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Março - Jornal Bombeiros de Portugal

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Fotos: Marques Valentim<br />

DECIF<br />

LIGA GARANTE ISENÇÃO DE IRS E 45€ DIA<br />

ELISABETE JACINTO NO QUARTEL DE ALGUEIRÃO MEM- MARTINS<br />

CORUCHE<br />

2013<br />

M ARÇO DE 2013 EDIÇÃO: 318 318 ANO: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA NO N O:<br />

XXX XX XXX XX XXX XX XXXXXXXXX XX XXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXX XXXX XX XXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXX<br />

X XX X XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 1,25€ DIRECTOR: RUI RAMA DA SILVA<br />

“<strong>Bombeiros</strong><br />

da minha terra”<br />

Página 15<br />

Página 4<br />

Página 11<br />

O i<strong>de</strong>al são<br />

equipas<br />

mistas<br />

Páginas 16 e 17<br />

MEIOS AÉREOS<br />

MAI garante apesar da “guerra”<br />

Página 4<br />

TAVIRA VIATODOS<br />

Aposta forte nas respostas sociais<br />

Páginas 12 e 13


2 MARÇO 2013<br />

Assim não Miguel<br />

comentador televisivo e jornalista Miguel<br />

O Sousa Tavares foi meu colega na RTP. Nutro<br />

por ele muita simpatia e até admiração, em ter-<br />

<br />

enorme pesar que registo os termos em que se<br />

referiu aos bombeiros em recente comentário a<br />

propósito da difícil situação do país.<br />

Admiro Miguel Sousa Tavares pelo <strong>de</strong>sassombro<br />

com que sempre tem escolhido e abordado<br />

os diversos temas da actualida<strong>de</strong>. Também sei<br />

que o faz, na generalida<strong>de</strong>, pautando-se por<br />

princípios e regras. Daí também o lamento e a<br />

<br />

bombeiros, sem qualquer margem <strong>de</strong> contraditório,<br />

por, segundo ele, receberem dinheiro<br />

para apagar fogos. Não está em causa o direito<br />

à opinião. Os bombeiros não são “vacas sagradas”.<br />

Mas está em causa opinar sem contextualização<br />

nem informação a<strong>de</strong>quada.<br />

O primeiro comentário que me chegou a propósito<br />

<strong>de</strong>fendia também que nos questionássemos,<br />

na mesma lógica do comentário <strong>de</strong> Sousa<br />

Tavares, sobre a razão <strong>de</strong> muitos comentadores<br />

serem pagos pelas estações televisivas para<br />

opinarem, quando é o caso.<br />

Segundo outros, na lógica do comentário do<br />

referido comentador, os comentadores televisivos<br />

<strong>de</strong>sempenham sem dúvida uma função <strong>de</strong><br />

<br />

sua gratuitida<strong>de</strong>, como acontecia no passado.<br />

A gratuitida<strong>de</strong> da missão é um princípio universal<br />

para os bombeiros, <strong>de</strong>monstrado há<br />

muitos anos, há mais <strong>de</strong> seis séculos.<br />

E, como todos sabemos, salvo os corpo <strong>de</strong><br />

res,<br />

as associações <strong>de</strong> bombeiros só passaram<br />

a dispor <strong>de</strong> alguns elementos assalariados<br />

quando a própria missão o exigiu. Não foram os<br />

bombeiros que quiseram passar a ganhar dinheiro.<br />

Foram razões externas a obrigar os<br />

bombeiros a dispor <strong>de</strong> elementos em permanência,<br />

e naturalmente remunerados. Mesmo<br />

assim, sabemos bem que em circunstâncias es-<br />

á já algum tempo que<br />

Hnas escolinhas <strong>de</strong> infantes<br />

e ca<strong>de</strong>tes muitas meninas<br />

partilham com os rapazes<br />

um primeiro contacto<br />

com o este enorme movimento<br />

<strong>de</strong> voluntariado. Em<br />

muitos casos, “elas” estão<br />

mesmo em maioria, uma situação<br />

que começa já a ter<br />

giários<br />

que, um pouco por<br />

todo o Pais, ingressam no<br />

Curso Inicial <strong>de</strong> Bombeiro,<br />

provando assim que, <strong>de</strong> facto e por direito<br />

próprio, já conquistaram o seu espaço nos<br />

quartéis portugueses<br />

As mulheres sempre tiveram espaço nas associações<br />

humanitárias, mas só há pouco<br />

<br />

Apesar das evidências, ainda há quem que<br />

não esconda alguma inquietação – ainda que<br />

disfarçada <strong>de</strong> preocupação – mas reconheça-<br />

-se que “elas” estão a contrariar a tal crise do<br />

voluntariado que vai roubando operacionais<br />

aos corpos <strong>de</strong> bombeiros.<br />

Este processo começa a ser encarado com<br />

naturalida<strong>de</strong> até porque está limpo <strong>de</strong> quaisquer<br />

tiques feministas. As mulheres batem-se<br />

pela igualda<strong>de</strong> na ação, provando com traba-<br />

JORNAL@LBP.PT<br />

peciais, no caso <strong>de</strong> sinistros <strong>de</strong> maior dimensão<br />

e complexida<strong>de</strong>, só o reforço garantido pelos<br />

voluntários permite dar a resposta a<strong>de</strong>quada.<br />

Aliás, como também sabemos, os piquetes noc-<br />

<br />

quartéis <strong>de</strong> associações humanitárias continuam<br />

a ser esmagadoramente, e em muitos casos<br />

exclusivamente, preenchidos por cidadãos voluntários.<br />

No seu comentário, Miguel Sousa Tavares,<br />

não obstante fazer uma alusão vaga e imprecisa<br />

e lamentável, que acaba por generalizar e pecar<br />

pela imprecisão, preten<strong>de</strong>ria referir-se aos bombeiros<br />

que integram excepcionalmente o Dispositivo<br />

Especial <strong>de</strong> Combate a Incêndios Florestais<br />

(DECIF). Nesse caso, facto que lamentamos,<br />

admite-se que <strong>de</strong>sconhecerá os termos<br />

reais em que isso ocorre nomeadamente quando<br />

preten<strong>de</strong> estabelecer uma analogia ou proximida<strong>de</strong><br />

entre o pagamento feito aos bombeiros<br />

<br />

Todos sabemos, também, quer os montantes,<br />

quer as condições em que os bombeiros<br />

são convidados a integrar o DECIF, com valores<br />

abaixo <strong>de</strong> qualquer tabela remuneratória compatível<br />

e, mesmo assim, sujeita a um aumento<br />

em 2013 que não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> saudar.<br />

Sabemos ainda que, só abdicando do gozo <strong>de</strong><br />

férias ou do <strong>de</strong>scanso semanal é possível conseguir<br />

garantir a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> muitos elementos<br />

que integram o DECIF.<br />

Na socieda<strong>de</strong> portuguesa, por vezes com<br />

“erupções” inauditas e inesperadas, mantém-<br />

-se uma atitu<strong>de</strong> hipócrita em relação aos bombeiros<br />

que, nalguns casos, até parece querer<br />

roçar lógicas esclavagistas.<br />

Hoje, factualmente, só existe socorro em<br />

<strong>Portugal</strong>, no nível, disponibilida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong><br />

que conhecemos, porque boa parte <strong>de</strong>le é assegurado<br />

voluntária e graciosamente. Quer os comentadores<br />

queiram, ou não, esta é a realida<strong>de</strong>.<br />

Tudo o resto é fumaça.<br />

<br />

<strong>Bombeiros</strong> sem género<br />

lho, empenho, preparação, sensibilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>dicação<br />

que ser bombeiro é uma “missão assexuada”<br />

que não exige virilida<strong>de</strong>, antes impõe<br />

vigor.<br />

Não são melhores nem piores, mais ou menos<br />

competentes que “eles”, são apenas diferentes,<br />

assumem-se com orgulho como o elemento<br />

<strong>de</strong> complementarida<strong>de</strong> que permitiu<br />

<br />

No socorro pré-hospitalar ou no combate<br />

aos incêndios não há mulheres nem homens,<br />

há bombeiros, operacionais sem género, que<br />

servem e salvam <strong>de</strong> igual forma e com idênti-<br />

<br />

com exemplar rigor o lema vida por vida.<br />

<br />

Foto: Marques Valentim<br />

<br />

O instituído pela Câmara Municipal, em março<br />

<strong>de</strong> 2002, com o objetivo <strong>de</strong> prestar homenagem<br />

a todos os <strong>Bombeiros</strong> e Corporações do Concelho<br />

<br />

dia 10 <strong>de</strong> março.<br />

Este ano para assinalar a efeméri<strong>de</strong> realizou-se<br />

<br />

<strong>de</strong> Torres Novas e a Praça Municipal, com a parti-<br />

<br />

e Paço <strong>de</strong> Sousa.<br />

“Neste dia <strong>de</strong>dicado aos bombeiros, foi com<br />

<br />

motorizado dos bombeiros do concelho, um exercício<br />

que <strong>de</strong>monstrou e reforçou a prontidão dos<br />

nossos bombeiros, a forma generosa com que se<br />

entregam ao voluntariado e a sua gran<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

técnica”; referiu na ocasião Antonino <strong>de</strong> Sousa,<br />

<br />

o contrário do que foi no-<br />

Aticiado na última edição<br />

do ‘<strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>’,<br />

as intervenções com código<br />

4000, 7000 e 8000 mil nunca<br />

foram contabilizadas no cálculo<br />

que <strong>de</strong>termina os valores<br />

a atribuir às associações e<br />

corpos <strong>de</strong> bombeiros no âmbito<br />

do Programa Permanente<br />

<strong>de</strong> Cooperação (PPC). Assim<br />

Homens e mulheres diferentes<br />

ão-me chegando histórias <strong>de</strong> bombeiros que<br />

V <br />

sentido <strong>de</strong> viabilizar um conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>poimentos<br />

para reunir em Livro, subordinado ao título “Ser<br />

bombeiro. Histórias na primeira pessoa”. Ao lê-<br />

-las ainda mais entusiasmado me sinto com o<br />

projecto, tal é a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> sentimentos revelados<br />

e actos realizados por homens e mulheres,<br />

<br />

a comunida<strong>de</strong> como bombeiros.<br />

São muitas as homenagens e os discursos bonitos.<br />

Os elogios dos governantes – todos os governantes<br />

– são recorrentes. Mas falta ainda<br />

qualquer coisa para que os cidadãos anónimos<br />

tenham perfeita consciência do valor dos bombeiros<br />

e do seu papel essencial na vida da comunida<strong>de</strong>.<br />

São positivas as <strong>de</strong>cisões como a que foi tomada<br />

recentemente pelos ministros da Administração<br />

Interna e das Finanças, no sentido <strong>de</strong> isentarem<br />

os bombeiros voluntários <strong>de</strong> tributação, relativamente<br />

aos prémios que recebem pela sua inserção<br />

no Dispositivo <strong>de</strong> Combate aos Incêndios<br />

Florestais.<br />

Porém não se pense que estão saldadas as dí-<br />

PENAFIEL<br />

<strong>Bombeiros</strong> homenageados em dia municipal<br />

RETIFICAÇÃO<br />

Atualização das verbas do PPC<br />

sendo, a nova fórmula aprovada<br />

para efeito e constante<br />

no novo Regime <strong>de</strong> Financiamento,<br />

publicado no passado<br />

dia 18 em Diário da República,<br />

não sofre qualquer alteração<br />

nesta matéria.<br />

Ainda segundo o texto publicado<br />

na página 11, com o<br />

título “PPC reforçado em<br />

2500 euros”, po<strong>de</strong> ler-se que<br />

Ao instituir este dia, quisemos prestar a <strong>de</strong>vida<br />

<br />

<strong>de</strong>dicam a esta causa nobre e voluntária. A Câ-<br />

<br />

as associações e os nossos bombeiros e Bombeiras,<br />

<strong>de</strong> forma a reforçar e manter a qualida<strong>de</strong> do<br />

apoio ao socorro, no concelho”; sublinhou o autarca.<br />

o Estado atribui a cada corporação<br />

4.894 euros”, informação<br />

que está incorreta. O<br />

novo cálculo atribui sim um<br />

valor mínimo <strong>de</strong> 2500 euros a<br />

todas as associações e corpos<br />

<strong>de</strong> bombeiros, sendo que haverá<br />

casos em que este montante<br />

e superior. Pelo lapso<br />

pedimos <strong>de</strong>sculpa.<br />

<br />

vidas <strong>de</strong> gratidão dos po<strong>de</strong>res públicos para com<br />

estes homens e estas mulheres.<br />

Não se pense que os cidadãos comuns estão<br />

isentos <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> relativamente aos<br />

seus bombeiros, só porque pagam impostos e,<br />

por isso, têm direito à prestação <strong>de</strong> socorro quando<br />

<strong>de</strong>le necessitam.<br />

Os <strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> hoje são homens e mulheres<br />

informados e esclarecidos. As suas necessida<strong>de</strong>s<br />

e expectativas são diferentes – muito diferentes<br />

– dos seus congéneres <strong>de</strong> gerações anteriores. A<br />

única semelhança é que os bombeiros <strong>de</strong> todas<br />

as gerações são homens – e também mulheres<br />

– diferentes dos outros. E isto torna-os únicos na<br />

socieda<strong>de</strong>.<br />

Nestes tempos conturbados e tristes, <strong>de</strong> crise<br />

<strong>de</strong> valores, <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrença, <strong>de</strong> dúvida, acreditar na<br />

instituição <strong>Bombeiros</strong> é acreditar no que há <strong>de</strong><br />

melhor em cada pessoa, pondo ao serviço dos<br />

outros esta forma particular <strong>de</strong> SER e ESTAR.<br />

Vou continuar à espera das histórias <strong>de</strong> bombeiros<br />

na primeira pessoa, para po<strong>de</strong>r revelar aos<br />

nossos concidadãos, o exemplo que eles representam<br />

para todos nós.


MARÇO 2013<br />

Não se mate uma i<strong>de</strong>ia, só porque…<br />

A<br />

a<strong>de</strong>quação, a sustentabilida<strong>de</strong><br />

e, nalguns casos, até a própria<br />

viabilida<strong>de</strong> das associações e<br />

corpos <strong>de</strong> bombeiros, passa pela capacida<strong>de</strong>,<br />

pela vonta<strong>de</strong>, pela abertura<br />

para estudar, analisar e <strong>de</strong>senvolver,<br />

por certo, novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> organização.<br />

Mo<strong>de</strong>los que, não ferindo os princípios<br />

ancestrais por que se regem os<br />

bombeiros portugueses, reúnam as<br />

condições para garantir a sua missão<br />

primordial, a prestação do socorro, e<br />

a proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sempre com as comunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> on<strong>de</strong> emanam, com<br />

todas as consequências obrigações e<br />

responsabilida<strong>de</strong>s que daí <strong>de</strong>correm.<br />

Em síntese, mo<strong>de</strong>los que satisfaçam<br />

as necessida<strong>de</strong>s e a<strong>de</strong>quem os meios<br />

humanos e materiais às respostas<br />

que se exigem mas, pela importância<br />

que isso mesmo encerra, sem <strong>de</strong>svirtuar<br />

ou <strong>de</strong>srespeitar as premissas,<br />

das razões que estiveram na sua ori-<br />

ciativismo<br />

humanitário nos bombeiros.<br />

Nos tempos que correm surgiu o<br />

mo<strong>de</strong>lo do agrupamento, já implementado<br />

pelas associações do concelho<br />

<strong>de</strong> Mafra, pelas associações do<br />

Médio Tejo Norte e, mais recentemente,<br />

pelas duas associações do<br />

concelho <strong>de</strong> Espinho. Um mo<strong>de</strong>lo comum<br />

mas com peculiarida<strong>de</strong>s próprias<br />

para cada uma <strong>de</strong>ssas três situações,<br />

seja na própria génese, na<br />

composição, no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

próximo e até na sua progressão futura.<br />

Na análise do mo<strong>de</strong>lo agrupamento<br />

estamos, porventura, perante um<br />

verda<strong>de</strong>iro mar <strong>de</strong> apreciações, perguntas<br />

e dúvidas, daqueles que temem<br />

o impacto e as consequências<br />

<strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo, ou um verda<strong>de</strong>iro<br />

oceano <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, conforme<br />

é também <strong>de</strong>fendido por muitos dos<br />

seus apoiantes. Estamos perante<br />

propósitos e apreciações, ora críticas,<br />

ora incrédulas, sobre a eventual<br />

perda <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada associa-<br />

<br />

<strong>de</strong> interligação entre parceiros, capacida<strong>de</strong><br />

resposta conjunta e individual<br />

das instituições ligadas. Nesses vários<br />

domínios, estou certo, há muito<br />

a investir no <strong>de</strong>bate, na análise e<br />

dir<br />

a favor ou não da adoção <strong>de</strong>sse<br />

mo<strong>de</strong>lo.<br />

Noutra perspetiva, estamos perante<br />

as oportunida<strong>de</strong>s criadas pelo mo<strong>de</strong>lo,<br />

e apontadas por aqueles que<br />

acreditam nessa meta, nessa saída,<br />

nessa solução. Po<strong>de</strong> não ser resposta<br />

para tudo mas acredito que possa ser<br />

a saída para muitas situações, inclusive<br />

<strong>de</strong> impasse ou bloqueio, que es-<br />

tamos a viver no seio das associações<br />

e corpo <strong>de</strong> bombeiros.<br />

Convenhamos que, qualquer que<br />

seja a opção tomada, nunca será o<br />

cúmulo <strong>de</strong> todas as virtu<strong>de</strong>s ou <strong>de</strong><br />

todos os <strong>de</strong>feitos.<br />

Mas, por outro lado, não se mate<br />

uma i<strong>de</strong>ia apenas por que não está<br />

veitada<br />

para servir as nossas comunida<strong>de</strong>s<br />

e as próprias associações.<br />

O pior que po<strong>de</strong>ria acontecer, <strong>de</strong><br />

facto, era hipotecarmos uma eventual<br />

boa solução apenas por que ainda<br />

não conseguimos <strong>de</strong>senvolvê-la em<br />

pleno e a<strong>de</strong>quá-la a cada situação<br />

concreta.<br />

E para evitar isso há que dar asas<br />

e sustentabilida<strong>de</strong> à i<strong>de</strong>ia. Para tal,<br />

importa estruturá-la, criar regras,<br />

orientações. Importa analisar e <strong>de</strong>cidir<br />

sobre questões, tão simples<br />

quanto complicadas, como seja a re-<br />

partição dos custos, o comandamento,<br />

os possíveis incentivos e vantagens<br />

da participação <strong>de</strong> todos os parceiros<br />

(‘Troika’ à portuguesa), nomeadamente<br />

MAI-LBP-ANMP.<br />

Há que prepararmo-nos para as<br />

permanentes exigências da socieda<strong>de</strong>,<br />

conscientes das nossas responsabilida<strong>de</strong>s,<br />

como principal agente<br />

<strong>de</strong> Proteção Civil em <strong>Portugal</strong>, participando<br />

na construção das reformas<br />

que se propõem, disponibilizando-<br />

-nos para participar na elaboração da<br />

consequente legislação, à dimensão<br />

do nosso papel <strong>de</strong> parceiro institucional<br />

para o setor, salvaguardando<br />

sempre os nossos valores na <strong>de</strong>fesa<br />

intransigente das vidas e haveres<br />

dos Portugueses.<br />

Mas, como já disse, não se mate a<br />

i<strong>de</strong>ia apenas por que ainda precisa<br />

<strong>de</strong> ser muito trabalhada e melhorada.<br />

3


4 MARÇO 2013<br />

FORMAÇÃO<br />

Conselho executivo reuniu com fe<strong>de</strong>rações<br />

conselho executivo (CE) da Liga dos Bom-<br />

O beiros Portugueses (LBP) reuniu recentemente<br />

com as fe<strong>de</strong>rações distritais <strong>de</strong> bombeiros<br />

nas instalações dos Voluntários <strong>de</strong> Pombal<br />

para um ponto <strong>de</strong> situação e síntese das principais<br />

questões relacionadas com a formação dos<br />

bombeiros, incluindo uma análise sobre a Escola<br />

Nacional <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> (ENB).<br />

“Importa ajustar a Escola àquilo que foi a razão<br />

da sua criação e da sua existência adaptada<br />

naturalmente ao presente”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u, a<br />

propósito, o presi<strong>de</strong>nte do CE, comandante Jaime<br />

Marta Soares.<br />

No encontro, realizado por sugestão das fe<strong>de</strong>rações,<br />

foi feito uma análise crítica à falta <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong> das unida<strong>de</strong>s locais <strong>de</strong> formação<br />

<br />

ão tem <strong>de</strong>sfecho previsível a<br />

Nluta do consórcio <strong>de</strong>rrotado<br />

no concurso público internacional,<br />

em julho <strong>de</strong> 2012, para a<br />

contratação, manutenção e aluguer<br />

<strong>de</strong> 25 helicópteros para<br />

um período <strong>de</strong> cinco anos. No<br />

passado dia 13 <strong>de</strong> março, a empresa<br />

vencedora do concurso –<br />

Everjets, anunciou que vai<br />

apresentar uma queixa-crime<br />

contra o consórcio per<strong>de</strong>dor,<br />

alegando irregularida<strong>de</strong>s e fal-<br />

<br />

Em comunicado, a empresa<br />

reagiu <strong>de</strong>sta forma à notícia <strong>de</strong><br />

que o consórcio <strong>de</strong>rrotado no<br />

concurso entregou uma queixa-<br />

-crime na Procuradoria-Geral<br />

da República, por suspeitas da<br />

mentos.<br />

solutamente<br />

tranquila quanto à<br />

regularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os seus<br />

procedimentos”, mas avisa que<br />

“não <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> apresentar todas<br />

as provas <strong>de</strong> que dispõe<br />

quanto às irregularida<strong>de</strong>s e fal-<br />

<br />

consórcio per<strong>de</strong>dor incluía”.<br />

“Nomeadamente quanto a <strong>de</strong>clarações<br />

da inexistência <strong>de</strong> dívidas<br />

ao setor público estatal,<br />

assim como quanto aos manuais<br />

<strong>de</strong> voo apresentados, factos<br />

Instituto Superior <strong>de</strong> Educação e<br />

O Ciências (ISEC) em Lisboa, em<br />

parceria com a Cooptécnica Gustave<br />

Eiffel CRL (CGE) acabam <strong>de</strong> lançar o<br />

Curso <strong>de</strong> Especialização Tecnológica<br />

(CET) em Proteção Civil e Socorro. Um<br />

CET é uma formação pós secundária<br />

<br />

<br />

Especialização Tecnológica, ministrado<br />

em horário pós laboral, tem como objetivo<br />

formar técnicos especialistas <strong>de</strong><br />

proteção civil e socorro. O plano <strong>de</strong><br />

formação dá especial relevo à componente<br />

prática e visa aprofundar as sinergias<br />

entre a formação e o mercado<br />

laboral. Este CET permite a alunos<br />

com o 12.º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> ou aos<br />

que transmitirá através <strong>de</strong><br />

queixa-crime às instâncias<br />

competentes”, refere uma nota<br />

enviada às redações. Recor<strong>de</strong>-<br />

-se que a Everjets é constituído<br />

pelas empresas Heliportugal,<br />

Helibravo, HTA e Enaer. O co-<br />

<br />

ainda como “lamentável” o que<br />

consi<strong>de</strong>ra ser uma campanha e<br />

uma “tentativa <strong>de</strong>sesperada”<br />

do consórcio per<strong>de</strong>dor para tentar<br />

impedir as <strong>de</strong>cisões tomadas<br />

no concurso público.<br />

Apesar <strong>de</strong>stas questões, a<br />

dos tripulantes <strong>de</strong> ambulância <strong>de</strong> socorro<br />

(TAS). Foi <strong>de</strong>fendido igualmente a reativação<br />

dos <strong>de</strong>legados distritais <strong>de</strong> formação. Segundo<br />

Jaime Soares a interrupção dos <strong>de</strong>legados <strong>de</strong>cidida<br />

pela ENB pelo custo que acarretaria “foi<br />

uma poupança que <strong>de</strong>pois saiu cara aos bombeiros”.<br />

Muitos dos contributos realizados no <strong>de</strong>curso<br />

da reunião pelos vários representantes das fe<strong>de</strong>rações<br />

acabaram por ser coinci<strong>de</strong>ntes a provar<br />

que a problemática da formação, salvo aspetos<br />

peculiares locais ou regionais, no fundo,<br />

enferma das mesmas questões.<br />

Foi também coinci<strong>de</strong>nte a crítica ao excesso<br />

<strong>de</strong> protagonismo assumido nos últimos tempos<br />

pela Autorida<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Proteção Civil<br />

(ANPC) no domínio da formação.<br />

GUERRA ABERTA ENTRE VENCEDORES E VENCIDOS<br />

MAI garante meios aéreos para o Verão<br />

que o não terminaram, bem como a<br />

licenciados noutras áreas, a sua frequência,<br />

sendo que os créditos obtidos<br />

po<strong>de</strong>m ser utilizados na continuação<br />

dos estudos, nomeadamente no<br />

ISEC, através da Licenciatura em Segurança<br />

e Proteção Civil e do Mestrado<br />

em Riscos e Proteção Civil. O CET habilita<br />

os alunos para uma “gran<strong>de</strong> di-<br />

meadamente<br />

como técnicos especialistas<br />

em proteção civil e socorro, consultores,<br />

assessores ou formadores<br />

em gabinetes <strong>de</strong> proteção civil municipais,<br />

regionais ou nacionais, entida<strong>de</strong>s,<br />

organizações, serviços ou empresas,<br />

privadas ou públicas, nomeadamente<br />

nas áreas do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

empresa diz estar em condições<br />

<strong>de</strong> garantir que vai cumprir o<br />

que contratar com o Estado e<br />

assegurar “integralmente toda<br />

a operação <strong>de</strong> combate aos incêndios”,<br />

apresentando com<br />

antecedência todos os helicópteros<br />

e restante material necessário.<br />

O comunicado da Everjets<br />

surgiu no seguimento da notícia<br />

<strong>de</strong> que o consórcio que per<strong>de</strong>u<br />

o concurso público apresentou<br />

queixa-crime, alegando terem<br />

sido <strong>de</strong>tetadas irregularida<strong>de</strong>s<br />

no que respeita às aeronaves<br />

da empresa concorrente.<br />

Segundo o consórcio, a queixa<br />

foi suportada por documentação<br />

<strong>de</strong>talhada que indicia a<br />

<br />

<strong>de</strong> documentos.<br />

É ainda alegado que foram<br />

apresentadas a concurso aeronaves<br />

“sem conhecimento e<br />

sem autorização dos seus proprietários,<br />

na sua maioria operadores<br />

suíços e italianos”, além<br />

<strong>de</strong> não terem sido entregues os<br />

manuais <strong>de</strong> voo.<br />

FORMAÇÃO SUPERIOR EM PROTEÇÃO CIVIL E SOCORRO<br />

ISEC cria Curso <strong>de</strong> Especialização Tecnológica<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> planeamento e gestão<br />

<strong>de</strong> emergências, e nas áreas da<br />

<br />

riscos coletivos ou <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> atenuação<br />

dos seus efeitos. Outras saídas<br />

tão<br />

da segurança, proteção, socorro e<br />

assistência <strong>de</strong> pessoas e bens, nomeadamente<br />

em edifícios/recintos face<br />

ao risco <strong>de</strong> incêndio, como porta-voz<br />

em situação <strong>de</strong> emergência, como<br />

técnico nas salas <strong>de</strong> operações do sistema<br />

<strong>de</strong> proteção civil e socorro e nos<br />

postos <strong>de</strong> comando operacional ou<br />

como especialista que apoia os <strong>de</strong>cisores<br />

técnicos e operacionais nos escalões,<br />

municipal, distrital e nacional.<br />

A conclusão do CET em Proteção Ci-<br />

A 15 <strong>de</strong> fevereiro, o júri do<br />

concurso lançado pelo Ministério<br />

da Administração Interna e<br />

pelo Instituto Nacional <strong>de</strong><br />

Emergência Médica anunciou<br />

que a empresa Everjets tinha<br />

ganho a adjudicação referente<br />

ao lote três para fornecimento<br />

dos helicópteros.<br />

Apesar do concurso para a<br />

contratação dos 25 helicópteros<br />

estar a ser marcado por litígios<br />

judiciais entre as duas<br />

empresas concorrentes, com<br />

troca <strong>de</strong> acusações mútuas so-<br />

vil e Socorro dá acesso a um diploma<br />

<strong>de</strong> Especialização Tecnológica (DET).<br />

As candidaturas já se encontram abertas.<br />

O início do CET está previsto para<br />

o próximo mês <strong>de</strong> maio com uma du-<br />

<br />

documentos, o ministro da Administração<br />

Interna mostra-se<br />

tranquilo sublinhando que esta<br />

situação não é mais do que<br />

uma “guerra entre empresas”<br />

para um negócio “apetecível”.<br />

Segundo Miguel Macedo, o<br />

concurso público para contratação<br />

e aluguer <strong>de</strong> meios aéreos<br />

está a <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> acordo com<br />

o que está previsto na lei. “O<br />

concurso público tem vários lotes,<br />

há diversos lotes que já estão<br />

resolvidos ou em fase contratual<br />

ou pré-contratual. As<br />

coisas têm andado nos termos<br />

em que está previsto na lei”.<br />

Questionado pelos jornalistas<br />

se o concurso público vai interferir<br />

na época <strong>de</strong> incêndios, o<br />

ministro respon<strong>de</strong>u que tem a<br />

expectativa que “não haja problemas<br />

a esse respeito”.<br />

O ministro recordou que, em<br />

anos anteriores, o concurso<br />

público para o aluguer <strong>de</strong><br />

meios aéreos <strong>de</strong> combate a incêndios<br />

chegou a realizar-se<br />

em abril. “Estamos com uma<br />

folga do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> prazo,<br />

mas evi<strong>de</strong>ntemente a<br />

acompanhar a par e passo o<br />

que se está a passar”, adiantou.<br />

Patrícia Cer<strong>de</strong>ira<br />

ração <strong>de</strong> três períodos letivos, num total<br />

<strong>de</strong> 18 meses.<br />

De referir que os alunos que sejam<br />

bombeiros tem um <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 10 por<br />

cento na propina mensal e po<strong>de</strong>m obter<br />

um re-embolso <strong>de</strong> parte das propinas<br />

<strong>de</strong> acordo com o Dec. Lei nº<br />

249/2012 <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> novembro. Os<br />

bombeiros com ida<strong>de</strong> superior a 25<br />

anos e, pelo menos, cinco anos <strong>de</strong> ati-<br />

<br />

área do CET po<strong>de</strong>m requerer a atribuição<br />

do diploma <strong>de</strong> especialização tecnológica<br />

com base na avaliação das<br />

<br />

informações em: www.isec.universitas.pt<br />

ou www.gustaveeiffel.pt<br />

Patrícia Cer<strong>de</strong>ira


MARÇO 2013<br />

stá para breve a aprovação da nova Lei<br />

EOrgânica da Autorida<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong><br />

