas. Depois, resolva as atividades.<br />
<strong>1.</strong> Você sabe o que é um aeroporto?.<br />
Professor: espera ‑se que o aluno dê uma defi nição para aeroporto, por exemplo, “é um campo com pista onde sobem e descem aviões e helicópteros”.<br />
2. Existe aeroporto na sua cidade?<br />
Resposta de acordo com a cidade do aluno.<br />
3. Faça no seu caderno o desenho de um aeroporto.<br />
Conhecendo mais<br />
O sonho de um brasileiro<br />
Alberto nasceu em Minas Gerais e, ainda pequeno, mudou -se para uma<br />
grande fazenda com seus pais e irmãos.<br />
A fazenda tinha grandes oficinas para cuidar das máquinas.<br />
O pequeno Alberto vivia fazendo perguntas.<br />
O tempo passou e Alberto cresceu.<br />
Ele mudou -se para Paris e lá estudou física, matemática, eletricidade<br />
e mecânica. Fez um passeio de balão e gostou muito. Mas estava tão<br />
animado com o que vinha aprendendo que achou que poderia fazer<br />
melhor. Foi assim que projetou seu primeiro balão, que<br />
chamou Brasil.<br />
Projetar:<br />
planejar.<br />
Adelmo Naccari<br />
93
Ele queria mais do que ser apenas levado pelos ventos. Desejava construir<br />
um balão que pudesse ser guiado para onde escolhesse.<br />
Assim nasceu o Santos Dumont <strong>1.</strong><br />
Ele sabia que os dirigíveis eram apenas o primeiro passo para conquistar o<br />
céu.<br />
Alberto se lembrou de sua infância no Brasil, das pipas e dos pássaros da<br />
fazenda.<br />
As aves são mais pesadas que o ar e elas não voam?<br />
94<br />
Adelmo Naccari<br />
No dia 23 de outubro de 1906, o 14 Bis ganhou velocidade e levantou voo.<br />
Alberto realizou o seu sonho.<br />
Praticando<br />
Elizabeth, Beatriz e Ruyter da Cruz Ribeiro. Homem voa!<br />
Rio de Janeiro: 0 Zit, 2005. (Texto adaptado).<br />
<strong>1.</strong> Depois de ler o texto, escreva em seu caderno o título da atividade:<br />
“O sonho de Alberto” e responda às questões.<br />
a) Quem foi o brasileiro Alberto? Alberto Santos Dumont foi um brasileiro que inventou o avião.<br />
b) Na fazenda em que ele morou, vivia fazendo perguntas nas<br />
oficinas ou nas plantações? Ele vivia fazendo perguntas nas ofi cinas.<br />
c) O que Alberto estudou em Paris? Em Paris, ele estudou física, matemática, eletricidade e mecânica.<br />
d) Qual era o sonho desse brasileiro? O seu sonho era voar.<br />
e) As criações de Alberto, como Brasil, Santos Dumont 1 e o 14 Bis,<br />
realizaram o sonho que ele tinha? Por quê? Sim, porque ele conseguiu voar.<br />
Professor: é importante mostrar para os alunos que situações e fatos ocorridos na nossa infância podem ser fundamentais para nossa vida.<br />
Experiências vividas em qualquer idade podem servir como base para realizações e atitudes que serão tomadas por nós quando adultos.
2. Alberto Santos Dumont, além de ter contribuído para a invenção<br />
do avião, foi um sonhador. Realizou o seu sonho. E você? Tem um<br />
sonho?<br />
Professor: explorar essa atividade deixando os alunos livres para falar sobre qualquer sonho e quais são as atitudes<br />
que eles devem tomar para que esse sonho se torne realidade.<br />
• Escreva no seu caderno sobre esse sonho. O que é preciso para<br />
que ele seja realizado?<br />
• Apresente o seu sonho para os colegas de classe.<br />
Você é o historiador<br />
Você sabe quem é Marcos Pontes?<br />
Para conhecer essa pessoa e por que ele é importante para a história<br />
brasileira, siga os seguintes passos de pesquisa:<br />
1 o passo – Procure em jornais, revistas, livros ou na internet reportagens<br />
e textos que falem sobre Marcos Pontes.<br />
2 o passo – Descubra e registre em seu caderno as respostas para as<br />
seguintes questões.<br />
<strong>1.</strong> Qual é a profissão de Marcos Pontes?<br />
Marcos Pontes é tenente‑coronel da Força Aérea Brasileira e foi o primeiro astronauta brasileiro.<br />
2. Qual era seu grande sonho? Ele conseguiu realizá -lo?<br />
Ele desejava ir ao espaço e conseguiu realizar seu sonho.<br />
Professor: sugestão de sites para pesquisa na internet:<br />
; .<br />
Acesso em: out. 2010.<br />
3 o passo – Em uma folha de cartolina ou outro papel, escreva um<br />
pequeno texto sobre a missão de Marcos Pontes e ilustre com<br />
fotos, se possível, ou com desenhos.<br />
Pense e coloque um título no seu trabalho.<br />
4 o passo – Apresente seu trabalho para o professor e para seus colegas.<br />
Adelmo Naccari<br />
95
José Luís Juhas<br />
Juca Martins/Olhar Imagem<br />
Carros circulando em São Paulo.<br />
Foto de 2004.<br />
96<br />
Capítulo 2<br />
No mar e na terra<br />
Professor: continuamos a desenvolver a ideia de que os meios de transportes encurtam as distâncias e são essenciais para a vida humana, pois também estão<br />
ligados ao trabalho e a algumas profi ssões.<br />
Observe as fotos.<br />
Caetano Barreira/Olhar Imagem<br />
Transatlântico atracado no Porto<br />
do Rio de Janeiro. Foto de 2006.<br />
Esses são meios de transporte que usamos para cruzar distâncias por<br />
terra ou por mar.<br />
Praticando<br />
Reúnam -se em grupos e conversem sobre as questões a seguir. Depois,<br />
registre em seu caderno as respostas que você e seu grupo sugeriram para<br />
cada pergunta. Não se esqueça de colocar o título da atividade: “No mar e<br />
na terra”.
Maurício Simonetti/Pulsar Imagens<br />
<strong>1.</strong> O que mais chama sua atenção ao observar as fotos?<br />
Professor: espera ‑se que o aluno identifique os meios de locomoção por terra e por mar.<br />
2. Esses dois meios de transporte são os únicos existentes para nos<br />
locomovermos no mar ou na terra?<br />
Não. O aluno deve lembrar também de veículos puxados por animais, dos próprios animais, de bicicletas, de motos, de jangadas, de canoas etc.<br />
3. Na opinião de vocês, qual desses meios de transporte é usado por<br />
um maior número de pessoas?<br />
O carro, porque muitas pessoas têm carro.<br />
4. E qual deles é capaz de levar grande quantidade de produtos para<br />
outros países?<br />
meios de transporte e trabalho<br />
Observe as fotos.<br />
Canoa no Rio das Velhas, em Minas Gerais.<br />
Foto de 2006.<br />
Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />
Caminhão em São Simão, no estado<br />
de São Paulo. Foto de 1999.<br />
Nelas encontramos dois tipos de transporte que, além de serem usados<br />
para diminuir distâncias, também são utilizados para realizar diferentes<br />
trabalhos.<br />
Veja como nas letras destas músicas.<br />
“Oh! Canoeiro, bota a rede no mar<br />
Bota a rede no mar<br />
Cerca o peixe, bate o remo<br />
Puxa a corda, colhe a rede<br />
Oh! Canoeiro, puxa rede no mar.”<br />
Professor: espera ‑se que os alunos digam que o navio pode transportar muitas coisas, inclusive cargas grandes, e<br />
pode transportá ‑las por longas distâncias.<br />
Canoeiro: aquele<br />
que dirige uma<br />
canoa.<br />
Pescaria (canoeiro). Gal canta Caymmi (CD),<br />
de Dorival Caymmi. Polygram,1976.<br />
97
98<br />
“Já rodei o meu país inteiro<br />
E como bom caminhoneiro<br />
Peguei chuva e cerração.”<br />
Praticando<br />
Caminhoneiro. Roberto Carlos 30 grandes sucessos (CD),<br />
de John Haford; Roberto Carlos e Erasmo, v. II, Sony BMG, 1999.<br />
Reúna -se com mais dois colegas. Vocês devem observar atentamente<br />
as fotos da página anterior e reler em conjunto os trechos das músicas.<br />
Depois, troquem ideias sobre as questões a seguir. Registre as respostas<br />
por escrito em seu caderno.<br />
<strong>1.</strong> O que a música “Pescaria” fala sobre o trabalho do canoeiro?<br />
2. Por que a canoa é importante para a realização desse trabalho?<br />
3. Qual é o trabalho do caminhoneiro?<br />
Cerração: nevoeiro<br />
intenso.<br />
4. Por que o caminhão é importante para a realização do trabalho do<br />
caminhoneiro?<br />
5. Seu grupo deve escolher dois outros meios de transporte que, além<br />
de percorrer longas distâncias, também sejam utilizados para a<br />
realização de um tipo de trabalho. Escreva quais são esses meios de<br />
transporte e em qual trabalho são utilizados.<br />
Professor: espera ‑se que o grupo dê o nome dos transportes e de que forma eles são utilizados.<br />
Após todos os grupos terminarem suas atividades, cada grupo deve<br />
escolher uma pessoa para apresentar o trabalho para o restante da turma.<br />
Conhecendo mais<br />
Professor: esta atividade tem como objetivos o desenvolvimento da compreensão leitora e a<br />
reflexão sobre os conhecimentos levantados pelos grupos na análise das imagens e dos textos.<br />
Professor: espera ‑se que o grupo diga que, na canoa, o canoeiro, além de remar, joga a rede para pescar no mar.<br />
Professor: espera ‑se que o grupo perceba que este é o meio de transporte que leva o canoeiro para a pescaria.<br />
Professor: espera ‑se que o grupo responda que o trabalho do caminhoneiro é transportar coisas e produtos de um lugar para outro.<br />
Professor: espera ‑se que o grupo perceba que este é o meio de transporte que possibilita carregar muitas coisas.<br />
Professor: antes de fazer a leitura do texto com os alunos, explique ‑lhes que esse documento histórico foi escrito há muitos anos, há quase 500 anos. Você<br />
também pode comentar sobre a importância dos relatos de viajantes daquele período para conhecer a história do Brasil. Alguns alunos podem apresentar<br />
dificuldades para compreender o texto. Pergunte ‑lhes se há mais alguma palavra que desconhecem e ajude ‑os a compreender o estilo do autor.<br />
Em uma das fotos da página 96, você viu um transatlântico, que é um navio<br />
enorme que leva passageiros em viagens através dos oceanos e mares.<br />
No passado, a viagem através dos mares era uma verdadeira aventura.<br />
Podemos perceber isso na narrativa de Jean de Léry, em Viagem à terra do Brasil,<br />
em que descreve sua experiência de atravessar o Oceano Atlântico e a convivência<br />
com os indígenas brasileiros.
Jean de Léry nasceu na França, em 1534. Era um estudioso de teologia e curioso<br />
pelo Novo Mundo – a América. Viajou para o Brasil na esperança de colaborar com<br />
o senhor de Villegaignon na fundação de uma França Americana, onde reinasse<br />
a liberdade religiosa. Contudo, por discordar do tratamento dado pelo senhor de<br />
Villegaignon a ele e a outros homens, foi expulso da fortificação que abrigava os<br />
franceses, na Baía de Guanabara. Foi viver entre os índios tupinambás e, cerca de um<br />
ano depois, voltou à França, onde publicou, em 1578, Viagem à terra do Brasil.<br />
Leia abaixo um trecho do relato de sua viagem<br />
da França para o Brasil.<br />
Era novembro de 1556. Durante doze dias<br />
suportamos um mar muito agitado. No que a<br />
nau se erguia sobre incrível montanha d’água,<br />
Instituto de Estudos Brasileiros/USP<br />
Teologia: ciência que estuda<br />
as religiões e aspectos de<br />
Deus e sua relação com os<br />
seres humanos.<br />
subitamente baixava [...]. Sacudia os passageiros a ponto de até os<br />
marujos mais experientes desabarem no convés. Ninguém escapou do mal<br />
de enjoo.<br />
Na cintura do mundo, ou Linha do Equador, o mar acalmou. Pudemos<br />
apanhar golfinhos e contemplar cardumes de peixes -voadores. Avançamos<br />
na Zona Tórrida, onde o calor é fortíssimo, e a água doce faltou. [...]. Para<br />
cúmulo da aflição, quando as chuvas jorraram, molharam nossas últimas<br />
reservas de bolachas, e depois fomos obrigados a comê -las apodrecidas.<br />
Detalhe de mapa do Brasil<br />
feito, em 1556, por Giovanni<br />
Battista Ramusio.<br />
[...]. Até que, em 26 de fevereiro de 1557, avistamos a foz do Rio<br />
Guanabara e pudemos admirar os montes pontiagudos, as rochas<br />
lustrosas, as florestas, árvores e ervas que nesse país verdejam o ano todo.<br />
[...]<br />
Jean de Léry. Viagem à terra do Brasil. Belo Horizonte: Dimensão, 2000. p. 6 -9.<br />
99
Agora, no seu caderno, escreva o título “Viagem à terra do Brasil” e<br />
responda às seguintes questões sobre o texto que você leu.<br />
100<br />
Praticando<br />
<strong>1.</strong> Quem fez essa viagem e quando?<br />
Jean de Léry fez a viagem que teve início em novembro de 1556.<br />
2. Qual foi o meio de transporte utilizado e qual foi o local de saída e<br />
de chegada da viagem?<br />
3. Quanto tempo levou essa viagem?<br />
4. Descreva com suas palavras como foi a viagem à terra do Brasil.<br />
5. Em sua opinião, uma pessoa que fizesse uma viagem de navio<br />
entre o Brasil e a França nos dias de hoje sofreria com os mesmos<br />
problemas? Por quê?<br />
Você sabia que...<br />
O primeiro modelo de<br />
automóvel tinha três rodas e foi<br />
criado por um francês chamado<br />
Nicolas Joseph Cugnot?<br />
Esse veículo, desenvolvido em<br />
1769, era construído em madeira<br />
e tinha um motor movido a vapor.<br />
Ele podia carregar até 4 mil quilos<br />
de carga e andava apenas a 4<br />
quilômetros por hora – mais ou<br />
menos a mesma velocidade de<br />
uma pessoa caminhando.<br />
4. Sugestão de resposta: Primeiro a nau enfrentou um mar muito agitado e todas as pessoas sofreram<br />
do mal de enjoo. Depois, quando o mar acalmou, acabou a água doce, deixando todos com muita sede.<br />
Quando vieram as chuvas, choveu tanto que molhou as últimas reservas de bolachas e os viajantes<br />
tiveram de comê ‑las apodrecidas para não morrer de fome. Durante a viagem puderam apanhar<br />
golfinhos e contemplar cardumes de peixes ‑voadores.<br />
Jean de Léry embarcou em uma nau que saiu da França e chegou à foz do<br />
Rio Guanabara, no Brasil.<br />
A viagem durou quatro meses, de novembro de 1556 a<br />
fevereiro de 1557.<br />
Resposta pessoal. Espera ‑se que o aluno diga que as viagens agora são mais rápidas, duram menos dias.<br />
Mar agitado e tempestades podem acontecer e as pessoas ficarem enjoadas por causa disso também,<br />
mas é muito difícil que acabe a água e os alimentos se estraguem por qualquer motivo.<br />
Foto do primeiro modelo de automóvel de<br />
três rodas criado pelo francês Nicolas Joseph<br />
Cugnot, 1770.<br />
Museu Nacional de Tecnologia, Paris
Acervo Iconographia/Reminiscências<br />
Com o passar do tempo, os transportes<br />
ficaram mais rápidos<br />
Juca Martins/Olhar Imagem<br />
Carro fabricado em 1929.<br />
Foto de um carro popular fabricado<br />
em 2010, modelo 201<strong>1.</strong><br />
Fusca fabricado<br />
nos anos 1970.<br />
O automóvel é o meio de transporte mais usado no mundo inteiro.<br />
Um dos modelos de automóveis mais conhecidos no mundo é o Fusca.<br />
Ele começou a ser produzido pelos alemães em 1936 e foi o modelo mais<br />
vendido em todo o mundo. No Brasil, esse modelo deixou de ser fabricado<br />
nos anos 1990.<br />
Hoje, os automóveis são utilizados como meio de transporte por mais de<br />
40 milhões de pessoas no Brasil. Alguns modelos de carros chegam a custar<br />
mais do que uma casa!<br />
101<br />
Divulgação/GM
Anônimo/Coleção Brascan Cem Anos no Brasil/<br />
Acervo Inst. Moreira Salles<br />
Flávio Bacellar/Olhar Imagem<br />
Bonde puxado por animais,<br />
no Rio de Janeiro. Foto de 1908.<br />
102<br />
Praticando<br />
Metrô, em São Paulo.<br />
Foto de 2007.<br />
Alex Almeida/Folha Imagem<br />
Bonde, em Santos.<br />
Foto de 2005.<br />
Trem, em São Paulo. Foto de 2004.<br />
Carroça, em Araçatuba,<br />
São Paulo. Foto de 2000.<br />
<strong>1.</strong> Qual é o meio de transporte mais atual? Escreva a letra que aparece<br />
na foto e o nome dele. O mais atual é o da letra C, o metrô.<br />
2. Qual é o meio de transporte mais antigo? Escreva a letra que<br />
aparece na foto e o nome dele.<br />
Juca Martins/Pulsar Imagens<br />
Aperfeiçoado: melhorado;<br />
que adquiriu ou que se<br />
deu maior perfeição.<br />
Com o passar do tempo, os meios de<br />
transporte foram sendo aperfeiçoados, para<br />
atender a mais pessoas e de maneira mais rápida. Observe as fotos e<br />
responda às questões a seguir em seu caderno.<br />
a<br />
C D E<br />
O mais antigo é o da letra E, a carroça. Professor: muitos alunos podem<br />
seguir as datas apresentadas nas legendas das fotografias e indicar o bonde<br />
puxado por animais, de 1908, como o meio de transporte mais antigo. Mas é preciso explicar ‑lhes que a carroça, que ainda é utilizada, é um meio de<br />
transporte muito mais antigo, com tecnologia mais simples do que aquela necessária para os bondes.<br />
b<br />
Juca Martins/Pulsar Imagens
Ricardo Azoury/Olhar Imagens<br />
Maurício Simonetti/Pulsar Imagens<br />
3. Agora, ordene os meios de transporte do mais atual até o mais<br />
antigo, coloque a letra e o nome de cada um.<br />
A ordem é: C – metrô; B – trem; D – bonde; A – bonde puxado por animal; E – carroça.<br />
4. Em qual desses meios de transporte você já andou?<br />
Resposta pessoal. Professor: chame a atenção dos estudantes para a mudança e a modernização dos transportes, com o tempo. Por que<br />
mudaram? Comente sobre as mudanças que procuraram atender a mais pessoas, com maior conforto e velocidade.<br />
Transporte nas cidades brasileiras<br />
Estação de metrô, no Rio de Janeiro, Rio de<br />
Janeiro. Foto de 2000.<br />
Trens na Estação da Luz,<br />
em São Paulo. Foto de 2005.<br />
Carros circulando em Recife, Pernambuco.<br />
Foto de 2006.<br />
Ônibus circulando em Belo Horizonte, Minas<br />
Gerais. Foto de 2005.<br />
Nas grandes cidades brasileiras, as pessoas precisam percorrer grandes<br />
distâncias para chegar à escola, ao trabalho e aos locais de lazer. Dessa forma,<br />
são necessários meios de transporte que percorram grandes distâncias. Além<br />
dos automóveis, muitas pessoas utilizam os transportes coletivos, como<br />
ônibus e trens. Eles são chamados “coletivos” porque transportam muitas<br />
pessoas de uma só vez.<br />
Esses meios de transporte, como metrô, trens e ônibus, percorrem<br />
sempre os mesmos caminhos.<br />
Professor: destacar a importância dos transportes coletivos para as cidades –<br />
diminuição do trânsito, da poluição. Ressaltar que os transportes coletivos precisam<br />
ser seguros, confortáveis e acessíveis à população.<br />
103<br />
Renata Mello/Olhar Imagem<br />
Iara Venanzi/Kino
Ilustrações: José Luís Juhas<br />
104<br />
Praticando<br />
Como você vai para a escola?<br />
<strong>1.</strong> Qual ou quais dos meios de transporte representados no quadro<br />
você utiliza para ir à escola? Escreva em seu caderno. Resposta pessoal.<br />
2. Existe algum outro meio de transporte que você utiliza e que não<br />
está no quadro? Qual?<br />
Professor: espera ‑se que o aluno fale de outro transporte, por exemplo: moto ou caminhonete.
João Caldas/Olhar Imagem<br />
Vamos fazer uma pesquisa. Converse com as pessoas que moram na<br />
sua casa e peça ‑lhes que respondam às questões a seguir. Registre as<br />
respostas de cada uma das pessoas com quem você falou.<br />
<strong>1.</strong> Como elas vão para o trabalho?<br />
Professor: espera ‑se que o aluno escreva qual é o transporte usado pelas pessoas de sua família.<br />
2. Quanto tempo elas demoram para chegar ao trabalho?<br />
Professor: espera ‑se que o aluno escreva o tempo usado de casa até o trabalho, em horas ou minutos.<br />
3. Na opinião das pessoas com as quais você conversou, qual é a<br />
situação dos transportes coletivos que utilizam? São em número<br />
suficiente para atender à população? São seguros, confortáveis,<br />
limpos? Resposta pessoal.<br />
4. Para finalizar a pesquisa, reflita sobre as respostas que você obteve<br />
para as questões acima. Qual é a sua opinião sobre o serviço de<br />
transporte coletivo da sua cidade?<br />
Resposta pessoal.<br />
5. O que você sugere para melhorar o transporte coletivo de sua cidade<br />
e o atendimento à população?<br />
Resposta pessoal.<br />
Apresente a sua pesquisa para os colegas e para o professor.<br />
Conhecendo mais<br />
Professor: esta seção tem como objetivo mostrar que, mesmo<br />
com toda evolução tecnológica dos transportes, ainda hoje<br />
existem, em alguns lugares, pessoas que utilizam animais para<br />
se locomover ou meios de transporte com tração animal.<br />
Leia o texto e analise as imagens com os alunos. Ajude ‑os a<br />
localizar, em um mapa ‑múndi, os locais apresentados nas fotos:<br />
Israel, Alasca, e os estados brasileiros: Rio Grande do Sul e Minas<br />
Gerais. Peça ‑lhes que reflitam sobre a realidade de sua cidade.<br />
Existem veículos movidos por animais onde eles vivem?<br />
Camelo sendo usado como<br />
meio de transporte em Israel.<br />
Foto de 2007.<br />
105
Luciana Whitaker/Pulsar Imagens<br />
João Prudente/Pulsar Imagens<br />
106<br />
No Rio Grande do Sul, os vaqueiros usam<br />
cavalos para conduzir o gado aos pastos.<br />
Foto de 2002.<br />
Carro de boi sendo usado por fazendeiro<br />
em Areado, Minas Gerais. Foto de 2009.<br />
No Alasca, nos Estados Unidos, os trenós são<br />
puxados por cães. Foto de 2004.<br />
Trenó: pequeno carro<br />
sem rodas que desliza,<br />
principalmente, sobre<br />
a neve ou o gelo.<br />
Os seres humanos já viveram situações<br />
em que a única forma de ir de um lugar<br />
para outro era usando os pés.<br />
Com o passar do tempo, animais como<br />
bois e cavalos passaram a ser utilizados<br />
como meios de transporte.<br />
Depois, os meios de transporte<br />
ficaram mais rápidos: aviões, trens e carros.<br />
Entretanto, até hoje veículos como o<br />
carro de boi continuam sendo usados em<br />
algumas regiões do mundo.<br />
Converse com o professor e os colegas<br />
sobre os meios de transporte que existem<br />
na sua cidade. Será que também há<br />
veículos movidos por animais?<br />
Ricardo Azoury/Olhar Imagem
Praticando<br />
No caderno, escreva o título da atividade “Os meios de transporte da<br />
minha cidade” e faça o que se pede a seguir.<br />
<strong>1.</strong> Faça uma lista com todos os meios de transporte existentes na sua<br />
cidade. Professor: espera ‑se que o aluno registre todos os meios de transporte de que ele tenha conhecimento.<br />
2. Dos meios de transporte que você listou, qual você mais utiliza na<br />
sua vida diária? Professor: espera ‑se que o aluno fale sobre o que ele usa mais vezes.<br />
3. Faça um desenho do meio de transporte de que você mais gosta e<br />
escreva por que gosta dele. Professor: espera ‑se que o aluno desenhe e justifique sua escolha.<br />
Você é o historiador<br />
Você viu, neste capítulo, vários meios de transporte muito usados no<br />
passado, mas que não fazem mais parte de seu dia a dia, como os bondes<br />
que circulavam nas cidades, ou os trens de passageiros para viagens<br />
maiores.<br />
Faça uma pesquisa com uma pessoa com mais de 60 anos para saber<br />
quais eram os meios de transporte que ela costumava usar na época em<br />
que era criança.<br />
Anote as respostas em seu caderno e, no dia combinado com<br />
o professor, leve o resultado de sua pesquisa para a sala de aula.<br />
Apresente-a aos colegas e preste atenção na apresentação das pesquisas<br />
deles.<br />
Depois, vocês deverão elaborar uma tabela para registrar os<br />
transportes mencionados pelos entrevistados. De um lado, vocês devem<br />
escrever o nome do meio de transporte, do outro, quantas pessoas o<br />
mencionaram na entrevista.<br />
Por exemplo, se cinco pessoas responderam que costumavam andar<br />
de carroça, a tabela para esse caso ficará assim:<br />
Meio de transporte Quantas pessoas o mencionaram<br />
Carroça 5<br />
107
Ilustrações: José Luís Juhas<br />
108<br />
108<br />
Capítulo 3<br />
as cidades em<br />
movimento
As grandes cidades precisam cada vez mais de diferentes meios de<br />
transporte, nos trilhos, no céu, nas ruas. Todos esses meios são importantes<br />
porque contribuem para que as pessoas possam se locomover de maneira<br />
mais rápida, com segurança e conforto.<br />
Professor: sugerimos que você faça a leitura da imagem pedindo para que a turma relacione o que observa ao título do capítulo: “As cidades em movimento”.<br />
Destaque a diversidade de transportes, a organização do trânsito e as formas de sinalização.<br />
Aproveite para conversar sobre as construções que aparecem no desenho: estação de metrô, aeroporto, terminal de ônibus, viaduto, porto e museu. Refl ita sobre<br />
a função e a importância de cada uma delas.<br />
109<br />
109
Marcos Peron/Kino<br />
Juca Martins/Olhar Imagem<br />
110<br />
Praticando<br />
Ao observar o desenho das páginas anteriores, quais<br />
são os meios de transporte que você vê? Quantas vezes<br />
cada um deles aparece?<br />
Registre, no seu caderno, o nome do transporte e a<br />
quantidade em que ele aparece.<br />
Professor: espera‑se que o aluno escreva, por exemplo: 2 ônibus, 10 carros, 2 motos, 3 aviões, 1 navio, 3 caminhões, 1 barco, 1<br />
bicicleta, 1 metrô e 1 ambulância.<br />
Carros são importantes, respirar é essencial !<br />
Professor: você pode propor que os alunos analisem as fotos, destacando o trânsito, a poluição, bem como a importância de<br />
respeitar as regras de trânsito e do transporte coletivo.<br />
Trânsito na cidade de Serra Negra,<br />
em São Paulo. Foto de 2005.<br />
Trânsito na marginal Tietê, na cidade de São<br />
Paulo em São Paulo. Foto de 2004.<br />
Foz do Iguaçu, no Paraná. Trânsito<br />
na Ponte da Amizade, que liga o Brasil<br />
ao Paraguai. Foto de 2002.<br />
Trânsito na cidade de Teresina,<br />
Piauí. Foto de 2005.<br />
Essencial:<br />
absolutamente<br />
necessário;<br />
indispensável.<br />
Delfim Martins/Olhar Imagem<br />
Benonias Cardoso/Folha Imagem
Tim De Waele/Corbis/Latin Stock<br />
Vimos nesta unidade o quanto aviões, automóveis,<br />
caminhões e ônibus são cada vez mais importantes para<br />
o deslocamento de pessoas e produtos nas cidades.<br />
Todos esses veículos funcionam com motores movidos a<br />
combustível, como: diesel, gasolina, álcool, querosene ou<br />
gás natural veicular (GNV).<br />
O óleo diesel é usado como combustível em caminhões, ônibus, tratores,<br />
navios, locomotivas.<br />
O querosene de aviação é utilizado como combustível em aviões a jato e<br />
helicópteros.<br />
A gasolina é utilizada em automóveis de passageiros, utilitários, motos,<br />
em aviões pequenos e em lanchas.<br />
O álcool (ou etanol) também é utilizado como combustível em carros e<br />
utilitários.<br />
O gás natural veicular (GNV) é um combustível na forma gasosa, usado,<br />
principalmente, em automóveis. Esse combustível tem a vantagem de ser<br />
menos poluente que o diesel, a gasolina e o álcool.<br />
Muitos combustíveis são produzidos a partir do petróleo, que levou<br />
milhões de anos para se formar na natureza. Com tantos veículos existentes<br />
no mundo, o petróleo, um dia, pode acabar.<br />
Além disso, quando os motores dos veículos funcionam, “queimam” o<br />
combustível e liberam gases que poluem o ar. Às vezes, nós vemos esses<br />
gases – a fumaça que sai do escapamento dos carros e ônibus, por exemplo.<br />
Outras vezes, nós não os vemos, mas os poluentes continuam saindo.<br />
Observe a foto abaixo. Você acha que o ciclista<br />
está respirando um ar de boa qualidade?<br />
Combustível:<br />
material usado como<br />
fonte de energia para<br />
fazer funcionar os<br />
motores.<br />
Utilitário: meio de<br />
transporte como<br />
caminhonete, perua etc.<br />
utilizado para o transporte<br />
de pequenas cargas.<br />
Petróleo: combustível<br />
líquido natural, que<br />
preenche os espaços<br />
vazios de algumas rochas<br />
sedimentares, formando<br />
depósitos muito extensos.<br />
Ciclista pedala em meio à<br />
fumaça produzida pelos<br />
automóveis. Foto de 2003.<br />
111
Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />
Quanto mais carros<br />
circulam nas ruas, mais<br />
poluído fica o ar. Isso faz<br />
mal à nossa saúde, porque<br />
respiramos um ar sujo.<br />
Alternativo: que adota<br />
uma posição diferente<br />
em relação às coisas mais<br />
comuns, isto é, faz uma<br />
opção por aquilo que não<br />
é comum, habitual.<br />
Cana -de -açúcar.<br />
112<br />
Veículo movido a eletricidade sendo abastecido. Foto de 1999.<br />
Por isso, existem pessoas que estão trabalhando e pesquisando para<br />
desenvolver combustíveis diferentes, que não sejam produzidos a partir do<br />
petróleo. Um dos produtos desenvolvidos por essas pessoas são os carros<br />
movidos a eletricidade. Outras pesquisas ajudam a desenvolver combustíveis<br />
chamados alternativos, extraídos de plantas como cana ‑de ‑açúcar, mamona e<br />
milho.<br />
Mamona.<br />
Milho.<br />
Dean Siracusa/Transtock/Corbis/Latin Stock<br />
Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />
Delfim Martins/Pulsar Imagens
AbleStock<br />
Getty Images<br />
Praticando<br />
Reúna -se com seus colegas e responda.<br />
<strong>1.</strong> Atualmente os motores dos nossos meios de transporte são<br />
movidos com quais combustíveis?<br />
2. Quais são as desvantagens dos combustíveis produzidos a partir do<br />
petróleo? O petróleo pode acabar. Além disso, esses combustíveis poluem o ar.<br />
3. O ser humano está buscando alternativas para não depender<br />
apenas desses combustíveis. Qual é essa alternativa?<br />
4. Na opinião do grupo, por que as pesquisas para desenvolver<br />
combustíveis alternativos são importantes?<br />
5. Reflita sobre como é o trânsito e a qualidade do ar de sua cidade. O<br />
que pode melhorar? Apresente sugestões. Resposta pessoal.<br />
O bom cidadão conhece as regras de trânsito<br />
Motociclista circula pelas ruas com todos os<br />
equipamentos de segurança. Foto de 2007.<br />
Professor: chamar atenção para os meios de transporte que não poluem o ar<br />
porque usam combustíveis que não agridem o ambiente e, consequentemente,<br />
não fazem mal à saúde das pessoas.<br />
É a fabricação de veículos movidos por eletricidade ou por combustíveis extraídos de plantas.<br />
Diesel, gasolina, álcool, querosene ou gás natural veicular (GNV).<br />
Espera ‑se que o grupo conclua que combustíveis que poluam menos são importantes para o cuidado e a preservação do meio ambiente e,<br />
consequentemente, para a saúde de todos.<br />
Pedestre: pessoa<br />
que anda ou<br />
está a pé.<br />
Professor: sugerimos que na análise das imagens priorize as regras de<br />
trânsito, a sinalização, as atitudes corretas de pedestres e motoristas e<br />
a segurança no trânsito. Converse com os alunos sobre cada imagem,<br />
explorando bem as fotos e o tema tratado.<br />
Motorista e passageira usando<br />
o cinto de segurança. Foto de 2008.<br />
Pessoas atravessando na faixa de pedestres na<br />
Avenida Paulista, em São Paulo. Foto de 2007.<br />
113<br />
Juca Martins/Olhar Imagem
Bruce Benedict/Transtock/Corbis/Latin Stock<br />
Brand X Pictures<br />
114<br />
Criança sentada na<br />
cadeirinha, no banco<br />
de trás do carro. Foto de 200<strong>1.</strong><br />
Para que motoristas e pedestres se desloquem com<br />
segurança nas cidades, é preciso estudar e conhecer as<br />
regras de trânsito.<br />
Todos devem contribuir para que o trânsito<br />
funcione bem. Os governos municipais precisam<br />
manter os semáforos em funcionamento, colocar as<br />
Placa de trânsito indicando a velocidade máxima<br />
permitida em uma estrada de Minas Gerais. Foto<br />
de 1995.<br />
Placa de trânsito indicando a área em que é<br />
permitido estacionar. Salvador, Bahia, Foto de<br />
2002.<br />
Municipal: relativo<br />
a município.<br />
Ciclovia: pista<br />
especial para quem<br />
utiliza bicicleta.<br />
placas e sinais de trânsito nas ruas, pintar no chão as faixas de pedestre<br />
e criar ciclovias. Os moradores das cidades têm o dever de obedecer às<br />
regras de trânsito.<br />
Praticando<br />
Professor: espera ‑se que o aluno reconheça as regras obedecidas. Seria interessante fazer um cartaz com as principais regras e sinais de<br />
trânsito, tanto para os pedestres quanto para os motoristas de carro, motociclistas, ciclistas etc. Observe, especialmente, aquelas que<br />
dizem respeito à segurança de todos.<br />
Observe novamente as fotos das páginas 113 e 114 e escreva no seu<br />
caderno o título da atividade: “Regras de trânsito”.<br />
• Quais são as regras de trânsito que estão sendo obedecidas?<br />
Juca Martins/Olhar Imagem
Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />
Gomez/Corbis/Latin Stock<br />
Conhecendo mais<br />
Família andando de bicicleta. Foto de 2003.<br />
O equilíbrio em duas rodas<br />
Diego Cervo<br />
Ciclista pedala na ciclovia,<br />
ao lado de avenida com<br />
trânsito intenso, em<br />
Florianópolis, Santa<br />
Catarina. Foto de 2007.<br />
Ciclista pedalando em parque. Foto de 2010.<br />
Você sabia que a primeira bicicleta apareceu em 1870?<br />
Você sabe andar de bicicleta?<br />
Equilibrar ‑se sobre duas rodas não é tão fácil assim. Mas, quando se aprende,<br />
é muito divertido pedalar com os amigos.<br />
A bicicleta é um veículo que não polui o ar e pode ser usado para praticar<br />
esportes, brincar, até mesmo para trabalhar.<br />
Para que as pessoas pedalem nas ruas com segurança, além de<br />
equipamento especial, como capacete, faróis e buzina nas bicicletas, é<br />
preciso que se construam ciclovias. Ciclovias são pistas especiais para quem<br />
utiliza bicicleta. Em muitas cidades, a bicicleta é o principal meio de transporte.<br />
Por isso, as ciclovias são necessárias para a segurança de todos os ciclistas.<br />
115
116<br />
Você sabia que...<br />
Em Joinville, Santa Catarina, existe<br />
o museu da bicicleta? Ele é o único em<br />
toda a América do Sul, e o acervo tem<br />
mais de 16 mil peças variadas.<br />
Podemos conhecer esse museu,<br />
também, pela internet. O endereço é:<br />
.<br />
Praticando<br />
Na sua cidade, existem ciclovias?<br />
Onde?<br />
Se não existem, converse com seus<br />
colegas e, com a ajuda do professor,<br />
escrevam coletivamente uma carta para<br />
o prefeito da cidade.Nessa carta vocês<br />
vão solicitar, ao prefeito, a construção de<br />
uma ciclovia.<br />
Depois desse trabalho, que tal dar uma voltinha com a sua magrela,<br />
quer dizer, bike, ou melhor, bicicleta? Não se esqueça do capacete e de<br />
prestar bastante atenção quando pedalar nas ruas.<br />
Bom passeio! Professor: veja no Manual algumas orientações para o desenvolvimento desta atividade.<br />
Explorando<br />
o que aprendemos!<br />
Museu da Bicicleta, Joinville, Santa Catarina,<br />
2006.<br />
Origami: arte japonesa<br />
de dobrar o papel.<br />
Vimos que muitas famílias que vieram para o Brasil<br />
usaram, como meio de transporte, o navio.<br />
Vamos representar esse meio de transporte com o origami. Assim,<br />
podemos também ter contato com a cultura de um dos grupos que vieram<br />
para o Brasil: os japoneses.<br />
Você vai precisar de uma folha de papel quadrada, com 16 cm x 16 cm.<br />
Museu da Bicicleta/MUBI/SC<br />
José Luis Juhas
Adelmo Naccari<br />
1<br />
Dobre<br />
4<br />
Dobre nas<br />
linhas tracejadas<br />
8<br />
Abra<br />
inverter<br />
Dobre<br />
Dobre Dobre para cima<br />
Virar<br />
Desdobre<br />
5 6 7<br />
Coloque o dedo nos<br />
cantos de cima e<br />
empurre para dentro<br />
9 10<br />
11 12 13<br />
Dobre para trás PRONTO<br />
Agora, você pode brincar com seu barco de origami e imaginar como<br />
era, no passado, a viagem de navio até o Brasil!<br />
2<br />
3<br />
117
Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />
118<br />
Unidade 4<br />
O trabalho<br />
e as cidades<br />
Estação de tratamento de água do Guaraú, na cidade de São Paulo. Foto de 1993.
