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1. - Editora IBEP

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HISTÓRIA<br />

MÁRCIA CRISTINA HIPÓLIDE<br />

MIRIAN GASPAR<br />

3 0<br />

ANO<br />

HISTÓRIA<br />

ensino<br />

fundamental


HISTÓRIA<br />

Márcia Cristina Hipólide<br />

É graduada em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.<br />

Tem formação em Psicanálise. Durante mais de vinte anos foi professora de História no<br />

Ensino Fundamental e Médio das redes pública e privada. É autora de livros didáticos<br />

para o Ensino Fundamental. Trabalha com ofi cinas e assessoria pedagógica para escolas<br />

e professores do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.<br />

Mirian Gaspar<br />

É fonoaudióloga formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.<br />

É formada em Pedagogia pela Universidade de São Paulo. Trabalha há 25 anos com<br />

crianças e jovens com problemas de alfabetização, leitura e escrita e distúrbios<br />

de aprendizagem. Foi professora e coordenadora em Educação Infantil e Ensino<br />

Fundamental. Trabalha com ofi cinas e assessoria pedagógica para escolas e professores<br />

de Educação Infantil e Ensino Fundamental.<br />

2 a edição – São Paulo – 2011<br />

3 0<br />

ANO<br />

HISTÓRIA<br />

ensino<br />

fundamental


H228h<br />

2.ed.<br />

Coleção Tempo de Aprender<br />

© <strong>IBEP</strong>, 2011<br />

Diretor superintendente Jorge Yunes<br />

Gerente editorial Célia de Assis<br />

<strong>Editora</strong> Maria Fernanda Regis<br />

Assistentes editoriais Celia Sunahara<br />

Diana Lucia Cappuzzo<br />

Preparadores e revisores Maria Inez de Souza<br />

Sylmara Beletti<br />

Produção editorial José Antonio Ferraz<br />

Assistente de produção editorial Eliane M. M. Ferreira<br />

Coordenadora de iconografia Maria do Céu Pires Passuello<br />

Assistente de iconografia Adriana Neves<br />

Coordenadora de Arte Karina Monteiro<br />

Assistente de Arte Marilia Vilela<br />

Tomas Troppmair<br />

Ilustrações Adelmo Naccari<br />

José Luíz Juhas<br />

Cartografia Fábio Bueno<br />

Mario Yoshida<br />

Projeto gráfico Departamento de Arte <strong>IBEP</strong><br />

Diagramação Figurativa Editorial<br />

Capa Departamento de Arte <strong>IBEP</strong><br />

Foto da capa Getty Images<br />

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE<br />

SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ<br />

Hipólide, Márcia Cristina<br />

História, 3º ano / Márcia Cristina Hipólide, Mirian Gaspar. - 2.ed. - São Paulo : <strong>IBEP</strong>,<br />

201<strong>1.</strong> il. (Tempo de aprender)<br />

Inclui bibliografia<br />

ISBN 978-85-342-2873-2 (aluno) - 978-85-342-2895-4 (professor)<br />

<strong>1.</strong> História - Estudo e ensino (Ensino fundamental). I. Gaspar, Mirian II. Título. III.<br />

Série<br />

11-1273 CDD: 372.89<br />

024928 CDU: 373.3.0162:930<br />

2 a edição – São Paulo – 2011<br />

Todos os direitos reservados<br />

Av. Alexandre Mackenzie, 619 – Jaguaré<br />

São Paulo – SP – 05322-000 – Brasil – Tel.: (11) 2799-7799<br />

www.editoraibep.com.br<br />

editoras@editoraibep.com.br


Apresentação<br />

Olá, crianças!<br />

Este livro foi feito para vocês!<br />

Ele vai ajudá-las a perceber o quanto vocês já sabem sobre as suas histórias<br />

e sobre muitas outras coisas que estão presentes no mundo que as cerca.<br />

É um convite para que vocês descubram, conheçam, criem, pensem e<br />

conversem sobre assuntos como a história de seus familiares, dos seus<br />

amigos, da sua escola e do seu país.<br />

Vocês vão entender melhor as diferentes maneiras de viver das pessoas<br />

que moram ou já moraram no seu bairro, na sua cidade e no nosso país, hoje<br />

e ontem.<br />

Acreditamos que com esta obra estamos contribuindo para que vocês,<br />

meninas e meninos, continuem sendo cidadãos cada vez mais participativos<br />

na construção de uma sociedade justa e igual para todos. Especialmente<br />

para as crianças!<br />

As autoras.


Conheça<br />

seu livro<br />

Este livro foi escrito para que você aumente seus conhecimentos de<br />

História de uma maneira fácil e gostosa. Veja como ele está estruturado.<br />

Allison Michael Orenstein<br />

Unidade 1<br />

Família<br />

Abertura<br />

da unidade<br />

Cada uma das quatro unidades começa com<br />

uma ou mais imagens que fazem referência<br />

ao tema que será desenvolvido ao longo dos<br />

capítulos da unidade. Será muito importante<br />

você observar bem essas imagens, refletir e<br />

conversar com os colegas e o professor sobre<br />

o que elas significam.<br />

4<br />

Lucas, de blusa vermelha na<br />

foto, vive com seus pais e<br />

irmãos em Camboriú, Santa<br />

Catarina. Foto de 2009.<br />

Espera-se que os alunos percebam o aumento do número de construções em Blumenau, bem como os novos usos dos edifícios e<br />

a multidão em São Paulo. Eles devem, ainda, identi car a permanência de construção típicas alemãs no presente em Blumenau e<br />

a manutenção da arquitetura em São Paulo.<br />

Maria Lúcia vive com sua mãe e seus irmãos.<br />

Eles moram em Iranduba, no estado do<br />

Amazonas. Foto de 2010.<br />

TA-3_HIST_UNI1_CAP<strong>1.</strong>indd 10 09/03/11 17:59<br />

Alessandro Ruaro/Keystock<br />

José Luís Juhas<br />

Acervo Iconographia/Reminiscências<br />

Acervo Iconographia/Reminiscências<br />

Cidade de Blumenau, Santa Catarina, em 1895.<br />

Cidade de São Paulo, em 1902.<br />

74<br />

Abertura<br />

do capítulo<br />

Capítulo 2<br />

Algumas cidades<br />

brasileiras<br />

Você conhece alguma dessas cidades?<br />

Blumenau, em 1997.<br />

São Paulo, em 2010.<br />

Reúna-se com seus colegas e conversem sobre o que vocês sabem<br />

a respeito de qualquer uma dessas cidades. Observem bem as<br />

fotos.<br />

a) O que mudou, com o tempo, nessas duas cidades? E o que permaneceu?<br />

b) Quais os elementos que retratam o presente e o passado nas fotos?<br />

TA-3_HIST_UNI2_CAP2-3.indd 74 09/03/11 17:57<br />

Cada unidade é composta de três capítulos.<br />

Em cada um deles, você entrará em contato<br />

com assuntos que lhe ajudarão a compreender<br />

melhor os acontecimentos históricos e o levará<br />

a refletir sobre como esses acontecimentos<br />

influenciam sua vida ainda hoje.<br />

Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />

Laureni Fochetto


Sérgio Castro/AE<br />

O que sabemOs?<br />

Charrete trafegando em estrada da cidade de<br />

Porto Feliz, em São Paulo. Foto de 2005.<br />

Folha Imagem<br />

Bonde circulando em São Paulo.<br />

Foto de 1966.<br />

Arquivo Agência Estado<br />

Bicicletas estacionadas em<br />

frente a loja, em São Paulo.<br />

Foto de 1976.<br />

Você já imaginou o mundo sem rodas? Ou sem<br />

barcos? Como as pessoas poderiam se locomover?<br />

Andando a pé, ou nadando, talvez.<br />

Mas como percorrer caminhos longos a pé ou<br />

nadando? Como as pessoas resolveram esse problema?<br />

Gravura do veículo criado por Daimler<br />

em 1886. Este foi o primeiro veículo de<br />

quatro rodas movido por um motor.<br />

Carro atual. França, 2007.<br />

Você reparou que o título desta unidade é: “Encurtando caminhos”?<br />

De que maneira os meios de transporte podem encurtar caminhos?<br />

89<br />

Luciana Whitaker/Olhar Imagem<br />

Locomover:<br />

mudar de lugar;<br />

deslocar ‑se.<br />

Nesta unidade, você vai entrar em contato com os meios de transporte.<br />

Vai descobrir a importância deles para a locomoção das pessoas do<br />

trabalho para casa, de uma cidade para outra, de um país a outro.<br />

TA-3_HIST_UNI3_CAP1-3.indd 89 09/03/11 17:56<br />

Ivania Sant’Anna/Kino<br />

World History/Archive/TopFoto/Keystone<br />

O que sAbemOs?<br />

Nesta seção, que acompanha a abertura de<br />

cada unidade, você e seus colegas serão<br />

convidados a lembrar o que já sabem sobre o<br />

tema que estudarão nos capítulos seguintes.<br />

Conhecendo mais<br />

É uma seção que pode conter textos, imagens e<br />

documentos históricos para que você aprofunde seus<br />

conhecimentos ou entre em contato com uma nova<br />

informação sobre o tema desenvolvido no capítulo.<br />

Casa de pau a pique.<br />

Muitas vezes, a escolha dos materiais para a construção das moradias<br />

ocorre em função das necessidades do clima de uma região ou dos materiais<br />

que a natureza oferece. Por exemplo, o iglu é construído com grossa camada<br />

de gelo, que serve para manter o interior da moradia aquecido.<br />

Já a casa de pau a pique ou taipa, construção encontrada geralmente<br />

no interior do Brasil, na zona rural, é feita com uma armação de madeira e<br />

coberta de barro amassado.<br />

As ocas, moradias dos grupos indígenas, são construídas com bambu e<br />

troncos de árvores, sua cobertura é feita de palha ou de folhas de palmeira,<br />

tudo extraído da floresta.<br />

Isolante: que isola,<br />

separa.<br />

Você sabia que...<br />

Oca.<br />

É possível se abrigar do frio numa casa feita de gelo?<br />

O iglu é a casa dos esquimós, povos<br />

indígenas que habitam regiões de frio intenso,<br />

como o Alasca e o Ártico.<br />

O iglu é feito de blocos de gelo, neve<br />

endurecida e cortada do chão. Embora seja frio<br />

ao toque, o gelo é um ótimo isolante térmico,<br />

quer dizer, não deixa o frio entrar.<br />

Sua forma arredondada é muito<br />

importante, pois a neve que cair sobre ele irá<br />

escorregar para os lados, evitando o risco de desabamento.<br />

Térmico: relativo ao<br />

calor; que conserva<br />

o calor.<br />

TA-3_HIST_UNI1_CAP<strong>1.</strong>indd 17 09/03/11 18:01<br />

Getty Images<br />

17<br />

Iara Venanzi/Kino<br />

Você sabia que...<br />

Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />

Gomez/Corbis/Latin Stock<br />

Conhecendo mais<br />

Família andando de bicicleta. Foto de 2003.<br />

O equilíbrio em duas rodas<br />

Nesta seção são apresentadas curiosidades,<br />

complementos e informações que ampliam<br />

o tema que você está estudando no capítulo.<br />

Diego Cervo<br />

Ciclista pedala na ciclovia,<br />

ao lado de avenida com<br />

trânsito intenso, em<br />

Florianópolis, Santa<br />

Catarina. Foto de 2007.<br />

Ciclista pedalando em parque. Foto de 2010.<br />

Você sabia que a primeira bicicleta apareceu em 1870?<br />

Você sabe andar de bicicleta?<br />

Equilibrar ‑se sobre duas rodas não é tão fácil assim. Mas, quando se aprende,<br />

é muito divertido pedalar com os amigos.<br />

A bicicleta é um veículo que não polui o ar e pode ser usado para praticar<br />

esportes, brincar, até mesmo para trabalhar.<br />

Para que as pessoas pedalem nas ruas com segurança, além de<br />

equipamento especial, como capacete, faróis e buzina nas bicicletas, é<br />

preciso que se construam ciclovias. Ciclovias são pistas especiais para quem<br />

utiliza bicicleta. Em muitas cidades, a bicicleta é o principal meio de transporte.<br />

Por isso, as ciclovias são necessárias para a segurança de todos os ciclistas.<br />

TA-3_HIST_UNI3_CAP1-3.indd 115 09/03/11 17:55<br />

115<br />

5


6<br />

Bill Heinsohn/Getty Images Fernando Moraes/Folha Imagem<br />

Praticando<br />

Observe as fotos de outros trabalhos importantes nas áreas urbanas.<br />

Escreva em seu caderno o nome da profissão e qual é o trabalho de<br />

cada uma das pessoas que aparecem nas fotos.<br />

Eletricitário, trabalha em Companhia de Força e Luz; jornaleiro, vende jornais e revistas; limpador de vidraças – os alunos podem também mencionar outros<br />

funcionários que cuidam da limpeza dos ambientes –; guarda de trânsito ou controlador de tráfego, que ordena e controla o tráfego de veículos e pedestres.<br />

136<br />

Tony Anderson/Getty Images<br />

Laureni Fochetto<br />

Praticando<br />

Você é o historiador<br />

Nesses momentos, você terá oportunidade de atuar<br />

como um historiador, investigando, pesquisando,<br />

entrevistando pessoas... Enfim, por meio de<br />

interessantes pesquisas, você construirá seu próprio<br />

conhecimento, assim como fazem os historiadores!<br />

Você deverá participar muito das aulas, não<br />

apenas lendo o texto dos capítulos, mas também<br />

respondendo a perguntas, fazendo pesquisas,<br />

discutindo alguns assuntos em grupo, fazendo<br />

entrevistas etc. Nesta seção, você desenvolverá<br />

diferentes atividades que lhe ajudarão a refletir<br />

sobre o que aprendeu.<br />

TA-3_HIST_UNI4_CAP1_3.indd 136 09/03/11 17:54 Você é o historiador<br />

Explorando<br />

o que aprendemos!<br />

Vamos montar uma dramatização, tendo como tema a<br />

vida das famílias indígenas, africanas e portuguesas.<br />

Dramatização:<br />

fazer uma<br />

representação<br />

teatral de um<br />

texto.<br />

1o passo – O professor vai dividir a turma em três grupos. Cada<br />

grupo deve escolher uma das famílias citadas acima.<br />

2o passo – Agora, em grupo, vocês vão recordar tudo o que foi estudado<br />

sobre as famílias do grupo que escolheram e escrever uma<br />

história. Essa história deve ter os seguintes elementos:<br />

• Todas as pessoas que compõem a família: pai, mãe, f ilhos, f ilhas<br />

e outros parentes e familiares.<br />

• A origem da família, ou seja, de onde ela veio. Como essas<br />

famílias viviam e o tipo de moradia.<br />

• Os tipos de trabalho feitos pela família e quem faz cada um<br />

dele s (homens e mulheres). Exemplo: o pai indígena caça e<br />

pesca; a mãe portuguesa cuida da educação dos fi lhos.<br />

• As infl uências e contribuições dessa família para a vida e os<br />

costumes brasileiros. Outras informações e curiosidades que o<br />

grupo achar interessantes.<br />

3o passo – Determinar os papéis que cada pessoa do grupo vai interpretar e<br />

o que vai falar.<br />

4o passo – Apresentar para a classe.<br />

TA-3_HIST_UNI1_CAP3.indd 59 09/03/11 17:58<br />

José Luís Johas<br />

59<br />

explorando<br />

o que aprendemos!<br />

Para saber a origem de sua família, faça uma entrevista com seus pais<br />

ou com os adultos que vivem com você.<br />

Lembre-se: famílias não são defi nidas apenas por laços de parentesco.<br />

Muito mais importante do que isso são os laços sentimentais e de afeto<br />

que construímos com as pessoas que vivem conosco. Por isso, você deve<br />

considerar sua família aquelas pessoas que vivem com você no dia a dia e<br />

que cuidam para que você tenha um bom desenvolvimento.<br />

1 o passo – Entreviste seus pais ou os adultos que moram com você. Depois,<br />

registre no seu caderno as respostas.<br />

<strong>1.</strong> Onde nasceram seu pai e sua mãe?<br />

2. Onde nasceram os pais da sua mãe,<br />

seu avô e sua avó?<br />

3. Onde nasceram os pais de seu pai, seu<br />

avô e sua avó?<br />

4. Como seus familiares chegaram até a<br />

cidade em que você nasceu?<br />

2o passo – Com a ajuda de um adulto de sua família, reproduza um mapa<br />

do Brasil com as divisões dos estados de nosso país. Depois, complete seu<br />

mapa seguindo a legenda. Não se esqueça de reproduzir essa legenda em<br />

seu mapa para que todos possam compreender as informações de sua<br />

família.<br />

<strong>1.</strong> Pinte de azul o estado em que você nasceu.<br />

2. Marque com um ● vermelho o estado onde sua mãe nasceu,<br />

mesmo que seja o mesmo em que você nasceu.<br />

3. Marque com um ▲ amarelo o estado onde seu pai nasceu, mesmo<br />

que seja o mesmo em que você nasceu.<br />

4. Marque com um ♦ verde o(s) estado(s) onde os pais de seu pai<br />

nasceram.<br />

5. Marque com um ✖ marrom o(s) estado(s) onde os pais de sua mãe<br />

nasceram.<br />

15<br />

TA-3_HIST_UNI1_CAP<strong>1.</strong>indd 15 09/03/11 18:00<br />

Ao final de cada unidade, você encontrará uma<br />

atividade interessante que lhe ajudará a relembrar<br />

o que estudou. Assim, você e seus colegas<br />

colocarão em prática o que aprenderam.<br />

José Luís Juhas


Muitas vezes, você é convidado a participar da leitura do texto. Você e seus<br />

colegas poderão observar imagens, trocar ideias sobre diversas situações,<br />

desenvolver atividades relacionadas ao que está sendo estudado em casa...<br />

Você poderá identificar esses momentos pelos seguintes ícones:<br />

Indica que você deve interagir com o texto, buscando informações na<br />

análise de um mapa, de uma imagem, no debate com os colegas e<br />

o professor... Enfim, esse ícone o convida a participar do processo de<br />

aprendizagem de forma ativa.<br />

Indica que as atividades propostas devem ser realizadas em casa.<br />

Geralmente, envolvem conversa com seus familiares. Assim, vocês<br />

levam para fora da sala de aula o que estão estudando, ampliando<br />

seus conhecimentos, conversando com outras pessoas e entrando em<br />

contato com ideias e opiniões iguais ou diferentes das suas.<br />

Em seu livro você encontrará ainda:<br />

Glossário<br />

Muitas vezes, você encontrará palavras novas. Algumas delas<br />

estão destacadas e acompanhadas de um boxe que traz uma<br />

breve explicação sobre seu significado. Assim, você descobrirá um<br />

novo vocabulário e compreenderá melhor o texto que está lendo.<br />

Indicação de leituras complementares<br />

Reprodução<br />

Reprodução<br />

146<br />

Indicação<br />

de leituras<br />

complementares<br />

Lenice Gomes. Escuta só...: o que é? O que é?<br />

São Paulo: Cortez, 2004. (Adivinhas de brincar).<br />

Quem nunca brincou com adivinhas pode começar agora,<br />

com muita poesia e bom humor. É só perguntar: o que é, o<br />

que é? Por meio de brincadeiras infantis, parlendas, travalínguas,<br />

trechos de músicas folclóricas somos levados a<br />

responder várias adivinhas.<br />

Maísa Zakzuk. A árvore da família.<br />

São Paulo: Panda Books, 2008.<br />

Conhecer a história de nossa família pode ser uma<br />

tarefa bastante complicada! Contudo, nesse livro a<br />

autora explica como tornar essa pesquisa algo simples<br />

e prazeroso.<br />

Daniel Munduruku. Coisas de índio: versão infantil.<br />

São Paulo: Callis, 2004.<br />

Daniel Munduruku, autor desse bonito panorama sobre as<br />

comunidades indígenas do Brasil, é índio e gosta de ser índio.<br />

Coisas de Índio é um livro para pesquisa, sobre a cultura e a<br />

história dos povos indígenas, acessível, interessante e muito<br />

atraente.<br />

TA-3_HIST_Finais.indd 146 10/03/11 17:24<br />

Reprodução<br />

Referências bibliográficas<br />

Leia, abaixo, a letra da música.<br />

Fome come<br />

Gente, eu tô ficando impaciente Impaciente:<br />

A minha fome é persistente<br />

que não tem<br />

Come frio, come quente,<br />

paciência;<br />

Come o que vê pela frente.<br />

apressado.<br />

Persistente:<br />

Come a língua, come o dente,<br />

Qualquer coisa que alimente.<br />

A fome come simplesmente,<br />

Come tudo no ambiente.<br />

que persiste;<br />

insistente.<br />

Absorvente: que<br />

absorve, “engole”<br />

tudo, comendo<br />

ou bebendo.<br />

Tudo o que seja atraente,<br />

É uma fome absorvente,<br />

Suficiente: que<br />

satisfaz; aquilo<br />

Come e nunca é suficiente.<br />

que basta; o<br />

bastante.<br />

Toda fome é tão carente,<br />

Carente: que<br />

Come o amor que a gente sente.<br />

precisa, necessita<br />

A fome come eternamente,<br />

No passado, no presente.<br />

de alguma coisa;<br />

necessitado.<br />

Eternamente:<br />

Triturar: moer.<br />

Deglutir: engolir,<br />

ingerir.<br />

A fome é sempre descontente<br />

Fome come, fome come...<br />

sempre, para<br />

sempre; por toda<br />

a eternidade.<br />

Conversa mole:<br />

expressão que Se vem de fora (ela devora, ela devora, ela devora)<br />

quer dizer (Qualquer coisa que alimente)<br />

“conversa sem<br />

sentido”.<br />

Se for cultura (ela tritura, ela tritura)<br />

Se o que vem é uma cantiga (ela mastiga, ela<br />

Abdome:<br />

ventre; parte<br />

mastiga)<br />

do corpo do ser<br />

humano e de<br />

outros animais<br />

Ela então nunca discute (só deglute, só deglute)<br />

E se for conversa mole (se for mole, ela engole)<br />

vertebrados Se faz falta no “abdome” (fome come, fome come)<br />

situada entre o<br />

tórax e a bacia.<br />

[...]<br />

Fome come. Canções Curiosas (CD),<br />

de Sandra Peres, Paulo Tatit e Luiz Tatit, Palavra Cantada, 1998.<br />

123<br />

Ilustrações: José Luis Juhas<br />

TA-3_HIST_UNI4_CAP1_3.indd 123 09/03/11 17:52<br />

Ao final do livro, apresentamos sugestões de livros muito<br />

interessantes relacionados aos temas dos capítulos. Você poderá<br />

lê-los para se divertir e aprender mais ainda sobre tudo o que<br />

estudou em História.<br />

É a lista dos livros que foram consultados pelas autoras para escrever esta Coleção.<br />

7


sumário<br />

unidade 1<br />

Família ................................ 10<br />

Capítulo 1<br />

A história da sua família ............... 12<br />

As famílias do passado ..............................13<br />

Como moram as famílias?.......................16<br />

Para que serve a moradia? ......................21<br />

Capítulo 2<br />

Famílias no Brasil ........................... 24<br />

Famílias indígenas ........................................25<br />

Famílias europeias........................................30<br />

Famílias africanas ..........................................33<br />

Infl uências nos costumes<br />

brasileiros ....................................................36<br />

Capítulo 3<br />

Outras famílias brasileiras............ 42<br />

8<br />

Famílias italianas............................................44<br />

Famílias alemãs ..............................................46<br />

Famílias japonesas .......................................48<br />

Famílias espanholas ....................................49<br />

Famílias sírio-libanesas ..............................50<br />

Famílias judias .................................................51<br />

unidade 2<br />

Onde vivemos ...................... 60<br />

Capítulo 1<br />

Bairros e cidades ............................ 62<br />

Conhecendo seu bairro............................63<br />

As cidades .........................................................68<br />

Conviver na cidade: ser cidadão .........71<br />

Capítulo 2<br />

Algumas cidades brasileiras ........ 74<br />

Cidades de todos os tamanhos ...........75<br />

Duas cidades brasileiras ...........................78<br />

Capítulo 3<br />

As cidades e os cidadãos .............. 83<br />

Cidadania? ........................................................83<br />

Mas o que é ter direitos ............................85<br />

José Luís Juhas


José Luís Juhas<br />

unidade 3<br />

encurtando caminhos ......... 88<br />

Capítulo 1<br />

No céu ............................................. 90<br />

Descobrindo formas de voar ................90<br />

Capítulo 2<br />

No mar e na terra .......................... 96<br />

Meios de transporte e trabalho ...........97<br />

Com o passar do tempo, os<br />

transportes fi caram<br />

mais rápidos ...........................................101<br />

Transporte nas cidades brasileiras ..103<br />

Capítulo 3<br />

As cidades em movimento ........ 108<br />

Carros são importantes,<br />

respirar é essencial .............................110<br />

O bom cidadão conhece<br />

as regras de trânsito ..........................113<br />

unidade 4<br />

O trabalho e as cidades ..... 118<br />

Capítulo 1<br />

Formas de trabalho em<br />

algumas cidades .......................... 120<br />

O que mais se faz nas áreas rurais ...121<br />

Cidades perto da água ..........................126<br />

Capítulo 2<br />

O trabalho nas áreas urbanas ... 129<br />

Trabalhadores urbanos – estudo<br />

de caso: bombeiros ...........................130<br />

As indústrias e os operários ................132<br />

Os trabalhadores do comércio .........134<br />

Os trabalhadores da saúde..................135<br />

Capítulo 3<br />

O trabalho na escola ................... 140<br />

Escolas diferentes ......................................141<br />

Indicação de leituras complementares ....................................... 146<br />

Referências bibliográficas ........................................................... 150<br />

9


Allison Michael Orenstein<br />

10<br />

Unidade 1<br />

Família<br />

Maria Lúcia vive com sua mãe e seus irmãos.<br />

Eles moram em Iranduba, no estado do<br />

Amazonas. Foto de 2010.<br />

Lucas, de blusa vermelha na<br />

foto, vive com seus pais e<br />

irmãos em Camboriú, Santa<br />

Catarina. Foto de 2009.<br />

Professor: para começar esta unidade, peça para os alunos explorarem estas fotos.<br />

Isso pode ser feito por meio de perguntas que estimulem a imaginação, o diálogo<br />

e levem os alunos a refletir sobre sua própria família. Sugestão de perguntas: O<br />

que as fotos mostram? O que é uma família? Quantas pessoas compõem cada<br />

família mostrada nas fotos? Alguma dessas famílias se parece com a sua? Por quê?<br />

Sua família é formada por quantas pessoas? Quantos irmãos e irmãs você tem?<br />

Ampliando a discussão, você pode fazer no quadro de giz uma tabela mostrando<br />

quantos alunos têm famílias com 4, 5, 6 ou mais pessoas. Com esses dados<br />

apresentados a todos, você pode estabelecer uma comparação entre as famílias<br />

deles.<br />

Alessandro Ruaro/Keystock


O qUe sabemOs?<br />

Nesta primeira unidade, vamos conhecer um pouco mais sobre as famílias<br />

do presente e do passado. Vamos também estudar a história da sua família:<br />

como ela é hoje e como era no passado.<br />

Vamos começar com as famílias no presente. Saber como elas são<br />

e de que maneira vivem. Sabemos que História é o estudo de vários<br />

acontecimentos que ocorrem no presente ou que ocorreram no passado.<br />

Conhecer a história das famílias é saber como elas são no presente<br />

e como eram no passado. É estudar as mudanças que aconteceram na<br />

organização da família com o passar do tempo, com os casamentos, os<br />

nascimentos etc. e que hábitos e costumes permanecem iguais ou parecidos.<br />

Como são as famílias hoje?<br />

Reúna-se com mais três colegas e conversem sobre as famílias de cada<br />

um. Para descobrir isso, respondam oralmente às seguintes questões:<br />

Professor: essa atividade é muito importante, pois as famílias atuais apresentam configurações diferentes. Embora a maioria ainda seja composta por pai, mãe,<br />

irmãos, irmãs, avós, tios e outros parentes com vínculos biológicos, muitas outras são formadas por casais que adotaram seus filhos; por pais separados; e muitas<br />

crianças vivem com tios, avós etc. Existem ainda<br />

<strong>1.</strong> Quem são as pessoas que moram com você?<br />

situações de crianças criadas por duas mulheres ou dois homens, e outras com mulheres ou homens que vivem sozinhos. Enfim, há na sociedade<br />

uma diversidade que não se pode enquadrar como exceção. Essas situações podem estar presentes dentro da sua turma.<br />

2. Quais são as pessoas que não moram com você, mas que fazem parte<br />

da sua família?<br />

Apresente as famílias do grupo, inclusive a sua, para os colegas.<br />

Cathy Yeulet<br />

Alex e Regina<br />

vivem com<br />

seus avós em<br />

Teresópolis, no<br />

Rio de Janeiro.<br />

Foto de 2010.<br />

11


José Luís Juhas<br />

Você e todos os seus colegas responderam às questões da página<br />

anterior e mostraram como são suas famílias. Com certeza, foi possível<br />

observar que alguns moram com o pai, a mãe e os irmãos, outros têm os pais<br />

separados e vivem só com o pai ou com a mãe. Existem aqueles que moram<br />

com tios, tias, avós.<br />

Mas todos moram com um grupo de pessoas que compõe uma família.<br />

Agora, vamos saber como eram as famílias no passado.<br />

os alunos sobre a família<br />

retratada na canção,<br />

quais são as relações de<br />

parentesco que aparecem<br />

na letra e as origens das<br />

pessoas mencionadas. É<br />

um momento pertinente<br />

para você explorar as<br />

regiões mencionadas<br />

na letra da música com<br />

um mapa do Brasil. Você<br />

pode, junto com os<br />

alunos, localizar os estados<br />

brasileiros mencionados,<br />

reforçando, inclusive, os<br />

deslocamentos territoriais<br />

feitos pela família de Chico<br />

Buarque. Assim, os alunos<br />

vão se familiarizando<br />

com as representações<br />

cartográfi cas que os<br />

acompanharão durante<br />

toda a vida.<br />

Capítulo 1<br />

a história da sua<br />

família<br />

Leia o trecho de uma letra de música, em que o artista fala de pessoas<br />

de sua família.<br />

Professor: sugerimos que leia com os alunos este trecho da música. Se for possível, seria interessante reproduzir a<br />

canção para os alunos, para que eles conheçam o ritmo da música. Você pode, ainda, fornecer informações breves<br />

sobre o artista, Chico Buarque de Holanda, e sua importância na história da música brasileira. Depois, converse com<br />

Paratodos. Paratodos (CD),<br />

de Chico Buarque de Holanda,<br />

BMG Brasil, 1993.<br />

Pela leitura do trecho da música “Paratodos”, do compositor Chico<br />

Buarque de Holanda, podemos perceber que cada membro da família<br />

mencionado nasceu em um lugar diferente do Brasil. Os membros da família<br />

citados são pai, avô, bisavô, tataravô.<br />

12<br />

O meu pai era paulista,<br />

Meu avô, pernambucano,<br />

O meu bisavô, mineiro,<br />

Meu tataravô, baiano...<br />

Luciana Whitaker/Olhar Imagem


Corbis/Latin Stock<br />

as famílias do passado<br />

Observe as imagens abaixo:<br />

Família reunida na sala de<br />

sua residência, na cidade<br />

de Joaçaba, Santa Catarina.<br />

Foto de 1949.<br />

Família de São Paulo posa<br />

para foto em estúdio de<br />

fotógrafo, em 1929.<br />

No passado, todas as pessoas que moravam na mesma casa faziam parte<br />

de uma família, geralmente composta por pai, mãe e filhos. Em algumas<br />

famílias, os avôs também viviam na mesma casa.<br />

Esse tipo de família também é conhecido<br />

como tradicional. Nas famílias tradicionais, o pai é<br />

o chefe da casa. Ele trabalha e é responsável pelo<br />

sustento de sua esposa e de seus filhos. À mãe cabe<br />

a tarefa de cuidar da casa e dos filhos.<br />

Tradicional: costume<br />

transmitido ao longo<br />

do tempo, de geração<br />

em geração.<br />

13<br />

Clarimar Regis


Praticando<br />

Leia o texto a seguir.<br />

A família de Bárbara<br />

Bárbara é uma menina de 8 anos de idade.<br />

Seu pai, o senhor Luís, nasceu em São Paulo, mas, quando ainda<br />

era criança, mudou-se com seus pais para Fortaleza, no estado do<br />

Ceará.<br />

A mãe de Bárbara, a senhora Júlia, nasceu em Salvador, na<br />

Bahia e, quando tinha 20 anos de idade, também se mudou para<br />

Fortaleza.<br />

Os pais de Bárbara se conheceram e se casaram em Fortaleza,<br />

cidade em que ela nasceu.<br />

Hoje, os pais de Bárbara estão separados e ela mora com a mãe<br />

em Fortaleza.<br />

Agora que você já conhece a família de Bárbara, escreva no seu<br />

caderno o título da atividade: “A família de Bárbara” e responda às<br />

questões abaixo. Professor: estimule sempre os alunos a elaborar uma resposta<br />

completa, com uma frase inteira, e não apenas o nome da cidade<br />

<strong>1.</strong> Onde nasceu o pai de Bárbara?<br />

O pai de Bárbara nasceu em São Paulo.<br />

2. Onde nasceu a mãe de Bárbara?<br />

A mãe de Bárbara nasceu em Salvador, na Bahia.<br />

3. Onde Bárbara nasceu?<br />

Bárbara nasceu em Fortaleza, no Ceará.<br />

4. Onde e com quem Bárbara vive hoje?<br />

Bárbara vive em Fortaleza com a sua mãe.<br />

Assim como Bárbara, você e a sua<br />

família têm uma origem, isto é, nasceram<br />

em algum lugar, moram em alguma cidade.<br />

Os pais dos seus pais podem ter nascido no<br />

Brasil ou em outro país, como Itália, Portugal,<br />

Professor: é importante reforçar ao longo desta atividade<br />

Alemanha, Angola.<br />

14<br />

que os laços familiares não dependem das relações<br />

Origem: a origem de uma<br />

pessoa é o lugar onde<br />

ela nasceu, ou seja, sua<br />

naturalidade.<br />

sanguíneas. Incentive os alunos a realizar as entrevistas com os membros de sua família, ainda que não tenham laços de sangue ou não conheçam algum<br />

desses familiares. Ao tratar a questão da multiplicidade das famílias com naturalidade, contribui-se para a formação de cidadãos abertos a compreender a<br />

diversidade e a pluralidade.<br />

Trabalhe com os alunos a alfabetização cartográfi ca: ajude-os a identifi car o Brasil em um mapa-múndi e as diferentes regiões brasileiras. No Manual, há um<br />

texto que pode auxiliá-lo nessa tarefa.<br />

José Luís Juhas


Você é o historiador<br />

Para saber a origem de sua família, faça uma entrevista com seus pais<br />

ou com os adultos que vivem com você.<br />

Lembre-se: famílias não são defi nidas apenas por laços de parentesco.<br />

Muito mais importante do que isso são os laços sentimentais e de afeto<br />

que construímos com as pessoas que vivem conosco. Por isso, você deve<br />

considerar sua família aquelas pessoas que vivem com você no dia a dia e<br />

que cuidam para que você tenha um bom desenvolvimento.<br />

1o passo – Entreviste seus pais ou os adultos que moram com você. Depois,<br />

registre no seu caderno as respostas.<br />

Respostas pessoais. Por exemplo: Rita – minha mãe.<br />

<strong>1.</strong> Onde nasceram seu pai e sua mãe?<br />

Exemplo: Meu pai nasceu em Belo Horizonte e minha mãe no Rio de Janeiro.<br />

2. Onde nasceram os pais da sua<br />

mãe, seu avô e sua avó?<br />

Exemplo: O pai de minha mãe nasceu em Olinda e a mãe dele, em Vitória.<br />

3. Onde nasceram os pais de seu<br />

pai, seu avô e sua avó?<br />

Exemplo: O pai de meu pai nasceu em Teresina e a mãe dele em Mariana.<br />

4. Como seus familiares<br />

chegaram até a cidade em que<br />

você nasceu?<br />

Espera-se que o aluno conte a história de seus bisavós, avós e pais.<br />

2 o passo – Você vai precisar de uma folha de cartolina.<br />

Nessa folha, desenhe você e cada uma das pessoas que<br />

compõem a sua família. Coloque o nome de todas elas e<br />

escreva quem são (pai, mãe, tio, tia, avó, avô, irmã e irmão)<br />

e o local onde nasceu, conforme as informações que você<br />

obteve na entrevista.<br />

3 o passo – Apresente, para sua turma e o professor, seu trabalho de<br />

pesquisa, sua descoberta sobre a origem de sua família e o desenho feito<br />

na cartolina.<br />

José Luís Juhas<br />

15


Juca Martins/Olhar Imagem<br />

Renato Stockler/Folha Imagem<br />

Professor: é importante iniciar este tópico com uma conversa com o grupo, explorando o título: “Como moram as famílias?” e o mosaico de fotos sobre os diferentes<br />

tipos de moradia. Aprofunde ao máximo tudo o que for possível nessa discussão: como são construídas essas casas, o material que é usado e por que ele<br />

é escolhido, em que lugar são encontradas diferentes construções,<br />

onde os alunos moram etc. Isso contribuirá muito para a<br />

Como moram as famílias? compreensão do tema.<br />

Todas as famílias moram em algum tipo de moradia.<br />

As moradias são construídas com materiais que os seres humanos retiram<br />

da natureza, como barro, pedra, areia, madeira obtida do corte das árvores,<br />

tijolo e telha feitos de barro, vidro obtido da areia e até mesmo gelo.<br />

Nas casas de alvenaria, são usados, entre outros materiais, a areia, a<br />

madeira, o tijolo e o cimento.<br />

Casa térrea.<br />

Prédios de apartamentos.<br />

Sobrados.<br />

Casa de madeira.<br />

De acordo com o lugar onde são construídas as moradias, varia o tipo<br />

de material usado e o tipo de casa. Por exemplo, nas grandes cidades, onde<br />

vivem muitas pessoas, geralmente falta espaço e as moradias são construídas<br />

sob a forma de prédios de muitos andares.<br />

16<br />

Jacek/Kino<br />

Juca Martins/Olhar imagem


Ivania Sant’Anna/Kino<br />

Casa de pau a pique.<br />

Muitas vezes, a escolha dos materiais para a construção das moradias<br />

ocorre em função das necessidades do clima de uma região ou dos materiais<br />

que a natureza oferece. Por exemplo, o iglu é construído com grossa camada<br />

de gelo, que serve para manter o interior da moradia aquecido.<br />

Já a casa de pau a pique ou taipa, construção encontrada geralmente<br />

no interior do Brasil, na zona rural, é feita com uma armação de madeira e<br />

coberta de barro amassado.<br />

As ocas, moradias dos grupos indígenas, são construídas com bambu e<br />

troncos de árvores, sua cobertura é feita de palha ou de folhas de palmeira,<br />

tudo extraído da floresta.<br />

Você sabia que...<br />

Oca.<br />

É possível se abrigar do frio numa casa feita de gelo?<br />

O iglu é a casa dos esquimós, povos<br />

indígenas que habitam regiões de frio intenso,<br />

como o Alasca e o Ártico.<br />

O iglu é feito de blocos de gelo, neve<br />

endurecida e cortada do chão. Embora seja frio<br />

ao toque, o gelo é um ótimo isolante térmico,<br />

quer dizer, não deixa o frio entrar.<br />

Sua forma arredondada é muito<br />

importante, pois a neve que cair sobre ele irá<br />

escorregar para os lados, evitando o risco de desabamento.<br />

Isolante: que isola,<br />

separa.<br />

Térmico: relativo ao<br />

calor; que conserva<br />

o calor.<br />

Professor: após a leitura e a análise das fotos, você pode levantar com a turma o tipo de material empregado na construção de todas as moradias<br />

retratadas, especialmente nos prédios, na oca e na casa de pau a pique. Converse com eles sobre como são feitas as moradias e por quem.<br />

Getty Images<br />

Iara Venanzi/Kino<br />

17


Praticando<br />

No seu caderno, escreva o título da atividade: “Minha moradia” e<br />

resolva as questões abaixo.<br />

<strong>1.</strong> Como é a sua moradia? Resposta pessoal.<br />

Escreva em que tipo de moradia você vive. Veja o nome na legenda<br />

das fotos. Com quais materiais ela foi construída? Descreva como<br />

Professor: espera-se que o aluno descreva a própria casa. Exemplo:<br />

ela é: tem sala, quartos, banheiro etc.<br />

Moro em uma casa térrea, feita de tijolos, madeira e coberta com<br />

telhas. Minha casa tem uma sala, dois quartos, banheiro e cozinha, tem um quintal com jardim e uma garagem.<br />

2. Faça um desenho da sua moradia, com as cores que ela tem e<br />

apresente-o para seus colegas.<br />

Professor: espera-se que o aluno desenhe sua casa, representando o espaço da<br />

forma mais real possível e pintando paredes, portas e janelas com as cores que elas<br />

realmente têm. Sugerimos uma atividade interdisciplinar envolvendo História e Matemática. Você pode aproveitar o assunto e fazer no quadro de giz uma tabela que<br />

indique a quantidade de alunos que moram em casas de tijolo, em apartamentos, em casas de madeira etc.<br />

Renata Mello/Olhar Imagem<br />

18<br />

Conhecendo mais<br />

Casas de palafita<br />

O Brasil é um país com muitos rios.<br />

Em alguns lugares, como na Região Amazônica,<br />

existem pessoas que vivem na beira dos rios e, por<br />

isso, são chamadas ribeirinhas. As famílias que vivem<br />

na beira dos rios constroem casas de madeira sobre<br />

palafitas, que são estacas também de madeira, bem<br />

grossas e altas.<br />

Esse é um tipo de construção das regiões alagadiças, quer dizer, regiões que<br />

ficam ou não alagadas, conforme as cheias e as vazantes dos rios.<br />

Os rios enchem nos períodos de chuva e ficam com menos água nas épocas sem<br />

chuva. Como são construídas no alto, as casas não são invadidas pelas águas das cheias.<br />

Casa de palafita em época de vazante do rio, no<br />

Pará. Foto de 2002.<br />

Alagadiço: área sujeita<br />

a alagar, inundado,<br />

encharcado.<br />

Vazante: período em<br />

que o rio apresenta o<br />

menor volume de água.<br />

Casas de palafita em época de cheia do rio, no<br />

Acre. Foto de 2002.<br />

Haroldo Palo JR./Kino


Você é o repórter!<br />

Quando assistimos a um jornal ou a um programa de reportagens na<br />

televisão, a pessoa que nos dá a notícia é o repórter.<br />

Imagine que você é um repórter que está fazendo um programa sobre a<br />

Região Amazônica.<br />

Elabore um pequeno texto explicando:<br />

a) quem são os “ribeirinhos”;<br />

b) onde eles moram;<br />

c) como são construídas suas<br />

casas;<br />

TA_H3_ic01<br />

d) por que elas são construídas<br />

assim.<br />

Para fazer sua reportagem, você<br />

deverá pesquisar, em livros, jornais e<br />

páginas da internet, informações sobre a Região Amazônica: onde fi ca, qual é<br />

o clima, como são os rios etc. Utilize também as informações do texto: “Casas<br />

de palafi ta”.<br />

Escreva a reportagem no caderno e, depois, leia para seus colegas, como<br />

se estivesse “narrando” seu programa de televisão.<br />

Professor: no Manual você encontra informações sobre a Região Amazônica que podem ajudá-lo a orientar a atividade.<br />

Você sabia que...<br />

O historiador é a pessoa que trabalha com a História?<br />

O historiador busca as informações sobre o presente e o<br />

passado.<br />

Ele vai atrás de “pistas” para descobrir como as pessoas vivem<br />

no presente e como as pessoas viviam no passado. Assim, é<br />

possível estabelecer as relações entre o passado e o mundo em que<br />

vivemos hoje.<br />

Para obter as informações de que precisa, o historiador utiliza<br />

várias fontes históricas: documentos escritos, objetos, fotografi as,<br />

jornais, internet, obras de literatura etc.<br />

19<br />

José Luís Juhas


“Onde vovó morava?”<br />

Gustavo viajou nas férias para a cidade em que sua avó nasceu. Ele<br />

decidiu descobrir qual era a casa em que sua avó morava quando era criança.<br />

Pelas histórias que sua avó contava, ele sabia qual era o nome da rua e<br />

tinha mais algumas pistas.<br />

Gustavo encontrou a rua, mas não conseguiu localizar a casa de sua avó.<br />

Vamos ajudá-lo?<br />

As informações que Gustavo tinha eram as seguintes:<br />

• A casa de sua avó tinha dois andares, era um sobrado.<br />

• Na parte de baixo havia uma porta.<br />

• Na parte de cima havia duas janelas.<br />

• No telhado aparecia uma chaminé, porque era um lugar em que fazia<br />

muito frio e existia uma lareira dentro da casa.<br />

Qual é o número da casa da avó do Gustavo? É a casa 30.<br />

Muito bem!<br />

Você seria um ótimo historiador. Para encontrar a casa da avó do Gustavo,<br />

você partiu das pistas, as fontes históricas que possuía.<br />

20<br />

Adelmo Naccari


Divulgação/Sadia<br />

Para que serve a moradia?<br />

Ora, qualquer pessoa responderia que “moradia serve para morar”.<br />

É o lugar onde as pessoas, as famílias, vivem.<br />

Mas, para muitas famílias, a moradia também tem outras funções.<br />

Para muitas famílias que viveram no passado, a moradia era lugar para<br />

comer, dormir, conviver com a família e trabalhar.<br />

Muitas famílias que moravam no campo utilizavam a casa para abrigar os<br />

animais que criavam, guardar as sementes que seriam plantadas, os produtos<br />

que eram colhidos e os instrumentos de trabalho, como a enxada e o arado.<br />

Esta família de descendentes de alemães, na cidade de Chapecó, no interior de Santa Catarina,<br />

tinha em sua casa uma fábrica de fogões a lenha. Eles reuniam no terreno em que viviam móveis<br />

antigos para reaproveitar as matérias-primas e montavam os fogões em sua própria residência.<br />

Foto de 1916.<br />

21


Ilustrações: José Luís Juhas<br />

Será que apenas as famílias do passado usavam a moradia para<br />

trabalhar? Observe os desenhos a seguir. Professor: é importante que os alunos observem os desenhos<br />

e percebam que, para muitas famílias, a casa é até hoje também o espaço de trabalho.<br />

1 2<br />

3<br />

Mesmo hoje, são várias as famílias que utilizam a moradia para comer,<br />

dormir, conviver e trabalhar.<br />

Praticando<br />

Troque ideias com seus colegas sobre como funciona o trabalho<br />

realizado na moradia retratada nos desenhos.<br />

Registre no seu caderno o que conversaram. Primeiro, anote o título da<br />

atividade: “Moradia usada também como um lugar de trabalho”. Depois,<br />

resolva as atividades.<br />

<strong>1.</strong> Descreva o trabalho realizado em cada fi gura.<br />

Figura 1 – A mulher faz roupas para vender. / Figura 2 –O homem faz bolo para vender. / Figura 3 – A mulher trabalha ao computador. / Figura<br />

4 – O homem conserta eletrodomésticos quebrados.<br />

2. Ainda em grupo, converse sobre outros tipos de trabalho que<br />

podem ser realizados em casa. Depois, escreva três tipos de<br />

trabalho diferentes dos que aparecem nos desenhos.<br />

Professor: espera-se que o aluno<br />

escreva tipos de trabalho como lavar roupa, dar aula para crianças, usar a casa como consultório (médico, dentista, psicólogo, fonoaudiólogo) etc.<br />

22<br />

4


3. Na sua família alguém usa a moradia como lugar para trabalhar?<br />

Quem? E qual é o trabalho que essa pessoa realiza?<br />

Resposta pessoal. No caso de a resposta ser afi rmativa, espera-se que o aluno conte a história de alguma pessoa da sua família.<br />

Observe este desenho com bastante atenção!<br />

Professor: é importante que fi que claro para o aluno o que é para ser feito. O exercício de comparação tem o objetivo de que o aluno desenvolva a percepção<br />

de semelhanças e diferenças dos ambientes. A percepção é uma competência que ele irá utilizar em muitas situações da sua vida, acadêmica ou não.<br />

Adelmo Naccari<br />

Agora pense na sua moradia. Como ela é? É parecida com a do desenho?<br />

Compare a sua moradia com a que aparece no desenho acima.<br />

No seu caderno, escreva o título “Comparando moradias”.<br />

<strong>1.</strong> Faça uma tabela como a que aparece abaixo e escreva na coluna<br />

correspondente:<br />

• o que tem na sua moradia que aparece também no desenho;<br />

• o que tem na sua moradia que não tem no desenho.<br />

Tem na minha moradia<br />

e no desenho<br />

Resposta pessoal. Por exemplo: sala, dois quartos, banheiro,<br />

cozinha, quintal, quartinho.<br />

Se a resposta for sim, espera-se que o aluno liste o que não há na sua casa.<br />

Por exemplo: minha casa não tem garagem nem jardim.<br />

Tem na minha moradia<br />

e não tem no desenho<br />

Resposta pessoal. Por exemplo: escritório ou sala de TV,<br />

mais 1 quarto, mais 1 banheiro.<br />

2. Existe alguma coisa na casa do desenho que não há na sua? Se a<br />

resposta for sim, escreva o que não há na sua casa e que aparece no<br />

desenho.<br />

23


José Luís Juhas<br />

Ivo Pires<br />

Capítulo 2<br />

Famílias no Brasil<br />

Professor: é muito importante que o questionamento proposto no texto abaixo seja utilizado como canal de<br />

comunicação para a leitura das imagens. O objetivo é que os alunos consigam perceber que são famílias diferentes<br />

e, portanto, com origens diferentes. Você pode incentivá-los a fazer a leitura de imagens propondo-lhes algumas<br />

questões para refl exão: como é o cenário das fotos? Como as pessoas se vestem? As famílias têm o mesmo número<br />

de pessoas? Vejam as datas das fotos nas legendas: essas famílias vivem na mesma época?<br />

Você já parou para pensar na origem das famílias brasileiras?<br />

Será que as famílias que vivem no Brasil vieram, no passado, de outros<br />

lugares? Ou será que no passado algumas famílias já viviam nas terras que<br />

seriam o Brasil? Vamos descobrir isso? Observe as fotos.<br />

Família indígena da tribo yanomami em Roraima.<br />

Foto de 199<strong>1.</strong><br />

Família de descendentes europeus, portugueses<br />

no Brasil, 2010.<br />

24<br />

Rosa Gaudiatno/Studio R<br />

Família de descendentes de africanos, no Morro<br />

da Babilônia, no Rio de Janeiro, em 1910.<br />

Acervo Iconographia


Praticando<br />

Em grupo, converse com seus colegas sobre as semelhanças e as<br />

diferenças que vocês observaram nas fotos.<br />

Depois responda no seu caderno.<br />

<strong>1.</strong> Quais as diferenças que você e seu grupo identificaram?<br />

2. Quais são as semelhanças que vocês observaram?<br />

3. Será que a origem dessas famílias é a mesma?<br />

Famílias indígenas<br />

Observe no mapa como estavam distribuídos os grupos indígenas no<br />

território que viria a ser o Brasil.<br />

Fonte: José Jobson de A. Arruda. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 1999.<br />

Territórios dos grupos indígenas em 1500<br />

Professor: espera-se que os alunos percebam que são famílias<br />

de origens diferentes, retratadas em épocas diferentes.<br />

Além disso, eles devem ser estimulados a observar que as<br />

organizações sociais desses grupos familiares são diferentes.<br />

Professor: no Manual você encontra algumas orientações para explorar melhor o mapa.<br />

As famílias indígenas já viviam no Brasil muito tempo antes da chegada dos<br />

portugueses. Os indígenas foram os primeiros a ocupar o território brasileiro.<br />

Fábio Bueno<br />

25


Rosa Gauditano/Studio R<br />

Você sabia que...<br />

Alguns historiadores que estudam a história das famílias dos indígenas<br />

afirmam que, quando os portugueses chegaram ao Brasil, 4 milhões de<br />

indígenas moravam aqui? Atualmente, apenas cerca de 315 mil indígenas<br />

vivem no Brasil.<br />

Praticando<br />

Observe novamente o mapa e responda às questões em seu caderno.<br />

Não se esqueça de colocar o título da atividade: “Grupos indígenas que<br />

viviam no Brasil”.<br />

<strong>1.</strong> Quais eram os grupos que ocupavam a maior área do território<br />

Os grupos tupi-guarani e jê.<br />

brasileiro?<br />

2. Quais são os grupos indígenas predominantes no estado em que<br />

você mora? Resposta pessoal.<br />

O trabalho nas famílias indígenas<br />

Professor: antes de realizar a atividade, é importante conversar com os alunos sobre o que é um mapa.<br />

Depois, você pode explorar com eles a representação cartográfica do Brasil. Ajude-os a identificar o contorno<br />

do país (embora essas fronteiras sejam diferentes das do século XVI), a localizar o Brasil no continente<br />

americano, o Oceano Atlântico, que banha o nosso país, e outros elementos que sirvam para localização<br />

geográfica do espaço representado. É interessante explicar-lhes, ainda, que o “Meridiano de Tordesilhas”<br />

indicado no mapa era a linha imaginária que dividia os territórios americanos de posse espanhola e<br />

portuguesa, mas que esse tratado não foi respeitado e, por isso, nosso país tem as fronteiras atuais.<br />

As famílias indígenas, como qualquer outra, são muito trabalhadoras.<br />

Indígena waurá pescando com a ajuda<br />

de seu filho, em 2005. Parque do<br />

Xingu, Mato Grosso.<br />

26<br />

Indígenas xavantes cultivando alimentos<br />

na roça. Aldeia Pimentel Barbosa,<br />

Mato Grosso, foto de 2004.<br />

Rosa Gauditano/Studio R


Rosa Gauditano/Studio R<br />

Elas dedicam muitas horas do seu dia para produzir alimentos, utensílios<br />

como arco, flecha, enxadas, cestas etc.<br />

O trabalho das famílias indígenas, geralmente, não é realizado para ganhar<br />

dinheiro. Todos plantam, caçam, pescam e colhem. Dessa maneira todos<br />

participam do sustento de todas as famílias do seu grupo.<br />

Sustento: manutenção;<br />

alimentação, sobrevivência.<br />

Artesanato: arte e técnica<br />

do trabalho manual não<br />

industrializado.<br />

Indígenas yanomamis colhendo e descascando mandioca em<br />

Roraima, 199<strong>1.</strong><br />

Atualmente, alguns grupos indígenas trabalham fazendo artesanato. As<br />

peças produzidas são vendidas em feiras ou lojas.<br />

Além desses trabalhos, as famílias indígenas se unem para fazer festas.<br />

Indígenas xavantes se pintando para festa, em<br />

1995. Aldeia Pimentel Barbosa, Mato Grosso.<br />

Indígenas xavantes pintados para festa, em<br />

1999. Aldeia Pimentel Barbosa, Mato Grosso.<br />

27<br />

Rosa Gauditano/Studio R<br />

Rosa Gauditano/Studio R


Renato Soares<br />

Também é interessante saber que todos na tribo sabem fazer de tudo.<br />

Apesar disso, os tipos de trabalho estão divididos entre homens e mulheres.<br />

Normalmente, os homens caçam, pescam, fazem arco, flecha e lanças e<br />

preparam a terra para as plantações. As mulheres costuram, cozinham,<br />

plantam, cuidam da roça, colhem frutos etc.<br />

Aprender é brincar de viver<br />

Não há muita separação entre aprender e brincar<br />

para os índios. As crianças aprendem brincando<br />

e brincam aprendendo. Desde pequenas, elas<br />

acompanham os pais nas atividades deles e vão aprendendo como<br />

fazer as coisas que irão ajudá-las mais tarde a sobreviver. Elas<br />

aprendem a plantar, a pescar, a caçar e a colher frutos.<br />

28<br />

Crianças yanomamis, do<br />

estado de Roraima, dançando<br />

durante uma festa da tribo,<br />

em 200<strong>1.</strong><br />

Conhecendo mais<br />

Mulher do grupo krahô trançando palha para<br />

fazer cestos, em comunidade no Tocantins.<br />

Nesses momentos de reuníão, os mais jovens<br />

aprendem tanto a história de seu povo quanto a<br />

confeccionar a arte material. Foto de 2006.<br />

Sobreviver:<br />

continuar a viver,<br />

a existir.<br />

Rosa Gauditano/Studio R


Mas não pense que as crianças<br />

ficam anotando tudo. Elas<br />

aprendem pela repetição dos pais.<br />

Nos intervalos das atividades,<br />

as crianças se encontram para<br />

brincar. Tomam banho no rio ou<br />

pescam com as pequenas varas de<br />

pesca que elas mesmas fazem.<br />

Algumas vezes, elas se<br />

aventuram a passear de canoa ou<br />

a subir nas árvores para brincar de<br />

imitar bichos: uma das<br />

brincadeiras preferidas.<br />

Aprender é brincar de viver, de Daniel Munduruku. Trecho de entrevista.<br />

Folha de S.Paulo, 11 abr. 1998. Folhinha.<br />

Praticando<br />

Após ler o texto e observar a foto, responda.<br />

<strong>1.</strong> Como as crianças indígenas aprendem?<br />

As crianças aprendem brincando, elas acompanham<br />

os pais nas atividades deles e vão aprendendo como<br />

fazer as coisas. Elas aprendem pela repetição dos pais.<br />

2. Quais são as atividades que elas aprendem que são muito<br />

importantes para a sua vida em grupo? As crianças aprendem a plantar, a pescar, a caçar e a colher frutos.<br />

3. Você saberia dizer quais são as brincadeiras de que as crianças<br />

indígenas gostam?<br />

Tomar banho no rio, pescar com as pequenas varas que elas mesmas fazem, passear de<br />

canoa e subir nas árvores para brincar de imitar bichos.<br />

4. Qual brincadeira mencionada no texto é igual a uma atividade dos<br />

adultos? Pescar.<br />

5. O título do texto é “Aprender é brincar de viver”. Em sua opinião,<br />

esse título tem relação com o texto? Por quê?<br />

Resposta pessoal. Espera-se que<br />

o aluno conclua que o título é<br />

pertinente porque os pequenos indígenas aprendem brincando coisas que farão na sua vida adulta, como caçar, pescar, coletar...<br />

6. Provavelmente, você é uma criança que brinca muito. Você acha que<br />

em alguma de suas brincadeiras está aprendendo algo para sua vida<br />

adulta? Quais são essas brincadeiras? E por que você pensa isso?<br />

Resposta pessoal.<br />

Crianças da tribo kaiapó brincando<br />

no rio, no Pará. Foto de 2003.<br />

Rosa Gauditano/Studio R<br />

29


Fábio Bueno Famílias europeias<br />

Vamos agora conhecer outras famílias: as europeias.<br />

Você sabe por que são chamadas assim? Porque são famílias que<br />

nasceram em países da Europa, como as famílias dos portugueses.<br />

Depois de observar o mapa, converse com seus colegas sobre ele.<br />

• Quais são os continentes que aparecem? América, Europa, Ásia, África e Oceania.<br />

• Em qual deles está o Brasil? O Brasil fica no continente americano.<br />

• Qual é o oceano que separa Brasil e Portugal? Oceano Atlântico.<br />

Praticando<br />

Professor: vamos falar sobre as famílias europeias e sua importância no processo de<br />

formação do povo brasileiro. A intenção é mostrar a localização do Brasil, habitado pelos<br />

indígenas, e de Portugal, na Europa, de onde partiram os portugueses. É importante<br />

observar que o contorno do Brasil no mapa corresponde às atuais fronteiras do país.<br />

Comente que os portugueses foram grandes navegadores.<br />

Localização do Brasil e de Portugal<br />

No mapa-múndi está destacado o continente europeu, em amarelo, e o país Portugal, em laranja. O<br />

Brasil aparece destacado na cor verde.<br />

No seu caderno, coloque o título “Portugal e o Brasil” e escreva a<br />

conclusão da conversa que tiveram após a leitura do mapa.<br />

30<br />

0 1200 4000<br />

Fonte: Marcelo Martinelli. Atlas geográfico. São Paulo: <strong>Editora</strong> do Brasil, 2003.


