Transmissão Assimétrica de Preços do Atacado para o - Instituto de ...
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Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> J a neiro<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> Economia<br />
<strong>Transmissão</strong> <strong>Assimétrica</strong> <strong>de</strong> <strong>Preços</strong> <strong>do</strong> Ataca<strong>do</strong><br />
<strong>para</strong> o Varejo: um Estu<strong>do</strong> Empírico<br />
TD. 001/2008<br />
Marcos A. M. Lima<br />
Marcelo Resen<strong>de</strong><br />
Série<br />
Textos <strong>para</strong> Discussão
<strong>Transmissão</strong> <strong>Assimétrica</strong> <strong>de</strong> <strong>Preços</strong> <strong>do</strong> Ataca<strong>do</strong> <strong>para</strong> o Varejo: um Estu<strong>do</strong><br />
Empírico *<br />
Marcos A. M. Lima<br />
Faculda<strong>de</strong> IBMEC-RJ<br />
Av. Presi<strong>de</strong>nte Wilson, 118, Centro, 20.030-020, Rio <strong>de</strong> Janeiro-RJ, Brasil<br />
Email: mamdl@uol.com.br<br />
Marcelo Resen<strong>de</strong><br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> Economia, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />
Av. Pasteur 250, Urca, 22290-240, Rio <strong>de</strong> Janeiro-RJ, Brasil<br />
Email: mresen<strong>de</strong>@ie.ufrj.br<br />
Abstract<br />
The paper investigates the prevalence of asymmetric price transmission between the wholesale<br />
and retail segments for six selected vegetable products in the city of Rio <strong>de</strong> Janeiro-Brazil<br />
taking as reference weekly data along the 2007-8 period. The exploratory econometric<br />
evi<strong>de</strong>nce mostly favors a symmetric price transmission process.<br />
Key-words: wholesale, retail, asymmetric price transmission<br />
Sumário<br />
O artigo investiga a prevalência <strong>de</strong> transmissão assimétrica <strong>de</strong> preços entre os segmentos <strong>de</strong><br />
ataca<strong>do</strong> e varejo <strong>para</strong> seis produtos vegetais seleciona<strong>do</strong>s na cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro-Brasil<br />
toman<strong>do</strong> como referência da<strong>do</strong>s semanais ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> 2007-8. A evidência<br />
econométrica exploratória em geral favorece um processo simétrico <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> preços.<br />
Palavras-chave: ataca<strong>do</strong>, varejo, transmissão assimétrica <strong>de</strong> preços<br />
* Os autores agra<strong>de</strong>cem a assistência <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> João Marcos Tavares.
1- Introdução<br />
A transmissão <strong>do</strong>s preços ao longo <strong>de</strong> uma ca<strong>de</strong>ia produtiva é um tema recorrente na<br />
mídia. De fato, possíveis reajustes assimétricos <strong>de</strong> preços entre os setores atacadistas e<br />
varejistas são ocasionalmente menciona<strong>do</strong>s <strong>de</strong> tal forma que elevações <strong>de</strong> preços no ataca<strong>do</strong><br />
ten<strong>de</strong>riam a ser mais prontamente ratificadas no nível <strong>do</strong> varejo <strong>do</strong> que reduções <strong>de</strong> preços<br />
naquele segmento. O padrão <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> preços está em parte associa<strong>do</strong> à<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> estoques, custos <strong>de</strong> transportes ou ainda o exercício <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong> merca<strong>do</strong> por intermediários [Ray et al. (2006) fornecem um sumário <strong>do</strong>s argumentos<br />
teóricos].<br />
No nível empírico emergiu uma literatura que procurou testar a existência <strong>de</strong><br />
transmissão assimétrica <strong>de</strong> preços <strong>do</strong> ataca<strong>do</strong> <strong>para</strong> o varejo na qual po<strong>de</strong>-se mencionar<br />
Bacon (1991), Duffy-Deno (1996), Eckert (2002) e Chen et al (2005) <strong>para</strong> a comercialização <strong>de</strong><br />
gasolina e ainda Minten e Kyle (2000) e Miller e Hayenga (2001) <strong>para</strong> produtos agropecuários.<br />
Ajustes assimétricos <strong>de</strong> preços parecem prevalecer em diferentes contextos.<br />
No presente trabalho investigamos a prevalência <strong>de</strong> ajustes assimétricos <strong>para</strong> legumes<br />
seleciona<strong>do</strong>s no Rio <strong>de</strong> Janeiro ten<strong>do</strong> como referência da<strong>do</strong>s semanais em 2007 e 2008 <strong>do</strong><br />
ataca<strong>do</strong> e <strong>do</strong> varejo. Além <strong>do</strong> interesse geral, o tema parece revestir-se <strong>de</strong> interesse adicional<br />
por conta da recente tendência <strong>de</strong> elevação <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong>s alimentos em diferentes países.<br />
O artigo está organiza<strong>do</strong> da seguinte forma. A segunda seção discute os argumentos<br />
teóricos que po<strong>de</strong>m levar a padrões assimétricos na transmissão <strong>de</strong> preços entre o ataca<strong>do</strong> e o<br />
varejo e discute a evidência empírica anterior. A terceira seção discute a construção <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s<br />
e apresenta o mo<strong>de</strong>lo empírico a ser estima<strong>do</strong>. A quarta seção apresenta os resulta<strong>do</strong>s<br />
empíricos. A quinta seção traz alguns comentários finais.<br />
2- <strong>Transmissão</strong> <strong>de</strong> <strong>Preços</strong> na Ca<strong>de</strong>ia Produtiva<br />
2.1- Aspectos Conceituais
O fenômeno <strong>de</strong> ajustamento assimétrico nos preços ocorre quan<strong>do</strong> tais preços sobem<br />
prontamente em resposta a um aumento <strong>de</strong> custos, mas não baixam na mesma velocida<strong>de</strong><br />