Thaís Falcão/Olhar imagem<br />
Juca Martins/Olhar Imagem<br />
Vinícola em Bento Gonçalves, no Rio Grande do<br />
Sul. Foto de 2008.<br />
Poste com transformador em Heliópolis,<br />
São Paulo. Foto de 2004.<br />
O qUe sabemOs?<br />
Mercado Municipal de São Paulo. Foto de 2002.<br />
Ambulância em hospital, em Florianópolis, Santa<br />
Catarina. Foto de 2007.<br />
Professor: o objetivo desta unidade é fazer com que os alunos se apropriem do conceito de trabalho e compreendam que ele está diretamente ligado ao<br />
crescimento das cidades e à vida em sociedade.<br />
Professor: você pode estimular a reflexão dos alunos por meio de um<br />
questionamento ou de situações-problema – o que faremos se acabar a<br />
água potável? Já imaginou como seria a vida na cidade sem luz? E se não<br />
tivesse mais coleta de lixo? Discuta, então, com eles o que são os serviços<br />
essenciais, por que são assim chamados e sua importância para a cidade.<br />
Troque ideias com os colegas sobre o que retratam as<br />
fotos e os tipos de trabalho que podem ser feitos nesses<br />
lugares.<br />
Em todas as cidades, existem trabalhos e trabalhadores<br />
que são muito importantes. Esses trabalhos são essenciais.<br />
Arredores:<br />
imediações,<br />
cercanias; que<br />
está em volta.<br />
Já imaginou a sua cidade sem luz? E sem água? Sem telefone? Sem um<br />
mercado? Sem bombeiros? Sem escola?<br />
Todo trabalho realizado dentro e nos arredores das cidades produz aquilo<br />
que é necessário para que os moradores possam viver bem e com segurança.<br />
Geralmente, são os próprios moradores das cidades que realizam esses trabalhos.<br />
Nesta unidade, vamos conhecer mais esses trabalhos e trabalhadores.<br />
Juca Martins/Olhar Imagem<br />
Werner Hudhart Kino<br />
119
José Luís Juhas<br />
120<br />
José Luís Juhas<br />
Capítulo 1<br />
Formas de trabalho<br />
em algumas cidades<br />
Professor: sugerimos que você analise a imagem junto com os alunos; mostre-lhes os trabalhos que são executados e, assim leve-os a descobrir o que eles sabem<br />
sobre a cidade rural e o trabalho realizado no campo.<br />
Há cidades que se localizam em áreas rurais. Em geral, a principal<br />
atividade econômica dessas cidades é a agricultura e a criação de animais.<br />
A agricultura é uma atividade muito antiga dos seres humanos e consiste em<br />
plantar e colher os alimentos: grãos, verduras, legumes e frutas.<br />
Atualmente, no Brasil, existem dois tipos de agricultores. Há os que<br />
trabalham num sítio ou chácara pertencente a todas as pessoas da família,<br />
que geralmente moram ali também. E há os agricultores que trabalham para<br />
os donos de grandes fazendas. Esses trabalhadores costumam morar em<br />
casas próximas à fazenda.
Luciano Candisani/Kino<br />
Juca Martins/Olhar Imagem<br />
O que mais se faz nas áreas rurais?<br />
Gado pastando em área rural de Ribeirão Preto,<br />
São Paulo. Foto de 2002.<br />
Criação de frangos na cidade de Descalvado, em São Paulo. Foto de 1995.<br />
Criação de porcos em Patos de Minas, Minas<br />
Gerais. Foto de 1995.<br />
A criação de animais como bois, vacas, porcos, galinhas também é uma<br />
atividade do campo ou áreas rurais.<br />
121<br />
Luciano Candisani/Kino
Getty Images<br />
Professor: o objetivo aqui é desenvolver a ideia de que a agricultura e a criação de animais são trabalhos essenciais para a vida em sociedade. Sem essas atividades,<br />
como nos alimentamos? Pergunte aos alunos o que aconteceria se não houvesse mais comida.<br />
Também pode ser feito um trabalho em conjunto com a disciplina Ciências para a exploração de tipos de alimentos (verduras, legumes, frutas etc.), a origem deles<br />
(animal ou vegetal), os produtos derivados da carne e do leite, entre outras explorações do tema.<br />
Para onde vai tudo o que se cria e se produz no campo?<br />
Getty Images<br />
Getty Images<br />
O feijão, o arroz, o trigo para fazer o pão, as verduras, os legumes e<br />
as frutas que são colhidas nas fazendas, nos sítios e nas chácaras vão para<br />
as cidades rurais ou urbanas, às vezes muito longe do lugar onde foram<br />
produzidos.<br />
Isso também acontece com as carnes dos animais, os ovos, o leite e<br />
seus derivados.<br />
Como seria nossa alimentação se não existissem os agricultores e os<br />
criadores?<br />
122<br />
Getty Images<br />
Getty Images<br />
Getty Images<br />
Getty Images<br />
Laureni Fochetto<br />
Getty Images<br />
O tamanho das imagens não corresponde a realidade.<br />
Getty Images<br />
Getty Images<br />
Laureni Fochetto
Ilustrações: José Luis Juhas<br />
Professor: a intenção, com esta música, é mostrar o quanto o trabalho do agricultor é importante para o ser humano. Sem ele, como nos alimentaríamos?<br />
Além disso, sugerimos que você converse sobre a questão da fome: como é ruim sentir fome, não ter o que comer. Peça para que os alunos refl itam sobre este assunto:<br />
como fi ca a pessoa sem comida ou com pouca alimentação? Comente, ainda, que existem pessoas que se alimentam muito mal.<br />
Esta atividade pode ser desenvolvida em conjunto com a disciplina Língua Portuguesa<br />
Leia, abaixo, a letra da música. (compreensão leitora, vocabulário, rimas, a situação da “fome” no mundo – dentro da<br />
capacidade de compreensão dessa faixa etária).<br />
Triturar: moer.<br />
Deglutir: engolir,<br />
ingerir.<br />
Conversa mole:<br />
expressão que<br />
quer dizer<br />
“conversa sem<br />
sentido”.<br />
Abdome:<br />
ventre; parte<br />
do corpo do ser<br />
humano e de<br />
outros animais<br />
vertebrados<br />
situada entre o<br />
tórax e a bacia.<br />
Fome come<br />
Gente, eu tô ficando impaciente<br />
A minha fome é persistente<br />
Come frio, come quente,<br />
Come o que vê pela frente.<br />
Come a língua, come o dente,<br />
Qualquer coisa que alimente.<br />
A fome come simplesmente,<br />
Come tudo no ambiente.<br />
Tudo o que seja atraente,<br />
É uma fome absorvente,<br />
Come e nunca é suficiente.<br />
Toda fome é tão carente,<br />
Come o amor que a gente sente.<br />
A fome come eternamente,<br />
No passado, no presente.<br />
A fome é sempre descontente<br />
Fome come, fome come...<br />
Impaciente:<br />
que não tem<br />
paciência;<br />
apressado.<br />
Persistente:<br />
que persiste;<br />
insistente.<br />
Absorvente: que<br />
absorve, “engole”<br />
tudo, comendo<br />
ou bebendo.<br />
Suficiente: que<br />
satisfaz; aquilo<br />
que basta; o<br />
bastante.<br />
Carente: que<br />
precisa, necessita<br />
de alguma coisa;<br />
necessitado.<br />
Eternamente:<br />
sempre, para<br />
sempre; por toda<br />
a eternidade.<br />
Se vem de fora (ela devora, ela devora, ela devora)<br />
(Qualquer coisa que alimente)<br />
Se for cultura (ela tritura, ela tritura)<br />
Se o que vem é uma cantiga (ela mastiga, ela<br />
mastiga)<br />
Ela então nunca discute (só deglute, só deglute)<br />
E se for conversa mole (se for mole, ela engole)<br />
Se faz falta no “abdome” (fome come, fome come)<br />
[...]<br />
Fome come. Canções Curiosas (CD),<br />
de Sandra Peres, Paulo Tatit e Luiz Tatit, Palavra Cantada, 1998.<br />
123
Fotos: Getty Images<br />
A fome, como observamos na música, é uma coisa muito ruim. E quem<br />
não se alimenta bem acaba ficando doente. Uma boa alimentação contribui<br />
para uma boa saúde.<br />
124<br />
Você já pensou alguma vez sobre aquilo que come? São alimentos<br />
naturais, isto é, vêm da natureza, ou são fabricados? Reflita sobre isso,<br />
converse com seus colegas e o professor sobre o assunto e, depois,<br />
faça a atividade.<br />
Praticando<br />
Forme um grupo com mais dois ou três colegas.<br />
Na letra da música, os autores falam da fome. Observe as imagens<br />
a seguir.<br />
O tamanho das imagens não corresponde a realidade.<br />
Professor: em grupo, os alunos devem observar as imagens dos diferentes tipos de alimentos. Conversem sobre o que eles comem, do que gostam,<br />
do que não gostam etc. Além de trabalhar com os hábitos alimentares de cada um, a intenção é fazer com que distingam o que é produzido pelo<br />
agricultor do que vem dos criadores de animais.
Jarbas Oliveira/Folha Imagem<br />
Agora, troquem ideias e façam o que se pede. Cada um deve escrever no<br />
seu caderno o título da atividade: “Fome come”.<br />
a) Quando sentem fome, que alimentos das imagens vocês consomem?<br />
Escolha do grupo.<br />
b) Dos alimentos que vocês escolheram, quais deles são produtos do<br />
trabalho do agricultor e do criador de animais?<br />
Professor: espera-se que o grupo relacione cada nome de alimento à sua origem: agricultura ou criação.<br />
c) Observem as imagens a seguir.<br />
Mulher preparando uma refeição com muito<br />
pouco alimento, em Teresina, Piauí. Foto de<br />
2002.<br />
Pratos com sobras de comida em restaurante de<br />
São Paulo. Foto de 2007.<br />
Existe alguma coisa de errado no que essas fotos mostram? Discuta<br />
em grupo e, depois, conversem sobre as conclusões a que chegaram com<br />
Professor: espera-se que os alunos respondam que tanto a fome quanto o desperdício de alimentos<br />
o professor e com a turma. estão errados. Ninguém deve ficar sem comida e, principalmente, ninguém deve jogar comida fora.<br />
Se for possível, aprofunde, com o grupo, o problema do desperdício, que é um grande mal e que precisa ser evitado por todos. Sugerimos, ainda, que você explore com os<br />
estudantes o fato de tantas pessoas passarem fome enquanto existe tanta terra para plantar e produzir alimentos e também o fato de haver pessoas desperdiçando comida.<br />
O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em produção agrícola.<br />
Aqui plantamos e colhemos muito, todos os anos, vários tipos de alimentos.<br />
No Brasil também é grande a criação de animais como vacas, bois, aves e<br />
porcos. Mas, mesmo assim, existem muitas pessoas que ainda passam fome e<br />
outras que desperdiçam comida.<br />
125<br />
Lalo de Almeida/Folha Imagem
126<br />
Você é o historiador<br />
Será que você e as pessoas que moram em sua casa desperdiçam<br />
comida? Você já parou para pensar nisso?<br />
Para descobrir como as pessoas de sua família lidam com os<br />
alimentos, você deve seguir os próximos passos:<br />
1 o passo – Durante três dias, você deve acompanhar as refeições na sua<br />
casa e registrar o que foi feito com os alimentos que sobraram.<br />
Verifique se foram comidos em outra refeição, se foram<br />
transformados em outros pratos, se foram jogados no lixo etc.<br />
Registre suas descobertas no caderno.<br />
2 o passo – Converse com as pessoas adultas que moram com você e<br />
peça-lhes que indiquem duas formas de evitar o desperdício<br />
de alimentos. Copie as sugestões dadas no caderno. Depois,<br />
você irá apresentá-las para os colegas e para o professor.<br />
3 o passo – Agora, sugira, você, formas de evitar o desperdício de<br />
alimentos. Registre sua opinião por escrito no caderno.<br />
Combinem com o professor uma data para que todos apresentem<br />
o resultado da pesquisa. Vocês podem, inclusive, reunir as ideias<br />
surgidas nessa pesquisa em cartazes e espalhá-los pela escola. Assim<br />
vocês conscientizarão mais pessoas sobre a importância de se evitar o<br />
desperdício de alimentos.<br />
Cidades perto da água<br />
No Brasil, são várias as cidades<br />
que, além de terem um espaço<br />
ocupado pela agricultura, também<br />
estão localizadas perto do mar ou de<br />
grandes rios de água doce, onde é<br />
possível pescar.<br />
Grande parte do que é pescado<br />
é vendido dentro da cidade e para<br />
outros mercados e regiões.<br />
Professor: para enriquecer a leitura da imagem, você pode destacar, com a ajuda de um mapa<br />
do Brasil, as várias cidades que estão localizadas próximas a rios ou ficam no litoral, próximas ao<br />
mar. Converse também sobre a importância do peixe na dieta alimentar do ser humano.<br />
Cidade de Manaus, Amazonas. Foto de 200<strong>1.</strong><br />
Juca Martins/Olhar Imagem
José Luis Juhas<br />
Praticando<br />
Leia os versos extraídos de um poema de Cecília Meireles.<br />
Os pescadores e suas f ilhas<br />
Os pescadores dormiam<br />
cansados, ao sol, nos barcos.<br />
As f ilhinhas dos pescadores<br />
brincavam na praça, de mãos dadas.<br />
[...] Os pescadores sonhavam<br />
com seus barcos carregados.<br />
Os pescadores dormiam<br />
cansados de seu trabalho.<br />
[...]<br />
Cecília Meireles. Ou isto ou aquilo.<br />
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.<br />
<strong>1.</strong> Em grupo, discuta com os colegas por que Cecília Meireles escreve:<br />
“Os pescadores sonhavam com seus barcos carregados”. Registre a<br />
resposta no caderno.<br />
Professor: os alunos devem concluir que os pescadores sonhavam com uma pescaria muito rica, quer<br />
dizer, que eles pegariam muitos peixes. Seu trabalho seria recompensado com barcos bem cheios de<br />
peixes para serem vendidos.<br />
2. Reflita sobre o trabalho do pescador. Em sua opinião, é um trabalho<br />
fácil ou cansativo como diz o poema? Por quê?<br />
Você já viu que as atividades desenvolvidas nas cidades rurais necessitam<br />
de área específica e de mão de obra especializada:<br />
• para a agricultura, é necessário um espaço apropriado para as<br />
plantações, ferramentas para o plantio, para a colheita, entre outros;<br />
• para a criação de animais, são necessários espaços e equipamentos<br />
adequados, alimentos para os animais etc. Para as pessoas que vivem<br />
nas cidades próximas a rios ou ao mar, é preciso ter os equipamentos<br />
para pescar e os lugares para vender seus produtos.<br />
Por isso é importante que os trabalhadores não apenas conheçam<br />
bem suas funções, como também disponham dos equipamentos que lhes<br />
garantirão a sobrevivência.<br />
Professor: sugerimos que esta atividade seja desenvolvida em conjunto com a disciplina de Língua Portuguesa. Assim, você<br />
poderá explorar melhor o gênero textual da poesia, suas formas, o uso específi co da linguagem, o ritmo etc.<br />
Resposta pessoal.<br />
127
Ilustrações: Adelmo Naccari<br />
128<br />
Observe os desenhos a seguir e, no seu caderno, relacione o local e os<br />
instrumentos de trabalho aos seguintes trabalhadores.<br />
• Agricultor. D/1 • Pescador. A/3 - B/2 • Criador de animais. C/4<br />
Professor: nesse momento, seria interessante ressaltar os tipos de trabalhos relativos à produção de alimentos. Explore o local e os instrumentos<br />
utilizados nesses trabalhos, bem como a importância que eles têm para a vida das pessoas.<br />
a 1<br />
b<br />
C<br />
D<br />
2<br />
3<br />
4<br />
O tamanho das imagens não corresponde a realidade.
José Luís Juhas<br />
Wagner Santos/Kino<br />
Maurício Simonetti/Pulsar Imagens<br />
Capítulo 2<br />
O trabalho nas<br />
áreas urbanas<br />
Curitiba, Paraná. Foto de 2004. Cuiabá, Mato Grosso. Foto de 2007.<br />
Porto Alegre, Rio Grande do Sul.<br />
Foto de 2008.<br />
Belo Horizonte, Minas Gerais.<br />
Foto de 2004.<br />
Professor: os alunos devem observar as fotos e dizer quais são as características básicas dessas cidades, o que elas têm em comum. Pergunte-lhes quais são as<br />
outras cidades urbanas que conhecem ou de que já ouviram falar.<br />
Cidades localizadas em áreas urbanas, como Curitiba, Cuiabá, Porto Alegre e<br />
Belo Horizonte, são formadas por casas, prédios, bancos, hospitais, lojas etc.<br />
Nessas cidades, há muitos tipos de trabalho e o número de trabalhadores<br />
é bastante grande.<br />
Com seus colegas, converse sobre os tipos de trabalho que podem ser<br />
encontrados em cidades como as que aparecem nas fotos.<br />
129<br />
Delfim Martins<br />
Werner Rudhart/Kino
Duda Pinto/Folha Imagem<br />
© Diego Padgurschi/Folha Imagem<br />
Professor: vamos conhecer alguns trabalhos essenciais para as cidades. Iniciaremos com os bombeiros, cuja fi gura desperta o fascínio em muitas crianças e cuja<br />
função é zelar pela segurança dos cidadãos, orientar quanto à prevenção de acidentes e socorrer os cidadãos em situação de perigo (incêndios, alagamentos,<br />
deslizamentos, afogamento etc.). Destaque isso na leitura das imagens.<br />
Trabalhadores urbanos – estudo de caso:<br />
os bombeiros<br />
Bombeiros apagando incêndio em<br />
uma plantação de eucalipto no<br />
Rio Grande do Sul. Foto de 2006.<br />
Bombeiro resgatando pessoa ferida em acidente,<br />
São Paulo. Foto de 2007.<br />
130<br />
Bombeiros resgatando homem no Rio<br />
Tamanduateí, em São Paulo. Foto de 2006.<br />
Bombeiros combatendo um incêndio em São<br />
Paulo. Foto de 2000.<br />
No Brasil, os bombeiros são membros da Polícia Militar. Assim como<br />
qualquer policial, eles cuidam da segurança dos moradores das cidades.<br />
Eles salvam pessoas e animais de acidentes,<br />
afogamentos e incêndios. Além de salvar vidas,<br />
trabalham orientando as pessoas quanto à prevenção<br />
de acidentes e incêndios.<br />
Prevenção: ato ou efeito<br />
de prevenir(-se); evitar<br />
algum dano ou mal.<br />
Mário Ângelo/Folha Imagem<br />
Paula Simas/Pulsar Imagens
Ilustrações: Adelmo Naccari<br />
É muito comum ver, nas grandes cidades, os<br />
bombeiros oferecerem treinamento a moradores e<br />
pessoas que trabalham em prédios, shopping centers,<br />
cinemas e outros lugares. Nesse treinamento eles formam<br />
equipes chamadas Brigadas de Incêndio, que aprendem<br />
Manusear: pegar<br />
ou mover com a<br />
mão; manejar.<br />
as melhores formas de prevenção e combate a incêndios e como manusear<br />
os equipamentos, como mangueiras e extintores.<br />
Os bombeiros também fazem treinamento em primeiros socorros.<br />
Para não correr riscos no seu trabalho, os bombeiros usam roupas especiais<br />
e vários equipamentos de segurança.<br />
O tamanho das imagens não corresponde a realidade.<br />
Converse com seus colegas sobre a importância desses equipamentos<br />
para o trabalho dos bombeiros.<br />
Professor: destaque com os alunos a importância do trabalho dos bombeiros em várias situações e não apenas em casos de incêndio. O intuito é fazer com<br />
que percebam que o trabalho dos bombeiros está diretamente ligado à segurança e ao bem-estar de todos os cidadãos. Faça com eles um cartaz que<br />
mostre as várias situações em que os bombeiros podem dar sua contribuição e/ou ser acionados.<br />
131
Marcos Peron/Kino<br />
as indústrias e os operários<br />
Indústria têxtil em Nova Odessa,<br />
São Paulo. Foto de 2007.<br />
No início da industrialização, o trabalho nas indústrias<br />
era muito cansativo. Os trabalhadores – homens, mulheres<br />
e crianças – trabalhavam cerca de 14 horas por dia sem<br />
descanso e sem fim de semana.<br />
Nas fábricas não existiam condições de higiene,<br />
faltavam espaço, ventilação e até iluminação. Os salários<br />
eram baixos. A falta de descanso e as condições ruins<br />
faziam com que os operários ficassem doentes.<br />
132<br />
Conhecendo mais<br />
Indústria automobilística em São Bernardo do<br />
Campo, São Paulo. Foto de 2002.<br />
Professor: após explorar as imagens com os alunos, você pode conversar com eles sobre as fábricas e as indústrias e seus trabalhadores, também chamados de<br />
operários. Comente que, geralmente, as indústrias estão concentradas nas cidades urbanas.<br />
Durante muito tempo, as pessoas vieram para a cidade para fazer as<br />
fábricas funcionarem. Elas eram instaladas no próprio centro da cidade.<br />
No Brasil, atualmente, há cada vez menos operários nas indústrias,<br />
devido à automação do trabalho.<br />
Michel Le Duc e Nathalie Tordjman. A cidade em pequenos passos.<br />
São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2006.<br />
Automação:<br />
sistema automático<br />
pelo qual as<br />
máquinas,<br />
controlam<br />
seu próprio<br />
funcionamento.<br />
Juca Martins/Olhar Imagem
Praticando<br />
Em seu caderno, copie o título da atividade: “O trabalho nas fábricas”.<br />
Depois, no caderno, responda às questões a seguir.<br />
<strong>1.</strong> De acordo com o texto, como era o trabalho dos operários nas<br />
indústrias, no início da industrialização? O trabalho era muito cansativo.<br />
2. Quais eram as condições de trabalho nas primeiras fábricas e<br />
indústrias?<br />
Você é o historiador<br />
Vamos pesquisar sobre a história das indústrias em sua cidade?<br />
1o passo – Converse com as pessoas que moram na sua casa. Você<br />
deve entrevistá-las seguindo o roteiro abaixo. Se elas não<br />
souberem a resposta de imediato, peça-lhes que o ajudem a<br />
pesquisar sobre o assunto em revistas, jornais locais ou na<br />
internet. Registre todas as suas descobertas por escrito em<br />
seu caderno. As respostas variam de acordo com a cidade em que o aluno mora.<br />
<strong>1.</strong> Existe alguma indústria na sua cidade?<br />
2. Qual ou quais?<br />
Os trabalhadores trabalhavam cerca de 14 horas por dia sem descanso e sem fim de semana. Não existiam condições de<br />
higiene, faltavam espaço, ventilação e até iluminação. Os salários eram baixos. A falta de descanso e as condições ruins<br />
faziam com que os operários ficassem doentes.<br />
3. Alguém da sua casa trabalha em alguma indústria?<br />
4. Se alguma pessoa com a qual você conversou trabalha em uma<br />
indústria, pergunte-lhe qual é o seu trabalho e como são as<br />
condições de trabalho hoje. É igual, ou melhor, que no passado?<br />
Por quê?<br />
2o passo – Apresente os resultados de sua pesquisa para o professor<br />
e para os colegas. Depois que todos apresentarem seus<br />
trabalhos, conversem sobre as condições de trabalho nas<br />
fábricas hoje e quais são as mudanças que ocorreram<br />
com relação às condições de trabalho dos operários de<br />
antigamente.<br />
Professor: os alunos já desenvolveram outras atividades de entrevistas anteriormente. Espera-se que, nesse<br />
momento, esse procedimento seja conhecido deles. Essa atividade pode servir, inclusive, como forma de avaliar se<br />
eles já dominam essa habilidade, bem como se são capazes de efetuar os registros das pesquisas corretamente.<br />
No momento em que as pesquisas forem apresentadas, destaque todos os trabalhos e as funções das pessoas nas fábricas e indústrias relacionadas<br />
pelos alunos. Escreva no quadro de giz ou em um cartaz as indústrias que existem na cidade, o que elas produzem e que tipos de trabalho as pessoas 133<br />
realizam nelas.
César Rodrigues/Folha Imagem<br />
Os trabalhadores do comércio<br />
Comércio da Rua 25 de Março,<br />
em São Paulo. Foto de 2005.<br />
134<br />
Conhecendo mais<br />
Os comerciantes e os artesãos<br />
A cidade sempre foi o lugar do comércio.<br />
Comércio da Rua da Alfandêga, no<br />
Rio de Janeiro. Foto de 2007.<br />
Professor: os alunos devem observar as imagens e relacioná-las à cidade onde vivem. Há semelhanças? Quais?<br />
Depois, leia com eles o texto e mencione que hoje compramos tudo do que precisamos em lojas, mas que no passado os artesãos eram as pessoas<br />
que fabricavam, produziam e vendiam vários objetos como sapatos, roupas, chapéus, móveis etc. Atualmente, a maior parte desses produtos é<br />
industrializada. Converse com os alunos e pergunte-lhes o que sabem sobre comércio.<br />
Em outras épocas, as pequenas lojas instaladas nas ruas tinham ao<br />
lado os ateliês dos artesãos.<br />
Em nossos dias, as grandes ou pequenas lojas estão agrupadas em<br />
determinadas ruas, centros comerciais ou shopping centers.<br />
Praticando<br />
Ateliê: oficina onde<br />
o artesão trabalha.<br />
Michel Le Duc e Nathalie Tordjman. A cidade em pequenos passos.<br />
São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2006.<br />
Como é o comércio na sua cidade? Pense e responda. Respostas pessoais.<br />
<strong>1.</strong> Existem lojas pequenas? O que é vendido nelas?<br />
2. Existem shopping centers? Quantos? Você sabe o nome deles?<br />
3. Existem artesãos, isto é, pessoas que fabricam aquilo que vendem?<br />
Você conhece algum? O que ele faz?<br />
4. Na sua cidade, existem ruas, como as das fotos acima, que são<br />
consideradas comerciais?<br />
Rafael Andrade/Folha Imagem
Os trabalhadores da saúde<br />
Os médicos e os enfermeiros são<br />
alguns dos trabalhadores que cuidam<br />
da saúde das pessoas. Os locais de<br />
trabalho deles são, geralmente, os<br />
hospitais, os prontos-socorros e os<br />
centros de saúde.<br />
Quando ficam doentes, as pessoas<br />
costumam procurar um hospital. Mas não<br />
é preciso ficar doente para procurar o médico.<br />
Enfermeira vacinando uma criança.<br />
Foto de 2010.<br />
Os médicos também nos ajudam ensinando a prevenir as doenças. Eles<br />
nos orientam a ter uma alimentação mais saudável, fazer exercícios físicos,<br />
dormir bem e tomar as vacinas necessárias para não ficarmos doentes.<br />
Professor: para realizar esta atividade, sugerimos que leia com os alunos o texto e as imagens e<br />
leve-os a refletir sobre por que o trabalho dos médicos e enfermeiros, entre outros profissionais da<br />
saúde, é essencial em qualquer cidade.<br />
Como está sua saúde?<br />
Você vai fazer a sua ficha de saúde.<br />
Em uma folha avulsa, copie as questões abaixo e responda. Caso não saiba<br />
responder a alguma delas, peça ajuda a um adulto que viva com você. Não se<br />
esqueça de colocar o título: “Ficha de saúde”. Respostas pessoais.<br />
<strong>1.</strong> O que você come:<br />
a) no café da manhã? c) no lanche da tarde?<br />
b) no almoço? d) no jantar?<br />
2. Quantas vezes faz exercícios físicos na semana?<br />
3. Quantas horas você dorme por dia?<br />
4. Quais vacinas você já tomou?<br />
5. Você costuma ir ao médico quando não está doente?<br />
6. Quantas vezes você já foi ao médico?<br />
Vacina: substância que se<br />
aplica a um indivíduo, com<br />
fim preventivo ou curativo<br />
Troque essas informações com os seus colegas para ver como está a<br />
Professor: converse com os alunos sobre a importância de uma boa alimentação, dos exercícios físicos e de uma visita<br />
saúde de todos. regular ao médico e ao dentista, sem necessariamente estar com algum problema de saúde ou doente. Mostre que tudo<br />
isso está diretamente ligado a uma boa saúde.<br />
135<br />
Jaimie Duplass
Bill Heinsohn/Getty Images Fernando Moraes/Folha Imagem<br />
Escreva em seu caderno o nome da profissão e qual é o trabalho de<br />
cada uma das pessoas que aparecem nas fotos.<br />
Eletricitário, trabalha em Companhia de Força e Luz; jornaleiro, vende jornais e revistas; limpador de vidraças – os alunos podem também mencionar outros<br />
funcionários que cuidam da limpeza dos ambientes –; guarda de trânsito ou controlador de tráfego, que ordena e controla o tráfego de veículos e pedestres.<br />
136<br />
Praticando<br />
Observe as fotos de outros trabalhos importantes nas áreas urbanas.<br />
Tony Anderson/Getty Images<br />
Laureni Fochetto
Conhecendo mais<br />
Cuidar da limpeza é um dos trabalhos mais<br />
importantes de qualquer cidade do mundo.<br />
O coletor de lixo é aquele que todos os<br />
dias recolhe o lixo produzido em cada casa,<br />
prédio, restaurante, hospital, loja, escola,<br />
escritório... Enfim, em todos os lugares da<br />
cidade.<br />
São os coletores que garantem a limpeza<br />
das cidades.<br />
Pense: será que é apenas o coletor de lixo<br />
que deve se preocupar com o lixo?<br />
Praticando<br />
Juca Martins/Olhar Imagem<br />
Caminhão de lixo em São Paulo.<br />
Foto de 2004.<br />
Responda às perguntas a seguir em seu caderno. O que você não<br />
souber, pergunte para um adulto que possa lhe ajudar. Respostas pessoais.<br />
<strong>1.</strong> O que você faz com o seu lixo? Pois você também produz lixo. São<br />
papéis de bala, aparas de lápis, embalagens de produtos, latinhas e<br />
garrafas de refrigerante e outras coisas mais.<br />
2. E na sua casa? O que é feito com o lixo?<br />
3. E na escola? Como isso funciona?<br />
4. Alguma vez já ouviu falar de reciclagem? Se já sabe o que é<br />
reciclagem, escreva a resposta sem olhar a definição. Se você não<br />
sabe, consulte o significado no quadrinho e escreva o que entendeu.<br />
Depois de registrar as informações, faça um cartaz com uma frase que<br />
explique a importância de dar o destino certo ao lixo que produzimos ou de<br />
reciclar o lixo que pode ser reaproveitado. Os cartazes de todos os alunos da<br />
turma devem ser reunidos para formar um mural<br />
que fique exposto para toda a escola. Assim, vocês<br />
estarão contribuindo para conscientizar outras<br />
pessoas sobre a importância de preservar os<br />
ambientes limpos e da prática da reciclagem.<br />
Professor: converse com os alunos e mostre-lhes a importância do serviço de coleta de lixo. Os alunos<br />
devem refletir sobre o lixo que produzem, o que devem fazer com ele e qual é a realidade da coleta de lixo da cidade onde moram.<br />
Reciclar: reaproveitar algo<br />
que já foi usado. Reutilizar<br />
material já usado para<br />
produzir outras coisas.<br />
137
Ilustrações: Adelmo Naccari<br />
Nem tudo é lixo<br />
Reaproveitar o papel, o plástico, a latinha de refrigerante e<br />
o vidro são atividades comuns em algumas cidades brasileiras.<br />
Essa ação ajuda a diminuir a quantidade de lixo e colabora<br />
para diminuir a poluição das grandes cidades.<br />
Cuidar do próprio lixo também é um dever de todos os moradores<br />
da cidade.<br />
138<br />
Garrafa PET. Revistas.<br />
Lâmpada. Jornal. Papelão.<br />
Esquadria de<br />
alumínio.<br />
Latinha de<br />
cerveja.<br />
Vidro de<br />
conserva.<br />
Professor: ao analisar com os alunos as imagens, pontue que todos esses materiais são<br />
recicláveis.<br />
Embalagem<br />
plástica.<br />
Impressos<br />
em geral.<br />
Embalagem de<br />
iogurte.<br />
José Luís Juhas<br />
Brinquedo de<br />
plástico.<br />
Pote de xampu.<br />
Mola de metal.<br />
Latinha de<br />
refrigerante.<br />
Reaproveitar:<br />
aproveitar<br />
novamente.<br />
Saco plástico.<br />
Papel. Garrafa de vidro.<br />
Copos de plástico. Caixa de papelão.<br />
O tamanho das imagens não corresponde a realidade.