Museus Castro Maya, Rio de Janeiro<br />

Famílias portuguesas no Brasil<br />

Vamos conhecer um pouco da história<br />

de um grupo europeu muito importante<br />

para a formação do Brasil: o povo<br />

português. Foram eles, inclusive, que nos<br />

transmitiram a língua portuguesa.<br />

As famílias portuguesas começaram<br />

a chegar ao Brasil pouco depois de 1500.<br />

Essas famílias trouxeram muito de Portugal:<br />

o modo de se vestir, a língua, os costumes,<br />

as comidas, a religião, as festas.<br />

As famílias portuguesas viviam de uma<br />

maneira diferente daquela dos indígenas.<br />

Famílias portuguesas fazem piquenique<br />

na cidade de Setúbal, Portugal, em 1955.<br />

Detalhe ampliado da aquarela Empregado do governo saindo a passeio, de Jean-Baptiste Debret,<br />

produzida entre 1820 e 1830. Nessa obra, um senhor português – funcionário do governo no<br />

Rio de Janeiro – e sua família caminham pelas ruas da cidade. Como “chefe de família”, ele<br />

segue na frente, acompanhado por sua esposa, filhas e escravos. Os trajes eram sérios, formais<br />

e precisavam refletir a riqueza da família.<br />

Hulton-Deutsch Collection/Corbis/Latin Stock<br />

Professor: sugerimos que por meio da<br />

análise da aquarela de Jean-Baptiste<br />

Debret, os alunos identifiquem que o pai,<br />

chefe da família, anda na frente seguido<br />

pelos filhos e sua esposa. A postura dos<br />

personagens – com o homem altivo e as<br />

mulheres da família mais recolhidas – e a<br />

posição que ocupam no cortejo oferece<br />

muitas indicações das relações sociais da<br />

família representada. Esta obra foi feita<br />

apenas no século XIX, portanto, muitos<br />

anos depois da chegada dos primeiros<br />

portugueses ao Brasil, mas a atitude<br />

e a hierarquia da família representada<br />

pelo artista foi uma permanência dos<br />

costumes portugueses.<br />

Após a família portuguesa, seguem, ainda<br />

em cortejo, os escravos negros dessa<br />

família abastada – o “pai” é, afinal, um<br />

“empregado do governo”.<br />

31


Nas primeiras famílias portuguesas que vieram para o Brasil, o pai era o<br />

chefe da família.<br />

Geralmente, na casa de uma família viviam: o chefe da família, sua esposa,<br />

os filhos, os netos, os empregados, outros parentes etc.<br />

O pai tinha autoridade sobre todas as outras<br />

pessoas da família, quer dizer, todos deviam<br />

obedecê-lo. Por exemplo, era ele quem escolhia o<br />

marido de suas filhas e o trabalho de seus filhos.<br />

Ninguém podia discordar dele.<br />

Esta era a maneira de viver das pessoas mais ricas.<br />

Nas famílias mais pobres, muitas vezes, o homem saía para trabalhar em<br />

outros lugares e as mulheres ficavam responsáveis por cuidar da casa e da<br />

educação dos filhos e das filhas.<br />

Além disso, muitas mulheres ficavam viúvas e precisavam trabalhar elas<br />

mesmas para sustentar os filhos. Muitas trabalhavam como empregadas em<br />

casas de pessoas mais ricas, como costureiras, lavadeiras, passadeiras ou como<br />

vendedoras ambulantes. Neste útimo caso, elas podiam vender doces ou<br />

outras comidas feitas por elas mesmas, ou ainda produtos que compravam de<br />

outros comerciantes<br />

Praticando<br />

Faça uma comparação entre a maneira de viver<br />

das famílias indígenas e a das famílias portuguesas.<br />

Releia o que você aprendeu sobre as duas<br />

famílias e resolva as questões.<br />

32<br />

<strong>1.</strong> Como era o trabalho nas famílias indígenas?<br />

Professor: espera-se que o aluno responda que, apesar de haver divisão de atividades entre homens e mulheres, todos na tribo sabiam fazer<br />

qualquer trabalho. E que eles trabalhavam em benefício do grupo.<br />

2. E nas famílias portuguesas, quem trabalhava?<br />

Professor: espera-se que o aluno responda que o pai trabalhava e, também, escolhia o trabalho dos filhos. A esposa, em geral, cuidava da<br />

casa e da educação dos filhos, mas também podia assumir o comando da família na ausência do marido.<br />

3. O jovem português podia escolher o trabalho que ele queria fazer?<br />

Professor: espera-se que o aluno responda que não, o pai é quem escolhia o trabalho dos filhos.<br />

Autoridade: poder de<br />

mandar; domínio.<br />

Discordar: não concordar;<br />

divergir.<br />

4. A maneira de viver das famílias indígenas e das famílias<br />

portuguesas era igual ou diferente? Por quê?<br />

Espera-se que o aluno responda que eram bem diferentes, destacando as questões ligadas à autoridade e à educação dos filhos.<br />

5. E a sua família, ela se parece mais com a família indígena ou com a<br />

família portuguesa? Justifique sua resposta. Resposta pessoal.<br />

José Luis Juhas


Professor: faça a leitura do mapa com os alunos. Localize o Brasil e o continente africano. Destaque a trajetória feita pelos africanos quando eram trazidos como<br />

escravos para o Brasil. A África é um grande continente, por isso, seria interessante localizar as regiões de onde veio a maioria dos grupos africanos: da costa atlântica,<br />

regiões que hoje correspondem à Costa do Marfi m, à Nigéria, ao Congo e a Angola; da costa do Oceano Índico, região que hoje corresponde a Moçambique.<br />

Fonte: Marcelo Martinelli. Atlas geográfi co. São Paulo: <strong>Editora</strong> do Brasil, 2003.<br />

Famílias africanas<br />

Localização do Brasil e do continente africano<br />

Observe no mapa-múndi a trajetória feita pelos africanos que<br />

chegaram ao Brasil para trabalhar como escravos.<br />

Logo depois das famílias portuguesas, chegaram ao Brasil as famílias<br />

africanas.<br />

Com os indígenas e os europeus, os africanos fazem parte das primeiras<br />

famílias do Brasil.<br />

Como as famílias africanas vieram para o Brasil?<br />

As famílias africanas vieram para o Brasil para trabalhar como escravas.<br />

Os europeus capturavam os africanos e os traziam para o Brasil. Eles<br />

invadiam as aldeias africanas e, utilizando armas de fogo, prendiam e<br />

acorrentavam as pessoas.<br />

Depois, elas eram levadas para o porão de<br />

navios, o meio de transporte utilizado pelos<br />

europeus para trazer os africanos ao Brasil. A viagem<br />

era longa, e muitos não aguentavam os maus-tratos<br />

0 2000 4000<br />

Maus-tratos: tratar<br />

mal; machucar;<br />

espancar.<br />

e morriam. Faltavam água, alimentos e condições de higiene; enfi m, doenças<br />

e tristeza foram alguns dos motivos que levaram muitos africanos à morte.<br />

33<br />

Fábio Bueno


Quando chegavam ao Brasil, os africanos eram desembarcados num<br />

mercado, onde eram vendidos e separados dos seus familiares. Na maioria das<br />

vezes, os pais, os irmãos, os avós, os tios e outros familiares iam para lugares<br />

diferentes, trabalhar para donos diferentes.<br />

E como viviam essas famílias na África?<br />

Vida na África<br />

Professor: se julgar oportuno, em um mapa, localize com os alunos os países mencionados nas legendas das imagens.<br />

Na época em que foram trazidas para o Brasil, as famílias africanas, como<br />

os indígenas brasileiros, viviam geralmente em grandes grupos.<br />

As pessoas mais velhas eram muito respeitadas pelos mais jovens<br />

da família. Eram elas que ensinavam os jovens sobre a família, os valores<br />

importantes para o grupo, contavam histórias do lugar em que viviam e<br />

muitas outras coisas.<br />

Professor: aqui é interessante ler as imagens e os textos conforme eles aparecem, uma vez que se<br />

complementam. Desse modo, os alunos terão uma ideia de como os africanos viviam.<br />

Matriarca de família africana ensinando crianças a costurar na Zâmbia. Foto de 1999.<br />

O trabalho era dividido entre homens e mulheres.<br />

Pescar, por exemplo, era um trabalho geralmente feito pelos homens.<br />

Quando a pesca era no mar, vários homens se uniam para puxar a rede cheia<br />

de peixes. Plantar e colher também eram atividades masculinas.<br />

34<br />

Louise Gubb/Corbis/Saba/Latin Stock


Fundação Pierre Verger David Sutherland/Getty Images/S.d.<br />

Mulheres africanas socando grãos nos pilões para fazer<br />

farinha no Mali.<br />

Homens enfeitados para festa religiosa no<br />

Mali. Foto de 1936.<br />

Homens africanos pescando no mar no<br />

Djibuti.<br />

As casas africanas geralmente eram feitas de barro e as mulheres<br />

participavam da construção.<br />

Além desse trabalho, as mulheres cozinhavam, teciam e faziam utensílios<br />

de barro. Por conviverem com os filhos mais tempo que os pais, as mães<br />

também tinham a responsabilidade de educá-los.<br />

Comemoração no Quênia, em 2010: jovem volta para<br />

casa após rito que lhe dá status de guerreiro.<br />

A vida em grupo e o trabalho não eram as únicas atividades dos<br />

africanos. As festas com muita música e dança eram acontecimentos<br />

importantes. Muitas situações comuns na vida das famílias africanas eram<br />

comemoradas com festas, por exemplo: a caça, o casamento, o nascimento, a<br />

morte, a guerra, a colheita, a chegada da estação chuvosa etc.<br />

35<br />

Frances Linzee Gordon/Getty Images/s.d.<br />

Simon Maina/AFP


Conhecendo mais<br />

Leia abaixo mais um aspecto interessante das famílias africanas.<br />

Para muitos povos, a palavra tem um valor especial. A criança<br />

dos povos iorubas, por exemplo, ao nascer, recebia dos pais um<br />

nome que podia ser uma saudação à natureza ou um agradecimento<br />

aos ancestrais ou às divindades. Escolhiam-se nomes que<br />

representavam votos de felicidade para toda a vida do recém-<br />

-nascido e, ao mesmo tempo, refl etiam a alegria da família e da<br />

comunidade por aquele nascimento. Ainda hoje é assim em muitas<br />

comunidades e aldeias.<br />

Marilda Castanha. Agbalá: um lugar-continente.<br />

São Paulo: Cosac Naify, 2007. p. 12<br />

Influências nos costumes brasileiros<br />

Vimos que as primeiras famílias brasileiras foram as de origem indígena,<br />

portuguesa e africana. Essas famílias, ao se encontrarem no Brasil, contribuíram<br />

muito para a formação das famílias brasileiras de hoje.<br />

Vamos conhecer um pouco mais a infl uência de cada uma delas na vida e<br />

nos costumes brasileiros.<br />

Influências das famílias indígenas<br />

36<br />

Leia com atenção a letra da música.<br />

Tu Tu Tu Tu<br />

Tu Tupi<br />

Todo mundo tem<br />

um pouco de índio<br />

dentro de si<br />

dentro de si<br />

Tu Tu Tu Tupi<br />

Todo mundo fala<br />

língua de índio<br />

tupi-guarani<br />

tupi-guarani<br />

[...]<br />

Ilustrações: José Luís Juhas


Ilustrações: José Luís Juhas<br />

O índio andou pelo Brasil<br />

deu nome pra tudo que ele viu<br />

se o índio deu nome, tá dado!<br />

se o índio falou, tá falado!<br />

se o índio chacoalhou<br />

tá chacoalhado!<br />

e ô e ô<br />

[...]<br />

Jabuticaba caju maracujá<br />

pipoca mandioca abacaxi<br />

é tudo tupi<br />

tupi-guarani<br />

Tamanduá urubu jaburu<br />

jararaca jiboia<br />

tatu<br />

tu tu tu<br />

é tudo tupi<br />

tupi-guarani<br />

Arara tucano araponga piranha<br />

perereca sagui jabuti jacaré<br />

jacaré jacaré<br />

quem sabe o que é que é?<br />

– ... aquele que olha de lado...<br />

é ou não é?<br />

[...]<br />

Maranhão Maceió<br />

Macapá Marajó<br />

Paraná Paraíba<br />

Pernambuco Piauí<br />

Jundiaí Morumbi Curitiba Parati<br />

É tudo tupi<br />

Butantã Tremembé Tatuapé<br />

Tatuapé Tatuapé<br />

quem sabe o que é que é?<br />

– ... caminho do tatu...<br />

Tu Tu Tu Tu<br />

Todo mundo tem...<br />

Tu tu tu tupi. Meu pé, meu querido pé (CD),<br />

de Hélio Ziskind, MCD, 1997.<br />

Professor: se for possível, ouça com a turma a música de Hélio Ziskind.<br />

Isso facilitará a compreensão da letra da música.<br />

Jaburu: uma das maiores<br />

aves da América do Sul,<br />

símbolo do Pantanal;<br />

é também chamada<br />

tuiuiú.<br />

Araponga: ave que<br />

vive em várias regiões<br />

brasileiras, tem a<br />

plumagem branca e um<br />

canto alto.<br />

Você ou alguém da sua turma conhece essa música?<br />

Converse com seus colegas e o professor sobre o nome e o tema da<br />

canção.<br />

37


Praticando<br />

No seu caderno, coloque o título da atividade: “Contribuições das<br />

famílias indígenas para a nossa vida”.<br />

38<br />

Responda ou resolva as questões abaixo.<br />

<strong>1.</strong> Qual é o nome da música e quem é o seu autor?.<br />

O nome da música é Tu Tu Tu Tupi, e o autor é Hélio Ziskind.<br />

2. Qual é o nome da tribo, que é também o nome da língua, da qual<br />

fala a música?<br />

Tupi-guarani.<br />

3. Você sabe falar a língua indígena?<br />

4. Com base na letra da música, explique o que quer dizer essas<br />

palavras de origem indígena:<br />

a) jacaré. b) Tatuapé.<br />

5. Sobre o que a música fala, qual é o tema?<br />

Professor: espera-se que o aluno perceba que ele fala<br />

algumas palavras que fazem parte da língua tupi-guarani e<br />

que foram incorporadas ao nosso vocabulário.<br />

Jacaré é aquele que olha de lado. Tatuapé é o caminho do tatu.<br />

6. Faça uma lista de palavras da língua tupi-guarani. Siga as instruções.<br />

Professor: seria interessante explicar, no quadro de giz, como o aluno deve construir essa lista.<br />

A música mostra que todas as pessoas falam a língua do<br />

índio, tupi-guarani, muitas vezes sem consciência disso. O<br />

tema da música é: contribuições da cultura indígena.<br />

1 o Divida a folha do seu caderno em três partes, ou seja, três<br />

colunas.<br />

2 o Na primeira linha da coluna 1, escreva “Alimentos”, na coluna 2,<br />

“Animais” e na coluna 3, “Lugares”.<br />

3 o Copie do texto as palavras que são nomes de alimentos, animais<br />

e lugares, colocando cada uma na coluna correta.<br />

Alimentos Animais Lugares<br />

jabuticaba, caju, maracujá, pipoca,<br />

mandioca, abacaxi.<br />

tamanduá, urubu, jaburu, tatu, jararaca,<br />

jiboia, arara, tucano, araponga, piranha,<br />

perereca, sagui, jabuti, jacaré.<br />

Maranhão, Maceió, Macapá, Marajó,<br />

Paraná, Paraíba, Piauí, Pernambuco,<br />

Jundiaí, Morumbi, Curitiba, Parati,<br />

Butantã, Tremembé, Tatuapé.<br />

7. Pesquise em revistas, livros e na internet e veja se você descobre o<br />

significado de duas palavras de origem indígena. Podem ser palavras<br />

que não estejam na letra da música. Apresente o resultado de sua<br />

pesquisa para seus colegas de classe.<br />

Professor: segue o significado de algumas palavras, mas seria interessante<br />

explorar palavras comuns na cidade ou região dos alunos. Abacaxi: fruto<br />

cheiroso; arara: papagaio grande; jabuti: aquele que come pouco; jabuticaba: de comida de jabuti; jararaca: que tem bote venenoso; jiboia: de cobra d’água; maracujá:<br />

fruto que faz vaso ou vasilha; Marajó: procedente do mar; Parati: peixe branco; pipoca: de pele estalando; piranha: de que corta a pele; tamanduá: de caçador.


Influências das famílias africanas<br />

Fundação Pierre Verger<br />

Arco sonoro. Congo, 1953.<br />

Fundação Pierre Verger<br />

Uma das influências marcantes que os brasileiros tiveram dos<br />

africanos foi a música. Leia o texto e observe as fotos a seguir.<br />

Atabaque. Congo, 1953.<br />

RITMO<br />

Três atabaques de<br />

tamanhos diferentes<br />

produzem sons que<br />

dão ritmo à música e<br />

à dança africanas.<br />

ARCO SONORO<br />

O jovem toca um arco<br />

sonoro semelhante ao nosso<br />

berimbau, instrumento que, no<br />

Brasil, acompanha a prática da<br />

capoeira.<br />

Ritmo. Benin, 1948.<br />

ATABAQUE<br />

O atabaque e o chocalho,<br />

que dão o ritmo ao afoxé<br />

baiano, são instrumentos<br />

de origem africana e<br />

estão presentes em outros<br />

ritmos brasileiros.<br />

Raul Kody (Org.); Pierre Verger (foto); Maria da Penha B. Youssef (textos).<br />

Influências. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2005. (Olhar e ver).<br />

Fundação Pierre Verger<br />

39


Você é o historiador<br />

O folclore brasileiro é muito rico. Dele fazem<br />

parte histórias, músicas, festas e outros elementos<br />

da cultura indígena ou das culturas trazidas para o<br />

Brasil por famílias que vieram morar aqui.<br />

Pesquise duas festas folclóricas do Brasil que<br />

tenham origem africana.<br />

1 o passo – Vocês devem se organizar em grupos e buscar informações<br />

sobre as festas escolhidas.<br />

Boas fontes de pesquisa são livros que falem da cultura<br />

africana e afro-brasileira, reportagens de revistas e jornais ou<br />

ainda sites na internet. O professor pode ajudá-los a começar a<br />

pesquisa.<br />

2 o passo – Para reunir as informações, sigam o seguinte roteiro:<br />

<strong>1.</strong> Registrem o nome de cada festa pesquisada.<br />

2. Em que regiões do Brasil ela é realizada?<br />

Professor: veja mais indicações sobre esta atividade no Manual.<br />

3. Em que data ocorre? Ela tem uma data específica para<br />

acontecer?<br />

4. Como as pessoas se vestem para essas festas?<br />

Folclore: conjunto<br />

das tradições, lendas,<br />

costumes e crenças de<br />

uma região.<br />

5. Quais são os elementos da cultura africana que essas<br />

festas têm?<br />

6. Essas festas sempre foram comemoradas da mesma forma<br />

no Brasil? Se não, registrem quais foram as transformações<br />

por que passaram ao longo do tempo em nosso país.<br />

3 o passo – Anotem as informações encontradas no caderno. Elas servirão<br />

para vocês organizarem seu trabalho.<br />

Depois, vocês deverão apresentar as festas pesquisadas para a turma.<br />

Para isso, podem fazer cartazes com textos e fotos (desenhos ou colagens)<br />

sobre a festa ou representar os elementos estudados organizando uma<br />

peça de teatro.<br />

40


Influências das famílias europeias<br />

Muitas foram as contribuições europeias para os costumes das famílias<br />

brasileiras.<br />

Observe os desenhos.<br />

Pião. Cinco-marias.<br />

Bolinha de gude. Amarelinha.<br />

Professor: vamos entrar no universo das crianças, a brincadeira. Sugerimos que explore com<br />

os alunos a imagem das brincadeiras perguntando: quem conhece essas brincadeiras? Quais<br />

são as regras dessas brincadeiras? Quem já brincou com alguma delas? Após a leitura das<br />

imagens, faça a leitura do texto abaixo dos desenhos.<br />

Foram as famílias portuguesas que trouxeram essas brincadeiras e muitas<br />

outras que são feitas até hoje.<br />

Praticando<br />

Professor: a elaboração de regras auxilia o desenvolvimento de um importante gênero escrito: os<br />

textos instrucionais. Ao elaborar as instruções e prescrições para determinadas ações, os alunos<br />

lidam com conceitos de regulação mútua de comportamentos. Ajude-os a elaborar as instruções das<br />

brincadeiras. O primeiro passo é trabalhar a “relação de regras” oralmente, para que eles percebam<br />

que precisam seguir uma sequência de procedimentos. Depois, incentive-os a transpor para a forma<br />

escrita essa sequência, passo a passo. Eles podem, inclusive, numerar cada regra.<br />

Você conhece as brincadeiras representadas nos desenhos?<br />

Escolha duas delas. No seu caderno, coloque o nome da brincadeira,<br />

faça um desenho dela e escreva as regras que ela tem.<br />

Faça isso para cada uma das brincadeiras escolhidas.<br />

41<br />

Ilustrações: Adelmo Naccari


José Luís Juhas<br />

Acervo Iconographia/Reminiscências<br />

Acervo Iconographia/Reminiscências<br />

Família de imigrantes italianos em São Paulo,<br />

em 1900.<br />

Família de imigrantes alemães no Rio Grande do<br />

Sul, em 1900.<br />

42<br />

Capítulo 3<br />

Outras famílias<br />

brasileiras<br />

Professor: sugerimos que, durante a leitura das imagens, sejam levantados todos os elementos que podemos encontrar, nessas fotos, que retratem<br />

o presente e o passado. Peça aos alunos que observem como são diferentes as formas de se vestir, as poses e a hierarquia das famílias antigas com<br />

relação às famílias mais modernas. As famílias que chegaram ao Brasil traziam ainda os elementos de suas culturas de origem, atualmente, todos<br />

formamos o “povo brasileiro”, embora ainda sejam mantidas certas tradições e costumes específi cos legados pelos antepassados.<br />

Família de descendentes de italianos no Brasil.<br />

São Paulo, foto de 2007.<br />

Família de descendentes de alemães no Brasil.<br />

Santa Maria, Rio Grande Sul, 2010.<br />

Iara Venanzi<br />

Getty Images


Arquivo AE<br />

Família de descendentes<br />

de japoneses em Londrina,<br />

Paraná. Foto de 2008.<br />

Vimos, no capítulo anterior, que a origem das famílias brasileiras está<br />

ligada ao encontro dos indígenas, que foram os primeiros habitantes do Brasil,<br />

dos europeus, especialmente os portugueses, e dos africanos.<br />

Também aprendemos que cada um desses povos<br />

contribuiu para a formação das famílias brasileiras.<br />

Agora vamos conhecer algumas outras famílias que<br />

vieram para o Brasil como imigrantes e também ajudaram<br />

na formação do povo brasileiro.<br />

Família de imigrantes e<br />

descendentes de japoneses, em<br />

1960. Foto tirada em Santos, São<br />

Paulo.<br />

Imigrante: pessoa<br />

que foi viver e<br />

trabalhar em outro<br />

país.<br />

Observe as fotos anteriores e converse com seus colegas sobre o que<br />

vocês sabem a respeito dos costumes e da história de cada uma das<br />

famílias mostradas.<br />

Professor: nas próximas páginas, vamos falar sobre outros povos que ajudaram a formar o Brasil. Vamos conhecer que cada povo tem famílias com<br />

características diferentes, ressaltando o caráter cultural dessa instituição social. Sugerimos que, no trabalho com cada grupo de imigrantes, sejam feitos a<br />

leitura da imagem e um estudo do mapa, com o objetivo de identificar as características culturais de cada família, localizar seu país de origem e o caminho<br />

que a trouxe para o Brasil.<br />

43<br />

Age Fotostock Keystock


Fábio Bueno<br />

Famílias italianas<br />

Os italianos começaram<br />

a chegar ao Brasil em 1870.<br />

Inicialmente, eles foram para o Rio<br />

Grande do Sul, para trabalhar como<br />

agricultores.<br />

Depois chegaram mais famílias<br />

italianas, que foram trabalhar nas<br />

fazendas de café, no estado de São<br />

Paulo.<br />

Algum tempo depois, outras<br />

famílias italianas vieram para o Brasil<br />

e se instalaram em cidades como<br />

São Paulo e Minas Gerais, onde seus<br />

integrantes passaram a trabalhar<br />

como operários nas indústrias que<br />

estavam começando a ser instaladas.<br />

44<br />

Imigrantes italianos trabalham na colheita de café,<br />

em Araraquara, interior de São Paulo. Foto de 1902.<br />

Observe no mapa-múndi a localização da Itália no continente europeu.<br />

Localização da Itália e do Brasil<br />

OCEANO GLACIAL ÁRTICO<br />

0 2000 4000<br />

Acervo Iconografia<br />

Fonte: Marcelo Martinelli. Atlas geográfico. São Paulo: <strong>Editora</strong> do Brasil, 2003.


Praticando<br />

Observe a foto da família de origem italiana que vive no Brasil. Eles<br />

estão participando de uma comemoração.<br />

Família italiana almoçando, em 2008.<br />

Reúna-se com seus colegas e conversem sobre as questões a seguir.<br />

Depois, escreva no caderno o título da atividade: “Contribuições dos<br />

italianos”, e registre suas respostas por escrito. Respostas pessoais.<br />

<strong>1.</strong> Quais são, na opinião de vocês, as principais contribuições dos<br />

imigrantes italianos para as famílias brasileiras?<br />

2. Quais dos elementos que aparecem na foto estão presentes na vida<br />

e na casa de cada um de vocês?<br />

3. Alguém do grupo já participou de uma festa italiana? Como foi?<br />

4. Faça um desenho que represente algumas das influências das<br />

famílias italianas para a cultura brasileira.<br />

Stephanie Maze/Corbis/Latin Stock<br />

45


Fábio Bueno<br />

Famílias alemãs<br />

Você sabia que as primeiras famílias alemãs chegaram ao Brasil antes<br />

dos italianos?<br />

Em 1824, chegou ao Brasil um grupo composto por 39 pessoas. Os<br />

primeiros alemães foram morar na cidade de São Leopoldo, que fica no Rio<br />

Grande do Sul.<br />

Com o passar do tempo,<br />

outras famílias alemãs foram<br />

chegando e se espalhando por<br />

vários estados do Brasil, como<br />

Santa Catarina e Paraná.<br />

As primeiras famílias alemãs<br />

foram morar no campo e seus<br />

membros trabalharam como<br />

agricultores; depois, outros<br />

alemães foram trabalhar como<br />

operários.<br />

46<br />

Família de imigrantes alemães. São Paulo, 1929.<br />

Observe no mapa-múndi a localização da Alemanha no continente europeu.<br />

Localização da Alemanha e do Brasil<br />

OCEANO GLACIAL ÁRTICO<br />

0 2000 4000<br />

Memorial do Imigrante/SP<br />

Fonte: Marcelo Martinelli. Atlas geográfico. São Paulo: <strong>Editora</strong> do Brasil, 2003.


Você é o historiador<br />

Faça uma pesquisa sobre os costumes das famílias que vieram da<br />

Alemanha. Procure saber quais foram as contribuições das famílias alemãs<br />

para as famílias brasileiras.<br />

Você pode utilizar em sua pesquisa vários tipos de “fontes históricas”:<br />

informações de livros, revistas e de sites da internet; entrevistas com pessoas<br />

que tenham origem alemã ou que conheçam algum descendente de alemães.<br />

A seguir, apresentamos um roteiro de informações para você<br />

pesquisar:<br />

• alimentação e pratos típicos; • formas de se vestir;<br />

• festas; jogos e brincadeiras; • formas de arte e artesanato.<br />

Primeiro, coloque o título da pesquisa: “As contribuições das famílias<br />

alemãs”. Depois, em seu caderno, escreva as informações que você<br />

descobriu, dividindo os assuntos em tópicos, como os sugeridos acima. Se<br />

puder, ilustre seu texto com colagens e desenhos.<br />

Em um dia combinado, você e seus colegas devem se reunir para<br />

apresentar os trabalhos e trocar informações.<br />

Você sabia que...<br />

Os alemães trouxeram para o Brasil<br />

uma festa que se tornou muito popular? A<br />

Oktoberfest, ou festa de outubro.<br />

Essa festa foi realizada pela primeira vez<br />

na Alemanha, em 1810, em homenagem<br />

ao casamento do rei Luís I e da princesa<br />

Teresa da Saxônia. Nessa ocasião, reuniram-se<br />

muitas pessoas, para beber e comer comidas<br />

especiais e assistir a uma grande corrida de<br />

cavalos.<br />

Os imigrantes alemães trouxeram a festa<br />

para o Brasil e aqui transformaram a data em<br />

uma ocasião para lembrar suas raízes.<br />

Ricardo Silva/Folhapress<br />

Grupo de danças alemãs se<br />

apresenta na Oktoberfest em<br />

Blumenau, Santa Catarina, em 2005.<br />

47


Fábio Bueno<br />

Famílias japonesas<br />

Imigrantes japoneses<br />

trabalhando em uma<br />

fazenda de café em<br />

São Paulo. Foto do<br />

início do século XX.<br />

Muitos japoneses chegaram ao Brasil em 1908. A maioria veio para morar<br />

no estado de São Paulo e trabalhar nas fazendas produtoras de café.<br />

As primeiras famílias de japoneses demoraram a se adaptar ao Brasil. Elas<br />

encontraram aqui hábitos e costumes muito diferentes<br />

dos seus, além de um clima bem mais quente do que o<br />

do Japão.<br />

Observe no mapa-múndi a localização do Japão no<br />

continente asiático.<br />

48<br />

Localização do Japão e do Brasil<br />

OCEANO GLACIAL ÁRTICO<br />

Adaptar: adequar<br />

ou acomodar uma<br />

coisa a outra.<br />

0 2000 4000<br />

AE<br />

Fonte: Marcelo Martinelli. Atlas geográfico. São Paulo: <strong>Editora</strong> do Brasil, 2003.


Fonte: Marcelo Martinelli. Atlas geográfico. São Paulo: <strong>Editora</strong> do Brasil, 2003.<br />

Famílias espanholas<br />

As famílias espanholas<br />

começaram a chegar ao Brasil<br />

por volta de 1880. Algumas<br />

foram trabalhar nas lavouras<br />

de café no interior do estado<br />

de São Paulo; outras foram<br />

trabalhar em cidades como São<br />

Paulo, Santos, Rio de Janeiro<br />

e Salvador. Muitos espanhóis<br />

também vieram para o Brasil a<br />

partir da década de 1930.<br />

Os espanhóis que<br />

imigraram para o Brasil<br />

buscavam novas oportunidades<br />

Família de imigrantes espanhóis em São Paulo. Foto dos<br />

anos 1930.<br />

de trabalho. Na Espanha, a falta de emprego era grande e o número de<br />

desempregados também, por isso várias famílias espanholas resolveram vir<br />

para o Brasil em busca de trabalho e de melhores condições de vida.<br />

Observe no mapa-múndi a localização da Espanha no continente europeu.<br />

Localização da Espanha e do Brasil<br />

Espanha<br />

OCEANO GLACIAL ÁRTICO<br />

0 2000 4000<br />

49<br />

Arquivo Alfredo Calvo/EFE/Corbis/Latin Stock<br />

Fábio Bueno


Fábio Bueno<br />

Famílias sírio-libanesas<br />

Os primeiros sírio-libaneses<br />

chegaram ao Brasil em 1890 e<br />

foram morar nos estados de São<br />

Paulo, Amazonas e Rio de Janeiro.<br />

Os sírio-libaneses vieram de<br />

dois países, a Síria e o Líbano. Na<br />

época em que chegaram aqui no<br />

Brasil, a maior parte das famílias<br />

foi morar em São Paulo, onde se<br />

tornaram comerciantes.<br />

Quando ainda viviam em seu<br />

país de origem, muitos homens<br />

desses povos viajavam para vários<br />

lugares a fim de vender produtos<br />

que traziam da Europa e de países do Oriente.<br />

Eles eram chamados mascates.<br />

Observe no mapa-múndi a localização da<br />

Síria e do Líbano no Oriente Médio.<br />

50<br />

Foto de imigrantes de uma família sírio-libanesa.<br />

Localização do Líbano, da Síria e do Brasil<br />

OCEANO GLACIAL ÁRTICO<br />

Mascate: pessoa que trabalha<br />

como vendedor, oferecendo<br />

mercadorias de casa em casa.<br />

0 2000 4000<br />

Memorial do Imigrante/SP<br />

Fonte: Marcelo Martinelli. Atlas geográfico. São Paulo: <strong>Editora</strong> do Brasil, 2003.


Fonte: Marcelo Martinelli. Atlas geográfico. São Paulo: <strong>Editora</strong> do Brasil, 2003.<br />

Famílias judias<br />

Muitas famílias judias que<br />

viviam na Europa vieram para<br />

o Brasil pela primeira vez em<br />

1636. Instalaram-se na cidade<br />

de Recife, em Pernambuco.<br />

Trabalhavam geralmente<br />

como comerciantes e<br />

permaneceram na cidade<br />

durante quase 30 anos. A partir<br />

de 1640, muitas dessas famílias<br />

saíram do Brasil e foram viver<br />

nos Estados Unidos.<br />

Família de imigrantes judeus. São Paulo, 1917.<br />

Muito tempo depois,<br />

já em 1930, outras famílias judias chegaram ao Brasil e foram morar<br />

principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. A principal atividade dessas<br />

famílias continuou sendo o comércio.<br />

Veja no mapa o Estado de Israel, atual país dos judeus, fundado em 1948.<br />

Antes disso, o povo judeu, espalhado por diversas partes do mundo, não tinha<br />

um país próprio.<br />

Localização do Estado de Israel e do Brasil<br />

OCEANO GLACIAL ÁRTICO<br />

0 2000 4000<br />

Professor: neste momento é importante destacar que, antes de 1948, os judeus viviam em várias regiões do mundo. Não tinham um país próprio, como têm<br />

hoje: o Estado de Israel. Sugerimos que comente com os alunos quando e por que foi criado o Estado de Israel.<br />

51<br />

Memorial do Imigrante/SP<br />

Fábio Bueno


José Luís Juhas<br />

52<br />

Conhecendo mais<br />

A adaptação dos imigrantes não era muito tranquila, principalmente por<br />

causa da diferença cultural.<br />

Veja abaixo o depoimento de Tatiana Belinky, premiada escritora de<br />

literatura infantojuvenil brasileira. Filha de família judia, Tatiana Belinky nasceu<br />

em 1919, em São Petersburgo, na Rússia, e veio para o Brasil quando tinha 10<br />

anos de idade.<br />

O que eu quero é contar alguns momentos da minha – agora<br />

já bem longa – vida no Brasil, onde aportamos, a bordo de<br />

um transatlântico, em fi ns de 1929. E nos fi xamos na minha<br />

amada cidade de São Paulo, que eu adotei e que me adotou,<br />

após três anos de “choque cultural”, na rua Jaguaribe, no<br />

populoso bairro de Santa Cecília.<br />

Não foi fácil para os meus pais – embora minha mãe,<br />

cirurgiã -dentista formada em 1914, logo começasse a trabalhar<br />

na sua profi ssão e meu pai, poliglota, logo dominasse o<br />

português, falado e escrito.<br />

Mas para nós, crianças, a adaptação à nova vida, na<br />

nova rua, com outra língua diferente do russo e do alemão<br />

que falávamos, outro clima, outros costumes, tudo foi<br />

muito difícil [...]. Era tudo muito perturbador, sendo que<br />

talvez a maior das provações fosse o confl ito “cultural”<br />

com os meninos daquela rua, moleques terríveis que nos<br />

hostilizavam por sermos estrangeiros e nos agrediam, verbal<br />

e fi sicamente, a toda hora, naqueles três anos tão<br />

difíceis [...]<br />

Tatiana Belinky. 17 é tov! São Paulo:<br />

Companhia das Letrinhas, 2005.<br />

Aportar: chegar a um<br />

porto.<br />

Poliglota: pessoa que<br />

fala muitas línguas.


Praticando<br />

Professor: sugerimos que esta atividade seja desenvolvida de forma interdisciplinar com<br />

Matemática. Auxilie os alunos a construir a tabela e depois o gráfico, passo a passo, fazendo a<br />

atividade também no quadro de giz da sala de aula.<br />

<strong>1.</strong> No caderno, monte uma tabela sobre as outras famílias que vieram<br />

para o Brasil.<br />

1 o Escreva o título da atividade: “Origem das famílias que vieram<br />

para o Brasil”.<br />

2 o Construa uma tabela conforme o modelo abaixo.<br />

Famílias Origem<br />

Tipos de trabalho<br />

agricultura R R<br />

comércio R R<br />

Quando<br />

começaram<br />

a chegar<br />

italianas Itália 1870<br />

alemãs Alemanha 1824<br />

espanholas Espanha 1880<br />

lavoura de café R R R<br />

indústria R R R<br />

Onde foram<br />

morar<br />

São Paulo, Minas Gerais e<br />

Rio Grande do Sul<br />

Rio Grande do Sul,<br />

Santa Catarina e Paraná<br />

São Paulo, Rio de Janeiro<br />

e Bahia<br />

1 2 3 4 5 6<br />

Origem das famílias (quantidade)<br />

Tipos de<br />

trabalho<br />

agricultura, lavoura de café,<br />

indústria<br />

agricultura,<br />

indústria<br />

lavoura de café,<br />

indústria<br />

japonesas Japão 1908 São Paulo lavoura de café<br />

sírio-libanesas Síria e Líbano 1890<br />

judias<br />

Vários lugares do<br />

mundo<br />

As primeiras famílias, em<br />

1636; outro grupo, em 1930<br />

São Paulo, Amazonas<br />

e Rio de Janeiro<br />

São Paulo e<br />

Rio de Janeiro<br />

comércio<br />

comércio<br />

2. Agora, construa um gráfico conforme o modelo. Veja, a seguir, como<br />

fazer isso.<br />

Gráfico:<br />

representação<br />

de informações<br />

por meio de<br />

desenhos.<br />

53


54<br />

A. Siga os passos para construir, no caderno, o seu gráfico.<br />

1 o passo – Usando seu lápis grafite, trace cinco linhas na horizontal.<br />

Você pode aproveitar as linhas do seu caderno.<br />

2 o passo – Escreva na vertical “Tipos de trabalho”, em seguida, liste, a<br />

partir da primeira linha, os tipos de trabalho desenvolvidos<br />

pelas famílias imigrantes no Brasil: agricultura, comércio,<br />

lavoura de café e indústria.<br />

Tipos de trabalho<br />

agricultura<br />

comércio<br />

lavoura de café<br />

indústria<br />

3 o passo – Trace uma linha na vertical.<br />

Tipos de trabalho<br />

agricultura<br />

comércio<br />

lavoura de café<br />

indústria<br />

4 o passo – Com o lápis grafite, trace mais cinco linhas verticais com<br />

1 cm de distância entre elas.<br />

Tipos de trabalho<br />

agricultura<br />

comércio<br />

lavoura de café<br />

indústria


5 o passo – Use uma caneta preta e cubra as linhas conforme o<br />

desenho a seguir. Depois escreva, abaixo da última linha<br />

horizontal, “Origem das famílias (quantidade)” e os<br />

números de 1 a 6 nos quadrinhos.<br />

Tipos de trabalho<br />

B. Vamos preencher o gráfico com os principais tipos de trabalho que<br />

tinham as famílias que vieram morar no Brasil, de acordo com a<br />

tabela da atividade <strong>1.</strong><br />

a) Na tabela, conte as origens das famílias que foram trabalhar na<br />

indústria. Agora, com o lápis de cor verde, pinte um quadrinho<br />

para cada origem.<br />

b) Conte as origens das famílias que foram trabalhar na lavoura<br />

de café e, com o lápis amarelo, pinte um quadrinho para cada<br />

origem.<br />

c) Conte as origens das famílias que foram trabalhar no comércio e,<br />

com o lápis vermelho, pinte um quadrinho para cada origem.<br />

d) Conte as origens das famílias que foram trabalhar na agricultura<br />

e, com o lápis azul, pinte um quadrinho para cada origem.<br />

3. Agora, é preciso ler e interpretar o gráfico. Responda às questões<br />

abaixo observando o que você pintou no gráfico.<br />

a) Quais são os tipos de trabalho que mais aparecem no gráfico?<br />

Lavoura de café e indústria.<br />

b) Famílias de quantas origens foram trabalhar na lavoura de café?<br />

Famílias de três origens.<br />

agricultura<br />

comércio<br />

lavoura de café<br />

indústria<br />

1 2 3 4 5 6<br />

Origem das famílias (quantidade)<br />

c) As famílias que vieram para o Brasil e tiveram como principal<br />

atividade o comércio eram de quantas origens? Eram de duas origens.<br />

Professor: é importante mostrar para os alunos que devem ser lidas as informações no gráfico antes que eles respondam às questões pedidas.<br />

55


Roulier/Turiot/Photocuisine/Corbis/Latin Stock<br />

56<br />

Conhecendo mais<br />

Influências na culinária brasileira<br />

Todas as famílias que vieram para<br />

o Brasil contribuíram muito com seus<br />

costumes e hábitos para a formação das<br />

famílias brasileiras. Também ajudaram o<br />

desenvolvimento econômico do país.<br />

Nossas primeiras fábricas de<br />

alimentos e tecidos foram fundadas<br />

por italianos e alemães. A maioria dos<br />

operários dessas fábricas também era de<br />

origem italiana ou alemã.<br />

Os judeus e os sírio-libaneses se<br />

destacam até hoje no comércio.<br />

Os japoneses e os espanhóis foram e ainda<br />

são excelentes agricultores.<br />

Mas é na variada culinária brasileira que<br />

percebemos com mais clareza a contribuição de<br />

todas essas famílias.<br />

Paella, comida típica da culinária<br />

espanhola.<br />

Quibes, esfirras e tabule, comidas típicas da<br />

culinária sírio-libanesa.<br />

Pizza, comida típica da<br />

culinária italiana.<br />

Operário: trabalhador<br />

de fábrica.<br />

Típico: característico;<br />

simbólico.<br />

Liane Neves/Abril Imagens<br />

Darque/Photocuisine/Corbis/Latin Stock


Mário Rodrigues/Abril<br />

Praticando<br />

Sushis, prato típico<br />

da culinária japonesa.<br />

Salsichão, batatas cozidas e carne de<br />

porco, comidas típicas da culinária<br />

alemã.<br />

Os imigrantes trouxeram para o Brasil não apenas novos alimentos, como<br />

também novas formas de prepará-los. Assim, passamos a conhecer novos<br />

temperos e novas formas de consumir alimentos que já existiam por aqui.<br />

Hoje essas comidas “típicas” fazem parte da realidade de muitos brasileiros,<br />

mesmo que não tenhamos relações de parentesco com os imigrantes. Por<br />

exemplo, a pizza é prato consumido por muitas famílias que nada têm de italianas.<br />

E qual é o seu “prato típico” preferido?<br />

Observe as fotos dos pratos típicos e troque informações com seus<br />

colegas sobre os alimentos que vocês conhecem.<br />

Converse com eles sobre quais desses pratos típicos são consumidos<br />

na sua casa.<br />

Registre no seu caderno tudo o que foi conversado no grupo.<br />

Depois, compartilhe o trabalho de seu grupo com os outros grupos da<br />

sua turma.<br />

Fábio Colombini<br />

57


Você é o historiador<br />

Professor: sugerimos conversar com os alunos sobre as infl uências de cada<br />

família na cultura brasileira, especialmente na culinária. Deixe que eles falem<br />

espontaneamente sobre os pratos típicos que são feitos nas suas casas e por que<br />

são feitos. Pergunte-lhes também se já provaram alguns dos pratos apresentados<br />

nas fotografi as, de quais mais gostam, se sabem quais são os ingredientes<br />

utilizados na preparação de cada um etc.<br />

Para começar, escreva no caderno o título desta atividade de pesquisa:<br />

“Os pratos típicos da minha família”.<br />

Você vai entrevistar pessoas mais velhas de sua família. Os depoimentos<br />

dessas pessoas serão suas fontes históricas para a pesquisa. Siga os<br />

seguintes passos:<br />

1 o passo – Escolha o entrevistado. Em uma folha de seu caderno, anote o<br />

nome e a idade da pessoa.<br />

2 o passo – Mostre as fotos dos pratos típicos das famílias imigrantes que<br />

estão nas páginas 56 e 57 para o entrevistado e pergunte-lhe<br />

quais ele já experimentou. Anote a resposta.<br />

3 o passo – Avaliem juntos quais desses pratos sua família tem o costume<br />

de preparar em casa ou de comer em restaurantes. Por que<br />

vocês gostam desses alimentos? Anote a resposta.<br />

4o passo – Peça ao entrevistado uma receita de algum prato típico que<br />

faça parte da história de sua família. Copie a receita no<br />

caderno.<br />

Apresentando seu trabalho<br />

A turma deverá<br />

se reunir e todos<br />

devem apresentar<br />

os resultados<br />

das entrevistas.<br />

Verifi quem se existem<br />

pratos típicos que<br />

várias famílias têm o<br />

hábito de consumir.<br />

58<br />

Professor: enquanto os alunos apresentam os resultados de suas entrevistas, você pode ir anotando no quadro de giz<br />

os pratos típicos mencionados e um resumo das receitas que eles copiaram. Assim, ao fi nal da conversa do grupo,<br />

eles poderão avaliar quais são os alimentos mais consumidos, quais fazem parte do cotidiano de apenas poucas<br />

famílias etc. Após a discussão, é possível, ainda, estudar as receitas que eles trouxeram: existem modos diferentes de<br />

preparar o mesmo alimento? Como cada família adapta as receitas à sua realidade?<br />

Depois, cada aluno deve apresentar a receita que copiou.<br />

José Luís Juhas


Explorando<br />

o que aprendemos!<br />

Vamos montar uma dramatização, tendo como tema a<br />

vida das famílias indígenas, africanas e portuguesas.<br />

1 o passo – O professor vai dividir a turma em três grupos. Cada<br />

grupo deve escolher uma das famílias citadas acima.<br />

Dramatização:<br />

fazer uma<br />

representação<br />

teatral de um<br />

texto.<br />

2 o passo – Agora, em grupo, vocês vão recordar tudo o que foi estudado<br />

sobre as famílias do grupo que escolheram e escrever uma<br />

história. Essa história deve ter os seguintes elementos:<br />

• Todas as pessoas que compõem a família: pai, mãe, f ilhos, f ilhas<br />

e outros parentes e familiares.<br />

• A origem da família, ou seja, de onde ela veio. Como essas<br />

famílias viviam e o tipo de moradia.<br />

• Os tipos de trabalho feitos pela família e quem faz cada um<br />

dele s (homens e mulheres). Exemplo: o pai indígena caça e<br />

pesca; a mãe portuguesa cuida da educação dos fi lhos.<br />

• As infl uências e contribuições dessa família para a vida e os<br />

costumes brasileiros. Outras informações e curiosidades que o<br />

grupo achar interessantes.<br />

3 o passo – Determinar os papéis que cada pessoa do grupo vai interpretar e<br />

o que vai falar.<br />

4 o passo – Apresentar para a classe.<br />

José Luís Juhas<br />

59


Dança de Roda, obra do pintor Alberto da Veiga Guignard. Óleo sobre madeira de 33 cm x 40 cm, 1959.<br />

Professor: sugerimos que os alunos façam a leitura da imagem e depois conversem sobre o que está retratado na obra de Alberto da Veiga Guignard e quais são<br />

os elementos presentes no quadro que dão a ideia de que é um local onde vive uma comunidade. Peça que estabeleçam uma comparação entre a situação<br />

representada na obra e o lugar onde eles vivem.<br />

60<br />

Unidade 2<br />

Onde vivemos<br />

Soraia Cals escritório de arte


Ricardo Azoury/Keydisc<br />

O qUe sabemOs?<br />

Vista aérea de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Foto de 2006.<br />

Vimos na Unidade 1 a origem de algumas famílias que vivem no Brasil.<br />

Cada família tem um tipo de moradia. Algumas moram em casas ou<br />

apartamentos, outras em barracos. Mas onde ficam essas moradias?<br />

Observe a foto acima. Você e seus colegas vão falar sobre tudo o que<br />

aparece na foto, para seu professor escrever no quadro de giz.<br />

Professor: sugerimos que os alunos falem livremente sobre todos os elementos presentes na foto. Nosso objetivo é fazer com que eles reconheçam tudo o que<br />

existe num bairro e consigam estabelecer relações entre a imagem e o bairro onde vivem.<br />

Muito bem, na foto encontramos moradias variadas, ruas, veículos, áreas<br />

arborizadas. Esse espaço é chamado bairro.<br />

As pessoas que vivem nos bairros formam um<br />

tipo de comunidade.<br />

Comunidade: grupo de<br />

Vamos conhecer um pouco mais do bairro onde pessoas que vive num<br />

você mora?<br />

mesmo lugar ou região.<br />

61


Ricardo Azoury/Keydisc José Luís Juhas<br />

Capítulo 1<br />

bairros e cidades<br />

Os bairros são as partes em que se dividem as cidades ou as vilas. Nesses<br />

locais as pessoas moram, estudam, trabalham, divertem‑se, relacionam ‑se<br />

com vizinhos etc.<br />

Mas por que as cidades são divididas em bairros? Você já parou para<br />

pensar nisso?<br />

Observe a foto abaixo.<br />

TA_H3_F014a<br />

Florianópolis, em Santa Catarina. Foto de 2005.<br />

62


José Luís Juhas<br />

Primeiro, porque as pessoas que vivem em determinada região usam o<br />

espaço e o marcam com seus costumes e suas tradições. Assim, as diversas<br />

regiões das cidades passam a ter características próprias e a divisão da<br />

cidade em bairros ocorre naturalmente. Os bairros de sua cidade não têm<br />

características específicas?<br />

Além disso, com a divisão em bairros, é mais fácil cuidar do bom<br />

funcionamento da cidade.<br />

Conhecendo seu bairro<br />

Praticando<br />

Observe o desenho acima.<br />

<strong>1.</strong> No seu caderno, escreva o título da atividade: “O bairro” e, a<br />

partir da linha seguinte, registre o nome de tudo o que você pode<br />

Farmácia, padaria, estação de metrô, fl oricultura, praça, indústrias, agência dos Correios, escola, agência<br />

ver no desenho.<br />

bancária, ruas, faixas de pedestre, sinalização de trânsito, veículos.<br />

63


Nos desenhos a seguir, estão alguns lugares e coisas que podem ser<br />

encontrados nos bairros.<br />

64<br />

Ilustrações: Adelmo Naccari


2. Pegue uma folha de papel avulsa e dobre ‑a em três partes iguais.<br />

Depois trace linhas com o lápis nas marcas das dobraduras, para<br />

dividir a folha conforme o modelo.<br />

1 a 2 a 3 a<br />

• Na 1 a coluna, escreva o título: “O que tem<br />

no bairro onde moro”.<br />

Abaixo desse título, escreva o nome das coisas e dos lugares que<br />

aparecem nos desenhos da página anterior e que também existem<br />

no bairro onde você mora.<br />

• Na 2 a coluna, escreva o título: “O que não tem no bairro onde<br />

moro”.<br />

Abaixo, escreva o nome das coisas e dos lugares que aparecem nos<br />

desenhos da página anterior que não existem no bairro onde você<br />

mora.<br />

• Na 3 a coluna, escreva o título: “O que tem no bairro onde moro e<br />

não aparece nos desenhos”.<br />

Abaixo, escreva o nome das coisas e dos lugares que existem no<br />

bairro onde você mora e não estão representadas nos desenhos da<br />

página anterior.<br />

• Para seu trabalho ficar mais bonito, vire a folha e, no verso, desenhe<br />

o bairro onde você mora do seu jeito.<br />

• Coloque seu nome no final da página e apresente seu trabalho para<br />

os colegas.<br />

Você sabia que...<br />

Todo bairro tem um nome?<br />

Muitas vezes o nome do bairro está ligado a uma família de origem indígena,<br />

africana, portuguesa, italiana etc. ou a uma pessoa.<br />

65<br />

José Luís Juhas


Você é o historiador<br />

Vamos investigar a história do bairro onde você vive.<br />

Faça uma pesquisa com as pessoas que moram com você ou que<br />

moram no bairro e veja se consegue responder às perguntas e descobrir<br />

outras curiosidades sobre seu bairro.<br />

No caderno, escreva o título da pesquisa: “O bairro onde moro”.<br />

<strong>1.</strong> Qual é o nome do bairro onde você mora?<br />

Professor: espera ‑se que o aluno conte qualquer coisa que julgue interessante sobre o bairro.<br />

Professor: espera ‑se que o aluno escreva o nome do<br />

bairro.<br />

2. Esse nome está ligado a alguma família ou pessoa? Qual é a origem<br />

do nome de seu bairro? Professor: espera ‑se que o aluno diga a origem do nome do bairro.<br />

3. Outras curiosidades ou coisas interessantes sobre o bairro.<br />

Você vai construir uma maquete do seu bairro.<br />

A maquete deve ter a sua casa e tudo o<br />

que existe no bairro, por exemplo: ruas, padaria,<br />

farmácia, prédios etc. Use sua criatividade!<br />

Materiais<br />

• Placa de isopor ou papelão grosso (um<br />

dos lados de uma caixa grande, por<br />

exemplo).<br />

• Embalagens vazias de tamanhos<br />

diferentes.<br />

• Tampinhas plásticas.<br />

• Guache, canetinhas hidrográficas.<br />

Professor: para quem vive em uma grande cidade,<br />

é muito difícil reproduzir todo o espaço do bairro.<br />

Nesse caso, a maquete pode abranger apenas as<br />

ruas mais próximas da moradia do aluno.<br />

Maquete: representação<br />

em tamanho pequeno de<br />

uma obra, ambiente ou<br />

paisagem.<br />

Observação: um bom material para a<br />

confecção da maquete é a sucata, ou seja, as embalagens de produtos que,<br />

depois de vazias, são jogadas fora. Você pode usar caixas de leite, de fósforos,<br />

de creme dental, entre outras.<br />

66<br />

José Luís Juhas


Modo de fazer<br />

1o passo – Prepare a base (o chão) na placa<br />

de isopor ou no papelão grosso.<br />

• Desenhe e pinte as ruas, as<br />

calçadas, as praças e o que mais<br />

precisar representar.<br />

• Marque os locais onde irá<br />

colocar a sua moradia e as<br />

outras construções.<br />

2o passo – Monte, com as embalagens vazias, as moradias, as árvores, os<br />

veículos e tudo o que precisar representar.<br />

Por exemplo, você pode<br />

usar caixas variadas para as<br />

construções, caixas de fósforos<br />

para os carros, tampinhas<br />

plásticas para fazer os detalhes<br />

das construções, garrafas<br />

plásticas para os ônibus e<br />

caminhões, entre outras. É só<br />

usar sua imaginação!<br />

3o passo – Cole na base (chão) tudo o que você montou: prédios, árvores,<br />

carros, ônibus e tudo mais que existe no seu bairro.<br />

Muito bem! A representação do seu bairro está pronta.<br />

No dia marcado pelo professor, leve a maquete para a escola.<br />

Professor: de acordo com a realidade da turma, essa atividade pode ser feita em grupo na própria sala de aula, para que o trabalho dos alunos possa ser<br />

orientado e acompanhado.<br />

Ilustrações: José Luís Juhas<br />

67


ilustrações: José Luís Juhas<br />

as cidades<br />

Você sabe o que é cidade?<br />

Vamos conhecer um tipo de cidade?<br />

68<br />

Leia a letra da música “A cidade ideal”.<br />

A cidade ideal<br />

CACHORRO<br />

A cidade ideal dum cachorro<br />

Tem um poste por metro quadrado<br />

Não tem carro, não corro, não morro<br />

E também nunca fico apertado<br />

GALINHA<br />

A cidade ideal da galinha<br />

Tem as ruas cheias de minhoca<br />

A barriga fica tão quentinha<br />

Que transforma o milho em pipoca<br />

CRIANÇAS<br />

Atenção porque nesta cidade<br />

Corre ‑se a toda velocidade<br />

E atenção que o negócio está preto<br />

Restaurante assando galeto<br />

TODOS<br />

Mas não, mas não<br />

O sonho é meu e eu sonho que<br />

Deve ter alamedas verdes<br />

A cidade dos meus amores<br />

E, quem dera, os moradores<br />

E o prefeito e os varredores<br />

Fossem somente crianças<br />

Deve ter alamedas verdes<br />

A cidade dos meus amores<br />

E, quem dera, os moradores<br />

E o prefeito e os varredores<br />

E os pintores e os vendedores<br />

Fossem somente crianças<br />

Professor: é interessante que os alunos ouçam a música<br />

acompanhando o texto. Dessa maneira, a compreensão será<br />

facilitada.<br />

Alameda: rua ou<br />

avenida com árvores<br />

plantadas.


