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Relatividade e Eletromagnetismo - evfita

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<strong>Relatividade</strong> e <strong>Eletromagnetismo</strong><br />

Referências:<br />

<strong>Relatividade</strong> Restrita<br />

Mecânica relativística<br />

Eletrodinámica relativística<br />

D. J. Griffiths, Introduction to Electrodynamics, Prentice­Hall, 1999<br />

C. Schiller, Motion Mountain – The Adventure of Physics,<br />

http://www.motionmountain.net/<br />

Usenet Physics FAQ, http://math.ucr.edu/home/baez/physics/


É o que vemos;<br />

Luz<br />

É com referência a luz que definimos o que é reto;<br />

Foi usado antigamente para medir o tempo;<br />

Atualmente usamos para medir o tempo com precisão (frequência de transição em Ce­<br />

133);<br />

Atualmente é usado para medir distâncias e comprimentos com precisão.<br />

A luz tem um papel importante na maioria das observações que fazemos, das mais<br />

mundanas às mais exatas.


A luz se move?<br />

Será que a luz é um fenómeno de movimento? SIM!<br />

Os gregos reconhecerem luz com uma entididade que se move através das sombras:<br />

o andamento da luz da sua fonte é bloqueiado por um objeto opaco, formando uma<br />

região de sombra.<br />

O pensador grego Empedocles (c. 490 a c. 430 A.C.) concluiu que a luz deve levar<br />

um certo tempo para se mover da sua fonte até uma superfície qualquer – isto é, que<br />

a luz deve ter uma velocidade finita.<br />

Porém, a velocidade é muita alta.


Terra (2a med.)<br />

Primeiras medidas da velocidade de luz<br />

1668 ­ 1676<br />

Sol Terra (1a med.)<br />

Idéia do astrónomo italiano Giovanni Cassini;<br />

Jupitor e Io (2a med.)<br />

Jupitor e Io (1a med.)<br />

Tentativa feita pelo astrónomo dinemarquês Ole Rømer, ex­assistente de Cassini;<br />

Rømer não conseguiu um resultado porque não teve um valor confiável para a distância<br />

até Jupitor e porque suas medições do tempo foram imprecisas;<br />

Estas deficiências foram sanadas por Christian Huygens e por Edmund Halley poucos<br />

anos depois;<br />

Desde aquela época é sabido que a luz leva um pouco mais do que 8 minutos para chegar<br />

do Sol até a Terra.


Segunda medida da velocidade de luz<br />

1726<br />

v<br />

Perspectivo da chuva<br />

v<br />

Perspectivo do andador<br />

c<br />

c<br />

Bradley:<br />

c = v / tan<br />

v = 2R / T<br />

= 30 km/s<br />

c = 3.0 x 10 8 m/s<br />

Terra<br />

Sol<br />

Terra<br />

v<br />

c<br />

v<br />

Perspectivo da luz<br />

c<br />

Sol<br />

Perspectivo da gente<br />

Método do 'andador na chuva' do astrónomo inglês James Bradley. O ângulo de desvio<br />

é chamado a aberração da luz. Seu valor é aproximadamente 20.5'', ou 10 ­ 4 rad.


Espelho<br />

Medição precisa da velocidade de luz<br />

1849<br />

Medição feito pelo físico francês Hippolyte Fizeau;<br />

Espelho<br />

semi­prateado<br />

Fonte de luz<br />

Ele mandou um pulso de luz para o espelho e mediu o tempo que levou para ir e voltar;<br />

Ele conseguiu um valor para a velocidade de luz apenas 5% maior do que o valor moderno.


As equações de Maxwell<br />

Lei solenoidal Lei de Faraday<br />

Lei de Gauss Lei de Ampère­Maxwell<br />

James Clerk Maxwell, um físico­matemático escocês, unificou a eletricidade, o magnetismo e a<br />

óptica na sua forma atual;<br />

Ele demonstrou que os campos elétricos e magnéticos propagam com a velocidade de luz e<br />

apresentou a luz como um efeito eletromagnetico;<br />

Em 1864, demonstrou que as forças elétricas e magnéticas tem a mesma natureza – uma força<br />

elétrica em uma referencial pode tornar­se uma força magnética em outra, e vice­versa.