caso os custos tenham se reduzi<strong>do</strong>. Estes custos na maior parte <strong>do</strong>s casos são aproxima<strong>do</strong>s<br />
pelo preço da principal matéria-prima. Portanto, a com<strong>para</strong>ção feita normalmente envolve os<br />
preços pratica<strong>do</strong>s pelos ven<strong>de</strong><strong>do</strong>res da matéria-prima no ataca<strong>do</strong> e os preços cobra<strong>do</strong>s no<br />
varejo.<br />
Quase toda a literatura sobre o assunto é <strong>de</strong> natureza empírica. Há poucos trabalhos<br />
envolvi<strong>do</strong>s no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo teórico <strong>para</strong> a explicação da assimetria na<br />
transmissão <strong>do</strong>s preços. A explicação da assimetria nestes artigos está relacionada à<br />
existência <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> monopólio das firmas (Benabou e Gertner (1993), Borenstein e Shepard<br />
(1996)), ou <strong>de</strong> inflação com custos <strong>de</strong> ajustamento nos preços (Ball e Mankiw (1994). Porém,<br />
nenhum <strong>de</strong>stes trabalhos esgota totalmente o assunto e fornece um arcabouço teórico<br />
satisfatório.<br />
O texto <strong>de</strong> Ray et al. (2006) tenta preencher esta lacuna combinan<strong>do</strong> aspectos liga<strong>do</strong>s à<br />
literatura acerca <strong>do</strong> comportamento <strong>do</strong>s canais <strong>de</strong> distribuição com os custos <strong>de</strong> ajustamento<br />
nos preços. Estes autores sugerem que os custos <strong>de</strong> ajustamento <strong>de</strong> preços enfrenta<strong>do</strong>s pelo<br />
varejo po<strong>de</strong>m resultar em comportamento assimétrico <strong>do</strong>s preços no ataca<strong>do</strong>.<br />
Se há custos <strong>de</strong> ajustamento no varejo, os preços não vão variar por conta <strong>de</strong> pequenas<br />
oscilações nos preços <strong>do</strong> ataca<strong>do</strong>. Isso faz com que a curva <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda percebida pelos<br />
atacadistas tenha uma região perfeitamente inelástica, na qual seus preços po<strong>de</strong>m variar sem<br />
que haja redução na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mandada. Isso faz com que pequenos aumentos <strong>de</strong> preços<br />
sejam lucrativos <strong>para</strong> os atacadistas e pequenas reduções em seus preços sejam prejudiciais<br />
em termos <strong>de</strong> sua lucrativida<strong>de</strong>, uma vez que não representarão aumento nas quantida<strong>de</strong>s<br />
vendidas, já que os preços no varejo não sofrerão alteração.<br />
Para gran<strong>de</strong>s alterações <strong>do</strong>s preços no ataca<strong>do</strong>, tais autores consi<strong>de</strong>ram que os preços<br />
no varejo respondam prontamente. Portanto, os preços no varejo se ajustariam <strong>de</strong> forma
simétrica nestes casos. Haveria, portanto, comportamentos distintos no que concerne a<br />
assimetria <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a magnitu<strong>de</strong> das variações <strong>do</strong>s preços no ataca<strong>do</strong>. Cabe ressaltar,<br />
contu<strong>do</strong>, a natureza simplificada <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo que consi<strong>de</strong>ra uma firma no ataca<strong>do</strong> e uma no<br />
varejo e consi<strong>de</strong>ra-se um mo<strong>de</strong>lo seqüencial na linha <strong>de</strong> Stackelberg. No caso <strong>de</strong><br />
comercialização <strong>de</strong> alimentos com número razoável <strong>de</strong> pequenos varejistas o contexto po<strong>de</strong><br />
ser algo distinto.<br />
Já o artigo <strong>de</strong> Minten e Kyle (2000) relata que as explicações tradicionais sobre<br />
comportamento assimétrico nos preços estão relacionadas à concentração da indústria na<br />
revenda e intervenção governamental. Outra explicação é dada por Kinnucan e Forker (1987),<br />
<strong>de</strong> que a elasticida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmissão ataca<strong>do</strong>-varejo é diferente <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a fator<br />
causa<strong>do</strong>r da variação <strong>do</strong> preço no ataca<strong>do</strong>, se foi aumento na <strong>de</strong>manda <strong>do</strong> varejo ou se foi<br />
aumento nos custos <strong>do</strong> ataca<strong>do</strong>. Se foi causada pelo segun<strong>do</strong> fator, a transmissão <strong>de</strong> preços<br />
<strong>para</strong> o varejo <strong>de</strong>ve ser inferior ao que seria no primeiro caso. Porém, a existência <strong>de</strong> estoques,<br />
po<strong>de</strong> em alguns casos neutralizar o impacto <strong>de</strong> variações na <strong>de</strong>manda <strong>do</strong>s reven<strong>de</strong><strong>do</strong>res pelo<br />
produto no ataca<strong>do</strong>, sobre os preços no ataca<strong>do</strong>.<br />
O mo<strong>de</strong>lo usa<strong>do</strong> por Minten e Kyle (2000) em seu estu<strong>do</strong> é basea<strong>do</strong> no <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> por<br />
Gardner (1975) e Heien (1980), que mostra que os atacadistas <strong>de</strong>frontam-se com uma<br />
<strong>de</strong>manda quebrada, o que implica em diferentes elasticida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> aumentos e reduções nos<br />
preços. Com isso, os preços no varejo respon<strong>de</strong>rão <strong>de</strong> forma diferente, a aumentos e reduções<br />
<strong>de</strong> preços no ataca<strong>do</strong>.<br />
In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>do</strong>s outros motivos a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>para</strong> explicar a transmissão<br />
assimétrica <strong>do</strong> ataca<strong>do</strong> <strong>para</strong> o varejo, um <strong>de</strong>les é certamente o mais forte. O po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> merca<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong>s varejistas, certamente leva a transmissões assimétricas. Isso faz com que esta ferramenta<br />