GATA<br />

A cidade ideal de uma gata<br />

É um prato de tripa fresquinha<br />

Tem sardinha num bonde de lata<br />

Tem alcatra no final da linha<br />

JUMENTO<br />

Jumento é velho, velho e sabido<br />

E por isso já está prevenido<br />

A cidade é uma estranha senhora<br />

Que hoje sorri e amanhã te devora<br />

CRIANÇAS<br />

Atenção que o jumento é sabido<br />

É melhor ficar bem prevenido<br />

E olha, gata, que a tua pelica<br />

Vai virar uma bela cuíca<br />

TODOS<br />

Mas não, mas não<br />

O sonho é meu e eu sonho que<br />

Deve ter alamedas verdes<br />

A cidade dos meus amores<br />

E, quem dera, os moradores<br />

E o prefeito e os varredores<br />

Fossem somente crianças<br />

Deve ter alamedas verdes<br />

A cidade dos meus amores<br />

E, quem dera, os moradores<br />

E o prefeito e os varredores<br />

E os pintores e os vendedores<br />

As senhoras e os senhores<br />

E os guardas e os inspetores<br />

Fossem somente crianças<br />

Alcatra: parte da<br />

rês (boi ou vaca),<br />

tipo de carne.<br />

Devorar: comer,<br />

engolir.<br />

Pelica: pele fina<br />

de animal.<br />

Inspetor: aquele<br />

que vê, observa<br />

e fiscaliza.<br />

A cidade ideal. Os Saltimbancos (CD), de Luiz Enriquez.<br />

Texto original de Sérgio Bardotti. Universal Music Brasil, 2007.<br />

(Tradução e adaptação de Chico Buarque de Holanda, 1977).<br />

Ilustrações: José Luís Juhas<br />

69


Praticando<br />

Reúna ‑se com seus colegas e responda no seu caderno.<br />

<strong>1.</strong> Que personagens aparecem na música “A cidade ideal”?<br />

2. Qual é a cidade ideal de cada animal?<br />

3. Na letra da música “A cidade ideal”, as crianças também dão sua<br />

opinião sobre a cidade que querem ter. O que elas falam sobre essa<br />

cidade?<br />

4. Em um trecho da música, todos – animais e crianças – sonham<br />

com uma cidade. O que tem nesse sonho?<br />

5. Pense agora na sua cidade ideal, como ela seria?<br />

6. Como é a cidade onde você mora? Ela se parece com sua cidade<br />

ideal? Resposta pessoal.<br />

Conhecendo mais<br />

Cachorro, galinha, gata,<br />

jumento, crianças.<br />

Cachorro: tem um poste por metro quadrado; não tem carro, ele<br />

não precisa correr, não há perigo de morte; e também nunca fica<br />

apertado. Galinha: as ruas são cheias de minhoca; a barriga fica tão quentinha que transforma o milho em pipoca. Gata: é um prato de tripa fresquinha; tem<br />

sardinha num bonde de lata; tem alcatra no final da linha. Jumento: a cidade é uma estranha senhora; que hoje sorri e amanhã te devora.<br />

Crianças: na cidade corre ‑se a toda velocidade; o negócio está preto; há restaurante assando galeto; acha ‑se melhor ficar bem<br />

prevenido; e a gata deve se prevenir, pois sua pelica pode virar uma bela cuíca.<br />

O sonho de todos é que a cidade tenha alamedas<br />

verdes e que os moradores e o prefeito e os varredores,<br />

e os pintorese os vendedores,as senhoras e os senhores, e os guardas e os inspetores fossem somente crianças.<br />

Resposta pessoal. Cada aluno deve descrever como seria a sua cidade ideal. Professor: sugerimos que os alunos sejam estimulados a refletir sobre<br />

uma cidade onde eles gostariam de viver, a ideal.<br />

Vimos, pela música “A cidade ideal”, que a cidade tem alamedas ou ruas,<br />

moradores, restaurante, carros, varredores, prefeito, pintores, vendedores,<br />

guardas, senhoras, senhores e também animais.<br />

Com todas essas informações, podemos, então, dizer que a cidade é um<br />

lugar em que muitas pessoas vivem, trabalham e se divertem.<br />

A cidade pode ser chamada também de município. De acordo com<br />

dados do ano 2009, o Brasil possui 5 565 municípios.<br />

70<br />

Encontramos no Brasil três tipos de cidades ou municípios.<br />

• Cidades urbanas – que têm quase toda sua área urbanizada, quer dizer,<br />

com muitas ruas, avenidas, casas, prédios, comércio etc.<br />

• Cidades rurais – que têm quase toda sua área no campo, com fazendas e<br />

sítios. A área com ruas e comércio é muito pequena.<br />

• Cidades mistas – são cidades que têm quase o mesmo tamanho de área<br />

urbana e área rural, por isso são chamadas mistas.


Praticando<br />

Em que cidade você vive? Como é a sua cidade?<br />

<strong>1.</strong> Reúna ‑se com mais três colegas e conversem sobre o assunto.<br />

Depois vocês contarão para a turma o que o grupo discutiu. Assim,<br />

vocês podem trocar ideias com os outros grupos.<br />

2. Em seu caderno, escreva o título da atividade: “A minha cidade”.<br />

Escreva o nome da cidade onde você mora e descreva como ela é,<br />

aproveite a discussão feita pela turma.<br />

Conviver na cidade: ser cidadão<br />

Adelmo Naccari<br />

Você sabe que a palavra “cidadão” também significa “morador da cidade”?<br />

Mas ser cidadão é muito mais do que isso. Vamos entender melhor.<br />

Observe o desenho. No seu caderno, escreva qual é a função e a<br />

importância, em uma cidade: Ver sugestão de resposta no MP.<br />

• da escola.<br />

• do hospital.<br />

• dos serviços de limpeza.<br />

Respostas pessoais.<br />

• dos sinais de trânsito.<br />

• dos meios de transporte coletivo.<br />

• da segurança.<br />

71


Como a cidade funciona?<br />

Para todos os serviços de uma cidade funcionarem, é preciso administrar,<br />

cuidar das ruas e dos jardins, das escolas, dos hospitais, dos transportes<br />

coletivos, dos serviços de água, esgoto, limpeza e eletricidade.<br />

Em cada cidade essa administração funciona assim:<br />

• Os moradores da cidade escolhem o prefeito ou a<br />

prefeita e os vereadores, em uma eleição.<br />

• Os vereadores, além de ajudarem o prefeito<br />

a administrar a cidade, criam leis que devem<br />

Você sabia que...<br />

Câmara Municipal ou<br />

Câmara dos Vereadores é o local<br />

de trabalho dos vereadores? Lá<br />

os vereadores elaboram e votam<br />

projetos de lei para atender às<br />

necessidades da população da<br />

cidade.<br />

Você sabe quem é o prefeito ou prefeita de sua cidade?<br />

Os cidadãos<br />

Adelmo Naccari<br />

Administrar: dirigir<br />

qualquer instituição.<br />

contribuir para melhorar a vida na cidade e atender às necessidades da<br />

maioria dos moradores.<br />

Os moradores das cidades são os cidadãos.<br />

Mas não é só isso. As pessoas que moram nos sítios, nas fazendas, nas<br />

chácaras e nas aldeias também são cidadãos.<br />

Ser cidadão significa ter direitos e deveres. Todas as pessoas precisam<br />

contribuir para o bom funcionamento da sociedade e, assim, ter seus direitos<br />

garantidos. Mesmo os prefeitos, os vereadores e até o presidente de um país<br />

são cidadãos e têm direitos e deveres.<br />

Mas você sabe quais são as diferenças entre direitos e deveres?<br />

72


Kevin Dodge/Masterfile/Other Images<br />

Laureni Fochetto<br />

Observe as imagens e conheça alguns dos direitos e deveres dos<br />

cidadãos.<br />

Todo cidadão tem o direito de frequentar a<br />

escola.<br />

Todo cidadão tem o dever de obedecer<br />

às regras de trânsito.<br />

Laureni Fochetto<br />

AbleStock<br />

Todo cidadão tem o direito ao atendimento<br />

médico.<br />

Todo cidadão<br />

tem o dever<br />

de manter a cidade<br />

limpa.<br />

Converse com seus colegas sobre os direitos e os deveres que<br />

aparecem nas imagens. Juntos, pensem em outros direitos e deveres<br />

que têm os cidadãos.<br />

Em grupos, você e seus colegas farão um cartaz para divulgar os direitos<br />

e os deveres do cidadão.<br />

Dividam seu cartaz em duas partes: de um lado, coloquem o título DIREITOS,<br />

do outro, DEVERES. Depois, completem com ilustrações, recortes de revistas ou<br />

jornais, frases e textos que vocês acharem interessantes para tratar do tema.<br />

Os cartazes dos grupos deverão ficar expostos em um lugar da escola<br />

por onde todos passem. Assim, o trabalho de vocês atingirá o maior número<br />

possível de pessoas.<br />

Professor: aqui é importante mostrar para o aluno que, para ter a sua cidadania respeitada, é necessário que ele se aproprie dos seus direitos e participe de<br />

maneira ativa, fazendo valer esses direitos. Como cidadãos, também temos deveres em relação ao próximo, à natureza e ao ambiente onde vivemos.<br />

73


José Luís Juhas<br />

Acervo Iconographia/Reminiscências<br />

Acervo Iconographia/Reminiscências<br />

Cidade de Blumenau, Santa Catarina, em 1895.<br />

Cidade de São Paulo, em 1902.<br />

Você conhece alguma dessas cidades?<br />

Capítulo 2<br />

Algumas cidades<br />

brasileiras<br />

Blumenau, em 1997.<br />

São Paulo, em 2010.<br />

Professor: sugerimos que você faça uma pesquisa prévia para colher mais informações sobre essas cidades, como: características, população, a origem<br />

das famílias que se instalaram nelas e outras curiosidades. Sugerimos que você consulte o site ofi cial dessas cidades: e<br />

. Acesso em: out. 2010.<br />

74<br />

Reúna-se com seus colegas e conversem sobre o que vocês sabem<br />

a respeito de qualquer uma dessas cidades. Observem bem as<br />

Espera-se que os alunos percebam o aumento do número de construções em Blumenau, bem como os novos usos dos edifícios e<br />

fotos. a multidão em São Paulo. Eles devem, ainda, identifi car a permanência de construção típicas alemãs no presente em Blumenau e<br />

a manutenção da arquitetura em São Paulo.<br />

a) O que mudou, com o tempo, nessas duas cidades? E o que permaneceu?<br />

b) Quais os elementos que retratam o presente e o passado nas fotos?<br />

Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />

Laureni Fochetto


Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />

Cidades de todos os tamanhos<br />

Existem mais de 5 500 cidades no Brasil, de todos os tamanhos, grandes e<br />

pequenas, com menos de mil ou com mais de 10 milhões de moradores.<br />

Você sabia que...<br />

População<br />

O município mais populoso do Brasil é São Paulo, no estado de São<br />

Paulo, que tem mais de 11 milhões de habitantes.<br />

O menos populoso é Borá, também no estado de São Paulo, que tem<br />

apenas 837 habitantes.<br />

Tamanho<br />

O maior município do Brasil em área territorial é Altamira, que fica no<br />

estado do Pará e possui uma área de 159 696 km².<br />

O menor é Santa Cruz de Minas, no estado de Minas Gerais, que tem<br />

apenas 2,9 km² de área territorial.<br />

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, 2009.<br />

Professor: sugerimos que faça uma pesquisa prévia sobre a cidade em que está situada a escola: tamanho do município, número de habitantes etc. Caso na sua<br />

turma haja alunos que não residam no mesmo município da escola, auxilie-os na resposta, principalmente se houver necessidade de pesquisar os dados.<br />

Ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira em São<br />

Paulo. Foto de 2008.<br />

Cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Foto<br />

de 1998.<br />

75<br />

Delfim Martins/Pulsar Imagens


Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />

Santana do Parnaíba, em São Paulo. Foto de<br />

2006.<br />

76<br />

Conhecendo mais<br />

Salvador é uma grande cidade brasileira, que já<br />

foi, inclusive, capital do país. Além disso, essa cidade<br />

tem uma parte alta e outra, baixa.<br />

Leia o texto a seguir sobre a cidade de Salvador.<br />

A cidade não foi construída no<br />

mesmo lugar da antiga povoação.<br />

João Prudente/Pulsar Imagens<br />

Carmo do Rio Claro, Minas Gerais.<br />

Foto de 2008.<br />

Jesuíta: padre da Igreja<br />

católica, membro da<br />

Companhia de Jesus.<br />

Taipa: construção com<br />

paredes feitas com<br />

paus, galhos e barro<br />

amassado.<br />

[...] Tomé de Souza (primeiro<br />

governador-geral do Brasil em 1549)<br />

viu que seria necessário construí-la no alto de um morro,<br />

dificultando assim o acesso dos inimigos estrangeiros [...]<br />

Assim decidiu que as casas do governo, da câmara e o<br />

colégio dos jesuítas ficariam na parte alta [...], enquanto os<br />

armazéns e as casas do restante da população ficariam na<br />

parte baixa [...].<br />

As construções iniciais eram muito simples [...]. Todas foram<br />

feitas de taipa ou pau a pique e cobertas de palha.<br />

Avanete Pereira Sousa. Salvador, capital da colônia.<br />

São Paulo: Atual, 1995. (A vida no tempo).


Ilustrações: Adelmo Naccari<br />

Que tamanho tem sua cidade?<br />

Praticando<br />

Escreva no caderno o título da atividade: “Minha cidade”<br />

e, com a ajuda do professor, responda às perguntas.<br />

<strong>1.</strong> Qual é o nome da sua cidade? Respostas pessoais.<br />

2. Quantos habitantes tem a cidade onde você mora?<br />

3. Observe o quadro a seguir e escreva no caderno o que há na cidade<br />

onde você mora.<br />

4. Na sua opinião, a cidade em que você mora pode ser considerada<br />

uma cidade grande ou pequena? Por quê?<br />

meio das respostas apresentadas, o grupo converse entre si confrontando as diversas opiniões.<br />

Professor: esta atividade tem como foco possibilitar que o<br />

aluno conheça melhor a sua cidade. Sugerimos que, por<br />

José luís Juhas<br />

77


B. Scheidemantel/Acervo Iconographia/Reminiscências<br />

Duas cidades brasileiras<br />

Blumenau<br />

A cidade de Blumenau foi construída por algumas famílias alemãs que<br />

vieram para o Brasil em busca de terra e trabalho.<br />

O trabalho no campo, plantar e colher, foi a primeira atividade<br />

desenvolvida pelos alemães quando chegaram ao Brasil, a partir de 1850.<br />

Mas as famílias alemãs que chegaram a Blumenau tinham diferentes<br />

profissões: lavradores, carpinteiros, marceneiros, médicos, professores e<br />

outras atividades.<br />

Blumenau, em 1880.<br />

Professor: sugerimos que as duas fotos sejam analisadas e comparadas. Use o procedimento do questionamento, proponha<br />

perguntas que os incentivem a observar elementos específicos em cada imagem. Chame a atenção para a construção em<br />

destaque na foto de 2005, típica da arquitetura alemã.<br />

Blumenau, em 2005.<br />

Com o passar do tempo, construíram fábricas de alimentos, de bebidas,<br />

de malhas, entre outras. Existem fábricas fundadas há mais de cem anos em<br />

funcionamento até hoje.<br />

Os alemães que vieram para o Brasil contribuíram com outras coisas<br />

importantes. Por exemplo, uma das primeiras escolas da região de Blumenau<br />

foi criada por alemães em 1902. O trabalho realizado pelas famílias imigrantes<br />

ajudava a melhorar a vida de todos.<br />

Hoje a cidade de Blumenau tem mais de 350 mil habitantes e ainda<br />

mantém traços de sua origem alemã. Suas casas e praças são cheias de jardins<br />

floridos que lembram alguns lugares da Alemanha.<br />

Passados alguns anos, Blumenau recebeu também algumas famílias<br />

italianas.<br />

78<br />

Professor: o objetivo, neste momento, além de conhecer as<br />

duas cidades, é, por meio da história delas trabalhar o conceito<br />

de metrópole, cidade grande e pequena, inclusive resgatando<br />

a influência dos imigrantes na formação de muitas cidades<br />

brasileiras.<br />

Ricardo Silva/Folha Imagem


Guilherme Gaensly<br />

Contribuições das famílias alemãs<br />

Conte para as pessoas que moram com você sobre as famílias alemãs e<br />

as contribuições que elas trouxeram para o Brasil.<br />

Vamos lembrar?<br />

• A importância do trabalho em família.<br />

• A importância da escola para os filhos.<br />

• Criação de fábricas de alimentos, bebidas e malhas.<br />

Descubra se, no dia a dia da sua família, há semelhanças com a vida das<br />

famílias alemãs que vieram para o Brasil. Por exemplo: existem carpinteiros,<br />

agricultores, pessoas que fazem alimentos para vender?<br />

Registre no caderno todas as informações que conseguir com sua família<br />

e apresente para seu grupo na escola.<br />

Compare com as respostas dos seus colegas.<br />

São Paulo<br />

Avenida Paulista, em São Paulo.<br />

Foto de 1910.<br />

Avenida Paulista, em São Paulo.<br />

Foto de 2010.<br />

São Paulo é a cidade mais populosa do Brasil. São mais de 11 milhões de<br />

habitantes vivendo em dezenas de bairros.<br />

Ela é famosa pela vida agitada, pelo trânsito e por ser uma cidade onde<br />

vivem pessoas que vieram de todos os lugares do Brasil e do mundo.<br />

79<br />

Laureni Fochetto


Nilton Fukuda/AE<br />

Acervo Iconographia/Reminiscências<br />

A história de São Paulo foi construída por indígenas,<br />

africanos, portugueses, italianos, espanhóis, japoneses e<br />

muitos outros povos, que se misturaram e contribuíram<br />

para o crescimento dessa metrópole.<br />

Professor: aqui é importante trabalhar o conceito de metrópole. Sugerimos utilizar as fotos atuais de São Paulo,<br />

apresentadas no capítulo, como apoio.<br />

Bairro da Mooca, em São Paulo.<br />

Foto de 1967.<br />

Bairro do Brás, em São Paulo.<br />

Foto de 1910.<br />

Bairro do Brás, em São Paulo.<br />

Foto de 2004.<br />

Professor: auxilie os alunos a lerem as fotos, instigando-os a compará-las e deixando que eles explorem bastante a iconografia e falem livremente sobre o que<br />

veem. Estabeleça sempre o confronto entre as marcas do presente e os elementos que podem ser identificados como marcas do passado.<br />

As famílias que saíram da Itália para trabalhar nas lavouras de café no<br />

interior do estado de São Paulo, assim como as alemãs, acreditavam que, com<br />

o trabalho realizado por todos, poderiam melhorar a vida no Brasil.<br />

Mas muitas dessas famílias não conseguiram alcançar esse objetivo.<br />

Então resolveram sair das áreas rurais e ir para a cidade de São Paulo.<br />

80<br />

Veja dois bairros dessa grande cidade, no passado e atualmente.<br />

Bairro da Mooca, em São Paulo.<br />

Foto de 2007.<br />

Metrópole:<br />

cidade principal;<br />

qualquer cidade<br />

grande e/ou<br />

importante.<br />

Lalo de Almeida/Folha Imagem<br />

Juca Martins/Olhar Imagens


As primeiras famílias italianas que chegaram a São Paulo formaram<br />

comunidades, que com o passar do tempo deram origem a bairros como a<br />

Mooca e o Brás. Nesses bairros, as pessoas dessas famílias trabalhavam como<br />

sapateiros, carpinteiros, ferreiros entre outras ocupações.<br />

Algumas famílias italianas foram responsáveis também pela criação de<br />

indústrias, como as de alimentos e as de tecidos.<br />

Fábrica Matarazzo, em São Paulo. Foto de 1906.<br />

A família italiana Matarazzo foi uma das primeiras a construir fábricas<br />

que produziam fios de seda no Brasil. Outros italianos trabalhavam como<br />

operários nessas fábricas.<br />

Vimos que outra importante contribuição dos italianos para a cultura<br />

brasileira foi a culinária.<br />

Ainda hoje, na cidade de São Paulo, existem vários restaurantes que têm<br />

como especialidade comidas típicas da Itália, como massas e pizzas.<br />

Os italianos não ficaram apenas em São Paulo. Na cidade de Bento<br />

Gonçalves, no Rio Grande do Sul, famílias italianas plantavam uva e produziam<br />

vinho. Até hoje os vinhos de Bento Gonçalves são conhecidos e consumidos<br />

no Brasil inteiro.<br />

Acervo Iconographico/Reminiscências<br />

81


Depois de conhecer um pouco sobre as cidades de Blumenau e São<br />

Paulo, em grupo e com a ajuda do professor, conversem sobre a<br />

cidade onde está localizada sua escola e descubram se nela existem<br />

contribuições de imigrantes, por exemplo, restaurantes de comidas<br />

típicas, construções etc.<br />

Conhecendo mais<br />

Por que será que tantas famílias diferentes vieram<br />

para o Brasil?<br />

Leia o texto abaixo.<br />

Mais de cinquenta milhões de<br />

europeus [...] deixaram seus países de<br />

origem entre 1830 e 1930.<br />

Sucessivo:<br />

situação que<br />

se repete, que<br />

acontece uma<br />

depois da outra.<br />

[...] Nessa época, só o Brasil recebeu<br />

cerca de 3 milhões e 700 mil imigrantes, a maioria italianos<br />

que vieram para São Paulo entre 1885 e 1920.<br />

[...] a pobreza aumentou muito na Europa. Uma das<br />

razões desse empobrecimento eram as sucessivas guerras<br />

que vinham ocorrendo no continente europeu, muitas delas<br />

em território alemão e italiano.<br />

Alfredo Boulos Jr. Imigrantes no Brasil (1870-1920). São Paulo: FTD, 2000.<br />

Praticando<br />

Depois de ler, com atenção, o texto sobre os imigrantes, responda no<br />

caderno.<br />

<strong>1.</strong> Quem é um imigrante? Imigrante é uma pessoa que sai de seu país para viver e trabalhar em outro país.<br />

82<br />

Professor: sugerimos que, no quadro de giz, seja feita uma lista com os elementos da cultura dos imigrantes que os alunos descobriram. Para<br />

finalizar a troca de ideias, os alunos poderão registrar por escrito, no caderno, as contribuições dos imigrantes que eles identificaram na cidade<br />

onde está localizada a escola.<br />

2. Por que muitas pessoas deixaram seus países na Europa para viver<br />

em outros lugares, como o Brasil? Porque a pobreza aumentou muito na Europa por causa das guerras.<br />

3. Você saberia dizer o que os imigrantes esperavam quando saíam de<br />

seus países para vir morar no Brasil?<br />

Professor: espera-se que o aluno conclua que os imigrantes vinham atrás de trabalho para melhorar de vida. Aqui é fundamental que a definição de<br />

imigrante fique clara para os alunos e que eles compreendam o significado da imigração para o Brasil, o papel dos imigrantes e sua contribuição para o<br />

desenvolvimento das nossas cidades.


José Luís Juhas<br />

Jarbas Oliveira/Folha Imagem<br />

Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />

Capítulo 3<br />

As cidades e<br />

os cidadãos<br />

Professor: para retomar a questão dos direitos e deveres, discutida no capítulo anterior, sugerimos a análise das fotos com os alunos, de modo a destacar o local, o<br />

ambiente, as pessoas, o que fazem... Proponha alguns questionamentos para ajudá-los a refl etir sobre as fotos: as situações das fotografi as são situações esperadas<br />

em uma sociedade? Sim ou não? Por quê? Essas situações estão condizentes com o que se espera para um cidadão?<br />

A opinião dos alunos é muito importante para que eles refl itam, também, sobre a realidade da cidade onde vivem.<br />

Nos capítulos anteriores, conhecemos a história de algumas cidades de<br />

nosso país. Vimos, ainda, que o Brasil tem centenas de cidades, diferentes entre si.<br />

Descobrimos também que ser cidadão é ter direitos e deveres. Todos os<br />

cidadãos, do prefeito aos varredores de rua, têm o dever de cumprir bem suas<br />

tarefas e seu trabalho e o direito de morar numa cidade boa e bem cuidada.<br />

Cidadania?<br />

Observe com bastante atenção as fotos.<br />

Crianças pedindo esmola em uma estrada<br />

de Fortaleza, Ceará. Foto de 1998.<br />

Criança dormindo em uma calçada na<br />

cidade de São Paulo. Foto de 2008.<br />

Cytrinowicz/Pulsar Imagens<br />

Criança trabalhando com sisal na<br />

Bahia. Foto de 1987.<br />

83


Juca Martins/Pulsar Imagens Getty Images<br />

Senhora idosa pedindo esmolas<br />

no centro de Porto Alegre,<br />

Rio Grande do Sul. Foto de 2010.<br />

Fila de desempregados na Secretaria do<br />

Trabalho, em Palmas, Tocantins. Foto de 2003.<br />

84<br />

Pacientes fazendo fila em frente a hospital, em<br />

São Paulo. Foto de 2004.<br />

Poluição nas margens do Rio Negro, em Manaus,<br />

no Amazonas. Foto de 2007.<br />

Fernando Donasci/Folha Imagem<br />

Alberto César Araújo/Folha Imagem


Mas o que é ter direitos?<br />

Conhecendo mais<br />

No texto acima, vimos que cidadania é ter “o direito de viver decentemente”.<br />

Isso também significa ter escola, hospitais de qualidade, lazer, trabalho etc.<br />

Agora, observe os desenhos abaixo.<br />

Adelmo Naccari<br />

Adelmo Naccari<br />

Adelmo Naccari<br />

Direito de ter direitos<br />

É muito importante entender bem o que é cidadania.<br />

Trata-se de uma palavra usada todos os dias, com vários<br />

sentidos. Mas hoje significa, principalmente, o direito de viver<br />

decentemente.<br />

Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É<br />

poder votar em quem quiser [...]. É devolver um produto estragado<br />

e receber o dinheiro de volta. [...] É respeitar o sinal vermelho no<br />

trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos.<br />

José Luís Juhas<br />

Gilberto Dimenstein. O cidadão de papel: a infância,<br />

adolescência e os direitos humanos no Brasil. 20.<br />

ed. São Paulo: Ática, 2002. p. 22.<br />

José Luís Juhas<br />

Adelmo Naccari<br />

85


Praticando<br />

Respondam e registrem no caderno.<br />

<strong>1.</strong> Em qual das duas sequências de imagens, nas fotos das páginas 83<br />

e 84 ou nos desenhos do quadro anterior, estão claros os direitos<br />

dos cidadãos? Que direitos são esses?<br />

Professor: espera-se que o grupo aponte que os direitos estão presentes nos desenhos: direito à vida, à saúde, à educação, ao trabalho.<br />

2. Escreva por que você e seu grupo fizeram essa escolha.<br />

Professor: espera-se que o grupo dê uma justifi cativa para a resposta anterior. É importante que ele<br />

apresente suas opiniões para toda a turma, após um debate sobre as imagens e o contexto de cada<br />

uma, para que o conceito de cidadania fi que mais claro para todos. Os registros escritos podem ser feitos<br />

individualmente, como conclusão desta atividade.<br />

Você é o historiador<br />

Sequência: ato ou efeito<br />

de seguir; continuação;<br />

série.<br />

Reúna-se com mais três colegas. Vocês farão uma pesquisa sobre as<br />

formas de cidadania, utilizando, para isso, as fotos e as ilustrações das<br />

páginas 83 a 85 e o texto da seção Conhecendo mais.<br />

Vocês devem observar as fotos e as ilustrações e ler o texto do<br />

Conhecendo mais. Conversem sobre quais são os direitos e os deveres do<br />

cidadão que estão representados.<br />

86<br />

Depois, respondam às questões.<br />

<strong>1.</strong> O que é cidadania para o autor, Gilberto Dimenstein?<br />

Cidadania é fazer valer seus direitos<br />

e cumprir seus deveres para o bem<br />

público: “Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser [...]. É devolver um produto estragado e receber o dinheiro<br />

de volta. [...] É respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos”.<br />

2. Nas fotos do início do capítulo, podemos identificar a cidadania que<br />

está mencionada no texto?<br />

José Luís Juhas<br />

Não, pois criança tem direito de ter casa, alimentação, saúde, escola e não trabalhar. As<br />

pessoas têm direito ao trabalho e ao atendimento médico sem fi las e os idosos devem<br />

ser respeitados.<br />

3. E nos desenhos da página anterior? Podemos encontrar neles<br />

exemplos de cidadania? Quais são eles?<br />

Sim, nos desenhos temos vários direitos sendo observados:<br />

crianças com direito ao lazer, à educação, ao amor, à<br />

compreensão e à proteção; pessoas com o direito ao<br />

atendimento médico e ao trabalho.<br />

Apresentem as respostas para o professor e para a sua turma.


Explorando<br />

o que aprendemos!<br />

Vimos que as pessoas moram em casas, apartamentos, barracos,<br />

sobrados, palafitas etc.<br />

Adelmo Naccari<br />

Eu aprendi que:<br />

nossa moradia fica numa<br />

rua, que fica num bairro,<br />

que fica numa cidade, que<br />

fica num estado,<br />

que fica num país.<br />

Ufa!!! Cansei!<br />

O nosso amigo aí de cima entendeu direitinho. E você?<br />

No seu caderno, você vai demonstrar o que aprendeu.<br />

Faça um desenho como o do modelo, mas seguindo um passo de cada vez.<br />

1o passo – No centro da folha do seu caderno, desenhe a sua moradia.<br />

2o passo – Escreva a palavra RUA e o<br />

nome da rua onde você mora;<br />

depois circule em volta de<br />

tudo.<br />

3 o passo – Escreva BAIRRO e o nome do<br />

bairro onde você mora; depois<br />

circule em volta de tudo.<br />

4 o passo – Escreva CIDADE e o nome da<br />

cidade onde você mora; depois<br />

circule em volta de tudo.<br />

5 o passo – Escreva ESTADO e o nome do<br />

estado onde você mora; depois circule em volta de tudo.<br />

6 o passo – Escreva PAÍS e o nome do país onde você mora; depois circule em<br />

volta de tudo.<br />

Professor: essa atividade tem como objetivo contextualizar o aluno no meio em que ele vive, principalmente para que ele se sinta presente no contexto<br />

social, não apenas na família, como também na rua, no bairro, na cidade, no estado e no país. É um dos passos que contribuem para que o aluno<br />

concretize o conceito de ser sujeito histórico.<br />

José Luís Juhas<br />

87


88<br />

Unidade 3<br />

Encurtando<br />

caminhos<br />

Professor: sugerimos que os alunos observem a obra de arte e digam o que ela retrata. A obra de Tarsila do Amaral, Estrada de Ferro Central do Brasil, retrata<br />

um momento de modernização do Brasil, no início do século XX, quando os trens eram o meio de transporte terrestre mais eficiente e rápido, tanto para o<br />

deslocamento de pessoas quanto para o transporte de mercadorias.<br />

Museu de Arte Contemporânea da USP, São Paulo<br />

TA_H3_F026<br />

Estrada de Ferro Central do Brasil, obra da Tarsila do Amaral, (1886-1973).<br />

Óleo sobre tela, de 142cm x 127cm, feita em 1924.


Sérgio Castro/AE<br />

Folha Imagem<br />

O qUE sabEmOs?<br />

Charrete trafegando em estrada da cidade de<br />

Porto Feliz, em São Paulo. Foto de 2005.<br />

Bonde circulando em São Paulo.<br />

Foto de 1966.<br />

Arquivo Agência Estado<br />

Bicicletas estacionadas em<br />

frente a loja, em São Paulo.<br />

Foto de 1976.<br />

Você já imaginou o mundo sem rodas? Ou sem barcos,<br />

navios? Como as pessoas poderiam se locomover?<br />

As pessoas encontrariam dificuldades para percorrer<br />

caminhos longos.<br />

Nesta unidade, você vai entrar em contato com os<br />

meios de transporte.<br />

Gravura do veículo criado por Daimler<br />

em 1886. Este foi o primeiro veículo de<br />

quatro rodas movido por um motor.<br />

Luciana Whitaker/Olhar Imagem<br />

Carro atual. Rio de Janeiro,<br />

2007.<br />

Professor: sugerimos que, neste momento, além de levantar os conhecimentos prévios sobre os meios de transporte, sejam propostas algumas questões para que os<br />

alunos reflitam mais profundamente sobre a importância da roda e dos veículos para a locomoção das pessoas.<br />

Locomover:<br />

mudar de lugar;<br />

deslocar ‑se.<br />

Vai descobrir a importância deles para a locomoção das pessoas do<br />

trabalho para casa, de uma cidade para outra, de um país a outro.<br />

Professor: espera ‑se que os alunos entendam que os meios de transporte encurtam os caminhos porque nos permitem percorrer as distâncias mais rapidamente.<br />

Você reparou que o título desta unidade é: “Encurtando caminhos”?<br />

De que maneira os meios de transporte podem encurtar caminhos?<br />

World History/Archive/TopFoto/Keystone<br />

89


José Luís Juhas<br />

90<br />

Capítulo 1<br />

No céu<br />

Professor: sugerimos que pergunte aos alunos se eles têm o sonho de voar. Alguém da turma já voou? Qual a sensação que teve? Como é voar? Depois, relacione<br />

as imagens ao título do capítulo “No céu”. Sugerimos, ainda, que leia para os alunos o texto “As asas de Ícaro”, que se encontra no Manual do Professor.<br />

Você já sentiu vontade de voar?<br />

O sonho de voar é muito antigo. Existem algumas pessoas que afirmam<br />

que nós, os humanos, nos inspiramos no voo dos pássaros para encontrar um<br />

meio de voar também.<br />

O sonho tornou ‑se realidade e voar passou a ser uma maneira de chegar<br />

mais rápido a algum lugar.<br />

Christiana Carvalho/Argosfoto<br />

Balão.<br />

Pássaro.<br />

O tamanho das imagens não corresponde a realidade.<br />

Avião.<br />

Descobrindo formas de voar<br />

O voo do primeiro ser humano num balão aconteceu em 1783, na cidade<br />

de Paris, na França.<br />

Um dos maiores problemas do voo feito com balões é o fato de eles<br />

serem difíceis de controlar, porque são levados pelo vento.<br />

AbleStock<br />

Flávio Bacellar/Olhar Imagem


Caetano Barreira/Olhar Imagem<br />

Como voar sempre foi um sonho, o ser humano não desistiu.<br />

Em 1851, Henri Giffard construiu um novo tipo de balão com<br />

motor, o que permitia controlar o voo. Esse balão ficou conhecido como<br />

”dirigível”.<br />

Acervo Iconographia/Reminiscências<br />

Dirigível Zeppelin sobrevoando São Paulo. Foto de 1930.<br />

O artista e cientista Leonardo da Vinci, que viveu entre 1452 e 1519, fez o<br />

desenho de uma máquina muito parecida com um helicóptero.<br />

Contudo, o primeiro voo de helicóptero só foi realizado em 1937.<br />

Helicóptero militar sobrevoando São Paulo. Foto<br />

de 2007.<br />

Desenho do “helicóptero” de Leonardo<br />

da Vinci. Obra feita entre 1493 e 1510.<br />

91<br />

Museu Britânico, Londres


Delfim Martins/Olhar Imagem<br />

Werner Rudhart/Kino<br />

Os aviões transportam<br />

pessoas de lá para cá<br />

no mundo inteiro. Os<br />

primeiros voaram entre<br />

1903 e 1906. Atualmente,<br />

eles têm motores a jato e<br />

computadores de bordo e<br />

são capazes de transportar<br />

até 400 pessoas por voo.<br />

Aeroporto de Recife. Foto de 200<strong>1.</strong><br />

92<br />

Aeroporto de Brasília. Foto de 2009.<br />

Avião<br />

sobrevoando<br />

São Paulo.<br />

Foto de 2004.<br />

Professor: sugerimos que, após a leitura do texto e das imagens, você pergunte aos alunos o que é um aeroporto e converse com eles sobre os<br />

tipos de trabalho e os trabalhadores envolvidos no funcionamento do aeroporto.<br />

Wagner Santos / Kino


Praticando<br />

Os aviões e helicópteros percorrem o espaço aéreo brasileiro todos os<br />

dias, parando nos aeroportos de centenas de cidades.<br />

Em grupo, converse com os colegas. Depois, resolva as atividades.<br />

<strong>1.</strong> Você sabe o que é um aeroporto?.<br />

Professor: espera ‑se que o aluno dê uma defi nição para aeroporto, por exemplo, “é um campo com pista onde sobem e descem aviões e helicópteros”.<br />

2. Existe aeroporto na sua cidade?<br />

Resposta de acordo com a cidade do aluno.<br />

3. Faça no seu caderno o desenho de um aeroporto.<br />

Conhecendo mais<br />

O sonho de um brasileiro<br />

Alberto nasceu em Minas Gerais e, ainda pequeno, mudou -se para uma<br />

grande fazenda com seus pais e irmãos.<br />

A fazenda tinha grandes oficinas para cuidar das máquinas.<br />

O pequeno Alberto vivia fazendo perguntas.<br />

O tempo passou e Alberto cresceu.<br />

Ele mudou -se para Paris e lá estudou física, matemática, eletricidade<br />

e mecânica. Fez um passeio de balão e gostou muito. Mas estava tão<br />

animado com o que vinha aprendendo que achou que poderia fazer<br />

melhor. Foi assim que projetou seu primeiro balão, que<br />

chamou Brasil.<br />

Projetar:<br />

planejar.<br />

Adelmo Naccari<br />

93


Ele queria mais do que ser apenas levado pelos ventos. Desejava construir<br />

um balão que pudesse ser guiado para onde escolhesse.<br />

Assim nasceu o Santos Dumont <strong>1.</strong><br />

Ele sabia que os dirigíveis eram apenas o primeiro passo para conquistar o<br />

céu.<br />

Alberto se lembrou de sua infância no Brasil, das pipas e dos pássaros da<br />

fazenda.<br />

As aves são mais pesadas que o ar e elas não voam?<br />

94<br />

Adelmo Naccari<br />

No dia 23 de outubro de 1906, o 14 Bis ganhou velocidade e levantou voo.<br />

Alberto realizou o seu sonho.<br />

Praticando<br />

Elizabeth, Beatriz e Ruyter da Cruz Ribeiro. Homem voa!<br />

Rio de Janeiro: 0 Zit, 2005. (Texto adaptado).<br />

<strong>1.</strong> Depois de ler o texto, escreva em seu caderno o título da atividade:<br />

“O sonho de Alberto” e responda às questões.<br />

a) Quem foi o brasileiro Alberto? Alberto Santos Dumont foi um brasileiro que inventou o avião.<br />

b) Na fazenda em que ele morou, vivia fazendo perguntas nas<br />

oficinas ou nas plantações? Ele vivia fazendo perguntas nas ofi cinas.<br />

c) O que Alberto estudou em Paris? Em Paris, ele estudou física, matemática, eletricidade e mecânica.<br />

d) Qual era o sonho desse brasileiro? O seu sonho era voar.<br />

e) As criações de Alberto, como Brasil, Santos Dumont 1 e o 14 Bis,<br />

realizaram o sonho que ele tinha? Por quê? Sim, porque ele conseguiu voar.<br />

Professor: é importante mostrar para os alunos que situações e fatos ocorridos na nossa infância podem ser fundamentais para nossa vida.<br />

Experiências vividas em qualquer idade podem servir como base para realizações e atitudes que serão tomadas por nós quando adultos.


2. Alberto Santos Dumont, além de ter contribuído para a invenção<br />

do avião, foi um sonhador. Realizou o seu sonho. E você? Tem um<br />

sonho?<br />

Professor: explorar essa atividade deixando os alunos livres para falar sobre qualquer sonho e quais são as atitudes<br />

que eles devem tomar para que esse sonho se torne realidade.<br />

• Escreva no seu caderno sobre esse sonho. O que é preciso para<br />

que ele seja realizado?<br />

• Apresente o seu sonho para os colegas de classe.<br />

Você é o historiador<br />

Você sabe quem é Marcos Pontes?<br />

Para conhecer essa pessoa e por que ele é importante para a história<br />

brasileira, siga os seguintes passos de pesquisa:<br />

1 o passo – Procure em jornais, revistas, livros ou na internet reportagens<br />

e textos que falem sobre Marcos Pontes.<br />

2 o passo – Descubra e registre em seu caderno as respostas para as<br />

seguintes questões.<br />

<strong>1.</strong> Qual é a profissão de Marcos Pontes?<br />

Marcos Pontes é tenente‑coronel da Força Aérea Brasileira e foi o primeiro astronauta brasileiro.<br />

2. Qual era seu grande sonho? Ele conseguiu realizá -lo?<br />

Ele desejava ir ao espaço e conseguiu realizar seu sonho.<br />

Professor: sugestão de sites para pesquisa na internet:<br />

; .<br />

Acesso em: out. 2010.<br />

3 o passo – Em uma folha de cartolina ou outro papel, escreva um<br />

pequeno texto sobre a missão de Marcos Pontes e ilustre com<br />

fotos, se possível, ou com desenhos.<br />

Pense e coloque um título no seu trabalho.<br />

4 o passo – Apresente seu trabalho para o professor e para seus colegas.<br />

Adelmo Naccari<br />

95


José Luís Juhas<br />

Juca Martins/Olhar Imagem<br />

Carros circulando em São Paulo.<br />

Foto de 2004.<br />

96<br />

Capítulo 2<br />

No mar e na terra<br />

Professor: continuamos a desenvolver a ideia de que os meios de transportes encurtam as distâncias e são essenciais para a vida humana, pois também estão<br />

ligados ao trabalho e a algumas profi ssões.<br />

Observe as fotos.<br />

Caetano Barreira/Olhar Imagem<br />

Transatlântico atracado no Porto<br />

do Rio de Janeiro. Foto de 2006.<br />

Esses são meios de transporte que usamos para cruzar distâncias por<br />

terra ou por mar.<br />

Praticando<br />

Reúnam -se em grupos e conversem sobre as questões a seguir. Depois,<br />

registre em seu caderno as respostas que você e seu grupo sugeriram para<br />

cada pergunta. Não se esqueça de colocar o título da atividade: “No mar e<br />

na terra”.


Maurício Simonetti/Pulsar Imagens<br />

<strong>1.</strong> O que mais chama sua atenção ao observar as fotos?<br />

Professor: espera ‑se que o aluno identifique os meios de locomoção por terra e por mar.<br />

2. Esses dois meios de transporte são os únicos existentes para nos<br />

locomovermos no mar ou na terra?<br />

Não. O aluno deve lembrar também de veículos puxados por animais, dos próprios animais, de bicicletas, de motos, de jangadas, de canoas etc.<br />

3. Na opinião de vocês, qual desses meios de transporte é usado por<br />

um maior número de pessoas?<br />

O carro, porque muitas pessoas têm carro.<br />

4. E qual deles é capaz de levar grande quantidade de produtos para<br />

outros países?<br />

meios de transporte e trabalho<br />

Observe as fotos.<br />

Canoa no Rio das Velhas, em Minas Gerais.<br />

Foto de 2006.<br />

Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />

Caminhão em São Simão, no estado<br />

de São Paulo. Foto de 1999.<br />

Nelas encontramos dois tipos de transporte que, além de serem usados<br />

para diminuir distâncias, também são utilizados para realizar diferentes<br />

trabalhos.<br />

Veja como nas letras destas músicas.<br />

“Oh! Canoeiro, bota a rede no mar<br />

Bota a rede no mar<br />

Cerca o peixe, bate o remo<br />

Puxa a corda, colhe a rede<br />

Oh! Canoeiro, puxa rede no mar.”<br />

Professor: espera ‑se que os alunos digam que o navio pode transportar muitas coisas, inclusive cargas grandes, e<br />

pode transportá ‑las por longas distâncias.<br />

Canoeiro: aquele<br />

que dirige uma<br />

canoa.<br />

Pescaria (canoeiro). Gal canta Caymmi (CD),<br />

de Dorival Caymmi. Polygram,1976.<br />

97


98<br />

“Já rodei o meu país inteiro<br />

E como bom caminhoneiro<br />

Peguei chuva e cerração.”<br />

Praticando<br />

Caminhoneiro. Roberto Carlos 30 grandes sucessos (CD),<br />

de John Haford; Roberto Carlos e Erasmo, v. II, Sony BMG, 1999.<br />

Reúna -se com mais dois colegas. Vocês devem observar atentamente<br />

as fotos da página anterior e reler em conjunto os trechos das músicas.<br />

Depois, troquem ideias sobre as questões a seguir. Registre as respostas<br />

por escrito em seu caderno.<br />

<strong>1.</strong> O que a música “Pescaria” fala sobre o trabalho do canoeiro?<br />

2. Por que a canoa é importante para a realização desse trabalho?<br />

3. Qual é o trabalho do caminhoneiro?<br />

Cerração: nevoeiro<br />

intenso.<br />

4. Por que o caminhão é importante para a realização do trabalho do<br />

caminhoneiro?<br />

5. Seu grupo deve escolher dois outros meios de transporte que, além<br />

de percorrer longas distâncias, também sejam utilizados para a<br />

realização de um tipo de trabalho. Escreva quais são esses meios de<br />

transporte e em qual trabalho são utilizados.<br />

Professor: espera ‑se que o grupo dê o nome dos transportes e de que forma eles são utilizados.<br />

Após todos os grupos terminarem suas atividades, cada grupo deve<br />

escolher uma pessoa para apresentar o trabalho para o restante da turma.<br />

Conhecendo mais<br />

Professor: esta atividade tem como objetivos o desenvolvimento da compreensão leitora e a<br />

reflexão sobre os conhecimentos levantados pelos grupos na análise das imagens e dos textos.<br />

Professor: espera ‑se que o grupo diga que, na canoa, o canoeiro, além de remar, joga a rede para pescar no mar.<br />

Professor: espera ‑se que o grupo perceba que este é o meio de transporte que leva o canoeiro para a pescaria.<br />

Professor: espera ‑se que o grupo responda que o trabalho do caminhoneiro é transportar coisas e produtos de um lugar para outro.<br />

Professor: espera ‑se que o grupo perceba que este é o meio de transporte que possibilita carregar muitas coisas.<br />

Professor: antes de fazer a leitura do texto com os alunos, explique ‑lhes que esse documento histórico foi escrito há muitos anos, há quase 500 anos. Você<br />

também pode comentar sobre a importância dos relatos de viajantes daquele período para conhecer a história do Brasil. Alguns alunos podem apresentar<br />

dificuldades para compreender o texto. Pergunte ‑lhes se há mais alguma palavra que desconhecem e ajude ‑os a compreender o estilo do autor.<br />

Em uma das fotos da página 96, você viu um transatlântico, que é um navio<br />

enorme que leva passageiros em viagens através dos oceanos e mares.<br />

No passado, a viagem através dos mares era uma verdadeira aventura.<br />

Podemos perceber isso na narrativa de Jean de Léry, em Viagem à terra do Brasil,<br />

em que descreve sua experiência de atravessar o Oceano Atlântico e a convivência<br />

com os indígenas brasileiros.