Soluções oscilatórias<br />

Maxwell determinou que suas equações possuem soluções oscilatórios que<br />

propagam com a velocidade de luz e naturalmente associou estas ondas<br />

eletromagnéticas com a luz. Em 1881, Hertz criou e detectou ondas<br />

eletromagnéticos de comprimento de onda muito maior – as ondas de rádio.<br />

O grande problema com as ondas eletromagnéticas foi que não se conhecia a matéria<br />

que oscilava para fazer estas ondas. Todo tipo de onde conhecido na época envolvia a<br />

oscilação de algum substrato material:<br />

ondas numa corda;<br />

ondas sonoras no ar ou em sólidos<br />

ondas em água.<br />

Consequentemente, foi suposto a existência de uma substância cuja oscilação resultava<br />

em ondas eletromagnéticas – o éter. E procurava­se sinais que esta substância se<br />

comportava como os outros substratos de ondas. Em particular, procurava­se<br />

anisotropias na velocidade de luz, que assinalaria diferenças no movimento com<br />

respeito ao éter.


Éter<br />

Terra<br />

A experiência de Michelson­Morley<br />

Sol<br />

Terra<br />

As experiências procuraram medir a<br />

interferência entre duas partes de um feixe<br />

de luz coerente que tinham propagadas ao<br />

longo de caminhos de comprimentos<br />

iguais mas em direções diferentes com<br />

respeito ao éter. O resultado foi nulo.<br />

O propósito das experiências de Michelson<br />

(1881) e de Michelson e Morley (1887) foi de<br />

medir a variação da velocidade de luz devido a<br />

movimento relativo ao éter.<br />

Fonte de<br />

luz coerente<br />

Espelho<br />

Detetor<br />

Espelho


Coincidência?<br />

A lei de força de Lorentz refer a 'a' velocidade da carga. Assim, a lei faz aparecer que existe um<br />

sistema de referência única na qual as leis de eletromagnetismo são válidas. Porém, considere a<br />

seguinte coincidência:<br />

fio<br />

v<br />

fio<br />

Aqui, pela lei de Lorentz,<br />

uma força eletromotriz é gerada no fio que<br />

pode ser escrita em temos do fluxo<br />

magnético como<br />

ímã v ímã<br />

Aqui,v=0. Mas pela Lei de Faraday,<br />

uma força eletromotriz é gerada no fio que<br />

pode ser escrita em temos do fluxo<br />

magnético como<br />

Einstein citou esta coincidência no primeiro parágrafo do seu trabalho de 1905 sobre a<br />

relatividade restrita.


<strong>Relatividade</strong> restrita<br />

Assim, existiam duas evidências que a velocidade de luz deve ser invariante – as<br />

experiências de Michelson e Morley e as próprias leis de Maxwell. Porém, estas<br />

evidências não estão consistentes com a mecânica não­relativística. Os maiores físicos da<br />

época se esforçaram em tentativas de reconciliar as duas teorias até 1905, quando Albert<br />

Einstein publicou seu trabalho famoso.<br />

Einstein propus dois postulados no seu trabalho:<br />

O princípio de relatividade – As leis de física são<br />

aplicáveis em qualquer sistema de referência inercial;<br />

A invariança da velocidade de luz – A velocidade de luz é<br />

a mesma para qualquer observador inercial, independente do<br />

movimento da fonte.<br />

Uma das consequências fundamentais destes postulados é que conceito de simultaneidade<br />

perdeu seu sentido.


v<br />

A relatividade de simultaneidade<br />

Consider um vagão de trem que se move a velocidade constante numa trilha reta. Quando<br />

uma lâmpada pendurado no centro da vagão é ligada, a luz espalha em todas as direções a<br />

velocidade c.<br />

Um observador no trem conclui que a luz alcance a frente e o fundo do vagão<br />

simultaneamente.<br />

Um observador parado no chão conclui que a luz alcance o fundo da vagão antes que alcance<br />

a frente, porque o trem se move enquanto a luz propaga, diminuindo a distância até o fundo<br />

do vagão e aumentando a distância até a frente.<br />

Dois eventos que são simultâneos em um sistema inercial não são necessariamente<br />

simultâneos em um outro sistema.<br />

v


v<br />

Dilatação do tempo<br />

h h<br />

Considere agora um raio de luz que atinge o chão do vagão diretamente abaixo da lâmpada.<br />