utilizada no presente artigo seja a<strong>de</strong>quada <strong>para</strong> a verificação da presença <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />
merca<strong>do</strong> das firmas varejistas.<br />
2.2- Estu<strong>do</strong>s Empíricos Anteriores
A literatura empírica que estu<strong>do</strong>u transmissão assimétrica <strong>de</strong> preços <strong>do</strong> ataca<strong>do</strong> pára o<br />
varejo concentrou-se basicamente nos merca<strong>do</strong>s <strong>de</strong> gasolina e <strong>de</strong> produtos agropecuários. 1<br />
Em várias ocasiões constatou-se que os preços <strong>do</strong> varejo seguem a direção <strong>de</strong> reajuste <strong>do</strong>s<br />
preços no ataca<strong>do</strong> <strong>para</strong> aumentos <strong>de</strong> preços mas não <strong>para</strong> reduções, embora em nem to<strong>do</strong>s<br />
os casos um simples argumento <strong>de</strong> exercício <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> prevaleça. A literatura<br />
consi<strong>de</strong>rou diferentes méto<strong>do</strong>s econométricos mas po<strong>de</strong>-se observar uma pre<strong>do</strong>minância <strong>de</strong><br />
méto<strong>do</strong>s econométricos <strong>para</strong> séries temporais. A tabela 2 resume os principais estu<strong>do</strong>s.<br />
INSERIR TABELA 2 POR AQUI<br />
Po<strong>de</strong>-se observar também uma pre<strong>do</strong>minância nos estu<strong>do</strong>s <strong>para</strong> o setor <strong>de</strong> gasolina. No<br />
presente estu<strong>do</strong> focamos na transmissão <strong>de</strong> preços <strong>do</strong> ataca<strong>do</strong> <strong>para</strong> o varejo. Existem,<br />
contu<strong>do</strong>, estu<strong>do</strong>s consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a transmissão <strong>de</strong> preços a partir <strong>de</strong> petróleo cru <strong>para</strong> o varejo<br />
como Borenstein et al. (1997), Godby et al. (2000), Chen et al (2005) e Oladunjoye (2008) mas<br />
cabe ressaltar que uma vez mais a evidência <strong>de</strong> assimetria parece prevalecer. Uma aplicação<br />
distinta foi efetuada por Minten e Kyle (2000) <strong>para</strong> a comercialização <strong>de</strong> alimentos no Zaire e<br />
revelou também evidência pre<strong>do</strong>minantemente favorável à assimetria <strong>de</strong> ajustes <strong>de</strong> preços. No<br />
presente trabalho empregamos abordagem semelhante aquele trabalho.<br />
1 A seguir resume-se alguns trabalhos representativos, veja também as referências citadas em Ray et al (2006)
3. Aplicação Empírica<br />
3.1- Questões Econométricas<br />
Na seção anterior ficou clara a prevalência <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>para</strong> séries <strong>de</strong> tempo <strong>para</strong> o<br />
estu<strong>do</strong> da transmissão assimétrica <strong>de</strong> preços e não raro, a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> longas séries<br />
permite um foco em padrões <strong>de</strong> longo prazo. Exemplos incluem análises <strong>de</strong> cointegração no<br />
contexto <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los autoregressivos <strong>de</strong> limiar (threshold autoregressive mo<strong>de</strong>ls) e<br />
proprieda<strong>de</strong>s cíclicas investigadas no <strong>do</strong>mínio da freqüência. No presente artigo, o perío<strong>do</strong><br />
amostral é relativamente mais curto e assim procura-se empreen<strong>de</strong>r uma análise semelhante à<br />
<strong>de</strong>senvolvida <strong>para</strong> alimentos no trabalho <strong>de</strong> Minten e Kyle (2000), <strong>para</strong> tanto nos am<strong>para</strong>mos<br />
na estratégia empírica sugerida por Houck (1977) <strong>para</strong> testar assimetrias. Para uma<br />
especificação consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> termos <strong>de</strong>fasa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m po<strong>de</strong>-se especificar o<br />
seguinte sistema on<strong>de</strong> i =1, ....n <strong>de</strong>nota o produto:<br />
Vi t<br />
E<br />
E<br />
R<br />
= αi<br />
0 + αi1(<br />
Ai<br />
) D + αi<br />
2(<br />
A it 1)<br />
D i1(<br />
Ai<br />
) D i2<br />
( A<br />
t<br />
i − + β + β<br />
t<br />
i<br />
+ η(<br />
PGAS − PGAS ) + γ S + δ T + ε ( 1)<br />
t<br />
t−1<br />
∑<br />
k<br />
j<br />
j<br />
it<br />
it−1<br />
) D<br />
R<br />
+ λ ( V<br />
O aspecto central da abordagem refere-se à introdução <strong>de</strong> variáveis dummy <strong>para</strong><br />
inclinação que captam elevação ou constância <strong>do</strong> preço <strong>do</strong> produto i entre 2 perío<strong>do</strong>s<br />
consecutivos (D E ) e redução ou constância entre 2 perío<strong>do</strong>s consecutivos (D R ). Essa são<br />
consi<strong>de</strong>radas multiplicativamente com as diferenças nos preços <strong>do</strong> ataca<strong>do</strong>. 2 As variáveis são<br />
assim <strong>de</strong>finidas:<br />
2 Uma especificação parcimoniosa apenas com a primeira e primeira diferença <strong>de</strong>fasada <strong>para</strong> preços <strong>do</strong> ataca<strong>do</strong><br />
po<strong>de</strong> ser justificada com o curto perío<strong>do</strong> entre a compra e a venda face à possibilida<strong>de</strong> limitada <strong>de</strong> estocagem.<br />
Segun<strong>do</strong> Minten e Kyle (2000) as evidências apontam <strong>para</strong> uma faixa <strong>de</strong> 2.7 a 6.2 dias <strong>de</strong> intervalo entre<br />
compra no ataca<strong>do</strong> e venda no varejo <strong>para</strong> produtos vegetais, mas não possuímos informações mais específicas<br />
<strong>para</strong> o caso ora em estu<strong>do</strong>.<br />
i<br />
i,<br />
t−1<br />