Praticando<br />
Você já deve ter visto latas especiais para lixo reciclável.<br />
Cada uma delas tem uma cor e serve para recolher um tipo de<br />
material. A azul é para papel, a amarela é para metal/alumínio, a verde é<br />
para vidro e a vermelha é para plástico.<br />
Antes de iniciar a atividade, escreva no seu<br />
caderno o título: “Coleta seletiva”.<br />
1º- passo – Copie o quadro abaixo e desenhe:<br />
Professor: o objetivo é que, nessa atividade, o aluno faça o mesmo trabalho de uma coleta seletiva,<br />
separando os materiais nas latas corretas.<br />
a) uma lata de lixo azul e escreva nela papel;<br />
b) uma lata amarela e escreva metal;<br />
c) uma lata verde e escreva vidro;<br />
d) uma lata vermelha e escreva plástico.<br />
2º- passo – Agora, separe os materiais que aparecem na página anterior.<br />
Escreva o nome de cada um abaixo da lata correta. Veja o<br />
exemplo.<br />
Ilustrações: Adelmo Naccani<br />
Esquadria<br />
Revistas Lâmpada Garrafa Pet<br />
de alumínio<br />
Lixeira azul – revistas, jornal,<br />
papelão, caixa de papelão,<br />
impressos em geral, papel.<br />
Lixeira amarela – esquadrias de<br />
alumínio, latinha de refrigerante,<br />
latinha de cerveja, mola de metal.<br />
Você sabia que...<br />
Lixeira verde – lâmpada, vidro de<br />
conserva, garrafa de vidro.<br />
Coleta seletiva: é o processo<br />
de separação e recolhimento<br />
dos materiais recicláveis.<br />
Lixeira vermelha – garrafa PET, embalagem<br />
plástica, brinquedo de plástico, saco<br />
plástico, copo de plástico, pote de xampu,<br />
embalagem de iogurte.<br />
O lixo jogado no meio ambiente pode permanecer por um longo período sem<br />
se decompor? Veja o tempo de decomposição de alguns materiais na natureza:<br />
• lata de alumínio – mais de mil anos<br />
• papel – três meses a vários anos<br />
• sacolas plásticas – cerca de 150 anos<br />
• embalagens de vidro – 1milhão de anos<br />
Ilustrações: Adelmo Naccari<br />
139
José Luís Juhas<br />
José Luís Juhas<br />
140<br />
Capítulo 3<br />
O trabalho<br />
na escola<br />
Professor: estimule os alunos a falar sobre todos os tipos de trabalho e os profi ssionais da escola que aparecem na imagem. Quem será cada uma dessas pessoas<br />
que vemos dentro e fora dos prédios? Ajude-os a localizar os profi ssionais pedidos no texto.<br />
A escola é um lugar onde existe muito trabalho.<br />
Observe a ilustração. Quem ensina os alunos? Quem é o responsável<br />
pela manutenção e limpeza do ambiente escolar? Quem prepara<br />
os alimentos para os alunos? Quem dirige a escola? Quem ajuda a<br />
cuidar da disciplina e do bom funcionamento da escola?
Maurício Simonetti/Pulsar Imagens<br />
Praticando<br />
Com mais dois colegas, observe o desenho da página anterior e<br />
responda às questões em seu caderno.<br />
<strong>1.</strong> Quais dos trabalhadores que aparecem nos desenhos também<br />
podem ser encontrados na sua escola? A resposta varia de acordo com a realidade da escola.<br />
2. Agora, vocês vão entrevistar duas pessoas que trabalham na sua<br />
escola para descobrir o que cada uma delas faz.<br />
Para isso, devem utilizar o seguinte roteiro de perguntas.<br />
a) Qual é o seu nome?<br />
b) Qual é o seu trabalho?<br />
c) Nesse trabalho, quais são as atividades que você realiza?<br />
d) O que é preciso saber para fazer o seu trabalho?<br />
e) Que objetos ou instrumentos você utiliza no seu trabalho?<br />
f) Você gosta do que faz?<br />
g) Você mora perto de seu trabalho?<br />
h) Como você vem para o trabalho? Que tipo de transporte utiliza?<br />
i) Quanto tempo você demora para chegar ao trabalho?<br />
Depois de terminar as entrevistas, o grupo deve apresentá-las para o<br />
restante da turma.<br />
escolas diferentes<br />
Professor: para esta atividade, você deve distribuir as funções dos trabalhadores da<br />
escola entre os grupos, para que no final todas as atividades de trabalho da escola<br />
estejam contempladas. O objetivo é que cada grupo apresente, para o restante da<br />
turma, as entrevistas que fizeram e que, ao final da apresentação, haja um debate<br />
sobre as formas de trabalho na escola.<br />
Professor: sugerimos que você chame a atenção<br />
dos alunos para esta escola. Peça-lhes para observar<br />
como ela foi construída. Explique-lhes o que é uma<br />
escola flutuante e por que é construída assim.<br />
Escola flutuante na Ilha do<br />
Catalão, em Manaus, Amazonas.<br />
Foto de 2007.<br />
141
Existem escolas espalhadas pelo Brasil inteiro que, além do trabalho<br />
do dia a dia, deparam-se com dificuldades que devem ser superadas com<br />
trabalho em conjunto, quer dizer, em equipe.<br />
142<br />
Leia esta história.<br />
João é o diretor de uma escola do interior do Amazonas.<br />
Mesmo sendo diretor, ele não toma decisões sozinho. Sempre<br />
que é necessário, chama todas as pessoas que participam<br />
da escola para resolver problemas, ajudar alguém, organizar<br />
uma festa. O vigia, as merendeiras, o pessoal da limpeza, da<br />
secretaria, os professores, os pais e os alunos são chamados<br />
para participar de uma reunião, dar opinião e ajudar no que for<br />
preciso. Eles formam uma equipe!<br />
Praticando<br />
Depois de ler o texto, troque ideias com<br />
seus colegas e resolva as questões no seu<br />
caderno.<br />
<strong>1.</strong> O diretor João administra a escola sozinho? Não.<br />
2. O que o diretor faz quando enfrenta alguma dificuldade para<br />
administrar a escola? Ele chama todas as pessoas que participam da escola para ajudar a resolver os problemas.<br />
3. Como as pessoas que trabalham e participam da escola colaboram<br />
com o diretor? Elas participam de reuniões e dão sua opinião para ajudar o diretor.<br />
4. Leia as palavras do quadro a seguir.<br />
autoritarismo falta de diálogo equipe<br />
trabalha sozinho solidariedade união<br />
Copie as palavras que combinam com o tipo de trabalho que o<br />
diretor faz para administrar a escola. Equipe, solidariedade, união.<br />
José Luís Juhas
Christian Rizzi/Folha Imagem<br />
As escolas no Brasil são muito diferentes não só na forma, como também<br />
no que ensinam a seus alunos. Por exemplo, há escolas nas áreas rurais que<br />
ensinam a seus alunos como lidar com a agricultura e a criação de animais.<br />
Há ainda as escolas, nas comunidades indígenas, que ensinam às crianças a<br />
cultura e os conhecimentos de seu povo.<br />
Crianças guaranis na escola de sua comunidade. Reserva Ocoí, em<br />
São Miguel do Iguaçu, no Paraná. Foto de 2005.<br />
Conhecendo mais<br />
Crianças xavantes na escola.<br />
Parque Indígena<br />
do Xingu, Mato Grosso.<br />
Foto de 200<strong>1.</strong><br />
Na tribo Munduruku tem escola? Tem. As crianças vão às aulas<br />
em um período do dia. Elas aprendem a ler e escrever em português<br />
e em Munduruku! Bárbaro, não? Os professores são índios já<br />
alfabetizados e treinados para dar aulas. [...] O conhecimento<br />
tradicional é transmitido por meio dos mitos – que são histórias das<br />
realizações dos deuses indígenas. Essas histórias contam como foram<br />
criados o Universo, as pessoas, o fogo, o céu, a mandioca, a noite, o<br />
dia e os animais.<br />
Jornal Folha de S.Paulo, São Paulo, 11 abr. 1998. Folhinha.<br />
143<br />
Rosa Gauditano/Studio R
144<br />
Praticando<br />
Converse com o professor e seus colegas sobre o que foi lido.<br />
No seu caderno, escreva o título da atividade: “A escola dos indígenas”<br />
e resolva as questões.<br />
<strong>1.</strong> O que você entendeu do texto?<br />
Professor: espera-se que o aluno fale que as crianças indígenas aprendem a<br />
ler e escrever em português, mas também têm aulas sobre as histórias de seu<br />
povo, seus costumes, seus mitos.<br />
2. Faça um desenho que mostre o que as crianças indígenas aprendem<br />
na escola. Coloque como título: “O que as crianças indígenas<br />
aprendem na escola”.<br />
3. Faça outro desenho mostrando o que você aprende na escola.<br />
Coloque o título: “O que eu aprendo na escola”. Mostre seus<br />
trabalhos para a turma.<br />
4. Agora que você já sabe quais são os trabalhos e os trabalhadores<br />
da escola e leu sobre as escolas diferentes, reflita e escreva um<br />
pequeno texto descrevendo como é a sua escola. Escreva sobre<br />
tudo: a construção, o prédio, quais são os ambientes e salas que ela<br />
tem, as pessoas que trabalham nela, o que você aprende etc.<br />
Espera-se que o aluno faça uma descrição completa de toda a estrutura física do edifício, do pessoal que nele trabalha e do que aprende.<br />
5. Em sua opinião, você estuda em uma boa escola? Por quê?<br />
Resposta pessoal.<br />
6. Dê sugestões para melhorar ainda mais a sua escola. Resposta pessoal.<br />
explorando<br />
o que aprendemos!<br />
Sabemos que cuidar da vida do planeta é uma<br />
tarefa de todos os seres humanos. O ar puro e a água<br />
limpa são fundamentais para nossa sobrevivência.<br />
Desperdiçar: gastar<br />
sem proveito;<br />
esbanjar.<br />
Mas, para que o ar e a água continuem puros e limpos, é preciso haver<br />
árvores, florestas e cuidar melhor da natureza. O papel que usamos todos os<br />
dias é feito de celulose, que é extraída da madeira das árvores.<br />
Uma das contribuições que todos nós podemos dar ao planeta é não<br />
desperdiçar papel.
Por exemplo, devemos utilizar os dois lados da folha de papel para escrever,<br />
rascunhar ou imprimir. É um modo de aproveitar melhor o papel.<br />
Pensando nisso, vamos fazer uma atividade que vai envolver toda a turma. Para<br />
realizá-la, você precisará de:<br />
• sacos de lixo ou sacolas plásticas de supermercado;<br />
• um lugar para guardar esses sacos de lixo ou as sacolas.<br />
1º- passo – Durante quatro dias, todos os alunos da<br />
turma deverão colocar os papéis usados,<br />
que seriam jogados no lixo, separados<br />
nesses sacos de lixo.<br />
Atenção: só os papéis usados, mas<br />
“limpos”. Não pode ser papel de bala,<br />
doces, lanches e guardanapos.<br />
2º- passo – No quinto dia, os alunos devem verificar<br />
a quantidade de papel colocada nesses<br />
sacos e a quantidade de sacos usados.<br />
3º- passo – Na semana seguinte, os alunos devem<br />
repetir os passos anteriores. Mas, dessa<br />
vez, o objetivo de todos será diminuir a<br />
quantidade de sacos e de papel jogada<br />
no lixo.<br />
Essa é uma experiência que mostrará o<br />
desperdício de papel e, principalmente, que,<br />
quando nos empenhamos em fazer alguma coisa,<br />
o resultado pode ser muito bom.<br />
Vocês podem propor um desafio para outras<br />
turmas da escola. Contar para elas a experiência<br />
e ver qual das turmas consegue economizar mais<br />
papel na segunda semana.<br />
Bom trabalho!<br />
Vamos ajudar a preservar a natureza!<br />
Adelmo Naccari<br />
Adelmo Naccari<br />
145
Divulgação<br />
Divulgação<br />
146<br />
Indicação<br />
de leituras<br />
complementares<br />
Lenice Gomes. Escuta só...: o que é? O que é?<br />
São Paulo: Cortez, 2004. (Adivinhas de brincar).<br />
Quem nunca brincou com adivinhas pode começar agora,<br />
com muita poesia e bom humor. É só perguntar: o que é, o<br />
que é? Por meio de brincadeiras infantis, parlendas, trava<br />
línguas, trechos de músicas folclóricas somos levados a<br />
responder várias adivinhas.<br />
Maísa Zakzuk. A árvore da família.<br />
São Paulo: Panda Books, 2008.<br />
Conhecer a história de nossa família pode ser uma<br />
tarefa bastante complicada! Contudo, nesse livro a<br />
autora explica como tornar essa pesquisa algo simples<br />
e prazeroso.<br />
Daniel Munduruku. Coisas de índio: versão infantil.<br />
São Paulo: Callis, 2004.<br />
Daniel Munduruku, autor desse bonito panorama sobre as<br />
comunidades indígenas do Brasil, é índio e gosta de ser índio.<br />
Coisas de Índio é um livro para pesquisa, sobre a cultura e a<br />
história dos povos indígenas, acessível, interessante e muito<br />
atraente.<br />
Divulgação
Divulgação<br />
Daniel Munduruku. Histórias de índio.<br />
São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1999.<br />
Com várias histórias, somos convidados a conhecer mais o<br />
universo indígena brasileiro. Por exemplo, em “O menino que<br />
não sabia sonhar”, conhecemos Kaxi, um garoto como outro<br />
qualquer, exceto pelo fato de o pajé têlo escolhido como<br />
seu sucessor. A obra traz desenhos de crianças indígenas e<br />
fotos de aldeias mundurukus.<br />
Aroldo Macedo. Luana: capoeira e liberdade.<br />
São Paulo: FTD, 2007.<br />
Cafindé, o lindo lugar onde Luana mora, é um remanescente de<br />
quilombo. Lá, todos são contagiados pela alegria, menos o velho<br />
Atino, que vive solitário e distante, no alto de um morro. Um dia,<br />
Luana visita Atino e fica sabendo que sua tristeza, muito antiga,<br />
é fruto da perda de um objeto querido: um berimbau que havia<br />
pertencido a seu avô, construído com os restos do casco de um<br />
navio negreiro. Então, Luana decide ajudar seu amigo e parte em<br />
busca do instrumento perdido. Para isso, ela toca seu berimbau<br />
mágico e viaja no tempo para a Cafindé de décadas atrás.<br />
Ilma Maria Canauna; Fábio Cardoso dos Santos. Histórias<br />
que a menina-serpente contou. São Paulo: Cortez, 2007.<br />
Neste livro, as seis lendas que a meninaserpente contou são<br />
histórias sobre costumes e a criação das espécies que habitam<br />
o nosso mundo, da África, de Titã, do reino de Burundi e da<br />
própria Terra. Foi Ecubu, a meninaserpente, que anotou o<br />
destino de tudo e de todos os seres do mundo. É assim que os<br />
mitos africanos surgiram.<br />
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Divulgação<br />
147
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Arthur Nestrovski. Histórias de avô e avó. São Paulo:<br />
Companhia das Letrinhas, 1998. (Memória e<br />
História).<br />
Arthur conta, neste livro, histórias de sua família, formada<br />
por imigrantes russos de origem judaica. Como aquela<br />
vez em que vó Luísa, ainda menina, levou uma corrida<br />
de um touro, ou quando vô Felipe comprou um carro<br />
e, mesmo sem saber dirigir, resolveu que ia fazer o<br />
automóvel andar de qualquer jeito...<br />
Michel Le Duc; Nathalie Tordjman. A cidade em<br />
pequenos passos. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong><br />
Nacional, 2006.<br />
Atualmente, três quartos dos habitantes de países ricos<br />
vivem em cidades. Nos países mais pobres, as aglomerações<br />
crescem em um ritmo acelerado. Cada cidade tem sua própria<br />
história, forma e personalidade; todas têm a particularidade<br />
de concentrar pessoas que ali trabalham. Cidades, você<br />
também conhece algumas pequenas ou grandes. Qual é a<br />
cidade ideal para você? Este livro vai ajudar a imaginála.<br />
148<br />
Ruth Rocha. A rua do Marcelo. São Paulo:<br />
Salamandra, 200<strong>1.</strong><br />
As ruas por onde circulamos todos os dias são espaços<br />
públicos, ou seja, pertencem a todos. As ruas são diferentes,<br />
têm características próprias e as pessoas vivem diferentes<br />
experiências nesses locais. Vamos conhecer um pouco da<br />
vida de Marcelo e sua rua.<br />
Divulgação<br />
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Divulgação<br />
Sylvie Girardet; Puig Rosado. Viva a cidadania! São Paulo:<br />
Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2007. (Pequeno Cidadão).<br />
Por meio de cinco pequenas fábulas, os pintinhos, o elefante<br />
e seus companheiros nos mostram como a solidariedade, o<br />
respeito e a gentileza tornam essa coabitação possível e agradável.<br />
Com eles descobrimos as instituições de nosso país, os Direitos<br />
Humanos e das Crianças e aprendemos a respeitar o planeta. Uma<br />
oportunidade para pequenos e grandes cidadãos discutirem e<br />
aprenderem juntos.<br />
Fábia Terni. A caminho da escola.<br />
São Paulo: Studio Nobel, 1997.<br />
Quais são os meios de transporte que crianças de diferentes<br />
regiões de nosso país utilizam para chegar à escola? Vamos<br />
descobrir? Com texto leve, bemhumorado e ilustrações<br />
bonitas, divertidas e muito coloridas visitamos algumas<br />
paisagens brasileiras.<br />
José Roberto Luchetti. Alberto: do sonho ao voo. São<br />
Paulo: Scipione, 2005.<br />
Santos Dumont, quando criança, era mestre em fazer e<br />
empinar pipas e sonhava que, assim como os pássaros, o<br />
homem também poderia voar. Depois de crescido, mudou<br />
se para Paris, a fim de estudar mecânica. E foi em Paris que<br />
se dedicou como ninguém a construir suas máquinas de<br />
voar. Voar, então, foi só uma questão de tempo.<br />
Brita Granström; Mick Manning. Reciclagem: a<br />
aventura de uma garrafa. São Paulo: Ática, 2008.<br />
Vamos acompanhar o que pode acontecer quando uma<br />
garrafa é lançada ao mar. O que acontece com esse lixo? Que<br />
consequências traz para nossas vidas? Os autores explicam<br />
a importância do processo de reciclagem e mostram alguns<br />
dos destinos que podem ser dados a uma garrafa assim que<br />
é descartada.<br />
149<br />
Divulgação<br />
Divulgação
150<br />
Referências<br />
bibliográficas<br />
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FRANCHINI, A. S.; SEGANFREDO, Carmen. As 100 melhores histórias da mitologia: deuses, heróis,<br />
monstros e guerras da tradição greco romana. 9. ed. Porto Alegre: L&PM, 2007.<br />
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PRADO JR., Caio. Evolução política do Brasil: colônia e império. 13. ed. São Paulo: Brasiliense, 1983.<br />
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______. Arte imperial: do neoclássico ao ecletismo. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2006. (Arte<br />
brasileira).<br />
______. Arte indígena: do pré colonial à contemporaneidade. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional,<br />
2006. (Arte brasileira).<br />
______. Arte moderna e contemporânea: fi guração, abstração e novos meios. São Paulo: Companhia<br />
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______. Arte popular. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2006. (Arte brasileira).<br />
VERGER, Pierre Fatumbi; LODY, Raul (Org.). Texto de Maria da Penha B. Youssef. A vida em sociedade.<br />
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______. Infl uências. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2005. (Olhar e ver).<br />
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VIEIRA, Evaldo. Estado e miséria social no Brasil: de Getúlio a Geisel. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1987.<br />
VIGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos<br />
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ZABALA, Antoni. Como trabalhar os conteúdos procedimentais em aula. 2. ed. Porto Alegre:<br />
Artmed, 1999.<br />
152<br />
José Luis Juhas
ISBN 978-85-342-2895-4<br />
9 788534 228954<br />
BI22895
HISTÓRIA<br />
Márcia Cristina Hipólide<br />
É graduada em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.<br />
Tem formação em Psicanálise. Durante mais de vinte anos foi professora de História no<br />
Ensino Fundamental e Médio das redes pública e privada. É autora de livros didáticos<br />
para o Ensino Fundamental. Trabalha com ofi cinas e assessoria pedagógica para escolas<br />
e professores do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.<br />
Mirian Gaspar<br />
É fonoaudióloga formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.<br />
É formada em Pedagogia pela Universidade de São Paulo. Trabalha há 25 anos com<br />
crianças e jovens com problemas de alfabetização, leitura e escrita e distúrbios<br />
de aprendizagem. Foi professora e coordenadora em Educação Infantil e Ensino<br />
Fundamental. Trabalha com ofi cinas e assessoria pedagógica para escolas e professores<br />
de Educação Infantil e Ensino Fundamental.<br />
2 a edição – São Paulo – 2011<br />
3 0<br />
ANO<br />
HISTÓRIA<br />
ensino<br />
fundamental
Prezado professor,<br />
Este manual foi concebido para que você tenha a possibilidade de ampliar<br />
suas reflexões sobre o processo de ensino e aprendizagem da História nos anos<br />
iniciais do Ensino Fundamental.<br />
O manual pode ser considerado um guia para que a coleção seja melhor<br />
utilizada.<br />
Nele, além de uma análise teórica sobre a concepção de História presente<br />
na coleção, você encontrará sugestões de livros acadêmicos relacionados aos<br />
diferentes assuntos ligados à História do Brasil, bem como textos teóricos sobre<br />
novas abordagens pedagógicas, que incluem avaliação e sugestões de atividades<br />
interdisciplinares.<br />
Este manual apresenta também orientações de como o livro pode ser utilizado<br />
e atividades de ampliação que podem funcionar como exercícios complementares<br />
ou, em alguns casos, como sugestões para a organização de uma<br />
avaliação. Nas atividades de ampliação também sugerimos, brincadeiras (especialmente<br />
para o 2 o e o 3 o anos) e atividades culturais fora da sala de aula que<br />
visam a complementar o processo de ensino e aprendizagem.<br />
Na leitura do manual, será possível perceber que existe uma coerência entre<br />
a concepção de História e os pressupostos pedagógicos que norteiam a coleção.<br />
Além disso, o professor conhecerá os objetivos de cada seção que compõe<br />
a estrutura dos livros.<br />
Nossa proposta apoia-se numa visão dialética de educação, em que o processo<br />
de ensino e aprendizagem se dá por meio da reflexão, da discussão e da<br />
ação conjunta das crianças e de você, professor, visando à construção do conhecimento.<br />
As autoras<br />
3
Sumário<br />
Orientações gerais<br />
Introdução ................................................................................................................................................... 6<br />
Concepção de História ........................................................................................................................ 6<br />
Ética e cidadania ...................................................................................................................................... 9<br />
Eixo temático ............................................................................................................................................ 9<br />
Proposta pedagógica ......................................................................................................................... 10<br />
Conceito de avaliação ........................................................................................................................ 12<br />
Estrutura da coleção ........................................................................................................................... 16<br />
Algumas considerações ................................................................................................................... 18<br />
Orientações específicas para o 3o ano<br />
Unidade 1 – Família ......................................................................................................21<br />
Capítulo 1 – A história da sua família (página 12) ..................................................... 22<br />
Capítulo 2 – Famílias no Brasil (página 24) .................................................................... 26<br />
Capítulo 3 – Outras famílias brasileiras (página 42) ................................................. 32<br />
Unidade 2 – Onde vivemos .......................................................................................35<br />
Capítulo 1 – Bairros e cidades (página 62) ..................................................................... 35<br />
Capítulo 2 – Algumas cidades brasileiras (página 74) ............................................ 38<br />
Capítulo 3 – As cidades e os cidadãos (página 83) .................................................. 39<br />
Unidade 3 – Encurtando caminhos ........................................................................41<br />
Capítulo 1 – No céu (página 90) .......................................................................................... 42<br />
Capítulo 2 – No mar e na terra (página 96) ................................................................... 45<br />
Capítulo 3 – As cidades em movimento (página 108) ........................................... 48<br />
Unidade 4 – O trabalho e as cidades ......................................................................50<br />
Capítulo 1 – Formas de trabalho em algumas cidades (página 120) ........... 51<br />
Capítulo 2 – O trabalho nas áreas urbanas (página 129) ...................................... 52<br />
Capítulo 3 – O trabalho na escola (página 140) ......................................................... 55<br />
5
Introdução<br />
Objetivos gerais de História para o Ensino<br />
Fundamental<br />
A coleção foi pensada com o objetivo de<br />
contribuir para que a criança que cursa os anos<br />
iniciais do Ensino Fundamental possa identificar e<br />
compreender sua realidade histórica e, com isso,<br />
consiga posicionar-se, fazer escolhas e agir criteriosamente<br />
em seu meio social.<br />
A estrutura e o conteúdo da coleção garantem<br />
à criança: identificar o grupo social em que<br />
vive e valorizar sua importância dentro dele; estabelecer<br />
relações com base em semelhanças e diferenças<br />
existentes entre seu grupo e outros, em<br />
diferentes tempos e espaços; entender as particularidades<br />
de outros grupos que vivem ou viveram<br />
de maneiras diferentes; posicionar-se como sujeito<br />
de sua história e reconhecer os sujeitos históricos<br />
de diferentes tempos.<br />
Dentro desse contexto, a coleção valoriza: a<br />
observação do que muda e do que permanece<br />
em situações cotidianas diversas; a construção<br />
do espaço da cidadania e da diversidade humana<br />
presente no contexto de uma sala de aula; as<br />
diferentes situações em que ocorre a aprendizagem<br />
por meio de diversos recursos, como leituras,<br />
análise de imagens, expressões artísticas (música,<br />
poesia, pintura e arquitetura); a compreensão do<br />
indivíduo por si só e inserido no grupo; e o fortalecimento<br />
de valores como cooperação, solidariedade,<br />
respeito, amizade e responsabilidade.<br />
6<br />
Orientações<br />
gerais<br />
A coleção, portanto, parte de princípios presentes<br />
nos Parâmetros Curriculares Nacionais –<br />
PCNs – referentes ao 2º, 3º, 4º e 5º anos do Ensino<br />
Fundamental e procura colocá-los em prática por<br />
meio de ações propostas nos livros.<br />
Esperamos que a coleção contribua de maneira<br />
efetiva para a formação de sujeitos históricos<br />
conscientes, solidários e responsáveis. Que cada<br />
livro seja mais uma ferramenta capaz de oferecer<br />
à criança oportunidades reais de desenvolvimento<br />
sócio-cognitivo.<br />
Concepção de História<br />
“[...] Com efeito, embora postule a necessidade<br />
de uma reflexão teórica, a história<br />
nova não depende de nenhuma ortodoxia<br />
ideológica. Ao contrário, ela afirma a fecundidade<br />
das múltiplas contribuições, a pluralidade<br />
dos sistemas de aplicação para além<br />
da unidade da problemática.<br />
Ela pretende ser uma história escrita por<br />
homens livres ou em busca de liberdade, a<br />
serviço dos homens em sociedade. Ela se<br />
inscreve também na longa duração – longe<br />
das modas ou das novidades efêmeras de<br />
circunstâncias. Gostaria de deixar, enfim,<br />
num tom de otimismo e modéstia, a última<br />
palavra a Marc Bloch: ‘A história não é<br />
apenas uma ciência em marcha. Também é<br />
uma ciência na infância’.”<br />
Jacques Le Goff. A História nova. São Paulo: Martins<br />
Fontes, 200<strong>1.</strong>
O texto acima foi extraído do livro A História<br />
Nova do historiador francês Jacques Le Goff e reflete<br />
parte da corrente historiográfica conhecida<br />
como “Nova História” ou “História das mentalidades”<br />
que tem como alguns de seus expoentes historiadores<br />
como Marc Bloch, Lucien Febvre, Ferdinand<br />
Braudel e o próprio Jacques Le Goff.<br />
O movimento da nova história teve inicio em<br />
1929 com a criação da revista Annales, organizada<br />
por Marc Bloch e Lucien Febvre e, tinha como proposta<br />
promover debates sobre temas pertinentes<br />
à ciência histórica e seus rumos.<br />
Dos vários aspectos teóricos e metodológicos<br />
que norteiam a concepção da Nova História,<br />
destacamos dois, exatamente aqueles que provocaram<br />
transformações substanciais nas pesquisas<br />
sobre o que deve ser considerado no fazer cientifico<br />
da história: fato e sujeito históricos.<br />
Em linhas gerais, na concepção da Nova História,<br />
todos os fatos que revelam as maneiras de<br />
pensar, de organizar, de produzir e de agir dos seres<br />
humanos devem ser considerados como fatos<br />
históricos. Esse pressuposto amplia o conceito de<br />
sujeito histórico, pois todos os seres humanos em<br />
diferentes tempos são protagonistas do pensamento<br />
e das ações que revelam a mentalidade da<br />
realidade em que vivem ou viveram.<br />
Os conceitos de fato e sujeito históricos na<br />
abordagem da Nova História dão à ciência um<br />
caráter dinâmico, pois parte-se de uma metodologia<br />
que considera o conhecimento das mentalidades<br />
do presente fundamental para despertar<br />
o interesse pelo passado, isto é, a investigação<br />
sobre a maneira de viver dos seres humanos no<br />
presente amplia a importância e dá significado<br />
ao passado.<br />
Por meio desse método é possível identificar<br />
o que mudou, o que permaneceu, as semelhanças<br />
e as diferenças nas mais diversas forma de<br />
pensar, produzir, agir e organizar dos diferentes<br />
grupos humanos.<br />
Além disso, partir do presente em busca do<br />
passado alinha a história ao desenvolvimento<br />
das outras ciências. Não limita a pesquisa apenas<br />
a documentos escritos oficiais e, com isso, toda<br />
a produção literária e artística, as manifestações<br />
religiosas ou de religiosidade, todos os meios de<br />
comunicação, as formas de organização dos sistemas<br />
políticos, econômicos e sociais, as estatísticas,<br />
enfim todas as fontes que fornecem dados<br />
sobre a mentalidade de sociedades humanas em<br />
diferentes tempos são fundamentais como documentos.<br />
Tais fontes, necessariamente, incluem a<br />
maioria dos seres humanos na ação, dando-lhes<br />
voz e a autoria dos fatos. Como o próprio Le Goff<br />
ressalta: “[...] Ela pretende ser uma história escrita<br />
por homens (ser humano) livres ou em busca de<br />
liberdade, a serviço dos homens (ser humano) em<br />
sociedade [...]”.<br />
É importante ressaltar que essa concepção<br />
não é aceita ou reconhecida pela totalidade dos<br />
historiadores e, muitas vezes tem sido alvo de<br />
inúmeras críticas, especialmente aquelas que<br />
vêm de historiadores identificados com a “história<br />
tradicional” amparados teoricamente pelo<br />
positivismo.<br />
As metodologias propostas pela Nova História<br />
subvertem a concepção tradicional. Segundo<br />
a tradição, a história é uma ciência estática, de<br />
caráter narrativo. Os fatos, para serem considerados<br />
históricos precisam estar identificados com<br />
ações que foram importantes para transformar<br />
ou manter estruturas políticas, econômicas, sociais,<br />
religiosas e culturais de épocas determinadas.<br />
Pesquisar e interpretar tais fatos no passado<br />
de maneira linear é uma das principais atividades<br />
dos historiadores. Os sujeitos históricos são aqueles<br />
que estiveram diretamente envolvidos nesses<br />
processos de transformação ou de manutenção<br />
de tais estruturas. Governantes, chefes militares e<br />
religiosos, navegadores, descobridores ou grupos<br />
sociais dominantes representantes de correntes<br />
ideológicas são os protagonistas da ação. Dessa<br />
forma, a maioria dos seres humanos fica à margem<br />
do processo histórico.<br />
As fontes históricas ficam restritas a documentos<br />
escritos oficiais e a análises dependentes<br />
da relação entre causa e consequência. Ciências<br />
como a Antropologia, a Geografia e a Sociologia<br />
são consideradas “auxiliares” da História.<br />
O historiador Edward Carr em seu livro O que<br />
é história? define da seguinte forma o trabalho<br />
do historiador que se vale do método tradicional:<br />
“[...] consiste num corpo de fatos verificados.<br />
7
Os fatos estão disponíveis para os historiadores<br />
nos documentos, nas inscrições e assim por<br />
diante, como peixes na tábua do peixeiro. O historiador<br />
deve reuni-los, depois levá-los para casa,<br />
cozinhá-los, e então servi-los da maneira que o<br />
atrair mais [...]”.<br />
A Nova História não se caracteriza por ser mais<br />
um modismo, mas sim, uma abordagem diferente<br />
composta por métodos e conceitos. Desse modo,<br />
não cabe a seus teóricos e pesquisadores ignorar<br />
toda a contribuição das pesquisas e estudos da<br />
abordagem tradicional. Todas elas são fundamentais<br />
não apenas para a nova história, como também<br />
para todos os estudos que permitam que a<br />
ciência de fato evolua no sentido de compreender<br />
as idas e vindas das ações humanas para que<br />
a humanidade possa, em cada tempo, enfrentar<br />
seus desafios.<br />
A coleção adota como concepção a Nova<br />
História por compartilhar da convicção de que o<br />
estudo do passado da humanidade só tem significado<br />
se partirmos de uma análise minuciosa do<br />
presente, e se nesse presente o indivíduo se reconhecer<br />
como protagonista do pensamento, da<br />
organização e da ação em conjunto com outros<br />
seres humanos nas mais diferentes situações sociais<br />
(família, escola, trabalho etc.).<br />
A coleção procura aproximar-se ao máximo<br />
das metodologias propostas pela Nova História<br />
por meio de textos, imagens e atividades que<br />
estimulem os alunos a identificar o presente e a<br />
realidade que os cerca levando em consideração<br />
toda a diversidade. Com base nisso, espera-se<br />
despertar o interesse pelo conhecimento do passado,<br />
para que possam observar e compreender o<br />
que mudou e o que permaneceu; as semelhanças<br />
e as diferenças existente entre a realidade que vivenciam<br />
e a de outras sociedades humanas, em<br />
diferentes tempos e espaços, especialmente no<br />
que diz respeito às formas de pensar, se organizar<br />
e agir.<br />
Ao adotar a concepção da Nova História, a<br />
coleção acredita contribuir para o processo de<br />
formação de cidadãos conscientes de sua realidade,<br />
estimulados pelo desejo de conhecer não<br />
apenas a História, mas todas as ciências que as<br />
possibilitem enfrentar os desafios do século XXI<br />
8<br />
e, principalmente, pela construção de uma sociedade<br />
humana cada vez mais justa, igualitária,<br />
responsável pelo planeta e mais tolerante com a<br />
diversidade.<br />
Portanto, para esta coleção, isso só é possível<br />
se as crianças se reconhecerem como sujeitos<br />
históricos ativos e aprenderem cada vez<br />
mais a reconhecer e valorizar os diferentes modos<br />
de viver da humanidade no presente e no<br />
passado, de maneira crítica e responsável, distanciando-se<br />
de julgamentos que promovam a<br />
marginalização, a segregação e qualquer tipo de<br />
preconceito.<br />
Conceito de tempo<br />
A coleção considera o conceito de tempo um<br />
dado muito abstrato, especialmente para crianças<br />
que cursam os anos iniciais do Ensino Fundamental.<br />
Por isso, a coleção se propõe a construir tal<br />
conceito de forma gradual e paulatina, até porque,<br />
também considera que esse conceito acompanha<br />
os estudantes nos anos subsequentes de<br />
forma mais complexa.<br />
Tempo cronológico<br />
A coleção inicia a construção de tempo com<br />
o cronológico, centrado na realidade da criança,<br />
em seu cotidiano. Essa coletânea entende que o<br />
tempo cronológico é o das horas, dos dias, das<br />
semanas, dos meses e dos anos. Também desenvolve<br />
a ideia de que o tempo é uma criação humana<br />
importante para os diferentes povos, com<br />
a finalidade de organizar tarefas, produção agrícola<br />
e vida dos grupos humanos.<br />
Esse início de construção do conceito de<br />
tempo está presente na observação de vivências<br />
– como o nascimento e amadurecimento das<br />
pessoas, o movimento dos fenômenos naturais<br />
(tempo biológico) e a reflexão sobre a sucessão<br />
do dia e da noite (tempo astronômico).<br />
Tempo histórico<br />
Nesta coleção, o tempo histórico é definido<br />
como aquele que estabelece a comunicação entre<br />
o presente e o passado. Por meio dele, é possível<br />
para a criança relacionar, comparar e compreender<br />
as maneiras de pensar, organizar, produzir e
agir dos grupos humanos nos diferentes momentos<br />
históricos.<br />
O processo de construção do tempo histórico<br />
ocorre de forma gradual. No livro do 2º ano, especificamente<br />
no Capítulo 3 da Unidade 2, as crianças<br />
começam a construir esse conceito por meio<br />
da reflexão sobre as características de seu tempo<br />
de criança, a partir de brincadeiras, de atividades<br />
etc. Paralelamente, os alunos entram em contato<br />
com outras crianças que vivem no mesmo tempo<br />
em que elas, mas de maneira diferente, para<br />
que desenvolvam o conceito de simultaneidade.<br />
Em seguida, entram em contato com a maneira<br />
de viver de outras que viveram no passado, o que<br />
contribui para a construção do conceito de anterioridade.<br />
Nos livros da coleção, a construção do conceito<br />
de tempo histórico vai se adequando ao<br />
grau de abstração de cada faixa etária até o final<br />
do 5º ano, incluindo a ideia de posteridade.<br />
O conceito de tempo histórico está assim inscrito<br />
numa das propostas dos PCNs.<br />
“O tempo histórico pode ser dimensionado<br />
diferentemente, considerado em<br />
toda sua complexidade, cuja dimensão o<br />
aluno apreende paulatinamente. O tempo<br />
pode ser apreendido a partir de vivências<br />
pessoais, pela intuição, como no caso do<br />
tempo biológico (crescimento, envelhecimento)<br />
e do tempo psicológico interno<br />
dos indivíduos (ideia de sucessão, de mudança).<br />
E precisa ser compreendido, também,<br />
como um objeto de cultura, um objeto<br />
social construído pelos povos, como<br />
no caso do tempo cronológico e astronômico<br />
(sucessão de dias e noites, de meses<br />
e séculos).”<br />
Parâmetros curriculares nacionais: história, geografia.<br />
Secretaria de Educação Fundamental. –<br />
Brasília: MEC/SEF, 1997. p. 30.<br />
Ética e cidadania<br />
A concepção de história da coleção valoriza,<br />
nos quatro volumes, os compromissos da criança<br />
com a ética e a cidadania na medida em que ela<br />
é levada a pensar em suas ações, com base em<br />
pressupostos como confiança, solidariedade e tolerância.<br />
Além disso, incentiva-se análises no sentido<br />
de fortalecer as relações sociais e reconhecer<br />
seus direitos e suas responsabilidades como cidadão<br />
do mundo.<br />
Podemos aqui citar alguns exemplos de cada<br />
um dos livros que confirmam essas intenções:<br />
Livro 2: Unidade 2 – Tempo, tempo, tempo,<br />
Capítulo 3, quando o aluno entra em contato com<br />
seus direitos e analisa a música Criança não trabalha.<br />
Livro 3: neste livro existem vários exemplos,<br />
dos quais destacamos questões como o direito à<br />
moradia, os direitos das crianças, as regras de trânsito,<br />
o direito à educação, à saúde e ao lazer.<br />
Livro 4: o respeito à diversidade, quando se<br />
trabalha a formação do povo brasileiro.<br />
Livro 5: o conceito de viver em um país livre; a<br />
reflexão sobre a identidade brasileira; a importância<br />
da Constituição e de sua construção; o valor<br />
que deve ser atribuído à saúde no tocante à prevenção<br />
de doenças.<br />
Eixo temático<br />
A coleção tem como eixo temático a tríade<br />
sociedade, trabalho e cultura. Esse eixo está presente<br />
nos quatro livros e apresenta-se de forma<br />
espiral, mantendo a coerência com a concepção<br />
metodológica da Nova História.<br />
A escolha do eixo temático tem a intenção de<br />
possibilitar à criança o conhecimento sobre o que<br />
aconteceu em períodos diferentes da sociedade,<br />
do trabalho e da produção cultural, assim como<br />
contribuir para a valorização, a identificação das<br />
semelhanças e das diferenças; e de relacionar fatos<br />
e situações contextualizadas historicamente e,<br />
acima de tudo, garantir que a criança se identifique<br />
como sujeito histórico que vive em sociedade<br />
e reconheça o mundo do trabalho que a cerca<br />
e sua cultura.<br />
No caso específico da cultura, não há em nenhum<br />
dos livros uma definição explícita, pois consideramos<br />
que esse conceito é extremamente complexo<br />
e abstrato. Os alunos que cursam os anos<br />
iniciais do Ensino Fundamental, estão entre os sete<br />
e dez anos de idade. Nessa fase, a dificuldade em<br />
9
abstrair conceitos é grande. Por isso, optamos em<br />
trabalhar o conceito de cultura, nos quatro livros de<br />
maneira implícita, com noções de hábitos e costumes,<br />
maneira de viver de grupos sociais em diferentes<br />
tempos e situações históricas, com arte etc.<br />
Independentemente disso, nossa definição<br />
de cultura parte do princípio de que ela é um<br />
conjunto de características do ser humano, construídas<br />
a partir de seu nascimento. Tais características<br />
se preservam e se aprimoram à medida que<br />
o ser humano, por intermédio da comunicação,<br />
estabelece relações de cooperação no grupo em<br />
que vive. Algumas correntes filosóficas definem<br />
cultura como tudo aquilo que o ser humano, individualmente<br />
ou em grupo, produz (material<br />
ou espiritualmente) e que transmite através da<br />
comunicação de geração para geração, ou seja,<br />
trata-se de toda a criação humana do sujeito social<br />
da história.<br />
Proposta pedagógica<br />
Nossa proposta pedagógica apresenta um desafio:<br />
entender que o “saber” não pode, nem deve,<br />
ser imposto, é uma ação desejada; não é dado, é<br />
construído em diferentes contextos; não se apresenta<br />
de maneira compartimentada, tem como<br />
foco a integração de vários saberes; não fica na superfície,<br />
no artificial, identifica-se naquilo que é significativo;<br />
não está preso dentro do espaço escolar,<br />
ele se amplia para a vida.<br />
Por acreditar nisso, a coleção tem como proposta<br />
pedagógica um caminho que se aproxima<br />
da construção do conhecimento, pois entende<br />
que um dos maiores desafios da educação é o de<br />
colocar o estudante como protagonista de sua<br />
aprendizagem. Assim, apresenta-se identificada<br />
com a concepção da Nova História, pois o estudante<br />
não fica na posição de mero receptor de<br />
informações organizadas cientificamente, mas assume<br />
a aprendizagem de maneira ativa, visando<br />
à construção do conhecimento. Para isso, utiliza<br />
diversas formas de organização: parte do presente<br />
em busca do passado, com a finalidade de possibilitar<br />
a compreensão das diferentes formas de<br />
viver dos mais diversos grupos humanos no presente<br />
e no passado.<br />
10<br />
A coleção utiliza alguns dos elementos pedagógicos<br />
propostos nos Parâmetros Curriculares<br />
Nacionais do Ensino Fundamental para os anos<br />
iniciais:<br />
<strong>1.</strong> A compreensão dos meios natural e social,<br />
dos sistemas políticos e tecnológicos.<br />
2. A compreensão das artes e dos valores<br />
que sustentam as sociedades.<br />
3. O desenvolvimento de habilidades e capacidades.<br />
4. A formação de atitudes e valores que contribuam<br />
também para fortalecer laços<br />
com a família, comportamentos solidários,<br />
reflexões sobre a diversidade e o exercício<br />
da tolerância, elementos essenciais para a<br />
vida social.<br />
Todos esses aspectos tendem a desenvolver<br />
na criança, de maneira contínua, os conceitos de<br />
ética e cidadania.<br />
O respeito à diversidade e o exercício da tolerância<br />
são construídos por ações do cotidiano<br />
escolar, as quais devem ser ampliadas para a vida<br />
da criança. Colocar-se no lugar do outro, valorizar<br />
diferentes culturas, compreender falhas, conhecer<br />
e reconhecer seus direitos e suas responsabilidades<br />
individuais e na convivência com o grupo, são<br />
atitudes que fortalecem os conceitos de ética e<br />
cidadania.<br />
“Por aprendizagem significativa entende-se<br />
uma aprendizagem que é mais<br />
do que uma acumulação de fatos. É uma<br />
aprendizagem que provoca uma modificação,<br />
tanto no comportamento do indivíduo<br />
como nas suas atitudes e personalidade. É<br />
uma aprendizagem penetrante, que não se<br />
limita a um aumento de conhecimentos,<br />
mas que penetra profundamente em todas<br />
as parcelas de sua existência.”<br />
Carl Rogers. Tornar-se pessoa. São Paulo: Martins<br />
Fontes, 1988.<br />
Para que a proposta pedagógica da coleção<br />
atinja seus objetivos, consideramos fundamental<br />
a aprendizagem significativa, pois entendemos<br />
que ela possibilita à criança conhecer, interpretar<br />
e avaliar a realidade na qual está inserida.