Quanto tempo este leva para alcançar o chão?<br />

Para o observador no trem, a reposta é<br />

facil:<br />

Assim, temos<br />

Relógios em deslocamento andam mais lentos.<br />

e<br />

v t<br />

Para o observador no chão, o raio demora<br />

mais, porque o trem está em movimento:<br />

v


Verificação experimental da dilatação do tempo<br />

detetor alto<br />

muons Muons são partículas elementares que são formadas<br />

detetor baixo<br />

continuamente na atmosfera alta por raios côsmicos. Um<br />

muon em repouso tem uma meia­vida de 2,2 s . Isto é<br />

equivalente a uma distância de 660 m na velocidade de<br />

luz. Depois deste tempo, metade dos muons iniciais tem<br />

decaídos.<br />

B. Rossi e D. B. Hall (Phys. Rev. 59, 223 (1941)) mediram o fluxo de muons com<br />

velocidades entre 0,9950c e 0,9954c a um altura de 1,9 km e ao nível do mar. Usando a<br />

meia­vida de muons em repouso, apenas 13% dos muons observados no detetor alta<br />

alcançaria o detetor baixo. Porém, 82% dos muons chegaram em baixo, devido ao diferença<br />

de tempo de aproximadamente 0,62 s , no sistema de referência dos muons, em acordo<br />

com o efeito de dilatação do tempo.


Simetria da dilatação do tempo<br />

Visto do chão: Visto do trem:<br />

Relógio no trem Relógio no trem B Relógio no trem A<br />

Relógio no chão A Relógio no chão B Relógio no chão<br />

O observador no chão usa dois relógios sincronizados, em pontos A e B, e marca o tempo quando<br />

o relógio do trem passa ponto A e depois ponto B;<br />

O observador no trem usa dois relógios sincronizados, em pontos A e B, e marca o tempo quando<br />

o relógio do chão passa ponto A e depois ponto B;<br />

Ambos vão concluir que o relógio do outro anda mais lentamente. Também vão concluir que o<br />

outro fez uma comparação errônea por não ter usado relógios sincronizados.


tempo<br />

Fim<br />

Gêmeo 1 Gêmeo 2<br />

Início<br />

espaço<br />

O paradoxo dos gêmeos<br />

Virada<br />

Vamos supor que um de um par de gêmeos faz um viagem<br />

espacial a velocidade próximo a velocidade próximo a<br />

velocidade de luz e volta anos depois para encontrar seu<br />

par. Devido a dilatação do tempo, o gêmeo que viajou<br />

voltaria mais jovem do que o gêmeo que ficou.<br />

E a simetria da dilatação do tempo? Do ponto de visto do<br />

gẽmeo que viajou, o gêmeo que ficou aproveitou da<br />

dilatação de tempo para permanecer mais jovem.<br />

Neste caso não há simetria, porque o gêmeo que viajou necessariamente teve que acelerar para<br />

se separar do outro. O gêmeo que viajou teve que ter, no caso mais simples, dois sistemas<br />

inerciais diferentes para se afastar e depois voltar. Uma consequência disto é o grande<br />

intervalo nos tempos que ele considera simultâneos, mostrados pelas linhas azuis. Para mais<br />

detalhes veja, o Usenet Physics FAQ.


v<br />

Contração de comprimento<br />

Considere uma lâmpada no fundo do vagão que emite um raio que reflete de um espelho na<br />

frente da vagão e volta. Quanto tempo leva para a luz ir e voltar?<br />

Para um observador no<br />

trem, a reposta e fácil:<br />

v<br />

t 1<br />

v<br />

t 2<br />

Para um observador no chão, o raio demora mais para ir mas<br />

menos para voltar, por causa do movimento do trem:<br />

or<br />

v


Contração de comprimento (cont.)<br />

Para um observador no trem: Para um observador no chão:<br />

Devido a dilatação do tempo, temos<br />

Temos então<br />

O comprimento do vagão é mais curto quando medido pelo observador no chão do que<br />

quando medido pelo observador no vagão.<br />

Objetos em movimentos são contraídos em<br />

comprimento. Este efeito é chamado contração<br />

de Lorentz.


A escada e o celeiro<br />

Um fazendeiro tem uma escada que é comprida demais para<br />

armazenar no celeiro. Aproveitando da contração de Lorentz, ele<br />

pede sua filha veloz de correr com a escada para dentro do celeiro<br />

para ele poder fechar a porta e guardar a escada. Ela, por outro lado,<br />

diz que não vai dar certo, porque quando ela corre com a escada é o<br />

celeiro e não a escada que encolhe. Quem está certo?<br />

Ambos! É uma questão de prespectiva.<br />

O comprimento da escada (ou do celeiro) é a distância entre suas<br />

extremidades a um mesmo instante de tempo. Para decidir se a<br />

escada cabe no celeiro ou não, temos que examinar:<br />

o tempo em que a extremidade A da escada alcance a parede do<br />

celeiro e<br />

o tempo em que a extremidade B entra na porta do celeiro.<br />

Simultaneidade destes tempos depende do sistema inercial.<br />

Vistos de cima<br />

v<br />

v


Contração de Lorentz<br />

A contração de Lorentz encurta um objeto em movimento apenas na direção do<br />

movimento.<br />

Dimensões perpendiculares ao movimento não são contraídas.<br />

v<br />

Considere uma linha vermelho pintado a uma altura de 1 m no muro ao lado da trilha por uma<br />