Jean de Léry nasceu na França, em 1534. Era um estudioso de teologia e curioso<br />

pelo Novo Mundo – a América. Viajou para o Brasil na esperança de colaborar com<br />

o senhor de Villegaignon na fundação de uma França Americana, onde reinasse<br />

a liberdade religiosa. Contudo, por discordar do tratamento dado pelo senhor de<br />

Villegaignon a ele e a outros homens, foi expulso da fortificação que abrigava os<br />

franceses, na Baía de Guanabara. Foi viver entre os índios tupinambás e, cerca de um<br />

ano depois, voltou à França, onde publicou, em 1578, Viagem à terra do Brasil.<br />

Leia abaixo um trecho do relato de sua viagem<br />

da França para o Brasil.<br />

Era novembro de 1556. Durante doze dias<br />

suportamos um mar muito agitado. No que a<br />

nau se erguia sobre incrível montanha d’água,<br />

Instituto de Estudos Brasileiros/USP<br />

Teologia: ciência que estuda<br />

as religiões e aspectos de<br />

Deus e sua relação com os<br />

seres humanos.<br />

subitamente baixava [...]. Sacudia os passageiros a ponto de até os<br />

marujos mais experientes desabarem no convés. Ninguém escapou do mal<br />

de enjoo.<br />

Na cintura do mundo, ou Linha do Equador, o mar acalmou. Pudemos<br />

apanhar golfinhos e contemplar cardumes de peixes -voadores. Avançamos<br />

na Zona Tórrida, onde o calor é fortíssimo, e a água doce faltou. [...]. Para<br />

cúmulo da aflição, quando as chuvas jorraram, molharam nossas últimas<br />

reservas de bolachas, e depois fomos obrigados a comê -las apodrecidas.<br />

Detalhe de mapa do Brasil<br />

feito, em 1556, por Giovanni<br />

Battista Ramusio.<br />

[...]. Até que, em 26 de fevereiro de 1557, avistamos a foz do Rio<br />

Guanabara e pudemos admirar os montes pontiagudos, as rochas<br />

lustrosas, as florestas, árvores e ervas que nesse país verdejam o ano todo.<br />

[...]<br />

Jean de Léry. Viagem à terra do Brasil. Belo Horizonte: Dimensão, 2000. p. 6 -9.<br />

99


Agora, no seu caderno, escreva o título “Viagem à terra do Brasil” e<br />

responda às seguintes questões sobre o texto que você leu.<br />

100<br />

Praticando<br />

<strong>1.</strong> Quem fez essa viagem e quando?<br />

Jean de Léry fez a viagem que teve início em novembro de 1556.<br />

2. Qual foi o meio de transporte utilizado e qual foi o local de saída e<br />

de chegada da viagem?<br />

3. Quanto tempo levou essa viagem?<br />

4. Descreva com suas palavras como foi a viagem à terra do Brasil.<br />

5. Em sua opinião, uma pessoa que fizesse uma viagem de navio<br />

entre o Brasil e a França nos dias de hoje sofreria com os mesmos<br />

problemas? Por quê?<br />

Você sabia que...<br />

O primeiro modelo de<br />

automóvel tinha três rodas e foi<br />

criado por um francês chamado<br />

Nicolas Joseph Cugnot?<br />

Esse veículo, desenvolvido em<br />

1769, era construído em madeira<br />

e tinha um motor movido a vapor.<br />

Ele podia carregar até 4 mil quilos<br />

de carga e andava apenas a 4<br />

quilômetros por hora – mais ou<br />

menos a mesma velocidade de<br />

uma pessoa caminhando.<br />

4. Sugestão de resposta: Primeiro a nau enfrentou um mar muito agitado e todas as pessoas sofreram<br />

do mal de enjoo. Depois, quando o mar acalmou, acabou a água doce, deixando todos com muita sede.<br />

Quando vieram as chuvas, choveu tanto que molhou as últimas reservas de bolachas e os viajantes<br />

tiveram de comê ‑las apodrecidas para não morrer de fome. Durante a viagem puderam apanhar<br />

golfinhos e contemplar cardumes de peixes ‑voadores.<br />

Jean de Léry embarcou em uma nau que saiu da França e chegou à foz do<br />

Rio Guanabara, no Brasil.<br />

A viagem durou quatro meses, de novembro de 1556 a<br />

fevereiro de 1557.<br />

Resposta pessoal. Espera ‑se que o aluno diga que as viagens agora são mais rápidas, duram menos dias.<br />

Mar agitado e tempestades podem acontecer e as pessoas ficarem enjoadas por causa disso também,<br />

mas é muito difícil que acabe a água e os alimentos se estraguem por qualquer motivo.<br />

Foto do primeiro modelo de automóvel de<br />

três rodas criado pelo francês Nicolas Joseph<br />

Cugnot, 1770.<br />

Museu Nacional de Tecnologia, Paris


Acervo Iconographia/Reminiscências<br />

Com o passar do tempo, os transportes<br />

ficaram mais rápidos<br />

Juca Martins/Olhar Imagem<br />

Carro fabricado em 1929.<br />

Foto de um carro popular fabricado<br />

em 2010, modelo 201<strong>1.</strong><br />

Fusca fabricado<br />

nos anos 1970.<br />

O automóvel é o meio de transporte mais usado no mundo inteiro.<br />

Um dos modelos de automóveis mais conhecidos no mundo é o Fusca.<br />

Ele começou a ser produzido pelos alemães em 1936 e foi o modelo mais<br />

vendido em todo o mundo. No Brasil, esse modelo deixou de ser fabricado<br />

nos anos 1990.<br />

Hoje, os automóveis são utilizados como meio de transporte por mais de<br />

40 milhões de pessoas no Brasil. Alguns modelos de carros chegam a custar<br />

mais do que uma casa!<br />

101<br />

Divulgação/GM


Anônimo/Coleção Brascan Cem Anos no Brasil/<br />

Acervo Inst. Moreira Salles<br />

Flávio Bacellar/Olhar Imagem<br />

Bonde puxado por animais,<br />

no Rio de Janeiro. Foto de 1908.<br />

102<br />

Praticando<br />

Metrô, em São Paulo.<br />

Foto de 2007.<br />

Alex Almeida/Folha Imagem<br />

Bonde, em Santos.<br />

Foto de 2005.<br />

Trem, em São Paulo. Foto de 2004.<br />

Carroça, em Araçatuba,<br />

São Paulo. Foto de 2000.<br />

<strong>1.</strong> Qual é o meio de transporte mais atual? Escreva a letra que aparece<br />

na foto e o nome dele. O mais atual é o da letra C, o metrô.<br />

2. Qual é o meio de transporte mais antigo? Escreva a letra que<br />

aparece na foto e o nome dele.<br />

Juca Martins/Pulsar Imagens<br />

Aperfeiçoado: melhorado;<br />

que adquiriu ou que se<br />

deu maior perfeição.<br />

Com o passar do tempo, os meios de<br />

transporte foram sendo aperfeiçoados, para<br />

atender a mais pessoas e de maneira mais rápida. Observe as fotos e<br />

responda às questões a seguir em seu caderno.<br />

a<br />

C D E<br />

O mais antigo é o da letra E, a carroça. Professor: muitos alunos podem<br />

seguir as datas apresentadas nas legendas das fotografias e indicar o bonde<br />

puxado por animais, de 1908, como o meio de transporte mais antigo. Mas é preciso explicar ‑lhes que a carroça, que ainda é utilizada, é um meio de<br />

transporte muito mais antigo, com tecnologia mais simples do que aquela necessária para os bondes.<br />

b<br />

Juca Martins/Pulsar Imagens


Ricardo Azoury/Olhar Imagens<br />

Maurício Simonetti/Pulsar Imagens<br />

3. Agora, ordene os meios de transporte do mais atual até o mais<br />

antigo, coloque a letra e o nome de cada um.<br />

A ordem é: C – metrô; B – trem; D – bonde; A – bonde puxado por animal; E – carroça.<br />

4. Em qual desses meios de transporte você já andou?<br />

Resposta pessoal. Professor: chame a atenção dos estudantes para a mudança e a modernização dos transportes, com o tempo. Por que<br />

mudaram? Comente sobre as mudanças que procuraram atender a mais pessoas, com maior conforto e velocidade.<br />

Transporte nas cidades brasileiras<br />

Estação de metrô, no Rio de Janeiro, Rio de<br />

Janeiro. Foto de 2000.<br />

Trens na Estação da Luz,<br />

em São Paulo. Foto de 2005.<br />

Carros circulando em Recife, Pernambuco.<br />

Foto de 2006.<br />

Ônibus circulando em Belo Horizonte, Minas<br />

Gerais. Foto de 2005.<br />

Nas grandes cidades brasileiras, as pessoas precisam percorrer grandes<br />

distâncias para chegar à escola, ao trabalho e aos locais de lazer. Dessa forma,<br />

são necessários meios de transporte que percorram grandes distâncias. Além<br />

dos automóveis, muitas pessoas utilizam os transportes coletivos, como<br />

ônibus e trens. Eles são chamados “coletivos” porque transportam muitas<br />

pessoas de uma só vez.<br />

Esses meios de transporte, como metrô, trens e ônibus, percorrem<br />

sempre os mesmos caminhos.<br />

Professor: destacar a importância dos transportes coletivos para as cidades –<br />

diminuição do trânsito, da poluição. Ressaltar que os transportes coletivos precisam<br />

ser seguros, confortáveis e acessíveis à população.<br />

103<br />

Renata Mello/Olhar Imagem<br />

Iara Venanzi/Kino


Ilustrações: José Luís Juhas<br />

104<br />

Praticando<br />

Como você vai para a escola?<br />

<strong>1.</strong> Qual ou quais dos meios de transporte representados no quadro<br />

você utiliza para ir à escola? Escreva em seu caderno. Resposta pessoal.<br />

2. Existe algum outro meio de transporte que você utiliza e que não<br />

está no quadro? Qual?<br />

Professor: espera ‑se que o aluno fale de outro transporte, por exemplo: moto ou caminhonete.


João Caldas/Olhar Imagem<br />

Vamos fazer uma pesquisa. Converse com as pessoas que moram na<br />

sua casa e peça ‑lhes que respondam às questões a seguir. Registre as<br />

respostas de cada uma das pessoas com quem você falou.<br />

<strong>1.</strong> Como elas vão para o trabalho?<br />

Professor: espera ‑se que o aluno escreva qual é o transporte usado pelas pessoas de sua família.<br />

2. Quanto tempo elas demoram para chegar ao trabalho?<br />

Professor: espera ‑se que o aluno escreva o tempo usado de casa até o trabalho, em horas ou minutos.<br />

3. Na opinião das pessoas com as quais você conversou, qual é a<br />

situação dos transportes coletivos que utilizam? São em número<br />

suficiente para atender à população? São seguros, confortáveis,<br />

limpos? Resposta pessoal.<br />

4. Para finalizar a pesquisa, reflita sobre as respostas que você obteve<br />

para as questões acima. Qual é a sua opinião sobre o serviço de<br />

transporte coletivo da sua cidade?<br />

Resposta pessoal.<br />

5. O que você sugere para melhorar o transporte coletivo de sua cidade<br />

e o atendimento à população?<br />

Resposta pessoal.<br />

Apresente a sua pesquisa para os colegas e para o professor.<br />

Conhecendo mais<br />

Professor: esta seção tem como objetivo mostrar que, mesmo<br />

com toda evolução tecnológica dos transportes, ainda hoje<br />

existem, em alguns lugares, pessoas que utilizam animais para<br />

se locomover ou meios de transporte com tração animal.<br />

Leia o texto e analise as imagens com os alunos. Ajude ‑os a<br />

localizar, em um mapa ‑múndi, os locais apresentados nas fotos:<br />

Israel, Alasca, e os estados brasileiros: Rio Grande do Sul e Minas<br />

Gerais. Peça ‑lhes que reflitam sobre a realidade de sua cidade.<br />

Existem veículos movidos por animais onde eles vivem?<br />

Camelo sendo usado como<br />

meio de transporte em Israel.<br />

Foto de 2007.<br />

105


Luciana Whitaker/Pulsar Imagens<br />

João Prudente/Pulsar Imagens<br />

106<br />

No Rio Grande do Sul, os vaqueiros usam<br />

cavalos para conduzir o gado aos pastos.<br />

Foto de 2002.<br />

Carro de boi sendo usado por fazendeiro<br />

em Areado, Minas Gerais. Foto de 2009.<br />

No Alasca, nos Estados Unidos, os trenós são<br />

puxados por cães. Foto de 2004.<br />

Trenó: pequeno carro<br />

sem rodas que desliza,<br />

principalmente, sobre<br />

a neve ou o gelo.<br />

Os seres humanos já viveram situações<br />

em que a única forma de ir de um lugar<br />

para outro era usando os pés.<br />

Com o passar do tempo, animais como<br />

bois e cavalos passaram a ser utilizados<br />

como meios de transporte.<br />

Depois, os meios de transporte<br />

ficaram mais rápidos: aviões, trens e carros.<br />

Entretanto, até hoje veículos como o<br />

carro de boi continuam sendo usados em<br />

algumas regiões do mundo.<br />

Converse com o professor e os colegas<br />

sobre os meios de transporte que existem<br />

na sua cidade. Será que também há<br />

veículos movidos por animais?<br />

Ricardo Azoury/Olhar Imagem


Praticando<br />

No caderno, escreva o título da atividade “Os meios de transporte da<br />

minha cidade” e faça o que se pede a seguir.<br />

<strong>1.</strong> Faça uma lista com todos os meios de transporte existentes na sua<br />

cidade. Professor: espera ‑se que o aluno registre todos os meios de transporte de que ele tenha conhecimento.<br />

2. Dos meios de transporte que você listou, qual você mais utiliza na<br />

sua vida diária? Professor: espera ‑se que o aluno fale sobre o que ele usa mais vezes.<br />

3. Faça um desenho do meio de transporte de que você mais gosta e<br />

escreva por que gosta dele. Professor: espera ‑se que o aluno desenhe e justifique sua escolha.<br />

Você é o historiador<br />

Você viu, neste capítulo, vários meios de transporte muito usados no<br />

passado, mas que não fazem mais parte de seu dia a dia, como os bondes<br />

que circulavam nas cidades, ou os trens de passageiros para viagens<br />

maiores.<br />

Faça uma pesquisa com uma pessoa com mais de 60 anos para saber<br />

quais eram os meios de transporte que ela costumava usar na época em<br />

que era criança.<br />

Anote as respostas em seu caderno e, no dia combinado com<br />

o professor, leve o resultado de sua pesquisa para a sala de aula.<br />

Apresente-a aos colegas e preste atenção na apresentação das pesquisas<br />

deles.<br />

Depois, vocês deverão elaborar uma tabela para registrar os<br />

transportes mencionados pelos entrevistados. De um lado, vocês devem<br />

escrever o nome do meio de transporte, do outro, quantas pessoas o<br />

mencionaram na entrevista.<br />

Por exemplo, se cinco pessoas responderam que costumavam andar<br />

de carroça, a tabela para esse caso ficará assim:<br />

Meio de transporte Quantas pessoas o mencionaram<br />

Carroça 5<br />

107


Ilustrações: José Luís Juhas<br />

108<br />

108<br />

Capítulo 3<br />

as cidades em<br />

movimento


As grandes cidades precisam cada vez mais de diferentes meios de<br />

transporte, nos trilhos, no céu, nas ruas. Todos esses meios são importantes<br />

porque contribuem para que as pessoas possam se locomover de maneira<br />

mais rápida, com segurança e conforto.<br />

Professor: sugerimos que você faça a leitura da imagem pedindo para que a turma relacione o que observa ao título do capítulo: “As cidades em movimento”.<br />

Destaque a diversidade de transportes, a organização do trânsito e as formas de sinalização.<br />

Aproveite para conversar sobre as construções que aparecem no desenho: estação de metrô, aeroporto, terminal de ônibus, viaduto, porto e museu. Refl ita sobre<br />

a função e a importância de cada uma delas.<br />

109<br />

109


Marcos Peron/Kino<br />

Juca Martins/Olhar Imagem<br />

110<br />

Praticando<br />

Ao observar o desenho das páginas anteriores, quais<br />

são os meios de transporte que você vê? Quantas vezes<br />

cada um deles aparece?<br />

Registre, no seu caderno, o nome do transporte e a<br />

quantidade em que ele aparece.<br />

Professor: espera‑se que o aluno escreva, por exemplo: 2 ônibus, 10 carros, 2 motos, 3 aviões, 1 navio, 3 caminhões, 1 barco, 1<br />

bicicleta, 1 metrô e 1 ambulância.<br />

Carros são importantes, respirar é essencial !<br />

Professor: você pode propor que os alunos analisem as fotos, destacando o trânsito, a poluição, bem como a importância de<br />

respeitar as regras de trânsito e do transporte coletivo.<br />

Trânsito na cidade de Serra Negra,<br />

em São Paulo. Foto de 2005.<br />

Trânsito na marginal Tietê, na cidade de São<br />

Paulo em São Paulo. Foto de 2004.<br />

Foz do Iguaçu, no Paraná. Trânsito<br />

na Ponte da Amizade, que liga o Brasil<br />

ao Paraguai. Foto de 2002.<br />

Trânsito na cidade de Teresina,<br />

Piauí. Foto de 2005.<br />

Essencial:<br />

absolutamente<br />

necessário;<br />

indispensável.<br />

Delfim Martins/Olhar Imagem<br />

Benonias Cardoso/Folha Imagem


Tim De Waele/Corbis/Latin Stock<br />

Vimos nesta unidade o quanto aviões, automóveis,<br />

caminhões e ônibus são cada vez mais importantes para<br />

o deslocamento de pessoas e produtos nas cidades.<br />

Todos esses veículos funcionam com motores movidos a<br />

combustível, como: diesel, gasolina, álcool, querosene ou<br />

gás natural veicular (GNV).<br />

O óleo diesel é usado como combustível em caminhões, ônibus, tratores,<br />

navios, locomotivas.<br />

O querosene de aviação é utilizado como combustível em aviões a jato e<br />

helicópteros.<br />

A gasolina é utilizada em automóveis de passageiros, utilitários, motos,<br />

em aviões pequenos e em lanchas.<br />

O álcool (ou etanol) também é utilizado como combustível em carros e<br />

utilitários.<br />

O gás natural veicular (GNV) é um combustível na forma gasosa, usado,<br />

principalmente, em automóveis. Esse combustível tem a vantagem de ser<br />

menos poluente que o diesel, a gasolina e o álcool.<br />

Muitos combustíveis são produzidos a partir do petróleo, que levou<br />

milhões de anos para se formar na natureza. Com tantos veículos existentes<br />

no mundo, o petróleo, um dia, pode acabar.<br />

Além disso, quando os motores dos veículos funcionam, “queimam” o<br />

combustível e liberam gases que poluem o ar. Às vezes, nós vemos esses<br />

gases – a fumaça que sai do escapamento dos carros e ônibus, por exemplo.<br />

Outras vezes, nós não os vemos, mas os poluentes continuam saindo.<br />

Observe a foto abaixo. Você acha que o ciclista<br />

está respirando um ar de boa qualidade?<br />

Combustível:<br />

material usado como<br />

fonte de energia para<br />

fazer funcionar os<br />

motores.<br />

Utilitário: meio de<br />

transporte como<br />

caminhonete, perua etc.<br />

utilizado para o transporte<br />

de pequenas cargas.<br />

Petróleo: combustível<br />

líquido natural, que<br />

preenche os espaços<br />

vazios de algumas rochas<br />

sedimentares, formando<br />

depósitos muito extensos.<br />

Ciclista pedala em meio à<br />

fumaça produzida pelos<br />

automóveis. Foto de 2003.<br />

111


Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />

Quanto mais carros<br />

circulam nas ruas, mais<br />

poluído fica o ar. Isso faz<br />

mal à nossa saúde, porque<br />

respiramos um ar sujo.<br />

Alternativo: que adota<br />

uma posição diferente<br />

em relação às coisas mais<br />

comuns, isto é, faz uma<br />

opção por aquilo que não<br />

é comum, habitual.<br />

Cana -de -açúcar.<br />

112<br />

Veículo movido a eletricidade sendo abastecido. Foto de 1999.<br />

Por isso, existem pessoas que estão trabalhando e pesquisando para<br />

desenvolver combustíveis diferentes, que não sejam produzidos a partir do<br />

petróleo. Um dos produtos desenvolvidos por essas pessoas são os carros<br />

movidos a eletricidade. Outras pesquisas ajudam a desenvolver combustíveis<br />

chamados alternativos, extraídos de plantas como cana ‑de ‑açúcar, mamona e<br />

milho.<br />

Mamona.<br />

Milho.<br />

Dean Siracusa/Transtock/Corbis/Latin Stock<br />

Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />

Delfim Martins/Pulsar Imagens


AbleStock<br />

Getty Images<br />

Praticando<br />

Reúna -se com seus colegas e responda.<br />

<strong>1.</strong> Atualmente os motores dos nossos meios de transporte são<br />

movidos com quais combustíveis?<br />

2. Quais são as desvantagens dos combustíveis produzidos a partir do<br />

petróleo? O petróleo pode acabar. Além disso, esses combustíveis poluem o ar.<br />

3. O ser humano está buscando alternativas para não depender<br />

apenas desses combustíveis. Qual é essa alternativa?<br />

4. Na opinião do grupo, por que as pesquisas para desenvolver<br />

combustíveis alternativos são importantes?<br />

5. Reflita sobre como é o trânsito e a qualidade do ar de sua cidade. O<br />

que pode melhorar? Apresente sugestões. Resposta pessoal.<br />

O bom cidadão conhece as regras de trânsito<br />

Motociclista circula pelas ruas com todos os<br />

equipamentos de segurança. Foto de 2007.<br />

Professor: chamar atenção para os meios de transporte que não poluem o ar<br />

porque usam combustíveis que não agridem o ambiente e, consequentemente,<br />

não fazem mal à saúde das pessoas.<br />

É a fabricação de veículos movidos por eletricidade ou por combustíveis extraídos de plantas.<br />

Diesel, gasolina, álcool, querosene ou gás natural veicular (GNV).<br />

Espera ‑se que o grupo conclua que combustíveis que poluam menos são importantes para o cuidado e a preservação do meio ambiente e,<br />

consequentemente, para a saúde de todos.<br />

Pedestre: pessoa<br />

que anda ou<br />

está a pé.<br />

Professor: sugerimos que na análise das imagens priorize as regras de<br />

trânsito, a sinalização, as atitudes corretas de pedestres e motoristas e<br />

a segurança no trânsito. Converse com os alunos sobre cada imagem,<br />

explorando bem as fotos e o tema tratado.<br />

Motorista e passageira usando<br />

o cinto de segurança. Foto de 2008.<br />

Pessoas atravessando na faixa de pedestres na<br />

Avenida Paulista, em São Paulo. Foto de 2007.<br />

113<br />

Juca Martins/Olhar Imagem


Bruce Benedict/Transtock/Corbis/Latin Stock<br />

Brand X Pictures<br />

114<br />

Criança sentada na<br />

cadeirinha, no banco<br />

de trás do carro. Foto de 200<strong>1.</strong><br />

Para que motoristas e pedestres se desloquem com<br />

segurança nas cidades, é preciso estudar e conhecer as<br />

regras de trânsito.<br />

Todos devem contribuir para que o trânsito<br />

funcione bem. Os governos municipais precisam<br />

manter os semáforos em funcionamento, colocar as<br />

Placa de trânsito indicando a velocidade máxima<br />

permitida em uma estrada de Minas Gerais. Foto<br />

de 1995.<br />

Placa de trânsito indicando a área em que é<br />

permitido estacionar. Salvador, Bahia, Foto de<br />

2002.<br />

Municipal: relativo<br />

a município.<br />

Ciclovia: pista<br />

especial para quem<br />

utiliza bicicleta.<br />

placas e sinais de trânsito nas ruas, pintar no chão as faixas de pedestre<br />

e criar ciclovias. Os moradores das cidades têm o dever de obedecer às<br />

regras de trânsito.<br />

Praticando<br />

Professor: espera ‑se que o aluno reconheça as regras obedecidas. Seria interessante fazer um cartaz com as principais regras e sinais de<br />

trânsito, tanto para os pedestres quanto para os motoristas de carro, motociclistas, ciclistas etc. Observe, especialmente, aquelas que<br />

dizem respeito à segurança de todos.<br />

Observe novamente as fotos das páginas 113 e 114 e escreva no seu<br />

caderno o título da atividade: “Regras de trânsito”.<br />

• Quais são as regras de trânsito que estão sendo obedecidas?<br />

Juca Martins/Olhar Imagem


Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />

Gomez/Corbis/Latin Stock<br />

Conhecendo mais<br />

Família andando de bicicleta. Foto de 2003.<br />

O equilíbrio em duas rodas<br />

Diego Cervo<br />

Ciclista pedala na ciclovia,<br />

ao lado de avenida com<br />

trânsito intenso, em<br />

Florianópolis, Santa<br />

Catarina. Foto de 2007.<br />

Ciclista pedalando em parque. Foto de 2010.<br />

Você sabia que a primeira bicicleta apareceu em 1870?<br />

Você sabe andar de bicicleta?<br />

Equilibrar ‑se sobre duas rodas não é tão fácil assim. Mas, quando se aprende,<br />

é muito divertido pedalar com os amigos.<br />

A bicicleta é um veículo que não polui o ar e pode ser usado para praticar<br />

esportes, brincar, até mesmo para trabalhar.<br />

Para que as pessoas pedalem nas ruas com segurança, além de<br />

equipamento especial, como capacete, faróis e buzina nas bicicletas, é<br />

preciso que se construam ciclovias. Ciclovias são pistas especiais para quem<br />

utiliza bicicleta. Em muitas cidades, a bicicleta é o principal meio de transporte.<br />

Por isso, as ciclovias são necessárias para a segurança de todos os ciclistas.<br />

115


116<br />

Você sabia que...<br />

Em Joinville, Santa Catarina, existe<br />

o museu da bicicleta? Ele é o único em<br />

toda a América do Sul, e o acervo tem<br />

mais de 16 mil peças variadas.<br />

Podemos conhecer esse museu,<br />

também, pela internet. O endereço é:<br />

.<br />

Praticando<br />

Na sua cidade, existem ciclovias?<br />

Onde?<br />

Se não existem, converse com seus<br />

colegas e, com a ajuda do professor,<br />

escrevam coletivamente uma carta para<br />

o prefeito da cidade.Nessa carta vocês<br />

vão solicitar, ao prefeito, a construção de<br />

uma ciclovia.<br />

Depois desse trabalho, que tal dar uma voltinha com a sua magrela,<br />

quer dizer, bike, ou melhor, bicicleta? Não se esqueça do capacete e de<br />

prestar bastante atenção quando pedalar nas ruas.<br />

Bom passeio! Professor: veja no Manual algumas orientações para o desenvolvimento desta atividade.<br />

Explorando<br />

o que aprendemos!<br />

Museu da Bicicleta, Joinville, Santa Catarina,<br />

2006.<br />

Origami: arte japonesa<br />

de dobrar o papel.<br />

Vimos que muitas famílias que vieram para o Brasil<br />

usaram, como meio de transporte, o navio.<br />

Vamos representar esse meio de transporte com o origami. Assim,<br />

podemos também ter contato com a cultura de um dos grupos que vieram<br />

para o Brasil: os japoneses.<br />

Você vai precisar de uma folha de papel quadrada, com 16 cm x 16 cm.<br />

Museu da Bicicleta/MUBI/SC<br />

José Luis Juhas


Adelmo Naccari<br />

1<br />

Dobre<br />

4<br />

Dobre nas<br />

linhas tracejadas<br />

8<br />

Abra<br />

inverter<br />

Dobre<br />

Dobre Dobre para cima<br />

Virar<br />

Desdobre<br />

5 6 7<br />

Coloque o dedo nos<br />

cantos de cima e<br />

empurre para dentro<br />

9 10<br />

11 12 13<br />

Dobre para trás PRONTO<br />

Agora, você pode brincar com seu barco de origami e imaginar como<br />

era, no passado, a viagem de navio até o Brasil!<br />

2<br />

3<br />

117


Delfim Martins/Pulsar Imagens<br />

118<br />

Unidade 4<br />

O trabalho<br />

e as cidades<br />

Estação de tratamento de água do Guaraú, na cidade de São Paulo. Foto de 1993.


Thaís Falcão/Olhar imagem<br />

Juca Martins/Olhar Imagem<br />

Vinícola em Bento Gonçalves, no Rio Grande do<br />

Sul. Foto de 2008.<br />

Poste com transformador em Heliópolis,<br />

São Paulo. Foto de 2004.<br />

O qUe sabemOs?<br />

Mercado Municipal de São Paulo. Foto de 2002.<br />

Ambulância em hospital, em Florianópolis, Santa<br />

Catarina. Foto de 2007.<br />

Professor: o objetivo desta unidade é fazer com que os alunos se apropriem do conceito de trabalho e compreendam que ele está diretamente ligado ao<br />

crescimento das cidades e à vida em sociedade.<br />

Professor: você pode estimular a reflexão dos alunos por meio de um<br />

questionamento ou de situações-problema – o que faremos se acabar a<br />

água potável? Já imaginou como seria a vida na cidade sem luz? E se não<br />

tivesse mais coleta de lixo? Discuta, então, com eles o que são os serviços<br />

essenciais, por que são assim chamados e sua importância para a cidade.<br />

Troque ideias com os colegas sobre o que retratam as<br />

fotos e os tipos de trabalho que podem ser feitos nesses<br />

lugares.<br />

Em todas as cidades, existem trabalhos e trabalhadores<br />

que são muito importantes. Esses trabalhos são essenciais.<br />

Arredores:<br />

imediações,<br />

cercanias; que<br />

está em volta.<br />

Já imaginou a sua cidade sem luz? E sem água? Sem telefone? Sem um<br />

mercado? Sem bombeiros? Sem escola?<br />

Todo trabalho realizado dentro e nos arredores das cidades produz aquilo<br />

que é necessário para que os moradores possam viver bem e com segurança.<br />

Geralmente, são os próprios moradores das cidades que realizam esses trabalhos.<br />

Nesta unidade, vamos conhecer mais esses trabalhos e trabalhadores.<br />

Juca Martins/Olhar Imagem<br />

Werner Hudhart Kino<br />

119


José Luís Juhas<br />

120<br />

José Luís Juhas<br />

Capítulo 1<br />

Formas de trabalho<br />

em algumas cidades<br />

Professor: sugerimos que você analise a imagem junto com os alunos; mostre-lhes os trabalhos que são executados e, assim leve-os a descobrir o que eles sabem<br />

sobre a cidade rural e o trabalho realizado no campo.<br />

Há cidades que se localizam em áreas rurais. Em geral, a principal<br />

atividade econômica dessas cidades é a agricultura e a criação de animais.<br />

A agricultura é uma atividade muito antiga dos seres humanos e consiste em<br />

plantar e colher os alimentos: grãos, verduras, legumes e frutas.<br />

Atualmente, no Brasil, existem dois tipos de agricultores. Há os que<br />

trabalham num sítio ou chácara pertencente a todas as pessoas da família,<br />

que geralmente moram ali também. E há os agricultores que trabalham para<br />

os donos de grandes fazendas. Esses trabalhadores costumam morar em<br />

casas próximas à fazenda.


Luciano Candisani/Kino<br />

Juca Martins/Olhar Imagem<br />

O que mais se faz nas áreas rurais?<br />

Gado pastando em área rural de Ribeirão Preto,<br />

São Paulo. Foto de 2002.<br />

Criação de frangos na cidade de Descalvado, em São Paulo. Foto de 1995.<br />

Criação de porcos em Patos de Minas, Minas<br />

Gerais. Foto de 1995.<br />

A criação de animais como bois, vacas, porcos, galinhas também é uma<br />

atividade do campo ou áreas rurais.<br />

121<br />

Luciano Candisani/Kino


Getty Images<br />

Professor: o objetivo aqui é desenvolver a ideia de que a agricultura e a criação de animais são trabalhos essenciais para a vida em sociedade. Sem essas atividades,<br />

como nos alimentamos? Pergunte aos alunos o que aconteceria se não houvesse mais comida.<br />

Também pode ser feito um trabalho em conjunto com a disciplina Ciências para a exploração de tipos de alimentos (verduras, legumes, frutas etc.), a origem deles<br />

(animal ou vegetal), os produtos derivados da carne e do leite, entre outras explorações do tema.<br />

Para onde vai tudo o que se cria e se produz no campo?<br />

Getty Images<br />

Getty Images<br />

O feijão, o arroz, o trigo para fazer o pão, as verduras, os legumes e<br />

as frutas que são colhidas nas fazendas, nos sítios e nas chácaras vão para<br />

as cidades rurais ou urbanas, às vezes muito longe do lugar onde foram<br />

produzidos.<br />

Isso também acontece com as carnes dos animais, os ovos, o leite e<br />

seus derivados.<br />

Como seria nossa alimentação se não existissem os agricultores e os<br />

criadores?<br />

122<br />

Getty Images<br />

Getty Images<br />

Getty Images<br />

Getty Images<br />

Laureni Fochetto<br />

Getty Images<br />

O tamanho das imagens não corresponde a realidade.<br />

Getty Images<br />

Getty Images<br />

Laureni Fochetto


Ilustrações: José Luis Juhas<br />

Professor: a intenção, com esta música, é mostrar o quanto o trabalho do agricultor é importante para o ser humano. Sem ele, como nos alimentaríamos?<br />

Além disso, sugerimos que você converse sobre a questão da fome: como é ruim sentir fome, não ter o que comer. Peça para que os alunos refl itam sobre este assunto:<br />

como fi ca a pessoa sem comida ou com pouca alimentação? Comente, ainda, que existem pessoas que se alimentam muito mal.<br />

Esta atividade pode ser desenvolvida em conjunto com a disciplina Língua Portuguesa<br />

Leia, abaixo, a letra da música. (compreensão leitora, vocabulário, rimas, a situação da “fome” no mundo – dentro da<br />

capacidade de compreensão dessa faixa etária).<br />

Triturar: moer.<br />

Deglutir: engolir,<br />

ingerir.<br />

Conversa mole:<br />

expressão que<br />

quer dizer<br />

“conversa sem<br />

sentido”.<br />

Abdome:<br />

ventre; parte<br />

do corpo do ser<br />

humano e de<br />

outros animais<br />

vertebrados<br />

situada entre o<br />

tórax e a bacia.<br />

Fome come<br />

Gente, eu tô ficando impaciente<br />

A minha fome é persistente<br />

Come frio, come quente,<br />

Come o que vê pela frente.<br />

Come a língua, come o dente,<br />

Qualquer coisa que alimente.<br />

A fome come simplesmente,<br />

Come tudo no ambiente.<br />

Tudo o que seja atraente,<br />

É uma fome absorvente,<br />

Come e nunca é suficiente.<br />

Toda fome é tão carente,<br />

Come o amor que a gente sente.<br />

A fome come eternamente,<br />

No passado, no presente.<br />

A fome é sempre descontente<br />

Fome come, fome come...<br />

Impaciente:<br />

que não tem<br />

paciência;<br />

apressado.<br />

Persistente:<br />

que persiste;<br />

insistente.<br />

Absorvente: que<br />

absorve, “engole”<br />

tudo, comendo<br />

ou bebendo.<br />

Suficiente: que<br />

satisfaz; aquilo<br />

que basta; o<br />

bastante.<br />

Carente: que<br />

precisa, necessita<br />

de alguma coisa;<br />

necessitado.<br />

Eternamente:<br />

sempre, para<br />

sempre; por toda<br />

a eternidade.<br />

Se vem de fora (ela devora, ela devora, ela devora)<br />

(Qualquer coisa que alimente)<br />

Se for cultura (ela tritura, ela tritura)<br />

Se o que vem é uma cantiga (ela mastiga, ela<br />

mastiga)<br />

Ela então nunca discute (só deglute, só deglute)<br />

E se for conversa mole (se for mole, ela engole)<br />

Se faz falta no “abdome” (fome come, fome come)<br />

[...]<br />

Fome come. Canções Curiosas (CD),<br />

de Sandra Peres, Paulo Tatit e Luiz Tatit, Palavra Cantada, 1998.<br />

123


Fotos: Getty Images<br />

A fome, como observamos na música, é uma coisa muito ruim. E quem<br />

não se alimenta bem acaba ficando doente. Uma boa alimentação contribui<br />

para uma boa saúde.<br />

124<br />

Você já pensou alguma vez sobre aquilo que come? São alimentos<br />

naturais, isto é, vêm da natureza, ou são fabricados? Reflita sobre isso,<br />

converse com seus colegas e o professor sobre o assunto e, depois,<br />

faça a atividade.<br />

Praticando<br />

Forme um grupo com mais dois ou três colegas.<br />

Na letra da música, os autores falam da fome. Observe as imagens<br />

a seguir.<br />

O tamanho das imagens não corresponde a realidade.<br />

Professor: em grupo, os alunos devem observar as imagens dos diferentes tipos de alimentos. Conversem sobre o que eles comem, do que gostam,<br />

do que não gostam etc. Além de trabalhar com os hábitos alimentares de cada um, a intenção é fazer com que distingam o que é produzido pelo<br />

agricultor do que vem dos criadores de animais.


Jarbas Oliveira/Folha Imagem<br />

Agora, troquem ideias e façam o que se pede. Cada um deve escrever no<br />

seu caderno o título da atividade: “Fome come”.<br />

a) Quando sentem fome, que alimentos das imagens vocês consomem?<br />

Escolha do grupo.<br />

b) Dos alimentos que vocês escolheram, quais deles são produtos do<br />

trabalho do agricultor e do criador de animais?<br />

Professor: espera-se que o grupo relacione cada nome de alimento à sua origem: agricultura ou criação.<br />

c) Observem as imagens a seguir.<br />

Mulher preparando uma refeição com muito<br />

pouco alimento, em Teresina, Piauí. Foto de<br />

2002.<br />

Pratos com sobras de comida em restaurante de<br />

São Paulo. Foto de 2007.<br />

Existe alguma coisa de errado no que essas fotos mostram? Discuta<br />

em grupo e, depois, conversem sobre as conclusões a que chegaram com<br />

Professor: espera-se que os alunos respondam que tanto a fome quanto o desperdício de alimentos<br />

o professor e com a turma. estão errados. Ninguém deve ficar sem comida e, principalmente, ninguém deve jogar comida fora.<br />

Se for possível, aprofunde, com o grupo, o problema do desperdício, que é um grande mal e que precisa ser evitado por todos. Sugerimos, ainda, que você explore com os<br />

estudantes o fato de tantas pessoas passarem fome enquanto existe tanta terra para plantar e produzir alimentos e também o fato de haver pessoas desperdiçando comida.<br />

O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em produção agrícola.<br />

Aqui plantamos e colhemos muito, todos os anos, vários tipos de alimentos.<br />

No Brasil também é grande a criação de animais como vacas, bois, aves e<br />

porcos. Mas, mesmo assim, existem muitas pessoas que ainda passam fome e<br />

outras que desperdiçam comida.<br />

125<br />

Lalo de Almeida/Folha Imagem


126<br />

Você é o historiador<br />

Será que você e as pessoas que moram em sua casa desperdiçam<br />

comida? Você já parou para pensar nisso?<br />

Para descobrir como as pessoas de sua família lidam com os<br />

alimentos, você deve seguir os próximos passos:<br />

1 o passo – Durante três dias, você deve acompanhar as refeições na sua<br />

casa e registrar o que foi feito com os alimentos que sobraram.<br />

Verifique se foram comidos em outra refeição, se foram<br />

transformados em outros pratos, se foram jogados no lixo etc.<br />

Registre suas descobertas no caderno.<br />

2 o passo – Converse com as pessoas adultas que moram com você e<br />

peça-lhes que indiquem duas formas de evitar o desperdício<br />

de alimentos. Copie as sugestões dadas no caderno. Depois,<br />

você irá apresentá-las para os colegas e para o professor.<br />

3 o passo – Agora, sugira, você, formas de evitar o desperdício de<br />

alimentos. Registre sua opinião por escrito no caderno.<br />

Combinem com o professor uma data para que todos apresentem<br />

o resultado da pesquisa. Vocês podem, inclusive, reunir as ideias<br />

surgidas nessa pesquisa em cartazes e espalhá-los pela escola. Assim<br />

vocês conscientizarão mais pessoas sobre a importância de se evitar o<br />

desperdício de alimentos.<br />

Cidades perto da água<br />

No Brasil, são várias as cidades<br />

que, além de terem um espaço<br />

ocupado pela agricultura, também<br />

estão localizadas perto do mar ou de<br />

grandes rios de água doce, onde é<br />

possível pescar.<br />

Grande parte do que é pescado<br />

é vendido dentro da cidade e para<br />

outros mercados e regiões.<br />

Professor: para enriquecer a leitura da imagem, você pode destacar, com a ajuda de um mapa<br />

do Brasil, as várias cidades que estão localizadas próximas a rios ou ficam no litoral, próximas ao<br />

mar. Converse também sobre a importância do peixe na dieta alimentar do ser humano.<br />

Cidade de Manaus, Amazonas. Foto de 200<strong>1.</strong><br />

Juca Martins/Olhar Imagem


José Luis Juhas<br />

Praticando<br />

Leia os versos extraídos de um poema de Cecília Meireles.<br />

Os pescadores e suas f ilhas<br />

Os pescadores dormiam<br />

cansados, ao sol, nos barcos.<br />

As f ilhinhas dos pescadores<br />

brincavam na praça, de mãos dadas.<br />

[...] Os pescadores sonhavam<br />

com seus barcos carregados.<br />

Os pescadores dormiam<br />

cansados de seu trabalho.<br />

[...]<br />

Cecília Meireles. Ou isto ou aquilo.<br />

Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.<br />

<strong>1.</strong> Em grupo, discuta com os colegas por que Cecília Meireles escreve:<br />

“Os pescadores sonhavam com seus barcos carregados”. Registre a<br />

resposta no caderno.<br />

Professor: os alunos devem concluir que os pescadores sonhavam com uma pescaria muito rica, quer<br />

dizer, que eles pegariam muitos peixes. Seu trabalho seria recompensado com barcos bem cheios de<br />

peixes para serem vendidos.<br />

2. Reflita sobre o trabalho do pescador. Em sua opinião, é um trabalho<br />

fácil ou cansativo como diz o poema? Por quê?<br />

Você já viu que as atividades desenvolvidas nas cidades rurais necessitam<br />

de área específica e de mão de obra especializada:<br />

• para a agricultura, é necessário um espaço apropriado para as<br />

plantações, ferramentas para o plantio, para a colheita, entre outros;<br />

• para a criação de animais, são necessários espaços e equipamentos<br />

adequados, alimentos para os animais etc. Para as pessoas que vivem<br />

nas cidades próximas a rios ou ao mar, é preciso ter os equipamentos<br />

para pescar e os lugares para vender seus produtos.<br />

Por isso é importante que os trabalhadores não apenas conheçam<br />

bem suas funções, como também disponham dos equipamentos que lhes<br />

garantirão a sobrevivência.<br />

Professor: sugerimos que esta atividade seja desenvolvida em conjunto com a disciplina de Língua Portuguesa. Assim, você<br />

poderá explorar melhor o gênero textual da poesia, suas formas, o uso específi co da linguagem, o ritmo etc.<br />

Resposta pessoal.<br />

127


Ilustrações: Adelmo Naccari<br />

128<br />

Observe os desenhos a seguir e, no seu caderno, relacione o local e os<br />

instrumentos de trabalho aos seguintes trabalhadores.<br />

• Agricultor. D/1 • Pescador. A/3 - B/2 • Criador de animais. C/4<br />

Professor: nesse momento, seria interessante ressaltar os tipos de trabalhos relativos à produção de alimentos. Explore o local e os instrumentos<br />

utilizados nesses trabalhos, bem como a importância que eles têm para a vida das pessoas.<br />

a 1<br />

b<br />

C<br />

D<br />

2<br />

3<br />

4<br />

O tamanho das imagens não corresponde a realidade.


José Luís Juhas<br />

Wagner Santos/Kino<br />

Maurício Simonetti/Pulsar Imagens<br />

Capítulo 2<br />

O trabalho nas<br />

áreas urbanas<br />

Curitiba, Paraná. Foto de 2004. Cuiabá, Mato Grosso. Foto de 2007.<br />

Porto Alegre, Rio Grande do Sul.<br />

Foto de 2008.<br />

Belo Horizonte, Minas Gerais.<br />

Foto de 2004.<br />

Professor: os alunos devem observar as fotos e dizer quais são as características básicas dessas cidades, o que elas têm em comum. Pergunte-lhes quais são as<br />

outras cidades urbanas que conhecem ou de que já ouviram falar.<br />

Cidades localizadas em áreas urbanas, como Curitiba, Cuiabá, Porto Alegre e<br />

Belo Horizonte, são formadas por casas, prédios, bancos, hospitais, lojas etc.<br />

Nessas cidades, há muitos tipos de trabalho e o número de trabalhadores<br />

é bastante grande.<br />

Com seus colegas, converse sobre os tipos de trabalho que podem ser<br />

encontrados em cidades como as que aparecem nas fotos.<br />

129<br />

Delfim Martins<br />

Werner Rudhart/Kino


Duda Pinto/Folha Imagem<br />

© Diego Padgurschi/Folha Imagem<br />

Professor: vamos conhecer alguns trabalhos essenciais para as cidades. Iniciaremos com os bombeiros, cuja fi gura desperta o fascínio em muitas crianças e cuja<br />

função é zelar pela segurança dos cidadãos, orientar quanto à prevenção de acidentes e socorrer os cidadãos em situação de perigo (incêndios, alagamentos,<br />

deslizamentos, afogamento etc.). Destaque isso na leitura das imagens.<br />

Trabalhadores urbanos – estudo de caso:<br />

os bombeiros<br />

Bombeiros apagando incêndio em<br />

uma plantação de eucalipto no<br />

Rio Grande do Sul. Foto de 2006.<br />

Bombeiro resgatando pessoa ferida em acidente,<br />

São Paulo. Foto de 2007.<br />

130<br />

Bombeiros resgatando homem no Rio<br />

Tamanduateí, em São Paulo. Foto de 2006.<br />

Bombeiros combatendo um incêndio em São<br />

Paulo. Foto de 2000.<br />

No Brasil, os bombeiros são membros da Polícia Militar. Assim como<br />

qualquer policial, eles cuidam da segurança dos moradores das cidades.<br />

Eles salvam pessoas e animais de acidentes,<br />

afogamentos e incêndios. Além de salvar vidas,<br />

trabalham orientando as pessoas quanto à prevenção<br />

de acidentes e incêndios.<br />

Prevenção: ato ou efeito<br />

de prevenir(-se); evitar<br />

algum dano ou mal.<br />

Mário Ângelo/Folha Imagem<br />

Paula Simas/Pulsar Imagens


Ilustrações: Adelmo Naccari<br />

É muito comum ver, nas grandes cidades, os<br />

bombeiros oferecerem treinamento a moradores e<br />

pessoas que trabalham em prédios, shopping centers,<br />

cinemas e outros lugares. Nesse treinamento eles formam<br />

equipes chamadas Brigadas de Incêndio, que aprendem<br />

Manusear: pegar<br />

ou mover com a<br />

mão; manejar.<br />

as melhores formas de prevenção e combate a incêndios e como manusear<br />

os equipamentos, como mangueiras e extintores.<br />

Os bombeiros também fazem treinamento em primeiros socorros.<br />

Para não correr riscos no seu trabalho, os bombeiros usam roupas especiais<br />

e vários equipamentos de segurança.<br />

O tamanho das imagens não corresponde a realidade.<br />

Converse com seus colegas sobre a importância desses equipamentos<br />

para o trabalho dos bombeiros.<br />

Professor: destaque com os alunos a importância do trabalho dos bombeiros em várias situações e não apenas em casos de incêndio. O intuito é fazer com<br />

que percebam que o trabalho dos bombeiros está diretamente ligado à segurança e ao bem-estar de todos os cidadãos. Faça com eles um cartaz que<br />

mostre as várias situações em que os bombeiros podem dar sua contribuição e/ou ser acionados.<br />

131


Marcos Peron/Kino<br />

as indústrias e os operários<br />

Indústria têxtil em Nova Odessa,<br />

São Paulo. Foto de 2007.<br />

No início da industrialização, o trabalho nas indústrias<br />

era muito cansativo. Os trabalhadores – homens, mulheres<br />

e crianças – trabalhavam cerca de 14 horas por dia sem<br />

descanso e sem fim de semana.<br />

Nas fábricas não existiam condições de higiene,<br />

faltavam espaço, ventilação e até iluminação. Os salários<br />

eram baixos. A falta de descanso e as condições ruins<br />

faziam com que os operários ficassem doentes.<br />

132<br />

Conhecendo mais<br />

Indústria automobilística em São Bernardo do<br />

Campo, São Paulo. Foto de 2002.<br />

Professor: após explorar as imagens com os alunos, você pode conversar com eles sobre as fábricas e as indústrias e seus trabalhadores, também chamados de<br />

operários. Comente que, geralmente, as indústrias estão concentradas nas cidades urbanas.<br />

Durante muito tempo, as pessoas vieram para a cidade para fazer as<br />

fábricas funcionarem. Elas eram instaladas no próprio centro da cidade.<br />

No Brasil, atualmente, há cada vez menos operários nas indústrias,<br />

devido à automação do trabalho.<br />

Michel Le Duc e Nathalie Tordjman. A cidade em pequenos passos.<br />

São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2006.<br />

Automação:<br />

sistema automático<br />

pelo qual as<br />

máquinas,<br />

controlam<br />

seu próprio<br />

funcionamento.<br />

Juca Martins/Olhar Imagem


Praticando<br />

Em seu caderno, copie o título da atividade: “O trabalho nas fábricas”.<br />

Depois, no caderno, responda às questões a seguir.<br />

<strong>1.</strong> De acordo com o texto, como era o trabalho dos operários nas<br />

indústrias, no início da industrialização? O trabalho era muito cansativo.<br />

2. Quais eram as condições de trabalho nas primeiras fábricas e<br />

indústrias?<br />

Você é o historiador<br />

Vamos pesquisar sobre a história das indústrias em sua cidade?<br />

1o passo – Converse com as pessoas que moram na sua casa. Você<br />

deve entrevistá-las seguindo o roteiro abaixo. Se elas não<br />

souberem a resposta de imediato, peça-lhes que o ajudem a<br />

pesquisar sobre o assunto em revistas, jornais locais ou na<br />

internet. Registre todas as suas descobertas por escrito em<br />

seu caderno. As respostas variam de acordo com a cidade em que o aluno mora.<br />

<strong>1.</strong> Existe alguma indústria na sua cidade?<br />

2. Qual ou quais?<br />

Os trabalhadores trabalhavam cerca de 14 horas por dia sem descanso e sem fim de semana. Não existiam condições de<br />

higiene, faltavam espaço, ventilação e até iluminação. Os salários eram baixos. A falta de descanso e as condições ruins<br />

faziam com que os operários ficassem doentes.<br />

3. Alguém da sua casa trabalha em alguma indústria?<br />

4. Se alguma pessoa com a qual você conversou trabalha em uma<br />

indústria, pergunte-lhe qual é o seu trabalho e como são as<br />

condições de trabalho hoje. É igual, ou melhor, que no passado?<br />

Por quê?<br />

2o passo – Apresente os resultados de sua pesquisa para o professor<br />

e para os colegas. Depois que todos apresentarem seus<br />

trabalhos, conversem sobre as condições de trabalho nas<br />

fábricas hoje e quais são as mudanças que ocorreram<br />

com relação às condições de trabalho dos operários de<br />

antigamente.<br />

Professor: os alunos já desenvolveram outras atividades de entrevistas anteriormente. Espera-se que, nesse<br />

momento, esse procedimento seja conhecido deles. Essa atividade pode servir, inclusive, como forma de avaliar se<br />

eles já dominam essa habilidade, bem como se são capazes de efetuar os registros das pesquisas corretamente.<br />

No momento em que as pesquisas forem apresentadas, destaque todos os trabalhos e as funções das pessoas nas fábricas e indústrias relacionadas<br />

pelos alunos. Escreva no quadro de giz ou em um cartaz as indústrias que existem na cidade, o que elas produzem e que tipos de trabalho as pessoas 133<br />

realizam nelas.


César Rodrigues/Folha Imagem<br />

Os trabalhadores do comércio<br />

Comércio da Rua 25 de Março,<br />

em São Paulo. Foto de 2005.<br />

134<br />

Conhecendo mais<br />

Os comerciantes e os artesãos<br />

A cidade sempre foi o lugar do comércio.<br />

Comércio da Rua da Alfandêga, no<br />

Rio de Janeiro. Foto de 2007.<br />

Professor: os alunos devem observar as imagens e relacioná-las à cidade onde vivem. Há semelhanças? Quais?<br />

Depois, leia com eles o texto e mencione que hoje compramos tudo do que precisamos em lojas, mas que no passado os artesãos eram as pessoas<br />

que fabricavam, produziam e vendiam vários objetos como sapatos, roupas, chapéus, móveis etc. Atualmente, a maior parte desses produtos é<br />

industrializada. Converse com os alunos e pergunte-lhes o que sabem sobre comércio.<br />

Em outras épocas, as pequenas lojas instaladas nas ruas tinham ao<br />

lado os ateliês dos artesãos.<br />

Em nossos dias, as grandes ou pequenas lojas estão agrupadas em<br />

determinadas ruas, centros comerciais ou shopping centers.<br />

Praticando<br />

Ateliê: oficina onde<br />

o artesão trabalha.<br />

Michel Le Duc e Nathalie Tordjman. A cidade em pequenos passos.<br />

São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2006.<br />

Como é o comércio na sua cidade? Pense e responda. Respostas pessoais.<br />

<strong>1.</strong> Existem lojas pequenas? O que é vendido nelas?<br />

2. Existem shopping centers? Quantos? Você sabe o nome deles?<br />

3. Existem artesãos, isto é, pessoas que fabricam aquilo que vendem?<br />

Você conhece algum? O que ele faz?<br />

4. Na sua cidade, existem ruas, como as das fotos acima, que são<br />

consideradas comerciais?<br />

Rafael Andrade/Folha Imagem


Os trabalhadores da saúde<br />

Os médicos e os enfermeiros são<br />

alguns dos trabalhadores que cuidam<br />

da saúde das pessoas. Os locais de<br />

trabalho deles são, geralmente, os<br />

hospitais, os prontos-socorros e os<br />

centros de saúde.<br />

Quando ficam doentes, as pessoas<br />

costumam procurar um hospital. Mas não<br />

é preciso ficar doente para procurar o médico.<br />

Enfermeira vacinando uma criança.<br />

Foto de 2010.<br />

Os médicos também nos ajudam ensinando a prevenir as doenças. Eles<br />

nos orientam a ter uma alimentação mais saudável, fazer exercícios físicos,<br />

dormir bem e tomar as vacinas necessárias para não ficarmos doentes.<br />

Professor: para realizar esta atividade, sugerimos que leia com os alunos o texto e as imagens e<br />

leve-os a refletir sobre por que o trabalho dos médicos e enfermeiros, entre outros profissionais da<br />

saúde, é essencial em qualquer cidade.<br />

Como está sua saúde?<br />

Você vai fazer a sua ficha de saúde.<br />

Em uma folha avulsa, copie as questões abaixo e responda. Caso não saiba<br />

responder a alguma delas, peça ajuda a um adulto que viva com você. Não se<br />

esqueça de colocar o título: “Ficha de saúde”. Respostas pessoais.<br />

<strong>1.</strong> O que você come:<br />

a) no café da manhã? c) no lanche da tarde?<br />

b) no almoço? d) no jantar?<br />

2. Quantas vezes faz exercícios físicos na semana?<br />

3. Quantas horas você dorme por dia?<br />

4. Quais vacinas você já tomou?<br />

5. Você costuma ir ao médico quando não está doente?<br />

6. Quantas vezes você já foi ao médico?<br />

Vacina: substância que se<br />

aplica a um indivíduo, com<br />

fim preventivo ou curativo<br />

Troque essas informações com os seus colegas para ver como está a<br />

Professor: converse com os alunos sobre a importância de uma boa alimentação, dos exercícios físicos e de uma visita<br />

saúde de todos. regular ao médico e ao dentista, sem necessariamente estar com algum problema de saúde ou doente. Mostre que tudo<br />

isso está diretamente ligado a uma boa saúde.<br />

135<br />

Jaimie Duplass


Bill Heinsohn/Getty Images Fernando Moraes/Folha Imagem<br />

Escreva em seu caderno o nome da profissão e qual é o trabalho de<br />

cada uma das pessoas que aparecem nas fotos.<br />

Eletricitário, trabalha em Companhia de Força e Luz; jornaleiro, vende jornais e revistas; limpador de vidraças – os alunos podem também mencionar outros<br />

funcionários que cuidam da limpeza dos ambientes –; guarda de trânsito ou controlador de tráfego, que ordena e controla o tráfego de veículos e pedestres.<br />

136<br />

Praticando<br />

Observe as fotos de outros trabalhos importantes nas áreas urbanas.<br />

Tony Anderson/Getty Images<br />

Laureni Fochetto


Conhecendo mais<br />

Cuidar da limpeza é um dos trabalhos mais<br />

importantes de qualquer cidade do mundo.<br />

O coletor de lixo é aquele que todos os<br />

dias recolhe o lixo produzido em cada casa,<br />

prédio, restaurante, hospital, loja, escola,<br />

escritório... Enfim, em todos os lugares da<br />

cidade.<br />

São os coletores que garantem a limpeza<br />

das cidades.<br />

Pense: será que é apenas o coletor de lixo<br />

que deve se preocupar com o lixo?<br />

Praticando<br />

Juca Martins/Olhar Imagem<br />

Caminhão de lixo em São Paulo.<br />

Foto de 2004.<br />

Responda às perguntas a seguir em seu caderno. O que você não<br />

souber, pergunte para um adulto que possa lhe ajudar. Respostas pessoais.<br />

<strong>1.</strong> O que você faz com o seu lixo? Pois você também produz lixo. São<br />

papéis de bala, aparas de lápis, embalagens de produtos, latinhas e<br />

garrafas de refrigerante e outras coisas mais.<br />

2. E na sua casa? O que é feito com o lixo?<br />

3. E na escola? Como isso funciona?<br />

4. Alguma vez já ouviu falar de reciclagem? Se já sabe o que é<br />

reciclagem, escreva a resposta sem olhar a definição. Se você não<br />

sabe, consulte o significado no quadrinho e escreva o que entendeu.<br />

Depois de registrar as informações, faça um cartaz com uma frase que<br />

explique a importância de dar o destino certo ao lixo que produzimos ou de<br />

reciclar o lixo que pode ser reaproveitado. Os cartazes de todos os alunos da<br />

turma devem ser reunidos para formar um mural<br />

que fique exposto para toda a escola. Assim, vocês<br />

estarão contribuindo para conscientizar outras<br />

pessoas sobre a importância de preservar os<br />

ambientes limpos e da prática da reciclagem.<br />

Professor: converse com os alunos e mostre-lhes a importância do serviço de coleta de lixo. Os alunos<br />

devem refletir sobre o lixo que produzem, o que devem fazer com ele e qual é a realidade da coleta de lixo da cidade onde moram.<br />

Reciclar: reaproveitar algo<br />

que já foi usado. Reutilizar<br />

material já usado para<br />

produzir outras coisas.<br />

137


Ilustrações: Adelmo Naccari<br />

Nem tudo é lixo<br />

Reaproveitar o papel, o plástico, a latinha de refrigerante e<br />

o vidro são atividades comuns em algumas cidades brasileiras.<br />

Essa ação ajuda a diminuir a quantidade de lixo e colabora<br />

para diminuir a poluição das grandes cidades.<br />

Cuidar do próprio lixo também é um dever de todos os moradores<br />

da cidade.<br />

138<br />

Garrafa PET. Revistas.<br />

Lâmpada. Jornal. Papelão.<br />

Esquadria de<br />

alumínio.<br />

Latinha de<br />

cerveja.<br />

Vidro de<br />

conserva.<br />

Professor: ao analisar com os alunos as imagens, pontue que todos esses materiais são<br />

recicláveis.<br />

Embalagem<br />

plástica.<br />

Impressos<br />

em geral.<br />

Embalagem de<br />

iogurte.<br />

José Luís Juhas<br />

Brinquedo de<br />

plástico.<br />

Pote de xampu.<br />

Mola de metal.<br />

Latinha de<br />

refrigerante.<br />

Reaproveitar:<br />

aproveitar<br />

novamente.<br />

Saco plástico.<br />

Papel. Garrafa de vidro.<br />

Copos de plástico. Caixa de papelão.<br />

O tamanho das imagens não corresponde a realidade.


