Estrutura e formação de palavras
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<strong>Estrutura</strong> e <strong>formação</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>palavras</strong><br />
se<br />
nasce<br />
morre nasce<br />
morre nasce morre<br />
renasce remorre renasce<br />
remorre renasce<br />
Remorre<br />
re re<br />
<strong>de</strong>snasce<br />
<strong>de</strong>smorre <strong>de</strong>snasce<br />
<strong>de</strong>smorre <strong>de</strong>snasce <strong>de</strong>smorre<br />
nascemorrenasce<br />
morrenasce<br />
morre<br />
se Haroldo <strong>de</strong> Campos
Seu Metaléxico<br />
economiopia<br />
<strong>de</strong>senvolvimentir<br />
utopiada<br />
consumidoidos<br />
patriotários<br />
suicidadãos
• Prefixo<br />
• Sufixo<br />
• Radical<br />
Principais Morfemas
Morfemas que constituem a<br />
palavra<br />
Língua frases significado<br />
significante <strong>palavras</strong><br />
fonemas<br />
Fonemas = menores unida<strong>de</strong>s sonoras <strong>de</strong> uma palavra.<br />
Ex: fixo - /f/ /i/ /k/ /s/ /o/<br />
Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m morfológica<br />
Ex: pedr a em pedr ado<br />
pedr eira (...)<br />
pedr egulho
Classificação dos morfemas<br />
1- Radical – base significativa da palavra.<br />
Palavras que contêm um núcleo significativo comum – pertencem à<br />
mesma família – são chamadas COGNATAS.<br />
Ex: lua<br />
luar<br />
lunático<br />
enluarada<br />
• As <strong>palavras</strong> “leitura” e “lição” são cognatas, embora não<br />
possuam a mesma sequência <strong>de</strong> fonemas; o termo “lição”<br />
significa “ato <strong>de</strong> ler”.<br />
2- Prefixo – em nossa língua são <strong>de</strong> origem grega ou latina. Os<br />
prefixos são postos ANTES do radical e possuem uma<br />
significação.<br />
Ex: apatia – a + patia = “pathos” (grego) = paixão<br />
“a” ( prefixo grego) = negação, privação<br />
apatia = ausência <strong>de</strong> emoção.
Classificação dos morfemas<br />
3- Sufixos – elemento colocado APÓS o radical. Os sufixos po<strong>de</strong>m<br />
ser nominais, verbais ou adverbiais.<br />
Sufixo nominal (forma substantivos, adjetivos) – Ex: realismo –<br />
beleza.<br />
Sufixos verbais ( forma verbos) – Ex: afrancesar – repartir ...<br />
Sufixos adverbiais ( forma advérbios) – Ex: lealmente<br />
Os sufixos po<strong>de</strong>m indicar:<br />
• Grau aumentativo – corpanzil , <strong>de</strong>ntuça, cabeçorra ...<br />
• Grau diminutivo – riacho, chuvisco , ilhota ...<br />
• Superlativo – paupérrimo, dificílimo ...<br />
• Noção <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> – chumaço, mulherio, cardume...<br />
• Resultado <strong>de</strong> ação, estado ou qualida<strong>de</strong> – malda<strong>de</strong>, civismo ...<br />
• Origem, procedência – catanduvense , sergipano, europeu ...<br />
• Profissão, ofício – <strong>de</strong>ntista, carcereiro, professor ...<br />
• On<strong>de</strong> se pratica a ação – bebedouro, refeitório...<br />
• Nomenclatura científica – sulfato , anilina, celulose ...
Neologismo<br />
Neologismo<br />
Beijo pouco, falo menos ainda.<br />
Mas invento <strong>palavras</strong><br />
Que traduzem a ternura mais funda<br />
E mais cotidiana.<br />
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.<br />
Intransitivo:<br />
Teadoro, Teodora.<br />
Manuel Ban<strong>de</strong>ira<br />
* O verbo “teadorar” é um neologismo.<br />
Só se inventam verbos terminados em<br />
sufixo “ar”.
Classificação dos morfemas -<br />
4- Desinências : verbais<br />
continuação<br />
nominais<br />
- Desinências verbais indicam o : tempo, o modo, o<br />
número e a pessoa em que se encontram os verbos.<br />
Ex: cantássemos<br />
cant – radical<br />
a – vogal temática ( verbo <strong>de</strong> 1ª conjugação)<br />
cant + a = canta - tema<br />
sse – <strong>de</strong>sinência modo- temporal ( pret. imp. do subj.)<br />
mos – <strong>de</strong>sinência número-pessoal ( 1ªp. do plural)
Classificação dos morfemas<br />
5- Desinência nominal – indica o gênero e o número dos<br />
nomes (subst./ adj.).<br />
Ex: garotas<br />
garot – radical<br />
a – d.n. (feminino)<br />
S – d.n. (plural)<br />
Ex: rosa<br />
ros – radical<br />
a – v.t. (nominal) * Não há masculino para a palavra “rosa”, neste caso,<br />
após o radical, temos a vogal temática nominal.