)
. V i : preços no varejo <strong>do</strong> produto i no perío<strong>do</strong> t<br />
t<br />
. A i : preços no ataca<strong>do</strong> <strong>do</strong> produto i no perío<strong>do</strong> t<br />
t<br />
, Sj: variável dummy sazonal <strong>para</strong> trimestre assume valor 1 no trimestre em questão e 0 caso<br />
contrário<br />
. T: variável <strong>de</strong> tendência temporal <strong>para</strong> captar outros efeitos <strong>de</strong> longo prazo<br />
. ( t− t−1<br />
PGAS<br />
PGAS ): primeira diferença no preço da gasolina como proxy da variação <strong>do</strong> custo<br />
<strong>de</strong> transporte<br />
Na aplicação consi<strong>de</strong>rada na próxima seção consi<strong>de</strong>ramos uma versão mais<br />
simplificada sem as dummies sazonais e sem variável <strong>de</strong> tendência. De fato, a estimação com<br />
dummies sazonais trimestrais sempre produziu resulta<strong>do</strong>s não significativos e por outro la<strong>do</strong><br />
da<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> amostral curto <strong>de</strong> aproximadamente um ano e meio, a introdução <strong>de</strong> uma<br />
variável <strong>de</strong> tendência temporal não parece justificável. Outrossim, face à estacionarieda<strong>de</strong> das<br />
variáveis envolvidas (a menos <strong>do</strong> preço da gasolina) trabalhamos com se séries em níveis em<br />
contraste com Minten e Kyle (200) que se <strong>de</strong>frontaram com variáveis integradas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m 1<br />
(I(1)) e consi<strong>de</strong>ram um mo<strong>de</strong>lo em primeiras diferenças. O sistema apresenta<strong>do</strong> po<strong>de</strong> ser<br />
estima<strong>do</strong> pelo méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> regressões aparentemente não relacionadas [seemingly unrelated<br />
regressions-SUR] que procura dar conta <strong>de</strong> possíveis correlações entre os erros das diferentes<br />
equações <strong>de</strong> forma a gerar estimativas mais eficientes. Com efeito, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> choques<br />
comuns relevantes <strong>para</strong> diferentes produtos agrícolas po<strong>de</strong> ser potencialmente importante.<br />
A lógica da abordagem <strong>para</strong> testar assimetrias baseia-se na com<strong>para</strong>ção <strong>do</strong>s<br />
coeficientes referentes a elevação ou redução <strong>de</strong> preço. Mais especificamente, será<br />
consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um teste conjunto da forma abaixo <strong>para</strong> i=1...n:<br />
Hipótese nula <strong>de</strong> transmissão simétrica <strong>de</strong> preços<br />
H0: α i1<br />
+ αi<br />
2 = βi1<br />
+ βi<br />
2<br />
A ser contrastada com a:
Hipótese alternativa <strong>de</strong> transmissão assimétrica <strong>de</strong> preços<br />
H1: α i1<br />
+ αi<br />
2 ≠ βi1<br />
+ βi<br />
2<br />
2.2- Base <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s<br />
O estu<strong>do</strong> se am<strong>para</strong> em duas fontes <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s básicas referentes aos preços <strong>de</strong><br />
legumes, frutas e hortaliças comercializa<strong>do</strong>s na cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro. Para o ataca<strong>do</strong><br />
obteve-se da<strong>do</strong>s da principal central atacadista [DITEC-CEASA] com freqϋência diária <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2005. Para o varejo, contu<strong>do</strong>, a base estava disponível <strong>para</strong> 8 feiras em diferentes bairros em<br />
bases semanais mas apenas <strong>para</strong> os anos <strong>de</strong> 2007 e 2008 conforme forneci<strong>do</strong>s pela<br />
Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ria <strong>de</strong> Licenciamento e Fiscalização-Prefeitura da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro. Assim<br />
sen<strong>do</strong> foi necessário restringir o estu<strong>do</strong> <strong>para</strong> 2007 e 2008 e <strong>para</strong> os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ataca<strong>do</strong> foram<br />
geradas médias semanais. Vale ressaltar ainda que os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ataca<strong>do</strong> contemplam<br />
diferentes varieda<strong>de</strong>s <strong>para</strong> cada produto ao contrário <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> varejo. Nesse senti<strong>do</strong><br />
optou-se por selecionar produtos com series completas e <strong>para</strong> os quais o tipo da varieda<strong>de</strong><br />
estava claramente explicita<strong>do</strong>. Por outro la<strong>do</strong>, optamos por consi<strong>de</strong>rar no varejo uma feira por<br />
região [Tijuca (zona norte); Leblon (zona sul); Barra da Tijuca (zona oeste)] e foram<br />
seleciona<strong>do</strong>s seis produtos [abobrinha extra, aipim comum, inhame extra, jiló extra, pepino<br />
extra, vagem manteiga extra]. No nível <strong>do</strong> ataca<strong>do</strong> os produtos são comercializa<strong>do</strong>s em caixas<br />
que apesar <strong>de</strong> supostamente serem as mesmas ao longo <strong>do</strong> tempo comportam alguma<br />
variação <strong>de</strong> peso, assim consi<strong>de</strong>rou-se o peso médio da caixa <strong>para</strong> se gerar o preço por<br />
quilograma. Para o varejo o preço coleta<strong>do</strong> já é por quilograma. Assim sen<strong>do</strong>, a amostra é<br />
composta <strong>de</strong> 70 observações semanais, ten<strong>do</strong> como primeira sena aquela iniciada em<br />
29/01/2007 e ten<strong>do</strong> como última semana aquela iniciada em 26/05/2008. 3<br />
3<br />
Para a semana que se inicia em 16/04/2007 os da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> varejo não estavam disponíveis então dói consi<strong>de</strong>rada<br />
a média das semanas adjacentes.