Proteção Civil (ANPC). Segundo o ministro<br />

da tutela, o novo quadro legislativo <strong>de</strong>verá<br />

estar aprovado antes do verão e Miguel<br />

Macedo garante que “a aprovação da nova<br />

Lei Orgânica não introduz, do ponto <strong>de</strong> vista<br />

operacional, qualquer <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong><br />

que faça perigar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reação “.<br />

Segundo o Governo, o novo documento<br />

traduz-se numa redução <strong>de</strong> cargos na estrutura<br />

operacional da ANPC na or<strong>de</strong>m dos<br />

25 por cento. Tal como já tinha sido noticiado,<br />

a estrutura operacional da ANPC ganha<br />

novo formato com a criação <strong>de</strong> cinco<br />

novos comandantes <strong>de</strong> agrupamentos<br />

(CADIS). Hierarquicamente logo abaixo,<br />

<br />

apenas em alguns distritos serão nomeados<br />

segundos CODIS. O cargo <strong>de</strong> adjunto<br />

é eliminado. Sobre esta matéria, a Liga<br />

lembra tem i<strong>de</strong>ia oposta e diz que a redução<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas conseguida com a eliminação<br />

dos adjuntos <strong>de</strong> CODIS (cerca <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>z), será “largamente ultrapassada” em<br />

custos pela nomeação dos cinco novos CA-<br />

DIS. Conclui a Liga que o documento man-<br />

LEI ORGÂNICA DA PROTEÇÃO CIVIL<br />

LBP questiona po<strong>de</strong>res<br />

da futura Inspeção<br />

quer<br />

indício <strong>de</strong> “redução <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> funcionamento”.<br />

Ainda segundo o documento a que o BP<br />

teve acesso, a Inspeção <strong>de</strong> Proteção Civil<br />

passa a ser uma direção nacional facto que<br />

leva a Liga a <strong>de</strong>nunciar que a nova estrutura,<br />

concebida tal como está, passa a ter<br />

“po<strong>de</strong>res excessivos”. A Liga vai mais longe<br />

e <strong>de</strong>ixa a pergunta: “Qual a razão da<br />

Inspeção só ter po<strong>de</strong>res sobre o agente<br />

bombeiros? E sobre os outros agentes?”.<br />

Em jeito <strong>de</strong> conclusão, e numa primeira<br />

análise ao documento, a Liga alerta para o<br />

facto <strong>de</strong> os bombeiros, e <strong>de</strong>ntro da mesma<br />

estrutura, passarem a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> três<br />

estruturas diferentes: operacionalmente<br />

do CONAC, administrativamente da DNB e<br />

agora, da Inspeção <strong>de</strong> Proteção Civil.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Liga dos <strong>Bombeiros</strong> Portugueses,<br />

Jaime Marta Soares, entregou<br />

ao ministro da Administração Interna alguns<br />

dos pontos que contesta, exigindo<br />

que sejam <strong>de</strong>batidos e até alterados, a tutela<br />

já fez saber que está disponível para<br />

negociar.<br />

Patrícia Cer<strong>de</strong>ira<br />

Foto: Marques Valentim<br />

5


6 MARÇO 2013<br />

eleição do novo Papa, Fran-<br />

A cisco, <strong>de</strong>zasseis dias após a<br />

renúncia <strong>de</strong> Bento XVI, leva-<br />

-nos a trilhar caminhos menos<br />

vulgares da história dos bombeiros<br />

portugueses e a envere-<br />

<br />

<strong>de</strong> Pio XII.<br />

Entronizado em 12 <strong>de</strong> <strong>Março</strong><br />

<br />

manteve-se no lugar <strong>de</strong> sucessor<br />

<strong>de</strong> Pedro até 9 <strong>de</strong> Outubro<br />

<strong>de</strong> 1958, data da sua morte.<br />

O facto histórico que aqui<br />

apresentamos reporta-se a dois<br />

anos antes do <strong>de</strong>saparecimento<br />

<strong>de</strong> Pio XII. E acreditamos ser<br />

<strong>de</strong>sconhecido por muitos, incluindo<br />

aqueles que, com galhardia,<br />

ostentam nas suas fardas<br />

o respeitado Crachá <strong>de</strong><br />

Ouro da Liga dos <strong>Bombeiros</strong><br />

Portugueses (LBP).<br />

1956 foi o ano da realização,<br />

em Roma, do I Congresso Mundial<br />

do Fogo, organizado pelo<br />

Comité Técnico Internacional<br />

<strong>de</strong> Prevenção e Extinção do<br />

Fogo, vulgo CTIF.<br />

<strong>Portugal</strong>, membro fundador<br />

daquele organismo, representado<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1931 pela LBP, não<br />

só esteve presente na reunião<br />

como numa outra circunstância<br />

especial, integrada no programa<br />

do evento. Referimo-nos à<br />

cerimónia que teve lugar em<br />

Castelgandolfo, na residência<br />

<strong>de</strong> Verão do Papa, on<strong>de</strong> este recebeu<br />

as várias <strong>de</strong>legações estrangeiras<br />

<strong>de</strong> congressistas e,<br />

tanto quanto reza a história,<br />

proferiu um autêntico tratado<br />

sobre os bombeiros e os seus<br />

O Papa Crachá <strong>de</strong> Ouro da Liga<br />

Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista – Fotos: Arquivo LBP/NHPM<br />

Membros da <strong>de</strong>legação portuguesa em Roma<br />

Réplica do diploma da insígnia conferida pela LBP<br />

perigos, que <strong>de</strong>ixou todos muito<br />

impressionados.<br />

Não menos impressionante<br />

constituiu o acto em que a nossa<br />

representação teve a subida<br />

honra <strong>de</strong> distinguir o Santo Padre<br />

com uma con<strong>de</strong>coração expressamente<br />

executada para o<br />

mento”,<br />

<strong>de</strong>signação, porém,<br />

adoptada mais tar<strong>de</strong> pela Liga<br />

dos <strong>Bombeiros</strong> Portugueses.<br />

Chamaram-lhe, naquele tempo,<br />

<br />

conforme documenta a réplica<br />

do diploma entregue na ocasião,<br />

a qual reproduzimos, recentemente<br />

recuperada pelo<br />

Núcleo <strong>de</strong> História e Património<br />

Museológico.<br />

Foi, portanto, aquele chefe<br />

da Igreja Católica a primeira<br />

personalida<strong>de</strong> a merecer o tri-<br />

rado<br />

na atribuição do Crachá <strong>de</strong><br />

Ouro (<strong>de</strong>sconhecemos o seu<br />

para<strong>de</strong>iro, mas é provável que<br />

seus<br />

Vaticanos), segundo <strong>de</strong>liberação<br />

tomada em Congresso<br />

Ordinário, reunido a 11 <strong>de</strong> Abril<br />

<strong>de</strong> 1956.<br />

Coube ao presi<strong>de</strong>nte do então<br />

Conselho Administrativo e<br />

Técnico, António Moura e Silva,<br />

proce<strong>de</strong>r à entrega da con<strong>de</strong>coração.<br />

Pio XII agra<strong>de</strong>ceu, penhoradamente,<br />

em português,<br />

facto que calou fundo aos presentes.<br />

<br />

<strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>”, na edição <strong>de</strong><br />

Agosto <strong>de</strong> 1992, enquanto presi<strong>de</strong>nte<br />

honorário da LBP, Moura<br />

e Silva recordou, a dada altura,<br />

como um dos momentos<br />

mais marcantes da sua li<strong>de</strong>ran-<br />

<br />

<br />

<br />

‘Gosto muito <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, terra<br />

<strong>de</strong> Santa Maria. Leve uma bênção<br />

especial para os seus bombeiros,<br />

mas também para as<br />

<br />

a sofrer quando eles saem.’”<br />

Eugenio Pacelli, nome <strong>de</strong><br />

nascimento, parecia conhecer,<br />

em profundida<strong>de</strong>, a vivência<br />

dos vulgarmente <strong>de</strong>signados<br />

Papa Pio XII<br />

<br />

<br />

<br />

homem que aspirava a paz, a<br />

prosperida<strong>de</strong> e o progresso civil,<br />

resultou da sua iniciativa,<br />

em 1941, a criação do Corpo <strong>de</strong><br />

<strong>Bombeiros</strong> do Estado da Cida<strong>de</strong><br />

do Vaticano. Tanto quanto nos é<br />

dado a compreen<strong>de</strong>r, no cruzamento<br />

<strong>de</strong> informação, o Sumo<br />

clave<br />

<strong>de</strong> meios a<strong>de</strong>quados ao<br />

combate a incêndios, prevenindo-o<br />

<strong>de</strong>sse modo, entre outros<br />

aspectos, dos efeitos <strong>de</strong> eventuais<br />

bombar<strong>de</strong>amentos à Santa<br />

Sé, isto apesar da sua neutralida<strong>de</strong><br />

papal, no contexto da<br />

Segunda Guerra Mundial, <strong>de</strong><br />

resto polémica, segundo a interpretação<br />

<strong>de</strong> alguns historiadores.<br />

<br />

<br />

sabido, aquando do anúncio da<br />

eleição <strong>de</strong> um novo Papa. No<br />

caso <strong>de</strong> Pio XII, entre nós, impelidos<br />

pela relevância do facto<br />

histórico, bem que estaríamos à<br />

<br />

Papa, emérito Crachá <strong>de</strong> Ouro<br />

dos bombeiros <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>!”<br />

Artigo escrito <strong>de</strong> acordo<br />

<br />

Site do NHPM da LBP:<br />

www.lbpmemoria.wix.com/<br />

nucleomuseologico


MARÇO 2013<br />

P<br />

orque “ninguém esquece”<br />

a perda <strong>de</strong> vidas e a “dor<br />

das famílias” dos operacionais<br />

mortos no verão do ano<br />

passado, Miguel Macedo fez<br />

questão <strong>de</strong> dirigir breves palavras<br />

a cada um dos familiares<br />

dos cinco elementos que integrando<br />

o DECIF 2012 acabaram<br />

por per<strong>de</strong>r a vida em serviço.<br />

Para além da entrega <strong>de</strong> medalhas<br />

a título póstumo, o ministro<br />

da Administração Interna<br />

dirigiu, em tom muito reservado,<br />

algumas palavras <strong>de</strong> conforto<br />

a cada uma das famílias<br />

das cinco vitimas. Este foi um<br />

dos momentos mais emotivos<br />

da cerimonio on<strong>de</strong> foram evocados<br />

os nomes <strong>de</strong> Vítor Manuel<br />

Joaquim, dos <strong>Bombeiros</strong> Voluntários<br />

<strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos,<br />

<strong>de</strong> Patrícia Abreu e Pedro Brito,<br />

dos <strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong><br />

Coja, <strong>de</strong> Paulina Pereira, dos<br />

<strong>Bombeiros</strong> Municipais <strong>de</strong> Abrantes,<br />

e <strong>de</strong> Bruno Almeida Santos,<br />

o elementos do GIPS da GNR.<br />

Na sessão evocativa, e perante<br />

o rosto carregado dos familiares<br />

presentes, Miguel Macedo<br />

iniciou o seu discurso sublinhando<br />

o quanto o país <strong>de</strong>ve<br />

a estes homens e mulheres que<br />

“num elevado sentido cívico e<br />

genuína entrega à causa do<br />

bem comum, acabaram por<br />

per<strong>de</strong>r a vida ao serviço da missão<br />

<strong>de</strong> ajuda ao próximo.<br />

Mais à frente no discurso, o<br />

ministro da tutela anunciou novos<br />

equipamentos para os bombeiros,<br />

rádios SIRESP para as<br />

corporações e o início da elaboração<br />

das cartas <strong>de</strong> risco. Nesse<br />

sentido, o ministro anunciou o<br />

lançamento dos avisos necessários<br />

para aquisição <strong>de</strong> equipamento<br />

individual para os<br />

bombeiros no valor <strong>de</strong> cinco milhões<br />

<strong>de</strong> euros, consi<strong>de</strong>rando<br />

tratar-se <strong>de</strong> “uma medida importante<br />

para a proteção indivi-<br />

<br />

governante anunciou também<br />

que vão ser entregues mais seis<br />

rádios SIRESP (Sistema Integrado<br />

<strong>de</strong> Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Emergência<br />

e Segurança <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>) a<br />

cada uma das corporações <strong>de</strong><br />

vestimento<br />

<strong>de</strong> 1,3 milhões <strong>de</strong><br />

euros. Para o ministro, os rádios<br />

SIRESP são essenciais para<br />

as corporações dos bombeiros<br />

do ponto <strong>de</strong> vista da sua operacionalida<strong>de</strong>.<br />

Miguel Macedo disse ainda<br />

que foram abertas candidaturas<br />

para elaboração <strong>de</strong> cartas <strong>de</strong><br />

risco, com uma comparticipação<br />

que vai ascen<strong>de</strong>u a 1,2 mi-<br />

DIA DA PROTEÇÃO CIVIL<br />

Homenagem a título póstumo<br />

A entrega <strong>de</strong> medalhas aos familiares dos<br />

quatro bombeiros e do elemento do Grupo <strong>de</strong><br />

Intervenção <strong>de</strong> Proteção e Socorro da GNR que<br />

<br />

no verão <strong>de</strong> 2012, foi sem dúvida o momento<br />

mais marcante da cerimónia que assinalou o dia<br />

da Proteção Civil. Num ano em que a efeméri<strong>de</strong><br />

foi <strong>de</strong>dicada ao tema “O cidadão primeiro<br />

agente <strong>de</strong> proteção civil”, o ministro Miguel<br />

Macedo anunciou uma série <strong>de</strong> investimentos<br />

no valor <strong>de</strong> sete milhões <strong>de</strong> euros.<br />

Texto: Patrícia Cer<strong>de</strong>ira<br />

Fotos: Sérgio Santos<br />

lhões <strong>de</strong> euros. “Atualmente há<br />

cartas <strong>de</strong> planeamento <strong>de</strong><br />

emergência ao nível municipal,<br />

sendo importante passar para<br />

uma escala multimunicipal”, sublinhou.<br />

“Este é um trabalho muito<br />

importante do ponto <strong>de</strong> vista do<br />

planeamento na área da proteção<br />

civil com o envolvimento<br />

das autarquias que são parceiros<br />

absolutamente essenciais”,<br />

sustentou.<br />

Presi<strong>de</strong>nte da ANPC<br />

dirigiu-se a cidadão<br />

comum<br />

Lembrando as várias adversida<strong>de</strong>s<br />

que <strong>Portugal</strong> tem enfrentado<br />

nos últimos anos, as<br />

quais “testam as capacida<strong>de</strong>s<br />

técnicas e operacionais da estrutura<br />

<strong>de</strong> proteção civil e dos<br />

agentes que a integram” o presi<strong>de</strong>nte<br />

da Autorida<strong>de</strong> Nacional<br />

<strong>de</strong> Proteção Civil (ANPC) <strong>de</strong>stacou<br />

o importante papel dos cidadãos<br />

enquanto agentes do<br />

sistema. “É neste espírito que<br />

se <strong>de</strong>cidiu evocar este ano em<br />

<strong>Portugal</strong>, sob o mote “o cidadão:<br />

primeiro agente <strong>de</strong> proteção<br />

civil”, o Dia da Proteção Civil.<br />

Segundo Manuel Couto, o<br />

tema vem sublinhar o “papel<br />

fundamental” <strong>de</strong> um cidadão<br />

bem preparado.<br />

“Nestas circunstâncias, cabe<br />

ao cidadão a importante missão<br />

<strong>de</strong> proteger a sua vida e a dos<br />

seus próximos (família, vizinhos<br />

e comunida<strong>de</strong>), socorrer<br />

quem necessite (<strong>de</strong> acordo com<br />

procedimentos antecipadamente<br />

treinados e apreendidos), informar<br />

a sua comunida<strong>de</strong> e as<br />

autorida<strong>de</strong>s (mantendo-se ao<br />

mesmo tempo informado) e colaborar<br />

ativamente com as autorida<strong>de</strong>s<br />

e agentes <strong>de</strong> proteção<br />

civil”.<br />

“Ao assinalarmos este dia,<br />

atribuindo particular ênfase no<br />

cidadão, lançamos um apelo à<br />

comunida<strong>de</strong> educativa para que<br />

ção<br />

<strong>de</strong> uma cultura <strong>de</strong> prevenção<br />

e segurança seja uma realida<strong>de</strong><br />

permanente, <strong>de</strong>ntro e fora<br />

7<br />

do contexto escolar, envolvendo<br />

<br />

aprendizagem, e visando o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> valores que<br />

levem a encarar a proteção civil<br />

como uma responsabilida<strong>de</strong><br />

partilhada, inerente ao pleno<br />

exercício <strong>de</strong> direitos e <strong>de</strong> <strong>de</strong>veres”,<br />

referiu o responsável no<br />

seu discurso.<br />

“Todos somos proteção civil!”,<br />

concluiu Manuel Couto.


8 MARÇO 2013<br />

Associação dos Operacionais e Dirigentes dos<br />

A <strong>Bombeiros</strong> Portugueses - Reviver Mais realiza<br />

em 23 do corrente, em Fátima, a sua assembleia-<br />

<br />

Da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trabalhos consta, a discussão e<br />

aleceu recentemente, vítima<br />

F<strong>de</strong> doença, o bombeiro dos<br />

Voluntários <strong>de</strong> Samora Correia<br />

José Rêgo com 47 anos. O corpo<br />

esteve em câmara ar<strong>de</strong>nte<br />

na Capela da Misericórdia <strong>de</strong><br />

Samora tendo <strong>de</strong>pois sido <strong>de</strong>slocado<br />

para o quartel do corpo<br />

<strong>de</strong> bombeiros para as cerimónias<br />

fúnebres com guarda <strong>de</strong><br />

honra. Após a encomendação<br />

do corpo, o cortejo seguiu para<br />

o cemitério <strong>de</strong> Samora Correia<br />

on<strong>de</strong> foi sepultado no Talhão<br />

dos <strong>Bombeiros</strong>.<br />

O malogrado socorrista integrava<br />

o corpo dos <strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Samora<br />

Correia há mais <strong>de</strong> 28 anos, sendo um dos<br />

mais antigos no ativo. O bombeiro <strong>de</strong> 1ª José<br />

Rêgo foi também um dos principais dinamizadores<br />

da fanfarra dos bombeiros, da qual foi ensaiador<br />

e coor<strong>de</strong>nador durante os últimos anos, e<br />

uis Carlos Gomes Nobre, <strong>de</strong><br />

L24 anos, era um dos jovens<br />

elementos dos <strong>Bombeiros</strong> Voluntários<br />

<strong>de</strong> Cabanas <strong>de</strong> Viriato.<br />

Foi vítima <strong>de</strong> um incompreensível<br />

aci<strong>de</strong>nte, quando se encontrava,<br />

na sua terra natal,<br />

Travanca <strong>de</strong> S. Tome, concelho<br />

<strong>de</strong> Carregal do Sal, num local<br />

em que procediam ao corte <strong>de</strong><br />

árvores.<br />

O malogrado jovem bombeiro,<br />

foi vitima do impacto <strong>de</strong><br />

uma das árvores que estava a<br />

ser abatida, na sequencia, do<br />

qual veio a falecer, apesar <strong>de</strong><br />

COJA<br />

Meio século <strong>de</strong> história em livro<br />

o âmbito das comemorações do 50.º aniver-<br />

Nsário da Associação Humanitária <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong><br />

Voluntários <strong>de</strong> Coja foi apresentado o livro<br />

“Memórias e Imagens”, da autoria do professor<br />

<br />

da associação, que nesta obra relembra marcos<br />

-<br />

<br />

episódios retratados nesta obra.<br />

Fruto <strong>de</strong> apurada pesquisa, este livro <strong>de</strong> memórias está repleto <strong>de</strong> imagens que documentam<br />

os feitos, as lutas, as conquistas dos bombeiros com e sem farda que ao longo <strong>de</strong> meio século<br />

<strong>de</strong> trabalho em prol da comunida<strong>de</strong>.<br />

Na ocasião foi também apresentada a medalha comemorativa das bodas <strong>de</strong> ouro <strong>de</strong>sta instituição,<br />

on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> ler a inscrição <strong>de</strong> “50 anos a salvar vidas e bens”.<br />

Sérgio Santos<br />

REVIVER MAIS<br />

Assembleia-geral em Fátima<br />

SAMORA CORREIA<br />

Associação per<strong>de</strong> bombeiro José Rêgo<br />

CABANAS DE VIRIATO<br />

Voluntários <strong>de</strong>spe<strong>de</strong>m-se <strong>de</strong> jovem elemento<br />

todos os esforços dos colegas<br />

presentes e dos meios <strong>de</strong> socorro<br />

imediatamente mobilizados<br />

para o local, da sua corporação,<br />

da SIV e da VMER do<br />

INEM locais e dos colegas da<br />

corporação <strong>de</strong> bombeiros <strong>de</strong><br />

Carregal do Sal.<br />

<br />

ção<br />

da NABUL – Associação dos <strong>Bombeiros</strong> Ultramarinos<br />

com a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sócio honorário da<br />

Reviver Mais.<br />

também integrou uma associação<br />

que organizava iniciativas<br />

<strong>de</strong> apoio aos bombeiros, o Fundo<br />

Social e Recreativo dos <strong>Bombeiros</strong><br />

Voluntários <strong>de</strong> Samora<br />

Correia.<br />

Na inauguração do novo<br />

quartel dos bombeiros, a 26 <strong>de</strong><br />

março <strong>de</strong> 2012, quando já se<br />

encontrava <strong>de</strong>bilitado pela doença,<br />

José Rêgo foi homenageado<br />

por todos os companheiros<br />

e por mais <strong>de</strong> três centenas <strong>de</strong><br />

convidados, vendo reconhecida<br />

publicamente a sua <strong>de</strong>dicação e<br />

o enorme espírito <strong>de</strong> missão<br />

que sempre mostrou.<br />

Ao longo da sua vida <strong>de</strong> bombeiro, José Rêgo<br />

foi distinguido com a medalha <strong>de</strong> mérito municipal<br />

da Câmara Municipal <strong>de</strong> Benavente e com a<br />

medalha <strong>de</strong> reconhecimento da Liga dos <strong>Bombeiros</strong><br />

Portugueses.<br />

Segundo referem em comunicado<br />

os <strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> Cabanas<br />

<strong>de</strong> Viriato, “a nossa corporação<br />

está <strong>de</strong> luto, como estão<br />

<strong>de</strong> luto os <strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>,<br />

pela perda <strong>de</strong> um jovem<br />

companheiro, colega, amigo e<br />

promissor elemento <strong>de</strong>ste corpo<br />

<strong>de</strong> bombeiros”.<br />

“Aos pais, ao seu irmão Daniel,<br />

à sua noiva Joana e aos<br />

<strong>de</strong>mais familiares do n/querido<br />

colega, en<strong>de</strong>reçamos o nosso<br />

mais profundo voto <strong>de</strong> pesar”<br />

banas,<br />

a terminar.<br />

nosso companheiro António<br />

O Marques, dirigente dos <strong>Bombeiros</strong><br />

Voluntários <strong>de</strong> Caldas da<br />

Rainha e secretário da mesa dos<br />

congressos da Liga dos <strong>Bombeiros</strong><br />

Portugueses, é uma personalida<strong>de</strong><br />

multifacetada inclusive<br />

com várias incursões no universo<br />

literário.<br />

À hora do fecho da presente<br />

edição do jornal <strong>de</strong>corre nas Caldas<br />

da Rainha a sessão <strong>de</strong> apresentação<br />

do livro duplo <strong>de</strong> António<br />

Marques. O livro, cuja apresentação<br />

está a cargo <strong>de</strong> Hermínio<br />

Martinho, reúne inúmeras crónicas<br />

publicadas no jornal do STAL sobre literatura e<br />

as terras <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>.<br />

Na opinião <strong>de</strong> António Marques, “escrever<br />

não é um ato abstrato mas sim uma forma <strong>de</strong><br />

militância assumida que nos obriga a ver na literatura<br />

e na arte em geral, o seu caráter social<br />

<br />

“Foi assim que em prosa corrida e breve, fotografei<br />

escritores e colhi <strong>de</strong>les o que me pare-<br />

s <strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Barcelos acabam <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r uma das<br />

O Em participação feita pela direção, comando, quadro ativo, reserva, e<br />

<br />

“Neste momento, as palavras per<strong>de</strong>m o sentido diante das lágrimas contidas<br />

na sauda<strong>de</strong> que iremos sentir, mas o sorriso é o que te <strong>de</strong>monstraremos<br />

neste instante por ser o motivo <strong>de</strong>ste até logo”, lembra-se na<br />

participação.<br />

<br />

iniciados em fevereiro <strong>de</strong> 1987.<br />

Direção da Associação Humanitária dos Bom-<br />

A beiros do Sul e Sueste, o Comando e o Corpo<br />

<strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong>, em comunicado, “lamentam profundamente<br />

o falecimento <strong>de</strong> João Liberal, ocorrido<br />

no dia 8 <strong>de</strong> março”.<br />

<br />

<strong>Bombeiros</strong> do Sul e Sueste, na medida em que foi<br />

s <strong>Bombeiros</strong> Voluntários da<br />

OFigueira da Foz acabam <strong>de</strong><br />

per<strong>de</strong>r um dos seus mais emblemáticos<br />

comandante, Hil<strong>de</strong>brando<br />

Fernan<strong>de</strong>s Mota.<br />

Nascido a 3 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />

1926, Hil<strong>de</strong>brando Mota ingressou<br />

no corpo <strong>de</strong> bombeiros voluntários<br />

como aprendiz, mal<br />

cumpriu os 16 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />

Senhor <strong>de</strong> uma vonta<strong>de</strong> férrea, apostou na sua<br />

própria formação e dois anos <strong>de</strong>pois foi promovido<br />

a bombeiro <strong>de</strong> 3ª classe. Nesse ano, ganhou o seu<br />

1.º lugar em assiduida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>dicação. Em <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> 1945 recebe a Águia Prateada e um Diploma<br />

“pelo zelo e <strong>de</strong>dicação manifestados pelo serviço<br />

e especialmente pela reparação e conservação<br />

do material a seu cargo”.<br />

Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1947 foi promovido a bombeiro<br />

<strong>de</strong> 2.ª classe e, em maio <strong>de</strong> 1961, a bombeiro<br />

<strong>de</strong> 1.ª classe. Com provas dadas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dispo-<br />

do<br />

Mota passou a integrar o comando como ajudante<br />

em março <strong>de</strong> 1967, quando era comandante<br />

Mário Luís dos Santos, e com ele se mantém até<br />

ser nomeado comandante em setembro <strong>de</strong> 1974.<br />

ANTÓNIO MARQUES<br />

Crónicas reunidas em livros<br />

BARCELOS<br />

Quartel mais pobre<br />

BARREIRO<br />

Falecimento <strong>de</strong> João Liberal<br />

FIGUEIRA DA FOZ<br />

ceu ser o melhor retrato, entre a luz e a penumbra,<br />

pelos meandros da sociologia, da história e<br />

do conteúdo” adianta António Marques sobre o<br />

primeiro livro. No caso das crónicas alusivas às<br />

<br />

<br />

sempre o recomeço <strong>de</strong> outra, on<strong>de</strong> é preciso<br />

ver o que não foi visto e rever outra e outra vez<br />

o que já conhecemos, agora sob o ângulo agu-<br />

<br />

o autor do livro editado por ocasião do centenário<br />

da associação, comemorado em 1994. João Liberal<br />

investigou voluntariamente, durante meses, o<br />

<br />

“produzindo um documento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor histórico<br />

e marcante para o Barreiro e para os barreirenses”.<br />

Faleceu o comandante Hil<strong>de</strong>brando Mota<br />

Entre os muitos atos <strong>de</strong> abnegação<br />

e coragem praticados ao<br />

longo da sua vida <strong>de</strong> bombeiro,<br />

merece particular <strong>de</strong>staque o<br />

salvamento <strong>de</strong> seis náufragos<br />

efetuado na Praia da Leirosa em<br />

28 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1974, em<br />

condições muito precárias utilizando<br />

um bote pneumático <strong>de</strong><br />

reduzidas dimensões, e com<br />

gran<strong>de</strong> risco da própria vida. Este salvamento mereceu-lhe<br />

a atribuição <strong>de</strong> uma medalha <strong>de</strong> prata<br />

pelo Instituto <strong>de</strong> Socorros a Náufragos.<br />

Num trabalho <strong>de</strong> brilhante consonância com o<br />

então presi<strong>de</strong>nte da direção Eugénio Reis e restantes<br />

órgãos sociais, o comandante Hil<strong>de</strong>brando<br />

<br />

ação da passagem do velho quartel da Rua dos<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários para a atual Se<strong>de</strong>/Quartel,<br />

em outubro <strong>de</strong> 1975.<br />

Á família do comandante Hil<strong>de</strong>brando e, em<br />

<br />

comandante dos Voluntários da Figueira da Foz,<br />

bem como aos dirigentes, comando e bombeiros<br />

da referida instituição apresentamos sentidos pêsames.