Por meio da aprendizagem significativa, desejamos<br />
que o aluno se transforme como indivíduo,<br />
para que possa perceber a importância do<br />
conhecimento e o utilize como ferramenta para<br />
interferir de maneira positiva em sua realidade,<br />
com o objetivo de enfrentar os desafios que nela<br />
estiverem colocados.<br />
“À educação cabe fornecer, de algum<br />
modo, os mapas de um mundo complexo<br />
e constantemente agitado e, ao mesmo<br />
tempo, a bússola que permite navegar<br />
através dele”.<br />
Jacques Delors (Coord.). Os quatro pilares da<br />
educação. In: Educação: um tesouro a descobrir.<br />
São Paulo: Cortez, 1999.<br />
Nesse sentido a reflexão tem papel importante<br />
na proposta pedagógica. Por isso, aponta para<br />
uma prática pedagógica que respeita o estudante<br />
em sua essência e busca o desenvolvimento cognitivo,<br />
do raciocínio, de um pensar crítico e autônomo.<br />
A coleção apresenta atividades que levam<br />
em consideração a curiosidade natural da criança.<br />
Tais atividades estimulam a investigação, o<br />
diálogo, o questionamento, a dúvida, a imaginação<br />
e a observação da realidade. As atividades<br />
propostas levam os estudantes a buscar soluções,<br />
levantar hipóteses, propor e explorar possibilidades,<br />
concluir e justificar seu raciocínio. Estimulam<br />
a oralidade e instigam a capacidade de<br />
elaborar perguntas.<br />
A coleção entende que a educação que<br />
forma o cidadão e o orienta para o futuro deve<br />
ater-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais,<br />
os “pilares do conhecimento”: aprender<br />
a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver,<br />
aprender a ser.<br />
Esses pilares estão embutidos ao longo de<br />
toda a coleção. Aprender a conhecer, o mesmo<br />
que aprender a aprender, indica o interesse, a busca<br />
do conhecimento; aprender a fazer indica a coragem<br />
de executar, de correr riscos, de enfrentar<br />
situações diversas e trabalhar em equipe; aprender<br />
a conviver aponta para o desafio da convivência,<br />
que apresenta o respeito a todos, desenvolver<br />
a compreensão do outro e o exercício da tolerância,<br />
da solidariedade, do entendimento; aprender<br />
a ser desenvolve a personalidade, os valores, explicita<br />
o papel do cidadão.<br />
O trabalho coletivo é bastante explorado,<br />
pois favorece o desenvolvimento de habilidades<br />
sociais e éticas, já que leva os alunos a interagir e<br />
aprender a conviver e a respeitar opiniões e valores<br />
diferentes dos seus.<br />
Outro aspecto que a proposta pedagógica<br />
aborda é a contextualização: entende-se que<br />
contextualizar é uma estratégia necessária para<br />
a construção de significados. Contudo, a coleção<br />
considera que contextualizar está além da simples<br />
relação com o cotidiano do estudante. Não<br />
é todo conteúdo ou assunto que se pode trazer<br />
para esse cotidiano, muitos conceitos e conteúdos<br />
são contextualizados apenas na própria disciplina.<br />
Os desafios do século XXI chamam a atenção<br />
para o desenvolvimento de indivíduos que apresentem<br />
habilidades voltadas para compreender<br />
sua realidade como um todo, de maneira global.<br />
A interdisciplinaridade surge como uma proposta<br />
para a construção de um conhecimento globalizante,<br />
rompendo com a fragmentação do conhecimento.<br />
“[...] o processo que envolve a integração<br />
e engajamento de educadores,<br />
num trabalho conjunto, de integração<br />
das disciplinas do currículo escolar entre<br />
si e com a realidade, de modo a superar<br />
a fragmentação do ensino, objetivando<br />
a formação integral dos alunos, a fim de<br />
que possam exercer criticamente a cidadania,<br />
mediante uma visão global de<br />
mundo e serem capazes de enfrentar os<br />
problemas complexos, amplos e globais<br />
da realidade atual”.<br />
Heloisa Luck. Pedagogia interdisciplinar – fundamentos<br />
teórico-metodológicos. São Paulo: Vozes,1994.<br />
O conceito de interdisciplinaridade desenvolvido<br />
por Heloisa Luck nos aponta que um projeto<br />
interdisciplinar deve ser uma opção pedagógica<br />
11
da escola. Assim, a coleção não tem a pretensão<br />
de interferir nessa opção, mas traz, em momentos<br />
pontuais, sugestões de atividades interdisciplinares,<br />
buscando integrar conteúdos e conceitos de<br />
outras disciplinas escolares.<br />
A proposta pedagógica da coleção tenta<br />
aproximar-se ao máximo do que há de mais inovador<br />
na área pedagógica com a finalidade de<br />
contribuir com a qualidade do trabalho do professor<br />
e com o desenvolvimento humano do estudante.<br />
Conceito de avaliação<br />
A coleção parte do princípio que ser avaliado<br />
é, antes de qualquer coisa, um direito do aluno.<br />
Nessa perspectiva, a avaliação está distante<br />
de ser um instrumento de medir a aquisição do<br />
conhecimento. Por isso, ela pode e deve ocorrer<br />
em todas as oportunidades que surgem no processo<br />
de ensino e aprendizagem, exatamente<br />
porque a coleção considera que o que está sendo<br />
avaliado é como se dá a aprendizagem dentro<br />
de um contexto que envolve vários saberes.<br />
Entende-se que nas situações de avaliação é<br />
preciso verificar as capacidades desenvolvidas pelos<br />
alunos, como observar, classificar, ordenar, interpretar,<br />
refletir, imaginar, reconstruir, representar,<br />
comparar, criticar, interferir, decidir...<br />
A coleção compreende que tais capacidades<br />
representam as modalidades estruturais da inteligência<br />
humana, e reflete momentos em que a<br />
criança pode revelar como estabelece relações<br />
entre objetos, situações, pessoas etc.<br />
Pelo desenvolvimento constante dessas capacidades,<br />
o aluno, no processo de avaliação, tem<br />
a oportunidade real de aperfeiçoar suas habilidades,<br />
entendidas aqui, como algo decorrente das<br />
capacidades e referente ao “saber fazer”.<br />
Essa visão de avaliação tem como principal<br />
desafio conseguir dar outro significado para o papel<br />
desempenhado pelo conhecimento e para o<br />
processo de ensino e aprendizagem. Portanto, a<br />
avaliação deve ser contínua e diversificada. Dessa<br />
forma, o direito de ser avaliado está assegurado ao<br />
aluno. Um debate, uma dramatização, uma ativi-<br />
12<br />
dade escrita, uma leitura de imagens e um desafio<br />
são algumas estratégias para se avaliar.<br />
Utilizando essas diferentes formas de avaliação,<br />
é possível chegar a resultados mais próximos<br />
das questões que envolvem o desenvolvimento<br />
cognitivo e emocional da criança. E, baseando-se<br />
neles, traçar novos caminhos que garantam-lhe a<br />
construção do conhecimento e contribuam para<br />
que se desenvolva, permanentemente, com autonomia,<br />
no caso de avaliações individuais, e com<br />
colaboração e interação, quando as avaliações<br />
ocorrerem em grupo.<br />
Algumas sugestões de diferentes formas<br />
de avaliar<br />
Numa leitura de imagem<br />
Atualmente, a imagem é um importante recurso<br />
que pode ser utilizado no processo da construção<br />
do conhecimento.<br />
A observação de obras de arte, fotografias<br />
ou ilustrações permite ao aluno identificar, reconhecer,<br />
analisar, imaginar e valorizar sensações de<br />
maneira imediata ou com durações mais amplas.<br />
Além desses fatores, numa leitura de imagens,<br />
o aluno poderá reconhecer elementos que<br />
fazem parte de seu cotidiano e dar a eles outro<br />
significado, entendendo o contexto do qual faz<br />
parte.<br />
Para utilizar a leitura de imagem como recurso<br />
de avaliação, é preciso que o grupo já tenha<br />
exercitado esse tipo de atividade em sala de aula<br />
em outras situações de aprendizagem, obedecendo<br />
a critérios como:<br />
<strong>1.</strong> observar a imagem;<br />
2. discutir e registrar quais elementos estão<br />
presentes nela;<br />
3. de que maneira esses elementos estão relacionados<br />
ao tema proposto;<br />
4. interpretar a relação entre a imagem e o<br />
tema;<br />
5. criar outra imagem ou texto que represente<br />
essa relação.<br />
Com esses critérios, a criança pode ser avaliada<br />
levando-se em consideração: observação,<br />
registro, relação, interpretação e a criação, assim
como, a concentração, a percepção e a capacidade<br />
de criticar o significado da proposta.<br />
Numa avaliação escrita que envolva a compreensão<br />
de um texto<br />
A questão da compreensão da linguagem escrita<br />
é outro grande desafio. Já é consenso entre os<br />
especialistas que a leitura, a compreensão e a produção<br />
de textos escritos são de responsabilidade<br />
de todas as áreas e precisam ser apresentados em<br />
contextos reais no processo de aprendizagem e,<br />
que a produção de textos implica também, num<br />
trabalho sistemático da oralidade.<br />
Como sugestão, em uma avaliação que envolva<br />
a compreensão de texto escrito é importante<br />
a observação, a reflexão e a utilização de alguns<br />
critérios:<br />
<strong>1.</strong> o gênero do texto a ser escolhido (poesia,<br />
letra de música, uma narrativa, jornalístico<br />
etc.);<br />
2. que atitude é esperada da criança diante<br />
dessa escolha, aqui também é importante<br />
que esse gênero de texto já tenha sido<br />
trabalhado em outros momentos na sala<br />
de aula;<br />
3. orientar a compreensão com questões<br />
que revelem:<br />
a) levantamento de primeiras ideias e ampliação<br />
do vocabulário<br />
b) elementos que possibilitem a compreensão<br />
dessas ideias<br />
José Luís Juhas<br />
c) elementos que possibilitem a compreensão<br />
dessas ideias dentro de um contexto<br />
mais amplo<br />
d) identificação do tema principal<br />
e) compreensão dos conteúdos atrelados<br />
ao tema principal<br />
4. interpretação do tema e dos conteúdos;<br />
5. possibilidade e espaço para a formulação<br />
da crítica.<br />
Dessa maneira, o aluno terá condições de<br />
desenvolver seu trabalho com texto, utilizando<br />
capacidades e habilidades (observar, classificar,<br />
ordenar, interpretar, refletir, imaginar, comparar,<br />
criticar, interferir e decidir).<br />
Além dessas sugestões de diferentes formas<br />
de avaliar, inserimos neste manual uma Planilha<br />
de Avaliação que visa:<br />
<strong>1.</strong> contribuir no processo de avaliação dos<br />
alunos;<br />
2. auxiliar a observação contínua do desenvolvimento<br />
do aluno no tocante a<br />
situações e conceitos, atitudes e procedimentos<br />
essenciais para a construção do<br />
conhecimento histórico.<br />
Observação: nossa sugestão é que esta planilha<br />
seja reproduzida e utilizada mensalmente,<br />
mas cada professor deverá levar em consideração<br />
sua realidade para melhor utilizá-la.<br />
13
PLANILHA DE AVALIAÇÃO<br />
Nome dos alunos<br />
14<br />
Situações e conceitos Atitudes<br />
Demonstra interesse por novos conhecimentos<br />
Identifica semelhanças e diferenças entre situações, objetos e pessoas<br />
Faz relações entre conhecimentos prévios e os novos conhecimentos<br />
Faz relações entre presente e passado<br />
Faz relações entre o meio ambiente e os seres humanos que ali vivem ou viveram<br />
Faz relações entre os diferentes grupos sociais e o tempo em que vivem ou viveram<br />
Faz relações entre seu grupo social e outros grupos<br />
Identifica e reconhece elementos da sua realidade em imagens<br />
Identifica e reconhece elementos da sua realidade em textos e relatos<br />
Identifica problemas na sua realidade<br />
Percebe-se como parte integrante do seu ambiente social<br />
Valoriza a cultura de seu grupo social<br />
Utiliza de modo organizado seu material pessoal<br />
Traz o material necessário para a escola<br />
Trata com cuidado o seu livro<br />
Participa das atividades espontaneamente<br />
Participa das conversas coletivas<br />
Realiza suas atividades adequadamente<br />
Mantém a concentração nas atividades<br />
Consegue expor suas dúvidas<br />
Tem atitudes adequadas nas atividades em grupo<br />
Coopera nas atividades em grupo<br />
Apresenta suas atividades organizadas e completas<br />
Entrega dentro dos prazos as atividades de casa
PLANILHA DE AVALIAÇÃO<br />
Nome dos alunos<br />
Procedimentos<br />
Faz relatos de experiências vividas<br />
Demonstra clareza nas suas colocações e comentários<br />
Expressa suas opiniões sobre os acontecimentos e fatos<br />
Classifica e ordena informações<br />
Organiza informações<br />
Realiza observações de acordo com roteiro determinado<br />
Faz comparações entre pessoas, objetos, tempos e espaços<br />
Faz a leitura de quaquer imagem com compreensão<br />
Faz a leitura do texto escrito e compreende a mensagem<br />
Faz a leitura de mapas, compreende e retira informações<br />
Registra informações com desenhos, textos, listas e tabelas<br />
Expressa suas idéias com a produção de textos<br />
Demonstra criatividade<br />
Demonstra curiosidade<br />
Participa das atividades que envolvem observação e pesquisa<br />
Contribui no trabalho coletivo com suas ideias e observações<br />
Elabora e responde a perguntas<br />
Levanta hipóteses<br />
Elabora estratégias pessoais diante de uma situação-problema<br />
Relaciona causas e efeitos de atitudes e situações<br />
15
Estrutura da coleção<br />
A coleção tem em sua estrutura elementos<br />
que confirmam a concepção de História e os<br />
pressupostos pedagógicos da obra, assim como<br />
elementos que reforçam o desenvolvimento do<br />
eixo temático “sociedade, trabalho e cultura” da<br />
maneira que expusemos anteriormente.<br />
Os livros da coleção têm quatro unidades<br />
cada uma – com exceção do livro do 5º ano, que<br />
tem cinco unidades –, divididas em três capítulos,<br />
que, por sua vez, estão estruturados em seções.<br />
Vamos conhecê-las.<br />
Abertura da unidade<br />
As unidades de cada livro são iniciadas com<br />
uma ou mais obras de arte, fotografias ou desenhos.<br />
Essas imagens fazem alusão ao tema que<br />
será desenvolvido ao longo dos três capítulos da<br />
unidade.<br />
Com as obras de arte, o professor poderá explorar<br />
a história dos artistas, sua escola, fazer pesquisas<br />
junto com os alunos sobre outras obras do<br />
mesmo autor e propor atividades de releitura de<br />
imagem ou que envolvam pinturas produzidas<br />
pelas crianças, explorando sua criatividade. Além<br />
disso, no final da unidade, poderá rever a obra e<br />
confrontá-la com o tema estudado.<br />
Quando a unidade iniciar com fotografias ou<br />
desenhos, o professor poderá explorar o tempo<br />
retratado pela imagem, focando hábitos e costumes,<br />
comparando-as com a realidade das crianças.<br />
Da mesma maneira que a pintura, o professor<br />
poderá se considerar importante, rever a imagem<br />
ao final da unidade, relacionando-a ao assunto<br />
desenvolvido.<br />
Esse trabalho poderá contribuir para que<br />
o grupo entre em contato com a pintura, situações<br />
específicas de outro tempo, de um passado<br />
distante para ele. Possibilitará, também, a<br />
percepção de o quanto uma obra pode retratar<br />
esse tempo e estabelecer comparações com seu<br />
próprio tempo.<br />
O que sabemos?<br />
Esta seção tem como objetivo apresentar aos<br />
alunos o tema a ser desenvolvido na unidade por<br />
16<br />
meio do levantamento de conhecimentos prévios.<br />
Com ela, o professor deverá fazer uma sondagem<br />
com o grupo e levantar as ideias que os<br />
alunos têm sobre o tema.<br />
Numa proposta pedagógica em que a construção<br />
do conhecimento é uma das ações do<br />
processo de ensino e aprendizagem, torna-se<br />
fundamental que essas primeiras ideias sejam<br />
registradas. Esse registro pode ser utilizado posteriormente,<br />
no final da unidade, como complemento,<br />
comparação e fechamento do processo<br />
de construção do tema trabalhado.<br />
Todas as informações trazidas pelas crianças<br />
devem ser valorizadas até para que elas consigam<br />
fazer uma análise do que sabiam antes do tema<br />
ser trabalhado e do que conseguiram ampliar e<br />
construir com o desenvolvimento do assunto.<br />
Conhecendo mais<br />
É uma seção que pode conter um texto, uma<br />
imagem, um documento histórico, uma atividade<br />
que aprofunde ou traga uma nova informação<br />
acerca do tema que está sendo desenvolvido no<br />
capítulo.<br />
A seção Conhecendo mais é um momento<br />
em que o aluno poderá refletir, individualmente<br />
ou em grupo, sobre outros elementos pertinentes<br />
ao tema em questão. Do ponto de vista pedagógico,<br />
é mais uma etapa da construção do conhecimento<br />
e, apresenta diferentes linguagens e abordagens<br />
sobre o assunto trabalhado.<br />
Explorando o que aprendemos!<br />
A seção Explorando o que aprendemos! é<br />
o momento em que a criança tem a oportunidade<br />
de concretizar aquilo que aprendeu.<br />
Ela se caracteriza por utilizar o conhecimento<br />
estudado na unidade em atividades que podem:<br />
desafiar o raciocínio e a interação do grupo na<br />
ação proposta, valorizar a compreensão leitora e<br />
a criatividade, estimular o trabalho em grupo colocando<br />
em prática os conceitos de cooperação,<br />
solidariedade, responsabilidade etc.<br />
De maneira geral, as atividades apresentadas<br />
nessa seção revelam o quanto a participação<br />
do indivíduo no grupo é fundamental para que<br />
os objetivos sejam atingidos. Por isso, contribui
para que o aluno se motive a colocar em prática<br />
seus direitos e suas responsabilidades como<br />
integrante de um grupo ou quando exigido individualmente.<br />
Desenvolvimento do tema<br />
Além dessas quatro seções, a coleção apresenta<br />
textos diversos das autoras da coleção<br />
ou de outros, imagens e atividades que são responsáveis<br />
pelo desenvolvimento do tema. Esses<br />
elementos estão contextualizados dentro da dinâmica<br />
do processo histórico. Neles, os sujeitos<br />
históricos são responsáveis pelas ações sociais e<br />
os fatos históricos são entendidos como resultado<br />
de ações humanas significativas vinculadas à<br />
transformação ou à permanência de um determinado<br />
momento histórico.<br />
Além disso, trabalhamos com um quadro que<br />
chamamos Você sabia que...<br />
O quadro é apresentado em situações esporádicas<br />
e, a partir dos livros quatro e cinco utilizamos<br />
o quadro sistematicamente com o objetivo<br />
de apresentar curiosidades, complementos e informações<br />
que ampliam o tema.<br />
Glossário<br />
A coleção apresenta definições de termos<br />
mais difíceis ou menos usuais junto da utilização<br />
do vocábulo. Assim, os alunos podem consultar<br />
imediatamente o significado dos termos desconhecidos,<br />
durante a leitura dos textos propostos.<br />
Sugerimos que o professor oriente os alunos<br />
em todos os momentos que considerar necessária<br />
a consulta ao glossário.<br />
Atividades<br />
Nos quatro livros o professor e os alunos irão<br />
encontrar dois tipos de atividades:<br />
<strong>1.</strong> Permanentes: intervenções pedagógicas,<br />
caracterizadas pela repetição de procedimentos<br />
para que o aluno mantenha<br />
contato contínuo com os conteúdos de<br />
cada capítulo. Ocorrem nas seções: Praticando,<br />
Você é o historiador, O que<br />
sabemos; no desenvolvimento do tema<br />
de cada capítulo através de ações como<br />
leitura de imagem e texto; Explorando o<br />
que aprendemos!<br />
2. Esporádicas: são aquelas que ocorrem em<br />
momentos específicos do processo da<br />
aprendizagem. Exemplo: na abertura de<br />
algumas unidades e na seção Conhecendo<br />
mais.<br />
Por fim, apresentamos algumas atividades de<br />
ampliação inseridas no manual de orientações<br />
para professores. Elas possibilitam aos alunos ampliar<br />
o processo de construção do conhecimento,<br />
seja por meio de exercícios, brincadeiras ou saídas<br />
culturais e, em certos casos, com propostas interdisciplinares.<br />
Sobre a estrutura<br />
Consideramos que um livro didático deve<br />
tentar atingir sua primeira finalidade: ser didático.<br />
Nesse sentido, consideramos que a existência de<br />
uma estrutura é uma das formas de se garantir<br />
isso.<br />
Todavia, quando o professor começar a utilizar<br />
as orientações propostas neste manual irá<br />
perceber que existe uma repetição das ações ao<br />
trabalhar essa estrutura e, a repetição se estende<br />
aos alunos.<br />
Justificamos, então, que no caso da estrutura<br />
desta coleção, a repetição não pode ser entendida<br />
como mecanização ou treino. O que se repete<br />
é a forma de trabalho, mas em todos os livros encontramos<br />
uma diversidade de propostas oferecidas<br />
pelas imagens e textos que valorizam e priorizam<br />
a reflexão, o desenvolvimento do raciocínio,<br />
da memória e da ação participativa do aluno de<br />
maneira espiral e não linear.<br />
Nesse contexto, o procedimento didático da<br />
estrutura dos livros tem como objetivo persistir<br />
na repetição com reflexão, eliminando a mecanização.<br />
Exige um constante esforço no sentido<br />
de garantir a concentração que está distante da<br />
aprendizagem mecânica.<br />
Com a estrutura, o trabalho do professor tem<br />
como um de seus focos a valorização tanto do<br />
ponto de partida quanto do ponto de chegada.<br />
Isso permite a reiteração, isto é, a revisão com re-<br />
17
flexão sobre toda a trajetória do processo de ensino<br />
e aprendizagem.<br />
Nossa estrutura parte do conhecimento que<br />
cada aluno traz para o grupo. O desenvolvimento<br />
das unidades propõe maneiras de ampliação desse<br />
conhecimento numa relação intensa entre os<br />
membros do grupo em si; entre eles e o professor<br />
e vice-versa.<br />
É importante destacar que na estrutura da<br />
coleção encontramos também atividades individuais<br />
que permitem uma avaliação de como se<br />
processa a aprendizagem de cada aluno e abre-se<br />
espaço para sua autoavaliação.<br />
Portanto, optamos por essa estrutura pois torna<br />
a coleção coerente com sua visão de história<br />
e sua proposta pedagógica, à medida que coloca<br />
o aluno no centro da ação com o propósito de<br />
construir o conhecimento daquilo que é significativo.<br />
Algumas considerações<br />
Consideramos que a coleção pode contribuir<br />
de maneira significativa para o desenvolvimento<br />
cognitivo, social e cultural dos alunos que cursam<br />
os anos iniciais do Ensino Fundamental.<br />
A intenção implícita na coleção é dar subsídios<br />
que auxiliem na formação de um jovem<br />
consciente de sua realidade, capaz de interferir<br />
18<br />
José Luís Juhas<br />
e interagir como cidadão no sentido de transformá-la<br />
ou mantê-la em suas estruturas fundamentais.<br />
Por isso, a coleção tem como síntese o saber.<br />
O saber, elemento principal, é considerado<br />
o ponto de partida com o objetivo de atingir o<br />
desenvolvimento dos valores propostos pelo livro<br />
que são:<br />
• responsabilidade – visa à participação e<br />
aos primeiros contatos com o conceito de<br />
cidadania;<br />
• diálogo – permite a compreensão de diferentes<br />
pontos de vista, interação e busca<br />
do equilíbrio, bem como promove um<br />
exercício da tolerância;<br />
• respeito – ampliação do reconhecimento<br />
do meio ambiente, de si próprio e do outro;<br />
• liberdade – independência e autonomia;<br />
• justiça – resultado dos princípios de responsabilidade,<br />
respeito e igualdade;<br />
• solidariedade – cooperação e compreensão.<br />
A construção do conhecimento presente na<br />
coleção tem a finalidade de servir de base na formação<br />
de indivíduos que reconheçam o espaço<br />
do saber como algo a ser ocupado pela reflexão,<br />
pela interação e pela ação.
