interações de orbitais e seus efeitos nos acoplamentos jch em 1,3,5 ...
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Interações <strong>de</strong> Orbitais e <strong>seus</strong> Efeitos nas Constantes <strong>de</strong> Acoplamento 2 JHH e 1 JCH<br />
1.1. Estudo das <strong>interações</strong> hiperconjugativas<br />
Atualmente, as interpretações da estrutura e reativida<strong>de</strong> molecular, usualmente<br />
levam <strong>em</strong> conta as <strong>interações</strong> estéricas e eletrônicas e cada vez mais, os <strong>efeitos</strong><br />
estereoeletrônicos. Em particular, isto é realizado pelas orientações entre ligações e<br />
pares eletrônicos livres na molécula conduzindo a clivag<strong>em</strong> <strong>de</strong> uma ligação<br />
estereoespecífica ou a formação <strong>de</strong> uma ligação. Isto é <strong>de</strong> fundamental importância <strong>em</strong><br />
áreas como sínteses diastero- e enatiosseletivas, e motiva o interesse contínuo no<br />
entendimento dos princípios básicos e conseqüências das <strong>interações</strong><br />
estereoeletrônicas. [Juaristi, 2002]<br />
Interações hiperconjugativas dois–elétrons/dois–<strong>orbitais</strong> são importantes para o<br />
entendimento das proprieda<strong>de</strong>s moleculares e reativida<strong>de</strong>. Estas <strong>interações</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>localização causam mudança entre a estrutura i<strong>de</strong>alizada <strong>de</strong> Lewis e as estruturas <strong>de</strong><br />
moléculas reais na distribuição <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> eletrônica, energias <strong>de</strong> OM,<br />
espectroscopia IV e proprieda<strong>de</strong>s <strong>em</strong> RMN. Os <strong>efeitos</strong> das <strong>interações</strong> hiperconjugativas<br />
po<strong>de</strong>m ser explicitados usando parametrização <strong>de</strong> mecanismos moleculares para<br />
<strong>de</strong>screver exatamente as proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ligações covalentes. Estas <strong>interações</strong> po<strong>de</strong>m<br />
influenciar no equilíbrio conformacional (efeito anomérico, torsão na barreira do etano, e<br />
outras moléculas), modificar reativida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>terminar seletivida<strong>de</strong>. Efeitos<br />
hiperconjugativos são propostos por ser<strong>em</strong> componentes importantes <strong>de</strong> <strong>interações</strong><br />
intermoleculares <strong>nos</strong> estados fundamental e <strong>de</strong> transição. [Alabugim, 2000]<br />
Descrições quantitativas das <strong>interações</strong> hiperconjugativas po<strong>de</strong>m ser obtidas<br />
<strong>em</strong>pregando-se o método NBO (Natural Bond Orbital) <strong>de</strong> Weinhold. Em RMN,<br />
<strong>interações</strong> do tipo, n→σ*, σ→π*, π→σ* e σ→σ* po<strong>de</strong>m afetar as constantes <strong>de</strong><br />
acoplamento indireta spin-spin, <strong>de</strong> maneira significativa; consequent<strong>em</strong>ente é <strong>de</strong><br />
fundamental importância saber <strong>de</strong> que maneira eles são afetados. Além disso, as<br />
constantes <strong>de</strong> acoplamento spin-spin po<strong>de</strong>m ser usadas como ferramenta para estudo<br />
das <strong>interações</strong> hiperconjugativas.<br />
O primeiro tipo <strong>de</strong> interação (n→σ*) é parte dos <strong>efeitos</strong> anoméricos conhecidos<br />
como “<strong>interações</strong> hiperconjugativas negativas”. Em geral, é notavelmente a mais forte<br />
das quatro. O segundo (σ→π*) e o terceiro (π→σ*) tipos são aceitos como os principais<br />
mecanismos <strong>de</strong> transmissão do acoplamento a longa distância [Contreras, 2006]<br />
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