Praticando<br />

Você já deve ter visto latas especiais para lixo reciclável.<br />

Cada uma delas tem uma cor e serve para recolher um tipo de<br />

material. A azul é para papel, a amarela é para metal/alumínio, a verde é<br />

para vidro e a vermelha é para plástico.<br />

Antes de iniciar a atividade, escreva no seu<br />

caderno o título: “Coleta seletiva”.<br />

1º- passo – Copie o quadro abaixo e desenhe:<br />

Professor: o objetivo é que, nessa atividade, o aluno faça o mesmo trabalho de uma coleta seletiva,<br />

separando os materiais nas latas corretas.<br />

a) uma lata de lixo azul e escreva nela papel;<br />

b) uma lata amarela e escreva metal;<br />

c) uma lata verde e escreva vidro;<br />

d) uma lata vermelha e escreva plástico.<br />

2º- passo – Agora, separe os materiais que aparecem na página anterior.<br />

Escreva o nome de cada um abaixo da lata correta. Veja o<br />

exemplo.<br />

Ilustrações: Adelmo Naccani<br />

Esquadria<br />

Revistas Lâmpada Garrafa Pet<br />

de alumínio<br />

Lixeira azul – revistas, jornal,<br />

papelão, caixa de papelão,<br />

impressos em geral, papel.<br />

Lixeira amarela – esquadrias de<br />

alumínio, latinha de refrigerante,<br />

latinha de cerveja, mola de metal.<br />

Você sabia que...<br />

Lixeira verde – lâmpada, vidro de<br />

conserva, garrafa de vidro.<br />

Coleta seletiva: é o processo<br />

de separação e recolhimento<br />

dos materiais recicláveis.<br />

Lixeira vermelha – garrafa PET, embalagem<br />

plástica, brinquedo de plástico, saco<br />

plástico, copo de plástico, pote de xampu,<br />

embalagem de iogurte.<br />

O lixo jogado no meio ambiente pode permanecer por um longo período sem<br />

se decompor? Veja o tempo de decomposição de alguns materiais na natureza:<br />

• lata de alumínio – mais de mil anos<br />

• papel – três meses a vários anos<br />

• sacolas plásticas – cerca de 150 anos<br />

• embalagens de vidro – 1milhão de anos<br />

Ilustrações: Adelmo Naccari<br />

139


José Luís Juhas<br />

José Luís Juhas<br />

140<br />

Capítulo 3<br />

O trabalho<br />

na escola<br />

Professor: estimule os alunos a falar sobre todos os tipos de trabalho e os profi ssionais da escola que aparecem na imagem. Quem será cada uma dessas pessoas<br />

que vemos dentro e fora dos prédios? Ajude-os a localizar os profi ssionais pedidos no texto.<br />

A escola é um lugar onde existe muito trabalho.<br />

Observe a ilustração. Quem ensina os alunos? Quem é o responsável<br />

pela manutenção e limpeza do ambiente escolar? Quem prepara<br />

os alimentos para os alunos? Quem dirige a escola? Quem ajuda a<br />

cuidar da disciplina e do bom funcionamento da escola?


Maurício Simonetti/Pulsar Imagens<br />

Praticando<br />

Com mais dois colegas, observe o desenho da página anterior e<br />

responda às questões em seu caderno.<br />

<strong>1.</strong> Quais dos trabalhadores que aparecem nos desenhos também<br />

podem ser encontrados na sua escola? A resposta varia de acordo com a realidade da escola.<br />

2. Agora, vocês vão entrevistar duas pessoas que trabalham na sua<br />

escola para descobrir o que cada uma delas faz.<br />

Para isso, devem utilizar o seguinte roteiro de perguntas.<br />

a) Qual é o seu nome?<br />

b) Qual é o seu trabalho?<br />

c) Nesse trabalho, quais são as atividades que você realiza?<br />

d) O que é preciso saber para fazer o seu trabalho?<br />

e) Que objetos ou instrumentos você utiliza no seu trabalho?<br />

f) Você gosta do que faz?<br />

g) Você mora perto de seu trabalho?<br />

h) Como você vem para o trabalho? Que tipo de transporte utiliza?<br />

i) Quanto tempo você demora para chegar ao trabalho?<br />

Depois de terminar as entrevistas, o grupo deve apresentá-las para o<br />

restante da turma.<br />

escolas diferentes<br />

Professor: para esta atividade, você deve distribuir as funções dos trabalhadores da<br />

escola entre os grupos, para que no final todas as atividades de trabalho da escola<br />

estejam contempladas. O objetivo é que cada grupo apresente, para o restante da<br />

turma, as entrevistas que fizeram e que, ao final da apresentação, haja um debate<br />

sobre as formas de trabalho na escola.<br />

Professor: sugerimos que você chame a atenção<br />

dos alunos para esta escola. Peça-lhes para observar<br />

como ela foi construída. Explique-lhes o que é uma<br />

escola flutuante e por que é construída assim.<br />

Escola flutuante na Ilha do<br />

Catalão, em Manaus, Amazonas.<br />

Foto de 2007.<br />

141


Existem escolas espalhadas pelo Brasil inteiro que, além do trabalho<br />

do dia a dia, deparam-se com dificuldades que devem ser superadas com<br />

trabalho em conjunto, quer dizer, em equipe.<br />

142<br />

Leia esta história.<br />

João é o diretor de uma escola do interior do Amazonas.<br />

Mesmo sendo diretor, ele não toma decisões sozinho. Sempre<br />

que é necessário, chama todas as pessoas que participam<br />

da escola para resolver problemas, ajudar alguém, organizar<br />

uma festa. O vigia, as merendeiras, o pessoal da limpeza, da<br />

secretaria, os professores, os pais e os alunos são chamados<br />

para participar de uma reunião, dar opinião e ajudar no que for<br />

preciso. Eles formam uma equipe!<br />

Praticando<br />

Depois de ler o texto, troque ideias com<br />

seus colegas e resolva as questões no seu<br />

caderno.<br />

<strong>1.</strong> O diretor João administra a escola sozinho? Não.<br />

2. O que o diretor faz quando enfrenta alguma dificuldade para<br />

administrar a escola? Ele chama todas as pessoas que participam da escola para ajudar a resolver os problemas.<br />

3. Como as pessoas que trabalham e participam da escola colaboram<br />

com o diretor? Elas participam de reuniões e dão sua opinião para ajudar o diretor.<br />

4. Leia as palavras do quadro a seguir.<br />

autoritarismo falta de diálogo equipe<br />

trabalha sozinho solidariedade união<br />

Copie as palavras que combinam com o tipo de trabalho que o<br />

diretor faz para administrar a escola. Equipe, solidariedade, união.<br />

José Luís Juhas


Christian Rizzi/Folha Imagem<br />

As escolas no Brasil são muito diferentes não só na forma, como também<br />

no que ensinam a seus alunos. Por exemplo, há escolas nas áreas rurais que<br />

ensinam a seus alunos como lidar com a agricultura e a criação de animais.<br />

Há ainda as escolas, nas comunidades indígenas, que ensinam às crianças a<br />

cultura e os conhecimentos de seu povo.<br />

Crianças guaranis na escola de sua comunidade. Reserva Ocoí, em<br />

São Miguel do Iguaçu, no Paraná. Foto de 2005.<br />

Conhecendo mais<br />

Crianças xavantes na escola.<br />

Parque Indígena<br />

do Xingu, Mato Grosso.<br />

Foto de 200<strong>1.</strong><br />

Na tribo Munduruku tem escola? Tem. As crianças vão às aulas<br />

em um período do dia. Elas aprendem a ler e escrever em português<br />

e em Munduruku! Bárbaro, não? Os professores são índios já<br />

alfabetizados e treinados para dar aulas. [...] O conhecimento<br />

tradicional é transmitido por meio dos mitos – que são histórias das<br />

realizações dos deuses indígenas. Essas histórias contam como foram<br />

criados o Universo, as pessoas, o fogo, o céu, a mandioca, a noite, o<br />

dia e os animais.<br />

Jornal Folha de S.Paulo, São Paulo, 11 abr. 1998. Folhinha.<br />

143<br />

Rosa Gauditano/Studio R


144<br />

Praticando<br />

Converse com o professor e seus colegas sobre o que foi lido.<br />

No seu caderno, escreva o título da atividade: “A escola dos indígenas”<br />

e resolva as questões.<br />

<strong>1.</strong> O que você entendeu do texto?<br />

Professor: espera-se que o aluno fale que as crianças indígenas aprendem a<br />

ler e escrever em português, mas também têm aulas sobre as histórias de seu<br />

povo, seus costumes, seus mitos.<br />

2. Faça um desenho que mostre o que as crianças indígenas aprendem<br />

na escola. Coloque como título: “O que as crianças indígenas<br />

aprendem na escola”.<br />

3. Faça outro desenho mostrando o que você aprende na escola.<br />

Coloque o título: “O que eu aprendo na escola”. Mostre seus<br />

trabalhos para a turma.<br />

4. Agora que você já sabe quais são os trabalhos e os trabalhadores<br />

da escola e leu sobre as escolas diferentes, reflita e escreva um<br />

pequeno texto descrevendo como é a sua escola. Escreva sobre<br />

tudo: a construção, o prédio, quais são os ambientes e salas que ela<br />

tem, as pessoas que trabalham nela, o que você aprende etc.<br />

Espera-se que o aluno faça uma descrição completa de toda a estrutura física do edifício, do pessoal que nele trabalha e do que aprende.<br />

5. Em sua opinião, você estuda em uma boa escola? Por quê?<br />

Resposta pessoal.<br />

6. Dê sugestões para melhorar ainda mais a sua escola. Resposta pessoal.<br />

explorando<br />

o que aprendemos!<br />

Sabemos que cuidar da vida do planeta é uma<br />

tarefa de todos os seres humanos. O ar puro e a água<br />

limpa são fundamentais para nossa sobrevivência.<br />

Desperdiçar: gastar<br />

sem proveito;<br />

esbanjar.<br />

Mas, para que o ar e a água continuem puros e limpos, é preciso haver<br />

árvores, florestas e cuidar melhor da natureza. O papel que usamos todos os<br />

dias é feito de celulose, que é extraída da madeira das árvores.<br />

Uma das contribuições que todos nós podemos dar ao planeta é não<br />

desperdiçar papel.


Por exemplo, devemos utilizar os dois lados da folha de papel para escrever,<br />

rascunhar ou imprimir. É um modo de aproveitar melhor o papel.<br />

Pensando nisso, vamos fazer uma atividade que vai envolver toda a turma. Para<br />

realizá-la, você precisará de:<br />

• sacos de lixo ou sacolas plásticas de supermercado;<br />

• um lugar para guardar esses sacos de lixo ou as sacolas.<br />

1º- passo – Durante quatro dias, todos os alunos da<br />

turma deverão colocar os papéis usados,<br />

que seriam jogados no lixo, separados<br />

nesses sacos de lixo.<br />

Atenção: só os papéis usados, mas<br />

“limpos”. Não pode ser papel de bala,<br />

doces, lanches e guardanapos.<br />

2º- passo – No quinto dia, os alunos devem verificar<br />

a quantidade de papel colocada nesses<br />

sacos e a quantidade de sacos usados.<br />

3º- passo – Na semana seguinte, os alunos devem<br />

repetir os passos anteriores. Mas, dessa<br />

vez, o objetivo de todos será diminuir a<br />

quantidade de sacos e de papel jogada<br />

no lixo.<br />

Essa é uma experiência que mostrará o<br />

desperdício de papel e, principalmente, que,<br />

quando nos empenhamos em fazer alguma coisa,<br />

o resultado pode ser muito bom.<br />

Vocês podem propor um desafio para outras<br />

turmas da escola. Contar para elas a experiência<br />

e ver qual das turmas consegue economizar mais<br />

papel na segunda semana.<br />

Bom trabalho!<br />

Vamos ajudar a preservar a natureza!<br />

Adelmo Naccari<br />

Adelmo Naccari<br />

145


Divulgação<br />

Divulgação<br />

146<br />

Indicação<br />

de leituras<br />

complementares<br />

Lenice Gomes. Escuta só...: o que é? O que é?<br />

São Paulo: Cortez, 2004. (Adivinhas de brincar).<br />

Quem nunca brincou com adivinhas pode começar agora,<br />

com muita poesia e bom humor. É só perguntar: o que é, o<br />

que é? Por meio de brincadeiras infantis, parlendas, trava­<br />

­línguas, trechos de músicas folclóricas somos levados a<br />

responder várias adivinhas.<br />

Maísa Zakzuk. A árvore da família.<br />

São Paulo: Panda Books, 2008.<br />

Conhecer a história de nossa família pode ser uma<br />

tarefa bastante complicada! Contudo, nesse livro a<br />

autora explica como tornar essa pesquisa algo simples<br />

e prazeroso.<br />

Daniel Munduruku. Coisas de índio: versão infantil.<br />

São Paulo: Callis, 2004.<br />

Daniel Munduruku, autor desse bonito panorama sobre as<br />

comunidades indígenas do Brasil, é índio e gosta de ser índio.<br />

Coisas de Índio é um livro para pesquisa, sobre a cultura e a<br />

história dos povos indígenas, acessível, interessante e muito<br />

atraente.<br />

Divulgação


Divulgação<br />

Daniel Munduruku. Histórias de índio.<br />

São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1999.<br />

Com várias histórias, somos convidados a conhecer mais o<br />

universo indígena brasileiro. Por exemplo, em “O menino que<br />

não sabia sonhar”, conhecemos Kaxi, um garoto como outro<br />

qualquer, exceto pelo fato de o pajé tê­lo escolhido como<br />

seu sucessor. A obra traz desenhos de crianças indígenas e<br />

fotos de aldeias mundurukus.<br />

Aroldo Macedo. Luana: capoeira e liberdade.<br />

São Paulo: FTD, 2007.<br />

Cafindé, o lindo lugar onde Luana mora, é um remanescente de<br />

quilombo. Lá, todos são contagiados pela alegria, menos o velho<br />

Atino, que vive solitário e distante, no alto de um morro. Um dia,<br />

Luana visita Atino e fica sabendo que sua tristeza, muito antiga,<br />

é fruto da perda de um objeto querido: um berimbau que havia<br />

pertencido a seu avô, construído com os restos do casco de um<br />

navio negreiro. Então, Luana decide ajudar seu amigo e parte em<br />

busca do instrumento perdido. Para isso, ela toca seu berimbau<br />

mágico e viaja no tempo para a Cafindé de décadas atrás.<br />

Ilma Maria Canauna; Fábio Cardoso dos Santos. Histórias<br />

que a menina-serpente contou. São Paulo: Cortez, 2007.<br />

Neste livro, as seis lendas que a menina­serpente contou são<br />

histórias sobre costumes e a criação das espécies que habitam<br />

o nosso mundo, da África, de Titã, do reino de Burundi e da<br />

própria Terra. Foi Ecubu, a menina­serpente, que anotou o<br />

destino de tudo e de todos os seres do mundo. É assim que os<br />

mitos africanos surgiram.<br />

Divulgação<br />

Divulgação<br />

147


Divulgação<br />

Arthur Nestrovski. Histórias de avô e avó. São Paulo:<br />

Companhia das Letrinhas, 1998. (Memória e<br />

História).<br />

Arthur conta, neste livro, histórias de sua família, formada<br />

por imigrantes russos de origem judaica. Como aquela<br />

vez em que vó Luísa, ainda menina, levou uma corrida<br />

de um touro, ou quando vô Felipe comprou um carro<br />

e, mesmo sem saber dirigir, resolveu que ia fazer o<br />

automóvel andar de qualquer jeito...<br />

Michel Le Duc; Nathalie Tordjman. A cidade em<br />

pequenos passos. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong><br />

Nacional, 2006.<br />

Atualmente, três quartos dos habitantes de países ricos<br />

vivem em cidades. Nos países mais pobres, as aglomerações<br />

crescem em um ritmo acelerado. Cada cidade tem sua própria<br />

história, forma e personalidade; todas têm a particularidade<br />

de concentrar pessoas que ali trabalham. Cidades, você<br />

também conhece algumas pequenas ou grandes. Qual é a<br />

cidade ideal para você? Este livro vai ajudar a imaginá­la.<br />

148<br />

Ruth Rocha. A rua do Marcelo. São Paulo:<br />

Salamandra, 200<strong>1.</strong><br />

As ruas por onde circulamos todos os dias são espaços<br />

públicos, ou seja, pertencem a todos. As ruas são diferentes,<br />

têm características próprias e as pessoas vivem diferentes<br />

experiências nesses locais. Vamos conhecer um pouco da<br />

vida de Marcelo e sua rua.<br />

Divulgação<br />

Divulgação


Divulgação<br />

Divulgação<br />

Sylvie Girardet; Puig Rosado. Viva a cidadania! São Paulo:<br />

Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2007. (Pequeno Cidadão).<br />

Por meio de cinco pequenas fábulas, os pintinhos, o elefante<br />

e seus companheiros nos mostram como a solidariedade, o<br />

respeito e a gentileza tornam essa coabitação possível e agradável.<br />

Com eles descobrimos as instituições de nosso país, os Direitos<br />

Humanos e das Crianças e aprendemos a respeitar o planeta. Uma<br />

oportunidade para pequenos e grandes cidadãos discutirem e<br />

aprenderem juntos.<br />

Fábia Terni. A caminho da escola.<br />

São Paulo: Studio Nobel, 1997.<br />

Quais são os meios de transporte que crianças de diferentes<br />

regiões de nosso país utilizam para chegar à escola? Vamos<br />

descobrir? Com texto leve, bem­humorado e ilustrações<br />

bonitas, divertidas e muito coloridas visitamos algumas<br />

paisagens brasileiras.<br />

José Roberto Luchetti. Alberto: do sonho ao voo. São<br />

Paulo: Scipione, 2005.<br />

Santos Dumont, quando criança, era mestre em fazer e<br />

empinar pipas e sonhava que, assim como os pássaros, o<br />

homem também poderia voar. Depois de crescido, mudou­<br />

­se para Paris, a fim de estudar mecânica. E foi em Paris que<br />

se dedicou como ninguém a construir suas máquinas de<br />

voar. Voar, então, foi só uma questão de tempo.<br />

Brita Granström; Mick Manning. Reciclagem: a<br />

aventura de uma garrafa. São Paulo: Ática, 2008.<br />

Vamos acompanhar o que pode acontecer quando uma<br />

garrafa é lançada ao mar. O que acontece com esse lixo? Que<br />

consequências traz para nossas vidas? Os autores explicam<br />

a importância do processo de reciclagem e mostram alguns<br />

dos destinos que podem ser dados a uma garrafa assim que<br />

é descartada.<br />

149<br />

Divulgação<br />

Divulgação


150<br />

Referências<br />

bibliográficas<br />

ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas de aprender. Porto Alegre: Artmed, 2002.<br />

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BORGES, Vavy Pacheco. O que é História. 12. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.<br />

BUENO, Eduardo. Brasil, uma história: a incrível saga de um país. 2. ed. São Paulo: Ática, 2003.<br />

CARR, Edward Hallet. Que é História? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.<br />

COLL, César; MARTÍN, Elena. Aprender conteúdos & desenvolver capacidades. Porto Alegre: Artmed,<br />

2003.<br />

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. 10. ed. São Paulo: Cortez; Unesco, 1999.<br />

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Autêntica, 1998.<br />

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FERRO, Marc. História das colonizações. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.<br />

FRANCHINI, A. S.; SEGANFREDO, Carmen. As 100 melhores histórias da mitologia: deuses, heróis,<br />

monstros e guerras da tradição greco ­romana. 9. ed. Porto Alegre: L&PM, 2007.<br />

FRIEDMANN, Adriana. A arte de brincar. São Paulo: Scritta, 1998.<br />

______. Brincar: crescer e aprender. O resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996.<br />

HILSDORF, Maria Lúcia Spedo. Pensando a educação nos tempos modernos. São Paulo: Edusp, 1998.<br />

HOLANDA FERREIRA, Aurélio Buarque de. Novo Dicionário Aurélio da língua portuguesa. 3. ed.<br />

Curitiba: Positivo, 2004.<br />

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 16. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1983.


IMBERNÓN, Francisco (Org.). A educação no século XXI: os desafios do futuro imediato. Porto Alegre:<br />

Artmed, 2000.<br />

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LE GOFF, Jacques. A História nova. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 200<strong>1.</strong><br />

MACHADO, Marina Marcondes. O brinquedo ‑sucata e a criança: a importância do brincar. 2. ed. São<br />

Paulo: Loyola, 1995.<br />

MARTINS, José de Souza. O cativeiro da terra. São Paulo: Hucitec, 2004.<br />

MORIN, Edgar. A cabeça benfeita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand<br />

Brasil, 2000.<br />

______. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília: Unesco, 2000.<br />

MOYLES, Janet R. et al. A excelência do brincar. Porto Alegre: Artmed, 2005.<br />

NOVAIS, Fernando A.; ALENCASTRO, Luiz Felipe de (Org.). História da vida privada no Brasil: Império. São<br />

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______; SCHWACZ, Lilia Moritz (Org.). História da vida privada no Brasil: contrastes da intimidade<br />

contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.<br />

______; SEVCENKO, Nicolau (Org.). História da vida privada no Brasil: República, da belle époque à Era do<br />

Rádio. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.<br />

______; SOUZA, Laura de Mello e (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na<br />

América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.<br />

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.<br />

PERRENOUD, et al. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio<br />

da avaliação. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.<br />

PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo, sonho, imagem e representação. Rio de<br />

Janeiro: Jorge Zahar, 197<strong>1.</strong><br />

PINHEIRO, Paulo Sérgio (Coord.). Trabalho escravo, economia e sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra,<br />

1984.<br />

PRADO JR., Caio. Evolução política do Brasil: colônia e império. 13. ed. São Paulo: Brasiliense, 1983.<br />

RONCA, Paulo Afonso Caruso; TERZI, Cleide do Amaral. A prova operatória: contribuições da Psicologia<br />

do Desenvolvimento. São Paulo: Instituto Esplan, 199<strong>1.</strong><br />

SCHAFF, Adam. História e verdade. São Paulo: Martins Fontes, 1978.<br />

SILVA, Hélio. O primeiro século da República. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1987.<br />

151


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SODRÉ, Nelson Werneck. Formação histórica do Brasil. 14. ed. Rio de Janeiro: Graphia, 2002.<br />

TIRAPELI, Percival. Arte colonial: barroco e rococó. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2006. (Arte<br />

brasileira).<br />

______. Arte imperial: do neoclássico ao ecletismo. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2006. (Arte<br />

brasileira).<br />

______. Arte indígena: do pré ­colonial à contemporaneidade. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional,<br />

2006. (Arte brasileira).<br />

______. Arte moderna e contemporânea: fi guração, abstração e novos meios. São Paulo: Companhia<br />

<strong>Editora</strong> Nacional, 2006. (Arte brasileira).<br />

______. Arte popular. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2006. (Arte brasileira).<br />

VERGER, Pierre Fatumbi; LODY, Raul (Org.). Texto de Maria da Penha B. Youssef. A vida em sociedade.<br />

São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2005. (Olhar e ver).<br />

______. Crianças. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2005. (Olhar e ver).<br />

______. Infl uências. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2005. (Olhar e ver).<br />

______. O mundo do trabalho. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2005. (Olhar e ver).<br />

VIEIRA, Evaldo. Estado e miséria social no Brasil: de Getúlio a Geisel. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1987.<br />

VIGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos<br />

superiores. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.<br />

ZABALA, Antoni. Como trabalhar os conteúdos procedimentais em aula. 2. ed. Porto Alegre:<br />

Artmed, 1999.<br />

152<br />

José Luis Juhas


ISBN 978-85-342-2895-4<br />

9 788534 228954<br />

BI22895


HISTÓRIA<br />

Márcia Cristina Hipólide<br />

É graduada em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.<br />

Tem formação em Psicanálise. Durante mais de vinte anos foi professora de História no<br />

Ensino Fundamental e Médio das redes pública e privada. É autora de livros didáticos<br />

para o Ensino Fundamental. Trabalha com ofi cinas e assessoria pedagógica para escolas<br />

e professores do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.<br />

Mirian Gaspar<br />

É fonoaudióloga formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.<br />

É formada em Pedagogia pela Universidade de São Paulo. Trabalha há 25 anos com<br />

crianças e jovens com problemas de alfabetização, leitura e escrita e distúrbios<br />

de aprendizagem. Foi professora e coordenadora em Educação Infantil e Ensino<br />

Fundamental. Trabalha com ofi cinas e assessoria pedagógica para escolas e professores<br />

de Educação Infantil e Ensino Fundamental.<br />

2 a edição – São Paulo – 2011<br />

3 0<br />

ANO<br />

HISTÓRIA<br />

ensino<br />

fundamental


Prezado professor,<br />

Este manual foi concebido para que você tenha a possibilidade de ampliar<br />

suas reflexões sobre o processo de ensino e aprendizagem da História nos anos<br />

iniciais do Ensino Fundamental.<br />

O manual pode ser considerado um guia para que a coleção seja melhor<br />

utilizada.<br />

Nele, além de uma análise teórica sobre a concepção de História presente<br />

na coleção, você encontrará sugestões de livros acadêmicos relacionados aos<br />

diferentes assuntos ligados à História do Brasil, bem como textos teóricos sobre<br />

novas abordagens pedagógicas, que incluem avaliação e sugestões de atividades<br />

interdisciplinares.<br />

Este manual apresenta também orientações de como o livro pode ser utilizado<br />

e atividades de ampliação que podem funcionar como exercícios complementares<br />

ou, em alguns casos, como sugestões para a organização de uma<br />

avaliação. Nas atividades de ampliação também sugerimos, brincadeiras (especialmente<br />

para o 2 o e o 3 o anos) e atividades culturais fora da sala de aula que<br />

visam a complementar o processo de ensino e aprendizagem.<br />

Na leitura do manual, será possível perceber que existe uma coerência entre<br />

a concepção de História e os pressupostos pedagógicos que norteiam a coleção.<br />

Além disso, o professor conhecerá os objetivos de cada seção que compõe<br />

a estrutura dos livros.<br />

Nossa proposta apoia-se numa visão dialética de educação, em que o processo<br />

de ensino e aprendizagem se dá por meio da reflexão, da discussão e da<br />

ação conjunta das crianças e de você, professor, visando à construção do conhecimento.<br />

As autoras<br />

3


Sumário<br />

Orientações gerais<br />

Introdução ................................................................................................................................................... 6<br />

Concepção de História ........................................................................................................................ 6<br />

Ética e cidadania ...................................................................................................................................... 9<br />

Eixo temático ............................................................................................................................................ 9<br />

Proposta pedagógica ......................................................................................................................... 10<br />

Conceito de avaliação ........................................................................................................................ 12<br />

Estrutura da coleção ........................................................................................................................... 16<br />

Algumas considerações ................................................................................................................... 18<br />

Orientações específicas para o 3o ano<br />

Unidade 1 – Família ......................................................................................................21<br />

Capítulo 1 – A história da sua família (página 12) ..................................................... 22<br />

Capítulo 2 – Famílias no Brasil (página 24) .................................................................... 26<br />

Capítulo 3 – Outras famílias brasileiras (página 42) ................................................. 32<br />

Unidade 2 – Onde vivemos .......................................................................................35<br />

Capítulo 1 – Bairros e cidades (página 62) ..................................................................... 35<br />

Capítulo 2 – Algumas cidades brasileiras (página 74) ............................................ 38<br />

Capítulo 3 – As cidades e os cidadãos (página 83) .................................................. 39<br />

Unidade 3 – Encurtando caminhos ........................................................................41<br />

Capítulo 1 – No céu (página 90) .......................................................................................... 42<br />

Capítulo 2 – No mar e na terra (página 96) ................................................................... 45<br />

Capítulo 3 – As cidades em movimento (página 108) ........................................... 48<br />

Unidade 4 – O trabalho e as cidades ......................................................................50<br />

Capítulo 1 – Formas de trabalho em algumas cidades (página 120) ........... 51<br />

Capítulo 2 – O trabalho nas áreas urbanas (página 129) ...................................... 52<br />

Capítulo 3 – O trabalho na escola (página 140) ......................................................... 55<br />

5


Introdução<br />

Objetivos gerais de História para o Ensino<br />

Fundamental<br />

A coleção foi pensada com o objetivo de<br />

contribuir para que a criança que cursa os anos<br />

iniciais do Ensino Fundamental possa identificar e<br />

compreender sua realidade histórica e, com isso,<br />

consiga posicionar-se, fazer escolhas e agir criteriosamente<br />

em seu meio social.<br />

A estrutura e o conteúdo da coleção garantem<br />

à criança: identificar o grupo social em que<br />

vive e valorizar sua importância dentro dele; estabelecer<br />

relações com base em semelhanças e diferenças<br />

existentes entre seu grupo e outros, em<br />

diferentes tempos e espaços; entender as particularidades<br />

de outros grupos que vivem ou viveram<br />

de maneiras diferentes; posicionar-se como sujeito<br />

de sua história e reconhecer os sujeitos históricos<br />

de diferentes tempos.<br />

Dentro desse contexto, a coleção valoriza: a<br />

observação do que muda e do que permanece<br />

em situações cotidianas diversas; a construção<br />

do espaço da cidadania e da diversidade humana<br />

presente no contexto de uma sala de aula; as<br />

diferentes situações em que ocorre a aprendizagem<br />

por meio de diversos recursos, como leituras,<br />

análise de imagens, expressões artísticas (música,<br />

poesia, pintura e arquitetura); a compreensão do<br />

indivíduo por si só e inserido no grupo; e o fortalecimento<br />

de valores como cooperação, solidariedade,<br />

respeito, amizade e responsabilidade.<br />

6<br />

Orientações<br />

gerais<br />

A coleção, portanto, parte de princípios presentes<br />

nos Parâmetros Curriculares Nacionais –<br />

PCNs – referentes ao 2º, 3º, 4º e 5º anos do Ensino<br />

Fundamental e procura colocá-los em prática por<br />

meio de ações propostas nos livros.<br />

Esperamos que a coleção contribua de maneira<br />

efetiva para a formação de sujeitos históricos<br />

conscientes, solidários e responsáveis. Que cada<br />

livro seja mais uma ferramenta capaz de oferecer<br />

à criança oportunidades reais de desenvolvimento<br />

sócio-cognitivo.<br />

Concepção de História<br />

“[...] Com efeito, embora postule a necessidade<br />

de uma reflexão teórica, a história<br />

nova não depende de nenhuma ortodoxia<br />

ideológica. Ao contrário, ela afirma a fecundidade<br />

das múltiplas contribuições, a pluralidade<br />

dos sistemas de aplicação para além<br />

da unidade da problemática.<br />

Ela pretende ser uma história escrita por<br />

homens livres ou em busca de liberdade, a<br />

serviço dos homens em sociedade. Ela se<br />

inscreve também na longa duração – longe<br />

das modas ou das novidades efêmeras de<br />

circunstâncias. Gostaria de deixar, enfim,<br />

num tom de otimismo e modéstia, a última<br />

palavra a Marc Bloch: ‘A história não é<br />

apenas uma ciência em marcha. Também é<br />

uma ciência na infância’.”<br />

Jacques Le Goff. A História nova. São Paulo: Martins<br />

Fontes, 200<strong>1.</strong>


O texto acima foi extraído do livro A História<br />

Nova do historiador francês Jacques Le Goff e reflete<br />

parte da corrente historiográfica conhecida<br />

como “Nova História” ou “História das mentalidades”<br />

que tem como alguns de seus expoentes historiadores<br />

como Marc Bloch, Lucien Febvre, Ferdinand<br />

Braudel e o próprio Jacques Le Goff.<br />

O movimento da nova história teve inicio em<br />

1929 com a criação da revista Annales, organizada<br />

por Marc Bloch e Lucien Febvre e, tinha como proposta<br />

promover debates sobre temas pertinentes<br />

à ciência histórica e seus rumos.<br />

Dos vários aspectos teóricos e metodológicos<br />

que norteiam a concepção da Nova História,<br />

destacamos dois, exatamente aqueles que provocaram<br />

transformações substanciais nas pesquisas<br />

sobre o que deve ser considerado no fazer cientifico<br />

da história: fato e sujeito históricos.<br />

Em linhas gerais, na concepção da Nova História,<br />

todos os fatos que revelam as maneiras de<br />

pensar, de organizar, de produzir e de agir dos seres<br />

humanos devem ser considerados como fatos<br />

históricos. Esse pressuposto amplia o conceito de<br />

sujeito histórico, pois todos os seres humanos em<br />

diferentes tempos são protagonistas do pensamento<br />

e das ações que revelam a mentalidade da<br />

realidade em que vivem ou viveram.<br />

Os conceitos de fato e sujeito históricos na<br />

abordagem da Nova História dão à ciência um<br />

caráter dinâmico, pois parte-se de uma metodologia<br />

que considera o conhecimento das mentalidades<br />

do presente fundamental para despertar<br />

o interesse pelo passado, isto é, a investigação<br />

sobre a maneira de viver dos seres humanos no<br />

presente amplia a importância e dá significado<br />

ao passado.<br />

Por meio desse método é possível identificar<br />

o que mudou, o que permaneceu, as semelhanças<br />

e as diferenças nas mais diversas forma de<br />

pensar, produzir, agir e organizar dos diferentes<br />

grupos humanos.<br />

Além disso, partir do presente em busca do<br />

passado alinha a história ao desenvolvimento<br />

das outras ciências. Não limita a pesquisa apenas<br />

a documentos escritos oficiais e, com isso, toda<br />

a produção literária e artística, as manifestações<br />

religiosas ou de religiosidade, todos os meios de<br />

comunicação, as formas de organização dos sistemas<br />

políticos, econômicos e sociais, as estatísticas,<br />

enfim todas as fontes que fornecem dados<br />

sobre a mentalidade de sociedades humanas em<br />

diferentes tempos são fundamentais como documentos.<br />

Tais fontes, necessariamente, incluem a<br />

maioria dos seres humanos na ação, dando-lhes<br />

voz e a autoria dos fatos. Como o próprio Le Goff<br />

ressalta: “[...] Ela pretende ser uma história escrita<br />

por homens (ser humano) livres ou em busca de<br />

liberdade, a serviço dos homens (ser humano) em<br />

sociedade [...]”.<br />

É importante ressaltar que essa concepção<br />

não é aceita ou reconhecida pela totalidade dos<br />

historiadores e, muitas vezes tem sido alvo de<br />

inúmeras críticas, especialmente aquelas que<br />

vêm de historiadores identificados com a “história<br />

tradicional” amparados teoricamente pelo<br />

positivismo.<br />

As metodologias propostas pela Nova História<br />

subvertem a concepção tradicional. Segundo<br />

a tradição, a história é uma ciência estática, de<br />

caráter narrativo. Os fatos, para serem considerados<br />

históricos precisam estar identificados com<br />

ações que foram importantes para transformar<br />

ou manter estruturas políticas, econômicas, sociais,<br />

religiosas e culturais de épocas determinadas.<br />

Pesquisar e interpretar tais fatos no passado<br />

de maneira linear é uma das principais atividades<br />

dos historiadores. Os sujeitos históricos são aqueles<br />

que estiveram diretamente envolvidos nesses<br />

processos de transformação ou de manutenção<br />

de tais estruturas. Governantes, chefes militares e<br />

religiosos, navegadores, descobridores ou grupos<br />

sociais dominantes representantes de correntes<br />

ideológicas são os protagonistas da ação. Dessa<br />

forma, a maioria dos seres humanos fica à margem<br />

do processo histórico.<br />

As fontes históricas ficam restritas a documentos<br />

escritos oficiais e a análises dependentes<br />

da relação entre causa e consequência. Ciências<br />

como a Antropologia, a Geografia e a Sociologia<br />

são consideradas “auxiliares” da História.<br />

O historiador Edward Carr em seu livro O que<br />

é história? define da seguinte forma o trabalho<br />

do historiador que se vale do método tradicional:<br />

“[...] consiste num corpo de fatos verificados.<br />

7


Os fatos estão disponíveis para os historiadores<br />

nos documentos, nas inscrições e assim por<br />

diante, como peixes na tábua do peixeiro. O historiador<br />

deve reuni-los, depois levá-los para casa,<br />

cozinhá-los, e então servi-los da maneira que o<br />

atrair mais [...]”.<br />

A Nova História não se caracteriza por ser mais<br />

um modismo, mas sim, uma abordagem diferente<br />

composta por métodos e conceitos. Desse modo,<br />

não cabe a seus teóricos e pesquisadores ignorar<br />

toda a contribuição das pesquisas e estudos da<br />

abordagem tradicional. Todas elas são fundamentais<br />

não apenas para a nova história, como também<br />

para todos os estudos que permitam que a<br />

ciência de fato evolua no sentido de compreender<br />

as idas e vindas das ações humanas para que<br />

a humanidade possa, em cada tempo, enfrentar<br />

seus desafios.<br />

A coleção adota como concepção a Nova<br />

História por compartilhar da convicção de que o<br />

estudo do passado da humanidade só tem significado<br />

se partirmos de uma análise minuciosa do<br />

presente, e se nesse presente o indivíduo se reconhecer<br />

como protagonista do pensamento, da<br />

organização e da ação em conjunto com outros<br />

seres humanos nas mais diferentes situações sociais<br />

(família, escola, trabalho etc.).<br />

A coleção procura aproximar-se ao máximo<br />

das metodologias propostas pela Nova História<br />

por meio de textos, imagens e atividades que<br />

estimulem os alunos a identificar o presente e a<br />

realidade que os cerca levando em consideração<br />

toda a diversidade. Com base nisso, espera-se<br />

despertar o interesse pelo conhecimento do passado,<br />

para que possam observar e compreender o<br />

que mudou e o que permaneceu; as semelhanças<br />

e as diferenças existente entre a realidade que vivenciam<br />

e a de outras sociedades humanas, em<br />

diferentes tempos e espaços, especialmente no<br />

que diz respeito às formas de pensar, se organizar<br />

e agir.<br />

Ao adotar a concepção da Nova História, a<br />

coleção acredita contribuir para o processo de<br />

formação de cidadãos conscientes de sua realidade,<br />

estimulados pelo desejo de conhecer não<br />

apenas a História, mas todas as ciências que as<br />

possibilitem enfrentar os desafios do século XXI<br />

8<br />

e, principalmente, pela construção de uma sociedade<br />

humana cada vez mais justa, igualitária,<br />

responsável pelo planeta e mais tolerante com a<br />

diversidade.<br />

Portanto, para esta coleção, isso só é possível<br />

se as crianças se reconhecerem como sujeitos<br />

históricos ativos e aprenderem cada vez<br />

mais a reconhecer e valorizar os diferentes modos<br />

de viver da humanidade no presente e no<br />

passado, de maneira crítica e responsável, distanciando-se<br />

de julgamentos que promovam a<br />

marginalização, a segregação e qualquer tipo de<br />

preconceito.<br />

Conceito de tempo<br />

A coleção considera o conceito de tempo um<br />

dado muito abstrato, especialmente para crianças<br />

que cursam os anos iniciais do Ensino Fundamental.<br />

Por isso, a coleção se propõe a construir tal<br />

conceito de forma gradual e paulatina, até porque,<br />

também considera que esse conceito acompanha<br />

os estudantes nos anos subsequentes de<br />

forma mais complexa.<br />

Tempo cronológico<br />

A coleção inicia a construção de tempo com<br />

o cronológico, centrado na realidade da criança,<br />

em seu cotidiano. Essa coletânea entende que o<br />

tempo cronológico é o das horas, dos dias, das<br />

semanas, dos meses e dos anos. Também desenvolve<br />

a ideia de que o tempo é uma criação humana<br />

importante para os diferentes povos, com<br />

a finalidade de organizar tarefas, produção agrícola<br />

e vida dos grupos humanos.<br />

Esse início de construção do conceito de<br />

tempo está presente na observação de vivências<br />

– como o nascimento e amadurecimento das<br />

pessoas, o movimento dos fenômenos naturais<br />

(tempo biológico) e a reflexão sobre a sucessão<br />

do dia e da noite (tempo astronômico).<br />

Tempo histórico<br />

Nesta coleção, o tempo histórico é definido<br />

como aquele que estabelece a comunicação entre<br />

o presente e o passado. Por meio dele, é possível<br />

para a criança relacionar, comparar e compreender<br />

as maneiras de pensar, organizar, produzir e


agir dos grupos humanos nos diferentes momentos<br />

históricos.<br />

O processo de construção do tempo histórico<br />

ocorre de forma gradual. No livro do 2º ano, especificamente<br />

no Capítulo 3 da Unidade 2, as crianças<br />

começam a construir esse conceito por meio<br />

da reflexão sobre as características de seu tempo<br />

de criança, a partir de brincadeiras, de atividades<br />

etc. Paralelamente, os alunos entram em contato<br />

com outras crianças que vivem no mesmo tempo<br />

em que elas, mas de maneira diferente, para<br />

que desenvolvam o conceito de simultaneidade.<br />

Em seguida, entram em contato com a maneira<br />

de viver de outras que viveram no passado, o que<br />

contribui para a construção do conceito de anterioridade.<br />

Nos livros da coleção, a construção do conceito<br />

de tempo histórico vai se adequando ao<br />

grau de abstração de cada faixa etária até o final<br />

do 5º ano, incluindo a ideia de posteridade.<br />

O conceito de tempo histórico está assim inscrito<br />

numa das propostas dos PCNs.<br />

“O tempo histórico pode ser dimensionado<br />

diferentemente, considerado em<br />

toda sua complexidade, cuja dimensão o<br />

aluno apreende paulatinamente. O tempo<br />

pode ser apreendido a partir de vivências<br />

pessoais, pela intuição, como no caso do<br />

tempo biológico (crescimento, envelhecimento)<br />

e do tempo psicológico interno<br />

dos indivíduos (ideia de sucessão, de mudança).<br />

E precisa ser compreendido, também,<br />

como um objeto de cultura, um objeto<br />

social construído pelos povos, como<br />

no caso do tempo cronológico e astronômico<br />

(sucessão de dias e noites, de meses<br />

e séculos).”<br />

Parâmetros curriculares nacionais: história, geografia.<br />

Secretaria de Educação Fundamental. –<br />

Brasília: MEC/SEF, 1997. p. 30.<br />

Ética e cidadania<br />

A concepção de história da coleção valoriza,<br />

nos quatro volumes, os compromissos da criança<br />

com a ética e a cidadania na medida em que ela<br />

é levada a pensar em suas ações, com base em<br />

pressupostos como confiança, solidariedade e tolerância.<br />

Além disso, incentiva-se análises no sentido<br />

de fortalecer as relações sociais e reconhecer<br />

seus direitos e suas responsabilidades como cidadão<br />

do mundo.<br />

Podemos aqui citar alguns exemplos de cada<br />

um dos livros que confirmam essas intenções:<br />

Livro 2: Unidade 2 – Tempo, tempo, tempo,<br />

Capítulo 3, quando o aluno entra em contato com<br />

seus direitos e analisa a música Criança não trabalha.<br />

Livro 3: neste livro existem vários exemplos,<br />

dos quais destacamos questões como o direito à<br />

moradia, os direitos das crianças, as regras de trânsito,<br />

o direito à educação, à saúde e ao lazer.<br />

Livro 4: o respeito à diversidade, quando se<br />

trabalha a formação do povo brasileiro.<br />

Livro 5: o conceito de viver em um país livre; a<br />

reflexão sobre a identidade brasileira; a importância<br />

da Constituição e de sua construção; o valor<br />

que deve ser atribuído à saúde no tocante à prevenção<br />

de doenças.<br />

Eixo temático<br />

A coleção tem como eixo temático a tríade<br />

sociedade, trabalho e cultura. Esse eixo está presente<br />

nos quatro livros e apresenta-se de forma<br />

espiral, mantendo a coerência com a concepção<br />

metodológica da Nova História.<br />

A escolha do eixo temático tem a intenção de<br />

possibilitar à criança o conhecimento sobre o que<br />

aconteceu em períodos diferentes da sociedade,<br />

do trabalho e da produção cultural, assim como<br />

contribuir para a valorização, a identificação das<br />

semelhanças e das diferenças; e de relacionar fatos<br />

e situações contextualizadas historicamente e,<br />

acima de tudo, garantir que a criança se identifique<br />

como sujeito histórico que vive em sociedade<br />

e reconheça o mundo do trabalho que a cerca<br />

e sua cultura.<br />

No caso específico da cultura, não há em nenhum<br />

dos livros uma definição explícita, pois consideramos<br />

que esse conceito é extremamente complexo<br />

e abstrato. Os alunos que cursam os anos<br />

iniciais do Ensino Fundamental, estão entre os sete<br />

e dez anos de idade. Nessa fase, a dificuldade em<br />

9


abstrair conceitos é grande. Por isso, optamos em<br />

trabalhar o conceito de cultura, nos quatro livros de<br />

maneira implícita, com noções de hábitos e costumes,<br />

maneira de viver de grupos sociais em diferentes<br />

tempos e situações históricas, com arte etc.<br />

Independentemente disso, nossa definição<br />

de cultura parte do princípio de que ela é um<br />

conjunto de características do ser humano, construídas<br />

a partir de seu nascimento. Tais características<br />

se preservam e se aprimoram à medida que<br />

o ser humano, por intermédio da comunicação,<br />

estabelece relações de cooperação no grupo em<br />

que vive. Algumas correntes filosóficas definem<br />

cultura como tudo aquilo que o ser humano, individualmente<br />

ou em grupo, produz (material<br />

ou espiritualmente) e que transmite através da<br />

comunicação de geração para geração, ou seja,<br />

trata-se de toda a criação humana do sujeito social<br />

da história.<br />

Proposta pedagógica<br />

Nossa proposta pedagógica apresenta um desafio:<br />

entender que o “saber” não pode, nem deve,<br />

ser imposto, é uma ação desejada; não é dado, é<br />

construído em diferentes contextos; não se apresenta<br />

de maneira compartimentada, tem como<br />

foco a integração de vários saberes; não fica na superfície,<br />

no artificial, identifica-se naquilo que é significativo;<br />

não está preso dentro do espaço escolar,<br />

ele se amplia para a vida.<br />

Por acreditar nisso, a coleção tem como proposta<br />

pedagógica um caminho que se aproxima<br />

da construção do conhecimento, pois entende<br />

que um dos maiores desafios da educação é o de<br />

colocar o estudante como protagonista de sua<br />

aprendizagem. Assim, apresenta-se identificada<br />

com a concepção da Nova História, pois o estudante<br />

não fica na posição de mero receptor de<br />

informações organizadas cientificamente, mas assume<br />

a aprendizagem de maneira ativa, visando<br />

à construção do conhecimento. Para isso, utiliza<br />

diversas formas de organização: parte do presente<br />

em busca do passado, com a finalidade de possibilitar<br />

a compreensão das diferentes formas de<br />

viver dos mais diversos grupos humanos no presente<br />

e no passado.<br />

10<br />

A coleção utiliza alguns dos elementos pedagógicos<br />

propostos nos Parâmetros Curriculares<br />

Nacionais do Ensino Fundamental para os anos<br />

iniciais:<br />

<strong>1.</strong> A compreensão dos meios natural e social,<br />

dos sistemas políticos e tecnológicos.<br />

2. A compreensão das artes e dos valores<br />

que sustentam as sociedades.<br />

3. O desenvolvimento de habilidades e capacidades.<br />

4. A formação de atitudes e valores que contribuam<br />

também para fortalecer laços<br />

com a família, comportamentos solidários,<br />

reflexões sobre a diversidade e o exercício<br />

da tolerância, elementos essenciais para a<br />

vida social.<br />

Todos esses aspectos tendem a desenvolver<br />

na criança, de maneira contínua, os conceitos de<br />

ética e cidadania.<br />

O respeito à diversidade e o exercício da tolerância<br />

são construídos por ações do cotidiano<br />

escolar, as quais devem ser ampliadas para a vida<br />

da criança. Colocar-se no lugar do outro, valorizar<br />

diferentes culturas, compreender falhas, conhecer<br />

e reconhecer seus direitos e suas responsabilidades<br />

individuais e na convivência com o grupo, são<br />

atitudes que fortalecem os conceitos de ética e<br />

cidadania.<br />

“Por aprendizagem significativa entende-se<br />

uma aprendizagem que é mais<br />

do que uma acumulação de fatos. É uma<br />

aprendizagem que provoca uma modificação,<br />

tanto no comportamento do indivíduo<br />

como nas suas atitudes e personalidade. É<br />

uma aprendizagem penetrante, que não se<br />

limita a um aumento de conhecimentos,<br />

mas que penetra profundamente em todas<br />

as parcelas de sua existência.”<br />

Carl Rogers. Tornar-se pessoa. São Paulo: Martins<br />

Fontes, 1988.<br />

Para que a proposta pedagógica da coleção<br />

atinja seus objetivos, consideramos fundamental<br />

a aprendizagem significativa, pois entendemos<br />

que ela possibilita à criança conhecer, interpretar<br />

e avaliar a realidade na qual está inserida.