BIBLIOGRAFIA INDICADA PARA OS PROFESSORES<br />
ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas<br />
de aprender. Porto Alegre: Artmed, 2002.<br />
ARENDT, Hanna. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense<br />
Universitária, 2005.<br />
BORGES, Vavy Pacheco. O que é história. São Paulo: Brasiliense,<br />
1987.<br />
BUENO, Eduardo. Brasil, uma História: a incrível saga de um<br />
país. São Paulo: Ática, 2003.<br />
DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. São<br />
Paulo: Cortez <strong>Editora</strong>, 1999.<br />
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 200<strong>1.</strong><br />
FAZENDA, Ivani. Práticas interdisciplinares na escola. 6. ed.<br />
São Paulo: Cortez, 1999.<br />
FERRO, Marc. História das colonizações. São Paulo: Companhia<br />
das Letras, 1999.<br />
LE GOFF, Jacques. A História Nova. São Paulo: Martins Fontes,<br />
200<strong>1.</strong><br />
LUCK, Heloísa. Pedagogia interdisciplinar: fundamentos<br />
teórico-metodológicos. 1<strong>1.</strong> ed. Petrópolis: Vozes, 2003.<br />
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA<br />
ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas<br />
de aprender. Porto Alegre: Artmed, 2002.<br />
ARENDT, Hanna. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense<br />
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BECKER, Fernando. Educação e construção do conhecimento.<br />
Porto Alegre: Artmed, 200<strong>1.</strong><br />
BORGES, Vavy Pacheco. O que é história. São Paulo: Brasiliense,<br />
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CARR, Edward. Que é história? Rio de Janeiro: Paz e Terra,<br />
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COLL, César; MARTÍN, Elena. Aprender conteúdos e desenvolver<br />
capacidades. Porto Alegre: Artmed, 2003.<br />
DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. São<br />
Paulo: Cortez <strong>Editora</strong>, 1999.<br />
FARIA FILHO, Luciano Mendes de (Org.). Educação modernidade<br />
e civilização. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.<br />
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 200<strong>1.</strong><br />
FAZENDA, Ivani. Práticas interdisciplinares na escola. 6. ed.<br />
São Paulo: Cortez, 1999.<br />
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio<br />
da língua portuguesa. 3. ed. Curitiba: Positivo, 2004.<br />
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar<br />
o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,<br />
2000.<br />
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do<br />
futuro. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000.<br />
PERRENOUD, Philippe; THURLER, Monica Gather; MACE-<br />
DO, Lino de; MACHADO, Nilson José; ALLESSANDRINI,<br />
Cristina Dias. As competências para ensinar no século<br />
XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação.<br />
Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.<br />
PIMENTA. Selma Garrido (Org.). Saberes pedagógicos e atividade<br />
docente. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002.<br />
RONCA, Paulo Afonso Caruso; TERZI, Cleide do Amaral. A<br />
prova operatória: contribuições da Psicologia do Desenvolvimento.<br />
São Paulo: <strong>Editora</strong> do Instituto Esplan, 199<strong>1.</strong><br />
SOUZA, José. O cativeiro da Terra. São Paulo: Martins Fontes,<br />
198<strong>1.</strong><br />
ZABALA, Antoni. Como trabalhar os conteúdos procedimentais<br />
em aula. Porto Alegre: Artmed, 1999.<br />
FERRO, Marc. História das colonizações. São Paulo: Companhia<br />
das Letras, 1999.<br />
FRANCHINI, A. S.; SEGANFREDO, Carmen. As 100 melhores<br />
histórias da mitologia: deuses, heróis, monstros e guerras<br />
da tradição greco-romana. Porto Alegre: L&PM, 2007.<br />
FRIEDMANN, Adriana. A arte de brincar. São Paulo: Scritta,<br />
1998.<br />
FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender. O resgate<br />
do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996.<br />
HILSDORF, Maria Lúcia Spedo. Pensando a educação nos<br />
tempos modernos. São Paulo: Edusp, 1998.<br />
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 16. ed. Rio<br />
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IMBERNÓN, Francisco (Org.). A educação no século XXI: os<br />
desafios do futuro imediato. Porto Alegre: Artmed,<br />
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LAPA, José Roberto do Amaral. A economia cafeeira. São<br />
Paulo: Brasiliense, 1983.<br />
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2003.<br />
19
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MACHADO, Marina Marcondes. O brinquedo-sucata<br />
e a criança: a importância do brincar. 2. ed. São<br />
Paulo: Edições Loyola, 1995.<br />
MARTINS, José Souza. O cativeiro da Terra. São Paulo:<br />
Martins Fontes, 198<strong>1.</strong><br />
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma,<br />
reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand<br />
Brasil, 2000.<br />
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação<br />
do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO,<br />
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MOYLES, Janet R. et al. A excelência do brincar. Porto<br />
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NOVAIS, Fernando A.; ALENCASTRO, Luiz Felipe de<br />
(Org.). História da vida privada no Brasil: Império.<br />
São Paulo: Companhia das Letras, 1997.<br />
NOVAIS, Fernando A.; MELLO E SOUZA, Laura de<br />
(Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano<br />
e vida privada na América portuguesa. São Paulo:<br />
Companhia das Letras, 1997.<br />
NOVAIS, Fernando A.; SCHWARCZ, Lilia Moritz (Org.).<br />
História da vida privada no Brasil: contrastes da<br />
intimidade contemporânea. São Paulo: Companhia<br />
das Letras, 1997.<br />
NOVAIS, Fernando A.; SEVCENKO, Nicolau (Org.). História<br />
da vida privada no Brasil: República – da belle<br />
époque à era do rádio. São Paulo: Companhia<br />
das Letras, 1997.<br />
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para<br />
ensinar. Porto Alegre, Artmed, 2000.<br />
PERRENOUD, Philippe; THURLER, Monica Gather;<br />
MACEDO, Lino de; MACHADO, Nilson José; AL-<br />
LESSANDRINI, Cristina Dias. As competências para<br />
ensinar no século XXI: a formação dos professores<br />
e o desafio da avaliação. Rio de Janeiro: Forense<br />
Universitária, 2005.<br />
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação,<br />
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de Janeiro: Jorge Zahar, 197<strong>1.</strong><br />
PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Saberes pedagógicos<br />
e atividade docente. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002.<br />
PINHEIRO (Coord.). Paulo Sérgio. Trabalho escravo,<br />
economia e sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra,<br />
1984.<br />
PRADO Jr., Caio. Evolução política do Brasil: colônia<br />
e império. 13. ed. São Paulo: <strong>Editora</strong> Brasiliense.<br />
1983.<br />
RONCA, Paulo Afonso Caruso; TERZI, Cleide do Amaral.<br />
A prova operatória: contribuições da Psicologia<br />
do Desenvolvimento. São Paulo: <strong>Editora</strong> do<br />
Instituto Esplan, 199<strong>1.</strong><br />
SCHAFF, Adam. História e verdade. São Paulo: Martins<br />
Fontes, 1978.<br />
SILVA, Hélio. O primeiro século da República. Rio de<br />
Janeiro: Jorge Zahar, 1987.<br />
SILVA, Sérgio. Expansão cafeeira e origens da indústria<br />
no Brasil. 5. ed. São Paulo: Alfa-Ômega, 198<strong>1.</strong><br />
SODRÉ, Nelson Werneck. Formação histórica do Brasil.<br />
Rio de Janeiro: Graphia, 2002.<br />
TIRAPELI, Percival. Arte colonial: barroco e rococó.<br />
São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2006.<br />
(Arte Brasileira).<br />
TIRAPELI, Percival. Arte imperial: do neoclássico ao<br />
ecletismo. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional,<br />
2006. (Arte Brasileira).<br />
TIRAPELI, Percival. Arte indígena: do pré-colonial à<br />
contemporaneidade. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong><br />
Nacional, 2006. (Arte Brasileira).<br />
TIRAPELI, Percival. Arte moderna e contemporânea:<br />
figuração, abstração e novos meios. São Paulo:<br />
Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2006. (Arte Brasileira).<br />
TIRAPELI, Percival. Arte popular. São Paulo: Companhia<br />
<strong>Editora</strong> Nacional, 2006. (Arte Brasileira).<br />
VERGER, Pierre Fatumbi. A vida em sociedade. São<br />
Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2005. (Olhar<br />
e ver).<br />
VERGER, Pierre Fatumbi. Crianças. São Paulo: Companhia<br />
<strong>Editora</strong> Nacional, 2005. (Olhar e ver).<br />
VERGER, Pierre Fatumbi. Influências. São Paulo: Companhia<br />
<strong>Editora</strong> Nacional, 2005. (Olhar e ver).<br />
VERGER, Pierre Fatumbi. O mundo do trabalho. São<br />
Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2005. (Olhar<br />
e ver).<br />
VIEIRA, Evaldo. Estado e miséria social no Brasil: de Getúlio<br />
a Geisel. São Paulo: Cortez, 1987.<br />
VIGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da<br />
mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos<br />
superiores. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes,<br />
1998.<br />
ZABALA, Antoni. Como trabalhar os conteúdos procedimentais<br />
em aula. 2. ed. Porto Alegre: Artmed,<br />
1999.
Orientações específicas<br />
para o 3 o ano<br />
UNIDADE 1 – Família<br />
Capítulo 1 – A história da sua família<br />
Capítulo 2 – Famílias no Brasil<br />
Capítulo 3 – Outras famílias brasileiras<br />
Objetivo geral<br />
Construir com os alunos o conceito de família e levá-los a perceber que cada família tem sua história,<br />
sua origem, seus hábitos e seus costumes.<br />
Dar ênfase à história das famílias que contribuíram para a formação do povo brasileiro.<br />
Conteúdos<br />
• Família • As famílias africanas<br />
• A minha família • As famílias portuguesas<br />
• As famílias indígenas • As famílias imigrantes<br />
A importância da abertura da unidade no<br />
processo de aprendizagem<br />
A abertura tem como objetivo apresentar,<br />
para o aluno, o assunto, o tema ou os conceitos<br />
que serão desenvolvidos nos três capítulos.<br />
Geralmente, a abertura traz uma ou mais imagens:<br />
fotos, pinturas ou desenhos.<br />
Sugerimos que toda abertura seja trabalhada<br />
com toda a turma. Por isso, muitas vezes, você poderá<br />
optar por reproduzir a imagem em um retroprojetor<br />
ou outro recurso.<br />
A proposta específica da abertura desta unidade<br />
é apresentar, aos alunos, as famílias que de-<br />
ram origem ao povo brasileiro, partindo da história<br />
da sua própria família.<br />
Assim, abrimos a unidade com fotos de famílias<br />
atuais.<br />
Sugerimos, como desenvolvimento da primeira<br />
etapa do trabalho, que o professor inicie<br />
esta unidade pedindo para os alunos explorarem<br />
as fotos. Para isso, é possível utilizar perguntas<br />
que estimulem a imaginação, o diálogo<br />
e façam os alunos refletir sobre a própria família:<br />
o que as fotos mostram? O que é uma família?<br />
Quantas pessoas compõem as famílias<br />
representadas nas fotografias? Alguma dessas<br />
famílias se parece com a sua? Por quê? Quantas<br />
21
pessoas formam a sua família? Quantos irmãos<br />
e irmãs você tem?<br />
O que sabemos? (página 11)<br />
Este é o momento em que o professor deve<br />
fazer o levantamento de conhecimentos prévios<br />
dos alunos, isto é, o grupo terá espaço para dizer<br />
o que sabe a respeito do assunto que está sendo<br />
apresentado.<br />
Sugerimos que, caso seja possível, você faça<br />
um registro desse levantamento com o objetivo<br />
de, no fim da unidade, fazer uma comparação entre<br />
o que o grupo trouxe de conhecimento sobre<br />
o assunto e os produtos gerados pela discussão<br />
ao final do trabalho.<br />
Vamos conhecer um pouco da história da família<br />
dos alunos.<br />
<strong>1.</strong> Resgate o conceito de História, enfatizando<br />
principalmente as relações entre o presente<br />
e o passado. Converse com os alunos sobre<br />
o que sabem a respeito do que é História e<br />
construa com eles esse conceito.<br />
2. Analise as fotografias com os alunos, explicando-lhes<br />
a importância das imagens<br />
como fonte histórica. Peça que observem<br />
nas fotos contemporâneas elementos<br />
que permitam identificar aspectos das<br />
relações sociais que marcam as famílias<br />
atualmente.<br />
Capítulo 1 – A história da sua<br />
família (página 12)<br />
Neste capítulo, conheceremos a história da<br />
família de cada aluno.<br />
Como desenvolvimento dessa etapa inicial<br />
do capítulo, sugerimos:<br />
<strong>1.</strong> Faça a leitura, com os alunos, do trecho da<br />
música “Paratodos”, de Chico Buarque.<br />
2. Explique aos alunos que o autor fala de sua<br />
própria família, isto é, ajude-os a perceber<br />
as relações de parentesco que aparecem<br />
na letra e as suas origens.<br />
Com essa atividade, abrimos espaço para que<br />
os alunos comecem a refletir sobre sua família.<br />
22<br />
Observação: é sempre importante lembrar<br />
que as estruturas familiares mudaram muito.<br />
Atualmente, encontramos grande diversidade<br />
nos laços familiares: crianças adotivas que não<br />
conhecem seus pais biológicos, filhos de pais separados<br />
que convivem ou com o pai ou com a<br />
mãe, crianças órfãs que vivem com avós ou tios,<br />
crianças adotadas por pais do mesmo sexo, enfim.<br />
Seja qual for a situação, valorize o núcleo familiar<br />
que os alunos apresentarem para o grupo. Nesses<br />
momentos, a expressão “conviver com a diversidade”<br />
deve sair da teoria e ser colocada em prática,<br />
estimulada, criando um ambiente de convivência<br />
pautado no respeito por todos aqueles que vivem<br />
de maneira diferente da convencional.<br />
Atividade de ampliação<br />
Estas atividades devem ser desenvolvidas<br />
com as áreas de conhecimento Língua Portuguesa<br />
e Geografia. A segunda atividade envolve também<br />
a área de Matemática.<br />
1 a – Faça com os alunos uma tabela em que<br />
eles coloquem o nome dos estados brasileiros e<br />
complementem com os adjetivos gentílicos, que<br />
designam o estado onde a pessoa nasceu. Exemplo:<br />
quem nasce em São Paulo é paulista; no Espírito<br />
Santo, é espírito-santense ou capixaba.<br />
Aqui você pode trabalhar por regiões ou elencar<br />
alguns estados, conforme o que estiver sendo<br />
trabalhado em Geografia.<br />
2 a – Boliche dos estados<br />
Material necessário: garrafas plásticas, tipo<br />
PEt, de 2 litros; papel; canetinhas coloridas; fita<br />
adesiva e folhas de jornal ou revista.<br />
Preparação: escreva em um pedaço de papel,<br />
medindo 6 cm x 20 cm, o nome de um estado e,<br />
com a fita adesiva, cole na garrafa PEt, no lugar do<br />
rótulo (que deve ser retirado).<br />
Utilize quantas garrafas precisar, de acordo<br />
com os estados que queira trabalhar, no mínimo<br />
dez. Cada garrafa deve corresponder a um<br />
estado.<br />
Você vai precisar de uma bola pequena e<br />
leve, com uns 10 cm de diâmetro, que pode ser<br />
feita de jornal. Amasse bem uma ou mais folhas<br />
de jornal até a bola ficar do tamanho desejado,
depois passe fita adesiva em volta dela para que<br />
não se desfaça quando for jogada.<br />
Desenvolvimento do jogo: arrume as garrafas<br />
no chão na disposição que achar mais interessante,<br />
em V ou formando um triângulo. A partir<br />
delas, numa distância de 1 m, trace uma linha<br />
com giz no chão.<br />
Os alunos devem ser organizados em fila ou<br />
sentados no chão e ter em mãos uma folha de papel<br />
ou o caderno e um lápis.<br />
Cada participante, na sua vez, a partir da linha<br />
traçada, joga a bola para derrubar as garrafas.<br />
Depois disso, ele deve anotar em uma folha<br />
o nome dos estados escritos nas garrafas que<br />
derrubou e completar com o adjetivo gentílico<br />
correspondente.<br />
Depois de duas rodadas, o vencedor será<br />
aquele que somar mais pontos.<br />
Pontuação: os alunos devem marcar um<br />
ponto para cada garrafa derrubada e outro ponto<br />
para cada acerto de adjetivos. Some todos para<br />
chegar ao total de pontos.<br />
Variações: você pode utilizar essa atividade<br />
pedindo as capitais dos estados ou ainda quantas<br />
letras tem o nome dos estados, atribuir pontos diferentes<br />
para os estados de uma região específica<br />
(exemplo: estados da Região Sul – 1 ponto; Região<br />
Sudeste – 2 pontos etc.).<br />
As famílias do passado (página 13)<br />
As imagens de famílias do início do século XX<br />
são interessantes fontes históricas para tratar do<br />
tema “família”. O professor pode pedir que os alunos<br />
observem atentamente as fotos, que identifiquem<br />
as roupas, os acessórios, a postura e as expressões<br />
corporais das pessoas fotografadas, entre outros aspectos.<br />
São diferentes das fotografias de famílias de<br />
hoje? Os alunos podem estabelecer uma comparação<br />
entre as famílias do passado e as variadas formas<br />
de famílias na atualidade, inclusive comparando<br />
as fotografias antigas com as atuais que abrem a<br />
unidade. Peça-lhes que tentem elaborar hipóteses<br />
sobre como eram as famílias antigas, antes mesmo<br />
da leitura do texto. Por meio da análise da fonte<br />
histórica, os alunos podem perceber como a hierarquia<br />
era marcada nessas famílias ditas “tradicionais”.<br />
Praticando (página 14)<br />
O texto “A família de Bárbara” permitirá que você<br />
trabalhe novamente as questões de “origem” dos<br />
membros das famílias. Outra questão importante<br />
proposta pelo texto é o deslocamento das pessoas<br />
e de suas famílias, ideia que os alunos desenvolverão<br />
com mais tempo quando trabalharem com as<br />
famílias imigrantes. O professor pode, inclusive, ajudá-los<br />
a perceber esses deslocamentos com a ajuda<br />
de um mapa do Brasil. Localize com eles os estados<br />
e as cidades mencionadas e analisem as distâncias<br />
percorridas. Pergunte-lhes ainda por que as pessoas<br />
mudam de cidade, estado ou país. Essas hipóteses<br />
podem ser discutidas e verificadas ao longo do trabalho<br />
com as unidades seguintes.<br />
Você é o historiador (página 15)<br />
Para desenvolver esta entrevista, é muito importante<br />
mostrar aos alunos exemplos no quadro<br />
de giz antes de pedir que façam a atividade.<br />
Pode acontecer de alguns alunos não terem<br />
todas as informações necessárias ou pedidas, mas<br />
tudo que for trazido deve ser considerado.<br />
Sugerimos que sejam seguidos estes passos:<br />
1 o passo – Oriente os alunos para que conversem<br />
com seus pais sobre as perguntas feitas, contando<br />
que são para uma pesquisa da escola, o objetivo é<br />
saber a origem da família.<br />
2 o passo – Peça para que cada aluno faça as perguntas<br />
da página 15 e registre as respostas no caderno.<br />
3 o passo – Depois, em sala de aula, abra um painel<br />
ou, então, em roda, cada aluno deve apresentar<br />
sua pesquisa.<br />
4 o passo – No final, peça para os alunos compararem<br />
suas pesquisas para perceber as diferenças<br />
entre cada história de família.<br />
Cartografia – trabalhando com mapas<br />
Aqui foi introduzida uma atividade com<br />
mapa, pois concebemos a alfabetização cartográfica<br />
como um dos conteúdos que devem ser trabalhados<br />
nos anos iniciais do Ensino Fundamental.<br />
A cartografia é uma das ferramentas utilizadas<br />
no estudo da Geografia, que é a ciência que estuda<br />
a relação entre a sociedade e o meio.<br />
23
trabalhar o conteúdo de mapas requer que<br />
o aluno compreenda que o mapa representa, de<br />
forma reduzida, algum lugar. Desde o momento<br />
que a criança faz suas primeiras representações<br />
visuais em desenhos, como a casa, o parque ou os<br />
objetos, está fazendo redução da forma como ela<br />
vê esses locais ou objetos. Com o tempo, vai ampliando<br />
suas descobertas e transcrevendo como<br />
vê o mundo que a cerca. Com essas experiências,<br />
vai desenvolvendo a noção de tamanho e distância,<br />
fundamentais para aprender conteúdos geográficos<br />
relacionados a mapas.<br />
O processo de construção do conhecimento<br />
por meio da cartografia, nessa faixa etária, parte<br />
do espaço imediato do aluno, como o espaço da<br />
sala de aula, da escola e do bairro, para então,<br />
gradativamente, ir ampliando para outros espaços<br />
maiores, como município, estado, país e planisfério.<br />
A Unidade 2 – Onde vivemos deste livro do<br />
3 o ano, irá trabalhar com os bairros e as cidades,<br />
propiciando aos alunos visualizarem e se perceberem<br />
inseridos nesses espaços.<br />
Neste momento, contudo, é necessário observar<br />
com o grupo alguns aspectos importantes<br />
para esse primeiro contato com um mapa:<br />
explicar o que é um mapa, o que ele representa<br />
e de que forma nós podemos ler as informações<br />
contidas nele.<br />
Observando e respeitando a capacidade cognitiva<br />
das crianças, um trabalho que siga essas<br />
orientações poderá levá-las a desenvolver a habilidade<br />
de ler, interpretar e representar o espaço<br />
por meio de mapas simples.<br />
Sugerimos que este trabalho seja feito junto<br />
com a disciplina Geografia.<br />
Como moram as famílias? (página 16)<br />
Sugerimos que, para iniciar esse tópico, você<br />
converse com o grupo mostrando que todas as<br />
famílias vivem em algum tipo de moradia, utilizando<br />
para isso as fotos das páginas 16 e 17. Explore<br />
ao máximo tudo o que for possível sobre<br />
os diferentes tipos de moradia nessa discussão:<br />
como são construídas essas casas, o material usado<br />
e por que, em que lugar são encontradas as diferentes<br />
construções, onde os alunos moram etc.<br />
24<br />
Esses procedimentos auxiliam a compreensão do<br />
tema, que é um complemento da ideia de diferentes<br />
famílias.<br />
Praticando – “Minha moradia” (página 18)<br />
Esta atividade tem como objetivo fazer com<br />
que os alunos fiquem mais atentos à sua realidade.<br />
Levando em consideração que eles aprofundaram<br />
os conhecimentos sobre a origem de sua<br />
família, agora irão analisar o espaço em que vivem<br />
e comparar com outros, iguais ou diferentes.<br />
Espera-se que eles descrevam e desenhem a<br />
casa onde moram do jeito que ela é.<br />
Acreditamos que o desenvolvimento da linguagem<br />
é um processo e também serve para<br />
aprender mais. O exercício de descrição é excelente<br />
para o desenvolvimento da linguagem<br />
tanto oral quanto escrita e permite a ampliação<br />
do vocabulário e a percepção da realidade que<br />
cerca o aluno.<br />
Sugerimos que os alunos sejam chamados<br />
para construir uma representação mental completa<br />
de sua casa. Exemplo: moro em uma casa<br />
térrea, feita de tijolos, madeira e coberta com telhas.<br />
Minha casa tem uma sala, dois quartos, banheiro,<br />
cozinha, um quintal com jardim e uma<br />
garagem. O desenho deve expressar essa representação<br />
mental de cada um.<br />
Sugerimos, ainda, outra atividade envolvendo<br />
História e Matemática. Você pode aproveitar<br />
o assunto e fazer no quadro de giz uma<br />
tabela mostrando quantos alunos moram em<br />
casas térreas, sobrados, apartamentos, casas de<br />
madeira etc.<br />
Conhecendo mais (página 18)<br />
Esta seção vai mostrar um tipo de moradia típica<br />
da Região Amazônica e de outras áreas brasileiras<br />
que sofrem alagamento: a palafita. O objetivo<br />
é continuar a trabalhar as diferenças existentes<br />
em um mesmo tempo histórico.<br />
Sugerimos que você faça a leitura das imagens<br />
e do texto assegurando que o grupo assimile o assunto:<br />
quem são os ribeirinhos, o tipo de moradias<br />
que eles constroem e por que ela é assim.
Você é o repórter! (página 19)<br />
Com base na leitura do Conhecendo mais,<br />
oriente, então, a atividade que deve ser realizada<br />
em casa. Um ponto interessante dessa atividade<br />
é o trabalho com a linguagem narrativa. Para elaborar<br />
a narração, o aluno deve construir a ideia,<br />
organizar as informações e então produzir um<br />
texto. Espera-se que a narrativa seja simples e em<br />
uma sequência lógica com começo, meio e fim.<br />
A reportagem produzida pelos alunos deve trazer<br />
informações sobre os ribeirinhos e as palafitas.<br />
A seguir, apresentamos um texto com informações<br />
sobre a Região Amazônica que pode ajudá-lo a<br />
orientar o trabalho dos alunos.<br />
Chama-se Região Amazônica a área formada<br />
pela Bacia do Rio Amazonas e pela<br />
vegetação característica dessa região: a floresta<br />
equatorial ou Floresta Amazônica. A<br />
Região Amazônica se estende por vários<br />
países da América do Sul: Peru, Colômbia,<br />
Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e Brasil.<br />
E em nosso país se estende pelos estados do<br />
Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e<br />
Roraima, assim como por pequena parte do<br />
Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. A Bacia<br />
Amazônica é a maior bacia fluvial do mundo<br />
e abrange uma área de cerca de 7 milhões<br />
de metros quadrados.<br />
No Brasil, a Amazônia é delimitada por<br />
uma área chamada “Amazônia Legal”. Dessa<br />
forma, o governo pode definir planos econômicos<br />
e de infraestrutura especialmente para<br />
essa área específica, que reúne características<br />
ímpares. Entre as preocupações governamentais<br />
e de entidades de preservação ambiental<br />
está o desenvolvimento dos recursos humanos<br />
da região – geração de empregos, melhoria<br />
da qualidade de vida da população amazônica<br />
etc. – em conjunto com a preservação da<br />
biodiversidade da área e o respeito aos costumes<br />
e às tradições da população local.<br />
As populações da região da Bacia Amazônica<br />
convivem intimamente com a floresta.<br />
Muitas extraem das matas alimentos para<br />
a subsistência, bem como produtos que comercializam.<br />
Como a região tem muitos rios<br />
e uma grande diversidade de peixes, a pesca<br />
também é uma atividade importante para o<br />
sustento de muitas comunidades ribeirinhas.<br />
Na Amazônica brasileira, a área coberta<br />
pela Bacia Amazônica mais do que triplica durante<br />
a estação de chuva, que ocorre entre dezembro<br />
e maio. A cheia do Rio Negro, o maior<br />
afluente da margem esquerda do Rio Amazonas,<br />
por exemplo, atinge o ponto máximo<br />
no mês de junho. E a maior vazante da região<br />
ocorre entre setembro e outubro. As áreas afetadas<br />
pela invasão das águas são bastante amplas:<br />
em média, na estação da seca, 110.000<br />
km2 de terra ficam submersas; já na estação<br />
chuvosa, essa área chega a 350.000 km2 .<br />
A vida das populações ribeirinhas é regida<br />
pelo sistema das chuvas, já que boa parte<br />
da alimentação, do transporte, da economia<br />
local e das formas de sociabilização dependem<br />
dos rios.<br />
Professora Maria Brunieri. Escrito especialmente<br />
para esta obra.<br />
“Onde vovó morava?” (página 20)<br />
Antes de propor esta atividade, sugerimos que<br />
você retome o conceito de História e volte a conversar<br />
com os alunos sobre quem é o historiador e<br />
qual é o seu trabalho.<br />
Esse é um exercício de percepção, e os alunos<br />
serão desafiados a descobrir a casa da avó de Gustavo<br />
pelas pistas dadas.<br />
Essa atividade, além de ilustrar o trabalho do<br />
historiador, favorece o entendimento de que ele<br />
é o trabalhador que vai buscar as informações sobre<br />
o passado e o presente.<br />
É interessante também usar a metacognição,<br />
ou seja, fazer com que o aluno não apenas<br />
resolva o problema, mas que tenha consciência<br />
e consiga refletir sobre os passos dados para<br />
chegar à solução. Essa é uma estratégia que favorece<br />
a autonomia para a aprendizagem, pois<br />
os alunos devem pensar na sequência das ações<br />
25
que precisam ser realizadas a fim de resolver a<br />
situação-problema.<br />
Para que serve a moradia? (página 21)<br />
As moradias são utilizadas, geralmente, como<br />
residências das pessoas. Mesmo assim, em vários<br />
momentos da História, inclusive atualmente, algumas<br />
moradias são também utilizadas como locais<br />
de trabalho. Essa pode ser a situação de muitos<br />
alunos do grupo.<br />
Para desenvolver essa etapa, leia com os<br />
alunos o texto e observe as imagens; é importante<br />
que o grupo perceba que, até hoje, para<br />
muitas famílias, a casa é também o espaço do<br />
trabalho.<br />
Com essa percepção, os alunos, em grupo,<br />
deverão ter condições de responder às questões<br />
propostas.<br />
Praticando (página 22)<br />
Aqui, é importante que fique claro para os<br />
alunos o que é para ser feito.<br />
Por isso, depois de observar a cena do desenho,<br />
eles devem pensar em sua própria casa. Em<br />
seguida, devem fazer um exercício de comparação<br />
entre a sua casa e a da imagem. O objetivo dessa<br />
atividade é que os alunos desenvolvam a percepção<br />
de semelhanças e diferenças entre ambientes.<br />
Consideramos importante lembrar que a percepção<br />
é uma competência que os alunos irão<br />
utilizar em muitas situações da sua vida, acadêmica<br />
ou não.<br />
Capítulo 2 – Famílias no Brasil<br />
(página 24)<br />
Este capítulo trata das primeiras famílias<br />
que moraram no Brasil e deram início à formação<br />
do povo brasileiro: as famílias indígenas,<br />
portuguesas e africanas. Abordaremos seus hábitos<br />
e costumes que influenciaram nossa cultura,<br />
foram incorporados e, hoje, estão presentes<br />
no nosso cotidiano. Como já foi destacado<br />
anteriormente neste manual, não daremos um<br />
conceito final de cultura. Mas, implicitamente, o<br />
conceito será trabalhado.<br />
26<br />
Observação: sugerimos que, para iniciar o capítulo,<br />
você proceda da seguinte maneira:<br />
<strong>1.</strong> Junto com os alunos, analise as imagens<br />
com o apoio do questionamento proposto<br />
no texto acima das fotos como uma espécie<br />
de roteiro para a leitura das imagens.<br />
O objetivo é que o grupo consiga perceber<br />
que são famílias diferentes e, portanto,<br />
com origens diferentes.<br />
2. Em grupo, peça para os alunos conversarem<br />
e registrarem o que observaram nas<br />
imagens, seguindo como roteiro as questões<br />
propostas.<br />
Famílias indígenas (página 25)<br />
As famílias indígenas foram as primeiras a<br />
ocupar o território brasileiro. Elas já viviam no Brasil<br />
muito tempo antes da chegada dos portugueses.<br />
Nossa intenção ao tratar das famílias indígenas é,<br />
além de ampliar o conceito de diferentes famílias,<br />
iniciar a reflexão sobre processo histórico brasileiro<br />
a partir dos primeiros habitantes do Brasil, resgatando<br />
e valorizando a importância da cultura<br />
desses povos para a formação cultural brasileira.<br />
Ainda dentro do conceito de diferentes famílias,<br />
mostre que todos os costumes indígenas estão<br />
vinculados à maneira de eles viverem e explore,<br />
com a turma, de que forma esses elementos estão<br />
presentes na cultura do Brasil.<br />
Observação: em relação a alguns grupos<br />
i ndígenas que viviam no Brasil, pesquisas afirmam<br />
que os tupis habitavam uma faixa estreita de terra<br />
que se estendia pela planície litorânea atlântica, desde<br />
o estado do Rio Grande do Sul até o estad o da<br />
Bahia. Outros trabalhos de pesquisa ainda afirmam<br />
que esses grupos estavam presentes até o estado do<br />
Pará, na Região Norte brasileira. Os tupis apresentavam<br />
traços culturais e é tnicos muito parecidos com<br />
os dos guarani s, que habitavam as regiões sul e sudoeste<br />
do Brasi l. Os tupi-guaranis formavam juntos a<br />
tribo mais poderosa e numerosa do Brasil.<br />
Como já explicitamos nas considerações sobre<br />
o Capítulo 1, a alfabetização cartográfica é um<br />
dos objetivos a ser alcançado ao longo do Ensino<br />
Fundamental I. Ler e interpretar dados expressos<br />
em mapas é um requisito fundamental também<br />
para a interpretação histórica.
Em relação à leitura de mapas, Rosângela<br />
D. Almeida aponta o seguinte caminho: “Inicia-<br />
-se uma leitura pela observação do título. temos<br />
que saber qual o espaço representado, seus limites,<br />
suas informações. Depois, é preciso observar<br />
a legenda ou a decodificação propriamente dita,<br />
relacionando os significantes e o significado dos<br />
signos relacionados na legenda. É preciso também<br />
se fazer uma leitura dos significantes/significados<br />
espalhados no mapa e procurar refletir<br />
sobre aquela distribuição/organização. Observar<br />
também a escala gráfica ou numérica acusada<br />
no mapa para posterior cálculo das distâncias a<br />
fim de se estabelecerem comparações ou interpretações”.<br />
Ao explorar o mapa com os alunos, ajude-<br />
-os a identificar o contorno do Brasil, inserido na<br />
América do Sul. Localize com a turma o Oceano<br />
Atlântico, que banha a costa brasileira. O mapa<br />
não traz a divisão dos estados brasileiros, assim,<br />
muitos podem apresentar dificuldade para interpretar<br />
os dados e localizar as regiões em que<br />
viviam os grupos indígenas representados na<br />
carta. Seria interessante que você levasse para<br />
a sala um mapa político do Brasil, para que os<br />
alunos estabeleçam comparações entre os espaços<br />
marcados no mapa e as regiões e os estados<br />
brasileiros.<br />
Para o desenvolvimento dessa etapa do capítulo,<br />
siga este roteiro:<br />
<strong>1.</strong> Mostre para os alunos, no mapa, nas terras<br />
que hoje formam o Brasil, a ocupação das famílias<br />
indígenas, ressaltando as várias etnias existentes.<br />
2. Na atividade, peça aos alunos para fazerem<br />
uma lista com os nomes dos grupos ou tribos<br />
indígenas que viviam aqui em 1500. Informe-as<br />
de que devem observar a legenda para descobrir<br />
o nome das tribos. É um exercício simples de leitura<br />
de mapa.<br />
O trabalho nas famílias indígenas (página 26)<br />
Pela leitura das imagens e do texto na sequência,<br />
mostre para os alunos que a estrutura<br />
da família indígena era a mesma que a de qualquer<br />
outra família, isto é, eles eram trabalhadores<br />
e cada membro da família tinha o seu trabalho e a<br />
sua função dentro do grupo.<br />
É interessante também destacar que todos na<br />
tribo sabiam fazer de tudo.<br />
Atividade de ampliação<br />
Você poderá propor para o grupo uma atividade<br />
em que os alunos deverão pesquisar se,<br />
na cidade ou região, há algum agrupamento ou<br />
alguma comunidade indígena e como vivem os<br />
indígenas atualmente.<br />
Na medida do possível, seria muito interessante<br />
fazer uma visita a essa comunidade para que os<br />
alunos possam conhecer os indígenas de perto e<br />
ouvir histórias sobre seus hábitos e costumes.<br />
A seguir, propomos algumas atividades que<br />
podem completar o trabalho em sala de aula. É<br />
importante lembrar que as atividades de ampliação<br />
podem ser utilizadas como exercício complementar<br />
ou como sugestão para avaliação. Isso fica<br />
a seu critério.<br />
Leia o texto e depois resolva os exercícios que<br />
se seguem:<br />
[...] Na época da seca ou na meia-estação<br />
– entre abril e setembro –, Kaxi acompanhava<br />
sua ixi no plantio de musukta, we xik’a,<br />
akoba, milho, cará, kagã, entre outras. Naturalmente,<br />
isso acon tecia após a coivara, trabalho<br />
masculino que consistia na derrubada<br />
e queimada de um pedaço de terreno a que<br />
a comunidade chamava de roça. Cada roçado<br />
tinha um dono cuja tarefa era o plantio<br />
dos meios necessários à sua sobrevivência e<br />
de sua família.<br />
Num desses dias de queimada, Kaxi, observando<br />
tudo tristemente, virou-se para sua<br />
ixi e perguntou-lhe:<br />
– Ixi, é preciso mesmo derrubar tantas<br />
árvores para plantar musukta e outros<br />
alimen tos? Elas parecem estar chorando de<br />
tristeza.<br />
– Kaxi – disse-lhe a mãe –, a natureza sofre<br />
quando as pessoas a destroem por maldade.<br />
Nós não temos outra saída. Se não derrubarmos<br />
algumas árvores para fazer nosso roçado,<br />
acabaremos morrendo de fome, pois precisamos<br />
nos alimentar. [...] Não se preocupe, pequeno<br />
Kaxi, a mãe Natureza sabe que nós não<br />
27
28<br />
estamos fazendo isso por maldade, e sim por<br />
necessidade de sobrevivência.<br />
Enquanto as mulheres cuidavam da ku e<br />
das tarefas domésticas, os homens se ocupavam<br />
das atividades de caça e pesca, coivara,<br />
arte sanato em que confeccionavam os arcos<br />
e flechas que usariam nas caçadas e pescarias.<br />
Eles os usariam também, se preciso fosse,<br />
para a defesa da aldeia contra eventuais<br />
inimigos. Além disso, os homens se reuniam<br />
diariamente, nos fins de tarde, para conversar<br />
sobre política, sobre os feitos mara vilhosos<br />
dos heróis criadores da humanidade.[...]<br />
MUNDURUKU<br />
Glossário<br />
PORTUGUÊS<br />
ixi mãe<br />
musukta mandioca<br />
we xik’a batata-doce<br />
akoba banana<br />
kagã cana<br />
ku roça, plantação<br />
Daniel Munduruku. Histórias de índio. São Paulo:<br />
Companhia das Letrinhas, 1996.<br />
<strong>1.</strong> Kaxi era um menino da tribo munduruku<br />
e seu povo falava a língua munduruku. No<br />
texto, aparecem algumas palavras escritas<br />
na língua de Kaxi. Reescreva a frase que<br />
está abaixo substituindo as palavras que estão<br />
em munduruku. Observe no Glossário o<br />
significado dessas palavras em português.<br />
Kaxi acompanhava sua ixi no plantio de<br />
musukta, we xik’a, akoba, milho, cará, kagã,<br />
entre outras.<br />
Kaxi acompanhava sua mãe no plantio<br />
de mandioca, batata-doce, banana, milho,<br />
cará, cana, entre outras.<br />
2. De acordo com o texto, na família indígena,<br />
quais são as atividades feitas pelos homens?<br />
As atividades masculinas são caça e<br />
pesca, coivara, arte sanato em que confeccionam<br />
os arcos e flechas que usam<br />
nas caçadas, nas pescarias e, se for preciso,<br />
na defesa da aldeia contra possíveis<br />
inimigos. Além disso, os homens se reú-<br />
nem nos fins de tarde para conversar sobre<br />
política.<br />
3. Você sabe explicar o que é a coivara?<br />
Coivara é uma técnica usada pelos índios<br />
para limpar a terra e preparar o terreno<br />
para o plantio. Eles cortam algumas árvores<br />
e queimam a mata.<br />
4. Quais são as tarefas das mulheres?<br />
As mulheres mundurukus cuidam da<br />
roça e das tarefas domésticas (cuidar dos<br />
filhos, cozinhar, entre outras).<br />
5. Certo dia, quando os homens estavam trabalhando<br />
na coivara, queimando o terreno,<br />
Kaxi observava tudo tristemente. Por quê?<br />
Kaxi ficava triste, pois achava que a natureza<br />
sofria porque a estavam destruindo.<br />
6. Pelo que você leu no texto, os indígenas<br />
respeitam a natureza? Ou eles a destroem<br />
por maldade?<br />
Os indígenas respeitam a natureza, pois<br />
só derrubam algumas árvores por necessidade<br />
de sobrevivência. Eles queimam<br />
um pedaço da mata para fazer o roçado<br />
e plantar alimentos; caso contrário, morrem<br />
de fome.<br />
7. Faça uma ilustração para esse texto.<br />
Conhecendo mais (página 28)<br />
A seção Conhecendo mais tem como objetivo<br />
trazer, por meio de uma imagem, de um texto<br />
ou de uma atividade, mais uma informação sobre<br />
o tema trabalhado. Essa informação é mais uma<br />
etapa da construção do conhecimento.<br />
No caso específico deste Conhecendo mais,<br />
existe um texto que traz informações sobre como<br />
as crianças indígenas aprendem com os pais.<br />
Sugerimos os seguintes passos:<br />
1 o passo – Faça a leitura do texto com os alunos<br />
pelo menos duas vezes. Na primeira, simplesmente<br />
apresente o assunto; na segunda, abra espaço<br />
para que os alunos comentem aquilo que mais<br />
chamou a atenção deles.<br />
2 o passo – Após a leitura do texto e das imagens,<br />
os alunos devem perceber as diferenças e as semelhanças<br />
que existem entre a educação dos indígenas<br />
e a deles.