MARÇO 2013<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

corpos <strong>de</strong> bombeiros <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r candidatar-se diretamente,<br />

passando esta premissa para as comunida<strong>de</strong>s inter-<br />

-<br />

sentar<br />

as candidaturas.<br />

<br />

<br />

iniciativa das autarquias”.<br />

-<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

ra<br />

para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sensibilizar os autarcas para a<br />

<br />

<br />

e que têm por objetivo valorizar o setor dos bombeiros”,<br />

<br />

-<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

Patrícia Cer<strong>de</strong>ira<br />

<br />

Novas regras aplicadas<br />

a novas viaturas<br />

á foi publicado em Diário da República o novo<br />

J <br />

veículos e equipamentos operacionais dos corpos<br />

<strong>de</strong> bombeiros. Quase três anos <strong>de</strong>pois da<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

cional<br />

<strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong>. O novo regulamento aplica<br />

<br />

<br />

-<br />

-<br />

<br />

<br />

continental <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, sendo que as novas es-<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<strong>de</strong> socorro e assistência a doentes; veículos <strong>de</strong><br />

los<br />

<strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> pessoal; veículos <strong>de</strong> apoio<br />

-<br />

<br />

Patrícia Cer<strong>de</strong>ira<br />

Associações e corpos <strong>de</strong> bombeiros não são elegíveis<br />

-<br />

O tes e o Dia do Bombeiro Português<br />

<br />

<br />

<br />

ultimado pela Liga dos <strong>Bombeiros</strong><br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Os concursos <strong>de</strong>correm nos dias<br />

<br />

Bombeiro será concentrado no dia<br />

<br />

-<br />

<br />

-<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

bombeiros do distrito, realiza-se no<br />

<br />

Dia do Bombeiro e Manobras juntos<br />

topo do recinto do santuário na<br />

<br />

<br />

<br />

dividir os concursos <strong>de</strong> manobras e<br />

<br />

o Dia do Bombeiro Português por<br />

<br />

indisponibilida<strong>de</strong> do estádio, foi necessário<br />

juntar <strong>de</strong> novo as duas iniciativas.<br />

<br />

Multa por falhas<br />

só em 2014<br />

9<br />

O <br />

-<br />

-<br />

-<br />

<br />

temporal do dia 19 <strong>de</strong> janeiro, Miguel Macedo tornou<br />

<br />

ter acautelado todos os cenários evitando que os agen-<br />

<br />

aos sistemas redundantes existentes para garantir as<br />

<br />

Ao contrário do que esperava, e perante as cláusulas<br />

-<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

Mais, ainda segundo o contrato estabelecido, as fa-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Patrícia Cer<strong>de</strong>ira


10 MARÇO 2013<br />

comemoração do 85.º aniversário<br />

A da Associação Humanitária dos<br />

cou<br />

assinalada com a criação formal do<br />

Agrupamento <strong>de</strong> Associações <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong><br />

Voluntários da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Espinho<br />

(AABVCE) através da assinatura<br />

da respetiva escritura protagonizada<br />

pelos presi<strong>de</strong>ntes das direções das<br />

duas associações, Aires Manuel da Sil-<br />

SOURE<br />

Sucesso junta coor<strong>de</strong>nação e trabalho <strong>de</strong> equipa<br />

A aparatosa colisão <strong>de</strong> dois comboios junto<br />

da estação <strong>de</strong> Granja <strong>de</strong> Ulmeiro, no<br />

concelho <strong>de</strong> Soure, no passado mês <strong>de</strong><br />

janeiro, mobilizou um forte dispositivo <strong>de</strong><br />

socorro numa mega operação, cujo<br />

sucesso, segundo os intervenientes, se<br />

<strong>de</strong>ve à coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> meios, à preparação<br />

dos operacionais e ao trabalho <strong>de</strong> equipa.<br />

Texto e fotos: Sérgio Santos<br />

N<br />

o rescaldo do aci<strong>de</strong>nte<br />

ferroviário em Soure,<br />

uma equipa <strong>de</strong> reportagem<br />

do “<strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>”<br />

foi conhecer as primeiras<br />

equipas a chegar ao local, na<br />

noite <strong>de</strong> 21 janeiro.<br />

Pouco passava das 21 h.,<br />

quando o “regional” que se encontrava<br />

parado foi abalroado<br />

pelo Intercida<strong>de</strong>s que seguia na<br />

mesmo linha. Este foi o cenário<br />

traçado pelo comandante Carlos<br />

Luís Tavares à secção <strong>de</strong>stacada<br />

<strong>de</strong> Granja do Ulmeiro dos<br />

<strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> Soure, <strong>de</strong>slocando,<br />

<strong>de</strong> imediato, para o local<br />

uma ambulância <strong>de</strong> socorro e<br />

um veículo ligeiro <strong>de</strong> combate a<br />

incêndios tripulados pela subchefe<br />

Benedita e pelos bombeiros<br />

Pedro Maneja, Paulo Gonçalves,<br />

Eduardo Costa e Leandro<br />

Rolim, que <strong>de</strong> imediato atuaram<br />

no sentido <strong>de</strong> facilitar a<br />

ESPINHO<br />

Agrupamento já é uma realida<strong>de</strong><br />

va Poças e Joaquim Manuel Con<strong>de</strong> Figueiredo.<br />

Os comandantes dos dois corpos <strong>de</strong><br />

bombeiros, por seu turno, assinaram o<br />

protocolo “Medidas para a Promoção<br />

da Integração dos Corpos <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong><br />

da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Espinho”.<br />

Por todos os subscritores e, pelo ministro<br />

da Administração Interna, Miguel<br />

Macedo, pelo presi<strong>de</strong>nte da Liga<br />

dos <strong>Bombeiros</strong> Portugueses (LBP), co-<br />

missão das equipas <strong>de</strong> emergência.<br />

Estes operacionais, que tão<br />

bem conhecem bem aquela estação,<br />

falam ao nosso jornal da<br />

“visão anormal” que tiveram<br />

quando chegaram ao teatro <strong>de</strong><br />

operações. Recordam passageiros<br />

a saírem dos comboios pelos<br />

próprios meios e os populares<br />

que “por cima das carruagens<br />

ajudavam os sinistrados” e “pessoas<br />

<strong>de</strong>sorientadas, algumas<br />

com pequenos ferimentos” conforme<br />

lembra o bombeiro Paulo<br />

Gonçalves.<br />

O cenário encontrado obrigou<br />

os operacionais a encaminhar as<br />

vítimas para zonas seguras para<br />

uma pré triagem, enquanto um<br />

grupo, on<strong>de</strong> se incluía o bombeiro<br />

Eduardo Costa, iniciava uma<br />

busca primária que permitisse<br />

“fazer o ponto <strong>de</strong> situação”.<br />

A chegada <strong>de</strong> reforços do<br />

mandante Jaime Marta Soares, e pelo<br />

presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>ração dos <strong>Bombeiros</strong><br />

<strong>de</strong> Aveiro, comandante Gomes da<br />

Costa, também presentes, foi salientado<br />

o momento histórico em que acabavam<br />

<strong>de</strong> participar e testemunhar.<br />

O comandante dos Voluntários Espinhenses,<br />

Pedro Louro, apontou a iniciativa<br />

como uma forma <strong>de</strong> estabelecer<br />

“o equilíbrio entre operacionalida<strong>de</strong><br />

e sustentabilida<strong>de</strong>”, facto que o levou a<br />

quartel <strong>de</strong> Soure e outros corpos<br />

<strong>de</strong> bombeiros da região<br />

<br />

os trabalhos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sencarceramento,<br />

busca e resgate <strong>de</strong> algumas<br />

vítimas que se encontravam<br />

no interior das composições<br />

entre elas, dois politraumatizados<br />

que se encontravam<br />

Intercida<strong>de</strong>s.<br />

Para subchefe Benedita, responsável<br />

pela secção <strong>de</strong>stacada,<br />

bem como para os operacionais<br />

que estiveram na “primeira<br />

linha” do socorro, a formação<br />

interna ministrada no corpo <strong>de</strong><br />

bombeiros foi fundamental para<br />

que a intervenção fosse bem-<br />

-sucedida.<br />

Recor<strong>de</strong>-se que dos 76 passageiros<br />

que viajam nos dois<br />

comboios 23 apresentavam ferimentos<br />

na sua maioria ligeiros,<br />

ainda 13 foram evacuados<br />

para os Hospitais da Universi-<br />

da<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, num trabalho<br />

conjunto dos bombeiros, cruz<br />

vermelha portuguesa e INEM.<br />

Num aci<strong>de</strong>nte ferroviário<br />

<strong>de</strong>sta dimensão, em que as<br />

consequências po<strong>de</strong>riam ser<br />

ta<br />

do dispositivo <strong>de</strong> socorro que<br />

envolveu 212 operacionais e 50<br />

veículos <strong>de</strong> vários agentes <strong>de</strong><br />

proteção civil, nomeadamente<br />

dos bombeiros <strong>de</strong> Soure, Con<strong>de</strong>ixa,<br />

Montemor-o-Velho, Brasfemes<br />

e ainda Voluntários e Sapadores<br />

<strong>de</strong> Coimbra.<br />

O comandante dos Voluntários<br />

<strong>de</strong> Soure. Carlos Luís Tavares,<br />

fala com orgulho do traba-<br />

<strong>de</strong>clarar-se “honrado e feliz” em participar<br />

nesse momento.<br />

Quer a escritura, quer o protocolo,<br />

<br />

agora, sublinhando-se a responsabilida<strong>de</strong><br />

expressa pelos órgãos sociais e<br />

pelos comandos das duas associações<br />

para que o projeto, anteriormente <strong>de</strong>fendido,<br />

venha agora a ter sucesso<br />

pleno, em benefício dos bombeiros e<br />

das populações que servem.<br />

lho <strong>de</strong>senvolvido pelos bombeiros<br />

neste aci<strong>de</strong>nte, e sublinha o<br />

apoio dos restantes elementos<br />

da estrutura do posto <strong>de</strong> comando,<br />

sinal evi<strong>de</strong>nte que para<br />

Na mesma cerimónia proce<strong>de</strong>u-se<br />

também à inauguração <strong>de</strong> um veículo<br />

tanque tático urbano (VTTU) adquirido<br />

com a comparticipação a 85 por cento<br />

do QREN e, no momento da atribuição<br />

<strong>de</strong> distinções, à entrega do crachá <strong>de</strong><br />

rior<br />

Manuel Vieira, aos chefes Porfírio<br />

Rodrigues e António Oliveira (QH) e<br />

aos subchefes António Sá e Aníbal<br />

Bessa.<br />

o sucesso <strong>de</strong>sta missão <strong>de</strong> salvamento<br />

e socorro foi fundamental<br />

a “coor<strong>de</strong>nação e o trabalho<br />

<strong>de</strong> equipa”.<br />

Sérgio Santos


MARÇO 2013<br />

N<br />

uma altura em que todos<br />

os ministérios anunciam<br />

cortes nos seus orçamentos,<br />

Jaime Marta Soares, o presi<strong>de</strong>nte<br />

da Liga dos <strong>Bombeiros</strong><br />

Portugueses, reconhece o esforço<br />

do MAI, sublinhando que,<br />

“<strong>de</strong>ntro do possível” foram<br />

atendidos os pedidos da Confe<strong>de</strong>ração<br />

e que as novida<strong>de</strong>s<br />

agora conhecidas representam<br />

um “sinal <strong>de</strong> abertura do governo”.<br />

Depois dos esforços da LBP<br />

no sentido <strong>de</strong> isentar os bombeiros<br />

voluntários da cobrança<br />

<strong>de</strong> IRS sobre o valor pago às<br />

ECIN, o ministro da Administra-<br />

-<br />

<br />

uma vez por todas e os bombei-<br />

mento<br />

<strong>de</strong> impostos.<br />

<br />

<br />

apagar ao DECIF sofre alterações.<br />

Os combustíveis pagos<br />

até aqui a 80 cêntimos sobem<br />

para 1.40 €. O valor das ECIN<br />

sobre <strong>de</strong> 41 euros por cada 24<br />

horas <strong>de</strong> trabalho para 45 cêntimos.<br />

A proposta da Liga era <strong>de</strong><br />

48 cêntimos por dia mas Jaime<br />

Marta Soares admite que o Governo<br />

“foi até on<strong>de</strong> podia”.<br />

O combate aos incêndios vai<br />

custar este ano quase 79 milhões<br />

<strong>de</strong> euros, um aumento <strong>de</strong><br />

quase cinco por cento em relação<br />

a 2012. Na conferência <strong>de</strong><br />

Imprensa <strong>de</strong> apresentação da<br />

DON 2, Miguel Macedo, que minutos<br />

antes tinha presidido à<br />

reunião da Comissão Nacional<br />

<strong>de</strong> Proteção Civil, na qual foi<br />

aprovado o Dispositivo Especial<br />

<strong>de</strong> Combate a Incêndios Florestais<br />

2013 (DECIF), salientou o<br />

acréscimo <strong>de</strong> quase quatro mil<br />

milhões <strong>de</strong> euros.<br />

Ataque ao ataque<br />

ampliado<br />

A constituição <strong>de</strong> <strong>de</strong>z grupos<br />

<strong>de</strong> reforço <strong>de</strong> ataque ampliado<br />

(GRUATA), constituídos por 28<br />

elementos cada, são um das<br />

principais novida<strong>de</strong>s do DECIF<br />

2013. Lembrando que em 2012<br />

apenas 11 gran<strong>de</strong>s incêndios<br />

foram responsáveis por quase<br />

40 por cento do total da área<br />

ardida, José Manuel Moura, o<br />

comandante operacional nacional<br />

(CONAC), sublinhou a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> “repensar a abordagem”<br />

aos gran<strong>de</strong>s incêndios,<br />

sublinhando que a fórmula do<br />

ataque inicial está” “consolidada”.<br />

Segundo o responsável<br />

-<br />

<br />

sido <strong>de</strong>senvolvido com recurso<br />

ao reforço, <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> corpos<br />

<strong>de</strong> bombeiros vizinhos e do distrito<br />

afetado, e ainda através do<br />

balanceamento <strong>de</strong> meios interdistritais,<br />

organizados em Grupos<br />

<strong>de</strong> Reforço Incêndios Florestais<br />

(GRIF), sendo reconhecido<br />

por todos o inestimável<br />

contributo que estes grupos<br />

têm dado, e <strong>de</strong>verão continuar<br />

a dar.” A constituição <strong>de</strong> Grupos<br />

<strong>de</strong> reforço <strong>de</strong> ataque ampliado<br />

DON 2013 CUSTA 78,5 MILHÕES DE EUROS<br />

Mais dinheiro e mais meios<br />

Em ano <strong>de</strong> contenção, o Ministério da<br />

Administração Interna contraria todas as<br />

expetativas. O valor pago às ECIN é<br />

aumentado bem como os meios previstos<br />

na Diretiva Operacional Nacional 2. As<br />

<br />

reação a Liga dos <strong>Bombeiros</strong> Portugueses<br />

mostra-se satisfeita e “reconhece” o<br />

esforço do Governo.<br />

Texto: Patrícia Cer<strong>de</strong>ira<br />

Fotos: Marques Valentim<br />

– GRUATA – vem no seguimento<br />

da intenção do comandante<br />

operacional nacional, em constituir<br />

um dispositivo permanente,<br />

e á sua or<strong>de</strong>m, para intervenção<br />

estruturada em ataque<br />

<br />

Neste sentido, a forma conseguida<br />

é a contratualização, prevista<br />

na lei 32/2007, <strong>de</strong>13 <strong>de</strong><br />

agosto, através das entida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>tentoras dos corpos <strong>de</strong> bombeiros,<br />

dos meios humanos e<br />

materiais necessários à sustentação<br />

<strong>de</strong>stes GRUATA. “As capacida<strong>de</strong>s<br />

modulares <strong>de</strong> comando<br />

e intervenção <strong>de</strong>stes grupos,<br />

associadas a conjunto <strong>de</strong> premissas,<br />

nas áreas da formação,<br />

características dos equipamentos,<br />

autonomia e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

das<br />

para a garantia <strong>de</strong> uma<br />

qualquer intervenção <strong>de</strong> alto nível<br />

em ataque ampliado, importando<br />

salientar que o país nunca<br />

constituiu um dispositivo terrestre<br />

para ataque ampliado a<br />

<br />

seja uma necessida<strong>de</strong> por todos<br />

reconhecida”, lê-se na nota distribuída<br />

à comunicação social.<br />

Questionado pelo ‘BP’ sobre o<br />

mo<strong>de</strong>lo das GRUATA, José Ma-<br />

<br />

grupos serão constituídos “apenas<br />

para este objetivo” e terão<br />

<strong>de</strong> ter capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “mobiliação<br />

24 horas por dia”.<br />

DECIF conta com 132<br />

maquinas <strong>de</strong> rasto<br />

A ANPC lembra que a utiliza-<br />

ção <strong>de</strong> máquinas <strong>de</strong> rasto no<br />

apoio às ações <strong>de</strong> combate a in-<br />

renciadas<br />

como uma das “ferramentas<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> e<br />

utilida<strong>de</strong> na criação ou amplia-<br />

<br />

contributo que po<strong>de</strong>m prestar<br />

na consolidação do perímetro<br />

dos incêndios e nas ações <strong>de</strong><br />

rescaldo. Com base nesta realida<strong>de</strong>,<br />

o comandante nacional<br />

<strong>de</strong>cidiu levar à prática “ações<br />

pioneiras <strong>de</strong> formação e treino<br />

operacional” na utilização <strong>de</strong>ste<br />

tipo <strong>de</strong> equipamento. Numa altura<br />

em que esta formação já<br />

<strong>de</strong>corre, José Manuel Moura<br />

anunciou que o DECIF 2013 vai<br />

integrar as 132 máquinas <strong>de</strong><br />

<br />

as quais estarão disponíveis durante<br />

todo o verão e à or<strong>de</strong>m do<br />

CNOS.<br />

Também em matéria <strong>de</strong> ataque<br />

aéreo há novida<strong>de</strong>s. O dispositivo<br />

contará este ano com<br />

mais três aeronaves da Força<br />

Aérea Portuguesa. Entre elas<br />

vai estar o avião C-295M da FAP<br />

utilizado no apoio à <strong>de</strong>cisão do<br />

incêndio <strong>de</strong> Tavira no ano passado.<br />

“Como ferramenta tecnológica<br />

inovadora no controlo <strong>de</strong><br />

-<br />

-295M apresenta-se como um<br />

“precioso meio <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong><br />

comando e controlo”, tendo já<br />

sido testado em ações operacionais.<br />

Este avião integra a<br />

tente<br />

no mundo aeronáutico e a<br />

sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> operar em<br />

teatros <strong>de</strong> operações está sus-<br />

tentada em equipamentos <strong>de</strong><br />

comunicações “seguras, agilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> frequência V/UHF, permitindo<br />

um acompanhamento<br />

em tempo real das operações,<br />

nomeadamente dos incêndios<br />

zação<br />

se enquadra num superior<br />

interesse <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong><br />

apoio á <strong>de</strong>cisão operacional em<br />

teatros <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> alguma<br />

dimensão”, refere o CNOS.<br />

E porque a prevenção é um<br />

dos pilares <strong>de</strong> sucesso em ma-<br />

tra<br />

incêndios, o Ministério da<br />

Justiça, através da Direção Geral<br />

<strong>de</strong> Reinserção dos Serviços<br />

Prisionais vai avançar, em parceria<br />

com o MAI, com um programa<br />

<strong>de</strong> integração dos reclusos<br />

em regime <strong>de</strong> trabalho a<br />

favor da comunida<strong>de</strong>, nas ações<br />

<strong>de</strong> prevenção e vigilância dos<br />

<br />

período <strong>de</strong> formação na Escola<br />

Nacional <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> (ENB). A<br />

i<strong>de</strong>ia é formatar equipas, partindo<br />

<strong>de</strong> uma disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

cerca <strong>de</strong> 900 elementos. Os<br />

ços<br />

municipais <strong>de</strong> proteção civil.<br />

Ainda em matéria <strong>de</strong> prevenção,<br />

e reconhecendo que o mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> vigilância da re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

posto <strong>de</strong> vigia, a carga da GNR,<br />

não tem tido os “melhores resultados”,<br />

Miguel Macedo anunciou<br />

também que este ano vai<br />

ser testado, e pela primeira<br />

vez, no Parque Nacional da Peneda<br />

Gerês, um projeto piloto<br />

com recurso ao sistema <strong>de</strong> es-<br />

11<br />

petrometria ótica que reconhece<br />

o fumo orgânico, conseguin-<br />

<br />

do fogo industrial ou urbano,<br />

até um raio <strong>de</strong> 15 quilómetros.<br />

O sistema contém um sensor<br />

ótico remoto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> alcance<br />

e uma câmara ótica <strong>de</strong> elevada<br />

resolução. Esta unida<strong>de</strong> realiza<br />

um varrimento horizontal <strong>de</strong><br />

360º e vertical <strong>de</strong> pelo -45º até<br />

90º. Inclui também sensores<br />

atmosféricos que monitorizam<br />

as condições atmosféricas do<br />

local (temperatura, humida<strong>de</strong>,<br />

direção e velocida<strong>de</strong> do vento, e<br />

pluviosida<strong>de</strong>). Este projeto prevê<br />

a instalação em 13 locais e<br />

estima-se que esteja instalado<br />

no início do mês <strong>de</strong> abril.<br />

Mais <strong>de</strong> 9 mil homens na<br />

fase Charlie<br />

O DECIF consagra mais uma<br />

vez este ano quatro fases <strong>de</strong><br />

perigo, cujo período crítico - a<br />

fase Charlie - <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong><br />

julho a 30 <strong>de</strong> setembro, com<br />

um total <strong>de</strong> 237 postos <strong>de</strong> vigia,<br />

1.172 equipas, 1.976 veículos e<br />

um total <strong>de</strong> 9.337 operacionais,<br />

distribuídos por equipas <strong>de</strong> vigilância<br />

(676), <strong>de</strong> vigilância e<br />

ataque inicial (396) e <strong>de</strong> combate<br />

(1.102).<br />

Durante as fases Bravo (15<br />

<strong>de</strong> maio a 30 <strong>de</strong> junho), Charlie<br />

e Delta (1 a 31 <strong>de</strong> outubro), serão<br />

utilizados 45 meios aéreos,<br />

no total, juntando-se os helicópteros<br />

com brigadas e o helicóptero<br />

Allouete III e o C-295M<br />

da Força Aérea.


12 MARÇO 2013<br />

Comissão Coor<strong>de</strong>nadora<br />

A Distrital da Juvebombeiro<br />

<strong>de</strong> Bragança, promoveu recentemente<br />

uma campanha <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong><br />

a nível distrital envolvendo<br />

todos os corpos <strong>de</strong><br />

bombeiros e a Cáritas Diocesana<br />

<strong>de</strong> Bragança - Miranda.<br />

O resultado da campanha,<br />

que permitiu recolher cerca <strong>de</strong><br />

uma tonelada, incluindo alimentos<br />

e vestuário, foi já entregue<br />

à Cáritas.<br />

Segundo os promotores da<br />

iniciativa, “o intuito <strong>de</strong>sta missão<br />

solidária assentou sobre o<br />

sentimento manifesto <strong>de</strong> ajuda<br />

para com aqueles que sofrem,<br />

sendo visível no nosso dia-a-dia<br />

a crescente pobreza e <strong>de</strong>gradação da conjuntura<br />

familiar”. Por outro lado, “a diversida<strong>de</strong> dos serviços<br />

executados pelos bombeiros mostram-nos<br />

realida<strong>de</strong>s difíceis, no exemplo do abandono, da<br />

falta <strong>de</strong> recursos económicos, da subnutrição e<br />

falta <strong>de</strong> comida, das doenças ou falta <strong>de</strong> trata-<br />

Associação Humanitária<br />

A dos <strong>Bombeiros</strong> do Sul e<br />

Sueste (Barreiro) acolheu no<br />

dia 9 <strong>de</strong> março, no quartel-<br />

-se<strong>de</strong>, com a colaboração da<br />

Fe<strong>de</strong>ração dos <strong>Bombeiros</strong> do<br />

Distrito <strong>de</strong> Setúbal, a reunião<br />

da Comissão Coor<strong>de</strong>nadora<br />

Nacional da Juvebombeiro.<br />

No encontro, presidido<br />

pelo comandante José Morais,<br />

vogal do Conselho Executivo<br />

da Liga dos <strong>Bombeiros</strong><br />

Portugueses e pelo presi<strong>de</strong>nte<br />

da Comissão Coor<strong>de</strong>nadora<br />

Nacional da Juvebombeiro,<br />

Paulo Ferro, estiveram presentes<br />

os representantes dos<br />

distritos <strong>de</strong> Braga, Porto,<br />

Bragança, Lisboa, Castelo<br />

Branco, Beja, Coimbra, Setúbal<br />

e pela primeira vez o representante<br />

da Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong><br />

ais um gran<strong>de</strong> evento orga-<br />

Mnizado pela Juvebombeiro<br />

com o apoio <strong>de</strong> alguns bombei-<br />

mana,<br />

o <strong>de</strong>staque foi a corporação<br />

dos bombeiros voluntários<br />

<strong>de</strong> Entre-os-Rios, <strong>de</strong>sta vez<br />

<br />

moda, com um objetivo diferente<br />

do anterior que foi a oferta<br />

<strong>de</strong> um manequim <strong>de</strong> suporte<br />

básico <strong>de</strong> vida no valor aproximadamente<br />

<strong>de</strong> 1500 euros, segundo<br />

o responsável pela Juve-<br />

Bombeiro, Filipe Clemente.<br />

Segundo o responsável da Juvebombeiro,<br />

Filipe Clemente, “o<br />

evento ultrapassou as nossas<br />

próprias expectativas, conseguimos<br />

casa cheia nos dois dias,<br />

razão para agra<strong>de</strong>cermos a todos<br />

aqueles que nos ajudaram<br />

nomeadamente lojas, manequins,<br />

bombeiros, comando, direção,<br />

comunicação social e em<br />

especial ao Jean Mark e a Catia<br />

BRAGANÇA<br />

Juvebombeiro solidária<br />

JUVEBOMBEIRO<br />

Quartel do Sul e Sueste recebe<br />

Comissão Coor<strong>de</strong>nadora Nacional<br />

<strong>Bombeiros</strong> do Distrito <strong>de</strong> Leiria,<br />

Nuno Mayor.<br />

Em discussão estiveram a<br />

revisão do Regulamento da<br />

Juvebombeiro e o Regulamento<br />

Eleitoral. Esta que foi a 2ª<br />

<br />

documentos que foram sujeitos<br />

a uma precisa revisão, an-<br />

ENTRE-OS-RIOS<br />

Juvebombeiro não para<br />

Marisa que estiveram unidos<br />

nesta iniciativa gratuitamente e<br />

ainda, a todos os outros intervenientes<br />

<strong>de</strong> forma geral”.<br />

Segundo o mesmo dirigente,<br />

“são necessárias mais ativida<strong>de</strong>s,<br />

para que, cada vez mais,<br />

os jovens ganhem gosto e enfrentem<br />

o voluntariado <strong>de</strong> uma<br />

forma mais sorri<strong>de</strong>nte e não<br />

abandonem o voluntariado tão<br />

facilmente. Por outro lado, é<br />

mento por não se po<strong>de</strong>rem adquirir medicamentos”.<br />

“Como tais problemas não po<strong>de</strong>m ser ignorados”,<br />

a Juvebombeiro <strong>de</strong>cidiu avançar a campanha<br />

solidária <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> bens alimentares e<br />

<br />

tes da apreciação e proposta<br />

<strong>de</strong> aprovação ao Conselho Nacional.<br />

O Plano Nacional <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s<br />

para 2013 também foi englobado<br />

na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trabalhos<br />

<strong>de</strong>sta importante reunião<br />

da organização dos jovens<br />

bombeiros portugueses.<br />

uma forma <strong>de</strong> nos mantermos<br />

unidos nestes momentos difíceis<br />

que atravessa o nosso país<br />

e <strong>de</strong> esquecer os nossos problemas.<br />

Uma forma <strong>de</strong> nos ajudarmos<br />

para melhor servir e socorrer<br />

a nossa população sendo<br />

este, o objetivo <strong>de</strong>ste evento:<br />

recuperar uma ambulância <strong>de</strong><br />

emergência. No entanto são<br />

precisos 13 mil euros para recuperar<br />

esta viatura”.<br />

Foto: BVSS<br />

Fotos: <br />

om pouco mais <strong>de</strong> trinta<br />

Canos <strong>de</strong> existência a Associação<br />

Humanitária dos <strong>Bombeiros</strong><br />

Voluntários <strong>de</strong> Viatodos<br />

distingue-se pelo trabalho <strong>de</strong>senvolvido<br />

a nível social, conforme<br />

faz questão <strong>de</strong> sublinhar<br />

ao jornal <strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

(BP) Ama<strong>de</strong>u Lemos, o carismático<br />

presi<strong>de</strong>nte da direção.<br />

Orgulhoso da obra feita, o dirigente<br />

começa por salientar<br />

que a instituição, que nasceu<br />

na Casa do Povo com um punhado<br />

<strong>de</strong> homens apoiados por<br />

uma ambulância, serva hoje<br />

mais <strong>de</strong> uma centena <strong>de</strong> idosos,<br />

nas valências <strong>de</strong> centro <strong>de</strong><br />

dia, centro <strong>de</strong> convívio e no<br />

apoio domiciliário. Numa outra<br />

vertente, a AHBVV assume funções<br />

<strong>de</strong> polo <strong>de</strong> distribuição do<br />

Programa Comunitário <strong>de</strong> Ajuda<br />

Alimentar a Carenciados<br />

(PCAAC), que só no ano passado<br />

entregou bens alimentares,<br />

ários,<br />

para além <strong>de</strong> distribui-<br />

rios.<br />

A ativida<strong>de</strong> dos Voluntários<br />

<strong>de</strong> Viatodos é vasta e contempla<br />

várias iniciativas, nomeadamente<br />

a cantina social que garante<br />

almoços gratuitos a 65<br />

utentes, e ainda a lavandaria<br />

social.<br />

Durante anos, as amplas instalações<br />

dos bombeiros acolheram<br />

outros projetos do município<br />

nomeadamente um jardim-<br />

-<strong>de</strong>-infância que, durante mais<br />

<strong>de</strong> 20 anos, funcionou em espaço<br />

cedido pela associação<br />

que, durante três anos ainda<br />

disponibilizou, oito salas para<br />

garantir o funcionamento <strong>de</strong><br />

uma escola <strong>de</strong> 1.º Ciclo do Ensino<br />

Básico. Apesar da construção<br />

<strong>de</strong> um novo estabelecimento<br />

<strong>de</strong> ensino, esta ligação<br />

não se per<strong>de</strong>u, tanto que a<br />

AHBVV continua a ser responsável<br />

pela confeção diária <strong>de</strong><br />

240 refeições para os alunos do<br />

1.º ciclo e jardim-<strong>de</strong>-infância.<br />

Numa visita às instalações, o<br />

presi<strong>de</strong>nte Ama<strong>de</strong>u Lemos vai<br />

dando conta aos jornalistas <strong>de</strong><br />

um amplo plano <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> inclui, ainda, a promoção <strong>de</strong><br />

vários cursos em horário labo-<br />

Voluntários<br />

O serviço prestado à população pela Associação Humanitária<br />

dos <strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Viatodos extravasa, em muito,<br />

o socorro Na verda<strong>de</strong>, o corpo <strong>de</strong> bombeiros é apenas uma<br />

das componentes <strong>de</strong> uma enorme estrutura <strong>de</strong> apoio social, a única<br />

resposta para os mais carenciados, sobretudo os idosos a quem<br />

a instituição garante alimentação, cuidados básicos <strong>de</strong> higiene<br />

e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, atenção e sobretudo afetos.<br />