pessoa no chão e uma linha azul pintado na mesma altura por alguem no trem. Se a dimensão<br />

fosse contraído, o observador no chão veria a linha azul pintado pelo observador no trem<br />

abaixo da linha vermelho, enquanto o observador do trem veria a linha vermelho abaixo da<br />

linha azul. A única maneira dos dois estar certos é se a linhas se sobrepoem. Isto é, não há<br />

contração de Lorentz nesta direção.<br />

v


z<br />

As transformações de Lorentz<br />

Um processo físico consiste em um ou mais eventos, onde um evento é um acontecimento a<br />

um posição específica (x,y,z) a um tempo específico (t).<br />

Aqui construimos a transformação das coordenadas (x,y,z,t) de um evento em um sistema<br />

inercial S para as coordenadas (x',y',z',t') do mesmo evento em outro sistema inertial S'.<br />

y y'<br />

O O'<br />

z'<br />

x<br />

d<br />

v<br />

E<br />

A'<br />

x<br />

x'<br />

Orientamos os eixos tal que o sistema S' se desloca do sistema S ao<br />

longo do eixo x com velocidade v e que os eixos O e O' coincidem<br />

a t=0.<br />

No instante t do evento E, O' está a uma distância vt de O. Assim,<br />

onde d é a distância de O' a A' a tempo t. Agora, observamos que d<br />

é a distância de O' a A' medida em S, enquanto x' é a distância de<br />

O' a A' medida em S'. Assim, x' é contraído a d em S,<br />

Substituindo, temos


v<br />

z<br />

y y'<br />

O O'<br />

z'<br />

d'<br />

x'<br />

E<br />

A<br />

x<br />

As transformações de Lorentz<br />

x'<br />

Para obter a transformação em tempo t, consideramos o<br />

transformação contrária em x. Assim, no instante t' do evento E, O'<br />

está a uma distância vt' de O e<br />

onde d' é a distância de O a A a tempo t'. Aqui, d' é a distância de O<br />

a A medida em S', enquanto x é a distância de O a A medida em S.<br />

Assim, x é contraído a d' em S', . Substituindo,<br />

temos .<br />

Junto com a equação , podemos resolver para t ou para t' e completar as<br />

equações da transformação de Lorentz.<br />

De S para S': De S' para S:<br />

As coordenadas perpendiculares ao movimento não mudam.


Sincronização e dilatação de tempo<br />

x=0 x'=0 v<br />

Considere um sequência de<br />

relógios no eixo x do sistema S<br />

sincronizados em t=0.<br />

No sistema S', seu tempo t' varia de<br />

acordo com a sua posição:<br />

Os relógios em x>0 são atrasados e os em<br />

x


Contração de Lorentz<br />

S' S<br />

x' e<br />

x' d<br />

Considere um objeto em movimento ao direito com velocidade v. Seu comprimento de<br />

repouso, isto é, seu comprimento em S', é dado por<br />

onde d e e significam direito e esquerda.<br />

Um observador no sistema S mede as posições extremas do objeto a um instante do<br />

seu tempo t,<br />

Usando<br />

recuperamos a expressão para a contração de Lorentz,<br />

. , .<br />

x e<br />

x d<br />

v


A transformação de velocidades<br />

Suponha que a velocidade de uma partícula no sistema S é<br />

No sistema S', a partícula se desloca<br />

no tempo<br />

Sua velocidade em S' é<br />

Devido à transformação do tempo, componentes da velocidade perpendiculares a<br />

direção da transformação também são transformadas<br />

Quando u = c, u' = c.


Espaço de Minkowski<br />

A transformação de Lorentz toma uma forma mais simples se escrevermos todos as<br />

coordenadas nas mesmas unidades. Definimos<br />

e renomeamos os coordenadas espaciais<br />

As equações da transformação de Lorentz se tornam


Espaço de Minkowski<br />

Podemos escrever as equações da transformação em forma matricial como<br />

e resumí­las na forma compacta como<br />

Escrita desta maneira, a transformação é muito aparecida com a forma geral de uma<br />

rotação em 3­D<br />

De fato, uma transformação de Lorentz pode ser considerada como uma rotação<br />

generalizada – entre o espaço e o tempo.