3 o passo – Para finalizar, individualmente, eles deverão<br />
responder às atividades propostas.<br />
Atividade de ampliação<br />
Depois de ler o texto com atenção, faça o<br />
que se pede.<br />
[...] Kaxi também não es quecia das outras<br />
crian ças e com elas brincava uma boa parte<br />
do dia. Logo pela manhã ele se juntava a<br />
outros meninos – pois os meninos sempre<br />
andavam juntos – e iam até o igarapé nadar,<br />
brincando ou competindo para aprimorar a<br />
coordenação motora. Os pais das crianças as<br />
incentivavam a agir dessa maneira, pois era<br />
uma forma de desenvolver os movimentos<br />
do corpo, treinar a agilidade corporal e aprender<br />
a viver em grupo.<br />
Após o banho e a brincadeira, ele devia<br />
se ocupar de alguma tarefa com a mãe ou<br />
o pai.<br />
[...] Quando voltavam dos seus afazeres,<br />
mais uma vez as crianças se reuniam e contavam<br />
o que tinham feito. Um contava que<br />
tinha ido pescar com o pai; outro, que tinha<br />
ido à roça com a mãe, carregado o cesto com<br />
mandioca para a casa de farinha, outro ainda<br />
dizia ter ralado mandioca para fazer o beiju<br />
ou jogado massa no tipiti. Depois de todos<br />
terem falado sobre suas atividades, iam até o<br />
rio e tomavam um gostoso banho, não sem<br />
fazer um grande alarido imitando wasuyu,<br />
poy’iayu ou outros bichos que eles conheciam.<br />
Após o banho, todos se reuniam em torno<br />
da fogueira que era acesa no meio do ter reiro<br />
e passavam a conversar. Kaxi, pela sim ples<br />
observação, conseguia entender que estava<br />
sendo instruído no modo de vida de seu<br />
povo. Recordou que, um dia, seu pai lhe dissera<br />
que os brancos aprendem o seu modo de<br />
ser indo a um lugar a que chamam de escola,<br />
onde ficam sabendo tudo o que precisam<br />
sobre sua cultura, e isso lhes dá prestígio e<br />
poder sobre os demais homens. Kaxi achava<br />
estra nha essa maneira de aprender, uma vez<br />
que as crianças não an davam pela flo resta,<br />
não imita vam os pássaros, não sabiam fazer<br />
arapuca ou uma armadilha qualquer [...]<br />
Daniel Munduruku. Histórias de índio. São Paulo:<br />
Companhia das Letrinhas, 1996.<br />
Glossário<br />
MUNDURUKU PORTUGUÊS<br />
wasuyu pássaros<br />
poy’iayu macacos<br />
<strong>1.</strong> Coloque V para as afirmações verdadeiras<br />
e F para as falsas.<br />
a) O menino Kaxi costumava ir à escola<br />
todos os dias. ( F )<br />
b) Kaxi morava com sua família indígena<br />
na floresta. ( V )<br />
c) O avô de Kaxi contou para ele que os<br />
brancos aprendem sua cultura num lugar<br />
chamado escola. ( F )<br />
d) As brincadeiras são incentivadas pelos<br />
pais indígenas porque desenvolvem<br />
os movimentos do corpo e ajudam as<br />
crianças a ter agilidade corporal e a<br />
aprender a viver em grupo. ( V )<br />
e) Kaxi aprendia sua cultura e o modo de<br />
vida de seu povo pela observação nas<br />
rodas de conversas em volta da fogueira.<br />
( F )<br />
2. Qual é a rotina de um dia na vida do menino<br />
Kaxi?<br />
Logo pela manhã, Kaxi ia com seus amigos<br />
ao igarapé, onde nadavam, brincavam ou<br />
competiam para aprimorar a coordenação<br />
motora. Depois, cada um tinha alguma tarefa<br />
para realizar com a mãe ou com o pai.<br />
Mais tarde, juntava-se a outros meninos,<br />
conversavam sobre suas atividades e iam<br />
até o rio para tomar outro banho. Após o<br />
banho, todos, crianças e adultos, se reuniam<br />
em torno de uma fogueira para conversar<br />
e aprender com as histórias contadas<br />
pelos mais velhos.<br />
3. Quais são as diferenças e/ou semelhanças<br />
que existem entre a maneira de aprender<br />
das crianças indígenas e a sua?<br />
29
30<br />
Espera-se que os alunos tenham entendido<br />
que os indígenas aprendem com<br />
a experiência, nas brincadeiras com os<br />
amigos, seguindo seus pais nas suas atividades,<br />
observando e escutando histórias<br />
das pessoas mais velhas. As crianças<br />
da cidade, chamadas pelos indígenas de<br />
brancos, aprendem na escola e também<br />
com os pais em algumas situações.<br />
Famílias europeias (página 30)<br />
As famílias europeias foram também importantes<br />
no processo de formação do povo<br />
brasileiro.<br />
O mapa da página 30 tem como intenção<br />
uma localização simples do Brasil, habitado pelos<br />
indígenas, e da Europa, com destaque para Portugal,<br />
para que os alunos localizem de que parte do<br />
mundo os portugueses saíram.<br />
Você pode trabalhar com os alunos seguindo<br />
as mesmas orientações para a leitura do mapa<br />
apresentadas anteriormente neste manual. Sugerimos<br />
que utilize um mapa-múndi grande para<br />
facilitar a visualização, ou, ainda que mostre um<br />
globo terrestre para que os alunos concretizem<br />
um pouco mais a ideia do planisfério.<br />
Sugestão para desenvolvimento dessa etapa.<br />
<strong>1.</strong> Mostre para os alunos onde fica a Europa<br />
no mapa.<br />
2. Destaque Portugal e, se for possível, comente<br />
que os portugueses são conhecidos<br />
na História como grandes navegadores.<br />
3. Mostre onde está localizado o Brasil e qual<br />
foi o caminho feito pelos navegadores<br />
portugueses para chegar aqui.<br />
Praticando (página 30) – “Portugal e o<br />
Brasil”<br />
Para que os alunos localizem os continentes,<br />
use um mapa do mundo de tamanho adequado<br />
para que todo o grupo o visualize. Em seguida,<br />
localize com eles o Brasil e os continentes que<br />
eles conhecem ou dos quais já ouviram falar.<br />
Peça a eles que escrevam no caderno os nomes<br />
dos continentes.<br />
Famílias portuguesas no Brasil (página 31)<br />
Sugestões para desenvolvimento desta etapa<br />
do capítulo:<br />
1 o passo – Faça uma análise das imagens com os<br />
alunos destacando os costumes das famílias portuguesas.<br />
2 o passo – Faça uma comparação entre os costumes<br />
das famílias portuguesas e indígenas, pedindo<br />
para que os alunos apontem as diferenças.<br />
Algumas delas são essenciais, como:<br />
a) A família portuguesa era patriarcal, com o pai<br />
exercendo o domínio sobre todos, decidindo<br />
desde o casamento das filhas à profissão dos<br />
filhos. As pessoas da família deviam obedecer<br />
a tudo o que ele determinasse.<br />
b) Ao contrário das famílias portuguesas, nas famílias<br />
indígenas todos tinham os mesmos direitos<br />
e a liberdade de fazer o que quisessem e<br />
no momento que achassem melhor.<br />
Praticando (página 32)<br />
Nesta atividade, os alunos devem fazer uma<br />
comparação entre a maneira de viver das famílias<br />
indígenas e a das portuguesas.<br />
No fim, devem concluir e aprender que as<br />
relações entre os indígenas eram igualitárias, enquanto<br />
a dos portugueses era patriarcal – quer<br />
dizer, o pai ou o chefe de família era quem decidia<br />
tudo e mandava em todos da família.<br />
Famílias africanas (página 33)<br />
Com as famílias africanas, fechamos o primeiro<br />
ciclo do processo de formação do povo brasileiro,<br />
que será complementado no Capítulo 3.<br />
As famílias africanas, assim como as indígenas<br />
e as portuguesas, foram fundamentais para a formação<br />
do povo e da cultura brasileiros.<br />
Sugestões de desenvolvimento:<br />
1 o passo – Pela leitura do mapa, peça aos alunos<br />
que localizem o continente africano.<br />
2 o passo – Destaque que os africanos vieram para<br />
o Brasil como escravos.<br />
3 o passo – Indique o caminho que os traficantes<br />
de escravos faziam, saindo da Europa em direção
à África, onde aprisionavam os africanos que traziam<br />
para o Brasil.<br />
4 o passo – Novamente, utilize o mapa do mundo<br />
grande e o globo terrestre com o objetivo de localizar,<br />
com os alunos, o Brasil, os países europeus<br />
e o continente africano.<br />
5 o passo – Em seguida, leia o texto “Como as famílias<br />
africanas vieram para o Brasil?”.<br />
Vida na África (página 34)<br />
Desenvolver um trabalho sobre a vida das famílias<br />
na África é de extrema importância devido<br />
a vários fatores. Com esse trabalho, os alunos terão<br />
a oportunidade de conhecer o outro lado dessas<br />
famílias e de construir uma visão mais ampla dos<br />
seus hábitos, costumes, maneira de viver, enfim,<br />
da cultura africana em um contexto diferente do<br />
da escravidão.<br />
Como desenvolvimento dessa etapa, apresente<br />
a África e as famílias africanas e leia o texto<br />
das páginas 34 a 36, paralelamente com a análise<br />
das imagens.<br />
Utilizando esse procedimento, os alunos poderão<br />
saber mais sobre a estrutura da família africana,<br />
seus hábitos, costumes e as atividades desenvolvidas<br />
pelos homens e pelas mulheres.<br />
Influências nos costumes brasileiros<br />
(página 36)<br />
Neste tópico, vamos conhecer algumas contribuições<br />
que as famílias indígenas, portuguesas<br />
e africanas deram para a formação das famílias<br />
brasileiras de hoje e saber um pouco mais sobre<br />
a influência de cada uma delas na vida e nos costumes<br />
brasileiros.<br />
Para isso, sugerimos estes passos:<br />
1o passo – Pelos textos e pelas imagens, dê ênfase<br />
a todas as influências retratadas, sempre buscando,<br />
junto com os alunos, perceber o quanto elas<br />
aparecem em suas vidas.<br />
2o passo – Se for possível, registre no quadro de<br />
giz tudo aquilo que for destacado.<br />
3o passo – Para trabalhar a contribuição das famílias<br />
indígenas, sugerimos:<br />
3.<strong>1.</strong> Se possível, ouça com a turma a música de<br />
Hélio Ziskind – “tu tu tu tupi” – ou apenas sigam<br />
a letra da canção (p. 36 e 37).<br />
3.2. Caso não tenha condições de tocar a música,<br />
faça a leitura da letra quantas vezes considerar<br />
necessário e converse com os alunos sobre<br />
o nome e o tema da música.<br />
3.3. Questione como eles percebem a presença<br />
dos indígenas na música e na nossa vida. Para<br />
isso, você poderá utilizar os versos que julgar<br />
mais adequados. Explique para os alunos que<br />
eles já falam a língua indígena sem saber.<br />
3.4. Em seguida, peça aos alunos que respondam<br />
às questões propostas. Se achar conveniente,<br />
de acordo com o perfil da sua turma,<br />
sugira que trabalhem em grupo e façam<br />
apenas o registro individual, cada um no seu<br />
caderno.<br />
Observação: na questão 6, consideramos interessante<br />
que você oriente sobre como construir<br />
a lista de palavras. Na questão 7, sugerimos que<br />
sejam escolhidas palavras de origem indígena<br />
comuns da cidade ou da região onde está localizada<br />
a sua escola, como nomes da cidade,<br />
de bairros, ruas ou alimentos.<br />
4 o passo – A seção Você é o historiador traz a<br />
proposta de uma atividade de pesquisa para explorar<br />
a contribuição dos africanos para a cultura<br />
e o folclore brasileiros. Antes de pedir que desenvolvam<br />
a pesquisa, sugerimos que você faça as<br />
seguintes atividades.<br />
4.<strong>1.</strong> Faça uma leitura das imagens e dos textos<br />
com os alunos.<br />
4.2. Converse com os alunos e pergunte quem<br />
conhece os instrumentos apresentados e a<br />
capoeir a. Questione quais são os costumes<br />
das famílias africanas que fazem parte do<br />
nosso presente.<br />
4.3. Na sequência, converse com os alunos sobre o<br />
que é folclore. Mostre a eles a riqueza do folclore<br />
brasileiro, citando alguns exemplos de seres<br />
encantados, histórias, músicas e festas populares,<br />
destacando que muitos elementos encontrados<br />
no nosso folclore foram trazidos para o<br />
Brasil por famílias que vieram morar aqui.<br />
31
4.4. Em seguida, oriente os alunos sobre a pesquisa<br />
proposta. Caso a sua escola possua biblioteca,<br />
leve a turma para pesquisar livros que<br />
falem sobre o tema.<br />
4.5. Os alunos, após uma leitura dos livros escolhidos,<br />
devem optar por duas festas do folclore<br />
do Brasil que sejam de origem africana.<br />
4.6. Para finalizar, peça que descrevam essas festas<br />
no caderno, dando ênfase aos elementos<br />
africanos que as caracterizam.<br />
5 o passo – trabalhe as contribuições das famílias<br />
europeias. Apresentamos algumas sugestões para<br />
o desenvolvimento desse tema.<br />
5.<strong>1.</strong> Faça a leitura das imagens com os alunos e<br />
leia o texto abaixo do quadro.<br />
5.2. Questione-os sobre quais são as brincadeiras<br />
retratadas, quem as conhece, quem já brincou<br />
etc.<br />
5.3. Em seguida, peça aos alunos que escolham<br />
duas brincadeiras. Oriente-os para que escrevam<br />
no caderno os nomes e as regras dessas<br />
brincadeiras e, depois, façam um desenho<br />
retratando-as.<br />
Com isso, concluímos essa parte do estudo<br />
propiciando aos alunos um contato maior com as<br />
contribuições dos três povos trabalhados.<br />
Capítulo 3 – Outras famílias<br />
brasileiras (página 42)<br />
Agora vamos conhecer algumas outras famílias<br />
que vieram para o Brasil e também contribuíram<br />
para a formação do povo brasileiro.<br />
O capítulo se inicia com várias fotos de famílias<br />
imigrantes no passado e famílias descendentes<br />
desses imigrantes nos dias de hoje. Peça<br />
aos alunos que explorem essas fontes históricas,<br />
buscando identificar semelhanças e diferenças: na<br />
composição das famílias, nas “poses”, no vestuário,<br />
na hierarquia entre os membros da família etc.<br />
trabalhe com eles a ideia de imigração: por<br />
que essas famílias saíram de seus países de origem?<br />
Por que escolheram o Brasil para viver? Essa<br />
sensibilização preparará os alunos para a discussão<br />
proposta a seguir, sobre as influências desses<br />
vários grupos imigrantes na cultura brasileira.<br />
32<br />
Famílias italianas (página 44)<br />
Assim como foi feito com as famílias portuguesas<br />
e africanas, faça a leitura das imagens e<br />
mostre no mapa-múndi e no globo terrestre onde<br />
fica a Itália, na Europa, e o caminho percorrido<br />
pelos italianos para chegar ao Brasil. Em seguida,<br />
converse com os alunos sobre os costumes italianos,<br />
sua influência na nossa cultura e o porquê de<br />
eles terem vindo para cá.<br />
Praticando (página 45) – “Contribuições<br />
dos italianos”<br />
Para a realização dessa atividade, é necessário<br />
que os alunos tenham material adequado para<br />
desenho (cartolina ou folha de sulfite) e se organizem<br />
em grupos.<br />
Após observar a foto da página anterior e conversar<br />
entre si, cada grupo deve registrar por escrito<br />
e em desenhos as contribuições que conhecem<br />
dos italianos.<br />
Exponha os desenhos em um mural.<br />
Outras famílias (páginas 46 a 51)<br />
Sugerimos que você utilize o mesmo procedimento<br />
adotado com famílias italianas para<br />
a apresentação e trabalho com as famílias alemãs,<br />
japonesas, espanholas, sírio-libanesas e<br />
judias.<br />
Sugerimos também que o mapa do mundo<br />
seja utilizado com o objetivo de localizar cada um<br />
dos países de origem desses povos, para que os<br />
alunos tenham uma ideia da distância deles em<br />
relação ao Brasil.<br />
Praticando (página 53) – “Origem das<br />
famílias que vieram para o Brasil”<br />
Para essa atividade, sugerimos estas etapas:<br />
<strong>1.</strong> Auxilie os alunos tanto na construção da<br />
tabela quanto na elaboração do gráfico.<br />
2. Oriente os alunos a preencherem a tabela<br />
com as informações pedidas, que podem<br />
ser encontradas nos textos sobre cada família.<br />
Com essas informações, eles construirão<br />
o gráfico de barras conforme orientação.
3. Para facilitar, faça um gráfico idêntico no quadro<br />
de giz e realize cada passo junto com os<br />
alunos. Com o gráfico construído e pintado,<br />
proponha um exercício de leitura do gráfico,<br />
além de outras perguntas como: quantas famílias<br />
foram trabalhar como operárias e no<br />
campo? Quais são os tipos de trabalho que<br />
menos aparecem no gráfico?<br />
4. Depois de todas essas etapas, os alunos<br />
terão condições de responder às questões<br />
propostas.<br />
Atividade de ampliação<br />
Leia o texto e depois faça as atividades.<br />
O vô Felipe e a vó Póli eram os pais do meu<br />
pai. Eles nasceram na Ucrânia, que naquela<br />
época fazia parte da Rússia. Para escapar de<br />
lá, onde muitos judeus foram perseguidos –<br />
só porque eram judeus! –, eles rastejaram,<br />
escondidos, através de uma plantação de<br />
milho. Cruzaram a fronteira e pegaram um<br />
navio para o Brasil. Acabaram indo morar em<br />
Porto Alegre.<br />
[...] Lá na Europa não havia trabalho para<br />
todo mundo e as pessoas estavam passando<br />
fome; ou eram perseguidas, como meus<br />
avós, por seguirem outra religião. Precisava<br />
ter muita coragem para sair de lá e se mudar<br />
para tão longe, como o Brasil ou os Estados<br />
Unidos. Devia ser tão estranho para eles<br />
como seria para nós ir morar na Rússia.<br />
Quando o vô Felipe e a vó Póli chegaram<br />
ao Brasil, só falavam russo e ídiche. Tiveram<br />
de se virar para aprender português e conseguir<br />
ganhar a vida. No começo, o vô Felipe<br />
vendia tecidos de porta em porta. Acabou<br />
juntando dinheiro e abriu uma loja no centro<br />
da cidade.<br />
[...] Era uma sala com prida, um pouco<br />
escura, com rolos grandes de tecido nas<br />
prateleiras.<br />
[...] Eu adorava ver aqueles metros e metros<br />
de tecido colorido; mas o que eu mais<br />
gostava, mesmo, era da máquina de cal cular<br />
do vô Felipe. Naquela época, ainda não existiam<br />
calculadoras como as de hoje, muito<br />
menos computador. No canto do balcão, ficava<br />
uma máquina re gistradora, dessas que<br />
a gente ainda vê de vez em quando em lojinhas<br />
anti gas. Tinha muitas teclas de números<br />
e uma manivela grande do lado, que fazia<br />
triiimm quando alguém acabava a conta.<br />
Arthur Rosenblat Nestrovski. Histórias de avô e avó.<br />
São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998. p. 21-22.<br />
(Coleção Memória e História).<br />
<strong>1.</strong> Vamos ver se você seria um bom historiador.<br />
Essa história aconteceu em que tempo?<br />
[ X ] passado ou [ ] presente.<br />
Copie do texto a parte que mostra o tempo<br />
em que ela ocorreu.<br />
Naquela época, ainda não existiam calculadoras<br />
como as de hoje, muito menos<br />
computador. No canto do balcão, ficava<br />
uma máquina re gistradora, dessas que a<br />
gente ainda vê de vez em quando em lojinhas<br />
anti gas.<br />
2. O narrador do texto, que é o autor, conta a<br />
história de uma família de judeus.<br />
Complete o quadro com informações encontradas<br />
no texto.<br />
Nome do autor do texto: Arthur<br />
Rosenblat Nestrovski.<br />
De quais pessoas ele está falando:<br />
do avô dele, pais do seu pai.<br />
Onde nasceram essas pessoas: elas<br />
nasceram na Ucrânia, Rússia/Europa.<br />
Por que elas vieram para o Brasil:<br />
estavam sendo perseguidos porque<br />
eram judeus.<br />
Onde foram morar: foram morar<br />
em Porto Alegre, Rio Grande do Sul<br />
Que língua ele falavam: eles falavam<br />
russo e ídiche – língua falada por<br />
judeus da Europa central e do Leste<br />
Europeu.<br />
3. De acordo com o texto, por que as pessoas<br />
eram obrigadas a sair de seus países na<br />
Europa?<br />
Lá na Europa, não havia trabalho para<br />
todo mundo e as pessoas estavam passando<br />
fome; ou eram perseguidas por<br />
33
34<br />
seguirem outra religião, como no caso<br />
dos avós da história, que eram judeus.<br />
4. Qual era o trabalho do vô Felipe quando<br />
chegou ao Brasil?<br />
mascate [ X ] agricultor [ ] operário [ ]<br />
O que ele fazia?<br />
Vendia tecidos de porta em porta.<br />
5. Explique com suas palavras o que é uma<br />
máquina re gistradora.<br />
Registradora é uma máquina que serve<br />
para cal cular o valor de uma compra.<br />
Conhecendo mais (página 56)<br />
Para desenvolver esse Conhecendo mais, sugerimos<br />
que você converse com os alunos sobre as<br />
contribuições de cada grupo imigrante para a nossa<br />
cultura, pontuando que é na culinária que mais<br />
sentimos essas influências. Os alunos deverão, então,<br />
observar as fotos dos pratos típicos e dizer quais são<br />
aqueles consumidos na sua casa e por quê.<br />
Você é o historiador (página 58) – “Os<br />
pratos típicos da minha família”<br />
Aproveitando essa pesquisa, você pode propor<br />
um trabalho com os alunos sobre suas origens<br />
ou, então, sobre a origem das famílias que<br />
deram início à formação da sua cidade ou bairro.<br />
Para a realização da pesquisa em casa, siga os<br />
seguintes passos:<br />
1 o passo – Oriente os alunos a conversar com<br />
as pessoas da sua família sobre os pratos típicos,<br />
mostrando para eles as fotos do Conhecendo<br />
mais (p. 56 e 57).<br />
2 o passo – Feito isso, peça aos alunos que descubram<br />
quais são os pratos feitos por sua família e<br />
por quê.<br />
3 o passo – Para finalizar, peça que eles registrem<br />
tudo o que conversaram em casa para, depois,<br />
apresentar aos colegas.<br />
Explorando o que aprendemos! (página 59)<br />
Este é o momento de sistematizar o que foi<br />
aprendido nessa primeira unidade.<br />
Vamos utilizar a brincadeira de papéis ou dramatização:<br />
é uma estratégia que permite compre-<br />
ender e vivenciar a realidade de pessoas ou grupos<br />
sociais tornando mais significativa a aprendizagem.<br />
A brincadeira de “papel” oferece a oportunidade<br />
para os alunos e alunas experimentarem<br />
as dúvidas, problemas, privilégios ou<br />
sentimentos de persona gens conhecidos do<br />
meio, ou de outros sobre os quais devem-se<br />
informar para assumir seu papel, como no<br />
caso da empatia histórica.<br />
Sua utilidade didática, além da<br />
potencialidad e de tornar mais significativa a<br />
aprendizagem de conhecimentos em Ciências<br />
Sociais (profissões, situações de decisão<br />
em que podem opinar), inicia os alunos na<br />
análise das motivações de outras pessoas<br />
(conhecidos, desconhecidos, históricos) e,<br />
portanto, aumenta sua compreensão e tolerância<br />
para com a diversidade de pessoas,<br />
de opiniões, de situações e de alternativas<br />
que nos rodeiam ou nos rodearam.<br />
Antoni Zabala. Como trabalhar os conteúdos procedimentais<br />
em aula. 2. ed. Porto Alegre: Artmed,<br />
1999.<br />
A dramatização tem como tema a vida das famílias<br />
indígenas, africanas e portuguesas.<br />
Para o desenvolvimento dessa atividade, divida<br />
a turma em três grupos — cada um irá representar<br />
uma das famílias. Cada grupo deverá recordar<br />
tudo o que foi estudado sobre os grupos e a<br />
família que representará.<br />
Em seguida, oriente os membros de cada<br />
grupo a escrever uma história falando sobre essa<br />
família, com informações como: sua origem,<br />
como chegaram ao Brasil, quais são seus hábitos<br />
e costumes etc.<br />
Para finalizar, deverão representar sua história<br />
para o restante da turma.<br />
Observação: essa atividade pode ser utilizada<br />
como um elemento da avaliação.<br />
Sugerimos ainda que, se a turma for numerosa,<br />
você crie mais grupos, abrindo a possibilidade de<br />
escolha para outras famílias apresentadas na unidade:<br />
italianos, japoneses, alemães, espanhóis, sírio-libaneses<br />
e judeus. O procedimento para a realização<br />
da atividade é o mesmo descrito anteriormente.
UNIDADE 2 – Onde vivemos<br />
Capítulo 1 – Bairros e cidades<br />
Capítulo 2 – Algumas cidades brasileiras<br />
Capítulo 3 – As cidades e os cidadãos<br />
Objetivo geral<br />
Possibilitar que os alunos percebam e reconheçam o espaço em que vivem, como ele é formado e<br />
suas responsabilidades e direitos como cidadãos ou cidadãs.<br />
Conteúdos<br />
• Os bairros • Conhecendo algumas cidades brasileiras<br />
• Meu bairro • Os cidadãos, direitos e responsabilidades<br />
• As cidades<br />
Abertura da unidade (página 60)<br />
A proposta desta unidade é possibilitar que<br />
os alunos percebam e reconheçam o espaço em<br />
que vivem.<br />
Para o desenvolvimento dessa proposta, primeiro,<br />
peça que os alunos façam uma leitura da obra<br />
Dança de Roda, do pintor Alberto da Veiga Greignard.<br />
Em seguida, converse com a turma para que os<br />
alunos falem o que está retratado na obra e quais<br />
são os elementos presentes que dão a ideia de que<br />
esse é um local onde vive uma comunidade.<br />
O que sabemos? (página 61)<br />
Converse com os alunos sobre todos os elementos<br />
presentes na imagem. O objetivo é fazer<br />
com que eles falem a respeito de tudo o que existe<br />
em um bairro.<br />
Capítulo 1 – Bairros e cidades<br />
(página 62)<br />
Neste capítulo vamos desenvolver os conceitos<br />
de bairro e cidade. Como ponto de partida,<br />
optamos por um trabalho em que os alunos<br />
construam esses conceitos com base no conhecimento<br />
que eles têm do seu bairro e de sua cidade.<br />
Esperamos que, ao fim do capítulo, os alunos<br />
relacionem o que sabem sobre o seu bairro ao<br />
que aprenderam e também com os elementos<br />
trabalhados.<br />
Além disso, é importante que eles tenham<br />
uma visão de que o bairro é formado por diferentes<br />
tipos de moradias, comércio, serviços e<br />
ainda tem diversos meios de transporte que devem<br />
ajudar no deslocamento dos moradores da<br />
região.<br />
Praticando (página 63) – “O bairro”<br />
Esta é uma atividade de leitura de imagem<br />
em que os alunos irão descrever e relacionar no<br />
caderno tudo o que veem no desenho.<br />
Praticando (página 65)<br />
Esta atividade tem a finalidade de ampliar a<br />
visão dos alunos sobre o que é um bairro.<br />
Apresentamos algumas sugestões para seu<br />
desenvolvimento.<br />
<strong>1.</strong> Peça que os alunos observem os desenhos<br />
da página 64.<br />
2. Oriente-os a dividir uma folha de papel avulso<br />
em três colunas. Nelas, os alunos irão:<br />
a) registrar na 1 a coluna o nome de todas as<br />
coisas que estão no desenho e que eles<br />
encontram no bairro em que moram.<br />
35
36<br />
b) registrar na 2 a coluna o nome de todas<br />
as coisas que estão no desenho e<br />
que eles não encontram no bairro em<br />
que moram.<br />
c) registrar na 3 a coluna aquilo que há no<br />
bairro em que moram e que não está<br />
no desenho.<br />
3. Em seguida, peça para os alunos desenharem,<br />
no verso da folha de sulfite, o bairro<br />
em que moram e apresentarem a atividade<br />
para o restante da turma.<br />
Você é o historiador (página 66)<br />
O objetivo desta atividade de pesquisa é<br />
levar os alunos a investigar a história do bairro<br />
onde vivem. Você pode ajudá-los fazendo um levantamento<br />
prévio de informações sobre as áreas.<br />
Mas o mais interessante é que eles busquem<br />
as informações com “investigações” e entrevistas,<br />
explorando bastante as fontes históricas e a história<br />
oral.<br />
A pesquisa pode ser feita em dicionários ou<br />
na internet. Para isso, sugerimos que tenha a sua<br />
orientação.<br />
Depois de encontrada a origem dos nomes<br />
dos bairros, você poderá retomar assuntos tratados<br />
na Unidade 1 e relacionar o nome do bairro à contribuição<br />
cultural das famílias que formam o povo<br />
brasileiro (se for o caso).<br />
Atividade (página 66) – Maquete do<br />
bairro<br />
Para desenvolver esta atividade, converse<br />
com a turma sobre o que é uma maquete. Apresente<br />
aos alunos fotos de maquetes, por exempl o,<br />
propagandas de construções que mostram condomínios<br />
de prédios e casas ou fotos de jornal.<br />
Com essas informações, os alunos poderão<br />
realizar a atividade em casa e trazê-la para a escola<br />
na data que você determinar. Sugerimos que<br />
conste como elemento de avaliação.<br />
Contudo, de acordo com a realidade da turma,<br />
essa atividade pode ser feita em grupo ou na<br />
própria sala de aula, para que o trabalho dos alunos<br />
seja orientado e acompanhado.<br />
As cidades (página 68)<br />
Leia com os alunos, várias vezes, a letra da<br />
música “A cidade ideal” e, se possível, reproduza a<br />
música para eles ouvirem, acompanhando a letra,<br />
pois esse procedimento contribui para a compreensão<br />
do texto.<br />
Na sequência, eles deverão responder às questões<br />
do livro fazendo a interpretação do texto.<br />
Depois de todas as respostas prontas, cada<br />
grupo deve apresentar o que entendeu da letra<br />
da música.<br />
Partindo da ideia de cidade passada pela música,<br />
construa com a turma a definição do que é<br />
cidade, também chamada de município.<br />
Praticando (página 71) – “A minha cidade”<br />
Neste momento, peça aos alunos que descrevam<br />
como é a cidade em que vivem: sua paisagem,<br />
sua natureza, se há comércio, indústria, os<br />
tipos de moradia etc.<br />
Conviver na cidade: ser cidadão (página 71)<br />
O conceito de cidadania está presente nos<br />
quatro livros desta coleção. Porém, a definição começa<br />
a ser delineada nesta unidade.<br />
Para definir o ser cidadão:<br />
<strong>1.</strong> Analise tudo o que está no desenho que<br />
retrata a cidade da página 7<strong>1.</strong> Durante a<br />
análise, descreva a função desses serviços<br />
públicos e sua importância para os moradores<br />
das cidades.<br />
2. Diga para a turma quem é o prefeito e como<br />
ele administra a cidade, auxiliado pelos vereadores.<br />
tanto o prefeito quanto os vereadores<br />
são escolhidos pela população por meio<br />
do voto, nas eleições.<br />
É importante ressaltar que é o prefeito que<br />
tem a responsabilidade de cuidar dos serviços públicos,<br />
sendo responsável também pela melhoria<br />
das condições de vida dos habitantes da cidade.<br />
Mas é importante destacar, entretanto, que todos<br />
os moradores precisam colaborar para conservar e<br />
preservar tudo que é público. Por isso, é importante<br />
participar da escolha do prefeito nas eleições.