Adicionalmente, consi<strong>de</strong>ramos o preço médio da gasolina em postos na cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio<br />
<strong>de</strong> Janeiro como proxy <strong>do</strong> custo <strong>de</strong> transporte <strong>do</strong>s varejistas. Os da<strong>do</strong>s forma obti<strong>do</strong>s a partir<br />
<strong>de</strong> pesquisa semanal efetuada pela Agência Nacional <strong>do</strong> Petróleo-ANP em uma amostra <strong>de</strong><br />
postos .<br />
A tabela 2 apresenta estatísticas <strong>de</strong>scritivas <strong>para</strong> base <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s;<br />
INSERIR TABELA 2 POR AQUI<br />
Po<strong>de</strong>-se constatar que a amostra evi<strong>de</strong>ncia ampla heterogeneida<strong>de</strong> entre os diferentes<br />
merca<strong>do</strong>s varejistas consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s e como seria espera<strong>do</strong> em um merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> pequenos varejistas<br />
as margens <strong>do</strong> ataca<strong>do</strong> <strong>para</strong> o varejo ten<strong>de</strong>m a ser elevadas. Com efeito, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> uma<br />
margem <strong>de</strong> comercialização análoga ao índice <strong>de</strong> Lerner <strong>de</strong>finida como (pvarejo-pataca<strong>do</strong>)/pvarejo<br />
observa-se um padrão interessante. Em que pesem as flutuações pontuais, as estatísticas<br />
<strong>de</strong>scritivas <strong>para</strong> margens reportadas na tabela 3 indicam comportamento médios algo<br />
semelhantes entre produtos e <strong>para</strong> diferentes merca<strong>do</strong>s. Nota-se pois que margens próximas <strong>de</strong><br />
60% parecem ser típicas.<br />
INSERIR TABELA 3 POR AQUI<br />
Por fim, cabe ressaltar que não foi possível obter series completas e com <strong>de</strong>finição não<br />
ambígua <strong>para</strong> produtos ainda mais perecíveis como hortaliças. De qualquer forma, além da<br />
perecibilida<strong>de</strong> não <strong>de</strong>sprezível <strong>de</strong> alguns produtos seleciona<strong>do</strong>s, não se <strong>de</strong>ve esperar a priori<br />
uma capacida<strong>de</strong> significativa <strong>de</strong> estocagem por parte <strong>de</strong> feirantes <strong>de</strong> pequeno porte .<br />
4- Resulta<strong>do</strong>s Empíricos<br />
O sistema anteriormente menciona<strong>do</strong> foi estima<strong>do</strong> pelo méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> regressões<br />
aparentemente não relacionadas-SUR com a utilização <strong>do</strong> software Eviews 6.0. Os resulta<strong>do</strong>s
<strong>para</strong> os merca<strong>do</strong>s da zona norte (Tijuca), zona sul (Leblon) e zona oeste (Barra da Tijuca) da<br />
cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro são respectivamente reporta<strong>do</strong>s nas tabelas 4, 5 e 6;<br />
INSERIR TABELAS 4, 5 E 6 POR AQUI<br />
Contu<strong>do</strong>, como estamos lidan<strong>do</strong> com da<strong>do</strong>s <strong>para</strong> séries <strong>de</strong> tempo é importante<br />
examinarmos preliminarmente a estacionarieda<strong>de</strong> das séries envolvidas <strong>para</strong> evitarmos<br />
problemas <strong>de</strong> regressão espúria. Assim, consi<strong>de</strong>ramos testes <strong>de</strong> raiz unitária [augmented<br />
Dickey-Fuller-ADF] que são reporta<strong>do</strong>s no apêndice. A evidência indica que a gran<strong>de</strong> maioria<br />
das séries já são estacionárias (I(0)) ao passo que a série <strong>de</strong> preço <strong>de</strong> gasolina é integradas<br />
<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m 1 (I(1)). Nesse senti<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>mos proce<strong>de</strong>r com segurança.<br />
Os resulta<strong>do</strong>s, via <strong>de</strong> regra, são mo<strong>de</strong>stos no que tange à significância estatística <strong>do</strong>s<br />
coeficientes. O resulta<strong>do</strong> mais saliente foi a persistência da diferença <strong>do</strong>s preço <strong>de</strong>fasa<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
varejo nos diferentes merca<strong>do</strong>s e <strong>para</strong> diferentes produtos. Os coeficientes das variáveis<br />
compostas com as dummies <strong>de</strong> inclinação só se mostram significativos em poucos casos o que<br />
já fornece uma indicação preliminar <strong>de</strong> que movimentos abruptos <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> preços<br />
não parecem prevalecer. Por fim, merece menção a significância <strong>do</strong>s coeficientes relativos a<br />
variações no preço da gasolina em diferentes casos o que po<strong>de</strong> indicar algum papel relevante<br />
<strong>para</strong> custos <strong>de</strong> transportes. Todavia seria <strong>de</strong>sejável a utilização <strong>de</strong> series mais longas e com<br />
maior variabilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> se chegar a resulta<strong>do</strong>s mais contun<strong>de</strong>ntes.<br />
De to<strong>do</strong> mo<strong>do</strong>, consi<strong>de</strong>remos os testes <strong>de</strong> assimetria que são reporta<strong>do</strong>s na tabela 7.<br />
INSERIR A TABELA 7 POR AQUI<br />
Como po<strong>de</strong>-se ver a evidência favorece a prevalência <strong>de</strong> ajustes simétricos <strong>de</strong> preços<br />
com a única exceção da abobrinha no merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Leblon. Esse resulta<strong>do</strong> contrasta com a<br />
pre<strong>do</strong>minância <strong>de</strong> ajustes assimétricos <strong>de</strong> preços encontrada por Minten e Kyle (2000) <strong>para</strong> o<br />
merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> Kinshasa-Zaire, em que pese que aquele trabalho se concentre mais em grãos.