Os números que revelam a ativida<strong>de</strong> diária dos Voluntários <strong>de</strong><br />

Viatodos impressionam, tal como a <strong>de</strong>dicação com que operacionais<br />

e dirigentes servem a comunida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> estão inseridos.<br />

Texto: <br />

ral e pós-laboral, no âmbito do<br />

Programa Operacional Potencial<br />

Humano (POPH).<br />

Curiosamente, numa área <strong>de</strong><br />

intervenção com certa <strong>de</strong> 1800<br />

habitantes os Voluntários <strong>de</strong><br />

Viatodos po<strong>de</strong>m orgulhar-se<br />

dos 22 mil associados que ga-<br />

ra<br />

da instituição.<br />

Quando procuramos uma<br />

resposta para este fenómeno<br />

<strong>de</strong> sucesso associativo cada<br />

vez mais raro, Ama<strong>de</strong>u Lemos<br />

rapidamente avança com uma<br />

<br />

“Para nós, bombeiros <strong>de</strong> Viatodos,<br />

não há barreiras, on<strong>de</strong><br />

houver necessida<strong>de</strong> lá estaremos”.<br />

Na verda<strong>de</strong>, gentes <strong>de</strong> outras<br />

paragens, reconhecendo o importante<br />

trabalho <strong>de</strong>senvolvido<br />

pela AHBVV, não hesita em investir<br />

nesta obra tendo como<br />

retorno a satisfação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<br />

ajudar quem realmente necessita.<br />

Ao contrário <strong>de</strong> muitas congéneres,<br />

conforme faz questão<br />

<strong>de</strong> realçar Ama<strong>de</strong>u Lemos, a<br />

associação <strong>de</strong> Viatodos conta<br />

muito mais com os meios pró-<br />

<br />

com as verbas provenientes dos<br />

cofres do Estado e a autarquia.<br />

“Isto é um barco muito gran<strong>de</strong>,<br />

com muitas <strong>de</strong>spesas. A<br />

<br />

mesmo dos sócios” diz-nos um<br />

presi<strong>de</strong>nte que “passa o dia na<br />

associação e se <strong>de</strong>dica ao projeto<br />

<strong>de</strong> corpo e alma” muito<br />

embora, possa contar com uma<br />

equipa sempre presente, motivada,<br />

mas sobretudo <strong>de</strong>dicada<br />

à causa.<br />

Este vasto trabalho é reconhecido<br />

tanto pela Câmara Municipal<br />

<strong>de</strong> Barcelos como pelas<br />

juntas <strong>de</strong> freguesia o que se<br />

traduz em bem-sucedidas parcerias.<br />

Atualmente, a associação dá<br />

emprego a meia centena <strong>de</strong><br />

pessoas incluindo 18 bombei-<br />

<br />

semana e feriados são assegurados<br />

apenas por voluntários,<br />

segundo dá conta o comandante<br />

José Carvalho.<br />

O responsável operacional<br />

conta com cerca <strong>de</strong> 60 elemen-<br />

tos no quadro ativo, entre os<br />

quais 14 mulheres, mas José<br />

Carvalho lamenta não conseguir<br />

reforçar os meios humanos.<br />

“Estamos a fazer uma escola<br />

<strong>de</strong> dois em dois anos… Vamos<br />

conseguindo ir buscar mais alguns<br />

elementos, mas não mais<br />

que dois ou três”, refere.<br />

Este afastamento dos quartéis<br />

preocupa também o presi<strong>de</strong>nte<br />

da Fe<strong>de</strong>ração dos <strong>Bombeiros</strong><br />

do Distrito <strong>de</strong> Braga que<br />

acompanhou os jornalistas<br />

nesta visita no quartel <strong>de</strong> Viatodos.<br />

O comandante Marinho<br />

Gomes começa por <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />

que “há uns anos não havia<br />

tantas solicitações” consi<strong>de</strong>rando<br />

que “hoje a realida<strong>de</strong> é muito<br />

distinta”.<br />

“Nos bombeiros acontecia<br />

tudo, os bailes, os convívios e<br />

os jovens <strong>de</strong>ssa época acabam<br />

por se sentir atraídos, mesmo<br />

sem regalias nenhumas. Nos


MARÇO 2013<br />

VIATODOS<br />

garantem resposta social<br />

dias que correm tudo é diferente”,<br />

consi<strong>de</strong>ra.<br />

José Carvalho corrobora <strong>de</strong>sta<br />

opinião e, ciente das exigências<br />

e das expetativas dos jovens,<br />

fala do esforço da direção<br />

e do comando para atrair o voluntariado.<br />

Os operacionais <strong>de</strong> Viatodos<br />

têm direito a consultas gratuitas<br />

<strong>de</strong> clínica geral, e usufruem<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scontos em todas as especialida<strong>de</strong>s<br />

médicas, para além<br />

<strong>de</strong>stes benefícios o pessoal <strong>de</strong><br />

riado<br />

tem as refeições pagas. A<br />

associação permite ainda que<br />

os todos bombeiros lavem as<br />

viaturas particulares no quartel<br />

e almocem pela módica quantia<br />

<strong>de</strong> 2,5 euros.<br />

“Mesmo assim, não sei se<br />

tudo isto chega”, consi<strong>de</strong>ra o<br />

comandante, assegurando, no<br />

entanto, que o empenho dos<br />

seus operacionais permite contrariar<br />

estas adversida<strong>de</strong>s.<br />

Este é um quartel bem apetrechado<br />

embora José Carvalho<br />

acalente o “sonho” <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r adquirir<br />

veículo <strong>de</strong> apoio tático ou<br />

especial, que permitiria melho-<br />

rar a resposta em matéria <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sencarceramento.<br />

“Aqui não compramos, por<br />

comprar a renovação da frota é<br />

feita apenas com o intuito <strong>de</strong><br />

acrescentar valor ao socorro<br />

prestado às populações”, diz-<br />

-nos.<br />

Interrogado sobre a ligação<br />

da comunida<strong>de</strong> aos bombeiros<br />

o comandante refere:<br />

“Não sei se a comunida<strong>de</strong> conhece<br />

verda<strong>de</strong>iramente o trabalho<br />

dos bombeiros, também<br />

não sei se isso é importante.<br />

Cabe-nos procurar conhecer as<br />

populações e servi-las da melhor<br />

forma. Temos que bater às<br />

portas e saber das necessida-<br />

<strong>de</strong>s das pessoas”, premissa que<br />

aliás norteia toda a exemplar<br />

ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta associação do<br />

13<br />

distrito <strong>de</strong> Braga que é, <strong>de</strong> facto,<br />

um exemplo para um país<br />

que se quer mais solidário..


14 MARÇO 2013<br />

s <strong>Bombeiros</strong> Municipais <strong>de</strong><br />

OTavira assinalam a 21 <strong>de</strong><br />

março o 125.º aniversário, efeméri<strong>de</strong><br />

importante, mas que<br />

dada a conjuntura do Pais será<br />

assinalada <strong>de</strong> forma discreta<br />

cado<br />

para os operacionais que<br />

servem a instituição algarvia.<br />

Em <strong>de</strong>clarações ao jornal<br />

<strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> o comandante<br />

Miguel Silva sublinha<br />

a importante história <strong>de</strong>ste corpo<br />

<strong>de</strong> bombeiros criado em<br />

1888 com a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong><br />

Companhia <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> Voluntários<br />

<strong>de</strong> Tavira tendo como<br />

presi<strong>de</strong>nte da direção Roque<br />

Féria e comandante Manuel<br />

Ferreira Aboim.<br />

De lá para cá muito mudou.<br />

Atualmente não mais que meia<br />

dúzia <strong>de</strong> voluntários continuam<br />

a cumprir serviço neste quartel,<br />

situação que o comandante<br />

lamenta, até porque são reforços<br />

que fazem sempre falta,<br />

mas que por agora não põe em<br />

causa o bom funcionamento e a<br />

citações.<br />

A austerida<strong>de</strong> imposta a Por-<br />

<br />

dos planos dos Municipais <strong>de</strong><br />

Tavira que contavam, em breve,<br />

ter um novo quartel, projeto<br />

que acabou por “cair”, tendo<br />

a câmara municipal optado por<br />

ciação<br />

nas obsoletas e acanhadas<br />

instalações do Largo do<br />

Cano. A intervenção orçada em<br />

40 mil euros, prevê melhoramentos<br />

nos balneários e camaratas,<br />

<strong>de</strong>vendo ser concretizada<br />

ainda antes do início do verão.<br />

“A lei <strong>de</strong> compromissos que<br />

regula o funcionamento das<br />

autarquias está a trazer-nos<br />

constrangimentos operacionais<br />

e administrativos”, lamenta o<br />

comandante, revelando que<br />

uma simples avaria numa viatura<br />

é um problema <strong>de</strong> difícil <strong>de</strong><br />

complexa resolução, já para<br />

<br />

adquirir equipamentos, mesmo<br />

no âmbito <strong>de</strong> programas comunitários.<br />

Miguel Silva revela-se preocupado<br />

com o futuro e não se<br />

coíbe em apontar o <strong>de</strong>do às leis<br />

que tutelam o setor e em muito<br />

prejudicam os corpos municipais<br />

<strong>de</strong> bombeiros.<br />

“Há uns tempos, mais propriamente<br />

no congresso <strong>de</strong><br />

Pombal tive a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

dizer que via o futuro dos bombeiros<br />

negro e sem linhas <strong>de</strong><br />

horizonte, hoje registo que, infelizmente,<br />

o tempo acabou por<br />

me dar razão”, diz-nos o comandante.<br />

Pragmático nas suas apreciações<br />

o comandante dos<br />

bombeiros <strong>de</strong> Tavira, não <strong>de</strong>ixa<br />

que as suas apreensões belisquem<br />

a ação ou ponham em<br />

causa o serviço exemplar prestado<br />

pelos operacionais à comunida<strong>de</strong>,<br />

e que merece os<br />

mais elogios e reconhecimento<br />

<strong>de</strong> Miguel Silva.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong><br />

Tavira, Jorge Botelho, não traça<br />

um cenário mais colorido, ain-<br />

portância<br />

da data que importa<br />

assinalar condignamente. A comunida<strong>de</strong><br />

no verão passado<br />

esteve muito próxima dos seus<br />

CM E CMTV<br />

TAVIRA<br />

<br />

bombeiros, pelo que as comemorações<br />

<strong>de</strong>vem servir para<br />

consolidar esta proximida<strong>de</strong>.<br />

“Queremos continuar a<br />

apoiar os nossos bombeiros,<br />

que <strong>de</strong>vem manter o estatuto<br />

<strong>de</strong> municipais, porque enten-<br />

<br />

tem um valor em, tudo que não<br />

<br />

não tem muita razão <strong>de</strong> ser”,<br />

sublinha o presi<strong>de</strong>nte para <strong>de</strong>-<br />

<br />

<br />

Júri do prémio “CM/Celebra Coragem”, insti-<br />

O tuído pelo jornal “Correio da Manhã” e agora<br />

também apoiado pela “CMTV”, a par dos leitores<br />

do jornal e os telespetadores do novo canal tele-<br />

<br />

categoria <strong>de</strong> heróis, com farda ou sem farda,<br />

que arriscaram a vida para salvar a <strong>de</strong> outros.<br />

No primeiro grupo, com farda, incluem-se forças<br />

<strong>de</strong> segurança, bombeiros, nadadores-salvadores<br />

e tripulantes da Força Aérea. No segundo,<br />

estão cidadãos anónimos <strong>de</strong> diferentes ida<strong>de</strong>s e<br />

locais.<br />

O júri é composto por, Eugénio da Fonseca,<br />

presi<strong>de</strong>nte da Cáritas Portuguesa, Duarte Cal<strong>de</strong>ira<br />

ex-presi<strong>de</strong>nte do conselho executivo e<br />

atual presi<strong>de</strong>nte da mesa dos congressos da<br />

Liga dos <strong>Bombeiros</strong> Portugueses, Manuela Eanes,<br />

presi<strong>de</strong>nte do Instituto <strong>de</strong> Apoio à Criança,<br />

<br />

Octávio Ribeiro, diretor do “CM”, Hugo Schikora,<br />

herói CM-2012, e Nelson Évora, campeão olímpico.<br />

pois dar contas das contingências<br />

que ditaram os cortes nos<br />

salários dos bombeiros, à semelhança<br />

do que aconteceu a<br />

todos os outros funcionários<br />

públicos, algo que o autarca lamenta,<br />

até porque po<strong>de</strong>ria estar<br />

na origem <strong>de</strong> <strong>de</strong>smotivação,<br />

mas que “felizmente não afetou<br />

os bombeiros tavirenses”,<br />

sempre prontos a sair do quartel<br />

e a cumprir a sua missão.<br />

“Ninguém tem os equipamentos<br />

que quer, mas o corpo<br />

<strong>de</strong> bombeiros dispõe dos meus<br />

telho.<br />

Em tempo <strong>de</strong> aniversário, o<br />

presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Tavira <strong>de</strong>seja<br />

“força, <strong>de</strong>terminação motivação<br />

e sorte aos homens e à única<br />

mulher do corpo ativo”, ao<br />

mesmo tempo que sublinha<br />

“orgulho” pelos operacionais<br />

REVIVER MAIS<br />

que “não regateiam esforços<br />

para servir bem a comunida<strong>de</strong>”.<br />

Para assinalar a efeméri<strong>de</strong>,<br />

os Municipais, entre outras<br />

ações, promovem no próximo<br />

dia 6 <strong>de</strong> abril, no Parque <strong>de</strong> Feiras<br />

e Exposições <strong>de</strong> Tavira, I<br />

Campeonato <strong>de</strong> Salvamento e<br />

Desencarceramento, a contar<br />

para o nacional.<br />

<br />

<br />

Associação dos Operacionais e Dirigentes dos <strong>Bombeiros</strong> Portugueses – Re-<br />

A viver Mais está a organizar uma excursão <strong>de</strong> três dias à Galiza, Espanha,<br />

com passagem por Vigo, Santiago <strong>de</strong> Compostela, Corunha e Rias Baixas, entre<br />

30 <strong>de</strong> Agosto e 1 <strong>de</strong> Setembro próximos.<br />

A Reviver Mais cumpre assim o <strong>de</strong>sígnio <strong>de</strong> “dinamizar a área sociocultural e<br />

recrear elos <strong>de</strong> confraternização e <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> entre os sócios”.<br />

As inscrições po<strong>de</strong>rão ser feitas até 30 <strong>de</strong> Abril, admitindo-se o pagamento<br />

em 5 prestações mensais. O custo por pessoa, em quarto duplo, é <strong>de</strong> 240 eu-


MARÇO 2013<br />

E<br />

m 85 minutos, Tânia Prates, uma a jovem<br />

licenciada em Comunicação e Educação<br />

Multimédia, pela Escola Superior <strong>de</strong> Educação<br />

<strong>de</strong> Santarém, reconstitui para a posterida<strong>de</strong><br />

os mais importantes, mas, também, os mais<br />

curiosos episódios da história <strong>de</strong> uma instituição<br />

com 85 anos <strong>de</strong> existência.<br />

A estreita ligação da comunida<strong>de</strong> à antiga<br />

Socieda<strong>de</strong> dos <strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Coruche<br />

perdurou no tempo, mudaram as <strong>de</strong>signações<br />

mas apego à instituição, nunca saiu beliscada,<br />

aliás ainda hoje, a avaliar pelos testemunhos<br />

recolhidos pela realizadora, antigos voluntários,<br />

mas também a população em geral não<br />

escon<strong>de</strong> o carinho pelos bombeiros da sua terra.<br />

Várias reconstituições permitem dar uma<br />

i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> como em tempos idos os bravos soldados<br />

da paz arriscavam tudo nos gran<strong>de</strong>s incêndios,<br />

nas inundações ou no resgate dos corpos<br />

dos cantoneiros que em condições difíceis trabalhavam<br />

ao longo Canal <strong>de</strong> Rega do Vale do<br />

Sorraia.<br />

Em <strong>de</strong>clarações ao jornal <strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

Tânia Prates não escon<strong>de</strong> orgulho e até<br />

alguma emoção pelo trabalho <strong>de</strong>senvolvido,<br />

pelo longo caminho que trilhou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que teve<br />

contacto com uns ricos álbuns <strong>de</strong> capa vermelha,<br />

on<strong>de</strong> os fundadores foram contanto e ilustrando<br />

cada episódio da vida da associação.<br />

<br />

do<br />

a curiosida<strong>de</strong> da realizadora que acabou por<br />

investir muito tempo, e também algumas das<br />

suas economias nesta produção.<br />

<br />

numa cerimónia marcada pela emoção dos mais<br />

velhos, antigos operacionais e a surpresa dos<br />

CORUCHE<br />

“<strong>Bombeiros</strong> da minha terra”<br />

em documentário<br />

Foi apresentado recentemente no observatório do Sobreiro e da<br />

Cortiça, em Coruche, o documentário “<strong>Bombeiros</strong> da Minha<br />

Terra”, da autoria <strong>de</strong> Tânia Prates, uma jovem que sem qualquer<br />

vínculo aos bombeiros resolveu, num trabalho académico, dar a<br />

conhecer o passado e o presente dos Municipais <strong>de</strong> Coruche.<br />

Texto:<br />

Fotos:<br />

atuais bombeiros a quem cabe a missão <strong>de</strong> continuar<br />

a trilhar com nobreza o caminho traçado<br />

pelos fundadores.<br />

Curiosamente, já nos anos 30 do século pas-<br />

nalismo<br />

nas mais diversas áreas, nomeadamente<br />

na instrução e treino dos operacionais,<br />

que pelo menos já em 1937 cumpriram um plano<br />

<strong>de</strong> formação organizado, rígido <strong>de</strong> forma a<br />

preparar os homens para os mais distintos teatros<br />

<strong>de</strong> operações.<br />

Numa outra vertente, esta instituição teve<br />

preocupações sociais nomeadamente no combate<br />

ao analfabetismo. As instalações dos bombeiros<br />

eram, também, locais <strong>de</strong> convívio <strong>de</strong> reunião<br />

das famílias, nomeadamente quando a televisão<br />

começou a fazer parte das ativida<strong>de</strong>s<br />

sociais dos portugueses. Para muitos, o primeiro<br />

contacto com a “caixinha mágica que mudou<br />

o mundo” foi no velho quartel.<br />

O documentário termina precisamente com a<br />

inauguração do novo quartel dos Municipais <strong>de</strong><br />

Coruche, no ano passado marcando assim o início<br />

<strong>de</strong> um novo ciclo uma história que outros no<br />

futuro terão a obrigação <strong>de</strong> continuar a contar.<br />

Visivelmente agradado com o resultado <strong>de</strong>ste<br />

do<br />

em fevereiro <strong>de</strong>ste ano, o comandante em<br />

exercício fala <strong>de</strong> um trabalho que a todos envolveu<br />

e apaixonou e que foi <strong>de</strong>terminante para<br />

uma reavaliação <strong>de</strong> todo o espólio existente,<br />

<br />

no novo quartel.<br />

Tânia Prates trabalha agora no site que tornará<br />

público e mais acessível esta sua obra que<br />

<br />

preparar-se para participar com “<strong>Bombeiros</strong> da<br />

minha terra” a vários festivais, levando assim<br />

história <strong>de</strong>stes bravos soldados da paz a muitos<br />

outros pontos do país e do mundo.<br />

15


16 MARÇO 2013<br />

N<br />

ão há muito tempo, o jornal<br />

<strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

<br />

tários<br />

<strong>de</strong> Algueirão Mem-Martins,<br />

dada a aventuras, a piloto<br />

-<br />

na<br />

Nunes, uma bombeira <strong>de</strong> 23<br />

<br />

<br />

ilustre visitante teve a oportuni-<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

-<br />

-<br />

<br />

<br />

-<br />

-<br />

<br />

gar<br />

num “mundo <strong>de</strong> homens”,<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

Assim, sendo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tan-<br />

<br />

Elisabete Jacinto<br />

<strong>de</strong> visita ao quartel<br />

<strong>de</strong> bombeiros<br />

Elisabete Jacinto é o exemplo da superação, a prova <strong>de</strong> que não há<br />

limites que travem a <strong>de</strong>terminação. A piloto <strong>de</strong> todo-o-terreno participou<br />

nas mais duras provas do mundo numa mota e, quando pressentiu que a<br />

evolução estava a dar lugar à frustração, <strong>de</strong>cidiu ir mais longe. Três<br />

meses após ter tirado a licença <strong>de</strong> condução <strong>de</strong> pesados, subiu para um<br />

camião e lançou-se na aventura do Dakar. Estas e outras histórias <strong>de</strong><br />

uma vida repleta <strong>de</strong> empolgantes episódios, <strong>de</strong> enriquecedoras<br />

experiências animaram a visita da piloto do MAN TGS, ao quartel dos<br />

Voluntários <strong>de</strong> Algueirão Mem-Martins.<br />

Texto:<br />

Fotos:<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

-<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

Apesar dos muitos progressos,<br />

a mudanças <strong>de</strong> mentalida-<br />

<br />

<br />

-<br />

-<br />

<br />

<br />

missão, tanto numa prova no<br />

-<br />

-<br />

<br />

<br />

-<br />

-<br />

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-<br />

-<br />

-<br />

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-<br />

<br />

<br />

A propósito do trabalho em<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

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-<br />

-<br />

-<br />

<br />

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<br />

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<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

durante uma prova?”, indagamos<br />

Pronta, respon<strong>de</strong>:<br />

<br />

<br />

<br />

em 23 anos, trabalha numa empresa <strong>de</strong><br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

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-<br />

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-<br />

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<br />

<br />

<br />

mudanças, por isso vou sempre<br />

-<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

trilhar as mais perigosas pistas<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

“Ainda estávamos a pagar<br />

-<br />

<br />

momento verda<strong>de</strong>iramente vio-<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

ros<br />

<strong>de</strong> Algueirão Mem-Martins,<br />

<br />

presença da reputada piloto no<br />

<br />

<br />

<br />

não hesita em sugerir uma ou<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

vel,<br />

o melhoramento das sus-<br />

-<br />

<br />

-<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

-<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

soa<br />

se vai numa situação <strong>de</strong><br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

po<strong>de</strong> evoluir, no entanto não<br />

<br />

nar,<br />

missão interrompida em<br />

-<br />

-<br />

<br />

<strong>de</strong> dar aulas, <strong>de</strong> ensinar, do<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

uma das viaturas dos bombei-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

A dupla integra um grupo<br />

-<br />

-<br />

<br />

ano passado terminou esta


MARÇO 2013<br />

“H<br />

á 20 anos que contamos<br />

com as mulheres<br />

no quartel <strong>de</strong> Algueirão<br />

Mem-Martins” diz-nos o<br />

comandante Joaquim Leonardo,<br />

dos Voluntários <strong>de</strong> Algueirão<br />

Mem-Martins, recordando que<br />

nessa época para as bombeiras<br />

estavam, apenas, reservados<br />

os serviços e ambulâncias.<br />

Entretanto, e porque os tempos<br />

mudaram, as funções também.<br />

Atualmente as “elas” já<br />

fazem <strong>de</strong> tudo num quartel <strong>de</strong><br />

bombeiros, tanto que, já este<br />

verão, o comandante conta po<strong>de</strong>r<br />

dispor <strong>de</strong> uma Equipa <strong>de</strong><br />

Combate a Incêndios feminina,<br />

um projeto aliás partilhado com<br />

a adjunta Helena Silva, uma entusiasta<br />

e admiradora da missão<br />

exemplar cumprida pelas<br />

suas operacionais.<br />

São 40 as bombeiras que integram<br />

o corpo ativo, o que<br />

possibilita a criação <strong>de</strong> equipas<br />

mistas, que segundo o comandante<br />

“resultam muito bem”<br />

“As mulheres tem qualida<strong>de</strong>s<br />

que os homens não têm, mas o<br />

inverso também é verda<strong>de</strong>”, diz<br />

o responsável operacional que<br />

acredita que esta complemen-<br />

BOMBEIROS NO FEMININO<br />

“Elas fazem toda a diferença!”<br />

As mulheres já alcançaram estatuto em muitos<br />

quartéis <strong>de</strong> bombeiros do país, nomeadamente<br />

em Algueirão Mem-Martins on<strong>de</strong> já representam<br />

cerca <strong>de</strong> 40 por cento do corpo ativo.<br />

Aliás, esta é uma situação que ten<strong>de</strong> a<br />

generalizar-se, até porque as mulheres são<br />

cada vez mais nas recrutas e muitas vezes em<br />

maior número, conforme tem vindo a acontecer<br />

nesta associação do concelho <strong>de</strong> Sintra.<br />

O comandante Leonardo Jardim <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />

que “as mulheres já conquistam<br />

o seu próprio espaço”.<br />

Texto:<br />

Fotos:<br />

tarida<strong>de</strong> é importante nos diferentes<br />

teatros <strong>de</strong> operações.<br />

Cláudia Braga, Maria José,<br />

Susana Pereira e Filipa Tavares<br />

são bravos soldados <strong>de</strong>ste pelotão<br />

do socorro. Estas mulheres<br />

com ida<strong>de</strong>s, formação e vivências<br />

diferentes estão unidas<br />

pela entrega à causa dos bombeiros.<br />

Cláudia Braga integra o corpo<br />

ativo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1991. Funcionária<br />

do Serviço <strong>de</strong> Proteção Civil <strong>de</strong><br />

Cascais, a operacional cumpre a<br />

sua missão como voluntária.<br />

Recorda que ingressou na carreira<br />

para “salvar vidas… ser<br />

uma espécie <strong>de</strong> enfermeira”. A<br />

realida<strong>de</strong> superou a imaginação.<br />

É certo que nem tudo cor-<br />

respon<strong>de</strong>u às expectativas da<br />

jovem, mas hoje Cláudia Braga<br />

sente-se realizada, a fazer o<br />

que realmente gosta.<br />

Maria José tem 24 anos e<br />

está a terminar o mestrado em<br />

Administração Educacional,<br />

preparando-se para apresentar<br />

a tese “Gestão e Práticas <strong>de</strong><br />

formação num Corpo <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong>”.<br />

Apesar dos estudos, a<br />

bombeira <strong>de</strong> 3.ª cumpre com<br />

particular alegria a sua missão<br />

nos Voluntários <strong>de</strong> Algueirão<br />

Mem-Martins. Diz que a família<br />

a apoiou na <strong>de</strong>cisão, mas que<br />

opta, sempre, por “não contar<br />

tudo aos pais”, para não os preocupar.<br />

Bem-disposta, a jovem parece<br />

tirar partido <strong>de</strong> todos os momentos<br />

vividos no seio <strong>de</strong>sta<br />

gran<strong>de</strong> família, no entanto retém<br />

como momento maior a re-<br />

<br />

talvez porque foi aí que <strong>de</strong>scobriu<br />

a importância <strong>de</strong> conceitos<br />

fundamentais como “espírito <strong>de</strong><br />

união e entrega”.<br />

Susana Pereira veio cumprir<br />

um estágio ao quartel, em<br />

1994, e acabou por fazer e recruta<br />

e não mais <strong>de</strong>ixou a associação.<br />

Estava <strong>de</strong>terminada a<br />

ser voluntária, mas acabou con-<br />

vencida a integrar o quadro <strong>de</strong><br />

pessoal. Conta que <strong>de</strong>dica todo<br />

o tempo ao quartel e que até já<br />

<br />

o gosto por esta nobre causa do<br />

voluntariado.<br />

Filipa Tavares é reforço da última<br />

recruta. Nadadora-salvadora,<br />

no verão, foi aliciada pelos<br />

colegas, “muitos, bombeiros”<br />

a ingressar na carreira.<br />

“Vim porque sentia que faltava<br />

algo à minha vida, tinha necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> me sentir útil”, revela.<br />

Cláudia garante que nunca se<br />

sentiu um corpo estranho no<br />

quartel, consi<strong>de</strong>ra que quando<br />

ingressou no corpo <strong>de</strong> bombeiros<br />

existia por parque dos homens,<br />

sobretudo od mais velhos,<br />

um “certo paternalismo,<br />

não machismo”.<br />

Maria José garante por seu<br />

balho<br />

das mulheres”, algo que<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> foi conquistado.<br />

“Nós tivemos a coragem <strong>de</strong><br />

assumir em pleno o nosso papel<br />

e assim conquistamos o nosso<br />

espaço”, diz.<br />

Confrontado com tanta garra,<br />

tanto querer o comandante<br />

Joaquim Leonardo reconhece<br />

ser brilhante o trabalho das<br />

mulheres que conseguiram mudar<br />

mentalida<strong>de</strong>s, consi<strong>de</strong>rando<br />

mesmo que “elas fazem toda a<br />

diferença”.<br />

“Nos últimos 10 anos, são<br />

muitas as mulheres na recruta.<br />

Atualmente, <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong><br />

estagiários que persegue o<br />

sonho <strong>de</strong> ingressar no corpo<br />

ativo, nove são mulheres<br />

e os homens apenas<br />

quatro”.<br />

A adjunto Helena Silva<br />

consi<strong>de</strong>ra que ser bombeira<br />

é “experiência<br />

enriquecedora” que<br />

torna “uma pessoa<br />

melhor” vivendo, intensamente<br />

cada dia<br />

no quartel. Obviamente,<br />

que sublinha o trabalho<br />

das operacionais<br />

“muito competentes”.<br />

Numa área <strong>de</strong><br />

intervenção extensa<br />

e comple-<br />

17<br />

xa, com inúmeros pontos<br />

sensíveis e fatores <strong>de</strong> risco,<br />

on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>m mais <strong>de</strong> 110<br />

mil habitantes, Joaquim Leonardo<br />

po<strong>de</strong> contar com a<br />

preparação e a formação<br />

dos seus<br />

operacionais,<br />

sendo que entre<br />

os melhores<br />

dos melhores<br />

estão,<br />

certamente,<br />

mulheres.