Professor: espera-se que o aluno entenda que<br />
a função:<br />
• da escola é de ensinar e que a educação formal<br />
é importante para a vida de qualquer<br />
pessoa.<br />
• do hospital é atender as pessoas e oferecer<br />
tratamento a doentes e feridos.<br />
• dos serviços de limpeza inclui os serviços<br />
de coleta do lixo, varrição de ruas, capina,<br />
lavagem de locais onde há feiras livres, disposição<br />
final e tratamento dos resíduos etc.<br />
Esses serviços são importantes para manter<br />
a cidade limpa.<br />
• dos sinais de trânsito é regular, advertir,<br />
orientar, informar e controlar a circulação<br />
de veículos e pedestres nas vias terrestres.<br />
• dos meios de transportes é um serviço de<br />
utilidade pública que tem como objetivo<br />
colocar veículos à disposição dos moradores<br />
para facilitar a locomoção deles pela cidade.<br />
Os veículos podem ser: ônibus, trem<br />
e metrô.<br />
• da segurança pública é de proteger os moradores<br />
da cidade, prevenindo e controlando<br />
atitudes de violência e crimes.<br />
• Professor: aqui a intenção é trabalhar com<br />
os alunos a função de cada um desses serviços<br />
públicos e destacar a importância deles<br />
para atender às necessidades dos cidadãos.<br />
Atividade de ampliação<br />
Pesquisa: faça uma pesquisa e descubra quais<br />
são os serviços públicos que a cidade deve oferecer<br />
para os cidadãos.<br />
Para o desenvolvimento dessa atividade,<br />
oriente os alunos sobre o tema da pesquisa: o<br />
que é serviço público e o que eles devem procurar<br />
saber.<br />
Se a escola tiver disponível um laboratório de<br />
informática, a pesquisa pode ser feita na internet.<br />
Caso esse recurso não exista, a pesquisa<br />
pode ser feita em livros ou por meio de entrevistas<br />
com adultos.<br />
Relacionamos a seguir quais são os serviços<br />
públicos que a cidade deve oferecer para os cidadãos:<br />
• segurança pública (Corpo de Bombeiros e<br />
policiamento);<br />
• tratamento de água e esgoto;<br />
• limpeza pública;<br />
• construção e manutenção de hospitais,<br />
prontos-socorros e postos de saúde;<br />
• construção e manutenção de creches, escolas,<br />
bibliotecas, centros culturais, teatros<br />
e museus;<br />
• arborização de ruas e locais públicos;<br />
• calçamento, conserto e iluminação de<br />
ruas, praças, jardins e avenidas;<br />
• instalação e manutenção de áreas de lazer,<br />
parques infantis e centros esportivos;<br />
• construção e conservação de pontes e viadutos;<br />
• sinalização de trânsito, placas indicativas,<br />
placas com nomes das ruas etc.<br />
Quando a pesquisa for entregue, converse<br />
com os alunos sobre esses serviços e por que cada<br />
um deles é importante para a vida da população.<br />
Você, junto com os alunos, também pode fazer<br />
um levantamento sobre quais serviços, na opinião<br />
deles, devem receber mais atenção do prefeito de<br />
sua cidade. Ou, então, identificar a lgum serviço público<br />
que não existe e precisa ser i mplantado.<br />
Observação: a partir dessa discussão, uma<br />
carta destinada ao prefeito da cidade poderá ser<br />
escrita, com as sugestões e os pedidos da turma<br />
no que diz respeito aos serviços públicos.<br />
Os cidadãos (página 72)<br />
Neste momento, vamos trabalhar com os alunos<br />
o que é ser cidadão.<br />
Chamamos de cidadãos os moradores das cidades,<br />
mas esse conceito é mais amplo. Ser cidadão<br />
é respeitar e contribuir com as outras pessoas<br />
na escola, nas ruas, em todos os lugares. É também<br />
ser livre para votar e escolher aqueles que irão representá-lo:<br />
o prefeito e os vereadores.<br />
todos os cidadãos têm direitos e deveres. têm<br />
direito à educação, à saúde, à alimentação e a um<br />
lugar para viver com dignidade. têm deveres, ou<br />
seja, responsabilidade de contribuir para manter a<br />
cidade limpa, cuidar e preservar a natureza, obedecer<br />
às regras de trânsito etc.<br />
37
Atividade (página 73)<br />
Para esta atividade, oriente os alunos a fazerem<br />
a leitura das imagens e converse com eles<br />
sobre os direitos e deveres ali retratados.<br />
Depois disso, coloque à disposição dos grupos<br />
papel para que confeccionem os cartazes para divulgação<br />
dos direitos e dos deveres dos cidadãos.<br />
Nesse momento é importante mostrar para<br />
a turma que, para ter sua cidadania respeitada, é<br />
necessário que cada um se aproprie dos seus direitos<br />
e participe de maneira ativa, fazendo valer<br />
esses direitos e respeitando os direitos de cada<br />
membro do grupo. também como cidadãos, temos<br />
deveres em relação ao próximo, à natureza e<br />
ao meio ambiente.<br />
Capítulo 2 – Algumas cidades<br />
brasileiras (página 74)<br />
Neste capítulo apresentamos, como o próprio<br />
título diz, algumas cidades brasileiras. Para iniciar o<br />
trabalho, analise, junto com os alunos, cada grupo<br />
de fotos. Em seguida, pesquise com eles quais são os<br />
elementos que retratam o presente e/ou o passado.<br />
Chame também a atenção dos alunos para o<br />
que mudou com o tempo, quais são as diferenças<br />
encontradas entre as fotos de uma mesma cidade<br />
e o que permaneceu.<br />
Sugerimos, ainda, que você faça uma pesquisa<br />
prévia para colher mais informações (internet,<br />
guias turísticos), além das que já existem no livro<br />
sobre as duas cidades que aparecem nas fotos,<br />
como suas características, sua população e outras<br />
curiosidades. Há, no próprio livro, indicações de<br />
sites que você pode consultar.<br />
Conhecendo mais (página 76) – Salvador<br />
O texto apresentado nesta seção traz informações<br />
sobre a história da construção de uma<br />
importante cidade brasileira, Salvador, capital<br />
do estado da Bahia. Se for oportuno, você pode<br />
levar para a turma fotografias atuais da cidade<br />
de S alvador que mostrem as construções das<br />
chamadas “cidade alta” e “cidade baixa” nos dias<br />
de hoje.<br />
38<br />
Converse com os alunos sobre a divisão de<br />
poder representada pela organização do espaço<br />
da cidade: na parte de cima, situavam-se os órgãos<br />
de poder e administração; na parte de baixo,<br />
ficavam o comércio e o restante da população.<br />
Você pode, ainda, perguntar-lhes se há esse<br />
tipo de divisão social do espaço na cidade onde<br />
vivem.<br />
Praticando (página 77) – “Minha cidade”<br />
Esta atividade tem como foco possibilitar que<br />
os alunos conheçam melhor a sua cidade.<br />
Para desenvolvê-la, sugerimos que você faça<br />
uma pesquisa para descobrir o número correto de<br />
habitantes da cidade em que está situada a escola<br />
e onde moram todas os alunos. Você pode obter<br />
essa informação no site do IBGE: . Na sequência, converse com a turma trocando<br />
informações sobre a cidade.<br />
Finalmente, oriente os alunos para a realização<br />
das atividades propostas.<br />
Duas cidades brasileiras (página 78)<br />
O objetivo aqui não é apenas conhecer essas<br />
cidades brasileiras, mas utilizar a história delas<br />
para trabalhar o conceito de metrópole, cidade<br />
grande e pequena e, também, resgatar a contribuição<br />
das famílias dos imigrantes na formação<br />
dessas e de outras cidades, incluindo a cidade em<br />
que está localizada a escola.<br />
Para isso, observe, junto com os alunos, a foto<br />
da página 78 e faça alguns questionamentos: essa<br />
é uma foto atual ou do passado? Por quê? O que<br />
aparece na foto? Que tipo de construções?<br />
Na sequência, leia o texto que fala da origem<br />
alemã de Blumenau.<br />
Chame a atenção para a outra foto, de Blumenau<br />
atualmente (p. 78). Use o mesmo procedimento<br />
de questionamento. Aqui pode ser estabelecida<br />
uma comparação entre as duas fotos<br />
apresentadas.<br />
Após a leitura do texto que se refere a Blumenau<br />
hoje, oriente os alunos sobre a atividade que<br />
deverão fazer em casa.<br />
Faça a leitura das fotos da página 79 estabelecendo<br />
uma comparação entre elas. Qual retrata
a cidade de São Paulo no passado e qual a mostra<br />
no presente? Por quê? Quais são os elementos<br />
que determinam a época das fotos?<br />
Em seguida, faça a leitura do texto, trabalhando<br />
com os alunos o conceito de metrópole.<br />
Finalmente, destaque a forte presença italiana<br />
na formação da cidade de São Paulo.<br />
Atividade (página 82)<br />
Esta atividade tem como objetivo fazer com<br />
que os alunos observem se na cidade onde vivem<br />
existe alguma contribuição das famílias de<br />
imigrantes. Para isso, sugerimos os seguintes<br />
passos:<br />
1 o passo – Converse, mais uma vez, com os alunos<br />
sobre a cidade em que a escola está localizada.<br />
2 o passo – Faça uma lista dos elementos culturais<br />
de imigrantes que foram levantados pelos<br />
alunos.<br />
3 o passo – Para finalizar, em grupo, os alunos deverão<br />
escrever quais são as contribuições dos imigrantes<br />
que eles identificaram na cidade.<br />
Atividade de ampliação<br />
Pesquisar quais foram as culturas (indígena,<br />
africana, espanhola, portuguesa etc.) que contribuíram<br />
para a formação da sua cidade. Você<br />
pode orientar os alunos para buscar quais são as<br />
influências que podem ser vistas e sentidas na<br />
vida das pessoas da cidade.<br />
Conhecendo mais (página 82)<br />
Este Conhecendo mais tem como finalidade<br />
abordar o conceito de imigração: o que é ser<br />
imigrante e quais foram os motivos da imigração<br />
para o Brasil.<br />
Primeiro, oriente os alunos para que façam a<br />
leitura do texto e, depois, respondam às questões<br />
propostas.<br />
Observação: é importante avaliar se o grupo<br />
compreendeu o significado da imigração para o<br />
Brasil, o papel dos imigrantes e quais foram suas<br />
contribuições para o desenvolvimento das nossas<br />
cidades.<br />
Capítulo 3 – As cidades e os<br />
cidadãos (página 83)<br />
Neste capítulo, vamos retomar a questão dos<br />
direitos e deveres dos cidadãos.<br />
Analise com os alunos as fotos que abrem o capítulo<br />
destacando o que elas retratam, o ambiente<br />
e o que as pessoas estão fazendo em cada foto.<br />
É interessante, também, que neste momento<br />
seja feito um levantamento das situações e dos<br />
comportamentos esperados e não esperados em<br />
uma cidade que valoriza a cidadania.<br />
Conhecendo mais (página 85)<br />
Leia com os alunos o texto de Gilberto Dimenstein.<br />
É interessante propor-lhes que busquem acrescentar<br />
outras atitudes cidadãs além das que o autor<br />
“listou”. Você pode, ainda, propor um debate entre os<br />
alunos: eles podem avaliar se esses direitos e deveres<br />
dos cidadãos são respeitados e apresentar propostas<br />
para garantir a cidadania a todas as pessoas.<br />
Você é o historiador (página 86)<br />
Nesta atividade, o grupo deve discutir e<br />
apontar todos os direitos dos cidadãos que não<br />
estão sendo atendidos e o que a cidade deveria<br />
oferecer à população por meio dos serviços públicos,<br />
quando eles não funcionam de maneira adequada.<br />
Por exemplo: as crianças não devem trabalhar,<br />
pedir esmolas, dormir na rua e não podem<br />
também nadar em rio poluído – “criança deve ter<br />
casa, saúde e ir à escola”; as pessoas precisam ter<br />
trabalho e ser atendidas sem fila no hospital, e os<br />
idosos devem ser valorizados.<br />
Para a realização da atividade, sugerimos que,<br />
depois de observar as imagens e ler o texto, os alunos<br />
discutam as questões propostas em uma roda<br />
de conversas, debatendo sobre as imagens, o contexto<br />
de cada uma, estabelecendo uma relação entre<br />
elas e os direitos de todos. Em seguida, devem<br />
responder às questões propostas. Dessa forma, o<br />
conceito de cidadania ficará mais claro para eles.<br />
Divididos em pequenos grupos, os alunos deverão<br />
fazer os registros das respostas da atividade,<br />
39
mas é importante que cada um também copie as<br />
respostas em seu caderno.<br />
Atividade de ampliação<br />
Ser cidadão é também ter deveres, ou seja,<br />
responsabilidade de contribuir para manter a cidade<br />
limpa, cuidar e preservar a natureza e o ambiente<br />
onde se vive.<br />
Sugerimos esta atividade para que esse conceito<br />
seja fixado.<br />
<strong>1.</strong> Peça que um aluno leia o poema “Paraíso”,<br />
de José Paulo Paes.<br />
40<br />
Paraíso<br />
Se esta rua fosse minha, eu mandava ladrilhar,<br />
Não para automóvel matar gente, mas<br />
para criança brincar.<br />
Se esta mata fosse minha, eu não deixava<br />
derrubar.<br />
Se cortarem todas as árvores, onde é que<br />
os pássaros vão morar?<br />
Se este rio fosse meu, eu não deixava poluir.<br />
Joguem esgotos noutra parte, que os peixes<br />
moram aqui.<br />
Se este mundo fosse meu, eu fazia tantas<br />
mudanças<br />
ESTADO-TOCANTINS<br />
BAIRRO DO TREMEMBÉ<br />
RUA DAS AMORAS<br />
CIDADE-CAMPO VERDE<br />
PAÍS-BRASIL<br />
Que ele seria um paraíso de bichos, plantas<br />
e crianças.<br />
José Paulo Paes. Poemas para brincar. São Paulo:<br />
Ática, 1999. 3<br />
2. Em seguida, solicite que cada um escreva<br />
um pequeno texto contando como seria a<br />
sua rua, seu bairro ou sua cidade ideal.<br />
3. Com o trabalho encerrado, cada aluno<br />
deve ler seu texto para a turma.<br />
4. Como conclusão, após um debate com<br />
a turma sobre a cidade ideal, você pode<br />
criar um texto coletivo com esse tema. Se<br />
o grupo conseguir, estabeleça uma comparação<br />
com a letra da música “Cidade<br />
ideal”, de Chico Buarque.<br />
Explorando o que aprendemos! (página 87)<br />
Este Explorando o que aprendemos! fecha a<br />
unidade, e a atividade proposta tem como objetivo<br />
fazer com que os alunos se percebam como sujeitos<br />
históricos ativos no tempo e espaço em que vivem.<br />
Os alunos, com essa atividade, dão um importante<br />
passo no sentido de perceber que seu universo<br />
é maior do que a sua família, sua casa. Eles se<br />
veem no contexto do bairro, da cidade, do estado<br />
e do país.<br />
Veja um exemplo de resposta da atividade<br />
proposta.
UNIDADE 3 – Encurtando caminhos<br />
Capítulo 1 – No céu<br />
Capítulo 2 – No mar e na terra<br />
Capítulo 3 – As cidades em movimento<br />
Objetivo geral<br />
trabalhar com os alunos os meios de transporte e mostrar como eles auxiliaram o crescimento das<br />
cidades.<br />
Conteúdos<br />
• Os transportes • Transportes terrestres e aquáticos<br />
• Transportes aéreos • Os transportes através dos tempos<br />
• Conhecendo Santos Dumont • Os transportes e o crescimento das cidades<br />
Abertura da unidade (página 88)<br />
O quadro que abre a Unidade 3 faz alusão ao<br />
meio de transporte e a sua relação com aspectos<br />
da sociedade. Sugerimos que você explore essa<br />
obra para apresentar a unidade, destacando a importância<br />
dos meios de transporte para a vida das<br />
famílias e das cidades.<br />
O quadro de tarsila do Amaral, Estrada de ferro<br />
Central do Brasil, de 1924, traz as mudanças impostas<br />
à paisagem com a construção das estradas de<br />
ferro no Brasil. Há ainda outra obra da artista sobre<br />
o assunto: A gare, de 1925, que você pode consultar,<br />
junto com informações sobre a pintora, no site:<br />
.<br />
Você pode orientar os alunos a observar também<br />
o estilo da artista. Pergunte-lhes: o que sentem<br />
quando observam a obra? Quais são as cores<br />
e as formas predominantes no quadro? Assim,<br />
eles irão percebendo o estilo artístico na sua historicidade<br />
e compreendendo que as obras de arte<br />
também são documentos históricos.<br />
O que sabemos? (página 89)<br />
O objetivo deste O que sabemos? é levantar<br />
os conhecimentos prévios do grupo sobre os<br />
meios de transporte.<br />
Além desse objetivo, também desenvolvemos<br />
algumas atividades para que os alunos relacionem<br />
os meios de transporte ao título “Encurtando<br />
caminhos”.<br />
Iniciamos a seção com imagens de meios<br />
de transporte mais antigos e propondo questionamentos<br />
para que o grupo se mobilize e reflita<br />
mais profundamente sobre a importância da<br />
roda e dos veículos para a locomoção humana.<br />
Para o desenvolvimento deste O que sabemos?,<br />
sugerimos que você:<br />
<strong>1.</strong> Peça para os alunos observarem as imagens<br />
da página 89.<br />
2. Oriente o levantamento de conhecimentos<br />
prévios utilizando as questões sobre a<br />
roda e a locomoção.<br />
3. Com as respostas dos alunos, lance para o<br />
grupo a questão sobre a relação existente<br />
entre os meios de transporte e o título da<br />
unidade.<br />
4. Faça também uma lista dos meios de<br />
transporte conhecidos e outra com aqueles<br />
transportes utilizados.<br />
5. Para ampliar a atividade, sugerimos que<br />
os alunos façam um levantamento e observem<br />
na cidade quais são os meios de<br />
transporte encontrados.<br />
41
Atividade de ampliação<br />
Em várias cidades brasileiras, existem museus<br />
de meios de transporte.<br />
Sugerimos que as escolas localizadas nessas<br />
cidades agendem uma visita a esse museu. Para<br />
saber se existe esse tipo de museu em sua cidade,<br />
basta entrar em contato com as secretarias municipais<br />
de Cultura e de transporte.<br />
Nesse momento inicial, o contato das crianças<br />
com o museu poderá contribuir para que ampliem<br />
a visão sobre a importância dos meios de<br />
transporte para a história do ser humano. A visita<br />
irá contribuir também para a compreensão dos<br />
capítulos que compõem a Unidade 3.<br />
Se essa visita não for possível, desenvolva os<br />
capítulos com foco voltado para a importância<br />
dos meios de transporte na história da humanidade<br />
e no cotidiano das pessoas.<br />
42<br />
Capítulo 1 – No céu (página 90)<br />
Um dos objetivos deste capítulo é trabalhar<br />
com os alunos a ideia de que voar sempre foi um<br />
sonho do ser humano; e esse sonho esteve, desde o<br />
início, vinculado à habilidade dos pássaros, isto é, o<br />
ser humano, observando o voo dos pássaros, conseguiu<br />
ao longo dos anos concretizar o sonho de voar.<br />
Além disso, buscamos oferecer subsídios para<br />
que os alunos construam o conceito de evolução<br />
usando como base as invenções de veículos que<br />
voam, até chegar ao avião.<br />
Observação: geralmente, quando trabalhamos<br />
o conceito de evolução em História, temos a<br />
tendência de considerar o antigo como algo sem<br />
valor. Por isso, como não concordamos com essa<br />
visão, sugerimos que você trabalhe esse conceito<br />
sempre destacando que, para o ser humano chegar<br />
ao avião, todas as invenções anteriores foram<br />
importantes, pois o conhecimento de cada uma<br />
contribuiu para chegarmos ao nível tecnológico<br />
em que estamos atualmente.<br />
Em outras palavras, para “evoluir” é preciso conhecer<br />
o que já foi feito.<br />
Nesse sentido, gostaríamos de destacar uma<br />
frase do historiador Jacques Le Goff no livro Em<br />
busca da Idade Média, que traz um conceito inte-<br />
ressante sobre a importância que o passado tem<br />
para a construção do futuro, tratando especificamente<br />
da Idade Média. Ele afirma que “[...] a Europa<br />
do futuro não conseguirá inventar-se esquecendo<br />
o seu passado”.<br />
Para que os objetivos expostos sejam atingidos,<br />
utilize os seguintes passos:<br />
1 o passo – Apresente aos alunos o capítulo, relacionando<br />
a imagem da página 90 ao título “No céu”.<br />
2 o passo – Converse com os alunos sobre o sonho<br />
humano de voar. Em seguida, leia com o grupo o<br />
texto introdutório da página 90.<br />
3 o passo – Questione os alunos sobre o sonho<br />
que eles têm de voar.<br />
4 o passo – Antes de iniciar o histórico dos veículos<br />
que voam, você pode propor a atividade a seguir.<br />
Atividade de ampliação<br />
texto da lenda de Ícaro. Sugerimos que você<br />
organize a turma em círculo e leia esta lenda.<br />
As asas de Ícaro<br />
– Meter-se com reis dá nisto, Ícaro! – dizia<br />
o inventor Dédalo, desconsola do, ao seu<br />
filho, que o observava.<br />
Ambos estavam presos no labirinto de<br />
Creta, encomenda que o rei Minos fizera ao<br />
próprio Dédalo para encerrar o Minotauro,<br />
flagelo da cidade. O Minotauro fora derrotado,<br />
mas Dédalo caiu em desgraça com o rei,<br />
pois fornece ra à princesa Ariadne o fio que<br />
ela entregou a Teseu e o qual este usou para<br />
fugir do labirinto após matar o Minotauro.<br />
Minos, que não esperava que Teseu derrotasse<br />
o monstro, passou a ver Dédalo como<br />
traidor e o fez provar, junto com o filho Ícaro,<br />
um pouco do seu próprio remédio.<br />
Um dia, os dois estavam a contemplar o<br />
azul do céu, sentados em uma colina como<br />
de hábito, quando Dédalo deu uma palmada<br />
repentina na testa:<br />
– Já sei, Ícaro, o que faremos!<br />
Sem dizer mais nada, começou a descer<br />
o rochedo, acompanhado pelo filho, que o<br />
seguia apressadamente. O jovem sabia que<br />
o pai era muito inventivo e que estava sem-
pre com a cabeça cheia de novos projetos.<br />
Preferiu deixar que a ideia amadurecesse na<br />
cabeça do velho enquanto desciam. Tão logo<br />
chegaram à base da ilha, o velho mandou.<br />
– Vamos, pegue minhas ferramentas –<br />
disse o pai ao filho, antes de sair em busca<br />
de alguma coisa.<br />
Quando Dédalo retornou, seus braços<br />
estavam repletos de penas de aves, que ele<br />
abatera com a eficiência de um experiente<br />
caçador.<br />
– O que pretende fazer, pai, com todas<br />
estas penas? – disse Ícaro.<br />
Sem responder, Dédalo começou a serrar<br />
pedaços de madeira. De suas mãos começaram<br />
a surgir duas grandes armações, que<br />
lembravam o esqueleto de uma asa.<br />
– O que é isto, uma fantasia? – perguntou<br />
Ícaro, ao ver o pai colar as penas nas varas<br />
de madeira.<br />
– Tudo se inicia pela fantasia, meu Ícaro...<br />
– disse o velho, com o ar sonhador.<br />
Logo Dédalo tinha nas mãos um grande e<br />
alvo par de asas. – Vamos, filho, me ajude a<br />
colocá-las nas costas!<br />
Ícaro, que naturalmente já entendera o<br />
plano, ajudou-o, empolgado pela ideia. Nem<br />
bem Dédalo terminara de colocar o par de<br />
asas às costas, seus pés começaram a se erguer<br />
do solo.<br />
– Funciona! – exclamou Ícaro, sentindo<br />
no rosto suado o vento refrescante das asas<br />
do pai.<br />
– Vamos, Ícaro, vamos construir uma<br />
para você também!<br />
Os dois passaram o resto do dia aplicados<br />
em aperfeiçoar o mecanismo das asas<br />
artesanais.<br />
– Aqui está a nossa liberdade! – disse o velho,<br />
ao colar as últimas penas nas a rmações.<br />
– Mas serão sólidas o bastante para atravessarmos<br />
o oceano? – perguntou Ícaro.<br />
– Claro! – respondeu Dédalo – O único<br />
cuidado que devemos ter é não nos aproximarmos<br />
muito do Sol, pois o calor poderia<br />
derreter a cera que prende as penas.<br />
No dia seguinte, bem cedo, subiram para<br />
o alto da torre, cada qual carre gando com<br />
amoroso cuidado o seu par de asas. Exaustos,<br />
descansaram um pouco até que Ícaro,<br />
impaciente para testar o seu equipamento,<br />
ajustou as suas asas às costas.<br />
– Veja, pai, estou voando! – disse o rapaz,<br />
sem conter a sua euforia.<br />
Deu várias voltas ao redor da torre, perdendo<br />
aos poucos o medo da altitude; seu<br />
pai também circundou a ilha munido das<br />
asas para testar-lhes a resistência.<br />
– Basta de preparativos! – disse Dédalo. –<br />
Vamos embora!<br />
Pai e filho, juntos, colocaram os pés sobre<br />
a amurada, do ponto mais alto da torre;<br />
abaixo deles o mar espumava, chocando-se<br />
violentamente contra os recifes negros que<br />
pontilhavam toda a costa.<br />
– Agora! – ordenou Dédalo.<br />
Os dois lançaram-se ao ar, batendo os<br />
braços de maneira tão ritmada que pareciam<br />
dois pássaros a dividir o azul do céu com as<br />
gaivotas, que os observa vam pasmadas.<br />
– Não se esqueça do Sol! – dizia de vez<br />
em quando Dédalo, ao ver que Ícaro se descuidava,<br />
subindo em demasia. No começo,<br />
os dois lutaram um pou co com as correntes<br />
de ar, que lhes roubavam momentaneamente<br />
o equilíbrio. Às vezes, o pai buscava apoio<br />
nos braços do filho, às vezes, o filho recorria<br />
ao auxílio do pai.<br />
Já haviam deixado há muito tempo a ilha<br />
e agora não havia outro jeito senão mover<br />
os músculos com vigor, tentando poupar ao<br />
máximo o fôlego. Dédalo ainda estava entregue<br />
ao deslumbramento quando percebeu<br />
que seu filho havia d esaparecido.<br />
– Ícaro, onde está você? – disse, inquieto.<br />
O jovem, muito distante dali, planava nas<br />
alturas. De olhos cerrados, Ícaro lançara-se<br />
num voo cego, para além das nuvens. Após<br />
haver ultrapassado a linha dos grandes e<br />
acolchoados montes brancos, ficara pairando<br />
sobre eles, enquanto o Sol arrancava um<br />
brilho intenso de suas asas. Sua pele refle-<br />
43
44<br />
tia um tom dourado, e parecia que ele era o<br />
próprio filho do Sol.<br />
– Queria ficar aqui para sempre! – disse,<br />
inebriado de liberdade. Enquanto agitava as<br />
asas, percebeu que uma grande pena roçou-<br />
-lhe o na riz. Seus olhos a acompanharam rodopiando<br />
pelo espaço sem limites até desaparecer<br />
misturada ao branco das nuvens.<br />
Ícaro passou as costas das mãos sobre a<br />
testa suada. Uma deliciosa rajada de vento<br />
refrescou sua pele ao mesmo tempo em que<br />
percebeu que um grande tufo de penas espalhava-se<br />
ao seu redor, como se um imenso<br />
travesseiro tivesse sido rasgado e esvaziado<br />
de todo o seu conteúdo. Grossos fios<br />
de cera derretida escorriam pelas armações,<br />
alcançando os seus braços. Com um grito de<br />
medo, Ícaro percebeu que a estrutura das<br />
asas se desfazia. Procurou esconder-se sob<br />
as nuvens, mas o Sol tornara-se tão intenso<br />
que desmanchava as próprias nuvens. Ícaro<br />
percebeu que era o seu fim:<br />
– Socorro, pai! – gritou.<br />
Entretanto, sua voz perdeu-se no vácuo.<br />
Seu pai, longe dali, estava impo tente para<br />
lhe prestar qualquer auxílio. Desistindo, afinal,<br />
de tentar recuperar altura, Ícaro abandonou-se<br />
ao destino, indo cair nas águas revoltas<br />
do oceano.<br />
Enquanto isto, Dédalo vasculhava os céus.<br />
– Ícaro, meu filho, responda! – clamava<br />
inutilmente.<br />
Durante muito tempo, o velho vagou, fugindo<br />
sempre do calor do Sol, até que avistou<br />
sobre as ondas algumas penas. Sobrevoando<br />
mais um pouco o local, Dédalo acabou<br />
por avistar o corpo do filho jogado às margens<br />
de uma das praias. Depois de tomá-lo<br />
nos braços, ficou um longo tempo abraçado<br />
a ele. Com o coração despedaçado, como as<br />
asas de Ícaro, Dédalo o enterrou no mesmo<br />
local, que passou a se chamar Icária, em sua<br />
homenagem.<br />
A. S. Franchini; Carmen Seganfredo. As 100 melhores<br />
histórias da mitologia: deuses, heróis, monstros<br />
e guerras da tradição greco-romana. 9. ed. Porto<br />
Alegre: L&PM, 2007.<br />
Após a leitura do texto, pergunte aos alunos o<br />
que eles entenderam da lenda.<br />
5 o passo – Daí para a frente, peça que o grupo<br />
observe as imagens desta e das páginas<br />
seguintes: balão, dirigível, esboço do helicóptero<br />
de Leonardo da Vinci e o avião tipo<br />
airbus da página 92, e, ao mesmo tempo, leia<br />
os textos subsequentes fazendo e ouvindo<br />
c omentários.<br />
Praticando – Os aeroportos (página 93)<br />
Analise com os alunos as imagens da página<br />
92 e pergunte-lhes sobre o que é um aeroporto.<br />
Na conversa, oriente-os para que percebam<br />
os trabalhos e os trabalhadores envolvidos no<br />
funcionamento do aeroporto.<br />
Em seguida, peça para que os alunos, em<br />
grupos pequenos, respondam às questões<br />
p ropostas.<br />
Conhecendo mais (página 93)<br />
Este Conhecendo mais tem como objetivo<br />
apresentar aos alunos algumas características de<br />
Santos Dumont e de sua obra. Provavelmente,<br />
muitos deles já ouviram falar que “Santos Dumont<br />
inventou o avião”, “Santos Dumont é o pai<br />
da aviação”.<br />
Queremos que, com a leitura do texto do Conhecendo<br />
mais, os alunos consigam aprofundar<br />
seus conhecimentos a respeito de Santos Dumont<br />
e seu invento.<br />
Sugerimos os seguintes passos:<br />
1 o passo – Leia com os alunos o texto e as imagens.<br />
2 o passo – Em seguida, em grupo, os alunos deverão<br />
responder às questões propostas na página<br />
94. Leve em consideração que, no caso de<br />
Santos Dumont e de qualquer outra pessoa, as<br />
situações e fatos ocorridos na infância podem<br />
ser significativos para a vida adulta. Experiências<br />
vividas em qualquer idade podem servir como<br />
base para realizações futuras. Dessa forma, completamos<br />
o conceito da importância do passado<br />
para a construção do futuro que destacamos anteriormente.<br />
3 o passo – Cada grupo deverá expor suas respostas.
Atividades de ampliação<br />
Atividade 1<br />
Peça que, individualmente, os alunos escrevam<br />
ou desenhem o seu sonho. Em seguida,<br />
peça para que pensem no que devem fazer<br />
para atingi-lo.<br />
Para fazer essa atividade, é importante reforçar<br />
a relação entre o passado e a construção do<br />
futuro. Valorize a liberdade de criatividade e a imaginação<br />
de cada aluno.<br />
Atividade 2<br />
Várias cidades brasileiras têm aeroportos.<br />
Caso haja em sua cidade, sugerimos que você organize<br />
uma visita com os alunos ao aeroporto e<br />
que eles observem:<br />
<strong>1.</strong> Os tipos de avião que o aeroporto comporta.<br />
2. O trabalho dos controladores de voo.<br />
3. As atividades necessárias para o funcionamento<br />
dos aeroportos, desde a limpeza e<br />
a segurança até as dos pilotos, comissários,<br />
entre outros.<br />
Depois da visita, converse com o grupo para<br />
que crie um texto coletivo sobre a importância<br />
dessa visita e destaque o quanto os aviões são<br />
responsáveis por “encurtar os caminhos”.<br />
Você é o historiador (página 95)<br />
Para encerrar o capítulo, propomos uma atividade<br />
de pesquisa sobre a vida de Marcos Pontes,<br />
o primeiro astronauta brasileiro a viajar pelo espaço.<br />
Ele participou da Missão Centenária, em 2006,<br />
que o levou ao espaço. No site oficial de Marcos<br />
Pontes: , você pode<br />
encontrar muitas outras informações que irão enriquecer<br />
a atividade.<br />
Capítulo 2 – No mar e na terra<br />
(página 96)<br />
Este capítulo tem dois objetivos pontuais.<br />
O primeiro é desenvolver com os alunos a<br />
ideia de que não são apenas os aviões que encurtam<br />
os caminhos. Barcos, navios, automóveis,<br />
ônibus, caminhões, entre outros, também contribuem<br />
para diminuir as distâncias.<br />
O segundo é reforçar o que já foi feito no capítulo<br />
anterior: o quanto esses meios de transporte<br />
estão ligados a trabalho, profissões e o quanto<br />
são essenciais para a vida humana.<br />
Para o desenvolvimento do capítulo, peça,<br />
inicialmente, que os alunos observem as fotos da<br />
página 96, respondam às questões propostas e as<br />
apresentem para a turma.<br />
Na sequência, peça aos alunos que observem<br />
as duas imagens da página 97 – de uma canoa e<br />
de um caminhão – e, em seguida, leiam os trechos<br />
de duas músicas: uma sobre a atividade do<br />
canoeiro, de Dorival Caymmi, e outra sobre o trabalho<br />
do caminhoneiro, de John Harford, versão<br />
de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.<br />
Chame a atenção dos alunos para o trabalho<br />
do canoeiro (que é pescar) e do caminhoneiro,<br />
que enfrenta chuva, cerração e estradas perigosas<br />
para transportar produtos.<br />
Se você considerar importante, converse com<br />
os alunos sobre o que pode ser transportado no<br />
caminhão.<br />
Para finalizar, peça que, em grupo, os alunos<br />
respondam no caderno às questões propostas.<br />
As atividades sobre o canoeiro e o caminhoneiro<br />
têm como objetivos contribuir para o desenvolvimento<br />
da compreensão leitora e refletir<br />
sobre o que foi conversado pelo grupo no momento<br />
da análise das imagens e da leitura dos<br />
textos.<br />
Cada grupo deverá eleger um membro para<br />
expor o resultado do trabalho.<br />
Conhecendo mais (página 98) – Jean de<br />
Léry<br />
Com o objetivo de levar os alunos a refletir<br />
sobre a evolução tecnológica nos transportes, o<br />
Conhecendo mais traz o texto de Jean de Léry,<br />
um francês que viajou ao Brasil no século XVI.<br />
Naquela época, a viagem de navio através do<br />
Oceano Atlântico durava cerca de três a quatro<br />
meses, e os viajantes enfrentavam várias dificuldades,<br />
como a falta de alimentos e água potável,<br />
doenças, entre outras.<br />
45
Você deverá levar os alunos a entender o texto,<br />
que apresenta construções linguísticas diferentes<br />
das que eles estão acostumados. Pergunte-<br />
-lhes se há palavras desconhecidas e os ajude a<br />
descobrir o significado desses termos.<br />
Antes de realizar as atividades, você pode<br />
propor que a turma converse sobre o texto e<br />
sobre como eles imaginam ter sido a viagem de<br />
Jean de Léry.<br />
Com o passar do tempo, os transportes<br />
ficaram mais rápidos (página 101)<br />
Da mesma maneira que tratamos a ideia<br />
de evolução, no Capítulo 1, esta etapa do Capítulo<br />
2 irá mostrar que o tempo e a necessidade<br />
contribuíram para que os meios de transporte<br />
ficassem mais rápidos. Por isso, utilizamos como<br />
exemplo o automóvel e sugerimos que as imagens<br />
da página 101 sejam observadas e que seja<br />
feita a leitura do texto.<br />
Para a realização da atividade proposta, sugerimos<br />
os seguintes passos:<br />
1 o passo – Individualmente, peça aos alunos que<br />
respondam às questões propostas que resultam da<br />
análise das imagens e da leitura do texto.<br />
2 o passo – Peça que distingam o transporte mais<br />
antigo em destaque nas imagens, utilizando a letra<br />
indicada na fotografia e escrevendo o nome dele.<br />
3 o passo – Use o mesmo procedimento para o<br />
transporte mais atual.<br />
4 o passo – Em seguida, peça para os alunos para<br />
colocarem os meios de transporte, utilizando letra e<br />
nome, em ordem do mais atual para o mais antigo.<br />
5 o passo – Para finalizar, peça para os alunos registrarem<br />
quais são os meios de transporte que<br />
utilizam ou já utilizaram.<br />
Observação: no momento da apresentação<br />
da atividade, destaque as mudanças e o processo<br />
de modernização, mostrando que foram necessários<br />
para atender a um número maior de<br />
pessoas e percorrer distâncias em menos tempo.<br />
Transporte nas cidades brasileiras (página<br />
103)<br />
A penúltima etapa deste capítulo propõe uma<br />
visão inicial dos transportes coletivos nas cidades<br />
46<br />
brasileiras por meio de análise de imagens que retratam<br />
o cotidiano desses meios disponíveis em<br />
algumas localidades.<br />
Metrô, trem e ônibus foram destacados como<br />
meios que transportam as pessoas ao trabalho, à<br />
escola, ao cinema etc.<br />
Sugerimos que você enfatize que os coletivos<br />
utilizam sempre o mesmo trajeto e são importantes<br />
porque contribuem para melhorar as condições<br />
do trânsito e diminuir a poluição.<br />
Praticando (página 104)<br />
Oriente os alunos a, individualmente, observarem<br />
as imagens e, em seguida, responderem às<br />
questões propostas.<br />
Atividade (página 105)<br />
Oriente os alunos para que perguntem em<br />
casa:<br />
a) como os adultos vão para o trabalho?<br />
b) qual é o tempo que levam para chegar ao<br />
trabalho?<br />
c) qual é a situação do transporte coletivo, se<br />
utilizam: são em número suficiente, limpos<br />
e seguros?<br />
Para finalizar, peça que reflitam sobre as respostas<br />
obtidas nas suas entrevistas e opinem sobre<br />
a situação dos transportes coletivos na cidade.<br />
Em seguida, peça que registrem as respostas<br />
no caderno e apresentem o resultado para o<br />
grupo.<br />
Atividade de ampliação<br />
Sugerimos esta atividade – cujo objetivo é<br />
trabalhar o tempo (presente e passado), os meios<br />
de transporte, a compreensão leitora, a identificação<br />
de gênero literário (poesia) – seja realizada<br />
com a disciplina Língua Portuguesa.<br />
Leia com os alunos o poema de Roseana Murray<br />
e peça que eles respondam às questões na sequência.<br />
O cocheiro<br />
Com um sopro viro o tempo para<br />
trás,
os carros se transformam<br />
em coches, carruagens, carroças<br />
douradas de sol.<br />
Cavalos resfolegam ansiosos,<br />
batem os cascos pedindo movimento.<br />
O chão é de pedra,<br />
o cocheiro toma assento.<br />
Me abano com um leque, faz muito calor.<br />
– Para onde vamos? – pergunta.<br />
– Para um país onde se possa ser feliz.<br />
Ele me olha espantado e sorri.<br />
Os cavalos partem, o ônibus dá uma<br />
freada,<br />
o cocheiro vira motorista.<br />
Eu acordo um pouco assustada, meu<br />
ponto já passou.<br />
Roseana Murray. Artes e ofícios. São Paulo:<br />
FTD, 2007. (Falas poéticas).<br />
<strong>1.</strong> Qual é o título e o nome do autor do poema?<br />
O cocheiro, de Roseana Murray.<br />
2. Sobre o que o poema fala?<br />
Espera-se que os alunos compreendam<br />
que a autora estava andando de ônibus<br />
quando dormiu e sonhou que tinha voltado<br />
no tempo.<br />
3. Assinale o que quer dizer a expressão “viro<br />
o tempo para trás”:<br />
[ ] viro os ponteiros do relógio.<br />
[ X ] volto no tempo, volto ao passado.<br />
4. Quais são os meios de transporte mencionados<br />
no texto?<br />
Carros, coches, carruagens, carroças, cavalos<br />
e ônibus.<br />
5. Quais são os profissionais citados no texto<br />
e o que cada um faz?<br />
O cocheiro dirige o coche ou a carruagem<br />
e o motorista dirige o carro, caminhão<br />
ou ônibus.<br />
6. Utilizando as palavras do texto, faça duas<br />
listas: uma com quatro palavras que se<br />
referem a coisas do passado e outra com<br />
quatro palavras que se referem a coisas do<br />
presente.<br />
Passado: coches, carruagens, carroças e cocheiro.<br />
Presente: carros, motorista, ônibus e ponto.<br />
7. Alguma vez você já sonhou que estava<br />
em outro tempo? Para que tempo foi:<br />
passado ou futuro? Se isso aconteceu<br />
com você, escreva como foi o seu sonho.<br />
Resposta pessoal.<br />
Conhecendo mais (página 105)<br />
Este Conhecendo mais tem o objetivo de<br />
mostrar que, se por um lado, os meios de transportes<br />
ficaram mais rápidos e modernos, por outro,<br />
em vários lugares do Brasil, ainda encontramos<br />
meios de transporte tracionados por animais.<br />
O animal é o motor.<br />
Sugerimos que o texto seja lido pelos alunos<br />
e as imagens analisadas.<br />
Em seguida, numa conversa, peça aos alunos<br />
que comentem se na cidade onde moram<br />
existem meios de transporte movidos por animais.<br />
Por último, eles deverão fazer as atividades<br />
propostas.<br />
Atividade de ampliação<br />
Com a sala dividida em quatro ou cinco grupos,<br />
peça aos alunos que conversem sobre a situação<br />
dos transportes coletivos da cidade onde<br />
vivem.<br />
Para o desenvolvimento da conversa, proponha<br />
algumas questões:<br />
<strong>1.</strong> Os transportes coletivos:<br />
a) são suficientes para atender a população<br />
da cidade?<br />
b) apresentam segurança e conforto?<br />
2. Quais são as sugestões do grupo para melhorar<br />
o atendimento dos transportes coletivos?<br />
Finalizando, cada grupo deverá apresentar o<br />
resultado do seu trabalho.<br />
47
Capítulo 3 – As cidades em<br />
movimento (página 108)<br />
O objetivo deste capítulo é finalizar o conceito<br />
presente no título da unidade, “Encurtando caminhos”,<br />
isto é, colocar vários meios de transporte<br />
no cotidiano da cidade.<br />
Além disso, também abrimos espaço para reflexões<br />
como:<br />
a) o trânsito e a poluição que as grandes cidades<br />
brasileiras enfrentam devido ao excesso<br />
de veículos e ao trânsito de veículos<br />
antigos sem motores regulados;<br />
b) a importância das regras de trânsito, que<br />
possibilitam a circulação de pessoas nos<br />
veículos ou como pedestres com segurança<br />
e conforto.<br />
Acreditamos que, dessa maneira, contribuímos<br />
para mais uma etapa da construção da cidadania<br />
e demos mais um passo para destacar o<br />
eixo temático da coleção: sociedade, trabalho e<br />
cultura.<br />
Analise com os alunos o desenho da cidade<br />
em todos os seus detalhes, com destaque para a<br />
diversidade dos meios de transporte. Em seguida,<br />
peça a eles, em grupo, responderem à questão<br />
proposta.<br />
No mesmo grupo, os alunos deverão analisar<br />
a próxima imagem com a preocupação de entender<br />
o subtítulo: “Carros são importantes, respirar<br />
é essencial!”. Na sequência, leia junto com eles o<br />
texto do livro, chamando a atenção para a importância<br />
dos aviões, dos automóveis, dos caminhões<br />
e dos ônibus para o deslocamento das pessoas na<br />
cidade.<br />
Mostre, por outro lado, que todos eles são<br />
movidos por combustíveis derivados do petróleo<br />
e, se não regulados, contribuem para<br />
aumentar a poluição do ar da cidade. Assim,<br />
trabalhe com a necessidade de combustíveis<br />
alternativos.<br />
Para finalizar, os grupos deverão responder às<br />
questões propostas e apresentar as respostas para<br />
o restante da turma.<br />
48<br />
O bom cidadão conhece as regras de<br />
trânsito (página 113)<br />
Esta etapa do capítulo tem como objetivo<br />
contribuir para conscientizar o grupo quanto às<br />
regras de trânsito. No processo da construção<br />
do espaço da cidadania e da convivência social,<br />
conhecer e respeitar as regras de trânsito são elementos<br />
fundamentais.<br />
Acreditamos que os alunos, para entenderem<br />
e se apropriarem do conceito de cidadania, precisam,<br />
antes de qualquer coisa, vivenciar situações<br />
em que eles tenham participação direta e sejam<br />
responsáveis por ações e atitudes.<br />
Sugestões para o desenvolvimento deste<br />
tema:<br />
<strong>1.</strong> Inicialmente, peça aos alunos que observem<br />
as imagens da página 113 e 114 tendo como<br />
foco as atitudes corretas dos cidadãos diante das<br />
regras de trânsito. Essa observação deve ser orientada<br />
para o propósito de chamar a atenção do grupo<br />
para cada atitude correta presente nas imagens.<br />
2. Leia o texto com a turma e enfatize que<br />
os cidadãos precisam respeitar as regras e os<br />
governos. Estes, por sua vez, também têm de<br />
cumprir seu papel. No caso das prefeituras, por<br />
exemplo, precisam manter em bom estado placas,<br />
faróis ou sinaleiros, faixas de segurança, ruas,<br />
ciclovias etc.<br />
3. Em seguida, os alunos deverão responder<br />
à questão proposta relacionando as regras de<br />
trânsito presentes nas imagens.<br />
Conhecendo mais (página 115)<br />
Este Conhecendo mais destaca um veículo<br />
muito conhecido das crianças: a bicicleta.<br />
Converse com os alunos sobre a bicicleta. Quem<br />
tem? Quem sabe andar? Quem quer contar uma história<br />
que viveu quando estava andando de bicicleta etc.<br />
Peça que eles leiam o texto, incluindo o Você<br />
sabia que... da página 116.<br />
Destaque a importância das ciclovias, pois a<br />
bicicleta, além de ser um “brinquedo” de que as<br />
crianças gostam, é um importante meio de transporte<br />
também presente nas cidades.