5- Comentários Finais<br />
O artigo procurou implementar uma investigação sobre a transmissão <strong>de</strong> preços <strong>do</strong><br />
ataca<strong>do</strong> <strong>para</strong> o varejo <strong>para</strong> um conjunto <strong>de</strong> vegetais seleciona<strong>do</strong>s na cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Essa base <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s não anteriormente utilizada permitiu uma primeira aproximação empírica<br />
<strong>para</strong> a referida questão.<br />
O trabalho teve um caráter exploratório mas gerou alguns resulta<strong>do</strong>s sugestivos que<br />
<strong>de</strong>vem merecer outras investigações. De fato, efeitos estatisticamente significativos só foram<br />
<strong>de</strong>tecta<strong>do</strong>s em alguns casos mas claramente os diferentes merca<strong>do</strong>s parecem possuir<br />
dinâmicas algo distintas.<br />
No que concerne à questão <strong>de</strong> ajustes possivelmente assimétricos a evidência<br />
exploratória favoreceu um comportamento simétrico. Todavia, foi encontrada alguma evidência<br />
<strong>de</strong> ajustes assimétricos <strong>de</strong> preços em um merca<strong>do</strong>s caracteriza<strong>do</strong> por um po<strong>de</strong>r compra mais<br />
eleva<strong>do</strong> <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res. Conquanto esse ponto exija mais estu<strong>do</strong>s a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
exercício mais acentua<strong>do</strong> <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> naquelas localida<strong>de</strong>s é sugestiva.<br />
Diferentes direções <strong>para</strong> pesquisa futuras parecem relevantes. Vale lembrar que os<br />
trabalhos empíricos que testaram ajustes assimétricos <strong>de</strong> preços <strong>do</strong> ataca<strong>do</strong> <strong>para</strong> o varejo via<br />
<strong>de</strong> regra focaram no ataca<strong>do</strong>/varejo <strong>de</strong> gasolina. Seria interessante estudar mais <strong>de</strong>tidamente a<br />
transmissão no contexto <strong>de</strong> algum produto em que a perecibilida<strong>de</strong> e dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> estocagem<br />
<strong>do</strong> produto não prevaleçam. Por outro la<strong>do</strong>, proprieda<strong>de</strong>s cíclicas <strong>do</strong>s preços po<strong>de</strong>riam ser<br />
investiga<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma proveitosa com mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> series <strong>de</strong> tempo no <strong>do</strong>mínio da freqüência.
Referências<br />
Bacon, R. (1991), Rockets and feathers: the asymmetric speed of adjustment of U.K. retail<br />
gasoline prices to cost changes, Energy Economics, 13, 211-18 .<br />
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cru<strong>de</strong> oil prices?, Quarterly Jourmal of Economics, 112, 305-309.<br />
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502.<br />
Ray, S., Chen, H., Bergen, M.E., Levy, D. (2006), Asymmetric wholesale pricing: theory and<br />
evi<strong>de</strong>nce, Marketing Research, 25, 131-154.
Tabela 1<br />
Estu<strong>do</strong>s empíricos sobre transmissão assimétrica <strong>de</strong> preços<br />
Artigo Produtos Amostra Mo<strong>de</strong>lo Outros controles Evidência <strong>de</strong><br />
assimetria<br />
Bacon (1991) gasolina 1982-89 <strong>para</strong> os EUA Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ajustamento<br />
não linear (quadrático)<br />
não sim<br />
Duffy-Deno (1996) gasolina da<strong>do</strong>s semanais <strong>de</strong><br />
1989 a 1993 <strong>para</strong> Salt<br />
Lake City-Utah-E.U.A.<br />
não sim<br />
Minten e Kyle (2000) grãos e farinhas ....da<strong>do</strong>s semanais <strong>de</strong> Regressões preço da gasolina como<br />
sim<br />
1987 a 1989 aparentemente não proxy <strong>de</strong> custo <strong>de</strong><br />
<strong>para</strong>..Kinshasa-Zaire relacionadas (SUR) transporte e dummies<br />
sazonais<br />
Miller e Hayenga (2001) porco Da<strong>do</strong>s semanais <strong>de</strong> auto regressões<br />
não sim (<strong>para</strong> a segunda<br />
1981 a 1995 em <strong>do</strong>is vetoriais (VAR) e<br />
classe <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo)<br />
esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s regressões por<br />
Uni<strong>do</strong>s<br />
espectro <strong>de</strong> banda<br />
Eckert (2002) gasolina Da<strong>do</strong>s semanais <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> correção <strong>de</strong> dummies sazonais sim<br />
1989 a1994 <strong>para</strong><br />
Windsor-Canadá<br />
erros<br />
Chen et al (2005) Gasolina Da<strong>do</strong>s semanais <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> correção <strong>de</strong><br />