18 MARÇO 2013<br />

s temperaturas negativas<br />

A- mente<br />

na Serra do Açor levaram<br />

nos últimos tempos a que-<br />

<br />

vias e ao isolamento das populações.<br />

trechados<br />

com equipamento<br />

apropriado, realizaram traba-<br />

<br />

estradas nacionais e municipais<br />

ária<br />

e <strong>de</strong>volvendo normalida<strong>de</strong><br />

à vida das populações maioritariamente<br />

idosas das al<strong>de</strong>ias do<br />

alto do concelho <strong>de</strong> Arganil,<br />

<br />

Sobral Gordo, entre outras.<br />

Sérgio Santos<br />

s bombeiros Ricardo Medi-<br />

Onas e Daniel Copio, dos Voluntários<br />

<strong>de</strong> Cercal do Alentejo,<br />

estrearam-se num parto realizado<br />

numa ambulância, quando<br />

transportavam a parturiente a<br />

nardo,<br />

em Setúbal. O alerta<br />

chegou para uma parturiente<br />

<strong>de</strong> 32 anos resi<strong>de</strong>nte em Vila<br />

Nova <strong>de</strong> Santo André.<br />

O parto ocorreu às 19.15 h.<br />

no quilómetro 59 da A2, junto a<br />

Marateca. Após o parto “realizado<br />

em condições absolutamente<br />

normais”, conforme nos referiu o coman-<br />

<br />

-<br />

tros<br />

e mais <strong>de</strong> 3 quilos <strong>de</strong> peso.<br />

<br />

COJA<br />

Intervenção evita<br />

isolamento das populações<br />

CERCAL<br />

Parteiros a caminho <strong>de</strong> Setúbal<br />

esca atribulada!... Na tar<strong>de</strong> do dia 12 <strong>de</strong> março último, o Se-<br />

Pnhor Pacheco, na sua tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>dicada à pesca junto ao cais <strong>de</strong><br />

Lamego, foi surpreendido pela subida rápida do leito das águas<br />

do Rio Douro. Em pouco tempo, a sua viatura ali estacionada<br />

estreia para estes bombeiros para muitos outros<br />

<br />

já quase se tornou uma rotina “já que continuamos<br />

com a maternida<strong>de</strong> a mais <strong>de</strong> 100 quilómetros<br />

e cada vez mais os bombeiros têm um papel<br />

importante nestas situações”.<br />

RÉGUA<br />

Pesca atribulada<br />

rês percursos <strong>de</strong> caminhada por vários trilhos<br />

Tna Serra <strong>de</strong> Sicó envolveram 1900 atletas<br />

numa corrida <strong>de</strong> cariz competitivo a que os bom-<br />

<br />

socorro.<br />

A resistência dos participantes foi testada ao<br />

limite, nas subidas e <strong>de</strong>clives dos terrenos on<strong>de</strong> a<br />

prova passava, o que levou a 41 concorrentes a<br />

serem assistidos no posto médico avançado cria-<br />

tismos<br />

e lesões musculares foram algumas das<br />

<br />

Oresgataram uma vaca <strong>de</strong><br />

uma mina, na freguesia <strong>de</strong> Aba-<br />

<br />

Oque se encontrava preso num buraco no Cabo<br />

<strong>de</strong> Sines.<br />

O alerta foi dado pelo dono do animal que se<br />

<strong>de</strong>slocou ao Quartel da Avenida General Humberto<br />

Delgado a solicitar socorro, revelando que se<br />

<br />

caiu para um buraco com cerca <strong>de</strong> 7 metros, num<br />

local <strong>de</strong>nominado “Pombeira”. Prontamente, os<br />

<br />

-<br />

<br />

Voluntários <strong>de</strong> Lamego evitou males maiores. O terreno aci<strong>de</strong>n-<br />

<br />

<br />

Dispositivo assegurado<br />

<br />

Resgate animal<br />

dim. O animal “encontrava-se <strong>de</strong><br />

-<br />

<br />

<br />

intervenções que os 85 operacionais dos corpos<br />

<strong>de</strong> bombeiros <strong>de</strong> Con<strong>de</strong>ixa, Penela, Soure e Cantanhe<strong>de</strong><br />

tiveram <strong>de</strong> auxiliar. Num dispositivo que<br />

contou ainda com a presença <strong>de</strong> três médicos,<br />

<br />

<br />

Para os responsáveis dos bombeiros o balanço<br />

do evento foi positivo, <strong>de</strong>stacando-se o empenho<br />

<br />

numa equipa conjunta e multidisciplinar.<br />

Sérgio Santos<br />

Cão é salvo pelos bombeiros<br />

“<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> algum esforço foi<br />

<br />

informa o corpo <strong>de</strong> bombeiros.<br />

apoio tático e três operacionais, que utilizando o<br />

<br />

-<br />

-o em braços para local seguro.<br />

-<br />

<br />

Capitania do Porto <strong>de</strong> Sines, o maior entrave ao<br />

socorro foram os maus acessos a local, segundo<br />

revelou ao nosso jornal fonte dos Voluntários <strong>de</strong><br />

Sines.<br />

própria viatura dos bombeiros, que nem por isso <strong>de</strong>sistiram,<br />

ros<br />

da Régua e <strong>de</strong> Lamego.<br />

Joaquim Freitas


MARÇO 2013<br />

s <strong>Bombeiros</strong> Voluntários Es-<br />

Opinhenses promoveram um<br />

simulacro <strong>de</strong> incêndio no hotel<br />

<strong>de</strong> apartamentos Solver<strong>de</strong>, junto<br />

ao casino local e em pleno centro<br />

da cida<strong>de</strong>, com enorme movimentação<br />

<strong>de</strong> meios e realismo<br />

que surpreen<strong>de</strong>u os moradores<br />

locais. O simulacro envolveu<br />

quase duas centenas <strong>de</strong> bombeiros<br />

e meia centena <strong>de</strong> veículos<br />

<strong>de</strong> socorro.<br />

Para participarem no simulacro,<br />

os Espinhenses convidarem<br />

também os seus vizinhos Voluntários<br />

<strong>de</strong> Espinho, mais 8 corpos<br />

<strong>de</strong> bombeiros do distrito <strong>de</strong><br />

Aveiro e 3 do distrito do Porto.<br />

Corpo <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> do Sul<br />

O e Sueste realizou no dia 2<br />

<strong>de</strong> março um simulacro <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte<br />

ferroviário multivítimas<br />

<br />

do Barreiro, antecedido <strong>de</strong> um<br />

workshop sobre “Gestão <strong>de</strong><br />

emergência no contexto <strong>de</strong> sinistros<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> envergadura”.<br />

O exercício “SUL e SUES-<br />

TE’13” surge no âmbito do planeamento<br />

anual <strong>de</strong> simulacros<br />

<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte ferroviário que prevê<br />

a promoção <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> avaliação,<br />

aferição e teste aos procedimentos<br />

<strong>de</strong> resposta a situações<br />

<strong>de</strong> emergência que permitem<br />

aos operacionais exercitar<br />

a prática <strong>de</strong> intervenção num<br />

ambiente ferroviário, familiarizando<br />

os operacionais com este<br />

tipo <strong>de</strong> ocorrências.<br />

O simulacro permitiu avaliar<br />

a resposta operacional do Sistema<br />

Integrado <strong>de</strong> Operações<br />

<strong>de</strong> Proteção e Socorro (SIOPS),<br />

aplicado aos agentes <strong>de</strong> Proteção<br />

Civil e entida<strong>de</strong>s que cooperam<br />

nesta matéria, no município<br />

do Barreiro, e <strong>de</strong> testar<br />

os planos <strong>de</strong> emergência da<br />

REFER e da CP.<br />

O guião <strong>de</strong> mais este treino<br />

<strong>de</strong>terminou a existência <strong>de</strong> 24<br />

Intervieram ainda, o INEM, a<br />

PSP, o Serviço Municipal <strong>de</strong> Proteção<br />

Civil <strong>de</strong> Espinho e a Autorida<strong>de</strong><br />

Nacional <strong>de</strong> Proteção Civil<br />

(ANPC).<br />

O exercício teve como cenário<br />

principal um incêndio na unida<strong>de</strong><br />

hoteleira entre os 11.º e 12.º pisos<br />

e visou “testar o planeamento<br />

da resposta <strong>de</strong> emergência<br />

em caso <strong>de</strong> incêndio neste edifício<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> altura, bem como<br />

avaliar a coor<strong>de</strong>nação, comando<br />

e controlo do elevado número <strong>de</strong><br />

meios empenhados num teatro<br />

<strong>de</strong> operações semelhante”.<br />

A realização do exercício teve<br />

em conta, também, analisar e<br />

vítimas, 12 a necessitarem <strong>de</strong><br />

cuidados diferenciados e evacuação<br />

em ambulância após<br />

triagem.<br />

Para além dos 50 operacionais<br />

dos Voluntários do Sul e<br />

Sueste, apoiados por 12 veículos,<br />

foi ainda constituída força<br />

<strong>de</strong> reserva com nove bombeiros<br />

e três viaturas, às or<strong>de</strong>ns<br />

do Comando, para assegurar a<br />

pronta assistência e prestação<br />

<strong>de</strong> socorro face a qualquer situação<br />

<strong>de</strong> emergência real que<br />

pu<strong>de</strong>sse ocorrer no contexto<br />

do simulacro ou fora <strong>de</strong>ste.<br />

Este exercício envolveu, como<br />

reforço, ainda os Corpos <strong>de</strong><br />

<strong>Bombeiros</strong> do Barreiro (Corpo<br />

<strong>de</strong> Salvação Pública), Cacilhas,<br />

Moita, Pinhal Novo, Seixal e<br />

Sesimbra, que disponibilizaram<br />

nove ambulâncias <strong>de</strong> socorro,<br />

com as respetivas tripulações,<br />

que garantiram a evacuação<br />

secundária <strong>de</strong> algumas<br />

das vítimas.<br />

O simulacro contou com o<br />

envolvimento da REFER – Re<strong>de</strong><br />

Ferroviária Nacional, da CP –<br />

Comboios <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, da PSP<br />

– Polícia <strong>de</strong> Segurança Pública<br />

e da ANPC – Autorida<strong>de</strong> Nacional<br />

<strong>de</strong> Proteção Civil, através<br />

do Comando Distrital <strong>de</strong> Ope-<br />

avaliar os vários constrangimentos,<br />

nomeadamente os associa-<br />

ESPINHO<br />

Simulacro apanhou moradores <strong>de</strong> surpresa<br />

BARREIRO<br />

dos a um edifício com mais <strong>de</strong><br />

30 metros <strong>de</strong> altura mas tam-<br />

SUL e SUESTE’13 mobiliza mais <strong>de</strong> meia centena<br />

rações <strong>de</strong> Socorro <strong>de</strong> Setúbal,<br />

tendo como observadores Patrícia<br />

Gaspar, Comandante Distrital<br />

<strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Socorro<br />

<strong>de</strong> Setúbal; Fernando Gonçalves,<br />

comandante do CB Con<strong>de</strong>ixa;<br />

José Guilherme, comandante<br />

do CB Benavente; Jorge<br />

Jesus, comandante do CB Cantanhe<strong>de</strong>;<br />

Jorge Fernan<strong>de</strong>s e<br />

Paulo Rocha, formadores da<br />

Escola Nacional <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong>;<br />

Tenente Enfermeira Sílvia Sousa,<br />

da Força Aérea Portuguesa.<br />

De manhã o quartel-se<strong>de</strong> da<br />

Associação Humanitária dos<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários do Sul e<br />

Sueste recebeu o workshop<br />

“Gestão <strong>de</strong> emergência no<br />

contexto <strong>de</strong> sinistros <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

envergadura”, que contou<br />

com uma centena <strong>de</strong> participantes.<br />

Depois do presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />

Municipal do Barreiro,<br />

Carlos Humberto <strong>de</strong> Carvalho,<br />

abrir os trabalhos, o comandante<br />

do Corpo <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong><br />

do Sul e Sueste, Acácio Coelho,<br />

coor<strong>de</strong>nou dois painéis <strong>de</strong><br />

oradores, cujas comunicações<br />

versaram os temas: “Organização<br />

e gestão <strong>de</strong> emergências<br />

ferroviárias” por Pedro<br />

António e João Gregório, da<br />

REFER, “Aci<strong>de</strong>ntes ferroviários:<br />

prevenção e resposta”, da<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Manuel<br />

Baptista, da CP, “Gestão <strong>de</strong><br />

aci<strong>de</strong>ntes ferroviários/multivítimas”,<br />

por Jorge Fernan<strong>de</strong>s,<br />

da ENB, “Evacuações aeromédicas”,<br />

por Sílvia Sousa, da<br />

FAP e “Gestão <strong>de</strong> emergências<br />

e comunicação”, apresentado<br />

por Patrícia Gaspar, da ANPC.<br />

bém à difícil circulação <strong>de</strong> veículos<br />

pesados <strong>de</strong> combate a incên-<br />

LOURES<br />

19<br />

dio nas imediações da zona do<br />

sinistro.<br />

Operacionais<br />

em triplo exercício<br />

corpo ativo dos Voluntários <strong>de</strong> Loures esteve, no passado dia 1<br />

O <strong>de</strong> março, envolvido no exercício “Multiriscos Loures 2013”.<br />

Com três cenários em simultâneo, os 87 bombeiros apoiados por<br />

20 veículos foram chamados a intervir no <strong>de</strong>spiste <strong>de</strong> uma viatura<br />

ligeira para uma ribeira com vítimas encarceradas, num soterramento<br />

<strong>de</strong> operários da construção <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> águas e ainda<br />

num aci<strong>de</strong>nte com uma viatura <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> matérias perigosas<br />

com <strong>de</strong>rrame <strong>de</strong> gás propano liquefeito.<br />

A envergadura do exercício e sua simultaneida<strong>de</strong> serviu para<br />

testar a resposta do corpo <strong>de</strong> bombeiros, na sua “estrutura operacional,<br />

a nível estratégico, tático e <strong>de</strong> manobra” e ainda exercitar a<br />

“ capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ativação, controlo e comunicações”, salientaram os<br />

responsáveis operacionais.<br />

Sérgio Santos


20 MARÇO 2013<br />

o âmbito programa <strong>de</strong> for-<br />

Nmação contínua do corpo<br />

<strong>de</strong> bombeiros, os Voluntários<br />

<strong>de</strong> Sines realizaram, recentemente,<br />

no parque <strong>de</strong> viaturas<br />

da câmara municipal, um simulacro<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sencarceramento.<br />

Os operacionais foram chamados<br />

a intervir num aci<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> viação envolvendo um pesado<br />

<strong>de</strong> passageiros e quatro<br />

veículos ligeiros, um em chamas.<br />

Os bombeiros proce<strong>de</strong>ram<br />

à extinção do fogo e garantiram<br />

pronta assistência às<br />

s Voluntários Cabeceirenses rea-<br />

Olizaram um simulacro <strong>de</strong> incêndio<br />

urbano na escola básica e secundária<br />

da vila. O exercício teve como<br />

cia<br />

do Plano <strong>de</strong> Emergência Interno<br />

do estabelecimento <strong>de</strong> educação e<br />

testar a prontidão e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

intervenção dos bombeiros. No balanço,<br />

os operacionais sublinharam a<br />

ausência <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntes numa ação<br />

“muito positiva”.<br />

om o intuito <strong>de</strong> testar os meios<br />

Cda proteção civil em Matosinhos,<br />

os <strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> Leixões, o Instituto<br />

Nacional <strong>de</strong> Emergência Médica<br />

(INEM) e Polícia <strong>de</strong> Segurança Pública<br />

participaram, no dia 1 <strong>de</strong> março,<br />

junto ao NorteShopping, num simulacro<br />

que teve como cenário um sequestro<br />

seguido <strong>de</strong> um aci<strong>de</strong>nte rodoviário<br />

com duas vítimas encarceradas.<br />

Os meios mobilizados respon<strong>de</strong>-<br />

<br />

da realida<strong>de</strong> se tratasse” e tiveram a<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> testar, com sucesso,<br />

conhecimentos técnicos e práticos.<br />

cinco vítimas, três <strong>de</strong>las encar-<br />

balho<br />

<strong>de</strong> socorro muita chuva e<br />

lama.<br />

No teatro <strong>de</strong> operações estiveram<br />

cerca <strong>de</strong> três bombeiros,<br />

apoiados por sete viaturas.<br />

Segundo fonte dos Voluntários<br />

<strong>de</strong> Sines, o simulacro que<br />

integra o plano instrução contínua,<br />

“no âmbito do pré-hospitalar<br />

em casos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes rodoviários”,<br />

permitiu “avaliar os<br />

conhecimentos dos elementos<br />

do corpo ativo mas também<br />

SINES<br />

Operacionais exercitam técnica<br />

CABECEIRAS DE BASTO<br />

Simulacro na escola<br />

LEIXÕES<br />

dotá-los <strong>de</strong> mais conhecimentos<br />

ao nível do <strong>de</strong>sencarceramento,<br />

nomeadamente em <strong>de</strong><br />

Sequestro em mote para exercício conjunto<br />

situações climatéricas adversas”.<br />

BARREIRO<br />

Incêndio urbano<br />

em teste<br />

Corpo <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> do Sul e Sueste – Barreiro realizou, em<br />

O fevereiro, um simulacro noturno <strong>de</strong> incêndio urbano.<br />

O exercício, inserido no plano <strong>de</strong> instrução contínua do corpo <strong>de</strong><br />

bombeiros, na componente <strong>de</strong> treino <strong>de</strong> combate a incêndios urbanos,<br />

consistiu na simulação <strong>de</strong> um incêndio num edifício <strong>de</strong> três<br />

pisos, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> foi necessário resgatar quatro pessoas.<br />

Esta ação mobilizou 35 operacionais e nove veículos e permitiu o<br />

treino <strong>de</strong> diversas técnicas <strong>de</strong> salvamento, incluindo resgate recorrendo<br />

a técnicas <strong>de</strong> salvamento em gran<strong>de</strong> ângulo.<br />

<br />

das equipas envolvidas, foi <strong>de</strong>senvolvido pelo comando do corpo <strong>de</strong><br />

bombeiros e <strong>de</strong>senrolou-se no antigo quartel-se<strong>de</strong> da Associação<br />

Humanitária dos <strong>Bombeiros</strong> Voluntários do Sul e Sueste, no Barreiro.<br />

Para além da Comandante Distrital <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Socorro <strong>de</strong><br />

Setúbal, Patrícia Gaspar, assistiram ao simulacro presi<strong>de</strong>nte da direção<br />

da Voluntários <strong>de</strong> Sul e Sueste, Eduardo Correia.<br />

VILA NOVA DE GAIA<br />

Sapadores e voluntários<br />

em ação<br />

s Sapadores <strong>de</strong> Vila Nova <strong>de</strong> Gaia e os Voluntários <strong>de</strong> Valadares<br />

Omarcaram presença, na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> observadores, num exercício<br />

<strong>de</strong> evacuação na Escola Básica 2/3 <strong>de</strong> Valadares que envolveu<br />

mais <strong>de</strong> 900 pessoas, entre alunos professores e funcionários.<br />

Este foi mais um treino bem-sucedido que “<strong>de</strong>correu <strong>de</strong> forma<br />

organizada” <strong>de</strong>monstrando que a comunida<strong>de</strong> está “preparada e<br />

sensibilizada para os procedimentos em caso <strong>de</strong> emergência”.


MARÇO 2013<br />

equipa <strong>de</strong> busca e resgate em estruturas co-<br />

A lapsadas (BREC) dos Municipais da Figueira<br />

<br />

melhoramento <strong>de</strong> intervenção.<br />

O parque <strong>de</strong> treino da unida<strong>de</strong> canina <strong>de</strong> salvamento<br />

dos <strong>Bombeiros</strong> Voluntários da Ortigosa foi<br />

o local escolhido para os operacionais exercitarem<br />

as diversas fases e intervenção das equipas<br />

<br />

médica, logística e coor<strong>de</strong>nação.<br />

A iniciativa incluiu workshops que permitiram<br />

esclarecer novos procedimentos do método “IN-<br />

SARAG” com vista reforço da prontidão e <strong>de</strong> conhecimentos<br />

técnicos <strong>de</strong>sta equipa <strong>de</strong> bombeiros.<br />

Sérgio Santos<br />

Escola <strong>de</strong> Estagiários António Fonseca, dos<br />

A Voluntários <strong>de</strong> Coimbrões, recebe atualmente<br />

24 formandos que, em breve, vão po<strong>de</strong>r integrar<br />

o corpo ativo, ampliando a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta<br />

e qualida<strong>de</strong> do socorro prestado às populações.<br />

Responsáveis <strong>de</strong>sta escola <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que “ser<br />

<br />

um gran<strong>de</strong> motivo <strong>de</strong> orgulho”, e, por isso mes-<br />

FIGUEIRA DA FOZ<br />

Treino em estruturas colapsadas<br />

Corpo <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong><br />

O <strong>de</strong> Fanhões proce<strong>de</strong>u,<br />

<br />

no salão nobre da instituição,<br />

à atribuição das divisas<br />

a vários oprecionais,<br />

efetivando assim a promoção<br />

<strong>de</strong> três subchefes<br />

e seis bombeiros <strong>de</strong> 2.ª.<br />

Na ocasião, usaram da<br />

palavra o presi<strong>de</strong>nte da<br />

mesa da assembleia, o<br />

comandante e o presi<strong>de</strong>nte<br />

da direção dos Voluntários<br />

<strong>de</strong> Fanhões, que<br />

realçaram a importância<br />

a formação que prepara,<br />

mas também fomenta o<br />

sentido <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />

dos operacionais<br />

que servem nesta missão<br />

<strong>de</strong> salvar vidas.<br />

COIMBRÕES<br />

Quartel prepara futuro<br />

FANHÕES<br />

Promoções no quartel<br />

mo, a motivação <strong>de</strong>stes jovens <strong>de</strong>verá assentar<br />

na “enorme vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> contribuir, <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r aju-<br />

<br />

“Os bombeiros são aqueles que avançam<br />

quando as situações são complicadas, e não são<br />

pagos por não terem valor, mas sim porque não<br />

têm preço”, sublinham os formadores chamando<br />

a esta missão novos elementos, que garantam o<br />

futuro da instituição e do voluntariado.<br />

quartel dos Voluntários<br />

O Cabeceirenses recebeu<br />

Pedro Ribeiro da Escola Nacional<br />

<strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> para<br />

uma formação em Matérias<br />

Perigosas, que contemplou<br />

uma componente teórico-<br />

-prática sobre a intervenção<br />

em ocorrências com substâncias<br />

biológicas, químicas<br />

e radiológicas.<br />

Em jeito <strong>de</strong> balanço, fonte<br />

dos Cabeceirenses garante<br />

que os objetivos traçados foram<br />

atingidos, nomeadamente a nível da<br />

<br />

CABECEIRAS DE BASTO<br />

Formação<br />

em matérias perigosas<br />

urante três dias, quatro elementos do Corpo<br />

D<strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> Aveiro - Velhos estiveram envolvidos<br />

numa formação <strong>de</strong> combate à poluição<br />

marítima ministrada no Porto <strong>de</strong> Aveiro, pela Direcção<br />

<strong>de</strong> Combate à Poluição no Mar, da Marinha<br />

Portuguesa.<br />

AVEIRO<br />

seus perigos e a proteção precoce da população<br />

durante a fase inicial <strong>de</strong> resposta.<br />

Curso <strong>de</strong> Combate à Poluição Marítima<br />

eve início em Salvaterra <strong>de</strong><br />

TMagos, no passado mês <strong>de</strong><br />

fevereiro, um escola conjunta<br />

<strong>de</strong> estagiários que junta 46 elementos<br />

dos corpos <strong>de</strong> bombeiros<br />

<strong>de</strong> Almeirim, Alpiarça, Benavente,<br />

Salvaterra <strong>de</strong> Magos e<br />

Santarém.<br />

A estrutura curricular <strong>de</strong>sta<br />

instrução inclui, para além da<br />

introdução ao serviço dos bombeiros,<br />

técnicas <strong>de</strong> socorrismo,<br />

equipamentos, manobras e veículos,<br />

bem como <strong>de</strong> salvamento<br />

e <strong>de</strong>sencarceramento e operações<br />

<strong>de</strong> extinção <strong>de</strong> incêndios urbanos, indus-<br />

<br />

Superada esta primeira fase, os formandos<br />

cumprem um estágio <strong>de</strong> seis meses no quartel,<br />

<strong>de</strong>vidamente acompanhados e orientados por tutores,<br />

SALVATERRA DE MAGOS<br />

21<br />

O programa <strong>de</strong> formação, adaptado às características<br />

do Porto <strong>de</strong> Aveiro, teve uma componente<br />

teórica em sala, e outra prática que permitiu testar<br />

equipamentos e os melhores procedimentos<br />

na contenção e recuperação dos produtos poluentes.<br />

Escola conjunta <strong>de</strong> estagiários<br />

campanha <strong>de</strong> recrutamento <strong>de</strong> 2013 promo-<br />

A <br />

Lusa, que durou dois meses, culminou com ingresso<br />

<strong>de</strong> 60 voluntários, no Curso Inicial <strong>de</strong><br />

Bombeiro.<br />

<br />

<strong>de</strong>sta escola foram apresentados os formadores<br />

responsáveis pela condução das mais <strong>de</strong> mil horas<br />

<strong>de</strong> instrução a que estes elementos estarão<br />

sujeitos nos próximos 12 meses.<br />

-<br />

FARO<br />

madores,<br />

tem como diretor o comandante dos<br />

<strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> Salvaterra <strong>de</strong> Magos e subdiretor o<br />

comandante dos Voluntários <strong>de</strong> Alpiarça, coadjuvados<br />

pelos responsáveis operacionais dos quartéis<br />

participantes nesta iniciativa,<br />

Cruz Lusa admite 60 novos voluntários<br />

tre <strong>de</strong> formação teórico-prática que Incluirá as<br />

tecnologias <strong>de</strong> base, o combate a incêndios ur-<br />

<br />

o salvamento e <strong>de</strong>sencarceramento, entre outros<br />

temas essenciais ao <strong>de</strong>sempenho da missão<br />

enquanto operacionais <strong>de</strong> proteção e socorro.<br />

Os candidatos aprovados na primeira componente<br />

serão sujeitos a um estágio tutorado em<br />

contexto real <strong>de</strong> trabalho, que correspon<strong>de</strong>ra<br />

gem.