Por meio da aprendizagem significativa, desejamos<br />

que o aluno se transforme como indivíduo,<br />

para que possa perceber a importância do<br />

conhecimento e o utilize como ferramenta para<br />

interferir de maneira positiva em sua realidade,<br />

com o objetivo de enfrentar os desafios que nela<br />

estiverem colocados.<br />

“À educação cabe fornecer, de algum<br />

modo, os mapas de um mundo complexo<br />

e constantemente agitado e, ao mesmo<br />

tempo, a bússola que permite navegar<br />

através dele”.<br />

Jacques Delors (Coord.). Os quatro pilares da<br />

educação. In: Educação: um tesouro a descobrir.<br />

São Paulo: Cortez, 1999.<br />

Nesse sentido a reflexão tem papel importante<br />

na proposta pedagógica. Por isso, aponta para<br />

uma prática pedagógica que respeita o estudante<br />

em sua essência e busca o desenvolvimento cognitivo,<br />

do raciocínio, de um pensar crítico e autônomo.<br />

A coleção apresenta atividades que levam<br />

em consideração a curiosidade natural da criança.<br />

Tais atividades estimulam a investigação, o<br />

diálogo, o questionamento, a dúvida, a imaginação<br />

e a observação da realidade. As atividades<br />

propostas levam os estudantes a buscar soluções,<br />

levantar hipóteses, propor e explorar possibilidades,<br />

concluir e justificar seu raciocínio. Estimulam<br />

a oralidade e instigam a capacidade de<br />

elaborar perguntas.<br />

A coleção entende que a educação que<br />

forma o cidadão e o orienta para o futuro deve<br />

ater-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais,<br />

os “pilares do conhecimento”: aprender<br />

a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver,<br />

aprender a ser.<br />

Esses pilares estão embutidos ao longo de<br />

toda a coleção. Aprender a conhecer, o mesmo<br />

que aprender a aprender, indica o interesse, a busca<br />

do conhecimento; aprender a fazer indica a coragem<br />

de executar, de correr riscos, de enfrentar<br />

situações diversas e trabalhar em equipe; aprender<br />

a conviver aponta para o desafio da convivência,<br />

que apresenta o respeito a todos, desenvolver<br />

a compreensão do outro e o exercício da tolerância,<br />

da solidariedade, do entendimento; aprender<br />

a ser desenvolve a personalidade, os valores, explicita<br />

o papel do cidadão.<br />

O trabalho coletivo é bastante explorado,<br />

pois favorece o desenvolvimento de habilidades<br />

sociais e éticas, já que leva os alunos a interagir e<br />

aprender a conviver e a respeitar opiniões e valores<br />

diferentes dos seus.<br />

Outro aspecto que a proposta pedagógica<br />

aborda é a contextualização: entende-se que<br />

contextualizar é uma estratégia necessária para<br />

a construção de significados. Contudo, a coleção<br />

considera que contextualizar está além da simples<br />

relação com o cotidiano do estudante. Não<br />

é todo conteúdo ou assunto que se pode trazer<br />

para esse cotidiano, muitos conceitos e conteúdos<br />

são contextualizados apenas na própria disciplina.<br />

Os desafios do século XXI chamam a atenção<br />

para o desenvolvimento de indivíduos que apresentem<br />

habilidades voltadas para compreender<br />

sua realidade como um todo, de maneira global.<br />

A interdisciplinaridade surge como uma proposta<br />

para a construção de um conhecimento globalizante,<br />

rompendo com a fragmentação do conhecimento.<br />

“[...] o processo que envolve a integração<br />

e engajamento de educadores,<br />

num trabalho conjunto, de integração<br />

das disciplinas do currículo escolar entre<br />

si e com a realidade, de modo a superar<br />

a fragmentação do ensino, objetivando<br />

a formação integral dos alunos, a fim de<br />

que possam exercer criticamente a cidadania,<br />

mediante uma visão global de<br />

mundo e serem capazes de enfrentar os<br />

problemas complexos, amplos e globais<br />

da realidade atual”.<br />

Heloisa Luck. Pedagogia interdisciplinar – fundamentos<br />

teórico-metodológicos. São Paulo: Vozes,1994.<br />

O conceito de interdisciplinaridade desenvolvido<br />

por Heloisa Luck nos aponta que um projeto<br />

interdisciplinar deve ser uma opção pedagógica<br />

11


da escola. Assim, a coleção não tem a pretensão<br />

de interferir nessa opção, mas traz, em momentos<br />

pontuais, sugestões de atividades interdisciplinares,<br />

buscando integrar conteúdos e conceitos de<br />

outras disciplinas escolares.<br />

A proposta pedagógica da coleção tenta<br />

aproximar-se ao máximo do que há de mais inovador<br />

na área pedagógica com a finalidade de<br />

contribuir com a qualidade do trabalho do professor<br />

e com o desenvolvimento humano do estudante.<br />

Conceito de avaliação<br />

A coleção parte do princípio que ser avaliado<br />

é, antes de qualquer coisa, um direito do aluno.<br />

Nessa perspectiva, a avaliação está distante<br />

de ser um instrumento de medir a aquisição do<br />

conhecimento. Por isso, ela pode e deve ocorrer<br />

em todas as oportunidades que surgem no processo<br />

de ensino e aprendizagem, exatamente<br />

porque a coleção considera que o que está sendo<br />

avaliado é como se dá a aprendizagem dentro<br />

de um contexto que envolve vários saberes.<br />

Entende-se que nas situações de avaliação é<br />

preciso verificar as capacidades desenvolvidas pelos<br />

alunos, como observar, classificar, ordenar, interpretar,<br />

refletir, imaginar, reconstruir, representar,<br />

comparar, criticar, interferir, decidir...<br />

A coleção compreende que tais capacidades<br />

representam as modalidades estruturais da inteligência<br />

humana, e reflete momentos em que a<br />

criança pode revelar como estabelece relações<br />

entre objetos, situações, pessoas etc.<br />

Pelo desenvolvimento constante dessas capacidades,<br />

o aluno, no processo de avaliação, tem<br />

a oportunidade real de aperfeiçoar suas habilidades,<br />

entendidas aqui, como algo decorrente das<br />

capacidades e referente ao “saber fazer”.<br />

Essa visão de avaliação tem como principal<br />

desafio conseguir dar outro significado para o papel<br />

desempenhado pelo conhecimento e para o<br />

processo de ensino e aprendizagem. Portanto, a<br />

avaliação deve ser contínua e diversificada. Dessa<br />

forma, o direito de ser avaliado está assegurado ao<br />

aluno. Um debate, uma dramatização, uma ativi-<br />

12<br />

dade escrita, uma leitura de imagens e um desafio<br />

são algumas estratégias para se avaliar.<br />

Utilizando essas diferentes formas de avaliação,<br />

é possível chegar a resultados mais próximos<br />

das questões que envolvem o desenvolvimento<br />

cognitivo e emocional da criança. E, baseando-se<br />

neles, traçar novos caminhos que garantam-lhe a<br />

construção do conhecimento e contribuam para<br />

que se desenvolva, permanentemente, com autonomia,<br />

no caso de avaliações individuais, e com<br />

colaboração e interação, quando as avaliações<br />

ocorrerem em grupo.<br />

Algumas sugestões de diferentes formas<br />

de avaliar<br />

Numa leitura de imagem<br />

Atualmente, a imagem é um importante recurso<br />

que pode ser utilizado no processo da construção<br />

do conhecimento.<br />

A observação de obras de arte, fotografias<br />

ou ilustrações permite ao aluno identificar, reconhecer,<br />

analisar, imaginar e valorizar sensações de<br />

maneira imediata ou com durações mais amplas.<br />

Além desses fatores, numa leitura de imagens,<br />

o aluno poderá reconhecer elementos que<br />

fazem parte de seu cotidiano e dar a eles outro<br />

significado, entendendo o contexto do qual faz<br />

parte.<br />

Para utilizar a leitura de imagem como recurso<br />

de avaliação, é preciso que o grupo já tenha<br />

exercitado esse tipo de atividade em sala de aula<br />

em outras situações de aprendizagem, obedecendo<br />

a critérios como:<br />

<strong>1.</strong> observar a imagem;<br />

2. discutir e registrar quais elementos estão<br />

presentes nela;<br />

3. de que maneira esses elementos estão relacionados<br />

ao tema proposto;<br />

4. interpretar a relação entre a imagem e o<br />

tema;<br />

5. criar outra imagem ou texto que represente<br />

essa relação.<br />

Com esses critérios, a criança pode ser avaliada<br />

levando-se em consideração: observação,<br />

registro, relação, interpretação e a criação, assim


como, a concentração, a percepção e a capacidade<br />

de criticar o significado da proposta.<br />

Numa avaliação escrita que envolva a compreensão<br />

de um texto<br />

A questão da compreensão da linguagem escrita<br />

é outro grande desafio. Já é consenso entre os<br />

especialistas que a leitura, a compreensão e a produção<br />

de textos escritos são de responsabilidade<br />

de todas as áreas e precisam ser apresentados em<br />

contextos reais no processo de aprendizagem e,<br />

que a produção de textos implica também, num<br />

trabalho sistemático da oralidade.<br />

Como sugestão, em uma avaliação que envolva<br />

a compreensão de texto escrito é importante<br />

a observação, a reflexão e a utilização de alguns<br />

critérios:<br />

<strong>1.</strong> o gênero do texto a ser escolhido (poesia,<br />

letra de música, uma narrativa, jornalístico<br />

etc.);<br />

2. que atitude é esperada da criança diante<br />

dessa escolha, aqui também é importante<br />

que esse gênero de texto já tenha sido<br />

trabalhado em outros momentos na sala<br />

de aula;<br />

3. orientar a compreensão com questões<br />

que revelem:<br />

a) levantamento de primeiras ideias e ampliação<br />

do vocabulário<br />

b) elementos que possibilitem a compreensão<br />

dessas ideias<br />

José Luís Juhas<br />

c) elementos que possibilitem a compreensão<br />

dessas ideias dentro de um contexto<br />

mais amplo<br />

d) identificação do tema principal<br />

e) compreensão dos conteúdos atrelados<br />

ao tema principal<br />

4. interpretação do tema e dos conteúdos;<br />

5. possibilidade e espaço para a formulação<br />

da crítica.<br />

Dessa maneira, o aluno terá condições de<br />

desenvolver seu trabalho com texto, utilizando<br />

capacidades e habilidades (observar, classificar,<br />

ordenar, interpretar, refletir, imaginar, comparar,<br />

criticar, interferir e decidir).<br />

Além dessas sugestões de diferentes formas<br />

de avaliar, inserimos neste manual uma Planilha<br />

de Avaliação que visa:<br />

<strong>1.</strong> contribuir no processo de avaliação dos<br />

alunos;<br />

2. auxiliar a observação contínua do desenvolvimento<br />

do aluno no tocante a<br />

situações e conceitos, atitudes e procedimentos<br />

essenciais para a construção do<br />

conhecimento histórico.<br />

Observação: nossa sugestão é que esta planilha<br />

seja reproduzida e utilizada mensalmente,<br />

mas cada professor deverá levar em consideração<br />

sua realidade para melhor utilizá-la.<br />

13


PLANILHA DE AVALIAÇÃO<br />

Nome dos alunos<br />

14<br />

Situações e conceitos Atitudes<br />

Demonstra interesse por novos conhecimentos<br />

Identifica semelhanças e diferenças entre situações, objetos e pessoas<br />

Faz relações entre conhecimentos prévios e os novos conhecimentos<br />

Faz relações entre presente e passado<br />

Faz relações entre o meio ambiente e os seres humanos que ali vivem ou viveram<br />

Faz relações entre os diferentes grupos sociais e o tempo em que vivem ou viveram<br />

Faz relações entre seu grupo social e outros grupos<br />

Identifica e reconhece elementos da sua realidade em imagens<br />

Identifica e reconhece elementos da sua realidade em textos e relatos<br />

Identifica problemas na sua realidade<br />

Percebe-se como parte integrante do seu ambiente social<br />

Valoriza a cultura de seu grupo social<br />

Utiliza de modo organizado seu material pessoal<br />

Traz o material necessário para a escola<br />

Trata com cuidado o seu livro<br />

Participa das atividades espontaneamente<br />

Participa das conversas coletivas<br />

Realiza suas atividades adequadamente<br />

Mantém a concentração nas atividades<br />

Consegue expor suas dúvidas<br />

Tem atitudes adequadas nas atividades em grupo<br />

Coopera nas atividades em grupo<br />

Apresenta suas atividades organizadas e completas<br />

Entrega dentro dos prazos as atividades de casa


PLANILHA DE AVALIAÇÃO<br />

Nome dos alunos<br />

Procedimentos<br />

Faz relatos de experiências vividas<br />

Demonstra clareza nas suas colocações e comentários<br />

Expressa suas opiniões sobre os acontecimentos e fatos<br />

Classifica e ordena informações<br />

Organiza informações<br />

Realiza observações de acordo com roteiro determinado<br />

Faz comparações entre pessoas, objetos, tempos e espaços<br />

Faz a leitura de quaquer imagem com compreensão<br />

Faz a leitura do texto escrito e compreende a mensagem<br />

Faz a leitura de mapas, compreende e retira informações<br />

Registra informações com desenhos, textos, listas e tabelas<br />

Expressa suas idéias com a produção de textos<br />

Demonstra criatividade<br />

Demonstra curiosidade<br />

Participa das atividades que envolvem observação e pesquisa<br />

Contribui no trabalho coletivo com suas ideias e observações<br />

Elabora e responde a perguntas<br />

Levanta hipóteses<br />

Elabora estratégias pessoais diante de uma situação-problema<br />

Relaciona causas e efeitos de atitudes e situações<br />

15


Estrutura da coleção<br />

A coleção tem em sua estrutura elementos<br />

que confirmam a concepção de História e os<br />

pressupostos pedagógicos da obra, assim como<br />

elementos que reforçam o desenvolvimento do<br />

eixo temático “sociedade, trabalho e cultura” da<br />

maneira que expusemos anteriormente.<br />

Os livros da coleção têm quatro unidades<br />

cada uma – com exceção do livro do 5º ano, que<br />

tem cinco unidades –, divididas em três capítulos,<br />

que, por sua vez, estão estruturados em seções.<br />

Vamos conhecê-las.<br />

Abertura da unidade<br />

As unidades de cada livro são iniciadas com<br />

uma ou mais obras de arte, fotografias ou desenhos.<br />

Essas imagens fazem alusão ao tema que<br />

será desenvolvido ao longo dos três capítulos da<br />

unidade.<br />

Com as obras de arte, o professor poderá explorar<br />

a história dos artistas, sua escola, fazer pesquisas<br />

junto com os alunos sobre outras obras do<br />

mesmo autor e propor atividades de releitura de<br />

imagem ou que envolvam pinturas produzidas<br />

pelas crianças, explorando sua criatividade. Além<br />

disso, no final da unidade, poderá rever a obra e<br />

confrontá-la com o tema estudado.<br />

Quando a unidade iniciar com fotografias ou<br />

desenhos, o professor poderá explorar o tempo<br />

retratado pela imagem, focando hábitos e costumes,<br />

comparando-as com a realidade das crianças.<br />

Da mesma maneira que a pintura, o professor<br />

poderá se considerar importante, rever a imagem<br />

ao final da unidade, relacionando-a ao assunto<br />

desenvolvido.<br />

Esse trabalho poderá contribuir para que<br />

o grupo entre em contato com a pintura, situações<br />

específicas de outro tempo, de um passado<br />

distante para ele. Possibilitará, também, a<br />

percepção de o quanto uma obra pode retratar<br />

esse tempo e estabelecer comparações com seu<br />

próprio tempo.<br />

O que sabemos?<br />

Esta seção tem como objetivo apresentar aos<br />

alunos o tema a ser desenvolvido na unidade por<br />

16<br />

meio do levantamento de conhecimentos prévios.<br />

Com ela, o professor deverá fazer uma sondagem<br />

com o grupo e levantar as ideias que os<br />

alunos têm sobre o tema.<br />

Numa proposta pedagógica em que a construção<br />

do conhecimento é uma das ações do<br />

processo de ensino e aprendizagem, torna-se<br />

fundamental que essas primeiras ideias sejam<br />

registradas. Esse registro pode ser utilizado posteriormente,<br />

no final da unidade, como complemento,<br />

comparação e fechamento do processo<br />

de construção do tema trabalhado.<br />

Todas as informações trazidas pelas crianças<br />

devem ser valorizadas até para que elas consigam<br />

fazer uma análise do que sabiam antes do tema<br />

ser trabalhado e do que conseguiram ampliar e<br />

construir com o desenvolvimento do assunto.<br />

Conhecendo mais<br />

É uma seção que pode conter um texto, uma<br />

imagem, um documento histórico, uma atividade<br />

que aprofunde ou traga uma nova informação<br />

acerca do tema que está sendo desenvolvido no<br />

capítulo.<br />

A seção Conhecendo mais é um momento<br />

em que o aluno poderá refletir, individualmente<br />

ou em grupo, sobre outros elementos pertinentes<br />

ao tema em questão. Do ponto de vista pedagógico,<br />

é mais uma etapa da construção do conhecimento<br />

e, apresenta diferentes linguagens e abordagens<br />

sobre o assunto trabalhado.<br />

Explorando o que aprendemos!<br />

A seção Explorando o que aprendemos! é<br />

o momento em que a criança tem a oportunidade<br />

de concretizar aquilo que aprendeu.<br />

Ela se caracteriza por utilizar o conhecimento<br />

estudado na unidade em atividades que podem:<br />

desafiar o raciocínio e a interação do grupo na<br />

ação proposta, valorizar a compreensão leitora e<br />

a criatividade, estimular o trabalho em grupo colocando<br />

em prática os conceitos de cooperação,<br />

solidariedade, responsabilidade etc.<br />

De maneira geral, as atividades apresentadas<br />

nessa seção revelam o quanto a participação<br />

do indivíduo no grupo é fundamental para que<br />

os objetivos sejam atingidos. Por isso, contribui


para que o aluno se motive a colocar em prática<br />

seus direitos e suas responsabilidades como<br />

integrante de um grupo ou quando exigido individualmente.<br />

Desenvolvimento do tema<br />

Além dessas quatro seções, a coleção apresenta<br />

textos diversos das autoras da coleção<br />

ou de outros, imagens e atividades que são responsáveis<br />

pelo desenvolvimento do tema. Esses<br />

elementos estão contextualizados dentro da dinâmica<br />

do processo histórico. Neles, os sujeitos<br />

históricos são responsáveis pelas ações sociais e<br />

os fatos históricos são entendidos como resultado<br />

de ações humanas significativas vinculadas à<br />

transformação ou à permanência de um determinado<br />

momento histórico.<br />

Além disso, trabalhamos com um quadro que<br />

chamamos Você sabia que...<br />

O quadro é apresentado em situações esporádicas<br />

e, a partir dos livros quatro e cinco utilizamos<br />

o quadro sistematicamente com o objetivo<br />

de apresentar curiosidades, complementos e informações<br />

que ampliam o tema.<br />

Glossário<br />

A coleção apresenta definições de termos<br />

mais difíceis ou menos usuais junto da utilização<br />

do vocábulo. Assim, os alunos podem consultar<br />

imediatamente o significado dos termos desconhecidos,<br />

durante a leitura dos textos propostos.<br />

Sugerimos que o professor oriente os alunos<br />

em todos os momentos que considerar necessária<br />

a consulta ao glossário.<br />

Atividades<br />

Nos quatro livros o professor e os alunos irão<br />

encontrar dois tipos de atividades:<br />

<strong>1.</strong> Permanentes: intervenções pedagógicas,<br />

caracterizadas pela repetição de procedimentos<br />

para que o aluno mantenha<br />

contato contínuo com os conteúdos de<br />

cada capítulo. Ocorrem nas seções: Praticando,<br />

Você é o historiador, O que<br />

sabemos; no desenvolvimento do tema<br />

de cada capítulo através de ações como<br />

leitura de imagem e texto; Explorando o<br />

que aprendemos!<br />

2. Esporádicas: são aquelas que ocorrem em<br />

momentos específicos do processo da<br />

aprendizagem. Exemplo: na abertura de<br />

algumas unidades e na seção Conhecendo<br />

mais.<br />

Por fim, apresentamos algumas atividades de<br />

ampliação inseridas no manual de orientações<br />

para professores. Elas possibilitam aos alunos ampliar<br />

o processo de construção do conhecimento,<br />

seja por meio de exercícios, brincadeiras ou saídas<br />

culturais e, em certos casos, com propostas interdisciplinares.<br />

Sobre a estrutura<br />

Consideramos que um livro didático deve<br />

tentar atingir sua primeira finalidade: ser didático.<br />

Nesse sentido, consideramos que a existência de<br />

uma estrutura é uma das formas de se garantir<br />

isso.<br />

Todavia, quando o professor começar a utilizar<br />

as orientações propostas neste manual irá<br />

perceber que existe uma repetição das ações ao<br />

trabalhar essa estrutura e, a repetição se estende<br />

aos alunos.<br />

Justificamos, então, que no caso da estrutura<br />

desta coleção, a repetição não pode ser entendida<br />

como mecanização ou treino. O que se repete<br />

é a forma de trabalho, mas em todos os livros encontramos<br />

uma diversidade de propostas oferecidas<br />

pelas imagens e textos que valorizam e priorizam<br />

a reflexão, o desenvolvimento do raciocínio,<br />

da memória e da ação participativa do aluno de<br />

maneira espiral e não linear.<br />

Nesse contexto, o procedimento didático da<br />

estrutura dos livros tem como objetivo persistir<br />

na repetição com reflexão, eliminando a mecanização.<br />

Exige um constante esforço no sentido<br />

de garantir a concentração que está distante da<br />

aprendizagem mecânica.<br />

Com a estrutura, o trabalho do professor tem<br />

como um de seus focos a valorização tanto do<br />

ponto de partida quanto do ponto de chegada.<br />

Isso permite a reiteração, isto é, a revisão com re-<br />

17


flexão sobre toda a trajetória do processo de ensino<br />

e aprendizagem.<br />

Nossa estrutura parte do conhecimento que<br />

cada aluno traz para o grupo. O desenvolvimento<br />

das unidades propõe maneiras de ampliação desse<br />

conhecimento numa relação intensa entre os<br />

membros do grupo em si; entre eles e o professor<br />

e vice-versa.<br />

É importante destacar que na estrutura da<br />

coleção encontramos também atividades individuais<br />

que permitem uma avaliação de como se<br />

processa a aprendizagem de cada aluno e abre-se<br />

espaço para sua autoavaliação.<br />

Portanto, optamos por essa estrutura pois torna<br />

a coleção coerente com sua visão de história<br />

e sua proposta pedagógica, à medida que coloca<br />

o aluno no centro da ação com o propósito de<br />

construir o conhecimento daquilo que é significativo.<br />

Algumas considerações<br />

Consideramos que a coleção pode contribuir<br />

de maneira significativa para o desenvolvimento<br />

cognitivo, social e cultural dos alunos que cursam<br />

os anos iniciais do Ensino Fundamental.<br />

A intenção implícita na coleção é dar subsídios<br />

que auxiliem na formação de um jovem<br />

consciente de sua realidade, capaz de interferir<br />

18<br />

José Luís Juhas<br />

e interagir como cidadão no sentido de transformá-la<br />

ou mantê-la em suas estruturas fundamentais.<br />

Por isso, a coleção tem como síntese o saber.<br />

O saber, elemento principal, é considerado<br />

o ponto de partida com o objetivo de atingir o<br />

desenvolvimento dos valores propostos pelo livro<br />

que são:<br />

• responsabilidade – visa à participação e<br />

aos primeiros contatos com o conceito de<br />

cidadania;<br />

• diálogo – permite a compreensão de diferentes<br />

pontos de vista, interação e busca<br />

do equilíbrio, bem como promove um<br />

exercício da tolerância;<br />

• respeito – ampliação do reconhecimento<br />

do meio ambiente, de si próprio e do outro;<br />

• liberdade – independência e autonomia;<br />

• justiça – resultado dos princípios de responsabilidade,<br />

respeito e igualdade;<br />

• solidariedade – cooperação e compreensão.<br />

A construção do conhecimento presente na<br />

coleção tem a finalidade de servir de base na formação<br />

de indivíduos que reconheçam o espaço<br />

do saber como algo a ser ocupado pela reflexão,<br />

pela interação e pela ação.


BIBLIOGRAFIA INDICADA PARA OS PROFESSORES<br />

ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas<br />

de aprender. Porto Alegre: Artmed, 2002.<br />

ARENDT, Hanna. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense<br />

Universitária, 2005.<br />

BORGES, Vavy Pacheco. O que é história. São Paulo: Brasiliense,<br />

1987.<br />

BUENO, Eduardo. Brasil, uma História: a incrível saga de um<br />

país. São Paulo: Ática, 2003.<br />

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. São<br />

Paulo: Cortez <strong>Editora</strong>, 1999.<br />

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 200<strong>1.</strong><br />

FAZENDA, Ivani. Práticas interdisciplinares na escola. 6. ed.<br />

São Paulo: Cortez, 1999.<br />

FERRO, Marc. História das colonizações. São Paulo: Companhia<br />

das Letras, 1999.<br />

LE GOFF, Jacques. A História Nova. São Paulo: Martins Fontes,<br />

200<strong>1.</strong><br />

LUCK, Heloísa. Pedagogia interdisciplinar: fundamentos<br />

teórico-metodológicos. 1<strong>1.</strong> ed. Petrópolis: Vozes, 2003.<br />

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA<br />

ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas<br />

de aprender. Porto Alegre: Artmed, 2002.<br />

ARENDT, Hanna. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense<br />

Universitária, 2005.<br />

BECKER, Fernando. Educação e construção do conhecimento.<br />

Porto Alegre: Artmed, 200<strong>1.</strong><br />

BORGES, Vavy Pacheco. O que é história. São Paulo: Brasiliense,<br />

1987.<br />

BUENO, Eduardo. Brasil, uma História: a incrível saga de um<br />

país. São Paulo: Ática, 2003.<br />

CARR, Edward. Que é história? Rio de Janeiro: Paz e Terra,<br />

1978.<br />

COLL, César; MARTÍN, Elena. Aprender conteúdos e desenvolver<br />

capacidades. Porto Alegre: Artmed, 2003.<br />

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. São<br />

Paulo: Cortez <strong>Editora</strong>, 1999.<br />

FARIA FILHO, Luciano Mendes de (Org.). Educação modernidade<br />

e civilização. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.<br />

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 200<strong>1.</strong><br />

FAZENDA, Ivani. Práticas interdisciplinares na escola. 6. ed.<br />

São Paulo: Cortez, 1999.<br />

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio<br />

da língua portuguesa. 3. ed. Curitiba: Positivo, 2004.<br />

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar<br />

o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,<br />

2000.<br />

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do<br />

futuro. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000.<br />

PERRENOUD, Philippe; THURLER, Monica Gather; MACE-<br />

DO, Lino de; MACHADO, Nilson José; ALLESSANDRINI,<br />

Cristina Dias. As competências para ensinar no século<br />

XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação.<br />

Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.<br />

PIMENTA. Selma Garrido (Org.). Saberes pedagógicos e atividade<br />

docente. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002.<br />

RONCA, Paulo Afonso Caruso; TERZI, Cleide do Amaral. A<br />

prova operatória: contribuições da Psicologia do Desenvolvimento.<br />

São Paulo: <strong>Editora</strong> do Instituto Esplan, 199<strong>1.</strong><br />

SOUZA, José. O cativeiro da Terra. São Paulo: Martins Fontes,<br />

198<strong>1.</strong><br />

ZABALA, Antoni. Como trabalhar os conteúdos procedimentais<br />

em aula. Porto Alegre: Artmed, 1999.<br />

FERRO, Marc. História das colonizações. São Paulo: Companhia<br />

das Letras, 1999.<br />

FRANCHINI, A. S.; SEGANFREDO, Carmen. As 100 melhores<br />

histórias da mitologia: deuses, heróis, monstros e guerras<br />

da tradição greco-romana. Porto Alegre: L&PM, 2007.<br />

FRIEDMANN, Adriana. A arte de brincar. São Paulo: Scritta,<br />

1998.<br />

FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender. O resgate<br />

do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996.<br />

HILSDORF, Maria Lúcia Spedo. Pensando a educação nos<br />

tempos modernos. São Paulo: Edusp, 1998.<br />

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 16. ed. Rio<br />

de Janeiro José Olympio, 1983.<br />

IMBERNÓN, Francisco (Org.). A educação no século XXI: os<br />

desafios do futuro imediato. Porto Alegre: Artmed,<br />

2000.<br />

LAPA, José Roberto do Amaral. A economia cafeeira. São<br />

Paulo: Brasiliense, 1983.<br />

LE GOFF, Jacques. A História Nova. São Paulo: Martins Fontes,<br />

200<strong>1.</strong><br />

LUCK, Heloísa. Pedagogia interdisciplinar: fundamentos<br />

teórico-metodológicos. 1<strong>1.</strong> ed. Petrópolis: Vozes,<br />

2003.<br />

19


20<br />

MACHADO, Marina Marcondes. O brinquedo-sucata<br />

e a criança: a importância do brincar. 2. ed. São<br />

Paulo: Edições Loyola, 1995.<br />

MARTINS, José Souza. O cativeiro da Terra. São Paulo:<br />

Martins Fontes, 198<strong>1.</strong><br />

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma,<br />

reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand<br />

Brasil, 2000.<br />

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação<br />

do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO,<br />

2000.<br />

MOYLES, Janet R. et al. A excelência do brincar. Porto<br />

Alegre: Artmed, 2005.<br />

NOVAIS, Fernando A.; ALENCASTRO, Luiz Felipe de<br />

(Org.). História da vida privada no Brasil: Império.<br />

São Paulo: Companhia das Letras, 1997.<br />

NOVAIS, Fernando A.; MELLO E SOUZA, Laura de<br />

(Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano<br />

e vida privada na América portuguesa. São Paulo:<br />

Companhia das Letras, 1997.<br />

NOVAIS, Fernando A.; SCHWARCZ, Lilia Moritz (Org.).<br />

História da vida privada no Brasil: contrastes da<br />

intimidade contemporânea. São Paulo: Companhia<br />

das Letras, 1997.<br />

NOVAIS, Fernando A.; SEVCENKO, Nicolau (Org.). História<br />

da vida privada no Brasil: República – da belle<br />

époque à era do rádio. São Paulo: Companhia<br />

das Letras, 1997.<br />

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para<br />

ensinar. Porto Alegre, Artmed, 2000.<br />

PERRENOUD, Philippe; THURLER, Monica Gather;<br />

MACEDO, Lino de; MACHADO, Nilson José; AL-<br />

LESSANDRINI, Cristina Dias. As competências para<br />

ensinar no século XXI: a formação dos professores<br />

e o desafio da avaliação. Rio de Janeiro: Forense<br />

Universitária, 2005.<br />

PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação,<br />

jogo, sonho, imagem e representação. Rio<br />

de Janeiro: Jorge Zahar, 197<strong>1.</strong><br />

PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Saberes pedagógicos<br />

e atividade docente. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002.<br />

PINHEIRO (Coord.). Paulo Sérgio. Trabalho escravo,<br />

economia e sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra,<br />

1984.<br />

PRADO Jr., Caio. Evolução política do Brasil: colônia<br />

e império. 13. ed. São Paulo: <strong>Editora</strong> Brasiliense.<br />

1983.<br />

RONCA, Paulo Afonso Caruso; TERZI, Cleide do Amaral.<br />

A prova operatória: contribuições da Psicologia<br />

do Desenvolvimento. São Paulo: <strong>Editora</strong> do<br />

Instituto Esplan, 199<strong>1.</strong><br />

SCHAFF, Adam. História e verdade. São Paulo: Martins<br />

Fontes, 1978.<br />

SILVA, Hélio. O primeiro século da República. Rio de<br />

Janeiro: Jorge Zahar, 1987.<br />

SILVA, Sérgio. Expansão cafeeira e origens da indústria<br />

no Brasil. 5. ed. São Paulo: Alfa-Ômega, 198<strong>1.</strong><br />

SODRÉ, Nelson Werneck. Formação histórica do Brasil.<br />

Rio de Janeiro: Graphia, 2002.<br />

TIRAPELI, Percival. Arte colonial: barroco e rococó.<br />

São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2006.<br />

(Arte Brasileira).<br />

TIRAPELI, Percival. Arte imperial: do neoclássico ao<br />

ecletismo. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional,<br />

2006. (Arte Brasileira).<br />

TIRAPELI, Percival. Arte indígena: do pré-colonial à<br />

contemporaneidade. São Paulo: Companhia <strong>Editora</strong><br />

Nacional, 2006. (Arte Brasileira).<br />

TIRAPELI, Percival. Arte moderna e contemporânea:<br />

figuração, abstração e novos meios. São Paulo:<br />

Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2006. (Arte Brasileira).<br />

TIRAPELI, Percival. Arte popular. São Paulo: Companhia<br />

<strong>Editora</strong> Nacional, 2006. (Arte Brasileira).<br />

VERGER, Pierre Fatumbi. A vida em sociedade. São<br />

Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2005. (Olhar<br />

e ver).<br />

VERGER, Pierre Fatumbi. Crianças. São Paulo: Companhia<br />

<strong>Editora</strong> Nacional, 2005. (Olhar e ver).<br />

VERGER, Pierre Fatumbi. Influências. São Paulo: Companhia<br />

<strong>Editora</strong> Nacional, 2005. (Olhar e ver).<br />

VERGER, Pierre Fatumbi. O mundo do trabalho. São<br />

Paulo: Companhia <strong>Editora</strong> Nacional, 2005. (Olhar<br />

e ver).<br />

VIEIRA, Evaldo. Estado e miséria social no Brasil: de Getúlio<br />

a Geisel. São Paulo: Cortez, 1987.<br />

VIGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da<br />

mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos<br />

superiores. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes,<br />

1998.<br />

ZABALA, Antoni. Como trabalhar os conteúdos procedimentais<br />

em aula. 2. ed. Porto Alegre: Artmed,<br />

1999.


Orientações específicas<br />

para o 3 o ano<br />

UNIDADE 1 – Família<br />

Capítulo 1 – A história da sua família<br />

Capítulo 2 – Famílias no Brasil<br />

Capítulo 3 – Outras famílias brasileiras<br />

Objetivo geral<br />

Construir com os alunos o conceito de família e levá-los a perceber que cada família tem sua história,<br />

sua origem, seus hábitos e seus costumes.<br />

Dar ênfase à história das famílias que contribuíram para a formação do povo brasileiro.<br />

Conteúdos<br />

• Família • As famílias africanas<br />

• A minha família • As famílias portuguesas<br />

• As famílias indígenas • As famílias imigrantes<br />

A importância da abertura da unidade no<br />

processo de aprendizagem<br />

A abertura tem como objetivo apresentar,<br />

para o aluno, o assunto, o tema ou os conceitos<br />

que serão desenvolvidos nos três capítulos.<br />

Geralmente, a abertura traz uma ou mais imagens:<br />

fotos, pinturas ou desenhos.<br />

Sugerimos que toda abertura seja trabalhada<br />

com toda a turma. Por isso, muitas vezes, você poderá<br />

optar por reproduzir a imagem em um retroprojetor<br />

ou outro recurso.<br />

A proposta específica da abertura desta unidade<br />

é apresentar, aos alunos, as famílias que de-<br />

ram origem ao povo brasileiro, partindo da história<br />

da sua própria família.<br />

Assim, abrimos a unidade com fotos de famílias<br />

atuais.<br />

Sugerimos, como desenvolvimento da primeira<br />

etapa do trabalho, que o professor inicie<br />

esta unidade pedindo para os alunos explorarem<br />

as fotos. Para isso, é possível utilizar perguntas<br />

que estimulem a imaginação, o diálogo<br />

e façam os alunos refletir sobre a própria família:<br />

o que as fotos mostram? O que é uma família?<br />

Quantas pessoas compõem as famílias<br />

representadas nas fotografias? Alguma dessas<br />

famílias se parece com a sua? Por quê? Quantas<br />

21


pessoas formam a sua família? Quantos irmãos<br />

e irmãs você tem?<br />

O que sabemos? (página 11)<br />

Este é o momento em que o professor deve<br />

fazer o levantamento de conhecimentos prévios<br />

dos alunos, isto é, o grupo terá espaço para dizer<br />

o que sabe a respeito do assunto que está sendo<br />

apresentado.<br />

Sugerimos que, caso seja possível, você faça<br />

um registro desse levantamento com o objetivo<br />

de, no fim da unidade, fazer uma comparação entre<br />

o que o grupo trouxe de conhecimento sobre<br />

o assunto e os produtos gerados pela discussão<br />

ao final do trabalho.<br />

Vamos conhecer um pouco da história da família<br />

dos alunos.<br />

<strong>1.</strong> Resgate o conceito de História, enfatizando<br />

principalmente as relações entre o presente<br />

e o passado. Converse com os alunos sobre<br />

o que sabem a respeito do que é História e<br />

construa com eles esse conceito.<br />

2. Analise as fotografias com os alunos, explicando-lhes<br />

a importância das imagens<br />

como fonte histórica. Peça que observem<br />

nas fotos contemporâneas elementos<br />

que permitam identificar aspectos das<br />

relações sociais que marcam as famílias<br />

atualmente.<br />

Capítulo 1 – A história da sua<br />

família (página 12)<br />

Neste capítulo, conheceremos a história da<br />

família de cada aluno.<br />

Como desenvolvimento dessa etapa inicial<br />

do capítulo, sugerimos:<br />

<strong>1.</strong> Faça a leitura, com os alunos, do trecho da<br />

música “Paratodos”, de Chico Buarque.<br />

2. Explique aos alunos que o autor fala de sua<br />

própria família, isto é, ajude-os a perceber<br />

as relações de parentesco que aparecem<br />

na letra e as suas origens.<br />

Com essa atividade, abrimos espaço para que<br />

os alunos comecem a refletir sobre sua família.<br />

22<br />

Observação: é sempre importante lembrar<br />

que as estruturas familiares mudaram muito.<br />

Atualmente, encontramos grande diversidade<br />

nos laços familiares: crianças adotivas que não<br />

conhecem seus pais biológicos, filhos de pais separados<br />

que convivem ou com o pai ou com a<br />

mãe, crianças órfãs que vivem com avós ou tios,<br />

crianças adotadas por pais do mesmo sexo, enfim.<br />

Seja qual for a situação, valorize o núcleo familiar<br />

que os alunos apresentarem para o grupo. Nesses<br />

momentos, a expressão “conviver com a diversidade”<br />

deve sair da teoria e ser colocada em prática,<br />

estimulada, criando um ambiente de convivência<br />

pautado no respeito por todos aqueles que vivem<br />

de maneira diferente da convencional.<br />

Atividade de ampliação<br />

Estas atividades devem ser desenvolvidas<br />

com as áreas de conhecimento Língua Portuguesa<br />

e Geografia. A segunda atividade envolve também<br />

a área de Matemática.<br />

1 a – Faça com os alunos uma tabela em que<br />

eles coloquem o nome dos estados brasileiros e<br />

complementem com os adjetivos gentílicos, que<br />

designam o estado onde a pessoa nasceu. Exemplo:<br />

quem nasce em São Paulo é paulista; no Espírito<br />

Santo, é espírito-santense ou capixaba.<br />

Aqui você pode trabalhar por regiões ou elencar<br />

alguns estados, conforme o que estiver sendo<br />

trabalhado em Geografia.<br />

2 a – Boliche dos estados<br />

Material necessário: garrafas plásticas, tipo<br />

PEt, de 2 litros; papel; canetinhas coloridas; fita<br />

adesiva e folhas de jornal ou revista.<br />

Preparação: escreva em um pedaço de papel,<br />

medindo 6 cm x 20 cm, o nome de um estado e,<br />

com a fita adesiva, cole na garrafa PEt, no lugar do<br />

rótulo (que deve ser retirado).<br />

Utilize quantas garrafas precisar, de acordo<br />

com os estados que queira trabalhar, no mínimo<br />

dez. Cada garrafa deve corresponder a um<br />

estado.<br />

Você vai precisar de uma bola pequena e<br />

leve, com uns 10 cm de diâmetro, que pode ser<br />

feita de jornal. Amasse bem uma ou mais folhas<br />

de jornal até a bola ficar do tamanho desejado,


depois passe fita adesiva em volta dela para que<br />

não se desfaça quando for jogada.<br />

Desenvolvimento do jogo: arrume as garrafas<br />

no chão na disposição que achar mais interessante,<br />

em V ou formando um triângulo. A partir<br />

delas, numa distância de 1 m, trace uma linha<br />

com giz no chão.<br />

Os alunos devem ser organizados em fila ou<br />

sentados no chão e ter em mãos uma folha de papel<br />

ou o caderno e um lápis.<br />

Cada participante, na sua vez, a partir da linha<br />

traçada, joga a bola para derrubar as garrafas.<br />

Depois disso, ele deve anotar em uma folha<br />

o nome dos estados escritos nas garrafas que<br />

derrubou e completar com o adjetivo gentílico<br />

correspondente.<br />

Depois de duas rodadas, o vencedor será<br />

aquele que somar mais pontos.<br />

Pontuação: os alunos devem marcar um<br />

ponto para cada garrafa derrubada e outro ponto<br />

para cada acerto de adjetivos. Some todos para<br />

chegar ao total de pontos.<br />

Variações: você pode utilizar essa atividade<br />

pedindo as capitais dos estados ou ainda quantas<br />

letras tem o nome dos estados, atribuir pontos diferentes<br />

para os estados de uma região específica<br />

(exemplo: estados da Região Sul – 1 ponto; Região<br />

Sudeste – 2 pontos etc.).<br />

As famílias do passado (página 13)<br />

As imagens de famílias do início do século XX<br />

são interessantes fontes históricas para tratar do<br />

tema “família”. O professor pode pedir que os alunos<br />

observem atentamente as fotos, que identifiquem<br />

as roupas, os acessórios, a postura e as expressões<br />

corporais das pessoas fotografadas, entre outros aspectos.<br />

São diferentes das fotografias de famílias de<br />

hoje? Os alunos podem estabelecer uma comparação<br />

entre as famílias do passado e as variadas formas<br />

de famílias na atualidade, inclusive comparando<br />

as fotografias antigas com as atuais que abrem a<br />

unidade. Peça-lhes que tentem elaborar hipóteses<br />

sobre como eram as famílias antigas, antes mesmo<br />

da leitura do texto. Por meio da análise da fonte<br />

histórica, os alunos podem perceber como a hierarquia<br />

era marcada nessas famílias ditas “tradicionais”.<br />

Praticando (página 14)<br />

O texto “A família de Bárbara” permitirá que você<br />

trabalhe novamente as questões de “origem” dos<br />

membros das famílias. Outra questão importante<br />

proposta pelo texto é o deslocamento das pessoas<br />

e de suas famílias, ideia que os alunos desenvolverão<br />

com mais tempo quando trabalharem com as<br />

famílias imigrantes. O professor pode, inclusive, ajudá-los<br />

a perceber esses deslocamentos com a ajuda<br />

de um mapa do Brasil. Localize com eles os estados<br />

e as cidades mencionadas e analisem as distâncias<br />

percorridas. Pergunte-lhes ainda por que as pessoas<br />

mudam de cidade, estado ou país. Essas hipóteses<br />

podem ser discutidas e verificadas ao longo do trabalho<br />

com as unidades seguintes.<br />

Você é o historiador (página 15)<br />

Para desenvolver esta entrevista, é muito importante<br />

mostrar aos alunos exemplos no quadro<br />

de giz antes de pedir que façam a atividade.<br />

Pode acontecer de alguns alunos não terem<br />

todas as informações necessárias ou pedidas, mas<br />

tudo que for trazido deve ser considerado.<br />

Sugerimos que sejam seguidos estes passos:<br />

1 o passo – Oriente os alunos para que conversem<br />

com seus pais sobre as perguntas feitas, contando<br />

que são para uma pesquisa da escola, o objetivo é<br />

saber a origem da família.<br />

2 o passo – Peça para que cada aluno faça as perguntas<br />

da página 15 e registre as respostas no caderno.<br />

3 o passo – Depois, em sala de aula, abra um painel<br />

ou, então, em roda, cada aluno deve apresentar<br />

sua pesquisa.<br />

4 o passo – No final, peça para os alunos compararem<br />

suas pesquisas para perceber as diferenças<br />

entre cada história de família.<br />

Cartografia – trabalhando com mapas<br />

Aqui foi introduzida uma atividade com<br />

mapa, pois concebemos a alfabetização cartográfica<br />

como um dos conteúdos que devem ser trabalhados<br />

nos anos iniciais do Ensino Fundamental.<br />

A cartografia é uma das ferramentas utilizadas<br />

no estudo da Geografia, que é a ciência que estuda<br />

a relação entre a sociedade e o meio.<br />

23


trabalhar o conteúdo de mapas requer que<br />

o aluno compreenda que o mapa representa, de<br />

forma reduzida, algum lugar. Desde o momento<br />

que a criança faz suas primeiras representações<br />

visuais em desenhos, como a casa, o parque ou os<br />

objetos, está fazendo redução da forma como ela<br />

vê esses locais ou objetos. Com o tempo, vai ampliando<br />

suas descobertas e transcrevendo como<br />

vê o mundo que a cerca. Com essas experiências,<br />

vai desenvolvendo a noção de tamanho e distância,<br />

fundamentais para aprender conteúdos geográficos<br />

relacionados a mapas.<br />

O processo de construção do conhecimento<br />

por meio da cartografia, nessa faixa etária, parte<br />

do espaço imediato do aluno, como o espaço da<br />

sala de aula, da escola e do bairro, para então,<br />

gradativamente, ir ampliando para outros espaços<br />

maiores, como município, estado, país e planisfério.<br />

A Unidade 2 – Onde vivemos deste livro do<br />

3 o ano, irá trabalhar com os bairros e as cidades,<br />

propiciando aos alunos visualizarem e se perceberem<br />

inseridos nesses espaços.<br />

Neste momento, contudo, é necessário observar<br />

com o grupo alguns aspectos importantes<br />

para esse primeiro contato com um mapa:<br />

explicar o que é um mapa, o que ele representa<br />

e de que forma nós podemos ler as informações<br />

contidas nele.<br />

Observando e respeitando a capacidade cognitiva<br />

das crianças, um trabalho que siga essas<br />

orientações poderá levá-las a desenvolver a habilidade<br />

de ler, interpretar e representar o espaço<br />

por meio de mapas simples.<br />

Sugerimos que este trabalho seja feito junto<br />

com a disciplina Geografia.<br />

Como moram as famílias? (página 16)<br />

Sugerimos que, para iniciar esse tópico, você<br />

converse com o grupo mostrando que todas as<br />

famílias vivem em algum tipo de moradia, utilizando<br />

para isso as fotos das páginas 16 e 17. Explore<br />

ao máximo tudo o que for possível sobre<br />

os diferentes tipos de moradia nessa discussão:<br />

como são construídas essas casas, o material usado<br />

e por que, em que lugar são encontradas as diferentes<br />

construções, onde os alunos moram etc.<br />

24<br />

Esses procedimentos auxiliam a compreensão do<br />

tema, que é um complemento da ideia de diferentes<br />

famílias.<br />

Praticando – “Minha moradia” (página 18)<br />

Esta atividade tem como objetivo fazer com<br />

que os alunos fiquem mais atentos à sua realidade.<br />

Levando em consideração que eles aprofundaram<br />

os conhecimentos sobre a origem de sua<br />

família, agora irão analisar o espaço em que vivem<br />

e comparar com outros, iguais ou diferentes.<br />

Espera-se que eles descrevam e desenhem a<br />

casa onde moram do jeito que ela é.<br />

Acreditamos que o desenvolvimento da linguagem<br />

é um processo e também serve para<br />

aprender mais. O exercício de descrição é excelente<br />

para o desenvolvimento da linguagem<br />

tanto oral quanto escrita e permite a ampliação<br />

do vocabulário e a percepção da realidade que<br />

cerca o aluno.<br />

Sugerimos que os alunos sejam chamados<br />

para construir uma representação mental completa<br />

de sua casa. Exemplo: moro em uma casa<br />

térrea, feita de tijolos, madeira e coberta com telhas.<br />

Minha casa tem uma sala, dois quartos, banheiro,<br />

cozinha, um quintal com jardim e uma<br />

garagem. O desenho deve expressar essa representação<br />

mental de cada um.<br />

Sugerimos, ainda, outra atividade envolvendo<br />

História e Matemática. Você pode aproveitar<br />

o assunto e fazer no quadro de giz uma<br />

tabela mostrando quantos alunos moram em<br />

casas térreas, sobrados, apartamentos, casas de<br />

madeira etc.<br />

Conhecendo mais (página 18)<br />

Esta seção vai mostrar um tipo de moradia típica<br />

da Região Amazônica e de outras áreas brasileiras<br />

que sofrem alagamento: a palafita. O objetivo<br />

é continuar a trabalhar as diferenças existentes<br />

em um mesmo tempo histórico.<br />

Sugerimos que você faça a leitura das imagens<br />

e do texto assegurando que o grupo assimile o assunto:<br />

quem são os ribeirinhos, o tipo de moradias<br />

que eles constroem e por que ela é assim.


Você é o repórter! (página 19)<br />

Com base na leitura do Conhecendo mais,<br />

oriente, então, a atividade que deve ser realizada<br />

em casa. Um ponto interessante dessa atividade<br />

é o trabalho com a linguagem narrativa. Para elaborar<br />

a narração, o aluno deve construir a ideia,<br />

organizar as informações e então produzir um<br />

texto. Espera-se que a narrativa seja simples e em<br />

uma sequência lógica com começo, meio e fim.<br />

A reportagem produzida pelos alunos deve trazer<br />

informações sobre os ribeirinhos e as palafitas.<br />

A seguir, apresentamos um texto com informações<br />

sobre a Região Amazônica que pode ajudá-lo a<br />

orientar o trabalho dos alunos.<br />

Chama-se Região Amazônica a área formada<br />

pela Bacia do Rio Amazonas e pela<br />

vegetação característica dessa região: a floresta<br />

equatorial ou Floresta Amazônica. A<br />

Região Amazônica se estende por vários<br />

países da América do Sul: Peru, Colômbia,<br />

Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e Brasil.<br />

E em nosso país se estende pelos estados do<br />

Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e<br />

Roraima, assim como por pequena parte do<br />

Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. A Bacia<br />

Amazônica é a maior bacia fluvial do mundo<br />

e abrange uma área de cerca de 7 milhões<br />

de metros quadrados.<br />

No Brasil, a Amazônia é delimitada por<br />

uma área chamada “Amazônia Legal”. Dessa<br />

forma, o governo pode definir planos econômicos<br />

e de infraestrutura especialmente para<br />

essa área específica, que reúne características<br />

ímpares. Entre as preocupações governamentais<br />

e de entidades de preservação ambiental<br />

está o desenvolvimento dos recursos humanos<br />

da região – geração de empregos, melhoria<br />

da qualidade de vida da população amazônica<br />

etc. – em conjunto com a preservação da<br />

biodiversidade da área e o respeito aos costumes<br />

e às tradições da população local.<br />

As populações da região da Bacia Amazônica<br />

convivem intimamente com a floresta.<br />

Muitas extraem das matas alimentos para<br />

a subsistência, bem como produtos que comercializam.<br />

Como a região tem muitos rios<br />

e uma grande diversidade de peixes, a pesca<br />

também é uma atividade importante para o<br />

sustento de muitas comunidades ribeirinhas.<br />

Na Amazônica brasileira, a área coberta<br />

pela Bacia Amazônica mais do que triplica durante<br />

a estação de chuva, que ocorre entre dezembro<br />

e maio. A cheia do Rio Negro, o maior<br />

afluente da margem esquerda do Rio Amazonas,<br />

por exemplo, atinge o ponto máximo<br />

no mês de junho. E a maior vazante da região<br />

ocorre entre setembro e outubro. As áreas afetadas<br />

pela invasão das águas são bastante amplas:<br />

em média, na estação da seca, 110.000<br />

km2 de terra ficam submersas; já na estação<br />

chuvosa, essa área chega a 350.000 km2 .<br />

A vida das populações ribeirinhas é regida<br />

pelo sistema das chuvas, já que boa parte<br />

da alimentação, do transporte, da economia<br />

local e das formas de sociabilização dependem<br />

dos rios.<br />

Professora Maria Brunieri. Escrito especialmente<br />

para esta obra.<br />

“Onde vovó morava?” (página 20)<br />

Antes de propor esta atividade, sugerimos que<br />

você retome o conceito de História e volte a conversar<br />

com os alunos sobre quem é o historiador e<br />

qual é o seu trabalho.<br />

Esse é um exercício de percepção, e os alunos<br />

serão desafiados a descobrir a casa da avó de Gustavo<br />

pelas pistas dadas.<br />

Essa atividade, além de ilustrar o trabalho do<br />

historiador, favorece o entendimento de que ele<br />

é o trabalhador que vai buscar as informações sobre<br />

o passado e o presente.<br />

É interessante também usar a metacognição,<br />

ou seja, fazer com que o aluno não apenas<br />

resolva o problema, mas que tenha consciência<br />

e consiga refletir sobre os passos dados para<br />

chegar à solução. Essa é uma estratégia que favorece<br />

a autonomia para a aprendizagem, pois<br />

os alunos devem pensar na sequência das ações<br />

25


que precisam ser realizadas a fim de resolver a<br />

situação-problema.<br />

Para que serve a moradia? (página 21)<br />

As moradias são utilizadas, geralmente, como<br />

residências das pessoas. Mesmo assim, em vários<br />

momentos da História, inclusive atualmente, algumas<br />

moradias são também utilizadas como locais<br />

de trabalho. Essa pode ser a situação de muitos<br />

alunos do grupo.<br />

Para desenvolver essa etapa, leia com os<br />

alunos o texto e observe as imagens; é importante<br />

que o grupo perceba que, até hoje, para<br />

muitas famílias, a casa é também o espaço do<br />

trabalho.<br />

Com essa percepção, os alunos, em grupo,<br />

deverão ter condições de responder às questões<br />

propostas.<br />

Praticando (página 22)<br />

Aqui, é importante que fique claro para os<br />

alunos o que é para ser feito.<br />

Por isso, depois de observar a cena do desenho,<br />

eles devem pensar em sua própria casa. Em<br />

seguida, devem fazer um exercício de comparação<br />

entre a sua casa e a da imagem. O objetivo dessa<br />

atividade é que os alunos desenvolvam a percepção<br />

de semelhanças e diferenças entre ambientes.<br />

Consideramos importante lembrar que a percepção<br />

é uma competência que os alunos irão<br />

utilizar em muitas situações da sua vida, acadêmica<br />

ou não.<br />

Capítulo 2 – Famílias no Brasil<br />

(página 24)<br />

Este capítulo trata das primeiras famílias<br />

que moraram no Brasil e deram início à formação<br />

do povo brasileiro: as famílias indígenas,<br />

portuguesas e africanas. Abordaremos seus hábitos<br />

e costumes que influenciaram nossa cultura,<br />

foram incorporados e, hoje, estão presentes<br />

no nosso cotidiano. Como já foi destacado<br />

anteriormente neste manual, não daremos um<br />

conceito final de cultura. Mas, implicitamente, o<br />

conceito será trabalhado.<br />

26<br />

Observação: sugerimos que, para iniciar o capítulo,<br />

você proceda da seguinte maneira:<br />

<strong>1.</strong> Junto com os alunos, analise as imagens<br />

com o apoio do questionamento proposto<br />

no texto acima das fotos como uma espécie<br />

de roteiro para a leitura das imagens.<br />

O objetivo é que o grupo consiga perceber<br />

que são famílias diferentes e, portanto,<br />

com origens diferentes.<br />

2. Em grupo, peça para os alunos conversarem<br />

e registrarem o que observaram nas<br />

imagens, seguindo como roteiro as questões<br />

propostas.<br />

Famílias indígenas (página 25)<br />

As famílias indígenas foram as primeiras a<br />

ocupar o território brasileiro. Elas já viviam no Brasil<br />

muito tempo antes da chegada dos portugueses.<br />

Nossa intenção ao tratar das famílias indígenas é,<br />

além de ampliar o conceito de diferentes famílias,<br />

iniciar a reflexão sobre processo histórico brasileiro<br />

a partir dos primeiros habitantes do Brasil, resgatando<br />

e valorizando a importância da cultura<br />

desses povos para a formação cultural brasileira.<br />

Ainda dentro do conceito de diferentes famílias,<br />

mostre que todos os costumes indígenas estão<br />

vinculados à maneira de eles viverem e explore,<br />

com a turma, de que forma esses elementos estão<br />

presentes na cultura do Brasil.<br />

Observação: em relação a alguns grupos<br />

i ndígenas que viviam no Brasil, pesquisas afirmam<br />

que os tupis habitavam uma faixa estreita de terra<br />

que se estendia pela planície litorânea atlântica, desde<br />

o estado do Rio Grande do Sul até o estad o da<br />

Bahia. Outros trabalhos de pesquisa ainda afirmam<br />

que esses grupos estavam presentes até o estado do<br />

Pará, na Região Norte brasileira. Os tupis apresentavam<br />

traços culturais e é tnicos muito parecidos com<br />

os dos guarani s, que habitavam as regiões sul e sudoeste<br />

do Brasi l. Os tupi-guaranis formavam juntos a<br />

tribo mais poderosa e numerosa do Brasil.<br />

Como já explicitamos nas considerações sobre<br />

o Capítulo 1, a alfabetização cartográfica é um<br />

dos objetivos a ser alcançado ao longo do Ensino<br />

Fundamental I. Ler e interpretar dados expressos<br />

em mapas é um requisito fundamental também<br />

para a interpretação histórica.


Em relação à leitura de mapas, Rosângela<br />

D. Almeida aponta o seguinte caminho: “Inicia-<br />

-se uma leitura pela observação do título. temos<br />

que saber qual o espaço representado, seus limites,<br />

suas informações. Depois, é preciso observar<br />

a legenda ou a decodificação propriamente dita,<br />

relacionando os significantes e o significado dos<br />

signos relacionados na legenda. É preciso também<br />

se fazer uma leitura dos significantes/significados<br />

espalhados no mapa e procurar refletir<br />

sobre aquela distribuição/organização. Observar<br />

também a escala gráfica ou numérica acusada<br />

no mapa para posterior cálculo das distâncias a<br />

fim de se estabelecerem comparações ou interpretações”.<br />

Ao explorar o mapa com os alunos, ajude-<br />

-os a identificar o contorno do Brasil, inserido na<br />

América do Sul. Localize com a turma o Oceano<br />

Atlântico, que banha a costa brasileira. O mapa<br />

não traz a divisão dos estados brasileiros, assim,<br />

muitos podem apresentar dificuldade para interpretar<br />

os dados e localizar as regiões em que<br />

viviam os grupos indígenas representados na<br />

carta. Seria interessante que você levasse para<br />

a sala um mapa político do Brasil, para que os<br />

alunos estabeleçam comparações entre os espaços<br />

marcados no mapa e as regiões e os estados<br />

brasileiros.<br />

Para o desenvolvimento dessa etapa do capítulo,<br />

siga este roteiro:<br />

<strong>1.</strong> Mostre para os alunos, no mapa, nas terras<br />

que hoje formam o Brasil, a ocupação das famílias<br />

indígenas, ressaltando as várias etnias existentes.<br />

2. Na atividade, peça aos alunos para fazerem<br />

uma lista com os nomes dos grupos ou tribos<br />

indígenas que viviam aqui em 1500. Informe-as<br />

de que devem observar a legenda para descobrir<br />

o nome das tribos. É um exercício simples de leitura<br />

de mapa.<br />

O trabalho nas famílias indígenas (página 26)<br />

Pela leitura das imagens e do texto na sequência,<br />

mostre para os alunos que a estrutura<br />

da família indígena era a mesma que a de qualquer<br />

outra família, isto é, eles eram trabalhadores<br />

e cada membro da família tinha o seu trabalho e a<br />

sua função dentro do grupo.<br />

É interessante também destacar que todos na<br />

tribo sabiam fazer de tudo.<br />

Atividade de ampliação<br />

Você poderá propor para o grupo uma atividade<br />

em que os alunos deverão pesquisar se,<br />

na cidade ou região, há algum agrupamento ou<br />

alguma comunidade indígena e como vivem os<br />

indígenas atualmente.<br />

Na medida do possível, seria muito interessante<br />

fazer uma visita a essa comunidade para que os<br />

alunos possam conhecer os indígenas de perto e<br />

ouvir histórias sobre seus hábitos e costumes.<br />

A seguir, propomos algumas atividades que<br />

podem completar o trabalho em sala de aula. É<br />

importante lembrar que as atividades de ampliação<br />

podem ser utilizadas como exercício complementar<br />

ou como sugestão para avaliação. Isso fica<br />

a seu critério.<br />

Leia o texto e depois resolva os exercícios que<br />

se seguem:<br />

[...] Na época da seca ou na meia-estação<br />

– entre abril e setembro –, Kaxi acompanhava<br />

sua ixi no plantio de musukta, we xik’a,<br />

akoba, milho, cará, kagã, entre outras. Naturalmente,<br />

isso acon tecia após a coivara, trabalho<br />

masculino que consistia na derrubada<br />

e queimada de um pedaço de terreno a que<br />

a comunidade chamava de roça. Cada roçado<br />

tinha um dono cuja tarefa era o plantio<br />

dos meios necessários à sua sobrevivência e<br />

de sua família.<br />

Num desses dias de queimada, Kaxi, observando<br />

tudo tristemente, virou-se para sua<br />

ixi e perguntou-lhe:<br />

– Ixi, é preciso mesmo derrubar tantas<br />

árvores para plantar musukta e outros<br />

alimen tos? Elas parecem estar chorando de<br />

tristeza.<br />

– Kaxi – disse-lhe a mãe –, a natureza sofre<br />

quando as pessoas a destroem por maldade.<br />

Nós não temos outra saída. Se não derrubarmos<br />

algumas árvores para fazer nosso roçado,<br />

acabaremos morrendo de fome, pois precisamos<br />

nos alimentar. [...] Não se preocupe, pequeno<br />

Kaxi, a mãe Natureza sabe que nós não<br />

27


28<br />

estamos fazendo isso por maldade, e sim por<br />

necessidade de sobrevivência.<br />

Enquanto as mulheres cuidavam da ku e<br />

das tarefas domésticas, os homens se ocupavam<br />

das atividades de caça e pesca, coivara,<br />

arte sanato em que confeccionavam os arcos<br />

e flechas que usariam nas caçadas e pescarias.<br />

Eles os usariam também, se preciso fosse,<br />

para a defesa da aldeia contra eventuais<br />

inimigos. Além disso, os homens se reuniam<br />

diariamente, nos fins de tarde, para conversar<br />

sobre política, sobre os feitos mara vilhosos<br />

dos heróis criadores da humanidade.[...]<br />

MUNDURUKU<br />

Glossário<br />

PORTUGUÊS<br />

ixi mãe<br />

musukta mandioca<br />

we xik’a batata-doce<br />

akoba banana<br />

kagã cana<br />

ku roça, plantação<br />

Daniel Munduruku. Histórias de índio. São Paulo:<br />

Companhia das Letrinhas, 1996.<br />

<strong>1.</strong> Kaxi era um menino da tribo munduruku<br />

e seu povo falava a língua munduruku. No<br />

texto, aparecem algumas palavras escritas<br />

na língua de Kaxi. Reescreva a frase que<br />

está abaixo substituindo as palavras que estão<br />

em munduruku. Observe no Glossário o<br />

significado dessas palavras em português.<br />

Kaxi acompanhava sua ixi no plantio de<br />

musukta, we xik’a, akoba, milho, cará, kagã,<br />

entre outras.<br />

Kaxi acompanhava sua mãe no plantio<br />

de mandioca, batata-doce, banana, milho,<br />

cará, cana, entre outras.<br />

2. De acordo com o texto, na família indígena,<br />

quais são as atividades feitas pelos homens?<br />

As atividades masculinas são caça e<br />

pesca, coivara, arte sanato em que confeccionam<br />

os arcos e flechas que usam<br />

nas caçadas, nas pescarias e, se for preciso,<br />

na defesa da aldeia contra possíveis<br />

inimigos. Além disso, os homens se reú-<br />

nem nos fins de tarde para conversar sobre<br />

política.<br />

3. Você sabe explicar o que é a coivara?<br />

Coivara é uma técnica usada pelos índios<br />

para limpar a terra e preparar o terreno<br />

para o plantio. Eles cortam algumas árvores<br />

e queimam a mata.<br />

4. Quais são as tarefas das mulheres?<br />

As mulheres mundurukus cuidam da<br />

roça e das tarefas domésticas (cuidar dos<br />

filhos, cozinhar, entre outras).<br />

5. Certo dia, quando os homens estavam trabalhando<br />

na coivara, queimando o terreno,<br />

Kaxi observava tudo tristemente. Por quê?<br />

Kaxi ficava triste, pois achava que a natureza<br />

sofria porque a estavam destruindo.<br />

6. Pelo que você leu no texto, os indígenas<br />

respeitam a natureza? Ou eles a destroem<br />

por maldade?<br />

Os indígenas respeitam a natureza, pois<br />

só derrubam algumas árvores por necessidade<br />

de sobrevivência. Eles queimam<br />

um pedaço da mata para fazer o roçado<br />

e plantar alimentos; caso contrário, morrem<br />

de fome.<br />

7. Faça uma ilustração para esse texto.<br />

Conhecendo mais (página 28)<br />

A seção Conhecendo mais tem como objetivo<br />

trazer, por meio de uma imagem, de um texto<br />

ou de uma atividade, mais uma informação sobre<br />

o tema trabalhado. Essa informação é mais uma<br />

etapa da construção do conhecimento.<br />

No caso específico deste Conhecendo mais,<br />

existe um texto que traz informações sobre como<br />

as crianças indígenas aprendem com os pais.<br />

Sugerimos os seguintes passos:<br />

1 o passo – Faça a leitura do texto com os alunos<br />

pelo menos duas vezes. Na primeira, simplesmente<br />

apresente o assunto; na segunda, abra espaço<br />

para que os alunos comentem aquilo que mais<br />

chamou a atenção deles.<br />

2 o passo – Após a leitura do texto e das imagens,<br />

os alunos devem perceber as diferenças e as semelhanças<br />

que existem entre a educação dos indígenas<br />

e a deles.