não sim<br />
1991 a 2003 erros <strong>para</strong> threshold<br />
regressions
Tabela 2<br />
Estatísticas Descritivas<br />
Produto Média Desvio Padrão Mínimo Máximo<br />
Abobrinha extra<br />
Aipim comum<br />
Ataca<strong>do</strong> 1.01 0.34 0.53 1.86<br />
Varejo-Tijuca 2.81 0.48 2.00 3.90<br />
Varejo-Leblon 2.94 0.65 2.00 4.60<br />
Varejo-Barra 2.86 0.44 1.80 4.00<br />
Ataca<strong>do</strong> 0.78 5.89E-02 0.66 0.91<br />
Varejo-Tijuca 1.97 0.22 1.00 2.50<br />
Varejo-Leblon 2.16 0.39 1.00 3.00<br />
Varejo-Barra 1.95 0.22 1.00 2.20
Produto Média Desvio Padrão Mínimo Máximo<br />
Inhame extra<br />
Jiló extra<br />
Pepino extra<br />
Ataca<strong>do</strong> 1.11 0.23 0.82 1.77<br />
Varejo-Tijuca 3.04 0.45 2.00 3.90<br />
Varejo-Leblon 2.90 0.37 2.00 4.00<br />
Varejo-Barra 2.96 0.41 2.00 3.60<br />
Ataca<strong>do</strong> 1.22 0.34 0.69 2.24<br />
Varejo-Tijuca 2.74 0.75 1.60 3.90<br />
Varejo-Leblon 2.81 0.51 2.00 4.00<br />
Varejo-Barra 2.53 0.74 1.00 4.60<br />
Ataca<strong>do</strong> 0.72 0.17 0.43 1.20<br />
Varejo-Tijuca 2.26 0.35 2.00 3.50<br />
Varejo-Leblon 2.14 0.26 1.90 2.80<br />
Varejo-Barra 1.94 0.28 1.40 2.60
Produto Média Desvio Padrão Mínimo Máximo<br />
Vagem manteiga<br />
extra<br />
Ataca<strong>do</strong> 2.01 0.71 0.82 3.82<br />
Varejo-Tijuca 4.40 1.19 2.80 7.90<br />
Varejo-Leblon 4.38 1.02 2.50 6.80<br />
Varejo-Barra 4.38 1.00 3.00 6.90<br />
Gasolina 2.49 1.73E-02 2.46 2.53
Tabela 3<br />
Margens <strong>de</strong> Comercialização entre Ataca<strong>do</strong> e Varejo<br />
Produto Feira da Zona Norte (Tijuca) Feira da Zona Sul (Leblon) Feira da Zona Oeste (Barra da<br />
Tijuca)<br />
Média Desvio Mínimo Máximo Média Desvio Mínimo Máximo Média Desvio Mínimo Máximo<br />
Padrão<br />
Padrão<br />
Padrão<br />
Abobrinha<br />
extra<br />
0,64 9,96E-02 0,40 0,78 0,65 0,11 0,38 0,82 0,65 9,98E-02 0,41 0,82<br />
Aipim<br />
comum<br />
0,59 9,09E-02 0,09 0,71 0,63 8,82E-02 0,28 0,76 0,59 9,78E-02 0,15 0,67<br />
Inhame<br />
extra<br />
0,63 9,48E-02 0,24 0,76 0,61 9,64E-02 0,31 0,77 0,62 8,68E-02 0,40 0,76<br />
Jiló extra<br />
0,55 0,11 0,28 0,72 0,56 9,30E-02 0,35 0,73 0,49 0,18 -0,22 0,73<br />
Pepino<br />
extra<br />
Vagem<br />
manteiga<br />
extra<br />
0,68 7,40E-02 0,44 0,82 0,66 6,79E-02 0,49 0,78 0,63 7,25E-02 0,46 0,78<br />
0,54 0,11 0,10 0,78 0,53 0,15 -0,01 0,82 0,53 0,14 0,17 0,80
Tabela 4<br />
Resulta<strong>do</strong>s Econométricos <strong>para</strong> Varejo da Zona Norte da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro (Tijuca)<br />
Variáveis<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
Abobrinha<br />
extra<br />
Intercepto 1.034<br />
(0.000)<br />
(Ait)D E 0.515<br />
(0.045)<br />
(Ai,t-1)D E 0.307<br />
(0.282)<br />
(Ait)D R -0.136<br />
(0.660)<br />
(Ai,t-1)D R 0.119<br />
(0.643)<br />
(Vi,t-1) 0.476<br />
(0.000)<br />
(PGASt-PGASt-1) 2.201<br />
(0.519)<br />
Aipim<br />
comum<br />
2.309<br />
(0.000)<br />
-0.360<br />
(0.746)<br />
-0.863<br />
(0.306)<br />
0.040<br />
(0.973)<br />
0.628<br />
(0.463)<br />
-0.074<br />
(0.499)<br />
-3.248<br />
(0.180)<br />
Pepino<br />
extra<br />
0.703<br />
(0.002)<br />
0.167<br />
(0.668)<br />
0.285<br />
(0.584)<br />
0.459<br />
(0.311)<br />
0.213<br />
(0.643)<br />
0.515<br />
(0.000)<br />
7.101<br />
(0.021)<br />
Inhame<br />
extra<br />
0.951<br />
(0.004)<br />
0.003<br />
(0.996)<br />
-0.159<br />
(0.812)<br />
0.343<br />
(0.578)<br />
0.510<br />
(0.366)<br />
0.556<br />
(0.000)<br />
-6.549<br />
(0.102)<br />
Jiló extra Vagem<br />
manteiga<br />
extra<br />
1.114<br />
(0.000)<br />
-0.133<br />
(0.710)<br />
0.880<br />
(0.106)<br />
0.900<br />
(0.050)<br />
-0.158<br />
(0.740)<br />
0.304<br />
(0.003)<br />
14.209<br />
(0.001)<br />
0.882<br />
(0.007)<br />
0.462<br />
(0.149)<br />
0.603<br />
(0.155)<br />
0.278<br />
(0.455)<br />
-0.004<br />
(0.992)<br />
0.506<br />
(0.000)<br />
5.690<br />
(0.450)<br />
R 2 0.539 0.050 0.329 0.321 0.487 0.650<br />
Nota: a significância é reportada entre parênteses
Tabela 5<br />
Resulta<strong>do</strong>s Econométricos <strong>para</strong> Varejo da Zona Sul da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro (Leblon)<br />
Variáveis<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
Abobrinha<br />
extra<br />
Intercepto 1.697<br />
(0.000)<br />
(Ait)D E 0.353<br />
(0.468)<br />
(Ai,t-1)D E -0.079<br />
(0.883)<br />
(Ait)D R 0.823<br />
(0.164)<br />
(Ai,t-1)D R 0.890<br />
(0.057)<br />
(Vi,t-1) 0.073<br />
(0.491)<br />
(PGASt-PGASt-1) 11.078<br />
(0.059)<br />
Aipim<br />
comum<br />
0.185<br />
(0.726)<br />
0.819<br />
(0.607)<br />
0.684<br />
(0.568)<br />
0.171<br />
(0.918)<br />
0.306<br />
(0.799)<br />
0.559<br />
(0.000)<br />
-2.678<br />
(0.425)<br />
Pepino<br />
extra<br />
0.837<br />
(0.000)<br />