22 MARÇO 2013<br />

Associação Humanitária <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> Volun-<br />

A tários <strong>de</strong> Almada empossou recentemente a<br />

nova estrutura <strong>de</strong> comando numa cerimónia que<br />

assinala um “ponto <strong>de</strong> viragem” na instituição.<br />

Após formatura do corpo ativo acompanhada<br />

pela fanfarra da instituição, as entida<strong>de</strong>s convidadas<br />

assistiram no salão nobre à tomada <strong>de</strong><br />

posse do comandante José Carlos dos Santos, do<br />

2.º comandante Jorge Delgado e do adjunto Ricardo<br />

Silva.<br />

Na sua intervenção, o novo responsável operacional<br />

agra<strong>de</strong>ceu o apoio dos bombeiros e familiares<br />

enaltecendo a sua entrega a causa do voluntariado,<br />

referindo, ainda, que irá exercer um<br />

comando <strong>de</strong> “união, coesão e motivação”.<br />

<br />

aos formadores e jovens que participaram na edição<br />

anterior da iniciativa “<strong>Bombeiros</strong> por 5 Dias”<br />

a que se seguiu um lanche convívio para toda a<br />

família dos bombeiros <strong>de</strong> Almada.<br />

Testemunharam este importante momento<br />

lfredo Rocha é novo coman-<br />

Adante dos Voluntários <strong>de</strong><br />

Leixões.<br />

Em <strong>de</strong>clarações ao nosso jornal,<br />

o presi<strong>de</strong>nte da direção da<br />

instituição, D’Aires Aleixo, revelou<br />

ter-se tratado <strong>de</strong> uma “escolha<br />

fácil” consi<strong>de</strong>rando que o<br />

trabalho e a responsabilida<strong>de</strong><br />

são a imagem <strong>de</strong> marca <strong>de</strong> Alfredo<br />

Rocha, qualida<strong>de</strong>s “imprescindíveis<br />

para quem vai assumir<br />

esta tarefa”.<br />

Em nome dos “Ver<strong>de</strong>s” o dirigente<br />

en<strong>de</strong>reça ao novo responsável<br />

operacional “a maior<br />

sorte do mundo”, no cumprimento<br />

<strong>de</strong>sta missão.<br />

ALMADA<br />

Novo comando empossado<br />

LEIXÕES<br />

para a instituição, entre outras entida<strong>de</strong>s, estiveram<br />

presentes a comandante distrital Patrícia<br />

Gaspar (ANPC), o vereador da proteção civil da<br />

Câmara Municipal <strong>de</strong> Almada, Rui Jorge, o comandante<br />

Miguel Silva da fe<strong>de</strong>ração dos bombeiros<br />

<strong>de</strong> Setúbal e ainda representantes <strong>de</strong> associações<br />

congéneres do distrito, da Marinha e da<br />

Polícia <strong>de</strong> Segurança Pública.<br />

Sérgio Santos<br />

Ver<strong>de</strong>s têm novo responsável operacional<br />

uís Abreu é o novo comandante dos <strong>Bombeiros</strong><br />

LVoluntários <strong>de</strong> Sacavém.<br />

Na cerimónia <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> posse do novo responsável<br />

operacional foram salientados o seu<br />

vasto e reconhecida <strong>de</strong>dicação à causa. Com evi<strong>de</strong>ntes<br />

capacida<strong>de</strong>s para esta tarefa, o presi<strong>de</strong>nte<br />

da direção Paulo Amado referiu que foi encontrado<br />

para “o lugar certo, o homem certo”, merecedor<br />

<strong>de</strong> todo o apoio dos órgãos sociais.<br />

“Organização, disciplina e treino” são os três<br />

pilares em que assentará o trabalho do novo comandante,<br />

<strong>de</strong>terminado em melhorar a operacio-<br />

sociação.<br />

Projetos e necessida<strong>de</strong>s do corpo <strong>de</strong> bombeiros<br />

foram, ainda, revelados na ocasião pelos responsáveis<br />

dos voluntários sacavenenses que esperam,<br />

brevemente, receber alguns equipamentos<br />

<strong>de</strong>signadamente um compressor, uma bomba<br />

submersível, 38 aparelhos respiratórios (ARICA)<br />

<br />

SACAVÉM<br />

Organização, disciplina e treino<br />

uno Castela Canilho tomou posse como presi-<br />

N<strong>de</strong>nte da direção da Associação Humanitária<br />

dos <strong>Bombeiros</strong> Voluntários da Mealhada, Nuno da<br />

Silva Salgado reeleito presi<strong>de</strong>nte da mesa da assembleia-geral<br />

e Bruno Moreira Peres reconduzido<br />

<br />

“Estamos conscientes do peso da responsabilida<strong>de</strong>,<br />

mas prontos, aptos e disponíveis. Daremos o<br />

melhor <strong>de</strong> nós”, disse o novo presi<strong>de</strong>nte dos <strong>Bombeiros</strong><br />

da Mealhada, que realçou integrar “a mais<br />

jovem direção do distrito <strong>de</strong> Aveiro ou até mesmo<br />

do país”.<br />

“Esta é uma caminhada coletiva, esperamos es-<br />

<br />

Dirigindo-se ao corpo <strong>de</strong> bombeiros, Nuno Canilho<br />

garantiu a <strong>de</strong>terminação em garantir aos operacionais<br />

“as melhores condições possíveis para que<br />

possam <strong>de</strong>sempenhar as suas funções”.<br />

“A minha missão como responsável pela Proteção<br />

Civil do concelho foi sempre tranquila e facilitada<br />

porque, tanto aqui como na Pampilhosa, passaram<br />

sempre excelentes direções”, começou por dizer<br />

Carlos Cabral, presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal<br />

da Mealhada, para <strong>de</strong>pois agra<strong>de</strong>cer aos bombei-<br />

tas<br />

felicida<strong>de</strong>s à nova equipa”.<br />

MEALHADA<br />

<br />

do QREN.<br />

Nesta sessão estiveram presentes o coor<strong>de</strong>nador<br />

da proteção civil <strong>de</strong> Loures, António Baldo, o<br />

comandante distrital Elísio Oliveira (ANPC), José<br />

Ferreira da Liga dos <strong>Bombeiros</strong> Portugueses e representantes<br />

<strong>de</strong> várias congéneres do distrito e<br />

ainda elementos da Policia <strong>de</strong> Segurança Pública<br />

e da Brigada <strong>de</strong> Trânsito da GNR.<br />

Sérgio Santos<br />

Nuno Canilho tomou posse<br />

“Prometo que da minha parte tereis sempre a<br />

<br />

o autarca.<br />

Já o recém-empossado presi<strong>de</strong>nte da assembleia<br />

geral, Nuno Salgado, falou <strong>de</strong> “uma associação<br />

muito importante que se <strong>de</strong>stina a dar amor e solidarieda<strong>de</strong><br />

ao próximo, solidarieda<strong>de</strong> essa que <strong>de</strong>ve<br />

ser praticada, também, a nível interno”.<br />

ciente<br />

para que as funções sejam levadas a cabo”,<br />

<br />

O presi<strong>de</strong>nte da direção, Nuno Gonçalo Castela<br />

Canilho Gomes, conta na sua equipa com Nuno Filipe<br />

Leite Gomes Semedo (vice-presi<strong>de</strong>nte), Paulo<br />

Júlio Rosmaninho M. Costa (secretário), Manuel Filipe<br />

<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Vicente (secretário adjunto), Carlos<br />

Alexandre <strong>de</strong> Melo Castela (tesoureiro), Filipe<br />

Manuel Rosmaninho Costa e Nuno Miguel Ribeiro<br />

Pascoal Timóteo (vogais). Na assembleia geral,<br />

Nuno da Silva Salgado encabeça um grupo que integra<br />

João Fernan<strong>de</strong>s Duarte Pega (vice-presi<strong>de</strong>nte)<br />

e Manuel Alves Teixeira (secretário). Bruno João<br />

-<br />

va<br />

(vice-presi<strong>de</strong>nte) e Manuel Pereira Filipe (secretário<br />

relator).


Fotos: CMCoimbra<br />

MARÇO 2013<br />

FRONTEIRA<br />

Futuro passa pela continuida<strong>de</strong><br />

á tomaram posse os órgãos sociais da Associação Humanitária dos <strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Fron-<br />

Jteira para o triénio 2013/2015. A equipa li<strong>de</strong>rada por Pedro Namorado Lancha continuará à frente<br />

dos <strong>de</strong>stinos <strong>de</strong>sta instituição, que, registe-se, recentemente atingiu a maiorida<strong>de</strong> ao completar 18<br />

anos <strong>de</strong> existência e <strong>de</strong> serviço prestado à comunida<strong>de</strong>.<br />

Companhia <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong><br />

A Sapadores <strong>de</strong> Coimbra vai<br />

reforçar o efetivo, estando já<br />

preparada a abertura <strong>de</strong> um<br />

concurso para a admissão <strong>de</strong> 15<br />

estagiários, segundo anunciou<br />

João Barbosa <strong>de</strong> Melo, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Câmara Municipal <strong>de</strong><br />

Coimbra, nas comemorações do<br />

232.º aniversário daquela instituição.<br />

A efeméri<strong>de</strong> foi assinalada<br />

dia 13 <strong>de</strong> março nos paços do<br />

concelho, on<strong>de</strong> os operacionais<br />

da companhia receberam do<br />

autarca a garantia <strong>de</strong> que o reforço<br />

<strong>de</strong> pessoal é uma priorida<strong>de</strong><br />

do executivo municipal,<br />

tendo em conta as exigências<br />

da proteção civil, que o responsável<br />

quer ver mais pedagógica,<br />

mais próxima das populações,<br />

“especialmente dos mais<br />

jovens para com a missão dos<br />

bombeiros”.<br />

Por sua vez, o comandante<br />

Avelino Dantas lembrou que “a<br />

COIMBRA<br />

Sapadores comemoram 232 anos<br />

união <strong>de</strong> esforços, coor<strong>de</strong>nação<br />

<strong>de</strong> meios, a concentração <strong>de</strong><br />

forças é fundamental”, contudo<br />

o bom funcionamento <strong>de</strong> uma<br />

estrutura operacional não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

apenas dos meios humanos.<br />

Ainda assim, satisfeito por<br />

ver ultrapassada a questão da<br />

falta <strong>de</strong> meios humanos, este<br />

responsável pediu ao edil para<br />

que não <strong>de</strong>scurar a manutenção<br />

e re-equipamento do corpo <strong>de</strong><br />

bombeiros, a nível <strong>de</strong> veículos<br />

operacionais. Neste âmbito, o<br />

comandante lembrou estar<br />

eminente a conclusão do processo<br />

<strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> uma via-<br />

<br />

combate a incêndios.<br />

As comemorações do 232.º<br />

aniversário da companhia tiveram,<br />

ainda, como momentos al-<br />

<br />

monumento em memória dos<br />

bombeiros falecidos e a con<strong>de</strong>coração<br />

<strong>de</strong> vários operacionais<br />

com medalhas da autarquia <strong>de</strong><br />

Coimbra, numa cerimónia testemunhada,<br />

entre outras individualida<strong>de</strong>s,<br />

por representantes<br />

dos bombeiros voluntários <strong>de</strong><br />

Coimbra e <strong>de</strong> Brasfemes, do<br />

Exército, da Guarda Nacional<br />

Republicana, Policia <strong>de</strong> Segurança<br />

Pública.<br />

<br />

<br />

palco <strong>de</strong> um simulacro <strong>de</strong> incêndio<br />

urbano <strong>de</strong>monstrativo<br />

da capacida<strong>de</strong> interventiva dos<br />

sapadores da cida<strong>de</strong>.<br />

Sérgio Santos<br />

Associação Humanitária dos<br />

A <strong>Bombeiros</strong> Voluntários do<br />

Montijo comemorou recentemente<br />

o seu 104.º aniversário<br />

com a inauguração <strong>de</strong> uma<br />

nova ambulância <strong>de</strong> socorro,<br />

custeada pela própria instituição,<br />

e com um conjunto <strong>de</strong> promoções<br />

<strong>de</strong> elementos do corpo<br />

ativo, nomeadamente, <strong>de</strong> 3 estagiários<br />

a bombeiros <strong>de</strong> 3.ª.<br />

Durante a sessão solene, que<br />

<strong>de</strong>correu no pavilhão do quartel,<br />

os Voluntários do Montijo<br />

homenagearam também diversas<br />

entida<strong>de</strong>s.<br />

Conforme referiu, na oportunida<strong>de</strong>,<br />

o comandante Vitor La-<br />

xo<br />

<strong>de</strong> muito trabalho, empenho<br />

e <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong> corpo e alma”,<br />

adiantando, a propósito da<br />

inauguração da nova ambulância,<br />

que “possuímos uma boa<br />

frota <strong>de</strong> viaturas <strong>de</strong> socorro<br />

mas se a população aumentar<br />

<br />

Nestas cerimónias, a Liga dos<br />

<strong>Bombeiros</strong> Portugueses (LBP)<br />

fez-se representar pelo seu vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

comandante<br />

MONTIJO<br />

Nova ambulância no aniversário<br />

Associação Humanitária dos <strong>Bombeiros</strong><br />

A Voluntários <strong>de</strong> Vidigueira assinalou o 27.º<br />

aniversário homenageando vários elementos<br />

<strong>de</strong>sta unida família, nomeadamente os bombeiros<br />

Jorge Lino, Gabriel Lança e José Lança<br />

que completaram 25 anos <strong>de</strong> serviço e <strong>de</strong>dicação<br />

à causa.<br />

Associação Humanitária <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> S.<br />

A Pedro do Sul - Corpo Voluntário Salvação Publica<br />

assinalou, no passado mês <strong>de</strong> fevereiro, o<br />

88.º aniversário com iniciativas várias e das<br />

quais se <strong>de</strong>staca a entrega dos crachás <strong>de</strong> ouro<br />

ao chefe Luís Coelho (a título póstumo), ao adjunto<br />

no Quadro <strong>de</strong> Honra Carlos Alberto da Rocha<br />

e ao 2.º Comandante João Rodrigues Correia,<br />

A<strong>de</strong>lino Gomes, tendo também<br />

estado presentes, o presi<strong>de</strong>nte<br />

da Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> do<br />

Distrito <strong>de</strong> Setúbal, Eduardo<br />

VIDIGUEIRA<br />

Associação em festa<br />

S. PEDRO DO SUL<br />

23<br />

Correia, a comandante distrital<br />

<strong>de</strong> socorro, Patrícia Gaspar, e o<br />

presi<strong>de</strong>nte da Reviver Mais,<br />

Lourenço Baptista.<br />

Na mesma associação foram ainda entregues<br />

medalhas <strong>de</strong> serviços distintos aos elementos<br />

que cumpriram o maior número <strong>de</strong><br />

horas <strong>de</strong> serviço operacional no ano <strong>de</strong> 2012.<br />

O programa festivo encerrou com um jantar<br />

convívio que reuniu órgãos sociais, quadro<br />

ativo, fanfarra, banda e entida<strong>de</strong>s convidadas.<br />

Comemorações com crachá <strong>de</strong> ouro<br />

<br />

motorizado, a atribuição <strong>de</strong> várias medalhas, o<br />

ingresso <strong>de</strong> dois novos elementos no corpo ativo<br />

e a promoção <strong>de</strong> 15 operacionais a bombeiro <strong>de</strong><br />

2.ª e <strong>de</strong> cinco a subchefes.<br />

Em dia <strong>de</strong> festa, os Voluntários Salvação Pública<br />

inauguraram um veículo tático <strong>de</strong> transporte<br />

urbano (VTTU).


24 MARÇO 2013<br />

Associação Humanitária <strong>de</strong><br />

A <strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Alcane<strong>de</strong><br />

comemorou o 18.º aniversário<br />

reconhecendo a <strong>de</strong>dicação<br />

e entrega dos seus soldados<br />

da paz.<br />

Foi com rigor que o corpo ativo<br />

acolheu no quartel as entida<strong>de</strong>s<br />

convidadas para a cerimónia<br />

do dia 10 <strong>de</strong> março, marcada<br />

por homenagens e agra<strong>de</strong>cimentos.<br />

No <strong>de</strong>correr da sessão solene,<br />

o comandante Paulo Silva <strong>de</strong>monstrou<br />

“orgulho nos homens<br />

e mulheres do corpo <strong>de</strong> bombeiros”<br />

e reconheceu o esforço da<br />

direção no “re-equipamento do<br />

parque automóvel da associação”,<br />

terminando a sua intervenção<br />

com a apresentação e entrega<br />

do diploma do “bombeiro do<br />

ano 2012”, ao operador <strong>de</strong> central<br />

Manuel Eduardo Ramos.<br />

Associação Humanitá-<br />

A rias dos Bombeiras Voluntários<br />

<strong>de</strong> São Bartolomeu<br />

<strong>de</strong> Messines assinalou<br />

o 36.º aniversário, no<br />

passado dia 9 <strong>de</strong> março,<br />

com a inauguração <strong>de</strong><br />

duas ambulâncias <strong>de</strong><br />

transporte <strong>de</strong> doentes,<br />

uma viatura <strong>de</strong> comando,<br />

adquirida ao abrigo do<br />

QREN com o apoio <strong>de</strong> Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> Castro<br />

Marim e <strong>de</strong> uma central <strong>de</strong><br />

comunicações, oferecida<br />

pela Caixa <strong>de</strong> Credito Agrícola<br />

Mútuo <strong>de</strong> São Bartolomeu<br />

<strong>de</strong> Messines e São<br />

Marcos da Serra.<br />

Em dia festa, a associação<br />

<strong>de</strong>u primazia aos elementos<br />

<strong>de</strong>sta gran<strong>de</strong> família<br />

com a promoção <strong>de</strong><br />

15 operacionais a bombeiros<br />

<strong>de</strong> 2.ª e a distinção <strong>de</strong><br />

vários elementos com medalhas<br />

<strong>de</strong> assiduida<strong>de</strong> da<br />

Liga dos <strong>Bombeiros</strong> Portugueses.<br />

Na ocasião, foi<br />

também agraciada, com a<br />

medalha <strong>de</strong> Serviços Distintos<br />

(grau ouro), a Caixa<br />

<strong>de</strong> Credito Agrícola Mútuo.<br />

Associaram-se à festivida<strong>de</strong><br />

os presi<strong>de</strong>ntes das<br />

câmaras municipais <strong>de</strong> Silves,<br />

Albufeira e Castro<br />

Marim e o presi<strong>de</strong>nte da<br />

Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong><br />

Messines, bem como representantes<br />

da Autorida<strong>de</strong><br />

Nacional <strong>de</strong> Proteção<br />

Civil, da Liga dos <strong>Bombeiros</strong><br />

Português, <strong>de</strong> coletivida<strong>de</strong>s<br />

do concelho e <strong>de</strong><br />

outras do Algarve.<br />

ALCANEDE<br />

Soldados da paz con<strong>de</strong>corados<br />

Foram ainda galardoados<br />

muitos outros elementos com<br />

medalhas da Liga dos <strong>Bombeiros</strong><br />

Portugueses por vários anos<br />

<strong>de</strong>dicados á causa do voluntariado,<br />

contudo <strong>de</strong>staca-se a im-<br />

SÃO BARTOLOMEU DE MESSINES<br />

Distinções no 36.º aniversário<br />

posição das medalhas <strong>de</strong> serviços<br />

distintos grau ouro aos<br />

bombeiros do quadro <strong>de</strong> honra<br />

Fernando Conceição Justo, Armando<br />

Lopes Bento e César<br />

Martins.<br />

O <strong>de</strong>scerramento <strong>de</strong> uma placa<br />

comemorativa dos 25 anos <strong>de</strong><br />

existência <strong>de</strong> bombeiros na vila<br />

<strong>de</strong> Alcane<strong>de</strong> e a inauguração e<br />

bênção <strong>de</strong> quatro veículos incluíram<br />

o programa festivo ao qual<br />

construção do novo quartel<br />

A continua a ser o gran<strong>de</strong> sonho<br />

da Associação Humanitária<br />

dos <strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong><br />

Vieira do Minho. A questão esteve<br />

no centro das intervenções<br />

realizadas no âmbito do 73.º<br />

aniversário da instituição comemorado<br />

recentemente.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Associação,<br />

Fernando Dalot, voltou a sublinhar<br />

a situação grave vivida<br />

com o atual quartel em crescente<br />

<strong>de</strong>gradação.<br />

“Temos, por exemplo, os portões<br />

da frente que estão muito<br />

enferrujados, qualquer dia<br />

caem”, disse o mesmo dirigente,<br />

recordando que “a remo<strong>de</strong>lação<br />

chegou a estar inserida<br />

se associaram o presi<strong>de</strong>nte da<br />

Câmara Municipal <strong>de</strong> Santarém,<br />

Ricardo Gonçalves; o comandante<br />

distrital Joaquim Chambel<br />

(ANPC), o comandante A<strong>de</strong>lino<br />

Gomes da Liga dos <strong>Bombeiros</strong><br />

VIEIRA DO MINHO<br />

O sonho continua adiado<br />

no QREN mas a obra era muito<br />

cara”.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal<br />

<strong>de</strong> Vieira do Minho, Jorge<br />

Dantas, por seu turno, lembrou<br />

que já há um terreno disponível<br />

para construir o novo quartel dos<br />

bombeiros e por isso fez um pedido<br />

ao ministro da Administração<br />

Interna, ausente da cerimónia,<br />

sublinhando que “não estamos<br />

a falar <strong>de</strong> uma obra <strong>de</strong> luxo.”<br />

das<br />

pelos <strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> Viera<br />

do Minho pren<strong>de</strong>-se com a falta<br />

<strong>de</strong> voluntários. “A lei obriga<br />

cada voluntário a prestar 270<br />

horas <strong>de</strong> serviço e é complicado<br />

porque nem todos po<strong>de</strong>m dar<br />

essas horas. Muitos estão emi-<br />

Portugueses; o comandante José<br />

Guilherme da fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> bombeiros<br />

do distrito <strong>de</strong> Santarém e<br />

ainda representantes <strong>de</strong> associações<br />

congéneres do distrito.<br />

Sérgio Santos<br />

grados porque estamos num<br />

<br />

gente”, explicou Fernando Dalot.<br />

O dirigente queixou-se, também,<br />

da falta <strong>de</strong> verbas, em<br />

boa medida <strong>de</strong>vida aos cortes<br />

no transporte <strong>de</strong> doentes.<br />

“Em 2010 recebemos cerca<br />

<strong>de</strong> 200 mil euros, em 2011 recebemos<br />

100 mil e em 2012 recebemos<br />

menos <strong>de</strong> 80 mil euros.<br />

Foi uma quebra muito<br />

gran<strong>de</strong>. Atualmente só transportamos<br />

uma média <strong>de</strong> três ou<br />

quatro doentes por dia”.<br />

A propósito, Fernando Dalot<br />

refere que agora “temos ambulâncias<br />

a mais mas faltam carros<br />

<strong>de</strong> combate a incêndios”.


MARÇO 2013<br />

pensar na época <strong>de</strong> incên-<br />

A <br />

muitos anos” os <strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong><br />

Min<strong>de</strong> congratulam-se por con-<br />

<br />

material sapador para equipar<br />

<br />

empenhado trabalho do corpo<br />

ativo, comando e direção na<br />

promoção <strong>de</strong> várias ativida<strong>de</strong>s<br />

culturais, que ren<strong>de</strong>ram os fundos<br />

necessários para investir no<br />

apetrechamento do quartel.<br />

MINDE<br />

Viaturas recebem material sapador<br />

s <strong>Bombeiros</strong> da Mealhada<br />

Oreceberam, recentemente,<br />

um Veículo Tanque Tático Rural<br />

(VTTR). Para a aquisição <strong>de</strong>sta<br />

viatura, com um custo estimado<br />

em cerca <strong>de</strong> 150 mil euros,<br />

os bombeiros conseguiram 85<br />

por cento <strong>de</strong> comparticipação<br />

do Quadro <strong>de</strong> Referência Estratégico<br />

Nacional QREN, tendo o<br />

montante em falta sido assegurado<br />

com um peditório que ren<strong>de</strong>u<br />

cerca <strong>de</strong> 1600 euros e um<br />

subsídio extraordinário da Câmara<br />

Municipal da Mealhada,<br />

no valor <strong>de</strong> 25 mil euros<br />

da<br />

em pouco mais <strong>de</strong> 24 horas,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> já ter perdido as esperanças,<br />

os bombeiros conseguiram<br />

este importante apoio,<br />

com a ajuda no processo <strong>de</strong><br />

candidatura.<strong>de</strong> Rogério Silva,<br />

dirigente da congénere da Pampilhosa,<br />

Os bombeiros da Mealhada<br />

conseguiram também um monitor,<br />

no valor <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> mil euros,<br />

oferecido pela comissão <strong>de</strong><br />

Festas <strong>de</strong> S. Pedro, <strong>de</strong> Antes.<br />

MEALHADA<br />

<strong>Bombeiros</strong> apresentam Veículo Tanque Rural<br />

s Voluntários <strong>de</strong> Mira rece-<br />

O sado, um veículo urbano <strong>de</strong><br />

combate a incêndios (VUCI) no<br />

âmbito <strong>de</strong> uma candidatura a<br />

fundos comunitários.<br />

A viatura, no valor <strong>de</strong><br />

187.280 euros, foi comparticipada<br />

em 85 por cento tendo os<br />

restantes 15 por cento sido assegurados<br />

pela associação.<br />

Segundo fonte do quartel <strong>de</strong><br />

Mira, esta viatura não só vem<br />

reforçar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta<br />

dos bombeiros como per-<br />

<br />

existente nesta vertente uma<br />

vez que não existia qualquer<br />

MIRA<br />

Veículo urbano chega ao quartel<br />

Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Queijas ofere-<br />

A ceu ao Corpo <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> Linda-a-Pastora<br />

uma motosserra, um apoio<br />

importante que surge na sequência da<br />

intempérie <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> janeiro, quando na<br />

sequência <strong>de</strong> duas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> intervenções,<br />

nomeadamente cortes <strong>de</strong> árvores,<br />

dois dos equipamentos usados pelos<br />

<br />

tipo <strong>de</strong> valência com estas características”.<br />

No seguimento da aquisição<br />

<strong>de</strong>ste veículo, a associação tem<br />

vindo a reunir esforços no sen-<br />

LINDA A PASTORA<br />

Junta oferece motosserra<br />

tido <strong>de</strong> apetrechar todo o pessoal<br />

com equipamento <strong>de</strong> proteção<br />

individual para combate a<br />

incêndios.<br />

tualmente é a única ambu-<br />

Alância <strong>de</strong> socorro com que<br />

os <strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong><br />

Izeda po<strong>de</strong>m contar para socorrer<br />

a população. É uma ambulância<br />

<strong>de</strong> 1995, ou seja, com 17<br />

anos <strong>de</strong> serviço e muitos quilómetros<br />

percorridos. Trata-se <strong>de</strong><br />

uma situação que se tem arrastado<br />

nos últimos meses, quando<br />

a ambulância <strong>de</strong>stinada ao<br />

serviço <strong>de</strong> Reserva INEM teve<br />

uma avaria grave que ainda não<br />

está resolvida, po<strong>de</strong>ndo mesmo<br />

não se conseguir resolver. Esta<br />

ambulância avariada, sublinhe-<br />

-se, é <strong>de</strong> 2001 e possui ainda<br />

mais quilómetros da que atualmente<br />

está <strong>de</strong>stinada ao serviço<br />

<strong>de</strong> socorro.<br />

Recentemente, uma outra<br />

ambulância dos Voluntários <strong>de</strong><br />

Izeda, também usada para o<br />

serviço <strong>de</strong> socorro via CODU/<br />

INEM, durante uma ocorrência,<br />

teve uma avaria grave e foi<br />

mesmo necessária a intervenção<br />

<strong>de</strong> outra ambulância dos<br />

<strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> Bragança para<br />

que o doente pu<strong>de</strong>sse chegar à<br />

urgência do hospital. Também<br />

neste caso ainda não se conseguiu<br />

resolver a avaria, não só<br />

pela complexida<strong>de</strong> da mesma,<br />

mas também por razões económicas.<br />

Têm-se registado várias recusas<br />

por parte <strong>de</strong>ste CB para<br />

prestar socorro a vítimas quando<br />

solicitado pelo CODU/INEM e<br />

também por populares. Provas<br />

IZEDA<br />

disso são as vezes que corpos<br />

<strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> vizinhos efetuaram<br />

serviços na área <strong>de</strong> atuação<br />

dos <strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> Izeda e<br />

na vila <strong>de</strong> Izeda inclusive.<br />

O comando dos <strong>Bombeiros</strong><br />

<strong>de</strong> Izeda já alertou o INEM, na<br />

pessoa do seu próprio presi<strong>de</strong>nte,<br />

mas até ao momento ainda<br />

não foi obtida qualquer resposta.<br />

Segundo estatísticas do INEM<br />

o CB <strong>de</strong> Izeda foi acionado no<br />

ano <strong>de</strong> 2011, por 296 vezes,<br />

tem uma média <strong>de</strong> acionamentos<br />

<strong>de</strong> 0.8222 por dia. De realçar<br />

que o CB <strong>de</strong> Izeda é posto<br />

<strong>de</strong> reserva INEM. Com a nova<br />

legislação o INEM é obrigado a<br />

constituir no mínimo um posto<br />

PEM por concelho. No caso do<br />

distrito <strong>de</strong> Bragança, que foi o<br />

pioneiro a nível nacional, <strong>de</strong>vemos<br />

comparar alguns concelhos<br />

relativamente os acionamentos<br />

25<br />

<strong>Bombeiros</strong> lutam com falta <strong>de</strong> ambulâncias<br />

s <strong>Bombeiros</strong> Municipais <strong>de</strong><br />

OCoruche contam com uma<br />

nova ambulância <strong>de</strong> transporte<br />

<strong>de</strong> doentes (ABTD). A aquisição,<br />

no valor superior a 62 mil<br />

euros, foi suportada integralmente<br />

pelo Município.<br />

A nova viatura permite substituir<br />

uma outra recentemente<br />

abatida após 15 anos <strong>de</strong> serviço<br />

diário.<br />

A nova ABTD dispõe <strong>de</strong> todos<br />

os equipamentos necessários<br />

ao suporte básico <strong>de</strong> vida, po<strong>de</strong>ndo<br />

efetuar todo o tipo <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> doentes,<br />

incluindo a transferência <strong>de</strong> doentes entre<br />

unida<strong>de</strong>s hospitalares e até a prestação <strong>de</strong> socorro.<br />

CORUCHE<br />

e os meios e equipamentos disponíveis.<br />

Feita a análise à resposta<br />

dada pelos corpos <strong>de</strong> bombeiros<br />

do distrito <strong>de</strong> Bragança, ve-<br />

ídas,<br />

os Voluntários <strong>de</strong> Izeda<br />

estão acima da média e, ao<br />

contrário dos restantes, ainda<br />

não dispõe <strong>de</strong> nenhuma ambulância<br />

cedida pelo INEM.<br />

<br />

No enten<strong>de</strong>r do comando dos<br />

Voluntários <strong>de</strong> Izeda, embora<br />

este corpo <strong>de</strong> bombeiros pertença<br />

ao concelho <strong>de</strong> Bragança,<br />

on<strong>de</strong> existem PEMs no CB <strong>de</strong><br />

Bragança e VMER, contudo não<br />

<strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>scoradas as populações<br />

do sul do concelho <strong>de</strong><br />

Bragança, do norte do concelho<br />

<strong>de</strong> Macedo <strong>de</strong> Cavaleiros e também<br />

algumas al<strong>de</strong>ias do concelho<br />

<strong>de</strong> Vimioso, que são socorridas<br />

pelo CB <strong>de</strong> Izeda.<br />

Nova ambulância nos Municipais<br />

<br />

No passado mês <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro os Municipais <strong>de</strong><br />

Coruche asseguraram 300 transportes <strong>de</strong> doentes<br />

e 170 intervenções na área da emergência<br />

pré-hospitalar.