3 o passo – Para finalizar, individualmente, eles deverão<br />

responder às atividades propostas.<br />

Atividade de ampliação<br />

Depois de ler o texto com atenção, faça o<br />

que se pede.<br />

[...] Kaxi também não es quecia das outras<br />

crian ças e com elas brincava uma boa parte<br />

do dia. Logo pela manhã ele se juntava a<br />

outros meninos – pois os meninos sempre<br />

andavam juntos – e iam até o igarapé nadar,<br />

brincando ou competindo para aprimorar a<br />

coordenação motora. Os pais das crianças as<br />

incentivavam a agir dessa maneira, pois era<br />

uma forma de desenvolver os movimentos<br />

do corpo, treinar a agilidade corporal e aprender<br />

a viver em grupo.<br />

Após o banho e a brincadeira, ele devia<br />

se ocupar de alguma tarefa com a mãe ou<br />

o pai.<br />

[...] Quando voltavam dos seus afazeres,<br />

mais uma vez as crianças se reuniam e contavam<br />

o que tinham feito. Um contava que<br />

tinha ido pescar com o pai; outro, que tinha<br />

ido à roça com a mãe, carregado o cesto com<br />

mandioca para a casa de farinha, outro ainda<br />

dizia ter ralado mandioca para fazer o beiju<br />

ou jogado massa no tipiti. Depois de todos<br />

terem falado sobre suas atividades, iam até o<br />

rio e tomavam um gostoso banho, não sem<br />

fazer um grande alarido imitando wasuyu,<br />

poy’iayu ou outros bichos que eles conheciam.<br />

Após o banho, todos se reuniam em torno<br />

da fogueira que era acesa no meio do ter reiro<br />

e passavam a conversar. Kaxi, pela sim ples<br />

observação, conseguia entender que estava<br />

sendo instruído no modo de vida de seu<br />

povo. Recordou que, um dia, seu pai lhe dissera<br />

que os brancos aprendem o seu modo de<br />

ser indo a um lugar a que chamam de escola,<br />

onde ficam sabendo tudo o que precisam<br />

sobre sua cultura, e isso lhes dá prestígio e<br />

poder sobre os demais homens. Kaxi achava<br />

estra nha essa maneira de aprender, uma vez<br />

que as crianças não an davam pela flo resta,<br />

não imita vam os pássaros, não sabiam fazer<br />

arapuca ou uma armadilha qualquer [...]<br />

Daniel Munduruku. Histórias de índio. São Paulo:<br />

Companhia das Letrinhas, 1996.<br />

Glossário<br />

MUNDURUKU PORTUGUÊS<br />

wasuyu pássaros<br />

poy’iayu macacos<br />

<strong>1.</strong> Coloque V para as afirmações verdadeiras<br />

e F para as falsas.<br />

a) O menino Kaxi costumava ir à escola<br />

todos os dias. ( F )<br />

b) Kaxi morava com sua família indígena<br />

na floresta. ( V )<br />

c) O avô de Kaxi contou para ele que os<br />

brancos aprendem sua cultura num lugar<br />

chamado escola. ( F )<br />

d) As brincadeiras são incentivadas pelos<br />

pais indígenas porque desenvolvem<br />

os movimentos do corpo e ajudam as<br />

crianças a ter agilidade corporal e a<br />

aprender a viver em grupo. ( V )<br />

e) Kaxi aprendia sua cultura e o modo de<br />

vida de seu povo pela observação nas<br />

rodas de conversas em volta da fogueira.<br />

( F )<br />

2. Qual é a rotina de um dia na vida do menino<br />

Kaxi?<br />

Logo pela manhã, Kaxi ia com seus amigos<br />

ao igarapé, onde nadavam, brincavam ou<br />

competiam para aprimorar a coordenação<br />

motora. Depois, cada um tinha alguma tarefa<br />

para realizar com a mãe ou com o pai.<br />

Mais tarde, juntava-se a outros meninos,<br />

conversavam sobre suas atividades e iam<br />

até o rio para tomar outro banho. Após o<br />

banho, todos, crianças e adultos, se reuniam<br />

em torno de uma fogueira para conversar<br />

e aprender com as histórias contadas<br />

pelos mais velhos.<br />

3. Quais são as diferenças e/ou semelhanças<br />

que existem entre a maneira de aprender<br />

das crianças indígenas e a sua?<br />

29


30<br />

Espera-se que os alunos tenham entendido<br />

que os indígenas aprendem com<br />

a experiência, nas brincadeiras com os<br />

amigos, seguindo seus pais nas suas atividades,<br />

observando e escutando histórias<br />

das pessoas mais velhas. As crianças<br />

da cidade, chamadas pelos indígenas de<br />

brancos, aprendem na escola e também<br />

com os pais em algumas situações.<br />

Famílias europeias (página 30)<br />

As famílias europeias foram também importantes<br />

no processo de formação do povo<br />

brasileiro.<br />

O mapa da página 30 tem como intenção<br />

uma localização simples do Brasil, habitado pelos<br />

indígenas, e da Europa, com destaque para Portugal,<br />

para que os alunos localizem de que parte do<br />

mundo os portugueses saíram.<br />

Você pode trabalhar com os alunos seguindo<br />

as mesmas orientações para a leitura do mapa<br />

apresentadas anteriormente neste manual. Sugerimos<br />

que utilize um mapa-múndi grande para<br />

facilitar a visualização, ou, ainda que mostre um<br />

globo terrestre para que os alunos concretizem<br />

um pouco mais a ideia do planisfério.<br />

Sugestão para desenvolvimento dessa etapa.<br />

<strong>1.</strong> Mostre para os alunos onde fica a Europa<br />

no mapa.<br />

2. Destaque Portugal e, se for possível, comente<br />

que os portugueses são conhecidos<br />

na História como grandes navegadores.<br />

3. Mostre onde está localizado o Brasil e qual<br />

foi o caminho feito pelos navegadores<br />

portugueses para chegar aqui.<br />

Praticando (página 30) – “Portugal e o<br />

Brasil”<br />

Para que os alunos localizem os continentes,<br />

use um mapa do mundo de tamanho adequado<br />

para que todo o grupo o visualize. Em seguida,<br />

localize com eles o Brasil e os continentes que<br />

eles conhecem ou dos quais já ouviram falar.<br />

Peça a eles que escrevam no caderno os nomes<br />

dos continentes.<br />

Famílias portuguesas no Brasil (página 31)<br />

Sugestões para desenvolvimento desta etapa<br />

do capítulo:<br />

1 o passo – Faça uma análise das imagens com os<br />

alunos destacando os costumes das famílias portuguesas.<br />

2 o passo – Faça uma comparação entre os costumes<br />

das famílias portuguesas e indígenas, pedindo<br />

para que os alunos apontem as diferenças.<br />

Algumas delas são essenciais, como:<br />

a) A família portuguesa era patriarcal, com o pai<br />

exercendo o domínio sobre todos, decidindo<br />

desde o casamento das filhas à profissão dos<br />

filhos. As pessoas da família deviam obedecer<br />

a tudo o que ele determinasse.<br />

b) Ao contrário das famílias portuguesas, nas famílias<br />

indígenas todos tinham os mesmos direitos<br />

e a liberdade de fazer o que quisessem e<br />

no momento que achassem melhor.<br />

Praticando (página 32)<br />

Nesta atividade, os alunos devem fazer uma<br />

comparação entre a maneira de viver das famílias<br />

indígenas e a das portuguesas.<br />

No fim, devem concluir e aprender que as<br />

relações entre os indígenas eram igualitárias, enquanto<br />

a dos portugueses era patriarcal – quer<br />

dizer, o pai ou o chefe de família era quem decidia<br />

tudo e mandava em todos da família.<br />

Famílias africanas (página 33)<br />

Com as famílias africanas, fechamos o primeiro<br />

ciclo do processo de formação do povo brasileiro,<br />

que será complementado no Capítulo 3.<br />

As famílias africanas, assim como as indígenas<br />

e as portuguesas, foram fundamentais para a formação<br />

do povo e da cultura brasileiros.<br />

Sugestões de desenvolvimento:<br />

1 o passo – Pela leitura do mapa, peça aos alunos<br />

que localizem o continente africano.<br />

2 o passo – Destaque que os africanos vieram para<br />

o Brasil como escravos.<br />

3 o passo – Indique o caminho que os traficantes<br />

de escravos faziam, saindo da Europa em direção


à África, onde aprisionavam os africanos que traziam<br />

para o Brasil.<br />

4 o passo – Novamente, utilize o mapa do mundo<br />

grande e o globo terrestre com o objetivo de localizar,<br />

com os alunos, o Brasil, os países europeus<br />

e o continente africano.<br />

5 o passo – Em seguida, leia o texto “Como as famílias<br />

africanas vieram para o Brasil?”.<br />

Vida na África (página 34)<br />

Desenvolver um trabalho sobre a vida das famílias<br />

na África é de extrema importância devido<br />

a vários fatores. Com esse trabalho, os alunos terão<br />

a oportunidade de conhecer o outro lado dessas<br />

famílias e de construir uma visão mais ampla dos<br />

seus hábitos, costumes, maneira de viver, enfim,<br />

da cultura africana em um contexto diferente do<br />

da escravidão.<br />

Como desenvolvimento dessa etapa, apresente<br />

a África e as famílias africanas e leia o texto<br />

das páginas 34 a 36, paralelamente com a análise<br />

das imagens.<br />

Utilizando esse procedimento, os alunos poderão<br />

saber mais sobre a estrutura da família africana,<br />

seus hábitos, costumes e as atividades desenvolvidas<br />

pelos homens e pelas mulheres.<br />

Influências nos costumes brasileiros<br />

(página 36)<br />

Neste tópico, vamos conhecer algumas contribuições<br />

que as famílias indígenas, portuguesas<br />

e africanas deram para a formação das famílias<br />

brasileiras de hoje e saber um pouco mais sobre<br />

a influência de cada uma delas na vida e nos costumes<br />

brasileiros.<br />

Para isso, sugerimos estes passos:<br />

1o passo – Pelos textos e pelas imagens, dê ênfase<br />

a todas as influências retratadas, sempre buscando,<br />

junto com os alunos, perceber o quanto elas<br />

aparecem em suas vidas.<br />

2o passo – Se for possível, registre no quadro de<br />

giz tudo aquilo que for destacado.<br />

3o passo – Para trabalhar a contribuição das famílias<br />

indígenas, sugerimos:<br />

3.<strong>1.</strong> Se possível, ouça com a turma a música de<br />

Hélio Ziskind – “tu tu tu tupi” – ou apenas sigam<br />

a letra da canção (p. 36 e 37).<br />

3.2. Caso não tenha condições de tocar a música,<br />

faça a leitura da letra quantas vezes considerar<br />

necessário e converse com os alunos sobre<br />

o nome e o tema da música.<br />

3.3. Questione como eles percebem a presença<br />

dos indígenas na música e na nossa vida. Para<br />

isso, você poderá utilizar os versos que julgar<br />

mais adequados. Explique para os alunos que<br />

eles já falam a língua indígena sem saber.<br />

3.4. Em seguida, peça aos alunos que respondam<br />

às questões propostas. Se achar conveniente,<br />

de acordo com o perfil da sua turma,<br />

sugira que trabalhem em grupo e façam<br />

apenas o registro individual, cada um no seu<br />

caderno.<br />

Observação: na questão 6, consideramos interessante<br />

que você oriente sobre como construir<br />

a lista de palavras. Na questão 7, sugerimos que<br />

sejam escolhidas palavras de origem indígena<br />

comuns da cidade ou da região onde está localizada<br />

a sua escola, como nomes da cidade,<br />

de bairros, ruas ou alimentos.<br />

4 o passo – A seção Você é o historiador traz a<br />

proposta de uma atividade de pesquisa para explorar<br />

a contribuição dos africanos para a cultura<br />

e o folclore brasileiros. Antes de pedir que desenvolvam<br />

a pesquisa, sugerimos que você faça as<br />

seguintes atividades.<br />

4.<strong>1.</strong> Faça uma leitura das imagens e dos textos<br />

com os alunos.<br />

4.2. Converse com os alunos e pergunte quem<br />

conhece os instrumentos apresentados e a<br />

capoeir a. Questione quais são os costumes<br />

das famílias africanas que fazem parte do<br />

nosso presente.<br />

4.3. Na sequência, converse com os alunos sobre o<br />

que é folclore. Mostre a eles a riqueza do folclore<br />

brasileiro, citando alguns exemplos de seres<br />

encantados, histórias, músicas e festas populares,<br />

destacando que muitos elementos encontrados<br />

no nosso folclore foram trazidos para o<br />

Brasil por famílias que vieram morar aqui.<br />

31


4.4. Em seguida, oriente os alunos sobre a pesquisa<br />

proposta. Caso a sua escola possua biblioteca,<br />

leve a turma para pesquisar livros que<br />

falem sobre o tema.<br />

4.5. Os alunos, após uma leitura dos livros escolhidos,<br />

devem optar por duas festas do folclore<br />

do Brasil que sejam de origem africana.<br />

4.6. Para finalizar, peça que descrevam essas festas<br />

no caderno, dando ênfase aos elementos<br />

africanos que as caracterizam.<br />

5 o passo – trabalhe as contribuições das famílias<br />

europeias. Apresentamos algumas sugestões para<br />

o desenvolvimento desse tema.<br />

5.<strong>1.</strong> Faça a leitura das imagens com os alunos e<br />

leia o texto abaixo do quadro.<br />

5.2. Questione-os sobre quais são as brincadeiras<br />

retratadas, quem as conhece, quem já brincou<br />

etc.<br />

5.3. Em seguida, peça aos alunos que escolham<br />

duas brincadeiras. Oriente-os para que escrevam<br />

no caderno os nomes e as regras dessas<br />

brincadeiras e, depois, façam um desenho<br />

retratando-as.<br />

Com isso, concluímos essa parte do estudo<br />

propiciando aos alunos um contato maior com as<br />

contribuições dos três povos trabalhados.<br />

Capítulo 3 – Outras famílias<br />

brasileiras (página 42)<br />

Agora vamos conhecer algumas outras famílias<br />

que vieram para o Brasil e também contribuíram<br />

para a formação do povo brasileiro.<br />

O capítulo se inicia com várias fotos de famílias<br />

imigrantes no passado e famílias descendentes<br />

desses imigrantes nos dias de hoje. Peça<br />

aos alunos que explorem essas fontes históricas,<br />

buscando identificar semelhanças e diferenças: na<br />

composição das famílias, nas “poses”, no vestuário,<br />

na hierarquia entre os membros da família etc.<br />

trabalhe com eles a ideia de imigração: por<br />

que essas famílias saíram de seus países de origem?<br />

Por que escolheram o Brasil para viver? Essa<br />

sensibilização preparará os alunos para a discussão<br />

proposta a seguir, sobre as influências desses<br />

vários grupos imigrantes na cultura brasileira.<br />

32<br />

Famílias italianas (página 44)<br />

Assim como foi feito com as famílias portuguesas<br />

e africanas, faça a leitura das imagens e<br />

mostre no mapa-múndi e no globo terrestre onde<br />

fica a Itália, na Europa, e o caminho percorrido<br />

pelos italianos para chegar ao Brasil. Em seguida,<br />

converse com os alunos sobre os costumes italianos,<br />

sua influência na nossa cultura e o porquê de<br />

eles terem vindo para cá.<br />

Praticando (página 45) – “Contribuições<br />

dos italianos”<br />

Para a realização dessa atividade, é necessário<br />

que os alunos tenham material adequado para<br />

desenho (cartolina ou folha de sulfite) e se organizem<br />

em grupos.<br />

Após observar a foto da página anterior e conversar<br />

entre si, cada grupo deve registrar por escrito<br />

e em desenhos as contribuições que conhecem<br />

dos italianos.<br />

Exponha os desenhos em um mural.<br />

Outras famílias (páginas 46 a 51)<br />

Sugerimos que você utilize o mesmo procedimento<br />

adotado com famílias italianas para<br />

a apresentação e trabalho com as famílias alemãs,<br />

japonesas, espanholas, sírio-libanesas e<br />

judias.<br />

Sugerimos também que o mapa do mundo<br />

seja utilizado com o objetivo de localizar cada um<br />

dos países de origem desses povos, para que os<br />

alunos tenham uma ideia da distância deles em<br />

relação ao Brasil.<br />

Praticando (página 53) – “Origem das<br />

famílias que vieram para o Brasil”<br />

Para essa atividade, sugerimos estas etapas:<br />

<strong>1.</strong> Auxilie os alunos tanto na construção da<br />

tabela quanto na elaboração do gráfico.<br />

2. Oriente os alunos a preencherem a tabela<br />

com as informações pedidas, que podem<br />

ser encontradas nos textos sobre cada família.<br />

Com essas informações, eles construirão<br />

o gráfico de barras conforme orientação.


3. Para facilitar, faça um gráfico idêntico no quadro<br />

de giz e realize cada passo junto com os<br />

alunos. Com o gráfico construído e pintado,<br />

proponha um exercício de leitura do gráfico,<br />

além de outras perguntas como: quantas famílias<br />

foram trabalhar como operárias e no<br />

campo? Quais são os tipos de trabalho que<br />

menos aparecem no gráfico?<br />

4. Depois de todas essas etapas, os alunos<br />

terão condições de responder às questões<br />

propostas.<br />

Atividade de ampliação<br />

Leia o texto e depois faça as atividades.<br />

O vô Felipe e a vó Póli eram os pais do meu<br />

pai. Eles nasceram na Ucrânia, que naquela<br />

época fazia parte da Rússia. Para escapar de<br />

lá, onde muitos judeus foram perseguidos –<br />

só porque eram judeus! –, eles rastejaram,<br />

escondidos, através de uma plantação de<br />

milho. Cruzaram a fronteira e pegaram um<br />

navio para o Brasil. Acabaram indo morar em<br />

Porto Alegre.<br />

[...] Lá na Europa não havia trabalho para<br />

todo mundo e as pessoas estavam passando<br />

fome; ou eram perseguidas, como meus<br />

avós, por seguirem outra religião. Precisava<br />

ter muita coragem para sair de lá e se mudar<br />

para tão longe, como o Brasil ou os Estados<br />

Unidos. Devia ser tão estranho para eles<br />

como seria para nós ir morar na Rússia.<br />

Quando o vô Felipe e a vó Póli chegaram<br />

ao Brasil, só falavam russo e ídiche. Tiveram<br />

de se virar para aprender português e conseguir<br />

ganhar a vida. No começo, o vô Felipe<br />

vendia tecidos de porta em porta. Acabou<br />

juntando dinheiro e abriu uma loja no centro<br />

da cidade.<br />

[...] Era uma sala com prida, um pouco<br />

escura, com rolos grandes de tecido nas<br />

prateleiras.<br />

[...] Eu adorava ver aqueles metros e metros<br />

de tecido colorido; mas o que eu mais<br />

gostava, mesmo, era da máquina de cal cular<br />

do vô Felipe. Naquela época, ainda não existiam<br />

calculadoras como as de hoje, muito<br />

menos computador. No canto do balcão, ficava<br />

uma máquina re gistradora, dessas que<br />

a gente ainda vê de vez em quando em lojinhas<br />

anti gas. Tinha muitas teclas de números<br />

e uma manivela grande do lado, que fazia<br />

triiimm quando alguém acabava a conta.<br />

Arthur Rosenblat Nestrovski. Histórias de avô e avó.<br />

São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998. p. 21-22.<br />

(Coleção Memória e História).<br />

<strong>1.</strong> Vamos ver se você seria um bom historiador.<br />

Essa história aconteceu em que tempo?<br />

[ X ] passado ou [ ] presente.<br />

Copie do texto a parte que mostra o tempo<br />

em que ela ocorreu.<br />

Naquela época, ainda não existiam calculadoras<br />

como as de hoje, muito menos<br />

computador. No canto do balcão, ficava<br />

uma máquina re gistradora, dessas que a<br />

gente ainda vê de vez em quando em lojinhas<br />

anti gas.<br />

2. O narrador do texto, que é o autor, conta a<br />

história de uma família de judeus.<br />

Complete o quadro com informações encontradas<br />

no texto.<br />

Nome do autor do texto: Arthur<br />

Rosenblat Nestrovski.<br />

De quais pessoas ele está falando:<br />

do avô dele, pais do seu pai.<br />

Onde nasceram essas pessoas: elas<br />

nasceram na Ucrânia, Rússia/Europa.<br />

Por que elas vieram para o Brasil:<br />

estavam sendo perseguidos porque<br />

eram judeus.<br />

Onde foram morar: foram morar<br />

em Porto Alegre, Rio Grande do Sul<br />

Que língua ele falavam: eles falavam<br />

russo e ídiche – língua falada por<br />

judeus da Europa central e do Leste<br />

Europeu.<br />

3. De acordo com o texto, por que as pessoas<br />

eram obrigadas a sair de seus países na<br />

Europa?<br />

Lá na Europa, não havia trabalho para<br />

todo mundo e as pessoas estavam passando<br />

fome; ou eram perseguidas por<br />

33


34<br />

seguirem outra religião, como no caso<br />

dos avós da história, que eram judeus.<br />

4. Qual era o trabalho do vô Felipe quando<br />

chegou ao Brasil?<br />

mascate [ X ] agricultor [ ] operário [ ]<br />

O que ele fazia?<br />

Vendia tecidos de porta em porta.<br />

5. Explique com suas palavras o que é uma<br />

máquina re gistradora.<br />

Registradora é uma máquina que serve<br />

para cal cular o valor de uma compra.<br />

Conhecendo mais (página 56)<br />

Para desenvolver esse Conhecendo mais, sugerimos<br />

que você converse com os alunos sobre as<br />

contribuições de cada grupo imigrante para a nossa<br />

cultura, pontuando que é na culinária que mais<br />

sentimos essas influências. Os alunos deverão, então,<br />

observar as fotos dos pratos típicos e dizer quais são<br />

aqueles consumidos na sua casa e por quê.<br />

Você é o historiador (página 58) – “Os<br />

pratos típicos da minha família”<br />

Aproveitando essa pesquisa, você pode propor<br />

um trabalho com os alunos sobre suas origens<br />

ou, então, sobre a origem das famílias que<br />

deram início à formação da sua cidade ou bairro.<br />

Para a realização da pesquisa em casa, siga os<br />

seguintes passos:<br />

1 o passo – Oriente os alunos a conversar com<br />

as pessoas da sua família sobre os pratos típicos,<br />

mostrando para eles as fotos do Conhecendo<br />

mais (p. 56 e 57).<br />

2 o passo – Feito isso, peça aos alunos que descubram<br />

quais são os pratos feitos por sua família e<br />

por quê.<br />

3 o passo – Para finalizar, peça que eles registrem<br />

tudo o que conversaram em casa para, depois,<br />

apresentar aos colegas.<br />

Explorando o que aprendemos! (página 59)<br />

Este é o momento de sistematizar o que foi<br />

aprendido nessa primeira unidade.<br />

Vamos utilizar a brincadeira de papéis ou dramatização:<br />

é uma estratégia que permite compre-<br />

ender e vivenciar a realidade de pessoas ou grupos<br />

sociais tornando mais significativa a aprendizagem.<br />

A brincadeira de “papel” oferece a oportunidade<br />

para os alunos e alunas experimentarem<br />

as dúvidas, problemas, privilégios ou<br />

sentimentos de persona gens conhecidos do<br />

meio, ou de outros sobre os quais devem-se<br />

informar para assumir seu papel, como no<br />

caso da empatia histórica.<br />

Sua utilidade didática, além da<br />

potencialidad e de tornar mais significativa a<br />

aprendizagem de conhecimentos em Ciências<br />

Sociais (profissões, situações de decisão<br />

em que podem opinar), inicia os alunos na<br />

análise das motivações de outras pessoas<br />

(conhecidos, desconhecidos, históricos) e,<br />

portanto, aumenta sua compreensão e tolerância<br />

para com a diversidade de pessoas,<br />

de opiniões, de situações e de alternativas<br />

que nos rodeiam ou nos rodearam.<br />

Antoni Zabala. Como trabalhar os conteúdos procedimentais<br />

em aula. 2. ed. Porto Alegre: Artmed,<br />

1999.<br />

A dramatização tem como tema a vida das famílias<br />

indígenas, africanas e portuguesas.<br />

Para o desenvolvimento dessa atividade, divida<br />

a turma em três grupos — cada um irá representar<br />

uma das famílias. Cada grupo deverá recordar<br />

tudo o que foi estudado sobre os grupos e a<br />

família que representará.<br />

Em seguida, oriente os membros de cada<br />

grupo a escrever uma história falando sobre essa<br />

família, com informações como: sua origem,<br />

como chegaram ao Brasil, quais são seus hábitos<br />

e costumes etc.<br />

Para finalizar, deverão representar sua história<br />

para o restante da turma.<br />

Observação: essa atividade pode ser utilizada<br />

como um elemento da avaliação.<br />

Sugerimos ainda que, se a turma for numerosa,<br />

você crie mais grupos, abrindo a possibilidade de<br />

escolha para outras famílias apresentadas na unidade:<br />

italianos, japoneses, alemães, espanhóis, sírio-libaneses<br />

e judeus. O procedimento para a realização<br />

da atividade é o mesmo descrito anteriormente.


UNIDADE 2 – Onde vivemos<br />

Capítulo 1 – Bairros e cidades<br />

Capítulo 2 – Algumas cidades brasileiras<br />

Capítulo 3 – As cidades e os cidadãos<br />

Objetivo geral<br />

Possibilitar que os alunos percebam e reconheçam o espaço em que vivem, como ele é formado e<br />

suas responsabilidades e direitos como cidadãos ou cidadãs.<br />

Conteúdos<br />

• Os bairros • Conhecendo algumas cidades brasileiras<br />

• Meu bairro • Os cidadãos, direitos e responsabilidades<br />

• As cidades<br />

Abertura da unidade (página 60)<br />

A proposta desta unidade é possibilitar que<br />

os alunos percebam e reconheçam o espaço em<br />

que vivem.<br />

Para o desenvolvimento dessa proposta, primeiro,<br />

peça que os alunos façam uma leitura da obra<br />

Dança de Roda, do pintor Alberto da Veiga Greignard.<br />

Em seguida, converse com a turma para que os<br />

alunos falem o que está retratado na obra e quais<br />

são os elementos presentes que dão a ideia de que<br />

esse é um local onde vive uma comunidade.<br />

O que sabemos? (página 61)<br />

Converse com os alunos sobre todos os elementos<br />

presentes na imagem. O objetivo é fazer<br />

com que eles falem a respeito de tudo o que existe<br />

em um bairro.<br />

Capítulo 1 – Bairros e cidades<br />

(página 62)<br />

Neste capítulo vamos desenvolver os conceitos<br />

de bairro e cidade. Como ponto de partida,<br />

optamos por um trabalho em que os alunos<br />

construam esses conceitos com base no conhecimento<br />

que eles têm do seu bairro e de sua cidade.<br />

Esperamos que, ao fim do capítulo, os alunos<br />

relacionem o que sabem sobre o seu bairro ao<br />

que aprenderam e também com os elementos<br />

trabalhados.<br />

Além disso, é importante que eles tenham<br />

uma visão de que o bairro é formado por diferentes<br />

tipos de moradias, comércio, serviços e<br />

ainda tem diversos meios de transporte que devem<br />

ajudar no deslocamento dos moradores da<br />

região.<br />

Praticando (página 63) – “O bairro”<br />

Esta é uma atividade de leitura de imagem<br />

em que os alunos irão descrever e relacionar no<br />

caderno tudo o que veem no desenho.<br />

Praticando (página 65)<br />

Esta atividade tem a finalidade de ampliar a<br />

visão dos alunos sobre o que é um bairro.<br />

Apresentamos algumas sugestões para seu<br />

desenvolvimento.<br />

<strong>1.</strong> Peça que os alunos observem os desenhos<br />

da página 64.<br />

2. Oriente-os a dividir uma folha de papel avulso<br />

em três colunas. Nelas, os alunos irão:<br />

a) registrar na 1 a coluna o nome de todas as<br />

coisas que estão no desenho e que eles<br />

encontram no bairro em que moram.<br />

35


36<br />

b) registrar na 2 a coluna o nome de todas<br />

as coisas que estão no desenho e<br />

que eles não encontram no bairro em<br />

que moram.<br />

c) registrar na 3 a coluna aquilo que há no<br />

bairro em que moram e que não está<br />

no desenho.<br />

3. Em seguida, peça para os alunos desenharem,<br />

no verso da folha de sulfite, o bairro<br />

em que moram e apresentarem a atividade<br />

para o restante da turma.<br />

Você é o historiador (página 66)<br />

O objetivo desta atividade de pesquisa é<br />

levar os alunos a investigar a história do bairro<br />

onde vivem. Você pode ajudá-los fazendo um levantamento<br />

prévio de informações sobre as áreas.<br />

Mas o mais interessante é que eles busquem<br />

as informações com “investigações” e entrevistas,<br />

explorando bastante as fontes históricas e a história<br />

oral.<br />

A pesquisa pode ser feita em dicionários ou<br />

na internet. Para isso, sugerimos que tenha a sua<br />

orientação.<br />

Depois de encontrada a origem dos nomes<br />

dos bairros, você poderá retomar assuntos tratados<br />

na Unidade 1 e relacionar o nome do bairro à contribuição<br />

cultural das famílias que formam o povo<br />

brasileiro (se for o caso).<br />

Atividade (página 66) – Maquete do<br />

bairro<br />

Para desenvolver esta atividade, converse<br />

com a turma sobre o que é uma maquete. Apresente<br />

aos alunos fotos de maquetes, por exempl o,<br />

propagandas de construções que mostram condomínios<br />

de prédios e casas ou fotos de jornal.<br />

Com essas informações, os alunos poderão<br />

realizar a atividade em casa e trazê-la para a escola<br />

na data que você determinar. Sugerimos que<br />

conste como elemento de avaliação.<br />

Contudo, de acordo com a realidade da turma,<br />

essa atividade pode ser feita em grupo ou na<br />

própria sala de aula, para que o trabalho dos alunos<br />

seja orientado e acompanhado.<br />

As cidades (página 68)<br />

Leia com os alunos, várias vezes, a letra da<br />

música “A cidade ideal” e, se possível, reproduza a<br />

música para eles ouvirem, acompanhando a letra,<br />

pois esse procedimento contribui para a compreensão<br />

do texto.<br />

Na sequência, eles deverão responder às questões<br />

do livro fazendo a interpretação do texto.<br />

Depois de todas as respostas prontas, cada<br />

grupo deve apresentar o que entendeu da letra<br />

da música.<br />

Partindo da ideia de cidade passada pela música,<br />

construa com a turma a definição do que é<br />

cidade, também chamada de município.<br />

Praticando (página 71) – “A minha cidade”<br />

Neste momento, peça aos alunos que descrevam<br />

como é a cidade em que vivem: sua paisagem,<br />

sua natureza, se há comércio, indústria, os<br />

tipos de moradia etc.<br />

Conviver na cidade: ser cidadão (página 71)<br />

O conceito de cidadania está presente nos<br />

quatro livros desta coleção. Porém, a definição começa<br />

a ser delineada nesta unidade.<br />

Para definir o ser cidadão:<br />

<strong>1.</strong> Analise tudo o que está no desenho que<br />

retrata a cidade da página 7<strong>1.</strong> Durante a<br />

análise, descreva a função desses serviços<br />

públicos e sua importância para os moradores<br />

das cidades.<br />

2. Diga para a turma quem é o prefeito e como<br />

ele administra a cidade, auxiliado pelos vereadores.<br />

tanto o prefeito quanto os vereadores<br />

são escolhidos pela população por meio<br />

do voto, nas eleições.<br />

É importante ressaltar que é o prefeito que<br />

tem a responsabilidade de cuidar dos serviços públicos,<br />

sendo responsável também pela melhoria<br />

das condições de vida dos habitantes da cidade.<br />

Mas é importante destacar, entretanto, que todos<br />

os moradores precisam colaborar para conservar e<br />

preservar tudo que é público. Por isso, é importante<br />

participar da escolha do prefeito nas eleições.


Professor: espera-se que o aluno entenda que<br />

a função:<br />

• da escola é de ensinar e que a educação formal<br />

é importante para a vida de qualquer<br />

pessoa.<br />

• do hospital é atender as pessoas e oferecer<br />

tratamento a doentes e feridos.<br />

• dos serviços de limpeza inclui os serviços<br />

de coleta do lixo, varrição de ruas, capina,<br />

lavagem de locais onde há feiras livres, disposição<br />

final e tratamento dos resíduos etc.<br />

Esses serviços são importantes para manter<br />

a cidade limpa.<br />

• dos sinais de trânsito é regular, advertir,<br />

orientar, informar e controlar a circulação<br />

de veículos e pedestres nas vias terrestres.<br />

• dos meios de transportes é um serviço de<br />

utilidade pública que tem como objetivo<br />

colocar veículos à disposição dos moradores<br />

para facilitar a locomoção deles pela cidade.<br />

Os veículos podem ser: ônibus, trem<br />

e metrô.<br />

• da segurança pública é de proteger os moradores<br />

da cidade, prevenindo e controlando<br />

atitudes de violência e crimes.<br />

• Professor: aqui a intenção é trabalhar com<br />

os alunos a função de cada um desses serviços<br />

públicos e destacar a importância deles<br />

para atender às necessidades dos cidadãos.<br />

Atividade de ampliação<br />

Pesquisa: faça uma pesquisa e descubra quais<br />

são os serviços públicos que a cidade deve oferecer<br />

para os cidadãos.<br />

Para o desenvolvimento dessa atividade,<br />

oriente os alunos sobre o tema da pesquisa: o<br />

que é serviço público e o que eles devem procurar<br />

saber.<br />

Se a escola tiver disponível um laboratório de<br />

informática, a pesquisa pode ser feita na internet.<br />

Caso esse recurso não exista, a pesquisa<br />

pode ser feita em livros ou por meio de entrevistas<br />

com adultos.<br />

Relacionamos a seguir quais são os serviços<br />

públicos que a cidade deve oferecer para os cidadãos:<br />

• segurança pública (Corpo de Bombeiros e<br />

policiamento);<br />

• tratamento de água e esgoto;<br />

• limpeza pública;<br />

• construção e manutenção de hospitais,<br />

prontos-socorros e postos de saúde;<br />

• construção e manutenção de creches, escolas,<br />

bibliotecas, centros culturais, teatros<br />

e museus;<br />

• arborização de ruas e locais públicos;<br />

• calçamento, conserto e iluminação de<br />

ruas, praças, jardins e avenidas;<br />

• instalação e manutenção de áreas de lazer,<br />

parques infantis e centros esportivos;<br />

• construção e conservação de pontes e viadutos;<br />

• sinalização de trânsito, placas indicativas,<br />

placas com nomes das ruas etc.<br />

Quando a pesquisa for entregue, converse<br />

com os alunos sobre esses serviços e por que cada<br />

um deles é importante para a vida da população.<br />

Você, junto com os alunos, também pode fazer<br />

um levantamento sobre quais serviços, na opinião<br />

deles, devem receber mais atenção do prefeito de<br />

sua cidade. Ou, então, identificar a lgum serviço público<br />

que não existe e precisa ser i mplantado.<br />

Observação: a partir dessa discussão, uma<br />

carta destinada ao prefeito da cidade poderá ser<br />

escrita, com as sugestões e os pedidos da turma<br />

no que diz respeito aos serviços públicos.<br />

Os cidadãos (página 72)<br />

Neste momento, vamos trabalhar com os alunos<br />

o que é ser cidadão.<br />

Chamamos de cidadãos os moradores das cidades,<br />

mas esse conceito é mais amplo. Ser cidadão<br />

é respeitar e contribuir com as outras pessoas<br />

na escola, nas ruas, em todos os lugares. É também<br />

ser livre para votar e escolher aqueles que irão representá-lo:<br />

o prefeito e os vereadores.<br />

todos os cidadãos têm direitos e deveres. têm<br />

direito à educação, à saúde, à alimentação e a um<br />

lugar para viver com dignidade. têm deveres, ou<br />

seja, responsabilidade de contribuir para manter a<br />

cidade limpa, cuidar e preservar a natureza, obedecer<br />

às regras de trânsito etc.<br />

37


Atividade (página 73)<br />

Para esta atividade, oriente os alunos a fazerem<br />

a leitura das imagens e converse com eles<br />

sobre os direitos e deveres ali retratados.<br />

Depois disso, coloque à disposição dos grupos<br />

papel para que confeccionem os cartazes para divulgação<br />

dos direitos e dos deveres dos cidadãos.<br />

Nesse momento é importante mostrar para<br />

a turma que, para ter sua cidadania respeitada, é<br />

necessário que cada um se aproprie dos seus direitos<br />

e participe de maneira ativa, fazendo valer<br />

esses direitos e respeitando os direitos de cada<br />

membro do grupo. também como cidadãos, temos<br />

deveres em relação ao próximo, à natureza e<br />

ao meio ambiente.<br />

Capítulo 2 – Algumas cidades<br />

brasileiras (página 74)<br />

Neste capítulo apresentamos, como o próprio<br />

título diz, algumas cidades brasileiras. Para iniciar o<br />

trabalho, analise, junto com os alunos, cada grupo<br />

de fotos. Em seguida, pesquise com eles quais são os<br />

elementos que retratam o presente e/ou o passado.<br />

Chame também a atenção dos alunos para o<br />

que mudou com o tempo, quais são as diferenças<br />

encontradas entre as fotos de uma mesma cidade<br />

e o que permaneceu.<br />

Sugerimos, ainda, que você faça uma pesquisa<br />

prévia para colher mais informações (internet,<br />

guias turísticos), além das que já existem no livro<br />

sobre as duas cidades que aparecem nas fotos,<br />

como suas características, sua população e outras<br />

curiosidades. Há, no próprio livro, indicações de<br />

sites que você pode consultar.<br />

Conhecendo mais (página 76) – Salvador<br />

O texto apresentado nesta seção traz informações<br />

sobre a história da construção de uma<br />

importante cidade brasileira, Salvador, capital<br />

do estado da Bahia. Se for oportuno, você pode<br />

levar para a turma fotografias atuais da cidade<br />

de S alvador que mostrem as construções das<br />

chamadas “cidade alta” e “cidade baixa” nos dias<br />

de hoje.<br />

38<br />

Converse com os alunos sobre a divisão de<br />

poder representada pela organização do espaço<br />

da cidade: na parte de cima, situavam-se os órgãos<br />

de poder e administração; na parte de baixo,<br />

ficavam o comércio e o restante da população.<br />

Você pode, ainda, perguntar-lhes se há esse<br />

tipo de divisão social do espaço na cidade onde<br />

vivem.<br />

Praticando (página 77) – “Minha cidade”<br />

Esta atividade tem como foco possibilitar que<br />

os alunos conheçam melhor a sua cidade.<br />

Para desenvolvê-la, sugerimos que você faça<br />

uma pesquisa para descobrir o número correto de<br />

habitantes da cidade em que está situada a escola<br />

e onde moram todas os alunos. Você pode obter<br />

essa informação no site do IBGE: . Na sequência, converse com a turma trocando<br />

informações sobre a cidade.<br />

Finalmente, oriente os alunos para a realização<br />

das atividades propostas.<br />

Duas cidades brasileiras (página 78)<br />

O objetivo aqui não é apenas conhecer essas<br />

cidades brasileiras, mas utilizar a história delas<br />

para trabalhar o conceito de metrópole, cidade<br />

grande e pequena e, também, resgatar a contribuição<br />

das famílias dos imigrantes na formação<br />

dessas e de outras cidades, incluindo a cidade em<br />

que está localizada a escola.<br />

Para isso, observe, junto com os alunos, a foto<br />

da página 78 e faça alguns questionamentos: essa<br />

é uma foto atual ou do passado? Por quê? O que<br />

aparece na foto? Que tipo de construções?<br />

Na sequência, leia o texto que fala da origem<br />

alemã de Blumenau.<br />

Chame a atenção para a outra foto, de Blumenau<br />

atualmente (p. 78). Use o mesmo procedimento<br />

de questionamento. Aqui pode ser estabelecida<br />

uma comparação entre as duas fotos<br />

apresentadas.<br />

Após a leitura do texto que se refere a Blumenau<br />

hoje, oriente os alunos sobre a atividade que<br />

deverão fazer em casa.<br />

Faça a leitura das fotos da página 79 estabelecendo<br />

uma comparação entre elas. Qual retrata


a cidade de São Paulo no passado e qual a mostra<br />

no presente? Por quê? Quais são os elementos<br />

que determinam a época das fotos?<br />

Em seguida, faça a leitura do texto, trabalhando<br />

com os alunos o conceito de metrópole.<br />

Finalmente, destaque a forte presença italiana<br />

na formação da cidade de São Paulo.<br />

Atividade (página 82)<br />

Esta atividade tem como objetivo fazer com<br />

que os alunos observem se na cidade onde vivem<br />

existe alguma contribuição das famílias de<br />

imigrantes. Para isso, sugerimos os seguintes<br />

passos:<br />

1 o passo – Converse, mais uma vez, com os alunos<br />

sobre a cidade em que a escola está localizada.<br />

2 o passo – Faça uma lista dos elementos culturais<br />

de imigrantes que foram levantados pelos<br />

alunos.<br />

3 o passo – Para finalizar, em grupo, os alunos deverão<br />

escrever quais são as contribuições dos imigrantes<br />

que eles identificaram na cidade.<br />

Atividade de ampliação<br />

Pesquisar quais foram as culturas (indígena,<br />

africana, espanhola, portuguesa etc.) que contribuíram<br />

para a formação da sua cidade. Você<br />

pode orientar os alunos para buscar quais são as<br />

influências que podem ser vistas e sentidas na<br />

vida das pessoas da cidade.<br />

Conhecendo mais (página 82)<br />

Este Conhecendo mais tem como finalidade<br />

abordar o conceito de imigração: o que é ser<br />

imigrante e quais foram os motivos da imigração<br />

para o Brasil.<br />

Primeiro, oriente os alunos para que façam a<br />

leitura do texto e, depois, respondam às questões<br />

propostas.<br />

Observação: é importante avaliar se o grupo<br />

compreendeu o significado da imigração para o<br />

Brasil, o papel dos imigrantes e quais foram suas<br />

contribuições para o desenvolvimento das nossas<br />

cidades.<br />

Capítulo 3 – As cidades e os<br />

cidadãos (página 83)<br />

Neste capítulo, vamos retomar a questão dos<br />

direitos e deveres dos cidadãos.<br />

Analise com os alunos as fotos que abrem o capítulo<br />

destacando o que elas retratam, o ambiente<br />

e o que as pessoas estão fazendo em cada foto.<br />

É interessante, também, que neste momento<br />

seja feito um levantamento das situações e dos<br />

comportamentos esperados e não esperados em<br />

uma cidade que valoriza a cidadania.<br />

Conhecendo mais (página 85)<br />

Leia com os alunos o texto de Gilberto Dimenstein.<br />

É interessante propor-lhes que busquem acrescentar<br />

outras atitudes cidadãs além das que o autor<br />

“listou”. Você pode, ainda, propor um debate entre os<br />

alunos: eles podem avaliar se esses direitos e deveres<br />

dos cidadãos são respeitados e apresentar propostas<br />

para garantir a cidadania a todas as pessoas.<br />

Você é o historiador (página 86)<br />

Nesta atividade, o grupo deve discutir e<br />

apontar todos os direitos dos cidadãos que não<br />

estão sendo atendidos e o que a cidade deveria<br />

oferecer à população por meio dos serviços públicos,<br />

quando eles não funcionam de maneira adequada.<br />

Por exemplo: as crianças não devem trabalhar,<br />

pedir esmolas, dormir na rua e não podem<br />

também nadar em rio poluído – “criança deve ter<br />

casa, saúde e ir à escola”; as pessoas precisam ter<br />

trabalho e ser atendidas sem fila no hospital, e os<br />

idosos devem ser valorizados.<br />

Para a realização da atividade, sugerimos que,<br />

depois de observar as imagens e ler o texto, os alunos<br />

discutam as questões propostas em uma roda<br />

de conversas, debatendo sobre as imagens, o contexto<br />

de cada uma, estabelecendo uma relação entre<br />

elas e os direitos de todos. Em seguida, devem<br />

responder às questões propostas. Dessa forma, o<br />

conceito de cidadania ficará mais claro para eles.<br />

Divididos em pequenos grupos, os alunos deverão<br />

fazer os registros das respostas da atividade,<br />

39


mas é importante que cada um também copie as<br />

respostas em seu caderno.<br />

Atividade de ampliação<br />

Ser cidadão é também ter deveres, ou seja,<br />

responsabilidade de contribuir para manter a cidade<br />

limpa, cuidar e preservar a natureza e o ambiente<br />

onde se vive.<br />

Sugerimos esta atividade para que esse conceito<br />

seja fixado.<br />

<strong>1.</strong> Peça que um aluno leia o poema “Paraíso”,<br />

de José Paulo Paes.<br />

40<br />

Paraíso<br />

Se esta rua fosse minha, eu mandava ladrilhar,<br />

Não para automóvel matar gente, mas<br />

para criança brincar.<br />

Se esta mata fosse minha, eu não deixava<br />

derrubar.<br />

Se cortarem todas as árvores, onde é que<br />

os pássaros vão morar?<br />

Se este rio fosse meu, eu não deixava poluir.<br />

Joguem esgotos noutra parte, que os peixes<br />

moram aqui.<br />

Se este mundo fosse meu, eu fazia tantas<br />

mudanças<br />

ESTADO-TOCANTINS<br />

BAIRRO DO TREMEMBÉ<br />

RUA DAS AMORAS<br />

CIDADE-CAMPO VERDE<br />

PAÍS-BRASIL<br />

Que ele seria um paraíso de bichos, plantas<br />

e crianças.<br />

José Paulo Paes. Poemas para brincar. São Paulo:<br />

Ática, 1999. 3<br />

2. Em seguida, solicite que cada um escreva<br />

um pequeno texto contando como seria a<br />

sua rua, seu bairro ou sua cidade ideal.<br />

3. Com o trabalho encerrado, cada aluno<br />

deve ler seu texto para a turma.<br />

4. Como conclusão, após um debate com<br />

a turma sobre a cidade ideal, você pode<br />

criar um texto coletivo com esse tema. Se<br />

o grupo conseguir, estabeleça uma comparação<br />

com a letra da música “Cidade<br />

ideal”, de Chico Buarque.<br />

Explorando o que aprendemos! (página 87)<br />

Este Explorando o que aprendemos! fecha a<br />

unidade, e a atividade proposta tem como objetivo<br />

fazer com que os alunos se percebam como sujeitos<br />

históricos ativos no tempo e espaço em que vivem.<br />

Os alunos, com essa atividade, dão um importante<br />

passo no sentido de perceber que seu universo<br />

é maior do que a sua família, sua casa. Eles se<br />

veem no contexto do bairro, da cidade, do estado<br />

e do país.<br />

Veja um exemplo de resposta da atividade<br />

proposta.