A geometria do espaço­tempo<br />

Da mesma maneira que podemos definir um 3­vetor como qualquer conjunto de 3<br />

componentes que transforma sob rotações como (x, y, z), podemos definir um 4­vetor<br />

como qualquer conjunto de 4 componentes que transforma como (x 0 , x 1 , x 2 , x 3 ) sob<br />

transformações de Lorentz,<br />

ou no caso de uma<br />

transformação de<br />

Lorentz ao longo do<br />

eixo x<br />

Em analogia ao produto escalar de 3­vetores que é invariante sob rotações<br />

podemos definir um produto escalar de 4­vetores que é invariante sob transformações de<br />

Lorentz (incluindo rotações)


A geometria do espaço­tempo<br />

Por causa do sinal de menos no produto escalar, é conveniente introduzir um vetor<br />

covariante a que é relacionado com o vetor contravariant a por<br />

O produto escalar pode ser escrito em termos dos dois como<br />

Dado dois eventos A e B, com<br />

ou, simplesmente,<br />

podemos definir o 4­vetor de deslocamento entre os dois<br />

e o intervalo invariante entre os dois<br />

e


Diagrama de espaço­tempo<br />

O intervalo invariante entre os eventos A e B<br />

com<br />

contém informação física sobre os eventos.<br />

Nomeamos os tipos de intervalo de acordo com<br />

seu sinal:<br />

'spacelike'<br />

'lightlike'<br />

'timelike'<br />

Futuro<br />

Passado<br />

Quando o intervalo é 'timelike', podemos distinguir entre o futuro<br />

x 0 = ct<br />

Presente Presente<br />

e o passado<br />

x<br />

linha de mundo


Mecânica Relativística<br />

Quando um partícula se movimenta no espaço tempo com velocidade u , seu relógio interno anda<br />

mais lentamente do que um relógio em repouso. O tempo interno é chamado tempo próprio<br />

Em termos do tempo próprio, podemos definir a velocidade própria<br />

que em termos da velocidade ordinária<br />

A velocidade própria pode ser estendida a um 4­vetor,<br />

com componente 0:<br />

A velocidade própria transforma com um 4­vetor<br />

é tem norma invariante<br />

é


Energia e momento<br />

Em mecânica clâssica, o momento é definido como o produto da massa e da velocidade.<br />

Para ter uma quantidade que transforma como um 4­vetor, fica claro que devemos usar a<br />

velocidade própria em vez da velocidade ordinária<br />

O componente temporal do 4­vetor de momento é<br />

Associamos este com a energia relativística<br />

A energia relativística é não­nula, mesmo quando a massa está em repouso,<br />

O resto da energia, que atribuimos ao movimento, é a energia cinética,


Conservação de energia e momento<br />

Em qualquer sistema fechado, o 4­vetor de energia e momento total é conservado .<br />

Nota que distinguimos entre uma quantidade invariante, que é igual em qualquer sistema<br />

inercial, e uma quantidade conservada, que é igual antes e depois de qualquer processo físico.<br />

O 4­vetor de energia momento é conservado mas não é invariante. O produto escalar do<br />

momento com si mesmo<br />

ou,<br />

fornece a massa m como uma quantidade invariante,.<br />

Em um sistema fechado, tanto o 4­vetor de energia e momento total quanto a sua massa são<br />

conservados.


Partículas sem massa<br />

Para uma partícula com massa nula, temos para o produto do seu momento consigo mesmo,<br />

Das definições da velocidade própria e do momento, verificamos que podemos recuperar o<br />

valor da velocidade ordinária de um objeto como<br />

Para uma partícula de massa nula, temos<br />

Uma partícula de massa nula, como o fóton, podem ser acelerada ou deceleradas – sua<br />

energia e momento podem mudar – mas sua velocidade sempre será a velocidade de luz.<br />

Pode dizer que tais partículas são movimento puro.<br />

ou


p, m<br />

Duas partículas<br />

Laboratório Centro de massa<br />

p c , m<br />

Devido à invariança da massa, as massas nos dois sistemas são iguais e<br />

e<br />

m<br />

p c , m<br />

Em colisões de partículas, apenas a energia no sistema do centro de massa está disponível para<br />

contribuir à reação. O resto está presa no movimento conservado. É por isto que aceleradores<br />

modernos usam colisões de dois feixes e não alvos fixos.<br />

Um deuteron é um núcleo formado de um neutron e um proton de massas (quase) iguais. No<br />

sistema do centro de mass, sua massa invariante quadrada é<br />

onde B é a sua energia de ligação.