Processo <strong>de</strong> <strong>formação</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>palavras</strong><br />
As <strong>palavras</strong> po<strong>de</strong>m ser formadas por dois processos:<br />
composição – radicais que se unem por :<br />
• Justaposição ou aglutinação – formando uma nova palavra.<br />
• Composição por justaposição – não há perda <strong>de</strong> fonemas na<br />
junção <strong>de</strong> dois ou mais radicais.<br />
Ex: pé-<strong>de</strong>-moleque ( pé + <strong>de</strong> + moleque)<br />
girassol ( gira + sol) - *O “s” foi duplicado por razões fonéticas<br />
• Composição por aglutinação – há perda <strong>de</strong> fonema na junção <strong>de</strong><br />
dois ou mais radicais.<br />
Ex: vinagre – vinho + acre<br />
aguar<strong>de</strong>nte – água + ar<strong>de</strong>nte<br />
planalto – plano + alto<br />
boquiaberto – boca + aberta
Revisando:<br />
Classificação dos morfemas<br />
Os morfemas em uma palavra po<strong>de</strong>m ser classificados em:<br />
1- radical<br />
2- vogal temática ( nos verbos marca a conjugação : 1ª (a) – 2ª (e)<br />
– 3ª (i) e, nos nomes, caso não haja opção <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong><br />
gênero, como em “pent+ e” / “ros+a” ...<br />
3- tema – junção do radical + vogal temática<br />
4- prefixos – elemento colocado antes do radical.<br />
5- sufixos – elemento colocado após o radical.<br />
6- <strong>de</strong>sinências: verbal e nominal.<br />
Desinência verbal – marca o tempo, o modo, o número e a pessoa<br />
dos verbos. Ex: partiriam – part - radical / i - v.t. / parti - tema / ria<br />
–d.m.t.<br />
fut. do pret. do indicativo / m – d.n.p. ( 3ª pessoa do plural).<br />
Desinência nominal – marca o gênero e o número ( nos<br />
substantivos e adjetivos). Ex: Menin - o – s .
Morfemas insignificativos<br />
7- Vogal <strong>de</strong> ligação e consoante <strong>de</strong> ligação – são morfemas que<br />
não possuem significação, servem apenas para evitar<br />
dissonâncias (hiatos, encontros consonantais), sequências<br />
sonoras in<strong>de</strong>sejáveis.<br />
Ex: cafe + z + inho<br />
radical = cafe<br />
z = consoante <strong>de</strong> ligação<br />
inho = sufixo diminutivo.<br />
Ex: gasômetro<br />
gas = radical<br />
o = vogal <strong>de</strong> ligação<br />
metro = sufixo
Formando <strong>palavras</strong> <strong>de</strong>rivadas<br />
– tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivação<br />
1- Derivação prefixal – cria-se uma palavra <strong>de</strong>rivada a<br />
partir <strong>de</strong> um prefixo.<br />
Ex: <strong>de</strong>s + leal = <strong>de</strong>sleal<br />
a + normal = anormal<br />
hiper + tensão = hipertensão<br />
2- Derivação sufixal – cria-se uma palavra <strong>de</strong>rivada a partir<br />
<strong>de</strong> um sufixo.<br />
Ex: ladro + agem = ladroagem<br />
boi + ada + boiada<br />
chuv + iscar = chuviscar
Continuação – tipos <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>rivação<br />
3- Derivação parassintética – cria-se uma palavra <strong>de</strong>rivada<br />
por meio do acréscimo simultâneo <strong>de</strong> um prefixo e <strong>de</strong><br />
um sufixo.<br />
Ex: adoçar anoitecer envelhecer ajoelhar<br />
Atenção!!<br />
Se retiramos um dos morfemas (prefixo ou sufixo) e a<br />
palavra obter significado temos: Derivação prefixal e<br />
sufixal. Ex: <strong>de</strong>slealda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>smoralizar<br />
infelizmente
Formação <strong>de</strong> <strong>palavras</strong> – cap. 17<br />
4- Derivação regressiva – Por meio da <strong>de</strong>rivação<br />
regressiva cria-se substantivos <strong>de</strong>verbais, ou seja,<br />
<strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> verbos.<br />
Ex: ven<strong>de</strong>r – (a) venda<br />
atacar (o) ataque<br />
lutar – (a) luta<br />
5- Derivação imprópria – A palavra, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do<br />
contexto, muda <strong>de</strong> classe gramatical, como po<strong>de</strong>mos<br />
perceber na canção <strong>de</strong> Caetano Veloso.
Exemplo <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivação<br />
imprópria<br />
Língua<br />
Gosto <strong>de</strong> sentir a minha língua roçar<br />
A língua <strong>de</strong> Luís <strong>de</strong> Camões<br />
Gosto <strong>de</strong> ser e <strong>de</strong> estar<br />
E quero me <strong>de</strong>dicar<br />
A criar confusões <strong>de</strong> prosódias<br />
E uma profusão <strong>de</strong> paródias<br />
Que encurtem dores<br />
E furtem cores como camaleões<br />
Gosto do Pessoa na pessoa<br />
Da rosa no Rosa<br />
E sei que a poesia está para a prosa<br />
Assim como o amor está para a amiza<strong>de</strong><br />
E quem há <strong>de</strong> negar que esta lhe é superior<br />
E <strong>de</strong>ixa os portugais morrerem à míngua<br />
"Minha pátria é minha língua"<br />
Fala mangueira!<br />
Caetano Veloso
Derivação imprópria<br />
O técnico Leão <strong>de</strong>ixou o São Paulo.
Derivação imprópria<br />
Ele é um pelé da física.
Derivação imprópria<br />
“A Bela e a Fera foi um dos musicais <strong>de</strong> maior bilheteria na<br />
Broadway.”
Onomatopéia
Abreviação<br />
Redução <strong>de</strong> fonemas, a palavra se apresenta <strong>de</strong><br />
forma reduzida.
Hibridismo<br />
Trata-se <strong>de</strong> vocábulos, cujos morfemas são <strong>de</strong><br />
língua diferentes.<br />
Ex: sambódromo – samba (port.) + dromo (grego)