13.04.2013 Views

2009/2 Geometria Diferencial - Instituto de Matemática - UFRJ

2009/2 Geometria Diferencial - Instituto de Matemática - UFRJ

2009/2 Geometria Diferencial - Instituto de Matemática - UFRJ

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

IM<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

INSTITUTO DE MATEM ÁTICA<br />

Licenciatura em <strong>Matemática</strong> - <strong>2009</strong>/2<br />

<strong>Geometria</strong> <strong>Diferencial</strong> -Lista 3 - Prof. Nedir<br />

<strong>UFRJ</strong><br />

Nos exercícios abaixo todas as superfície regulares são admitidas orientáveis. Lembrando<br />

que a escolha <strong>de</strong> um campo normal unitário equivale a escolha <strong>de</strong> uma orientação.<br />

1. Seja S superfície regular em R 3 .<br />

Definição. Dizemos que uma função f : S → R é diferenciável em p0 ∈ S quando para<br />

qualquer X : U → S, coor<strong>de</strong>nadas locais na vizinhança <strong>de</strong> p, a função f ◦ X : U → R é<br />

diferenciável.<br />

Admitamos que uma aplicação diferenciável f : S → R seja a restrição <strong>de</strong> uma aplicação<br />

diferenciável F : R 3 → R e que f seja nula me X(U), para alguma escolha <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas<br />

locais.<br />

a) Mostre que, para cada p ∈ X(U) a componente tangente a S em P do gradiente <strong>de</strong> F<br />

se anula.<br />

b) Dê exemplo <strong>de</strong> F e S, com F não constante, satisfazendo o item a.<br />

2. Sejam S superfície regular, X : U → S coor<strong>de</strong>nadas locais e N : S → S 2 a Aplicação<br />

Normal <strong>de</strong> Gauss. Admita que K(p), a curvatura gaussiana <strong>de</strong> S em p, seja não nula,<br />

para todo p ∈ S. Consi<strong>de</strong>re D ⊂ U tal que a restrição <strong>de</strong> N a D seja bijeção e <strong>de</strong>notemos<br />

Q := X(D).<br />

a) Dê a expressão <strong>de</strong> A(N(Q), a área da imagem esférica <strong>de</strong> X(D).<br />

b) Conclua, do item anterior, que, sendo K constante, então A(N(Q) = KA(Q), em que<br />

A(Q) é a área <strong>de</strong> Q.<br />

3. Seja S superfície regular conexa. Mostre que se todos os pontos <strong>de</strong> S são umbílicos então<br />

ou S está contida em um plano ou Sestá contida numa esfera <strong>de</strong> raio r, com r = 1/ √ K,<br />

on<strong>de</strong> K é a curvatura gaussiana <strong>de</strong> S, ou seja, particularmente, a curvatura gaussiana é<br />

constante.<br />

Sugetão: Observe que a condição <strong>de</strong> umbilicida<strong>de</strong> significa que dNp(Xu) = λ(p)Xu e<br />

dNp(Xv) = λ(p)Xv, on<strong>de</strong> X = X(u, v) é parametrização local numa vizinhança <strong>de</strong> um<br />

ponto p e λ(p) = λ(X(u, v)) = λ(u, v) é uma função diferenciável(verifique). Mostre<br />

primeiramente que λ é uma função constante, <strong>de</strong>rivando dNp(Xu) = λ(p)Xu e dNp(Xv) =<br />

λ(p)Xv. Isto implica que a curvatura gaussiana é constante. Conclua que a superfície é<br />

parte <strong>de</strong> um plano se a constante for zero. Se for diferente <strong>de</strong> zero, procure o candidato<br />

a centro da esfera e mostre que os pontos da superfície estão a uma distância constante<br />

<strong>de</strong>sse ponto.<br />

4. Sejam S superfície regular, N sua aplicação normal <strong>de</strong> Gauss e p ∈ S. Uma direção<br />

w ∈ TpS é dita assintótica quando < dNp(w), w >= 0, isto quer dizer que a curvatura<br />

normal na direção w é nula. Verifique as afirmações:


a) Se p é um ponto elíptico então não existem direções assintóticas em p.<br />

b) Se p é um ponto hiperbólico então existem exatamente duas direções assintóticas em p.<br />

c) Se p é um ponto parabólico então existe uma única direção assintótica em p, que é<br />

também direção principal.<br />

d) Se p é um ponto planar então todas as direções em p são assintóticas.<br />

5. Sejam S superfície regular e X : U → S coor<strong>de</strong>nadas locais. Consi<strong>de</strong>re a função<br />

f : U → R , f(u, v) = 〈X(u, v) , (N ◦ X)(u, v)〉, em que N : S → S 2 é a Aplicação Normal<br />

<strong>de</strong> Gauss. Admita que f seja regular em U. Mostre que as curvas coor<strong>de</strong>nadas não po<strong>de</strong>m<br />

ser linhas <strong>de</strong> curvatura com curvatura normal nula.<br />

6. Consi<strong>de</strong>re a superfície S = {(x, y, z) ∈ R 3 | x 2 + y 2 = 1} como o traço <strong>de</strong> uma superfície<br />

parametrizada regular <strong>de</strong> revolução X : U → R 3 , X(u, v) = (cosu, senu, v).<br />

a) As curvas coor<strong>de</strong>nadas <strong>de</strong> X são linhas <strong>de</strong> curvatura?<br />

b)Você po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>terminar quais curvas são linhas <strong>de</strong> curvatura?<br />

7. Seja S uma superfície regular que é traço <strong>de</strong> uma superfície parametrizada <strong>de</strong> revolução.<br />

As curvas coor<strong>de</strong>nadas <strong>de</strong> S, segundo essa parametrização, são linhas <strong>de</strong> curvatura?<br />

8. Seja S uma superfície regular. Mostre que se α : I ⊂ RtoS é uma parametrização regular<br />

local <strong>de</strong> uma geodésica em S então esta parametrizaçao é proporcional ao comprimento <strong>de</strong><br />

arco.<br />

9. Mostre que as retas são as geodésicas <strong>de</strong> um plano.<br />

10. Numa superfície <strong>de</strong> revolução os meridianos e paralelos são sempre geodésicas? (Para<br />

facilitar as contas, consi<strong>de</strong>re a curva <strong>de</strong> revolução parametrizada pelo comprimento <strong>de</strong><br />

arco.)<br />

11 Seja S a superfície dada pelo gráfico <strong>de</strong> função f : R 2 → R , f(x, y) = x 2 − y 2 .<br />

a) Mostre que S contêm as retas bissetrizes do primeiro e segundo quadrantes do plano<br />

z = 0 e mostre (usanso a <strong>de</strong>finição) que essas retas são direções assintóticas <strong>de</strong> S.<br />

b) Que diferença há, em termos da diferencial da Aplicação Normal <strong>de</strong> Gauss, entre as<br />

direções assintóticas do cilindro circular e as direções assintóticas do item a)?<br />

12 Estu<strong>de</strong> direções e linhas importantes das seguinte superfícies: Esfera, Chapeu <strong>de</strong> Sherlock,<br />

Toro <strong>de</strong> revolução, superfícies <strong>de</strong> revolução, em geral, Sela do Macaco, Helicó<strong>de</strong>,<br />

Catenói<strong>de</strong>.<br />

2

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!