Centro de massa<br />

<br />

p c , m<br />

p c , m<br />

Uma colisão elástica<br />

<br />

Laboratório<br />

p 2 , m<br />

p 1 , m<br />

A conservação de energia e momento depois da colisão fica clara no sistema do centro de<br />

massa. A forma explicita da transformação de Lorentz é necessária para voltar para o<br />

sistema do laboratório.<br />

Com um pouco de esforço, é possível mostrar (no caso de duas massas iguais) que<br />

onde é o fator de Lorentz da transformação. Para colisões não­relativísticas, temos<br />

Mas em geral,


Dinâmica relativística<br />

A segunda lei de Newton é válida em mecânica relativística (e consistente com a conservaçõ<br />

de momento em um sistema fechado), quando o momento relativístico é usado,<br />

O trabalho continua a ser definido em termos da integral de linha da força,<br />

Assim podemos mostrar que a teorema de trabalho e energia (o trabalho feito numa<br />

partícula é igual ao aumento na sua energia cinética) continua a valer. Temos<br />

e


Assim, temos<br />

Dinâmica relativística<br />

Podemos tomar para as equações de movimento do 4­vetor de momento<br />

A terceira lei de Newton – a de ação e reação – não continua válida em mecânica<br />

relativística, em geral. Quando os dois objetos em questão são separados, a aplicação do<br />

lei traz a questão do tempo da ação e reação. Como vimos, simultaneidade é um conceito<br />

relativo para objetos separados. A terceira lei vale apenas quando as duas forças são<br />

aplicadas no memso ponto ou no caso trivial de uma força constante.


Uma força constante<br />

Consideramos uma massa m sujeito a uma força constante F e supomos que ela está em<br />

repouso a x=0 em t=0. Temos<br />

Desde que p=0 em t=0, temos<br />

Integrando novamente, temos x<br />

ou<br />

Clássico<br />

(parabólico)<br />

Este movimento ocorre, por exemplo, quando uma partícula carregada está num campo<br />

elétrico uniforme.<br />

Relativístico<br />

(hiperbólico)<br />

ct


Transformação da equação de movimento<br />

As equações de movimento na forma<br />

são faceis de entender, mas não transformam bem sob transformações de Lorentz. Por<br />

exemplo, sob uma transformação na direção x,<br />

com o componente da força na direção x mais complicado ainda.<br />

Uma maneira de evitar esta complicação é de usar a força 'própria', que é igual à<br />

deriva do momento com o tempo próprio,<br />

com componentes<br />

A qual das duas forças corresponde uma força clássica ­ ordinária ou de Minkowski?


Eletrodinâmica relativística<br />

Diferente da mecânica, eletrodinâmica já é consistente com a relatividade restrita.<br />

As equações de Maxwell e a força de Lorentz podem ser aplicado em qualquer<br />

sistema inercial. O que é visto com um processo elétrico em um referencial pode<br />

se tornar um processo magnético em outro, mas o movimento de partículas será o<br />

mesmo nos dois.<br />

Com a mecânica corrreta, é possível desenvolver uma formulação completa e<br />

consistente de eletrodinâmica. Porém, esta reformulação nào modifica as leis de<br />

eletrodinâmica, apenas expressa as na linguagem de relatividade restrita.


Eletrostática + relatividade ­> magnetismo<br />

S: S':<br />

v<br />

­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­<br />

v<br />

+<br />

s<br />

+ + +<br />

s<br />

+ +<br />

q<br />

u<br />

q<br />

Considere um condutor com uma cadeia de cargas positivas se movendo à direita com<br />

velocidade v e uma cadeia de cargas negativas se movendo à esquerda com a mesma<br />

velocidade v. Supomos que as duas cadeias de cargas podem ser consideradas densidades<br />

de carga de linha, e ­ , respectivamente. Introduzimos uma carga q a um distância s do<br />

condutor que se move à direita com velocidade u


Eletrostática + relatividade ­> magnetismo<br />

S: S':<br />

v<br />

­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­<br />

v<br />

+<br />

s<br />

+ + +<br />

s<br />

+ +<br />

q<br />

u<br />

q<br />

Agora considere a mesma situação no sistema S', no qual a carga q está em repouso. As<br />