Peça para que realizem a atividade em duas<br />
etapas:<br />
a) Observem se, na cidade ou no bairro onde<br />
vivem, existem ciclovias.<br />
b) Se não houver, peça para que, em grupo, os<br />
alunos escrevam uma carta direcionada ao<br />
prefeito. Como conteúdo, a carta deverá trazer<br />
a importância das ciclovias, que oferecem<br />
segurança e contribuem para que as pessoas<br />
que utilizam a bicicleta como meio de transporte<br />
possam encurtar seus caminhos.<br />
Explorando o que aprendemos! (página 116)<br />
Durante os três capítulos desta unidade, trabalhamos<br />
com os meios de transporte. Neste<br />
Explorando o que aprendemos!, os alunos construirão<br />
um navio utilizando a arte do origami.<br />
José Luís Juhas.<br />
Essa opção, além de estar ligada a esta unidade,<br />
também relembra o meio de transporte<br />
que trouxe várias famílias de outros países ao<br />
Brasil.<br />
Sugerimos os seguintes passos para sua realização:<br />
1 o passo – Converse com os alunos sobre o que<br />
é origami.<br />
2 o passo – Explique o porquê de se construir um<br />
navio. Relembre a Unidade 1, “Família”.<br />
3 o passo – Siga todos os passos do modelo da<br />
página 117, auxiliando os alunos que apresentarem<br />
dificuldades.<br />
4 o passo – Depois de pronto, cada aluno deverá<br />
fazer desenhos e pintar seu navio.<br />
5 o passo – Faça uma exposição com todos os navios<br />
na sala de aula.<br />
49
Abertura da unidade (página 118)<br />
A abertura desta unidade é composta por<br />
um mosaico de fotos que destacam os trabalhos<br />
considerados essenciais, presentes na maioria das<br />
cidades brasileiras, independentemente do tamanho<br />
ou da natureza (rural, urbana ou litorânea).<br />
O objetivo é desenvolver o significado de trabalho<br />
essencial.<br />
Assim, esta unidade trabalhará uma série de<br />
conceitos, todos eles vinculados a um eixo principal:<br />
o trabalho e as cidades.<br />
Acreditamos que esta unidade irá contribuir<br />
de maneira significativa para que os alunos aprofundem<br />
seus conhecimentos sobre a importância<br />
de diferentes trabalhos desenvolvidos nas cidades<br />
rurais, urbanas e litorâneas.<br />
Com isso, esperamos que eles construam um<br />
conhecimento mais amplo sobre trabalhos essenciais,<br />
preventivos, artísticos, educativos etc. Entendemos<br />
também que a unidade amplia o conceito<br />
de cidadania e, em várias situações, os alunos são<br />
colocados no centro das ações sociais enfrentando<br />
situações-problema e criando instrumentos,<br />
alternativas para encontrar soluções.<br />
Esta unidade, além de seus conceitos específicos,<br />
agrega valores, comportamentos e outros<br />
conhecimentos que foram construídos nas três<br />
unidades anteriores.<br />
Por isso, iremos, da mesma maneira que<br />
fizemos até aqui, sugerir alternativas para o<br />
50<br />
UNIDADE 4 – O trabalho e as cidades<br />
Capítulo 1 – Formas de trabalho em algumas cidades<br />
Capítulo 2 – O trabalho nas áreas urbanas<br />
Capítulo 3 – O trabalho na escola<br />
Objetivo geral<br />
Fazer com que os alunos se apropriem do conceito de trabalho e compreendam que ele está diretamente<br />
associado ao crescimento das cidades e à vida em sociedade.<br />
Conteúdos<br />
• Diferentes trabalhos em diferentes ambientes • Cidades urbanas<br />
• Cidades rurais • O trabalho na escola<br />
desenvolvimento das seções iniciais e de cada<br />
capítulo.<br />
Para iniciar, peça aos alunos que abram o livro<br />
nas páginas 118 e 119 e digam quais formas de<br />
trabalho observam nelas.<br />
Em seguida, divididos em grupos, os alunos<br />
deverão identificar quais, dos trabalhos que viram<br />
no mosaico, existem na cidade onde moram.<br />
Para finalizar, cada grupo deverá apresentar o<br />
resultado do trabalho.<br />
Observação: é possível que alguns grupos pensem<br />
em um tipo de trabalho que existe na cidade<br />
onde moram, mas que não está inserido no mosaico.<br />
Nesse caso, o grupo deverá incluí-lo na lista.<br />
O que sabemos? (página 119)<br />
Para iniciar o desenvolvimento do conceito de<br />
“trabalho essencial”, sugerimos, como levantamento<br />
de conhecimentos prévios, os seguintes passos:<br />
1 o passo – Utilize uma brincadeira que envolva as<br />
expressões: “Imagine que...”, “Faça de conta que...”<br />
2 o passo – De maneira mais direta, faça perguntas<br />
para o grupo utilizando os questionamentos<br />
da página 119: “Imagine uma cidade sem luz, sem<br />
água, mercado, bombeiro etc.”<br />
3 o passo – Neste momento, os alunos irão encontrar<br />
alternativas como respostas, e você deverá<br />
contra-argumentar, criando dificuldades para as<br />
alternativas.
4 o passo – Depois dessa fase de conversa, você<br />
deverá ler com eles o texto da página 119, que<br />
mostra a importância, para a população, de todos<br />
os trabalhos realizados dentro ou nos arredores<br />
da cidade.<br />
Capítulo 1 – Formas de trabalho<br />
em algumas cidades (página 120)<br />
Este capítulo tem dois objetivos: o primeiro<br />
é definir o que é uma cidade rural, apresentando<br />
suas características básicas; o segundo é contribuir<br />
para que o aluno construa o conhecimento<br />
dos trabalhos essenciais que são desenvolvidos<br />
nesse tipo de cidade e que atinjam todos os outros<br />
centros, além dela mesma.<br />
Para alcançar esses objetivos, comece analisando<br />
a imagem da página 120; paralelamente,<br />
converse com os alunos para descobrir o que<br />
eles sabem sobre esse tipo de cidade.<br />
Observação: caso a escola esteja localizada<br />
em uma cidade rural, identifique-a.<br />
Amplie a definição apresentada na página<br />
120 mostrando que, além da agricultura, as cidades<br />
rurais geralmente se dedicam à criação de<br />
animais.<br />
Observação: se a escola estiver localizada<br />
em uma cidade rural, abra espaço para que os<br />
alunos identifiquem essas atividades. Exemplo:<br />
no sítio onde moram, na fazenda onde os pais<br />
trabalham etc.<br />
Para onde vai tudo o que se cria e se<br />
produz no campo? (página 122)<br />
Neste momento, estamos novamente voltados<br />
para a construção do conceito de trabalhos essenciais.<br />
Por isso, o título propõe o questionamento.<br />
Apresentamos, a seguir, sugestões para o<br />
desenvolvimento dessa etapa.<br />
<strong>1.</strong> Faça a pergunta do título para o grupo.<br />
2. Analise as imagens com os alunos para<br />
que eles tenham uma ideia de tudo que<br />
é produzido em uma cidade rural.<br />
3. Peça para os alunos lerem o texto com<br />
o objetivo de destacar a importância do<br />
trabalho do agricultor e do criador.<br />
4. Para complementar, leve os alunos a desenvolver<br />
o raciocínio de que o primeiro<br />
sintoma que qualquer ser humano teria<br />
atualmente sem o agricultor seria a<br />
fome.<br />
5. Por isso, inserimos a letra da música<br />
“Fome come” e sugerimos que a letra<br />
seja lida e, se houver possibilidade, que<br />
a música seja o uvida, pois o arranjo musical<br />
nos dá a sensação da angústia que se<br />
sente quando se tem fome.<br />
Seria interessante perguntar aos alunos<br />
quem é que já sentiu fome, como é a sensação<br />
de ter fome, se eles não têm vontade de comer<br />
qualquer coisa etc.<br />
Praticando (página 124)<br />
Por falar em fome, uma boa alimentação<br />
contribui para uma boa saúde. Essa atividade<br />
tem como objetivo fazer com que os alunos reflitam<br />
sobre aquilo que comem.<br />
Para isso, peça-lhes que, em grupo, observem<br />
as imagens dos diferentes tipos de alimentos<br />
e conversem: do que gostam, do que não<br />
gostam etc.<br />
Em seguida, orientados por você, devem<br />
responder às questões propostas, que envolvem<br />
desde os hábitos alimentares de cada membro<br />
do grupo e passam pela identificação daquilo<br />
que é produzido pelo agricultor.<br />
Para encerrar a atividade, peça aos alunos<br />
que analisem a imagem da fome e do desperdício<br />
de comida e identifiquem o que há de errado<br />
nela.<br />
Observação: espera-se que os alunos respondam<br />
que tanto a fome quanto o desperdício<br />
estão errados. Se for possível, aprofundem o assunto<br />
desenvolvendo a ideia de que o desperdício<br />
é um grande mal e que precisa ser evitado<br />
por todos.<br />
Oriente o grupo a apresentar o resultado da<br />
atividade.<br />
51
Você é o historiador (página 126)<br />
Depois da conversa em sala de aula sobre o<br />
desperdício de alimentos, oriente os alunos para<br />
que façam uma pesquisa em casa sobre o que se<br />
faz com a comida que sobra.<br />
todos deverão apresentar o resultado da<br />
pesquisa.<br />
Atividade de ampliação<br />
Utilize os resultados da pesquisa que os alunos<br />
trouxeram de casa sobre o que se faz com as<br />
sobras de alimentos para criar alternativas que<br />
evitem o desperdício.<br />
Depois de todas as apresentações, a turma<br />
deverá ser subdividida em cinco grupos e cada<br />
um deverá conversar sobre as alternativas que<br />
podem ser usadas para evitar o desperdício.<br />
Ao fim da conversa, cada grupo deverá escolher<br />
a melhor alternativa encontrada e expô-la.<br />
Registre no quadro de giz as alternativas de<br />
cada grupo e peça a todos os alunos que registrem<br />
as conclusões no caderno.<br />
Por último, cada aluno deverá apresentar as<br />
alternativas do grupo do 3 o ano para as pessoas<br />
que vivem com ele.<br />
Cidades perto da água (página 126)<br />
As cidades que vivem da pesca nos rios e no<br />
mar compõem outra etapa deste capítulo, que<br />
tem como objetivo mostrar que o trabalho desenvolvido<br />
pelo pescador é tão importante quanto<br />
o do agricultor e o do criador de animais, pois o<br />
peixe também é fundamental na composição da<br />
alimentação do ser humano.<br />
Sugestões para o desenvolvimento desta etapa:<br />
<strong>1.</strong> Converse com os alunos sobre os benefícios<br />
do peixe na dieta alimentar.<br />
2. Observe a imagem da página 126 e, paralelamente,<br />
destaque as várias cidades que<br />
têm rios e as litorâneas, que têm a pesca<br />
como um de seus trabalhos.<br />
3. Leia o texto do livro como complemento.<br />
Praticando (página 127)<br />
Neste Praticando, destacamos um trecho do<br />
poema “Os pescadores e suas filhas”, de Cecília<br />
Meireles.<br />
52<br />
Nosso objetivo é fazer com que os alunos entrem<br />
em contato com a linguagem poética e, ao<br />
mesmo tempo, conheçam mais sobre o trabalho<br />
cansativo do pescador.<br />
Ao fim dessa seção, propoem-se duas questões.<br />
Espera-se que os alunos percebam que o<br />
barco carregado significa “cheio de peixes para<br />
serem vendidos”, pois é só assim que esse trabalhador<br />
consegue sobreviver.<br />
Atividade (página 128)<br />
Apresentamos algumas sugestões para a realização<br />
desta atividade.<br />
<strong>1.</strong> Os alunos devem fazer a leitura dos desenhos.<br />
2. Em seguida, no caderno, deverão relacionar<br />
o local e os instrumentos de trabalho.<br />
Exemplo: mar – barcos e redes<br />
rio – vara de pescar e remo<br />
curral – vestimenta de vaqueiro<br />
plantação – enxada e sementes<br />
Capítulo 2 – O trabalho nas áreas<br />
urbanas (página 129)<br />
Para desenvolver os temas e conceitos deste<br />
capítulo, aplicamos o mesmo procedimento utilizado<br />
no anterior.<br />
Inicialmente, definimos o que é uma cidade<br />
urbana, apresentando suas características básicas.<br />
Em seguida, pretendemos contribuir para que o<br />
aluno construa o conhecimento dos trabalhos essenciais<br />
que são desenvolvidos nas cidades urbanas<br />
e que também atingem todos os outros centros,<br />
além delas mesmas.<br />
Neste capítulo, destacamos trabalhos que<br />
existem em grande quantidade nas cidades urbanas<br />
por causa do número de habitantes, mas que<br />
também são encontrados em pequena escala nas<br />
cidades rurais e litorâneas, como médicos, bombeiros,<br />
coletores de lixo etc.<br />
À medida que as orientações ocorrem, chamaremos<br />
a atenção para esse fato.<br />
Sugestão para o desenvolvimento da primeira<br />
etapa do capítulo:
<strong>1.</strong> Oriente os alunos para que observem as<br />
imagens e estabeleçam uma relação com<br />
o título do capítulo.<br />
2. Questione o grupo sobre outras cidades<br />
urbanas que conhecem ou que já ouviram<br />
falar etc.<br />
3. Em seguida, oriente os alunos para que, em<br />
grupo, conversem e registrem o que observaram<br />
na foto, como trabalhos que podem<br />
ser encontrados em cidades urbanas.<br />
Trabalhadores urbanos — estudo de caso:<br />
os bombeiros (página 130)<br />
Depois da etapa de definição, vamos conhecer<br />
os trabalhos essenciais de uma cidade urbana<br />
com as dimensões das cidades brasileiras.<br />
Propomos um estudo de caso: os bombeiros.<br />
Essa escolha está vinculada a vários aspectos:<br />
1 o – É um trabalhador que chama a atenção<br />
dos alunos desta faixa etária. Ele é visto,<br />
geralmente, de maneira positiva, heroica<br />
etc.<br />
2 o – O trabalho que desenvolve é essencial<br />
para qualquer cidade de qualquer tamanho<br />
(rural ou urbana).<br />
3 o – Procuramos mostrar que os bombeiros<br />
não são trabalhadores que têm a única<br />
função de apagar incêndios: eles são fundamentais<br />
para a prevenção de acidentes.<br />
Sugerimos os seguintes passos para o desenvolvimento<br />
desta etapa:<br />
1 o passo – Peça para os alunos analisarem as imagens<br />
da página 130 e deixe que falem tudo sobre<br />
o que sabem, o que pensam e contem histórias<br />
que vivenciaram sobre os bombeiros.<br />
2 o passo – Em seguida, pergunte-lhes o que pensam<br />
a respeito da importância do trabalho do<br />
bombeiro e o que poderia acontecer com a cidade<br />
sem ele. Registre as respostas no quadro de giz.<br />
3 o passo – Leia com os alunos o texto da página<br />
131, que destaca o trabalho dos bombeiros.<br />
4 o passo – Compare o texto com aquilo que foi registrado<br />
no quadro de giz e complemente o que<br />
estiver faltando.<br />
5 o passo – Em seguida, peça para o grupo observar<br />
os desenhos da página 13<strong>1.</strong><br />
6 o passo – Em grupo, oriente os alunos para conversarem<br />
sobre a necessidade que os bombeiros<br />
têm de utilizar tantos equipamentos.<br />
7 o passo – Peça para cada grupo registrar no caderno<br />
o resultado da conversa.<br />
8 o passo – Reserve um tempo para que todos os<br />
grupos apresentem suas conclusões.<br />
Atividade de ampliação<br />
Na maioria das cidades brasileiras, é comum<br />
que o Corpo de Bombeiros aceite visitas escolares,<br />
como também é possível convidar um bombeiro<br />
para fazer uma visita à escola.<br />
Por isso, sugerimos que você entre em contato<br />
com o Corpo de Bombeiros mais próximo e<br />
agende uma visita dos alunos a esse órgão da Polícia<br />
Militar ou uma visita de um bombeiro à escola,<br />
de modo que as crianças tenham a oportunidade<br />
de conhecer mais profundamente o trabalho executado<br />
por eles. tenha como foco a prevenção.<br />
Reserve um momento para que os alunos<br />
possam fazer perguntas sobre o trabalho dos<br />
bombeiros e para explicar por que essa atividade<br />
é considerada essencial.<br />
Para finalizar, peça para que cada aluno faça<br />
um desenho expressando aquilo que aprendeu<br />
com a saída ou visita.<br />
As indústrias e os operários (página 132)<br />
Neste tópico do capítulo, optamos por desenvolver<br />
noções simples sobre as indústrias, que, geralmente,<br />
estão concentradas nos centros urbanos.<br />
Não colocamos no livro nenhuma definição.<br />
Escolhemos trabalhar no Conhecendo mais<br />
um trecho do texto de Michel Le Duc e Nathalie<br />
tordjman, do livro A cidade em pequenos passos.<br />
Justificamos essa escolha porque as crianças<br />
dos anos finais do Ensino Fundamental, irão desenvolver<br />
exaustivamente o assunto. Industrialização<br />
também será um dos assuntos do livro 5<br />
desta coleção.<br />
Por isso, optamos por um texto que localiza a<br />
indústria e os operários como um elemento dos<br />
centros urbanos e que alerta para a substituição<br />
dos operários pela automação, isto é, máquinas<br />
que realizam parte do trabalho humano.<br />
Criamos, neste Manual, um pequeno texto que<br />
define indústria, que você poderá utilizar quando<br />
estiver desenvolvendo esta etapa do capítulo.<br />
53
Indústria é toda atividade realizada pelo<br />
ser humano, cujo trabalho tem como finalidade<br />
transformar a matéria-prima em produto<br />
industrializado. Para atingir essa finalidade, o<br />
ser humano utiliza máquinas.<br />
Matéria-prima é a substância principal<br />
usada na produção industrial. Exemplos:<br />
cana-de-açúcar (açúcar, álcool); petróleo (gasolina,<br />
diesel). Nesses casos, a cana-de-açúcar<br />
e o petróleo são as matérias-primas.<br />
O trabalhador da indústria é o operário. É<br />
ele que conhece o funcionamento das máquinas<br />
dentro das indústrias.<br />
Atividade de ampliação<br />
Forme grupos de, no máximo, três alunos e<br />
peça a eles que tragam, para a sala de aula, jornais<br />
e revistas que já foram lidos.<br />
Cada grupo deverá observar e procurar nas<br />
revistas e nos jornais imagens de produtos industrializados.<br />
De todas as imagens de produtos observadas,<br />
cada grupo deverá escolher quatro.<br />
Em seguida, o grupo deverá recortar e colar<br />
essas imagens em uma folha de papel sulfite.<br />
Por último, todos os grupos deverão apresentar<br />
o resultado do trabalho, mostrando essas imagens<br />
escolhidas, dizendo de que matérias-primas<br />
os objetos das imagens foram feitos.<br />
Conhecendo mais (página 134)<br />
Inicialmente, peça aos alunos que leiam o<br />
texto “Os comerciantes e os artesãos” e falem a<br />
respeito do que sabem sobre comércio.<br />
Em grupo, os alunos devem registrar os tipos<br />
de comércio existentes na sua cidade.<br />
Atividade de ampliação<br />
Sugerimos que os alunos façam uma pesquisa<br />
em casa e perguntem para as pessoas que vivem<br />
com eles:<br />
<strong>1.</strong> O que você mais compra no comércio?<br />
2. Qual a importância do comércio para a<br />
vida da nossa família?<br />
54<br />
3. Você prefere frequentar o comércio das<br />
ruas ou o do shopping center? Justifique<br />
sua resposta.<br />
Cada aluno deverá apresentar, para o restante<br />
do grupo, o resultado da pesquisa.<br />
Os trabalhadores da saúde (página 135)<br />
Analise a imagem com os alunos e, paralelamente,<br />
oriente-os para que falem sobre o trabalho<br />
dos médicos e enfermeiros.<br />
Em seguida, o grupo deve fazer a leitura do<br />
texto, junto com você, para que essas atividades<br />
sejam enfatizadas como essenciais.<br />
Atividade (página 135) – “Ficha de saúde”<br />
Oriente os alunos a fazerem esta atividade em<br />
casa, com o auxílio de um adulto.<br />
Depois, na escola, cada um deve apresentar a<br />
sua ficha preenchida para os colegas.<br />
Seria interessante, neste momento, discutir<br />
com os alunos a importância de uma boa alimentação,<br />
dos exercícios físicos e de uma visita<br />
regular ao médico e ao dentista, sem necessariamente<br />
estar com algum problema ou doente.<br />
Mostre que tudo isso está diretamente ligado a<br />
uma boa saúde.<br />
Praticando (página 136)<br />
As imagens da página 136 têm como objetivo<br />
mostrar para os alunos outros trabalhos essenciais<br />
que existem nos centros urbanos.<br />
Analise as imagens com os alunos e, paralelamente,<br />
converse sobre cada trabalho.<br />
Na sequência, os alunos deverão registrar no<br />
caderno o nome de cada um deles e qual é o trabalho<br />
que cada pessoa das fotos está realizando.<br />
Conhecendo mais (página 137)<br />
Este Conhecendo mais tem como objetivo<br />
destacar a importância do trabalho do coletor de<br />
lixo para qualquer cidade do mundo.<br />
A seção também traz um questionamento<br />
para os alunos: o que eles fazem com o lixo?<br />
Desenvolvemos o conceito da reciclagem e<br />
destacamos sua importância.
Sugestões para o desenvolvimento da atividade<br />
proposta:<br />
<strong>1.</strong> Converse com a turma sobre o trabalho<br />
do coletor de lixo utilizando as imagens e<br />
o texto.<br />
2. Em seguida, explore com os alunos o que<br />
é feito com o lixo na casa deles, utilizando,<br />
como orientação para essa conversa, o texto<br />
e as imagens para construir o conceito<br />
da reciclagem, destacando a sua relevância.<br />
Nem tudo é lixo (página 138)<br />
Dentro do conceito de reciclar, mostre para<br />
os alunos que nem tudo é lixo. Sugerimos a seguinte<br />
sequência de ações para a atividade “Coleta<br />
seletiva”:<br />
<strong>1.</strong> Junto com o grupo, analise o quadro da<br />
página 138 e os recipientes que recebem<br />
esses materiais e que apresentam cores diferentes.<br />
2. Oriente os alunos a separarem os materiais<br />
do quadro distribuindo-os nos respectivos<br />
recipientes.<br />
3. Cada aluno deverá desenhar e pintar os<br />
recipientes coletores dos materiais.<br />
4. Ao lado de cada recipiente, o aluno deverá<br />
escrever o nome do material que ali deve<br />
ser depositado.<br />
Atividade de ampliação<br />
A questão do lixo é um dos desafios mais importantes<br />
do ser humano na atualidade.<br />
Por isso, acreditamos que, quanto mais tivermos<br />
informações sobre como proceder com o<br />
lixo produzido todos os dias, mais teremos condições<br />
de minimizar o problema.<br />
Para todas as cidades brasileiras, o lixo é um<br />
problema; porém, em algumas, a reciclagem já é<br />
feita de maneira sistemática; outras apresentam<br />
associações de pessoas que recolhem papel, latas,<br />
materiais destinados à reciclagem e, por último,<br />
encontramos cidades em que as prefeituras<br />
não conseguem dar um destino adequado ao<br />
lixo produzido.<br />
Por causa de todas essas questões, gostaríamos<br />
de sugerir que os alunos, além da atividade<br />
realizada na página 139 sobre coleta seletiva, pudessem<br />
entrar em contato de maneira mais concreta<br />
com a questão.<br />
Sugerimos que o grupo conheça uma empresa<br />
de reciclagem ou uma associação de<br />
pessoas que recolhe materiais destinados à reciclagem<br />
ou ainda alguém que conheça mais<br />
profundamente o problema do lixo na cidade<br />
onde vive.<br />
Para que essa atividade seja realizada, sugerimos<br />
que você, com o auxílio do setor administrativo<br />
da escola, faça uma pesquisa na cidade<br />
para saber se existem empresas de reciclagem ou<br />
associações de pessoas que recolhem materiais<br />
destinados à reciclagem. Se a pesquisa for positiva,<br />
agende uma visita do grupo ao local.<br />
Para fazer a visita, é importante que o assunto<br />
“lixo” já tenha sido desenvolvido em sala de aula.<br />
Durante a visita, você deverá se informar sobre:<br />
a) O conhecimento do espaço e o que se faz<br />
nele.<br />
b) Quantas pessoas estão envolvidas nessa atividade.<br />
c) Qual a visão que as pessoas responsáveis<br />
pelo trabalho têm sobre o problema do lixo.<br />
d) Quais orientações os alunos podem receber<br />
para contribuir com a questão.<br />
Observação: cada professor conhece sua turma<br />
e sabe até onde é possível avançar. Os itens relacionados<br />
anteriormente são apenas sugestões<br />
de como orientar a visita, mas outras questões<br />
podem ser perguntadas e observadas.<br />
Em sala de aula, o assunto deve ser retomado<br />
e ampliado com o que foi observado e apreendido<br />
na visita.<br />
Para finalizar, sugerimos que você crie, com o<br />
grupo, um texto coletivo sobre a visita.<br />
Capítulo 3 – O trabalho na escola<br />
(página 140)<br />
Encerraremos esta unidade com os trabalhos<br />
que são desenvolvidos na escola.<br />
Optamos por isso porque:<br />
<strong>1.</strong> são os trabalhos e os trabalhadores com<br />
os quais os alunos convivem todos os dias;<br />
55
2. são trabalhos essenciais para o funcionamento<br />
adequado da escola;<br />
3. estão presentes em todos os modelos de<br />
cidades, sejam elas da zona rural, urbana<br />
ou litorânea;<br />
4. por último, acreditamos que conhecer os<br />
detalhes dos trabalhos que envolvem o<br />
funcionamento da escola pode contribuir<br />
para que o aluno valorize, respeite e dê<br />
sua contribuição para atingir os objetivos<br />
aqui propostos.<br />
Sugerimos os seguintes passos para o desenvolvimento<br />
desta etapa do capítulo.<br />
1 o passo – Junto com o grupo, analise a imagem<br />
com o objetivo de identificar a quantidade de trabalhos<br />
e trabalhadores existentes na escola.<br />
2 o passo – Divida a turma em quatro ou cinco<br />
grupos.<br />
3 o passo – Cada grupo deverá escolher dois trabalhadores<br />
da escola para entrevistar.<br />
4 o passo – Sugerimos que o grupo utilize as questões<br />
da página 141 como orientação.<br />
5 o passo – Por último, cada grupo deverá apresentar<br />
suas entrevistas para a turma.<br />
Escolas diferentes (página 141)<br />
Outro item do capítulo apresenta histórias de<br />
escolas diferentes.<br />
Sugerimos que, para o desenvolvimento desse<br />
tema, você leia essas histórias e faça comentários<br />
sobre o que foi lido.<br />
Em grupo, os alunos deverão responder às<br />
questões propostas.<br />
Observação: essas questões, além de terem<br />
como objetivo a compreensão leitora, também<br />
visam trabalhar valores como cooperação, solidariedade<br />
etc.<br />
Atividade de ampliação<br />
Sugerimos que os alunos, em grupo, utilizem<br />
uma folha de cartolina e desenhem situações vividas<br />
por eles no ambiente escolar que revelem e<br />
retratem os valores da atividade anterior.<br />
56<br />
Escolas dos indígenas (páginas 143 – 144)<br />
Aqui, temos como objetivo o funcionamento<br />
de uma escola indígena.<br />
Neste momento, pretendemos mostrar que<br />
aprender tem diversos significados e depende<br />
dos costumes e da cultura dos diferentes grupos<br />
sociais.<br />
Antes de analisar as imagens e ler o texto da<br />
página 143, você poderá conversar com a turma<br />
sobre os vários significados de aprender. Mostre<br />
que, nas escolas indígenas, as crianças aprendem<br />
coisas diferentes e de maneiras diferentes.<br />
O grupo deverá, sob a sua orientação, observar<br />
as imagens e ler o texto. Em seguida, individualmente,<br />
o aluno deverá responder às questões propostas<br />
na página 144.<br />
Explorando o que aprendemos! (página 144)<br />
O objetivo deste Explorando o que aprendemos!<br />
é que os alunos coloquem em prática<br />
tudo aquilo que aprenderam sobre a questão<br />
do lixo. Porém, neste momento, estamos propondo<br />
uma ampliação: cuidar do lixo é cuidar<br />
do planeta.<br />
Sugerimos que a seguinte ideia seja desenvolvida:<br />
não desperdiçar papel é um dos caminhos<br />
para cuidar da vida no planeta.<br />
Para trabalhar esta seção, sugerimos os seguintes<br />
passos:<br />
1 o passo – Peça aos alunos que tragam de casa<br />
um saco plástico para colocar os papéis.<br />
2 o passo – Durante quatro dias, todo o grupo deverá<br />
jogar os papéis que não utilizam mais nesses<br />
sacos plásticos.<br />
Observação: o objetivo é que se jogue o menor<br />
número possível de papel e evite-se o desperdício.<br />
3 o passo – No quinto dia, oriente os alunos a analisar<br />
o quanto de papel foi jogado no lixo.<br />
Esse procedimento deve ser repetido por algumas<br />
semanas, o objetivo é que a cada semana<br />
a quantidade de papel desperdiçada diminua.