UNIDADE 3 – Encurtando caminhos<br />

Capítulo 1 – No céu<br />

Capítulo 2 – No mar e na terra<br />

Capítulo 3 – As cidades em movimento<br />

Objetivo geral<br />

trabalhar com os alunos os meios de transporte e mostrar como eles auxiliaram o crescimento das<br />

cidades.<br />

Conteúdos<br />

• Os transportes • Transportes terrestres e aquáticos<br />

• Transportes aéreos • Os transportes através dos tempos<br />

• Conhecendo Santos Dumont • Os transportes e o crescimento das cidades<br />

Abertura da unidade (página 88)<br />

O quadro que abre a Unidade 3 faz alusão ao<br />

meio de transporte e a sua relação com aspectos<br />

da sociedade. Sugerimos que você explore essa<br />

obra para apresentar a unidade, destacando a importância<br />

dos meios de transporte para a vida das<br />

famílias e das cidades.<br />

O quadro de tarsila do Amaral, Estrada de ferro<br />

Central do Brasil, de 1924, traz as mudanças impostas<br />

à paisagem com a construção das estradas de<br />

ferro no Brasil. Há ainda outra obra da artista sobre<br />

o assunto: A gare, de 1925, que você pode consultar,<br />

junto com informações sobre a pintora, no site:<br />

.<br />

Você pode orientar os alunos a observar também<br />

o estilo da artista. Pergunte-lhes: o que sentem<br />

quando observam a obra? Quais são as cores<br />

e as formas predominantes no quadro? Assim,<br />

eles irão percebendo o estilo artístico na sua historicidade<br />

e compreendendo que as obras de arte<br />

também são documentos históricos.<br />

O que sabemos? (página 89)<br />

O objetivo deste O que sabemos? é levantar<br />

os conhecimentos prévios do grupo sobre os<br />

meios de transporte.<br />

Além desse objetivo, também desenvolvemos<br />

algumas atividades para que os alunos relacionem<br />

os meios de transporte ao título “Encurtando<br />

caminhos”.<br />

Iniciamos a seção com imagens de meios<br />

de transporte mais antigos e propondo questionamentos<br />

para que o grupo se mobilize e reflita<br />

mais profundamente sobre a importância da<br />

roda e dos veículos para a locomoção humana.<br />

Para o desenvolvimento deste O que sabemos?,<br />

sugerimos que você:<br />

<strong>1.</strong> Peça para os alunos observarem as imagens<br />

da página 89.<br />

2. Oriente o levantamento de conhecimentos<br />

prévios utilizando as questões sobre a<br />

roda e a locomoção.<br />

3. Com as respostas dos alunos, lance para o<br />

grupo a questão sobre a relação existente<br />

entre os meios de transporte e o título da<br />

unidade.<br />

4. Faça também uma lista dos meios de<br />

transporte conhecidos e outra com aqueles<br />

transportes utilizados.<br />

5. Para ampliar a atividade, sugerimos que<br />

os alunos façam um levantamento e observem<br />

na cidade quais são os meios de<br />

transporte encontrados.<br />

41


Atividade de ampliação<br />

Em várias cidades brasileiras, existem museus<br />

de meios de transporte.<br />

Sugerimos que as escolas localizadas nessas<br />

cidades agendem uma visita a esse museu. Para<br />

saber se existe esse tipo de museu em sua cidade,<br />

basta entrar em contato com as secretarias municipais<br />

de Cultura e de transporte.<br />

Nesse momento inicial, o contato das crianças<br />

com o museu poderá contribuir para que ampliem<br />

a visão sobre a importância dos meios de<br />

transporte para a história do ser humano. A visita<br />

irá contribuir também para a compreensão dos<br />

capítulos que compõem a Unidade 3.<br />

Se essa visita não for possível, desenvolva os<br />

capítulos com foco voltado para a importância<br />

dos meios de transporte na história da humanidade<br />

e no cotidiano das pessoas.<br />

42<br />

Capítulo 1 – No céu (página 90)<br />

Um dos objetivos deste capítulo é trabalhar<br />

com os alunos a ideia de que voar sempre foi um<br />

sonho do ser humano; e esse sonho esteve, desde o<br />

início, vinculado à habilidade dos pássaros, isto é, o<br />

ser humano, observando o voo dos pássaros, conseguiu<br />

ao longo dos anos concretizar o sonho de voar.<br />

Além disso, buscamos oferecer subsídios para<br />

que os alunos construam o conceito de evolução<br />

usando como base as invenções de veículos que<br />

voam, até chegar ao avião.<br />

Observação: geralmente, quando trabalhamos<br />

o conceito de evolução em História, temos a<br />

tendência de considerar o antigo como algo sem<br />

valor. Por isso, como não concordamos com essa<br />

visão, sugerimos que você trabalhe esse conceito<br />

sempre destacando que, para o ser humano chegar<br />

ao avião, todas as invenções anteriores foram<br />

importantes, pois o conhecimento de cada uma<br />

contribuiu para chegarmos ao nível tecnológico<br />

em que estamos atualmente.<br />

Em outras palavras, para “evoluir” é preciso conhecer<br />

o que já foi feito.<br />

Nesse sentido, gostaríamos de destacar uma<br />

frase do historiador Jacques Le Goff no livro Em<br />

busca da Idade Média, que traz um conceito inte-<br />

ressante sobre a importância que o passado tem<br />

para a construção do futuro, tratando especificamente<br />

da Idade Média. Ele afirma que “[...] a Europa<br />

do futuro não conseguirá inventar-se esquecendo<br />

o seu passado”.<br />

Para que os objetivos expostos sejam atingidos,<br />

utilize os seguintes passos:<br />

1 o passo – Apresente aos alunos o capítulo, relacionando<br />

a imagem da página 90 ao título “No céu”.<br />

2 o passo – Converse com os alunos sobre o sonho<br />

humano de voar. Em seguida, leia com o grupo o<br />

texto introdutório da página 90.<br />

3 o passo – Questione os alunos sobre o sonho<br />

que eles têm de voar.<br />

4 o passo – Antes de iniciar o histórico dos veículos<br />

que voam, você pode propor a atividade a seguir.<br />

Atividade de ampliação<br />

texto da lenda de Ícaro. Sugerimos que você<br />

organize a turma em círculo e leia esta lenda.<br />

As asas de Ícaro<br />

– Meter-se com reis dá nisto, Ícaro! – dizia<br />

o inventor Dédalo, desconsola do, ao seu<br />

filho, que o observava.<br />

Ambos estavam presos no labirinto de<br />

Creta, encomenda que o rei Minos fizera ao<br />

próprio Dédalo para encerrar o Minotauro,<br />

flagelo da cidade. O Minotauro fora derrotado,<br />

mas Dédalo caiu em desgraça com o rei,<br />

pois fornece ra à princesa Ariadne o fio que<br />

ela entregou a Teseu e o qual este usou para<br />

fugir do labirinto após matar o Minotauro.<br />

Minos, que não esperava que Teseu derrotasse<br />

o monstro, passou a ver Dédalo como<br />

traidor e o fez provar, junto com o filho Ícaro,<br />

um pouco do seu próprio remédio.<br />

Um dia, os dois estavam a contemplar o<br />

azul do céu, sentados em uma colina como<br />

de hábito, quando Dédalo deu uma palmada<br />

repentina na testa:<br />

– Já sei, Ícaro, o que faremos!<br />

Sem dizer mais nada, começou a descer<br />

o rochedo, acompanhado pelo filho, que o<br />

seguia apressadamente. O jovem sabia que<br />

o pai era muito inventivo e que estava sem-


pre com a cabeça cheia de novos projetos.<br />

Preferiu deixar que a ideia amadurecesse na<br />

cabeça do velho enquanto desciam. Tão logo<br />

chegaram à base da ilha, o velho mandou.<br />

– Vamos, pegue minhas ferramentas –<br />

disse o pai ao filho, antes de sair em busca<br />

de alguma coisa.<br />

Quando Dédalo retornou, seus braços<br />

estavam repletos de penas de aves, que ele<br />

abatera com a eficiência de um experiente<br />

caçador.<br />

– O que pretende fazer, pai, com todas<br />

estas penas? – disse Ícaro.<br />

Sem responder, Dédalo começou a serrar<br />

pedaços de madeira. De suas mãos começaram<br />

a surgir duas grandes armações, que<br />

lembravam o esqueleto de uma asa.<br />

– O que é isto, uma fantasia? – perguntou<br />

Ícaro, ao ver o pai colar as penas nas varas<br />

de madeira.<br />

– Tudo se inicia pela fantasia, meu Ícaro...<br />

– disse o velho, com o ar sonhador.<br />

Logo Dédalo tinha nas mãos um grande e<br />

alvo par de asas. – Vamos, filho, me ajude a<br />

colocá-las nas costas!<br />

Ícaro, que naturalmente já entendera o<br />

plano, ajudou-o, empolgado pela ideia. Nem<br />

bem Dédalo terminara de colocar o par de<br />

asas às costas, seus pés começaram a se erguer<br />

do solo.<br />

– Funciona! – exclamou Ícaro, sentindo<br />

no rosto suado o vento refrescante das asas<br />

do pai.<br />

– Vamos, Ícaro, vamos construir uma<br />

para você também!<br />

Os dois passaram o resto do dia aplicados<br />

em aperfeiçoar o mecanismo das asas<br />

artesanais.<br />

– Aqui está a nossa liberdade! – disse o velho,<br />

ao colar as últimas penas nas a rmações.<br />

– Mas serão sólidas o bastante para atravessarmos<br />

o oceano? – perguntou Ícaro.<br />

– Claro! – respondeu Dédalo – O único<br />

cuidado que devemos ter é não nos aproximarmos<br />

muito do Sol, pois o calor poderia<br />

derreter a cera que prende as penas.<br />

No dia seguinte, bem cedo, subiram para<br />

o alto da torre, cada qual carre gando com<br />

amoroso cuidado o seu par de asas. Exaustos,<br />

descansaram um pouco até que Ícaro,<br />

impaciente para testar o seu equipamento,<br />

ajustou as suas asas às costas.<br />

– Veja, pai, estou voando! – disse o rapaz,<br />

sem conter a sua euforia.<br />

Deu várias voltas ao redor da torre, perdendo<br />

aos poucos o medo da altitude; seu<br />

pai também circundou a ilha munido das<br />

asas para testar-lhes a resistência.<br />

– Basta de preparativos! – disse Dédalo. –<br />

Vamos embora!<br />

Pai e filho, juntos, colocaram os pés sobre<br />

a amurada, do ponto mais alto da torre;<br />

abaixo deles o mar espumava, chocando-se<br />

violentamente contra os recifes negros que<br />

pontilhavam toda a costa.<br />

– Agora! – ordenou Dédalo.<br />

Os dois lançaram-se ao ar, batendo os<br />

braços de maneira tão ritmada que pareciam<br />

dois pássaros a dividir o azul do céu com as<br />

gaivotas, que os observa vam pasmadas.<br />

– Não se esqueça do Sol! – dizia de vez<br />

em quando Dédalo, ao ver que Ícaro se descuidava,<br />

subindo em demasia. No começo,<br />

os dois lutaram um pou co com as correntes<br />

de ar, que lhes roubavam momentaneamente<br />

o equilíbrio. Às vezes, o pai buscava apoio<br />

nos braços do filho, às vezes, o filho recorria<br />

ao auxílio do pai.<br />

Já haviam deixado há muito tempo a ilha<br />

e agora não havia outro jeito senão mover<br />

os músculos com vigor, tentando poupar ao<br />

máximo o fôlego. Dédalo ainda estava entregue<br />

ao deslumbramento quando percebeu<br />

que seu filho havia d esaparecido.<br />

– Ícaro, onde está você? – disse, inquieto.<br />

O jovem, muito distante dali, planava nas<br />

alturas. De olhos cerrados, Ícaro lançara-se<br />

num voo cego, para além das nuvens. Após<br />

haver ultrapassado a linha dos grandes e<br />

acolchoados montes brancos, ficara pairando<br />

sobre eles, enquanto o Sol arrancava um<br />

brilho intenso de suas asas. Sua pele refle-<br />

43


44<br />

tia um tom dourado, e parecia que ele era o<br />

próprio filho do Sol.<br />

– Queria ficar aqui para sempre! – disse,<br />

inebriado de liberdade. Enquanto agitava as<br />

asas, percebeu que uma grande pena roçou-<br />

-lhe o na riz. Seus olhos a acompanharam rodopiando<br />

pelo espaço sem limites até desaparecer<br />

misturada ao branco das nuvens.<br />

Ícaro passou as costas das mãos sobre a<br />

testa suada. Uma deliciosa rajada de vento<br />

refrescou sua pele ao mesmo tempo em que<br />

percebeu que um grande tufo de penas espalhava-se<br />

ao seu redor, como se um imenso<br />

travesseiro tivesse sido rasgado e esvaziado<br />

de todo o seu conteúdo. Grossos fios<br />

de cera derretida escorriam pelas armações,<br />

alcançando os seus braços. Com um grito de<br />

medo, Ícaro percebeu que a estrutura das<br />

asas se desfazia. Procurou esconder-se sob<br />

as nuvens, mas o Sol tornara-se tão intenso<br />

que desmanchava as próprias nuvens. Ícaro<br />

percebeu que era o seu fim:<br />

– Socorro, pai! – gritou.<br />

Entretanto, sua voz perdeu-se no vácuo.<br />

Seu pai, longe dali, estava impo tente para<br />

lhe prestar qualquer auxílio. Desistindo, afinal,<br />

de tentar recuperar altura, Ícaro abandonou-se<br />

ao destino, indo cair nas águas revoltas<br />

do oceano.<br />

Enquanto isto, Dédalo vasculhava os céus.<br />

– Ícaro, meu filho, responda! – clamava<br />

inutilmente.<br />

Durante muito tempo, o velho vagou, fugindo<br />

sempre do calor do Sol, até que avistou<br />

sobre as ondas algumas penas. Sobrevoando<br />

mais um pouco o local, Dédalo acabou<br />

por avistar o corpo do filho jogado às margens<br />

de uma das praias. Depois de tomá-lo<br />

nos braços, ficou um longo tempo abraçado<br />

a ele. Com o coração despedaçado, como as<br />

asas de Ícaro, Dédalo o enterrou no mesmo<br />

local, que passou a se chamar Icária, em sua<br />

homenagem.<br />

A. S. Franchini; Carmen Seganfredo. As 100 melhores<br />

histórias da mitologia: deuses, heróis, monstros<br />

e guerras da tradição greco-romana. 9. ed. Porto<br />

Alegre: L&PM, 2007.<br />

Após a leitura do texto, pergunte aos alunos o<br />

que eles entenderam da lenda.<br />

5 o passo – Daí para a frente, peça que o grupo<br />

observe as imagens desta e das páginas<br />

seguintes: balão, dirigível, esboço do helicóptero<br />

de Leonardo da Vinci e o avião tipo<br />

airbus da página 92, e, ao mesmo tempo, leia<br />

os textos subsequentes fazendo e ouvindo<br />

c omentários.<br />

Praticando – Os aeroportos (página 93)<br />

Analise com os alunos as imagens da página<br />

92 e pergunte-lhes sobre o que é um aeroporto.<br />

Na conversa, oriente-os para que percebam<br />

os trabalhos e os trabalhadores envolvidos no<br />

funcionamento do aeroporto.<br />

Em seguida, peça para que os alunos, em<br />

grupos pequenos, respondam às questões<br />

p ropostas.<br />

Conhecendo mais (página 93)<br />

Este Conhecendo mais tem como objetivo<br />

apresentar aos alunos algumas características de<br />

Santos Dumont e de sua obra. Provavelmente,<br />

muitos deles já ouviram falar que “Santos Dumont<br />

inventou o avião”, “Santos Dumont é o pai<br />

da aviação”.<br />

Queremos que, com a leitura do texto do Conhecendo<br />

mais, os alunos consigam aprofundar<br />

seus conhecimentos a respeito de Santos Dumont<br />

e seu invento.<br />

Sugerimos os seguintes passos:<br />

1 o passo – Leia com os alunos o texto e as imagens.<br />

2 o passo – Em seguida, em grupo, os alunos deverão<br />

responder às questões propostas na página<br />

94. Leve em consideração que, no caso de<br />

Santos Dumont e de qualquer outra pessoa, as<br />

situações e fatos ocorridos na infância podem<br />

ser significativos para a vida adulta. Experiências<br />

vividas em qualquer idade podem servir como<br />

base para realizações futuras. Dessa forma, completamos<br />

o conceito da importância do passado<br />

para a construção do futuro que destacamos anteriormente.<br />

3 o passo – Cada grupo deverá expor suas respostas.


Atividades de ampliação<br />

Atividade 1<br />

Peça que, individualmente, os alunos escrevam<br />

ou desenhem o seu sonho. Em seguida,<br />

peça para que pensem no que devem fazer<br />

para atingi-lo.<br />

Para fazer essa atividade, é importante reforçar<br />

a relação entre o passado e a construção do<br />

futuro. Valorize a liberdade de criatividade e a imaginação<br />

de cada aluno.<br />

Atividade 2<br />

Várias cidades brasileiras têm aeroportos.<br />

Caso haja em sua cidade, sugerimos que você organize<br />

uma visita com os alunos ao aeroporto e<br />

que eles observem:<br />

<strong>1.</strong> Os tipos de avião que o aeroporto comporta.<br />

2. O trabalho dos controladores de voo.<br />

3. As atividades necessárias para o funcionamento<br />

dos aeroportos, desde a limpeza e<br />

a segurança até as dos pilotos, comissários,<br />

entre outros.<br />

Depois da visita, converse com o grupo para<br />

que crie um texto coletivo sobre a importância<br />

dessa visita e destaque o quanto os aviões são<br />

responsáveis por “encurtar os caminhos”.<br />

Você é o historiador (página 95)<br />

Para encerrar o capítulo, propomos uma atividade<br />

de pesquisa sobre a vida de Marcos Pontes,<br />

o primeiro astronauta brasileiro a viajar pelo espaço.<br />

Ele participou da Missão Centenária, em 2006,<br />

que o levou ao espaço. No site oficial de Marcos<br />

Pontes: , você pode<br />

encontrar muitas outras informações que irão enriquecer<br />

a atividade.<br />

Capítulo 2 – No mar e na terra<br />

(página 96)<br />

Este capítulo tem dois objetivos pontuais.<br />

O primeiro é desenvolver com os alunos a<br />

ideia de que não são apenas os aviões que encurtam<br />

os caminhos. Barcos, navios, automóveis,<br />

ônibus, caminhões, entre outros, também contribuem<br />

para diminuir as distâncias.<br />

O segundo é reforçar o que já foi feito no capítulo<br />

anterior: o quanto esses meios de transporte<br />

estão ligados a trabalho, profissões e o quanto<br />

são essenciais para a vida humana.<br />

Para o desenvolvimento do capítulo, peça,<br />

inicialmente, que os alunos observem as fotos da<br />

página 96, respondam às questões propostas e as<br />

apresentem para a turma.<br />

Na sequência, peça aos alunos que observem<br />

as duas imagens da página 97 – de uma canoa e<br />

de um caminhão – e, em seguida, leiam os trechos<br />

de duas músicas: uma sobre a atividade do<br />

canoeiro, de Dorival Caymmi, e outra sobre o trabalho<br />

do caminhoneiro, de John Harford, versão<br />

de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.<br />

Chame a atenção dos alunos para o trabalho<br />

do canoeiro (que é pescar) e do caminhoneiro,<br />

que enfrenta chuva, cerração e estradas perigosas<br />

para transportar produtos.<br />

Se você considerar importante, converse com<br />

os alunos sobre o que pode ser transportado no<br />

caminhão.<br />

Para finalizar, peça que, em grupo, os alunos<br />

respondam no caderno às questões propostas.<br />

As atividades sobre o canoeiro e o caminhoneiro<br />

têm como objetivos contribuir para o desenvolvimento<br />

da compreensão leitora e refletir<br />

sobre o que foi conversado pelo grupo no momento<br />

da análise das imagens e da leitura dos<br />

textos.<br />

Cada grupo deverá eleger um membro para<br />

expor o resultado do trabalho.<br />

Conhecendo mais (página 98) – Jean de<br />

Léry<br />

Com o objetivo de levar os alunos a refletir<br />

sobre a evolução tecnológica nos transportes, o<br />

Conhecendo mais traz o texto de Jean de Léry,<br />

um francês que viajou ao Brasil no século XVI.<br />

Naquela época, a viagem de navio através do<br />

Oceano Atlântico durava cerca de três a quatro<br />

meses, e os viajantes enfrentavam várias dificuldades,<br />

como a falta de alimentos e água potável,<br />

doenças, entre outras.<br />

45


Você deverá levar os alunos a entender o texto,<br />

que apresenta construções linguísticas diferentes<br />

das que eles estão acostumados. Pergunte-<br />

-lhes se há palavras desconhecidas e os ajude a<br />

descobrir o significado desses termos.<br />

Antes de realizar as atividades, você pode<br />

propor que a turma converse sobre o texto e<br />

sobre como eles imaginam ter sido a viagem de<br />

Jean de Léry.<br />

Com o passar do tempo, os transportes<br />

ficaram mais rápidos (página 101)<br />

Da mesma maneira que tratamos a ideia<br />

de evolução, no Capítulo 1, esta etapa do Capítulo<br />

2 irá mostrar que o tempo e a necessidade<br />

contribuíram para que os meios de transporte<br />

ficassem mais rápidos. Por isso, utilizamos como<br />

exemplo o automóvel e sugerimos que as imagens<br />

da página 101 sejam observadas e que seja<br />

feita a leitura do texto.<br />

Para a realização da atividade proposta, sugerimos<br />

os seguintes passos:<br />

1 o passo – Individualmente, peça aos alunos que<br />

respondam às questões propostas que resultam da<br />

análise das imagens e da leitura do texto.<br />

2 o passo – Peça que distingam o transporte mais<br />

antigo em destaque nas imagens, utilizando a letra<br />

indicada na fotografia e escrevendo o nome dele.<br />

3 o passo – Use o mesmo procedimento para o<br />

transporte mais atual.<br />

4 o passo – Em seguida, peça para os alunos para<br />

colocarem os meios de transporte, utilizando letra e<br />

nome, em ordem do mais atual para o mais antigo.<br />

5 o passo – Para finalizar, peça para os alunos registrarem<br />

quais são os meios de transporte que<br />

utilizam ou já utilizaram.<br />

Observação: no momento da apresentação<br />

da atividade, destaque as mudanças e o processo<br />

de modernização, mostrando que foram necessários<br />

para atender a um número maior de<br />

pessoas e percorrer distâncias em menos tempo.<br />

Transporte nas cidades brasileiras (página<br />

103)<br />

A penúltima etapa deste capítulo propõe uma<br />

visão inicial dos transportes coletivos nas cidades<br />

46<br />

brasileiras por meio de análise de imagens que retratam<br />

o cotidiano desses meios disponíveis em<br />

algumas localidades.<br />

Metrô, trem e ônibus foram destacados como<br />

meios que transportam as pessoas ao trabalho, à<br />

escola, ao cinema etc.<br />

Sugerimos que você enfatize que os coletivos<br />

utilizam sempre o mesmo trajeto e são importantes<br />

porque contribuem para melhorar as condições<br />

do trânsito e diminuir a poluição.<br />

Praticando (página 104)<br />

Oriente os alunos a, individualmente, observarem<br />

as imagens e, em seguida, responderem às<br />

questões propostas.<br />

Atividade (página 105)<br />

Oriente os alunos para que perguntem em<br />

casa:<br />

a) como os adultos vão para o trabalho?<br />

b) qual é o tempo que levam para chegar ao<br />

trabalho?<br />

c) qual é a situação do transporte coletivo, se<br />

utilizam: são em número suficiente, limpos<br />

e seguros?<br />

Para finalizar, peça que reflitam sobre as respostas<br />

obtidas nas suas entrevistas e opinem sobre<br />

a situação dos transportes coletivos na cidade.<br />

Em seguida, peça que registrem as respostas<br />

no caderno e apresentem o resultado para o<br />

grupo.<br />

Atividade de ampliação<br />

Sugerimos esta atividade – cujo objetivo é<br />

trabalhar o tempo (presente e passado), os meios<br />

de transporte, a compreensão leitora, a identificação<br />

de gênero literário (poesia) – seja realizada<br />

com a disciplina Língua Portuguesa.<br />

Leia com os alunos o poema de Roseana Murray<br />

e peça que eles respondam às questões na sequência.<br />

O cocheiro<br />

Com um sopro viro o tempo para<br />

trás,


os carros se transformam<br />

em coches, carruagens, carroças<br />

douradas de sol.<br />

Cavalos resfolegam ansiosos,<br />

batem os cascos pedindo movimento.<br />

O chão é de pedra,<br />

o cocheiro toma assento.<br />

Me abano com um leque, faz muito calor.<br />

– Para onde vamos? – pergunta.<br />

– Para um país onde se possa ser feliz.<br />

Ele me olha espantado e sorri.<br />

Os cavalos partem, o ônibus dá uma<br />

freada,<br />

o cocheiro vira motorista.<br />

Eu acordo um pouco assustada, meu<br />

ponto já passou.<br />

Roseana Murray. Artes e ofícios. São Paulo:<br />

FTD, 2007. (Falas poéticas).<br />

<strong>1.</strong> Qual é o título e o nome do autor do poema?<br />

O cocheiro, de Roseana Murray.<br />

2. Sobre o que o poema fala?<br />

Espera-se que os alunos compreendam<br />

que a autora estava andando de ônibus<br />

quando dormiu e sonhou que tinha voltado<br />

no tempo.<br />

3. Assinale o que quer dizer a expressão “viro<br />

o tempo para trás”:<br />

[ ] viro os ponteiros do relógio.<br />

[ X ] volto no tempo, volto ao passado.<br />

4. Quais são os meios de transporte mencionados<br />

no texto?<br />

Carros, coches, carruagens, carroças, cavalos<br />

e ônibus.<br />

5. Quais são os profissionais citados no texto<br />

e o que cada um faz?<br />

O cocheiro dirige o coche ou a carruagem<br />

e o motorista dirige o carro, caminhão<br />

ou ônibus.<br />

6. Utilizando as palavras do texto, faça duas<br />

listas: uma com quatro palavras que se<br />

referem a coisas do passado e outra com<br />

quatro palavras que se referem a coisas do<br />

presente.<br />

Passado: coches, carruagens, carroças e cocheiro.<br />

Presente: carros, motorista, ônibus e ponto.<br />

7. Alguma vez você já sonhou que estava<br />

em outro tempo? Para que tempo foi:<br />

passado ou futuro? Se isso aconteceu<br />

com você, escreva como foi o seu sonho.<br />

Resposta pessoal.<br />

Conhecendo mais (página 105)<br />

Este Conhecendo mais tem o objetivo de<br />

mostrar que, se por um lado, os meios de transportes<br />

ficaram mais rápidos e modernos, por outro,<br />

em vários lugares do Brasil, ainda encontramos<br />

meios de transporte tracionados por animais.<br />

O animal é o motor.<br />

Sugerimos que o texto seja lido pelos alunos<br />

e as imagens analisadas.<br />

Em seguida, numa conversa, peça aos alunos<br />

que comentem se na cidade onde moram<br />

existem meios de transporte movidos por animais.<br />

Por último, eles deverão fazer as atividades<br />

propostas.<br />

Atividade de ampliação<br />

Com a sala dividida em quatro ou cinco grupos,<br />

peça aos alunos que conversem sobre a situação<br />

dos transportes coletivos da cidade onde<br />

vivem.<br />

Para o desenvolvimento da conversa, proponha<br />

algumas questões:<br />

<strong>1.</strong> Os transportes coletivos:<br />

a) são suficientes para atender a população<br />

da cidade?<br />

b) apresentam segurança e conforto?<br />

2. Quais são as sugestões do grupo para melhorar<br />

o atendimento dos transportes coletivos?<br />

Finalizando, cada grupo deverá apresentar o<br />

resultado do seu trabalho.<br />

47


Capítulo 3 – As cidades em<br />

movimento (página 108)<br />

O objetivo deste capítulo é finalizar o conceito<br />

presente no título da unidade, “Encurtando caminhos”,<br />

isto é, colocar vários meios de transporte<br />

no cotidiano da cidade.<br />

Além disso, também abrimos espaço para reflexões<br />

como:<br />

a) o trânsito e a poluição que as grandes cidades<br />

brasileiras enfrentam devido ao excesso<br />

de veículos e ao trânsito de veículos<br />

antigos sem motores regulados;<br />

b) a importância das regras de trânsito, que<br />

possibilitam a circulação de pessoas nos<br />

veículos ou como pedestres com segurança<br />

e conforto.<br />

Acreditamos que, dessa maneira, contribuímos<br />

para mais uma etapa da construção da cidadania<br />

e demos mais um passo para destacar o<br />

eixo temático da coleção: sociedade, trabalho e<br />

cultura.<br />

Analise com os alunos o desenho da cidade<br />

em todos os seus detalhes, com destaque para a<br />

diversidade dos meios de transporte. Em seguida,<br />

peça a eles, em grupo, responderem à questão<br />

proposta.<br />

No mesmo grupo, os alunos deverão analisar<br />

a próxima imagem com a preocupação de entender<br />

o subtítulo: “Carros são importantes, respirar<br />

é essencial!”. Na sequência, leia junto com eles o<br />

texto do livro, chamando a atenção para a importância<br />

dos aviões, dos automóveis, dos caminhões<br />

e dos ônibus para o deslocamento das pessoas na<br />

cidade.<br />

Mostre, por outro lado, que todos eles são<br />

movidos por combustíveis derivados do petróleo<br />

e, se não regulados, contribuem para<br />

aumentar a poluição do ar da cidade. Assim,<br />

trabalhe com a necessidade de combustíveis<br />

alternativos.<br />

Para finalizar, os grupos deverão responder às<br />

questões propostas e apresentar as respostas para<br />

o restante da turma.<br />

48<br />

O bom cidadão conhece as regras de<br />

trânsito (página 113)<br />

Esta etapa do capítulo tem como objetivo<br />

contribuir para conscientizar o grupo quanto às<br />

regras de trânsito. No processo da construção<br />

do espaço da cidadania e da convivência social,<br />

conhecer e respeitar as regras de trânsito são elementos<br />

fundamentais.<br />

Acreditamos que os alunos, para entenderem<br />

e se apropriarem do conceito de cidadania, precisam,<br />

antes de qualquer coisa, vivenciar situações<br />

em que eles tenham participação direta e sejam<br />

responsáveis por ações e atitudes.<br />

Sugestões para o desenvolvimento deste<br />

tema:<br />

<strong>1.</strong> Inicialmente, peça aos alunos que observem<br />

as imagens da página 113 e 114 tendo como<br />

foco as atitudes corretas dos cidadãos diante das<br />

regras de trânsito. Essa observação deve ser orientada<br />

para o propósito de chamar a atenção do grupo<br />

para cada atitude correta presente nas imagens.<br />

2. Leia o texto com a turma e enfatize que<br />

os cidadãos precisam respeitar as regras e os<br />

governos. Estes, por sua vez, também têm de<br />

cumprir seu papel. No caso das prefeituras, por<br />

exemplo, precisam manter em bom estado placas,<br />

faróis ou sinaleiros, faixas de segurança, ruas,<br />

ciclovias etc.<br />

3. Em seguida, os alunos deverão responder<br />

à questão proposta relacionando as regras de<br />

trânsito presentes nas imagens.<br />

Conhecendo mais (página 115)<br />

Este Conhecendo mais destaca um veículo<br />

muito conhecido das crianças: a bicicleta.<br />

Converse com os alunos sobre a bicicleta. Quem<br />

tem? Quem sabe andar? Quem quer contar uma história<br />

que viveu quando estava andando de bicicleta etc.<br />

Peça que eles leiam o texto, incluindo o Você<br />

sabia que... da página 116.<br />

Destaque a importância das ciclovias, pois a<br />

bicicleta, além de ser um “brinquedo” de que as<br />

crianças gostam, é um importante meio de transporte<br />

também presente nas cidades.


Peça para que realizem a atividade em duas<br />

etapas:<br />

a) Observem se, na cidade ou no bairro onde<br />

vivem, existem ciclovias.<br />

b) Se não houver, peça para que, em grupo, os<br />

alunos escrevam uma carta direcionada ao<br />

prefeito. Como conteúdo, a carta deverá trazer<br />

a importância das ciclovias, que oferecem<br />

segurança e contribuem para que as pessoas<br />

que utilizam a bicicleta como meio de transporte<br />

possam encurtar seus caminhos.<br />

Explorando o que aprendemos! (página 116)<br />

Durante os três capítulos desta unidade, trabalhamos<br />

com os meios de transporte. Neste<br />

Explorando o que aprendemos!, os alunos construirão<br />

um navio utilizando a arte do origami.<br />

José Luís Juhas.<br />

Essa opção, além de estar ligada a esta unidade,<br />

também relembra o meio de transporte<br />

que trouxe várias famílias de outros países ao<br />

Brasil.<br />

Sugerimos os seguintes passos para sua realização:<br />

1 o passo – Converse com os alunos sobre o que<br />

é origami.<br />

2 o passo – Explique o porquê de se construir um<br />

navio. Relembre a Unidade 1, “Família”.<br />

3 o passo – Siga todos os passos do modelo da<br />

página 117, auxiliando os alunos que apresentarem<br />

dificuldades.<br />

4 o passo – Depois de pronto, cada aluno deverá<br />

fazer desenhos e pintar seu navio.<br />

5 o passo – Faça uma exposição com todos os navios<br />

na sala de aula.<br />

49


Abertura da unidade (página 118)<br />

A abertura desta unidade é composta por<br />

um mosaico de fotos que destacam os trabalhos<br />

considerados essenciais, presentes na maioria das<br />

cidades brasileiras, independentemente do tamanho<br />

ou da natureza (rural, urbana ou litorânea).<br />

O objetivo é desenvolver o significado de trabalho<br />

essencial.<br />

Assim, esta unidade trabalhará uma série de<br />

conceitos, todos eles vinculados a um eixo principal:<br />

o trabalho e as cidades.<br />

Acreditamos que esta unidade irá contribuir<br />

de maneira significativa para que os alunos aprofundem<br />

seus conhecimentos sobre a importância<br />

de diferentes trabalhos desenvolvidos nas cidades<br />

rurais, urbanas e litorâneas.<br />

Com isso, esperamos que eles construam um<br />

conhecimento mais amplo sobre trabalhos essenciais,<br />

preventivos, artísticos, educativos etc. Entendemos<br />

também que a unidade amplia o conceito<br />

de cidadania e, em várias situações, os alunos são<br />

colocados no centro das ações sociais enfrentando<br />

situações-problema e criando instrumentos,<br />

alternativas para encontrar soluções.<br />

Esta unidade, além de seus conceitos específicos,<br />

agrega valores, comportamentos e outros<br />

conhecimentos que foram construídos nas três<br />

unidades anteriores.<br />

Por isso, iremos, da mesma maneira que<br />

fizemos até aqui, sugerir alternativas para o<br />

50<br />

UNIDADE 4 – O trabalho e as cidades<br />

Capítulo 1 – Formas de trabalho em algumas cidades<br />

Capítulo 2 – O trabalho nas áreas urbanas<br />

Capítulo 3 – O trabalho na escola<br />

Objetivo geral<br />

Fazer com que os alunos se apropriem do conceito de trabalho e compreendam que ele está diretamente<br />

associado ao crescimento das cidades e à vida em sociedade.<br />

Conteúdos<br />

• Diferentes trabalhos em diferentes ambientes • Cidades urbanas<br />

• Cidades rurais • O trabalho na escola<br />

desenvolvimento das seções iniciais e de cada<br />

capítulo.<br />

Para iniciar, peça aos alunos que abram o livro<br />

nas páginas 118 e 119 e digam quais formas de<br />

trabalho observam nelas.<br />

Em seguida, divididos em grupos, os alunos<br />

deverão identificar quais, dos trabalhos que viram<br />

no mosaico, existem na cidade onde moram.<br />

Para finalizar, cada grupo deverá apresentar o<br />

resultado do trabalho.<br />

Observação: é possível que alguns grupos pensem<br />

em um tipo de trabalho que existe na cidade<br />

onde moram, mas que não está inserido no mosaico.<br />

Nesse caso, o grupo deverá incluí-lo na lista.<br />

O que sabemos? (página 119)<br />

Para iniciar o desenvolvimento do conceito de<br />

“trabalho essencial”, sugerimos, como levantamento<br />

de conhecimentos prévios, os seguintes passos:<br />

1 o passo – Utilize uma brincadeira que envolva as<br />

expressões: “Imagine que...”, “Faça de conta que...”<br />

2 o passo – De maneira mais direta, faça perguntas<br />

para o grupo utilizando os questionamentos<br />

da página 119: “Imagine uma cidade sem luz, sem<br />

água, mercado, bombeiro etc.”<br />

3 o passo – Neste momento, os alunos irão encontrar<br />

alternativas como respostas, e você deverá<br />

contra-argumentar, criando dificuldades para as<br />

alternativas.


4 o passo – Depois dessa fase de conversa, você<br />

deverá ler com eles o texto da página 119, que<br />

mostra a importância, para a população, de todos<br />

os trabalhos realizados dentro ou nos arredores<br />

da cidade.<br />

Capítulo 1 – Formas de trabalho<br />

em algumas cidades (página 120)<br />

Este capítulo tem dois objetivos: o primeiro<br />

é definir o que é uma cidade rural, apresentando<br />

suas características básicas; o segundo é contribuir<br />

para que o aluno construa o conhecimento<br />

dos trabalhos essenciais que são desenvolvidos<br />

nesse tipo de cidade e que atinjam todos os outros<br />

centros, além dela mesma.<br />

Para alcançar esses objetivos, comece analisando<br />

a imagem da página 120; paralelamente,<br />

converse com os alunos para descobrir o que<br />

eles sabem sobre esse tipo de cidade.<br />

Observação: caso a escola esteja localizada<br />

em uma cidade rural, identifique-a.<br />

Amplie a definição apresentada na página<br />

120 mostrando que, além da agricultura, as cidades<br />

rurais geralmente se dedicam à criação de<br />

animais.<br />

Observação: se a escola estiver localizada<br />

em uma cidade rural, abra espaço para que os<br />

alunos identifiquem essas atividades. Exemplo:<br />

no sítio onde moram, na fazenda onde os pais<br />

trabalham etc.<br />

Para onde vai tudo o que se cria e se<br />

produz no campo? (página 122)<br />

Neste momento, estamos novamente voltados<br />

para a construção do conceito de trabalhos essenciais.<br />

Por isso, o título propõe o questionamento.<br />

Apresentamos, a seguir, sugestões para o<br />

desenvolvimento dessa etapa.<br />

<strong>1.</strong> Faça a pergunta do título para o grupo.<br />

2. Analise as imagens com os alunos para<br />

que eles tenham uma ideia de tudo que<br />

é produzido em uma cidade rural.<br />

3. Peça para os alunos lerem o texto com<br />

o objetivo de destacar a importância do<br />

trabalho do agricultor e do criador.<br />

4. Para complementar, leve os alunos a desenvolver<br />

o raciocínio de que o primeiro<br />

sintoma que qualquer ser humano teria<br />

atualmente sem o agricultor seria a<br />

fome.<br />

5. Por isso, inserimos a letra da música<br />

“Fome come” e sugerimos que a letra<br />

seja lida e, se houver possibilidade, que<br />

a música seja o uvida, pois o arranjo musical<br />

nos dá a sensação da angústia que se<br />

sente quando se tem fome.<br />

Seria interessante perguntar aos alunos<br />

quem é que já sentiu fome, como é a sensação<br />

de ter fome, se eles não têm vontade de comer<br />

qualquer coisa etc.<br />

Praticando (página 124)<br />

Por falar em fome, uma boa alimentação<br />

contribui para uma boa saúde. Essa atividade<br />

tem como objetivo fazer com que os alunos reflitam<br />

sobre aquilo que comem.<br />

Para isso, peça-lhes que, em grupo, observem<br />

as imagens dos diferentes tipos de alimentos<br />

e conversem: do que gostam, do que não<br />

gostam etc.<br />

Em seguida, orientados por você, devem<br />

responder às questões propostas, que envolvem<br />

desde os hábitos alimentares de cada membro<br />

do grupo e passam pela identificação daquilo<br />

que é produzido pelo agricultor.<br />

Para encerrar a atividade, peça aos alunos<br />

que analisem a imagem da fome e do desperdício<br />

de comida e identifiquem o que há de errado<br />

nela.<br />

Observação: espera-se que os alunos respondam<br />

que tanto a fome quanto o desperdício<br />

estão errados. Se for possível, aprofundem o assunto<br />

desenvolvendo a ideia de que o desperdício<br />

é um grande mal e que precisa ser evitado<br />

por todos.<br />

Oriente o grupo a apresentar o resultado da<br />

atividade.<br />

51


Você é o historiador (página 126)<br />

Depois da conversa em sala de aula sobre o<br />

desperdício de alimentos, oriente os alunos para<br />

que façam uma pesquisa em casa sobre o que se<br />

faz com a comida que sobra.<br />

todos deverão apresentar o resultado da<br />

pesquisa.<br />

Atividade de ampliação<br />

Utilize os resultados da pesquisa que os alunos<br />

trouxeram de casa sobre o que se faz com as<br />

sobras de alimentos para criar alternativas que<br />

evitem o desperdício.<br />

Depois de todas as apresentações, a turma<br />

deverá ser subdividida em cinco grupos e cada<br />

um deverá conversar sobre as alternativas que<br />

podem ser usadas para evitar o desperdício.<br />

Ao fim da conversa, cada grupo deverá escolher<br />

a melhor alternativa encontrada e expô-la.<br />

Registre no quadro de giz as alternativas de<br />

cada grupo e peça a todos os alunos que registrem<br />

as conclusões no caderno.<br />

Por último, cada aluno deverá apresentar as<br />

alternativas do grupo do 3 o ano para as pessoas<br />

que vivem com ele.<br />

Cidades perto da água (página 126)<br />

As cidades que vivem da pesca nos rios e no<br />

mar compõem outra etapa deste capítulo, que<br />

tem como objetivo mostrar que o trabalho desenvolvido<br />

pelo pescador é tão importante quanto<br />

o do agricultor e o do criador de animais, pois o<br />

peixe também é fundamental na composição da<br />

alimentação do ser humano.<br />

Sugestões para o desenvolvimento desta etapa:<br />

<strong>1.</strong> Converse com os alunos sobre os benefícios<br />

do peixe na dieta alimentar.<br />

2. Observe a imagem da página 126 e, paralelamente,<br />

destaque as várias cidades que<br />

têm rios e as litorâneas, que têm a pesca<br />

como um de seus trabalhos.<br />

3. Leia o texto do livro como complemento.<br />

Praticando (página 127)<br />

Neste Praticando, destacamos um trecho do<br />

poema “Os pescadores e suas filhas”, de Cecília<br />

Meireles.<br />

52<br />

Nosso objetivo é fazer com que os alunos entrem<br />

em contato com a linguagem poética e, ao<br />

mesmo tempo, conheçam mais sobre o trabalho<br />

cansativo do pescador.<br />

Ao fim dessa seção, propoem-se duas questões.<br />

Espera-se que os alunos percebam que o<br />

barco carregado significa “cheio de peixes para<br />

serem vendidos”, pois é só assim que esse trabalhador<br />

consegue sobreviver.<br />

Atividade (página 128)<br />

Apresentamos algumas sugestões para a realização<br />

desta atividade.<br />

<strong>1.</strong> Os alunos devem fazer a leitura dos desenhos.<br />

2. Em seguida, no caderno, deverão relacionar<br />

o local e os instrumentos de trabalho.<br />

Exemplo: mar – barcos e redes<br />

rio – vara de pescar e remo<br />

curral – vestimenta de vaqueiro<br />

plantação – enxada e sementes<br />

Capítulo 2 – O trabalho nas áreas<br />

urbanas (página 129)<br />

Para desenvolver os temas e conceitos deste<br />

capítulo, aplicamos o mesmo procedimento utilizado<br />

no anterior.<br />

Inicialmente, definimos o que é uma cidade<br />

urbana, apresentando suas características básicas.<br />

Em seguida, pretendemos contribuir para que o<br />

aluno construa o conhecimento dos trabalhos essenciais<br />

que são desenvolvidos nas cidades urbanas<br />

e que também atingem todos os outros centros,<br />

além delas mesmas.<br />

Neste capítulo, destacamos trabalhos que<br />

existem em grande quantidade nas cidades urbanas<br />

por causa do número de habitantes, mas que<br />

também são encontrados em pequena escala nas<br />

cidades rurais e litorâneas, como médicos, bombeiros,<br />

coletores de lixo etc.<br />

À medida que as orientações ocorrem, chamaremos<br />

a atenção para esse fato.<br />

Sugestão para o desenvolvimento da primeira<br />

etapa do capítulo:


<strong>1.</strong> Oriente os alunos para que observem as<br />

imagens e estabeleçam uma relação com<br />

o título do capítulo.<br />

2. Questione o grupo sobre outras cidades<br />

urbanas que conhecem ou que já ouviram<br />

falar etc.<br />

3. Em seguida, oriente os alunos para que, em<br />

grupo, conversem e registrem o que observaram<br />

na foto, como trabalhos que podem<br />

ser encontrados em cidades urbanas.<br />

Trabalhadores urbanos — estudo de caso:<br />

os bombeiros (página 130)<br />

Depois da etapa de definição, vamos conhecer<br />

os trabalhos essenciais de uma cidade urbana<br />

com as dimensões das cidades brasileiras.<br />

Propomos um estudo de caso: os bombeiros.<br />

Essa escolha está vinculada a vários aspectos:<br />

1 o – É um trabalhador que chama a atenção<br />

dos alunos desta faixa etária. Ele é visto,<br />

geralmente, de maneira positiva, heroica<br />

etc.<br />

2 o – O trabalho que desenvolve é essencial<br />

para qualquer cidade de qualquer tamanho<br />

(rural ou urbana).<br />

3 o – Procuramos mostrar que os bombeiros<br />

não são trabalhadores que têm a única<br />

função de apagar incêndios: eles são fundamentais<br />

para a prevenção de acidentes.<br />

Sugerimos os seguintes passos para o desenvolvimento<br />

desta etapa:<br />

1 o passo – Peça para os alunos analisarem as imagens<br />

da página 130 e deixe que falem tudo sobre<br />

o que sabem, o que pensam e contem histórias<br />

que vivenciaram sobre os bombeiros.<br />

2 o passo – Em seguida, pergunte-lhes o que pensam<br />

a respeito da importância do trabalho do<br />

bombeiro e o que poderia acontecer com a cidade<br />

sem ele. Registre as respostas no quadro de giz.<br />

3 o passo – Leia com os alunos o texto da página<br />

131, que destaca o trabalho dos bombeiros.<br />

4 o passo – Compare o texto com aquilo que foi registrado<br />

no quadro de giz e complemente o que<br />

estiver faltando.<br />

5 o passo – Em seguida, peça para o grupo observar<br />

os desenhos da página 13<strong>1.</strong><br />

6 o passo – Em grupo, oriente os alunos para conversarem<br />

sobre a necessidade que os bombeiros<br />

têm de utilizar tantos equipamentos.<br />

7 o passo – Peça para cada grupo registrar no caderno<br />

o resultado da conversa.<br />

8 o passo – Reserve um tempo para que todos os<br />

grupos apresentem suas conclusões.<br />

Atividade de ampliação<br />

Na maioria das cidades brasileiras, é comum<br />

que o Corpo de Bombeiros aceite visitas escolares,<br />

como também é possível convidar um bombeiro<br />

para fazer uma visita à escola.<br />

Por isso, sugerimos que você entre em contato<br />

com o Corpo de Bombeiros mais próximo e<br />

agende uma visita dos alunos a esse órgão da Polícia<br />

Militar ou uma visita de um bombeiro à escola,<br />

de modo que as crianças tenham a oportunidade<br />

de conhecer mais profundamente o trabalho executado<br />

por eles. tenha como foco a prevenção.<br />

Reserve um momento para que os alunos<br />

possam fazer perguntas sobre o trabalho dos<br />

bombeiros e para explicar por que essa atividade<br />

é considerada essencial.<br />

Para finalizar, peça para que cada aluno faça<br />

um desenho expressando aquilo que aprendeu<br />

com a saída ou visita.<br />

As indústrias e os operários (página 132)<br />

Neste tópico do capítulo, optamos por desenvolver<br />

noções simples sobre as indústrias, que, geralmente,<br />

estão concentradas nos centros urbanos.<br />

Não colocamos no livro nenhuma definição.<br />

Escolhemos trabalhar no Conhecendo mais<br />

um trecho do texto de Michel Le Duc e Nathalie<br />

tordjman, do livro A cidade em pequenos passos.<br />

Justificamos essa escolha porque as crianças<br />

dos anos finais do Ensino Fundamental, irão desenvolver<br />

exaustivamente o assunto. Industrialização<br />

também será um dos assuntos do livro 5<br />

desta coleção.<br />

Por isso, optamos por um texto que localiza a<br />

indústria e os operários como um elemento dos<br />

centros urbanos e que alerta para a substituição<br />

dos operários pela automação, isto é, máquinas<br />

que realizam parte do trabalho humano.<br />

Criamos, neste Manual, um pequeno texto que<br />

define indústria, que você poderá utilizar quando<br />

estiver desenvolvendo esta etapa do capítulo.<br />

53


Indústria é toda atividade realizada pelo<br />

ser humano, cujo trabalho tem como finalidade<br />

transformar a matéria-prima em produto<br />

industrializado. Para atingir essa finalidade, o<br />

ser humano utiliza máquinas.<br />

Matéria-prima é a substância principal<br />

usada na produção industrial. Exemplos:<br />

cana-de-açúcar (açúcar, álcool); petróleo (gasolina,<br />

diesel). Nesses casos, a cana-de-açúcar<br />

e o petróleo são as matérias-primas.<br />

O trabalhador da indústria é o operário. É<br />

ele que conhece o funcionamento das máquinas<br />

dentro das indústrias.<br />

Atividade de ampliação<br />

Forme grupos de, no máximo, três alunos e<br />

peça a eles que tragam, para a sala de aula, jornais<br />

e revistas que já foram lidos.<br />

Cada grupo deverá observar e procurar nas<br />

revistas e nos jornais imagens de produtos industrializados.<br />

De todas as imagens de produtos observadas,<br />

cada grupo deverá escolher quatro.<br />

Em seguida, o grupo deverá recortar e colar<br />

essas imagens em uma folha de papel sulfite.<br />

Por último, todos os grupos deverão apresentar<br />

o resultado do trabalho, mostrando essas imagens<br />

escolhidas, dizendo de que matérias-primas<br />

os objetos das imagens foram feitos.<br />

Conhecendo mais (página 134)<br />

Inicialmente, peça aos alunos que leiam o<br />

texto “Os comerciantes e os artesãos” e falem a<br />

respeito do que sabem sobre comércio.<br />

Em grupo, os alunos devem registrar os tipos<br />

de comércio existentes na sua cidade.<br />

Atividade de ampliação<br />

Sugerimos que os alunos façam uma pesquisa<br />

em casa e perguntem para as pessoas que vivem<br />

com eles:<br />

<strong>1.</strong> O que você mais compra no comércio?<br />

2. Qual a importância do comércio para a<br />

vida da nossa família?<br />

54<br />

3. Você prefere frequentar o comércio das<br />

ruas ou o do shopping center? Justifique<br />

sua resposta.<br />

Cada aluno deverá apresentar, para o restante<br />

do grupo, o resultado da pesquisa.<br />

Os trabalhadores da saúde (página 135)<br />

Analise a imagem com os alunos e, paralelamente,<br />

oriente-os para que falem sobre o trabalho<br />

dos médicos e enfermeiros.<br />

Em seguida, o grupo deve fazer a leitura do<br />

texto, junto com você, para que essas atividades<br />

sejam enfatizadas como essenciais.<br />

Atividade (página 135) – “Ficha de saúde”<br />

Oriente os alunos a fazerem esta atividade em<br />

casa, com o auxílio de um adulto.<br />

Depois, na escola, cada um deve apresentar a<br />

sua ficha preenchida para os colegas.<br />

Seria interessante, neste momento, discutir<br />

com os alunos a importância de uma boa alimentação,<br />

dos exercícios físicos e de uma visita<br />

regular ao médico e ao dentista, sem necessariamente<br />

estar com algum problema ou doente.<br />

Mostre que tudo isso está diretamente ligado a<br />

uma boa saúde.<br />

Praticando (página 136)<br />

As imagens da página 136 têm como objetivo<br />

mostrar para os alunos outros trabalhos essenciais<br />

que existem nos centros urbanos.<br />

Analise as imagens com os alunos e, paralelamente,<br />

converse sobre cada trabalho.<br />

Na sequência, os alunos deverão registrar no<br />

caderno o nome de cada um deles e qual é o trabalho<br />

que cada pessoa das fotos está realizando.<br />

Conhecendo mais (página 137)<br />

Este Conhecendo mais tem como objetivo<br />

destacar a importância do trabalho do coletor de<br />

lixo para qualquer cidade do mundo.<br />

A seção também traz um questionamento<br />

para os alunos: o que eles fazem com o lixo?<br />

Desenvolvemos o conceito da reciclagem e<br />

destacamos sua importância.


Sugestões para o desenvolvimento da atividade<br />

proposta:<br />

<strong>1.</strong> Converse com a turma sobre o trabalho<br />

do coletor de lixo utilizando as imagens e<br />

o texto.<br />

2. Em seguida, explore com os alunos o que<br />

é feito com o lixo na casa deles, utilizando,<br />

como orientação para essa conversa, o texto<br />

e as imagens para construir o conceito<br />

da reciclagem, destacando a sua relevância.<br />

Nem tudo é lixo (página 138)<br />

Dentro do conceito de reciclar, mostre para<br />

os alunos que nem tudo é lixo. Sugerimos a seguinte<br />

sequência de ações para a atividade “Coleta<br />

seletiva”:<br />

<strong>1.</strong> Junto com o grupo, analise o quadro da<br />

página 138 e os recipientes que recebem<br />

esses materiais e que apresentam cores diferentes.<br />

2. Oriente os alunos a separarem os materiais<br />

do quadro distribuindo-os nos respectivos<br />

recipientes.<br />

3. Cada aluno deverá desenhar e pintar os<br />

recipientes coletores dos materiais.<br />

4. Ao lado de cada recipiente, o aluno deverá<br />

escrever o nome do material que ali deve<br />

ser depositado.<br />

Atividade de ampliação<br />

A questão do lixo é um dos desafios mais importantes<br />

do ser humano na atualidade.<br />

Por isso, acreditamos que, quanto mais tivermos<br />

informações sobre como proceder com o<br />

lixo produzido todos os dias, mais teremos condições<br />

de minimizar o problema.<br />

Para todas as cidades brasileiras, o lixo é um<br />

problema; porém, em algumas, a reciclagem já é<br />

feita de maneira sistemática; outras apresentam<br />

associações de pessoas que recolhem papel, latas,<br />

materiais destinados à reciclagem e, por último,<br />

encontramos cidades em que as prefeituras<br />

não conseguem dar um destino adequado ao<br />

lixo produzido.<br />

Por causa de todas essas questões, gostaríamos<br />

de sugerir que os alunos, além da atividade<br />

realizada na página 139 sobre coleta seletiva, pudessem<br />

entrar em contato de maneira mais concreta<br />

com a questão.<br />

Sugerimos que o grupo conheça uma empresa<br />

de reciclagem ou uma associação de<br />

pessoas que recolhe materiais destinados à reciclagem<br />

ou ainda alguém que conheça mais<br />

profundamente o problema do lixo na cidade<br />

onde vive.<br />

Para que essa atividade seja realizada, sugerimos<br />

que você, com o auxílio do setor administrativo<br />

da escola, faça uma pesquisa na cidade<br />

para saber se existem empresas de reciclagem ou<br />

associações de pessoas que recolhem materiais<br />

destinados à reciclagem. Se a pesquisa for positiva,<br />

agende uma visita do grupo ao local.<br />

Para fazer a visita, é importante que o assunto<br />

“lixo” já tenha sido desenvolvido em sala de aula.<br />

Durante a visita, você deverá se informar sobre:<br />

a) O conhecimento do espaço e o que se faz<br />

nele.<br />

b) Quantas pessoas estão envolvidas nessa atividade.<br />

c) Qual a visão que as pessoas responsáveis<br />

pelo trabalho têm sobre o problema do lixo.<br />

d) Quais orientações os alunos podem receber<br />

para contribuir com a questão.<br />

Observação: cada professor conhece sua turma<br />

e sabe até onde é possível avançar. Os itens relacionados<br />

anteriormente são apenas sugestões<br />

de como orientar a visita, mas outras questões<br />

podem ser perguntadas e observadas.<br />

Em sala de aula, o assunto deve ser retomado<br />

e ampliado com o que foi observado e apreendido<br />

na visita.<br />

Para finalizar, sugerimos que você crie, com o<br />

grupo, um texto coletivo sobre a visita.<br />

Capítulo 3 – O trabalho na escola<br />

(página 140)<br />

Encerraremos esta unidade com os trabalhos<br />

que são desenvolvidos na escola.<br />

Optamos por isso porque:<br />

<strong>1.</strong> são os trabalhos e os trabalhadores com<br />

os quais os alunos convivem todos os dias;<br />

55


2. são trabalhos essenciais para o funcionamento<br />

adequado da escola;<br />

3. estão presentes em todos os modelos de<br />

cidades, sejam elas da zona rural, urbana<br />

ou litorânea;<br />

4. por último, acreditamos que conhecer os<br />

detalhes dos trabalhos que envolvem o<br />

funcionamento da escola pode contribuir<br />

para que o aluno valorize, respeite e dê<br />

sua contribuição para atingir os objetivos<br />

aqui propostos.<br />

Sugerimos os seguintes passos para o desenvolvimento<br />

desta etapa do capítulo.<br />

1 o passo – Junto com o grupo, analise a imagem<br />

com o objetivo de identificar a quantidade de trabalhos<br />

e trabalhadores existentes na escola.<br />

2 o passo – Divida a turma em quatro ou cinco<br />

grupos.<br />

3 o passo – Cada grupo deverá escolher dois trabalhadores<br />

da escola para entrevistar.<br />

4 o passo – Sugerimos que o grupo utilize as questões<br />

da página 141 como orientação.<br />

5 o passo – Por último, cada grupo deverá apresentar<br />

suas entrevistas para a turma.<br />

Escolas diferentes (página 141)<br />

Outro item do capítulo apresenta histórias de<br />

escolas diferentes.<br />

Sugerimos que, para o desenvolvimento desse<br />

tema, você leia essas histórias e faça comentários<br />

sobre o que foi lido.<br />

Em grupo, os alunos deverão responder às<br />

questões propostas.<br />

Observação: essas questões, além de terem<br />

como objetivo a compreensão leitora, também<br />

visam trabalhar valores como cooperação, solidariedade<br />

etc.<br />

Atividade de ampliação<br />

Sugerimos que os alunos, em grupo, utilizem<br />

uma folha de cartolina e desenhem situações vividas<br />

por eles no ambiente escolar que revelem e<br />

retratem os valores da atividade anterior.<br />

56<br />

Escolas dos indígenas (páginas 143 – 144)<br />

Aqui, temos como objetivo o funcionamento<br />

de uma escola indígena.<br />

Neste momento, pretendemos mostrar que<br />

aprender tem diversos significados e depende<br />

dos costumes e da cultura dos diferentes grupos<br />

sociais.<br />

Antes de analisar as imagens e ler o texto da<br />

página 143, você poderá conversar com a turma<br />

sobre os vários significados de aprender. Mostre<br />

que, nas escolas indígenas, as crianças aprendem<br />

coisas diferentes e de maneiras diferentes.<br />

O grupo deverá, sob a sua orientação, observar<br />

as imagens e ler o texto. Em seguida, individualmente,<br />

o aluno deverá responder às questões propostas<br />

na página 144.<br />

Explorando o que aprendemos! (página 144)<br />

O objetivo deste Explorando o que aprendemos!<br />

é que os alunos coloquem em prática<br />

tudo aquilo que aprenderam sobre a questão<br />

do lixo. Porém, neste momento, estamos propondo<br />

uma ampliação: cuidar do lixo é cuidar<br />

do planeta.<br />

Sugerimos que a seguinte ideia seja desenvolvida:<br />

não desperdiçar papel é um dos caminhos<br />

para cuidar da vida no planeta.<br />

Para trabalhar esta seção, sugerimos os seguintes<br />

passos:<br />

1 o passo – Peça aos alunos que tragam de casa<br />

um saco plástico para colocar os papéis.<br />

2 o passo – Durante quatro dias, todo o grupo deverá<br />

jogar os papéis que não utilizam mais nesses<br />

sacos plásticos.<br />

Observação: o objetivo é que se jogue o menor<br />

número possível de papel e evite-se o desperdício.<br />

3 o passo – No quinto dia, oriente os alunos a analisar<br />

o quanto de papel foi jogado no lixo.<br />

Esse procedimento deve ser repetido por algumas<br />

semanas, o objetivo é que a cada semana<br />

a quantidade de papel desperdiçada diminua.

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