velocidades das cargas em linha são<br />

Desde que v ­ > v + , a contração de Lorentz é maior para as cargas negativas do que para as cargas<br />

positivas. Existe então uma carga negativa residual no condutor. Para calculá­la, usamos<br />

com<br />

v ­<br />

v +


Eletrostática + relatividade ­> magnetismo<br />

S: S':<br />

v<br />

­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­<br />

v<br />

+<br />

s<br />

+ + +<br />

s<br />

+ +<br />

q<br />

u<br />

q<br />

Com um pouco de álgebra, obtemos<br />

e a densidade carga residual<br />

A carga residual cria um campo elétrico e uma força na carga q no sistema S',<br />

que, em S, tem a forma,<br />

v ­<br />

onde usamos<br />

v +


Transformação dos campos eletromagnéticos<br />

Nos supomos que carga é invariante. Como a massa, a carga de um objeto é um número<br />

independente da sua velocidade.<br />

Os campos elétrico e magnético, porém, se transformam, como vimos no exemplo anterior.<br />

Supomos que a transformação não depende de como os campos form produzidos, Se isto não<br />

fosse o caso, não faria sentido falar em campos. Assim podemos escolher as configurações mais<br />

simples dos campos para analisar as transformações.


Transformação do campo elétrico<br />

S 0 : S:<br />

z 0<br />

l 0<br />

v0 x0 v0 <br />

w<br />

<br />

w<br />

Um capacitor em repouso em S 0 que carrega densidades de carga superficial ± 0<br />

tem um campo elétrico entre as placas dado por<br />

Pela lei de Gauss, o campo elétrico no sistema S, onde as<br />

placas estão em movimento, é dado por<br />

A carga total em cada placa é invariante e a largura w não muda. O comprimento, l 0 ,<br />

porém, sofre uma contração de Lorentz, tal que<br />

Assim,<br />

y 0<br />

z<br />

y<br />

l<br />

x


S 0 :<br />

z 0<br />

Transformação do campo elétrico<br />

y 0<br />

<br />

v <br />

0<br />

<br />

x0 Quando as placas são perpendiculares ao velocidade, apenas a distância entre eles<br />

sente a contração de Lorentz. Mas o campo elétrico não depende desta distância.<br />

Assim,<br />

Em resumo, podemos dizer que o campo elétrico de uma distribuição de cargas<br />

inicialmente me repouso transforma como<br />

e<br />

S:<br />

z<br />

y<br />

x


Transformação dos campos eletromagnéticos<br />

S: S':<br />

z<br />

y 0<br />

<br />

<br />

l<br />

v 0<br />

'<br />

w<br />

x<br />

'<br />

w<br />

x'<br />

z'<br />

y'<br />

l'<br />

v' (v relativa S)<br />

Para obter a regras gerais de transformação, precisamos começar com um sistema que tem<br />

ambos os campos – o elétrico e o magnético. O sistema S serve. Tem um campo elétrico<br />

e um campo magnético devido as correntes de superfície,<br />

Pela lei de Ampère, o campo magnétic está na direção z com<br />

No sistema S', a velocidade v com respeito a S, os campos são<br />

onde<br />

O que precisamos fazer agora é expressar os campos em S' em termos dos campos em S.


Transformação dos campos eletromagnéticos<br />

O primiero passo em relacionar os campos é de escrevé­los como<br />

Com um pouco de álgebra, obtemos<br />

Então, temos<br />

e<br />

Usando a identidade<br />

com


S:<br />

z<br />

z<br />

Transformação dos campos eletromagnéticos<br />

y<br />

y<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

v 0<br />

v 0<br />

x<br />

x<br />

Para determinar a transformação em E z e B y , alinhamos as<br />

placas do capacitor no plano xy. Então<br />

e, da mesma maneira que antes, obtemos<br />

Usando a terceira configuração, com as placas do capacitor<br />

no plano yz, vimos que componente do campo elétrico<br />

paralelo à velocidade da transformação não é modificado.<br />

Esta configuração não produz um campo magnético.