26 MARÇO 2013<br />

DIA DA<br />

Comemorações envolvem<br />

O Dia da Proteção civil – 1 <strong>de</strong> março – foi assinalado um pouco por<br />

todo o país, com muitas iniciativas envolvendo os vários agentes,<br />

nomeadamente os bombeiros que investiram em ações <strong>de</strong><br />

proximida<strong>de</strong> com as populações que servem.<br />

Fóruns, exposições, simulacros, em escolas, áreas públicas e<br />

espaços comerciais mobilizaram permitiram dar a conhecer as<br />

várias vertentes da missão <strong>de</strong>senvolvida pelos bombeiros <strong>de</strong><br />

<strong>Portugal</strong>.<br />

Aveiro<br />

m exercício organizado em<br />

Uparceria pelo Serviço Municipal<br />

<strong>de</strong> Proteção Civil e pela<br />

Lusitânia Gás, constituiu o<br />

ponto alto das comemorações<br />

do Dia da Proteção civil em<br />

Aveiro.<br />

O cenário recriou uma fuga<br />

num ramal <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong><br />

gás natural com ignição, junto<br />

a um bloco habitacional, em<br />

que o foco <strong>de</strong> incêndio teria<br />

que ser extinto e a fuga colmatada.<br />

Os <strong>Bombeiros</strong> Aveiro – Ve-<br />

Fafe<br />

O s <strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> Fafe promoveram<br />

uma mostra <strong>de</strong> equipamentos<br />

e veículos na Escola EB 2,3 Carlos<br />

Teixeira, para on<strong>de</strong> <strong>de</strong>slocaram,<br />

entre outro material, cinco veículos.<br />

Os operacionais, orientados pelo<br />

adjunto Paulo Ferreira, esclareceram<br />

as dúvidas dos alunos, nomeadamente<br />

sobre a função e a forma<br />

<strong>de</strong> operar dos vários equipamentos.<br />

Na ocasião, foi também efetuada<br />

uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> todo-o-terreno<br />

com um dos veículos dos bombeiros.<br />

lhos participaram nesta ação<br />

com três veículos e 10 elementos.<br />

Este exercício visou testar a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta e otimizar<br />

procedimentos do Corpo <strong>de</strong><br />

<strong>Bombeiros</strong> em ocorrências <strong>de</strong>ste<br />

género.<br />

Foto: Diogo Ferreira<br />

Foto: Diogo Ferreira<br />

Cascais<br />

m simulacro <strong>de</strong> um sismo <strong>de</strong><br />

Uintensida<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada encerrou<br />

a Semana da Proteção<br />

Civil <strong>de</strong> Cascais que <strong>de</strong>correu<br />

no “CascaiShopping” com um<br />

variado programa.<br />

O exercício assentou em danos<br />

em dois locais daquele centro<br />

comercial, colapso <strong>de</strong> parte<br />

do edifício e <strong>de</strong> uma escada rolante<br />

<strong>de</strong> acesso ao primeiro piso<br />

com a ocorrência <strong>de</strong> vários feridos<br />

e um incêndio na zona da<br />

restauração que, rapidamente,<br />

se propagou às exposições ali<br />

patentes.<br />

Após o alerta, intervieram as<br />

equipas <strong>de</strong> primeira intervenção<br />

do próprio centro e, <strong>de</strong> seguida,<br />

os <strong>Bombeiros</strong> Voluntários<br />

<strong>de</strong> Alcabi<strong>de</strong>che, Carcavelos<br />

- S. Domingos <strong>de</strong> Rana, Cascais,<br />

Pare<strong>de</strong>, Estoril, a GNR e a<br />

Polícia Municipal.<br />

A Semana da Proteção Civil<br />

congregou um conjunto <strong>de</strong><br />

ações <strong>de</strong> sensibilização para<br />

duas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> escolas que visitaram<br />

a exposição patente no<br />

centro comercial e para o próprio<br />

público que o frequentou<br />

<br />

também assinalada com um<br />

conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrações realizadas<br />

pelos bombeiros e pe-<br />

Esposen<strong>de</strong><br />

data foi assinalada em Es-<br />

A posen<strong>de</strong> com diversas ações<br />

que envolveram a participação<br />

<strong>de</strong> vários agentes e entida<strong>de</strong>s<br />

do concelho.<br />

No lar da Santa Casa da Misericórdia<br />

<strong>de</strong> Fão realizou-se um<br />

simulacro <strong>de</strong> incêndio que contou<br />

com o apoio e colaboração<br />

do Serviço Municipal <strong>de</strong> Segurança<br />

e Proteção Civil, <strong>Bombeiros</strong><br />

Voluntários <strong>de</strong> Fão, Guarda<br />

Nacional Republicana e da Santa<br />

Casa da Misericórdia, assim<br />

como dos alunos do Curso Técnico<br />

<strong>de</strong> Proteção Civil da Escola<br />

<br />

O vice-presi<strong>de</strong>nte da autarquia,<br />

com o pelouro da Proteção<br />

Civil, Benjamim Pereira, marcou<br />

presença nesta iniciativa, e feli-<br />

Foto: CMEsponsen<strong>de</strong><br />

los restantes agentes da proteção<br />

civil no mesmo espaço comercial.<br />

Muitas <strong>de</strong>stas ativida<strong>de</strong>s,<br />

nomeadamente o simulacro,<br />

contaram com a presença do<br />

presi<strong>de</strong>nte da Câmara Munici-<br />

citou os intervenientes pelo sucesso<br />

da operação, incentivando<br />

os alunos a continuarem a apostar<br />

nesta área, nomeadamente<br />

pela via do voluntariado.<br />

pal <strong>de</strong> Cascais, Carlos Carreiras,<br />

do vereador da Proteção<br />

Civil, Pedro Mendonça, do comandante<br />

municipal, Manuel<br />

João Ribeiro, e do diretor do<br />

centro comercial, Luís Mendonça.<br />

Após o simulacro foi ministrada<br />

uma aula teórico-prática<br />

aos funcionários do lar sobre o<br />

manuseamento <strong>de</strong> extintores e<br />

o uso da manta ignífuga.<br />

Foto: CMCascais


MARÇO 2013<br />

PROTEÇÃO CIVIL<br />

centenas <strong>de</strong> bombeiros<br />

Oliveira<br />

do Bairro<br />

inda no âmbito das come-<br />

Amorações do Dia da Proteção<br />

Civil realizou-se na Escola<br />

Básica 2/3 Dr. Acácio <strong>de</strong> Azevedo,<br />

um simulacro <strong>de</strong> sismo, uma<br />

iniciativa da Câmara Municipal<br />

<strong>de</strong> Oliveira do Bairro, promovida<br />

pela direção do estabelecimento<br />

<strong>de</strong> ensino e o Corpo <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong><br />

<strong>de</strong> Oliveira do Bairro.<br />

O alerta <strong>de</strong> sismo apanhou <strong>de</strong><br />

surpresa todos os alunos e professores<br />

que, ainda sim foram<br />

rapidamente evacuados para os<br />

espaços abertos do recinto escolar.<br />

Como consequência <strong>de</strong>ste<br />

abalo sísmico, foi simulado um<br />

colapso estrutural no interior <strong>de</strong><br />

um dos pavilhões, local on<strong>de</strong><br />

mas.<br />

Os bombeiros proce<strong>de</strong>ram ao<br />

escoramento da estrutura para<br />

Corpo <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong><br />

O Vila do Bispo promoveu.<br />

no dia 5 <strong>de</strong> março, no âmbito<br />

da Semana da Proteção<br />

Civil, a ativida<strong>de</strong> “Ser Bombeiro<br />

por um dia”, direcionada<br />

às escolas do concelho.<br />

garantir o acesso às vítimas em<br />

segurança, resgatando com sucesso<br />

uma vítima do piso térreo<br />

e outra do primeiro andar. Os<br />

operacionais ainda prestaram<br />

socorro a uma terceira pessoa<br />

que alegadamente caiu nas escadas<br />

exteriores, no momento<br />

da evacuação.<br />

<br />

Mota, responsável pela segu-<br />

Vila do Bispo<br />

rança <strong>de</strong>sta unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino,<br />

consi<strong>de</strong>rou este teste bastante<br />

positivo, uma vez que não houve<br />

qualquer preparação prévia<br />

do público escolar para o exercício.<br />

Para o local foram <strong>de</strong>slocados<br />

11 bombeiros, duas ambulâncias<br />

<strong>de</strong> socorro e o novo Veículo<br />

<strong>de</strong> Socorro e Assistência Tático<br />

(VSAT).<br />

Pinhão<br />

o Pinhão a data foi, <strong>de</strong>vida-<br />

Nmente, assinalada com um<br />

simulacro na Escola Básica 2/3<br />

<strong>de</strong> Pinhão e com vários exercícios<br />

envolvendo a população<br />

estudantil.<br />

De manhã, para além do teste<br />

ao plano <strong>de</strong> emergência do<br />

estabelecimento <strong>de</strong> ensino, os<br />

jovens pu<strong>de</strong>ram manusear extintores<br />

e linhas <strong>de</strong> mangueiras<br />

no combate a focos incêndio simulados<br />

em tinas.<br />

À tar<strong>de</strong> realizou-se uma sessão<br />

<strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> Suporte Básico<br />

<strong>de</strong> Vida, que permitiu aos<br />

alunos realizar e praticar as<br />

manobras.<br />

o passado dia 1, mais <strong>de</strong> uma centena <strong>de</strong><br />

Nalunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico passaram<br />

pelo quartel dos Torrejanos para conhecerem<br />

mais <strong>de</strong> perto o trabalho <strong>de</strong>senvolvido<br />

pelos bombeiros.<br />

Sobre esta ativida<strong>de</strong>, que<br />

envolveu 14 operacionais e<br />

três viaturas, o 2.º comandante<br />

dos <strong>Bombeiros</strong> do Pi-<br />

Torres Novas<br />

27<br />

nhão, salientou os “resultados<br />

bastante satisfatórios e a vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> repetir este tipo <strong>de</strong><br />

ações”.<br />

Iniciaram a visita pela central <strong>de</strong> telecomunicações<br />

percorrendo <strong>de</strong>pois todas as áreas<br />

do quartel, on<strong>de</strong> pu<strong>de</strong>ram observar os equipamentos<br />

usados pelos operacionais, nomeadamente<br />

o material <strong>de</strong> resgate.


28 MARÇO 2013<br />

Grupo Cénico da Associação<br />

O Humanitária <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong><br />

Voluntários <strong>de</strong> Cascais completou<br />

em <strong>de</strong>zembro último o centenário<br />

<strong>de</strong> existência e, na sequência<br />

disso, foi distinguido no<br />

<br />

<br />

com o crachá <strong>de</strong> ouro no intervalo<br />

da ante-estreia <strong>de</strong> mais<br />

uma produção teatral.<br />

SANTA COMBA DÃO<br />

O crachá <strong>de</strong> ouro foi entregue<br />

no palco à comissão que gere o<br />

grupo, com todos os restantes<br />

elementos presentes em cena,<br />

pelo presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal<br />

<strong>de</strong> Cascais, Carlos Carreiras,<br />

a convite do represen-<br />

<strong>de</strong>nte<br />

da Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong><br />

Cascais, Pedro Morais, fez a entrega<br />

do respetivo diploma.<br />

Inaugurado monumento<br />

ao Bombeiro<br />

anta Comba Dão conta, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> fevereiro último, com um<br />

Smonumento ao Bombeiro, justa homenagem aos Voluntários <strong>de</strong><br />

Santa Comba Dão. A cerimónia teve início no quartel dos <strong>Bombeiros</strong><br />

Voluntários <strong>de</strong> Santa Comba Dão on<strong>de</strong> <strong>de</strong>correu a receção às<br />

entida<strong>de</strong>s convidadas.<br />

A iniciativa <strong>de</strong> construir o monumento, num espaço contíguo ao<br />

quartel - se<strong>de</strong> dos voluntários locais, partiu <strong>de</strong> uma comissão criada<br />

para o efeito. O seu representante lembrou, a propósito, os<br />

contributos obtidos <strong>de</strong> particulares e da Câmara Municipal e da<br />

Junta <strong>de</strong> Freguesia, recordando o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> António Morais e Carlos<br />

Ribeiro em concretizar aquele projeto.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>ração dos <strong>Bombeiros</strong> do Distrito <strong>de</strong> Viseu,<br />

Joaquim Rebelo Marinho, <strong>de</strong>stacou a importância da concretização<br />

<strong>de</strong>ste monumento como uma gran<strong>de</strong> homenagem ao passado <strong>de</strong><br />

97 anos da Associação Humanitária dos <strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong><br />

Santa Comba Dão e uma certeza e uma convicção no futuro da<br />

instituição.<br />

reiros,<br />

<strong>de</strong>stacou a satisfação em assistir a um momento tão simbólico<br />

e carregado <strong>de</strong> importância <strong>de</strong> ver reconhecida a homenagem<br />

<strong>de</strong> um povo e dos autarcas <strong>de</strong> um concelho.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> Santa Comba Dão, João<br />

<br />

os que contribuíram para que este projeto <strong>de</strong> homenagem aos<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Santa Comba Dão <strong>de</strong>stacando a título<br />

póstumo o trabalho <strong>de</strong> António Manjerico, um dos impulsionadores<br />

da iniciativa.<br />

CASCAIS<br />

Homenageado grupo cénico centenário<br />

Restaurante Mediterranean Manor em<br />

O Newark, New Jersey, foi, no dia 3 <strong>de</strong><br />

março, espaço para um almoço-festa <strong>de</strong><br />

angariação <strong>de</strong> fundos para a Associação<br />

Humanitária dos <strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong><br />

Vila Praia <strong>de</strong> Âncora.<br />

Hermes Vieira, a residir há 25 nos Estados<br />

Unidos, é bombeiro <strong>de</strong> 2.ª do Quadro<br />

<strong>de</strong> Reserva nos voluntários ancorenses que<br />

da<strong>de</strong>s<br />

que a instituição reuniu familiares e<br />

amigos, também naturais <strong>de</strong> Vila Praia <strong>de</strong><br />

Âncora e todos emigrantes nos Estados<br />

Unidos, e promoveu o evento que mobilizou<br />

a generosa comunida<strong>de</strong> portuguesa <strong>de</strong><br />

Newark. As verbas apuradas <strong>de</strong>stinam-se à<br />

aquisição <strong>de</strong> equipamentos que permitam<br />

<br />

serviço público e altruísta que os voluntários<br />

prestam a toda a população da sua<br />

área <strong>de</strong> intervenção sob o lema “Vida por<br />

Vida””.<br />

<br />

O arranque do Grupo Cénico<br />

dos Voluntários <strong>de</strong> Cascais<br />

<strong>de</strong>u-se em 22 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

1912 com a representação da<br />

comédia em três atos “A Voz<br />

do Sangue” e a peça em um<br />

ato “As Duas Gatas”.<br />

Ao longo <strong>de</strong> um século <strong>de</strong><br />

efetiva ativida<strong>de</strong>, composto<br />

por bombeiros e associados,<br />

este Grupo exclusivamente<br />

Newark apoia voluntários ancorenses<br />

PRAIA DA VITÓRIA<br />

Festa da família<br />

junta amigos<br />

O moveram,<br />

no início do mês, a II Festa da Família, iniciativa que<br />

este ano contou com a presença <strong>de</strong> alguns elementos dos bombeiros<br />

<strong>de</strong> Mação e Sardoal, associações que nos últimos anos têm sido<br />

<br />

Para além da troca experiências operacionais e diretivas, estes<br />

quartéis estão geminados pela amiza<strong>de</strong> e camaradagem dos operacionais,<br />

que agora voltaram a reunir-se para um animado convívio,<br />

numa <strong>de</strong>slocação que também permitiu aos continentais visitar<br />

os pontos turísticos da ilha, provar da boa gastronomia local, sentir<br />

o pulsar da vida cultural da Terceira.<br />

Sérgio Santos<br />

O almoço-festa contou com as atuações<br />

dos Rouxinóis, dos Bombos da Casa do Minho,<br />

o Grupo <strong>de</strong> Folclore Dança na Eira e o<br />

Duo Primavera. Realizou-se , tendo havido<br />

ainda lugar para a realização <strong>de</strong> um sorteio<br />

<strong>de</strong> vários prémios e muitos momentos <strong>de</strong><br />

diversão.<br />

Entre outras individualida<strong>de</strong>s a comissão<br />

organizadora convidou, em representação<br />

da Associação Humanitária, o Comandante<br />

amador levou à cena <strong>de</strong>zenas<br />

<strong>de</strong> peças no também centenário,<br />

e se<strong>de</strong> social da associação<br />

há décadas, Teatro Gil Vicente.<br />

Pelo grupo passaram centenas<br />

<strong>de</strong> pessoas. Mais <strong>de</strong> três<br />

<strong>de</strong>zenas, algumas octogenárias,<br />

encontravam-se na sala<br />

no momento da atribuição do<br />

crachá do ouro.<br />

do Corpo <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> Manuel Ver<strong>de</strong> Rei, a<br />

Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Câmara Municipal <strong>de</strong> Caminha,<br />

Júlia Paula Costa, como representante<br />

máxima da Proteção Civil a nível local, o Presi<strong>de</strong>nte<br />

da Junta <strong>de</strong> Freguesia, Manuel <strong>de</strong><br />

Sousa Marques, em representação <strong>de</strong> toda a<br />

população <strong>de</strong> Vila Praia <strong>de</strong> Âncora e ainda o<br />

Council Member <strong>de</strong> Newark-N.J. Augusto<br />

Amador, em representação <strong>de</strong> toda a comunida<strong>de</strong><br />

portuguesa nos Estados Unidos.


MARÇO 2013<br />

urante o mês <strong>de</strong> fevereiro, as escolas do 1.º ciclo<br />

Ddo ensino básico da Ban<strong>de</strong>ira, Devesas, Matas, Vila<br />

Chã, <strong>de</strong> Lagos e <strong>de</strong> Cadavão, Junqueiras e Campolinho,<br />

receberam ações <strong>de</strong> sensibilização sobre prevenção e<br />

segurança, promovidas pela Direção Municipal <strong>de</strong><br />

<strong>Bombeiros</strong> e Proteção Civil, <strong>de</strong> Vila Nova <strong>de</strong> Gaia.<br />

A iniciativa que envolveu cerca <strong>de</strong> 1500 alunos, do<br />

primeiro ao quarto ano, contemplou apresentações<br />

multimédia permitindo, <strong>de</strong> forma lúdica, transmitir aos<br />

mais novos conceitos simples <strong>de</strong> prevenção e segurança<br />

e sensibilizá-los para comportamentos corretos em<br />

situações <strong>de</strong> risco. Nesta mesma ação foi também<br />

apresentado o número municipal <strong>de</strong> emergência, o 700<br />

24 24 00.<br />

Todos os alunos receberam um íman com o novo número<br />

<strong>de</strong> emergência do concelho <strong>de</strong> Vila nova <strong>de</strong> Gaia,<br />

<br />

casa, na escola e espaços públicos. Aos alunos dos 3.º<br />

e 4.º anos foram ainda entregues folhetos sobre sismos<br />

e conceitos <strong>de</strong> segurança. Da mesma forma, as<br />

escolas receberam um conjunto material sobre esta temática<br />

Os suportes informativos produzidos pela Direção<br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> e Proteção Civil no âmbito <strong>de</strong>sta<br />

campanha tiveram comparticipação do Programa o<br />

Novo Norte ON.2 do QREN.<br />

SÃO PEDRO DO SUL<br />

CB promove passeio<br />

todo o terreno<br />

s Voluntários Salvação Pública <strong>de</strong> S. Pedro do Sul, promove-<br />

Oram, no início do mês, um passeio <strong>de</strong> todo terreno, iniciativa<br />

que com contou com a participação <strong>de</strong> 56 motos e jipes<br />

O percurso teve como cenário a região <strong>de</strong> Lafões, mais propriamente<br />

as belas paisagens dos concelhos <strong>de</strong> Vouzela e S. Pedro do<br />

Sul.<br />

A aventura <strong>de</strong> 60 quilómetros para as motos <strong>de</strong> 80 para os jipes<br />

terminou no Estadio Municipal da Pedreira com um animado convívio.<br />

fanfarra da Associação Humani-<br />

A tária <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> Voluntários<br />

da Pontinha comemorou 30 anos <strong>de</strong><br />

existência com a realização do seu<br />

<br />

As artérias da vila encheram-se<br />

<strong>de</strong> populares que acolheram as centenas<br />

<strong>de</strong> músicos das fanfarras convidadas<br />

dos bombeiros <strong>de</strong> Alcobaça,<br />

Algueirão Mem-Martins, Amado-<br />

VILA NOVA DE GAIA<br />

Ação <strong>de</strong> sensibilização<br />

FIGUEIRA DA FOZ<br />

Dia da Mulher no quartel<br />

o Dia Internacional da Mulher – 8 <strong>de</strong> março – a Associação Hu-<br />

Nmanitária dos <strong>Bombeiros</strong> Voluntários da Figueira da Foz homenageou<br />

as colaboradoras, administrativas e operacionais, com uma<br />

rosa branca, gesto da direção e comando que muito sensibilizou Jo-<br />

<br />

Verónica Calaboiça, Ana Júlia Santos, Isabel Silva e Amélia Matos.<br />

PONTINHA<br />

Fanfarra com 30 anos <strong>de</strong> vida<br />

ra, Amora, Bucelas, Caneças, Lisbonenses,<br />

Odivelas, Peniche, São<br />

tinha.<br />

<br />

MONTELAVAR<br />

29<br />

Associação com iniciativas<br />

<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong><br />

Associação Humanitária <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Montela-<br />

A var tem vindo a promover iniciativas que visam fomentar a<br />

proximida<strong>de</strong> com a comunida<strong>de</strong>, nomeadamente exposições, campanhas<br />

<strong>de</strong> angariação <strong>de</strong> associados e <strong>de</strong> voluntários para o corpo<br />

<strong>de</strong> bombeiros.<br />

Neste âmbito, a instituição realizou, no passado mês <strong>de</strong> fevereiro,<br />

um rastreio <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no largo da vila <strong>de</strong> Montelavar, iniciativa<br />

que contou com uma enorme a<strong>de</strong>são da população e que motiva os<br />

bombeiros apostar nesta ações e assim a servir cada vez mais e<br />

melhor.<br />

Sérgio Santos<br />

quartel animado lanche, on<strong>de</strong>, para<br />

além do são convívio não faltou o<br />

bolo e o “parabéns a você” à fanfarra<br />

aniversariante.<br />

A festa terminou com o regresso<br />

<strong>de</strong> antigos músicos, que nesta data<br />

voltaram a tocar relembrando os<br />

bons momentos que passaram no<br />

corpo <strong>de</strong> bombeiros.<br />

Sérgio Santos


30 MARÇO 2013<br />

<br />

Ovenceram o II Torneio Futsal<br />

24H Inter<strong>Bombeiros</strong>, iniciativa<br />

dos <strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> Terras do<br />

Bouro que reuniu no pavilhão<br />

gimno<strong>de</strong>sportivo da localida<strong>de</strong><br />

16 formações dos distritos do<br />

Porto, Braga, Viana do Castelo,<br />

Vila Real e Aveiro.<br />

<br />

Marinha Zêzere não conseguiu<br />

contrariar o favoritismo dos<br />

-<br />

TERRAS DO BOURO<br />

Torneio reúne 16 equipas<br />

recadaram o troféu. Foi mais<br />

forte a equipa composta por<br />

Carlos Penas, Tiago Araújo, Salvador<br />

Rocha, Cláudio Rodrigues,<br />

Armando Pinto, José Silva,<br />

Hel<strong>de</strong>r Pinto, Hugo Silva,<br />

Paulo Rocha, António Oliveira,<br />

Jorge Mota e Fernando Rocha.<br />

Destaque ainda para as prestações<br />

dos Sapadores <strong>de</strong> Gaia<br />

(3.º lugar) e dos Voluntários <strong>de</strong><br />

Melgaço (4.ª lugar) que <strong>de</strong>ram<br />

brilho à competição e luta às<br />

em março <strong>de</strong> 1993<br />

formações <strong>de</strong> Santa Marinha<br />

<br />

Os vencedores partilharam<br />

esta segunda conquista em Terras<br />

do Bouro com a Câmara Mu-<br />

<br />

comando da sua associação,<br />

<strong>de</strong>dicando o disputado troféu “a<br />

<br />

especialmente a Armando Pinto<br />

que fez o seu ultimo jogo e<br />

abandona a equipa e os bombeiros,<br />

para emigrar”.<br />

Um exemplo <strong>de</strong> cidadania<br />

A<br />

história <strong>de</strong> uma corporação,<br />

como a dos <strong>Bombeiros</strong><br />

da Régua, faz-se <strong>de</strong><br />

muitas sinergias e diversas<br />

cumplicida<strong>de</strong>s. E, assim, na sua<br />

longa existência foram muitas<br />

as personalida<strong>de</strong>s que contribuíram<br />

para a concretização dos<br />

seus projetos. Tal foi o caso <strong>de</strong><br />

Nuno Simões. Nascido em<br />

1894, em Vila Nova <strong>de</strong> Famalicão,<br />

foi nomeado, ainda muito<br />

jovem, Governador Civil <strong>de</strong> Vila<br />

Real, em 1915 (na sequência da<br />

revolução <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Maio, que<br />

<strong>de</strong>pôs a ditadura <strong>de</strong> Pimenta <strong>de</strong><br />

Castro), vindo a ser eleito <strong>de</strong>putado<br />

pelo Douro em várias legislaturas<br />

durante a Primeira<br />

República. Seria ainda ministro<br />

do Comércio nos governos <strong>de</strong><br />

Cunha Leal (16 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong><br />

1921 a 6 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1922),<br />

Álvaro <strong>de</strong> Castro (18 <strong>de</strong> Novembro<br />

<strong>de</strong> 1923 a 6 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong><br />

1924) e Domingos Pereira (1 <strong>de</strong><br />

Agosto a 17 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong><br />

1925). Pelo seu percurso políti-<br />

do,<br />

rapidamente se tornou uma<br />

vel<br />

nacional.<br />

Não sendo natural do Douro,<br />

Nuno Simões nutria por esta região<br />

uma enorme estima. Enquanto<br />

<strong>de</strong>putado, e em sintonia<br />

com o movimento duriense, as<br />

suas intervenções pautaram-se<br />

pela <strong>de</strong>fesa da questão regional,<br />

a ele se <strong>de</strong>vendo a apresentação,<br />

no Parlamento, da Lei<br />

n.º 881, que criaria condições<br />

ção<br />

das disposições que regulavam<br />

o comércio dos vinhos do<br />

Porto. Mais tar<strong>de</strong>, já retirado da<br />

vida política ativa, moveria, re-<br />

<br />

benefício da Associação dos<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários da Régua,<br />

não tendo nunca recusado<br />

nenhum pedido que lhe fosse<br />

feito, como referia o vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

da Direcção, José Pinto<br />

da Silva, em 1954. Dessa forma,<br />

viria a assumir uma importância<br />

cabal na realização <strong>de</strong><br />

importantes melhoramentos na<br />

década <strong>de</strong> 1950.<br />

Nuno Simões era um homem<br />

<br />

político. E era, principalmente,<br />

tado<br />

pelo Estado Novo, <strong>de</strong>vido à<br />

sua posição <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada hostilida<strong>de</strong><br />

ao regime, continuava a<br />

movimentar-se junto dos meios<br />

<strong>de</strong>cisores, utilizando a re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

sociabilida<strong>de</strong>s políticas que<br />

construíra, em benefício das<br />

populações. Em face disto, José<br />

Pinto da Silva <strong>de</strong>cidia-se a solicitar-lhe<br />

novamente a sua «valiosa<br />

proteção», <strong>de</strong>sta vez a<br />

propósito <strong>de</strong> um subsídio para o<br />

conserto da ambulância da corporação.<br />

Estávamos em abril <strong>de</strong><br />

1954. A Direcção havia feito<br />

uma exposição ao diretor-geral<br />

<strong>de</strong> Assistência, mas havia-se<br />

<strong>de</strong>parado com um problema burocrático,<br />

colocado pelo diretor-<br />

-geral <strong>de</strong> Administração Política<br />

e Civil. Sabendo que Nuno Simões<br />

se «dava muito bem»<br />

com o diretor-geral, pedia a sua<br />

intervenção junto <strong>de</strong>ste a favor<br />

da concessão do referido subsídio.<br />

E terminava agra<strong>de</strong>cendo<br />

em nome <strong>de</strong> toda a corporação<br />

«que tanto e tanto lhe <strong>de</strong>ve».<br />

Em Agosto do mesmo ano,<br />

Nuno Simões estava a veranear<br />

na estância <strong>de</strong> Pedras Salgadas,<br />

tendo sido visitado por uma <strong>de</strong>legação<br />

dos bombeiros que lhe<br />

foram apresentar, <strong>de</strong> viva voz,<br />

os agra<strong>de</strong>cimentos pelas suas<br />

diligências, a par <strong>de</strong> um novo<br />

pedido <strong>de</strong> ajuda. Nesse ano <strong>de</strong><br />

1954, haviam sido reiniciadas<br />

as obras do novo quartel. A direção<br />

havia apresentado um<br />

pedido <strong>de</strong> subsídio ao ministro<br />

das Obras Públicas (Eng. Arantes<br />

<strong>de</strong> Oliveira) e vinha agora<br />

solicitar os bons ofícios <strong>de</strong> Nuno<br />

Simões no sentido <strong>de</strong> que fosse<br />

concedido. Em <strong>de</strong>zembro, em<br />

nova troca <strong>de</strong> correspondência,<br />

o tom era <strong>de</strong> esperança pois haviam<br />

recebido um ofício dos<br />

Serviços <strong>de</strong> Melhoramentos Urbanos<br />

pedindo mais elementos<br />

quanto ao custo total. Tal facto<br />

prenunciava a atribuição do <strong>de</strong>sejado<br />

subsídio, que viria, <strong>de</strong><br />

facto, a ser concedido, contribuindo<br />

para a conclusão <strong>de</strong>sta<br />

primeira fase, em 1955.<br />

Em inícios <strong>de</strong> 1957, a preocupação<br />

voltava-se para a instalação<br />

<strong>de</strong> um Posto Médico no quar-<br />

ção<br />

estava quase concluída e<br />

havia já sido adquirido o material<br />

necessário ao Instituto Pasteur.<br />

Em abril <strong>de</strong>sse ano, o vice-<br />

-presi<strong>de</strong>nte José Dias da Silva<br />

informava Nuno Simões que seria<br />

dado, ao Posto Médico, o<br />

nome do Dr. Trigo <strong>de</strong> Negreiros<br />

(ministro do Interior, que doara<br />

30 contos para a sua construção)<br />

e que seria o próprio a inaugurá-lo,<br />

aproveitando a <strong>de</strong>slocação<br />

que efetuaria à Régua, em 5<br />

<strong>de</strong> maio <strong>de</strong>sse ano, para inauguração<br />

<strong>de</strong> um novo hospital sub-<br />

-regional. Demonstrando a importância<br />

dada à opinião e orientação<br />

<strong>de</strong> Nuno Simões, perguntava-se<br />

também se <strong>de</strong>veria ser<br />

en<strong>de</strong>reçado um pedido <strong>de</strong> subsídio<br />

à Fundação Calouste Gulbenkian<br />

para aquisição <strong>de</strong> um<br />

aparelho reanimador, consi<strong>de</strong>rado<br />

<strong>de</strong> enorme utilida<strong>de</strong> para a<br />

Régua bem como para todo o<br />

distrito <strong>de</strong> Vila Real, visto não<br />

existir nenhum. O referido aparelho<br />

custava onze contos, quantia<br />

que a associação não podia<br />

<strong>de</strong>spen<strong>de</strong>r por estar a ultimar a<br />

segunda fase das obras no quartel,<br />

inauguradas ainda nesse<br />

ano, pelo ministro do Interior.<br />

A um outro nível, Nuno Simões<br />

revelar-se-ia fundamental<br />

em garantir a estabilida<strong>de</strong><br />

dos órgãos sociais da corporação.<br />

Em 3 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1960, o<br />

presi<strong>de</strong>nte da direção, Dr. Júlio<br />

la,<br />

importante personalida<strong>de</strong> local,<br />

que fora Escrivão <strong>de</strong> Direito<br />

na Régua, vice-presi<strong>de</strong>nte da<br />

Comissão Administrativa e administrador<br />

do concelho, diretor<br />

do Asilo José Vasques Osório e<br />

diretor do semanário A Defesa<br />

do Douro), referindo-se a Nuno<br />

Simões como “carinhoso amigo<br />

e protetor”, aborda-o a propósi-<br />

to dos problemas suscitados<br />

com a escolha <strong>de</strong> um novo comandante.<br />

O caso era consi<strong>de</strong>rado<br />

melindroso, e fora gerado<br />

pela circunstância <strong>de</strong> haverem<br />

atingido o limite <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> para<br />

se manterem no serviço ativo o<br />

comandante do Corpo <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong>,<br />