0.274<br />
(0.252)<br />
0.297<br />
(0.360)<br />
0.254<br />
(0.370)<br />
0.184<br />
(0.532)<br />
0.440<br />
(0.000)<br />
2.771<br />
(0.167)<br />
Inhame<br />
extra<br />
2.333<br />
(0.000)<br />
0.234<br />
(0.634)<br />
-0.241<br />
(0.709)<br />
-0.399<br />
(0.502)<br />
-0.023<br />
(0.966)<br />
0.272<br />
(0.007)<br />
6.960<br />
(0.066)<br />
Jiló extra Vagem<br />
manteiga<br />
extra<br />
1.368<br />
(0.000)<br />
0.717<br />
(0.019)<br />
0.219<br />
(0.632)<br />
0.037<br />
(0.922)<br />
0.697<br />
(0.093)<br />
0.123<br />
(0.209)<br />
0.049<br />
(0.990)<br />
1.792<br />
(0.000)<br />
-0.082<br />
(0.818)<br />
0.539<br />
(0.272)<br />
0.790<br />
(0.069)<br />
0.191<br />
(0.635)<br />
0.285<br />
(0.007)<br />
-4.810<br />
(0.563)<br />
R 2 0.299 0.379 0.433 0.050 0.528 0.414<br />
Nota: a significância é reportada entre parênteses
Tabela 6<br />
Resulta<strong>do</strong>s Econométricos <strong>para</strong> Varejo da Zona Oeste da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro (Barra da Tijuca)<br />
Variáveis<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
Abobrinha<br />
extra<br />
Intercepto 0.842<br />
(0.001)<br />
(Ait)D E 0.346<br />
(0.216)<br />
(Ai,t-1)D E 0.440<br />
(0.154)<br />
(Ait)D R 0.013<br />
(0.970)<br />
(Ai,t-1)D R -0.118<br />
(0.657)<br />
(Vi,t-1) 0.588<br />
(0.000)<br />
(PGASt-PGASt-1) -0.487<br />
(0.881)<br />
Aipim<br />
comum<br />
1.881<br />
(0.000)<br />
-0.432<br />
(0.673)<br />
-0.131<br />
(0.866)<br />
-0.418<br />
(0.699)<br />
-0.760<br />
(0.339)<br />
0.388<br />
(0.000)<br />
2.312<br />
(0.274)<br />
Pepino<br />
extra<br />
0.559<br />
(0.003)<br />
0.454<br />
(0.120)<br />
0.631<br />
(0.115)<br />
0.153<br />
(0.667)<br />
0.045<br />
(0.900)<br />
0.479<br />
(0.000)<br />
1.135<br />
(0.618)<br />
Inhame<br />
extra<br />
0.893<br />
(0.009)<br />
-0.684<br />
(0.153)<br />
0.223<br />
(0.725)<br />
1.033<br />
(0.076)<br />
0.091<br />
(0.865)<br />
0.592<br />
(0.000)<br />
1.381<br />
(0.688)<br />
Jiló extra Vagem<br />
manteiga<br />
extra<br />
0.420<br />
(0.170)<br />
0.706<br />
(0.174)<br />
0.748<br />
(0.346)<br />
0.148<br />
(0.826)<br />
0.033<br />
(0.961)<br />
0.449<br />
(0.000)<br />
-0.710<br />
(0.910)<br />
0.372<br />
(0.198)<br />
0.236<br />
(0.331)<br />
0.127<br />
(0.695)<br />
0.254<br />
(0.391)<br />
0.254<br />
(0.358)<br />
0.714<br />
(0.000)<br />
5.402<br />
(0.326)<br />
R 2 0.500 0.253 0.437 0.417 0.392 0.744<br />
Nota: a significância é reportada entre parênteses
Tabela 7<br />
Testes <strong>de</strong> Wald <strong>para</strong> Simetria na <strong>Transmissão</strong> <strong>de</strong> <strong>Preços</strong> <strong>do</strong> Ataca<strong>do</strong> <strong>para</strong> o Varejo<br />
Produtos Zona Norte<br />
(Tijuca)<br />
Abobrinha extra<br />
Aipim comum<br />
Pepino extra<br />
Inhame extra<br />
Jiló extra<br />
Vagem manteiga extra<br />
0.218<br />
(0.640)<br />
0.623<br />
(0.430)<br />
1.022<br />
(0.312)<br />
0.022<br />
(0.962)<br />
0.110<br />
(0.740)<br />
1.379<br />
(0.340)<br />
Zona Sul<br />
(Leblon)<br />
Estatística <strong>de</strong> Teste [χ 2 (1)]<br />
3.289<br />
(0.050)<br />
0.000<br />
(0.996)<br />
0.371<br />
(0.542)<br />
0.982<br />
(0.322)<br />
2.081<br />
(0.149)<br />
0.026<br />
(0.873)<br />
Nota: significância (p-value) é reportada entre parênteses<br />
Zona Oeste<br />
(Barra da Tijuca)<br />
0.121<br />
(0.728)<br />
0.162<br />
(0.687)<br />
0.499<br />
(0.480)<br />
0.124<br />
(0.725)<br />
0.145<br />
(0.703)<br />
1.392<br />
(0.238)
Apêndice<br />
Testes <strong>de</strong> raiz unitária (augmented Dickey-Fuller-ADF) <strong>para</strong> preços <strong>de</strong> vegetais seleciona<strong>do</strong>s no ataca<strong>do</strong> e no varejo e gasolina no<br />
varejo<br />
Produto Ataca<strong>do</strong><br />
Abobrinha extra -4.664<br />
(0.002)<br />
Aipim comum -4.169<br />
(0.002)<br />
Inhame extra -2.755<br />
(0.070)<br />
Jiló extra -3.649<br />
(0.007)<br />
Pepino extra -3.831<br />
(0.004)<br />
Vagem manteiga extra -2.951<br />
(0.045)<br />
Varejo<br />
Tijuca Leblon Barra da<br />
Tijuca<br />
-3.903 -6.484 -4.106<br />
(0.003) (0.000) (0.002)<br />
-8.979 -4.022 -5.131<br />
(0.000) (0.002) (0.000)<br />
-2.265 -7.194 -3.749<br />
(0.186) (0.000) (0.005)<br />
-4.467 -2.591 -5.194<br />
(0.000) (0.099) (0.000)<br />
-4.781 -3.965 -3.986<br />
(0.000) (0.003) (0.003)<br />
-3.254 -4.718 -2.483<br />
(0.021) (0.000) (0.124)<br />
Gasolina -2.065 (0.259)<br />
Nota: a significância (p-value) é indicada entre parênteses e o número <strong>de</strong> <strong>de</strong>fasagens nas regressões <strong>para</strong> <strong>de</strong>terminação da<br />
estatística ADF foi <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> com base no critério <strong>de</strong> Akailke.