z<br />

Transformação dos campos eletromagnéticos<br />

y<br />

x<br />

Para obter a regra de transformação do componente do campo<br />

magnético paralelo à velocidade da transformação, considere um<br />

solenoide longo alinhado no eixo x e em repouos no sistema S.<br />

O campo magnétic dentro do solenoide pode ser escrito em termos da corrente I e o número<br />

de espiras por unidade de comprimento n como<br />

No sistema S', o comprimento contrai. Assim,<br />

O tempo dilata também. Desde que é o relógio de S que está no sistem do solenoide em<br />

repouso, é este que anda mais lentamente. Assim, a corrente (carga por unidade de tempo)<br />

transforma como<br />

Vemos que os dois fatores cancelam e concluímos que o campo magnético paralalo à<br />

velocidade da transformação também nào é modificado. Temos


Transformação dos campos eletromagnéticos<br />

Podemos resumir as regras de transformação como<br />

ou como


Uma carga puntiforme<br />

Considere uma carga puntiforme q em repouso no origem em S. Seus campos<br />

eletromagnéticos são<br />

Queremos obter os campos em um sistema de referência S' que se move na direção<br />

x>0 com velocidade v. Usamos<br />

para escrever os novos campos nas velhas coordenadas,<br />

Escrevemos as velhas coordenadas em termos das novas<br />

e obtemos


Potenciais eletromagnéticos<br />

Os campos eletromagnéticos normalmente podem ser escritos em termos de potenciais como<br />

Os potenciais podem ser escritos como um 4­vetor<br />

Para reescrever as expressões para os campos em termos de 4­vetores, usamos<br />

Temos então<br />

Estas expressões deixam claro que os campos eletromagnéticos podem ser<br />

unificados em um tensor antisimétrico


O tensor eletromagnético<br />

Os componentes do tensor eletromagnético são<br />

Tanto o 4­vetor dos potenciais eletromagnéticos quanto o 4­vetor de derivadas<br />

transformam como tal sob transformações de Lorentz,<br />

O tensor eletromagnético, então, se transforma como<br />

Esta equação fornece as mesmas expressões que obtivemos antes para a transformação<br />

dos componentes dos campos eletromagnéticos.


A força de Lorentz<br />

Queremos reformular a força de Lorentz e as equações de Maxwell em terrmos do tensor<br />

eletromagnético,<br />

Começamos com a força de Lorentz. Comparando componentes, verificamos que<br />

De outros argumentos, (acoplamento mínimo), identificamos a força de Minkowski como<br />

e a força ordinário como


As fontes das equações de Maxwell<br />

Antes de reformular as equações de Maxwell em termos do tensor eletromagnético, vamos<br />

unificar as fontes dos campos em um 4­vetor. Considere um nuvem de carga e analise em<br />

um volume infinitesimal V contendo uma carga Q e se movendo a velocidade u. Temos<br />

para suas densidades de carga e corrente<br />

Expressamos estas densidades em termos da densidade de carga própria, isto é, a<br />

densidade de carga no sistema de repouso,<br />

Devido a contração de Lorentz,<br />

e, assim,<br />

Reconhecendo os componentes da velocidade própria, podemos escrever


As fontes das equações de Maxwell<br />

Conservação de carga implica que as densidades de carga e corrente satisfazem uma<br />

equação de continuidade,<br />

Temos<br />

tal que, usando<br />

temos, para a equação de continuidade,


As equações de Maxwell<br />

Analisamos primeiro as equações homogêneas em termos do tensor eletromagnético,<br />

Verificamos que a equação solenodial pode ser escrita como<br />

enquanto os três componentes da equação de Faraday podem ser escritas como<br />

Podemos unir estas em uma equação,<br />

Nota que esta equação é automaticamente satisfeita quando


As equações de Maxwell<br />

Uma outra maneira de escrever a equação homogênea de Maxwell e<br />

onde o tensor completamente antisimétrico é<br />

Uma alternativa é de definir outro tensor – o tensor dual<br />

que satisfaz a equação


As equações de Maxwell<br />

Analisando agora as equações de Maxwell com fontes, em termos do tensor eletromagnético,<br />

verificamos que a lei de Gauss pode ser escrita como<br />

enquanto os três componentes da equação de Ampère­Maxwell tomam a forma<br />

Obviamente podemos unificar estas na equação


As equações de Maxwell<br />

Assim, em notação relativística, as equações de Maxwell tem a forma simples<br />

Quando escrevemos o tensor eletromagnético em termos dos potenciais,<br />

a equação homogênea é satisfeita automaticamente e a equação não homogênea se torna<br />

Para simplificar esta equação, lembramos que o tensor eletromagnético é invariante sob<br />

uma transformação de calibre dos potenciais<br />

Se nos escolhemos a condição de calibre de Lorentz,<br />

a equação de Maxwell reduz a<br />

e

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