Lourenço Pinto <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros<br />

(que entretanto havia já<br />

falecido), e o chefe do mesmo<br />

Corpo, António Gue<strong>de</strong>s Castelo<br />

dante<br />

Camilo Gue<strong>de</strong>s). Depois<br />

<strong>de</strong> pon<strong>de</strong>rar, a direção <strong>de</strong>cidira-<br />

-se por Carlos dos Santos, chefe<br />

<strong>de</strong> Secretaria na Santa Casa<br />

da Misericórdia da Régua. Muito<br />

jovem, com apenas 37 anos <strong>de</strong><br />

ida<strong>de</strong>, mas consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong><br />

“aprumo invulgar no meio”,<br />

possuía o 6.º ano dos liceus e o<br />

Curso <strong>de</strong> Sargentos Milicianos<br />

preenchendo, por isso, todas as<br />

condições para o bom <strong>de</strong>sempenho<br />

do cargo. Esta nomeação<br />

fora aprovada pelo Inspetor <strong>de</strong><br />

Incêndios da Zona Norte e, pela<br />

ação do novo comandante, revelara-se<br />

acertada. O problema<br />

surgira quando Carlos dos Santos<br />

manifestara a intenção <strong>de</strong><br />

mudar <strong>de</strong> emprego, com vista a<br />

auferir melhor salário para sustento<br />

da sua família, tendo prometida<br />

a sua colocação no Ins-<br />

<br />

mudar-se da Régua e, em consequência,<br />

<strong>de</strong>ixar o cargo <strong>de</strong><br />

Comandante. Ora, a Corporação<br />

não o podia per<strong>de</strong>r. Entre-<br />

gua<br />

da Socieda<strong>de</strong> Industrial<br />

Farmacêutica (proprietária dos<br />

Laboratórios Azevedos), fora<br />

afastado por suspeita <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfalque.<br />

O lugar encontrava-se<br />

vago e a Direcção vê aqui uma<br />

forte possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> solucionar<br />

a questão. Em seu enten<strong>de</strong>r,<br />

Carlos dos Santos era a<br />

pessoal i<strong>de</strong>al para o cargo, dados<br />

os seus conhecimentos e<br />

<br />

disso, o vencimento era superior<br />

ao auferido no cargo que<br />

<strong>de</strong>sempenhava na Misericórdia.<br />

E os bombeiros não per<strong>de</strong>riam<br />

o seu comandante. Logo, era<br />

pedido o auxílio <strong>de</strong> Nuno Simões<br />

no sentido <strong>de</strong> conseguir a<br />

sua colocação, alegando-se não<br />

se conhecer “quem tão pronta e<br />

nobremente se tenha interessado<br />

pelos seus problemas e os<br />

tenha resolvido com maior<br />

magnanimida<strong>de</strong>”. A sua respos-<br />

<br />

Santos viria a manter-se como<br />

Comandante até 1990.<br />

Como dizia ao início, a história<br />

<strong>de</strong> uma corporação faz-se <strong>de</strong><br />

sinergias e cumplicida<strong>de</strong>s. Os<br />

factos relatados são disso um<br />

bom exemplo. A ligação entre<br />

Nuno Simões e os <strong>Bombeiros</strong> da<br />

Régua, constante e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

vamente<br />

os <strong>de</strong>stinos da associação,<br />

em momentos cruciais<br />

da sua existência. Ao mesmo<br />

tempo, põe em evidência o<br />

quanto é possível alcançar-se<br />

quando a cidadania se exerce<br />

ao serviço das populações.<br />

Carla Sequeira<br />

(Historiadora)


MARÇO 2013<br />

onforme foi noticiado na últi-<br />

Cma edição do <strong>Jornal</strong> <strong>Bombeiros</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, a Associação Humanitária<br />

<strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> Voluntários<br />

<strong>de</strong> Angra do Heroísmo, foi<br />

fundada no dia 1 <strong>de</strong> março <strong>de</strong><br />

1922. Logicamente, o seu corpo<br />

<strong>de</strong> bombeiros, inicia as suas funções<br />

na mesma data.<br />

Também foi noticiado que,<br />

este Corpo <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> Voluntários<br />

tem a sua área <strong>de</strong> atuação<br />

<br />

aproximada <strong>de</strong> 239 quilómetros,<br />

servindo uma população na or<strong>de</strong>m<br />

dos 35 400 habitantes.<br />

O Quartel se<strong>de</strong> situa-se na cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Angra do Heroísmo, no<br />

entanto existe uma Secção Destacada<br />

dos Altares, situada na<br />

zona Nor<strong>de</strong>ste da Ilha Terceira.<br />

O seu Corpo Ativo tem 74 elementos<br />

nas diversas categorias.<br />

Durante o ano <strong>de</strong> 2012, tivemos<br />

um total <strong>de</strong> 6 972 alertas.<br />

Destes, 6 519 foram alertas <strong>de</strong><br />

socorro na área da saú<strong>de</strong>, sendo<br />

os restantes repartidos pelos incêndios,<br />

socorros a náufragos,<br />

inundações, <strong>de</strong>rrocadas e outros.<br />

O Corpo <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> Voluntários<br />

<strong>de</strong> Angra do Heroísmo,<br />

tem 4 Secções. Além <strong>de</strong>stas,<br />

possui 2 equipas <strong>de</strong> intervenção,<br />

a <strong>de</strong> Salvamento em Gran<strong>de</strong> Ângulo<br />

e a <strong>de</strong> Intervenção em Derrocadas.<br />

Cada equipa, é composto<br />

por oito elementos.<br />

Estas equipas <strong>de</strong> intervenção,<br />

foram criadas <strong>de</strong>vido às necessida<strong>de</strong>s<br />

prementes e atuais no<br />

sentido <strong>de</strong> colmatarem as necessida<strong>de</strong>s<br />

neste tipo <strong>de</strong> intervenção<br />

ou intervirem em situações consi<strong>de</strong>radas<br />

<strong>de</strong> exceção e calamida<strong>de</strong>s<br />

naturais ou provocadas pelo<br />

homem, muito comuns nas Ilhas<br />

do Açores, <strong>de</strong>vido às constantes<br />

O fundo <strong>de</strong> proteção social<br />

Fundo que um dia foi criado para apoiar os<br />

O Bombeiro nas mais variadas situações difíceis<br />

das suas vidas, tem cada vez mais razão <strong>de</strong> existir,<br />

<strong>de</strong> ser divulgado, <strong>de</strong> ser ampliado e ser aplicado<br />

em todos os casos <strong>de</strong>vidamente regulamentados,<br />

mas também em casos pontuais que esta<br />

vida <strong>de</strong> miséria a que estamos a ser con<strong>de</strong>nados<br />

nos está a conduzir. E os <strong>Bombeiros</strong>, enquanto<br />

<br />

que nos últimos tempos têm vindo a afetar e a<br />

<strong>de</strong>gradar as condições <strong>de</strong> vida da maioria do povo<br />

português e especialmente as classes mais <strong>de</strong>sfavorecidas.<br />

Dadas as circunstâncias penosas que todos<br />

estamos a atravessar, e os <strong>Bombeiros</strong>, enquanto<br />

pessoas, não fogem à regra, penso que é altura<br />

da Liga fazer mais um trabalho aturado <strong>de</strong> divulgação<br />

do Fundo, <strong>de</strong> preferência em sintonia com<br />

as Fe<strong>de</strong>rações, <strong>de</strong> modo a que os responsáveis<br />

das Associações, especialmente aqueles que estão<br />

há menos tempo na gran<strong>de</strong> família <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong><br />

e portanto menos conhecedores das po-<br />

calmente,<br />

casos dignos <strong>de</strong> ser apoiados, e <strong>de</strong>vem<br />

ser muitos, que estão a escapar a esse<br />

apoio, e proce<strong>de</strong>rem em conformida<strong>de</strong>.<br />

Alguns dirão que os responsáveis dos <strong>Bombeiros</strong><br />

conhecem o Fundo e sabem como agir.<br />

Isso não passará <strong>de</strong> uma meia verda<strong>de</strong> que<br />

<br />

Fundo em que se po<strong>de</strong> comprovar que há meia<br />

dúzias <strong>de</strong> Associações e Corpos <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong><br />

que sabem aproveitar os benefícios que a lei<br />

e os bombeiros té aos anos 40, <strong>de</strong>terminadas or-<br />

A<br />

Voluntários<br />

<strong>de</strong> Angra do Heroísmo<br />

alterações climatéricas e pelo<br />

<br />

que compõem as mesmas. Foi<br />

iniciativa <strong>de</strong>ste Comando a criação<br />

da equipa <strong>de</strong> Salvamento em<br />

Gran<strong>de</strong> Ângulo. A equipa <strong>de</strong> Intervenção<br />

em <strong>de</strong>rrocadas, foi<br />

criada a pedido do Serviço Regional<br />

<strong>de</strong> Proteção Civil e <strong>Bombeiros</strong><br />

dos Açores.<br />

A equipa <strong>de</strong> SGA, tem formação<br />

a<strong>de</strong>quada e atual para a sua<br />

intervenção e atuação. Possui o<br />

equipamento, quanto baste, para<br />

a sua intervenção e atuação; tem<br />

como coqueluche, um atrelado<br />

com diverso material <strong>de</strong> intervenção<br />

e estabilização e energia própria<br />

proporcionada por um gerador<br />

acoplado ao atrelado. É intenção<br />

da equipa <strong>de</strong> SGA, a curto<br />

prazo formarem uma equipa binómio<br />

(uma homem e um cão).<br />

Durante o ano <strong>de</strong> 2012, a <strong>de</strong><br />

SGA proce<strong>de</strong>u à recuperação <strong>de</strong><br />

um cadáver e <strong>de</strong> 3 animais caídos<br />

em falésias.<br />

A equipa <strong>de</strong> Intervenção em<br />

Derrocadas é acionada pelo Serviço<br />

Regional <strong>de</strong> Proteção Civil e<br />

<strong>Bombeiros</strong> dos Açores.<br />

Durante o ano <strong>de</strong> 2012, esta<br />

equipa foi acionada algumas vezes<br />

mas não chegou a intervir.<br />

A formação <strong>de</strong> TAT, TAS, DAE,<br />

PHTLS, condução <strong>de</strong>fensiva e<br />

Salvamento e Desencarceramento,<br />

é da responsabilida<strong>de</strong> do Serviço<br />

Regional <strong>de</strong> Proteção Civil e<br />

<strong>Bombeiros</strong> dos Açores, assim<br />

como os cursos para progressão<br />

na carreira mas estes últimos<br />

com a colaboração dos elementos<br />

<strong>de</strong>ste Comando.<br />

Os elementos com o curso <strong>de</strong><br />

TAS, possuem a formação necessária<br />

e exigida para passarem à<br />

categoria <strong>de</strong> TAE; no entanto, na<br />

lhes confere e a maioria só aproveita casos pontuais<br />

e outros nem por isso.<br />

cialmente<br />

aqueles que hoje estão a sofrer com o<br />

<strong>de</strong>semprego, com a doença, com o agravamento<br />

das condições <strong>de</strong> sobrevivência dos seus<br />

agregados familiares, que estão a ser prejudicados<br />

ou melhor dizendo, a <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> serem<br />

apoiados pelo Fundo só pelo facto <strong>de</strong>sses casos<br />

não serem apresentados, como manda o Regulamento,<br />

à Direcção do Fundo que os analisaria<br />

e <strong>de</strong>spacharia se os mesmos lhes fossem apresentados.<br />

Quero acreditar, acredito mesmo, que muitos<br />

<br />

nunca antes admitidas, muitas vezes se envergonharão<br />

<strong>de</strong> apresentar os seus casos aos seus<br />

Comandantes ou aos seus Presi<strong>de</strong>ntes por uma<br />

razão <strong>de</strong> humilda<strong>de</strong> conhecida e também por<br />

um certo <strong>de</strong>sconhecimento do que é o Fundo e<br />

para que serve o Fundo. Mas eu diria, como diz<br />

o Povo, vergonha é roubar. Mas pedir aquilo a<br />

que se tem direito, é um <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> cada um e<br />

nunca uma vergonha.<br />

Penso que este será o momento mais indicado<br />

para que os sentimentos <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> que os<br />

<strong>Bombeiros</strong> praticam todos os dias para com o seu<br />

semelhante, sejam também colocados, <strong>de</strong> forma<br />

ampliada, ao serviço daqueles que todos os dias<br />

fazem o bem sem olhar a quem. E o Fundo po<strong>de</strong><br />

ajudar a minimizar muitas situações complicadas<br />

na gran<strong>de</strong> família dos <strong>Bombeiros</strong>.<br />

Carlos Pinheiro<br />

Região Autónoma dos Açores, tal<br />

categoria ainda não é uma realida<strong>de</strong>,<br />

embora preconizada na lei,<br />

<strong>de</strong>ixando assim algum <strong>de</strong>sconforto<br />

nestes elementos.<br />

Da formação interna, saliente-<br />

-se a formação <strong>de</strong> FII, ministrada<br />

pelos elementos do Comando,<br />

chefes e subchefes. A avaliação<br />

<strong>de</strong>sta formação é da responsabilida<strong>de</strong><br />

conjunta do Serviço Regional<br />

<strong>de</strong> Proteção Civil e <strong>Bombeiros</strong><br />

dos Açores e dos elementos <strong>de</strong>ste<br />

Comando. Na formação interna,<br />

ministra-se a formação normal<br />

num Corpo <strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong>,<br />

como as instruções nos piquetes<br />

noturnos, secções e instruções<br />

gerais.<br />

Na formação externa, salienta-se<br />

a ministrada a varias entida<strong>de</strong>s,<br />

nomeadamente escolas,<br />

lares <strong>de</strong> idosos, secretarias regionais<br />

e particulares sobre<br />

agentes extintores e prevenção<br />

<strong>de</strong> incêndios.<br />

A a<strong>de</strong>rência <strong>de</strong> visitas dos alunos<br />

<strong>de</strong> diversas Escolas às nossas<br />

instalações tem sido enorme.<br />

Este corpo <strong>de</strong> bombeiros, esten<strong>de</strong><br />

também a sua atuação exterior<br />

a diversos eventos, como<br />

ralis, touradas, apoio ao <strong>de</strong>sporto<br />

e a gran<strong>de</strong>s festivida<strong>de</strong>s.<br />

<br />

são<br />

das Ilhas dos Açores, o Corpo<br />

<strong>de</strong> <strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> Angra do Heroísmo,<br />

é solicitado pelo Serviço<br />

Regional <strong>de</strong> Proteção Civil e<br />

<strong>Bombeiros</strong> dos Açores algumas<br />

vezes, a intervir fora da sua área<br />

<strong>de</strong> atuação e intervenção, na<br />

própria ilha ou nas outras ilhas.<br />

Luís Picanço<br />

Comandante do Corpo<br />

dos <strong>Bombeiros</strong> Voluntários<br />

<strong>de</strong> Angra do Heroísmo<br />

O som do apito na Cruz Branca<br />

<strong>de</strong>ns, procedimentos e manobras<br />

eram dadas através do som do apito.<br />

Exemplo marcante era a montagem<br />

das escadas à portuense e à croché<br />

mente<br />

pelo apito do graduado ou mesmo<br />

do elemento <strong>de</strong> comando.<br />

Mostrava-se organização, disciplina<br />

e <strong>de</strong>streza. A espetacularida<strong>de</strong> das<br />

manobras estava sempre presente. A<br />

montagem da escada à portuense em<br />

topo provocava alguns arrepios ao público<br />

mais sensível. Do mesmo modo,<br />

a montagem na horizontal com o tradicional<br />

arvorar da escada exigiam<br />

movimentos ca<strong>de</strong>nciados e marcados<br />

com a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> aviso e com a or<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> execução através do apito.<br />

Quem não se recorda da montagem<br />

da escada à croché, também <strong>de</strong>signada<br />

escada <strong>de</strong> ganchos, e até se costumava<br />

dizer que dava para chegar até<br />

ao céu! Aqui estava presente a musculatura<br />

<strong>de</strong> braços e on<strong>de</strong> não se podia<br />

pensar em vertigens. Do mesmo modo<br />

o anúncio da chegada do comandante<br />

e mesmo a execução <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m unida tinham toques<br />

muito próprios.<br />

Mas tudo isto era comandado pelo apito que o<br />

tempo guardou e que <strong>de</strong> uma forma inesperada<br />

chegou ao novo quartel da Cruz Branca.<br />

O célebre apito pertenceu à família “Antunes”,<br />

que teve uma ligação muito forte à Cruz Branca,<br />

por mais do que uma geração. O pai e dois dos<br />

<br />

preocupados com a instrução dos bombeiros.<br />

No Quartel Moraes Serrão, situado na Rua Direita<br />

no centro da cida<strong>de</strong>, faziam-se os treinos e<br />

instruções <strong>de</strong> escadas ao som do apito preso por<br />

uma corrente a uma das platinas do blusão e encaixado<br />

no bolso do peito. Quando necessário era<br />

exibido com garbo e também com autorida<strong>de</strong>,<br />

permitindo que, através do movimento dos <strong>de</strong>dos,<br />

o som variasse <strong>de</strong> tom.<br />

O exemplar trazido até nós será exposto no<br />

novo quartel como instrumento usado pelos nossos<br />

antepassados e com gran<strong>de</strong> orgulho será estimado<br />

pelos presentes como elemento histórico<br />

1 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Municipais <strong>de</strong> Leiria ......... 174<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Óbidos .........86<br />

<strong>Bombeiros</strong> Privativos da Portucel-Cacia. ....57<br />

2 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Privativos da Efacec . .........43<br />

4 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Murtosa ........35<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Torrão . ........25<br />

5 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Aguiar da Beira . . . 59<br />

7 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Coimbra ....... 124<br />

<strong>Bombeiros</strong> Privativos da Portucel-Setúbal . . . 41<br />

8 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Lourosa . .......45<br />

9 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários Portuenses . .......89<br />

10 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários da Ajuda. ........ 133<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Lages do Pico . ...32<br />

12 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários<br />

<strong>de</strong> Con<strong>de</strong>ixa-a-Nova ..................84<br />

13 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Ílhavo ........ 120<br />

15 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários da Ribeira Gran<strong>de</strong> . . 138<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Miran<strong>de</strong>la ...... 130<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Valongo . . . . . . . 120<br />

<strong>Bombeiros</strong> Municipais <strong>de</strong> Alcanena ........73<br />

16 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Vila Meã. .......32<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Loriga .........31<br />

ANIVERSÁRIOS<br />

31<br />

<strong>de</strong>sta centenária Associação Humanitária <strong>de</strong><br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários.<br />

Os toques do apito e a correspon<strong>de</strong>nte execução<br />

das manobras estão expressos na tabela em<br />

uso pelos <strong>Bombeiros</strong> <strong>de</strong> Salvação Pública, <strong>de</strong>nominação<br />

usual na época.<br />

A nossa Marinha <strong>de</strong> Guerra, sempre presente<br />

na história da Nação Portuguesa, ainda usa o apito<br />

para emanar as or<strong>de</strong>ns e procedimentos nas<br />

várias manobras que as tripulações têm <strong>de</strong> executar<br />

nos navios <strong>de</strong> guerra, com especial <strong>de</strong>staque<br />

o navio-escola Sagres.<br />

Álvaro Ribeiro<br />

17 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Carvalhos. ..... 102<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Mértola ........42<br />

18 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Cete ..........88<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Alvito. .........63<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Pernes .........36<br />

19 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Fafe. ......... 123<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Idanha-a-Nova . . . 64<br />

20 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários Cabeceirenses ......64<br />

22 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Alenquer .......76<br />

23 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários da Lourinhã .......85<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários do Nor<strong>de</strong>ste .......33<br />

25 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Camarate .......76<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários Chamusquenses ....63<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Arouca .........49<br />

28 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários<br />

<strong>de</strong> Ferreira do Zêzere .................66<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários <strong>de</strong> Santo André .....24<br />

29 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários<br />

<strong>de</strong> São João da Ma<strong>de</strong>ira ...............85<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários<br />

<strong>de</strong> Castanheira do Ribatejo . . . . . . . . . . . . . 37<br />

30 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>Bombeiros</strong> Voluntários<br />

<strong>de</strong> Caldas das Taipas ................ 126<br />

Fonte: Base <strong>de</strong> Dados LBP


32 MARÇO 2013<br />

ANPC E LBP ASSINAM PROTOCOLO<br />

Vigilância médico-sanitária<br />

vai arrancar<br />

Liga dos <strong>Bombeiros</strong> Portu-<br />

A gueses (LBP) e a Autorida<strong>de</strong><br />

Nacional <strong>de</strong> Proteção Civil<br />

(ANPC) assinaram, no passado<br />

dia sete <strong>de</strong> março, o protocolo<br />

que regula o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cooperação<br />

em matéria <strong>de</strong> vigilância<br />

médica e realização <strong>de</strong> inspeções<br />

médico-sanitárias. Com<br />

A Crónica<br />

do bombeiro Manel<br />

s anos vão correndo e estamos<br />

Osempre a ouvir falar das viaturas<br />

<br />

<br />

que faltam e não <strong>de</strong>viam faltar e pelos<br />

vistos tem sido difícil acertar o<br />

passo entre aquilo que <strong>de</strong>viam ter, o<br />

<br />

por arranjar.<br />

A cada passo, nos aniversários e<br />

noutras cerimónias em que tenho estado<br />

estou sempre a ouvir a mesma<br />

coisa. E acredito que se não fosse a<br />

teimosia <strong>de</strong> muito comandante e diretor<br />

muitos dos equipamentos e das<br />

LOUVOR/REPREENSÃO<br />

Aos grupos <strong>de</strong> bombeiros e,<br />

em especial, à Juvebombeiro,<br />

pelas várias iniciativas <strong>de</strong> recolha<br />

<strong>de</strong> alimentos e vestuário<br />

<strong>de</strong>stinados aos mais carenciados<br />

das comunida<strong>de</strong>s.<br />

base no documento, as partes<br />

garantem a realização das inspeções<br />

aos elementos do quadro<br />

ativo durante cinco anos,<br />

num total <strong>de</strong> seis mil bombeiros<br />

abrangidos por ano.<br />

rios<br />

<strong>de</strong> seleção e à LBP suportar<br />

os custos <strong>de</strong>stas inspeções, pa-<br />

viaturas que hoje existem nos nos-<br />

prar.<br />

Antigamente falavam-nos <strong>de</strong> planos<br />

<strong>de</strong> re-equipamento e as coisas<br />

iam andando. Um dia os governantes<br />

da época pararam com isso e andámos<br />

uns anos a penar. Depois, mais<br />

tar<strong>de</strong> veio o QREN que obriga a tirar<br />

um curso para conseguir alguma coisa.<br />

Mas mesmo assim tem ajudado a<br />

resolver alguma coisa mas não sabemos<br />

até quando, ou melhor, ninguém<br />

nos garante que esteja para<br />

durar.<br />

ção<br />

Social do Bombeiro, bem<br />

lendários.<br />

Vai ser constituída<br />

uma comissão <strong>de</strong> acompanhamento<br />

que tem por missão monitorizar<br />

a aplicação <strong>de</strong>ste acordo.<br />

PC<br />

Ao comentador da SIC, Miguel<br />

Sousa Tavares, por criticar<br />

o pagamento aos bombeiros<br />

para apagarem fogos, <strong>de</strong>sfasado<br />

do contexto em que<br />

isso ocorre.<br />

Eu acho<br />

Isto quer dizer que ao longo <strong>de</strong><br />

anos os bombeiros andaram sempre<br />

<strong>de</strong> Hero<strong>de</strong>s para Pilatos para conseguir<br />

alguma coisa. Lembro-me que<br />

no princípio <strong>de</strong> ser bombeiro as coisas<br />

eram ainda mais difíceis, andávamos<br />

<strong>de</strong> lata na mão para conseguir<br />

reunir uns escudos e lá íamos<br />

resolvendo as coisas. Mas o tempo<br />

mudou e julgava que um dia acabaria<br />

por haver regras para tudo isto.<br />

Alguma coisa foi feita para melhor<br />

mas parece que continuamos com a<br />

mão estendida.<br />

Sempre achei que a nós bombei-<br />

<br />

<strong>Bombeiros</strong> preferidos<br />

no transporte<br />

s associações e corpos <strong>de</strong> bombeiros asso-<br />

Aciados da Liga dos <strong>Bombeiros</strong> Portugueses<br />

(LBP) vão ser solicitados preferencialmente<br />

para o transporte <strong>de</strong> sinistrados no âmbito do<br />

Sistema <strong>de</strong> Acompanhamento e Apoio dos Si-<br />

-<br />

<br />

<strong>de</strong> Seguros <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>.<br />

O protocolo que vai proporcionar essa pre-<br />

<br />

edição entre a LBP, representada pelo presi<strong>de</strong>nte<br />

do conselho executivo, comandante Jai-<br />

<br />

Marques.<br />

O transporte dos referidos sinistrados será<br />

feito com base em 0,51 euros em <strong>de</strong>slocações<br />

Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte foi<br />

O no dia 28 <strong>de</strong> fevereiro palco da assinatura <strong>de</strong><br />

protocolos entre o Serviço Municipal <strong>de</strong> Proteção<br />

Civil e diversas entida<strong>de</strong>s do concelho <strong>de</strong> Loures,<br />

nomeadamente as Associações Humanitárias dos<br />

nhões,<br />

Loures, Moscavi<strong>de</strong> e Portela, Sacavém e<br />

Zambujal.<br />

LOURES<br />

ros cabe apenas, e já é muito, dar a<br />

disponibilida<strong>de</strong>, a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ajudar,<br />

na<br />

para que não falhe o socorro.<br />

Acho também que <strong>de</strong>via ser o Estado<br />

ou as Câmaras municipais, ou até<br />

os dois, a dar-nos os meios, <strong>de</strong> tanto<br />

em tanto tempo, como acontece aí<br />

noutros países e como nos contam<br />

alguns amigos aqui da terra que trabalham<br />

no estrangeiro.<br />

Eu percebo que a situação atual<br />

dá mais jeito e que os bombeiros<br />

continuam a fazer das tripas coração<br />

para com os apoios que recebem fa-<br />

superiores a 20 quilómetros ou sujeita a uma<br />

taxa <strong>de</strong> saída no caso <strong>de</strong> percursos inferiores.<br />

<strong>de</strong>mnizações<br />

que sejam <strong>de</strong>vidas por dano cor-<br />

<br />

quando o responsável pelo mesmo seja <strong>de</strong>s-<br />

tório<br />

<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> civil automóvel ou,<br />

<br />

empresa <strong>de</strong> seguros do veículo causador.<br />

O transporte pelos bombeiros <strong>de</strong>sempenha<br />

grado<br />

na aquisição <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> serviços<br />

que permitam disponibilizar aos sinistrados<br />

as terapias consi<strong>de</strong>radas apropriadas à<br />

sua rápida cura e reabilitação.<br />

Câmara mantém 1,8 milhões <strong>de</strong> apoios<br />

Apesar da difícil situação económica que o país<br />

atravessa, a autarquia manteve os valores atribuídos<br />

o ano passado, cerca <strong>de</strong> 1 milhão e 800 mil<br />

-<br />

lução<br />

<strong>de</strong> problemas como socorro às populações,<br />

inundações, <strong>de</strong>sabamentos, mas também na pre-<br />

<br />

zerem muito mais. Mas eu acho que<br />

isso tem um limite e que todos os<br />

senhores das câmaras e do Estado<br />

se <strong>de</strong>vem enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vez sobre<br />

isso.<br />

o.bombeiromanel@gmail.com<br />

FICHA TÉCNICA: Administrador: Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Executivo da Liga dos <strong>Bombeiros</strong> Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia<br />

Marques Valentim – Publicida<strong>de</strong> e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Proprieda<strong>de</strong>: Liga dos <strong>Bombeiros</strong> Portugueses –<br />

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