Código de Boas Práticas Agrícolas - Direcção Regional de ...
Código de Boas Práticas Agrícolas - Direcção Regional de ...
Código de Boas Práticas Agrícolas - Direcção Regional de ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
por <strong>de</strong>snitrificação. Convirá, <strong>de</strong> preferência, ser aplicado sob forma amoniacal, que o solo<br />
retém com bastante segurança e que o arroz absorve facilmente.<br />
7.2.1.3 - Culturas perenes (vinha, olival, pomares, prados permanentes e outras)<br />
Nestas culturas o azoto <strong>de</strong>verá ser aplicado a partir do Inverno, prece<strong>de</strong>ndo o começo da<br />
rebentação ou da retoma do crescimento, altura em que se inicia um período <strong>de</strong> intensa<br />
absorção <strong>de</strong> nutrientes. Aplicá-lo antes, quando as culturas se encontram ainda em repouso<br />
vegetativo, será sujeitá-lo a perdas mais ou menos intensas nas águas das chuvas.<br />
7.2.2. - Técnicas <strong>de</strong> aplicação dos fertilizantes<br />
A fertilização azotada <strong>de</strong>verá, não apenas, fazer-se nas quantida<strong>de</strong>s e épocas mais a<strong>de</strong>quadas<br />
mas, também, com a técnica que proporcione uma elevada eficiência do azoto.<br />
No que respeita ao modo ou técnica <strong>de</strong> aplicação, consi<strong>de</strong>rar-se-ão por um lado, os adubos<br />
(minerais, organominerais e orgânicos) e, por outro, os correctivos orgânicos (estrumes,<br />
chorumes, compostos, lamas <strong>de</strong> <strong>de</strong>puração, etc.).<br />
7.2.2.1 - Adubos<br />
I<strong>de</strong>almente, a técnica <strong>de</strong> aplicação dos adubos ao solo e à cultura, <strong>de</strong>signadamente dos<br />
adubos fornecedores <strong>de</strong> azoto, conviria ser tal que conduzisse à sua máxima eficiência, isto é,<br />
que todo o azoto aplicado fosse absorvido pela cultura. Numa situação <strong>de</strong>stas não haveria<br />
qualquer risco <strong>de</strong> contaminação das águas com nitratos. Seria uma situação óptima não<br />
apenas do ponto <strong>de</strong> vista ambiental mas, também, do ponto <strong>de</strong> vista económico. Porém, tal não<br />
é possível na prática: a quantida<strong>de</strong> do azoto absorvido pelas culturas é apenas uma fracção,<br />
maior ou menor, do azoto fornecido pelo adubo.<br />
Não po<strong>de</strong>ndo alcançar-se o óptimo, <strong>de</strong>verá, no entanto, tentar conseguir-se o bom ou o<br />
razoável através <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> aplicação do adubo ao sistema solo-planta que facilite ao<br />
máximo a absorção do(s) nutriente(s) contido(s) no adubo.<br />
Os adubos po<strong>de</strong>m ser distribuídos uniformemente sobre toda a superfície do terreno a fertilizar<br />
(adubações a lanço) ou aplicados apenas em zonas restritas do terreno (adubações<br />
localizadas: em bandas ou faixas laterais, sulcos, covas, cal<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> rega, etc.).<br />
Quer nas adubações a lanço, quer nas adubações localizadas, os adubos po<strong>de</strong>m ou não ser<br />
enterrados. O enterramento po<strong>de</strong> ser feito a maior ou menor profundida<strong>de</strong> na camada do solo<br />
mais <strong>de</strong>nsamente ocupada pelo raizame das culturas.<br />
A técnica <strong>de</strong> aplicação a adoptar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> vários factores relacionados:<br />
• com o adubo (forma sob que se encontra o azoto e seu teor; estado físico do adubo -<br />
sólido, líquido ou gasoso);<br />
• com a cultura (exigências específicas <strong>de</strong> azoto ao longo do ciclo vegetativo);<br />
• com o solo (características físicas e químicas);<br />
• com o clima (quantida<strong>de</strong> e distribuição das chuvas);<br />
• com o custo da fertilização (encargos com a aquisição e aplicação do adubo).<br />
Qualquer que seja a técnica <strong>de</strong> aplicação escolhida, ela <strong>de</strong>verá ser correctamente executada<br />
por forma que o adubo seja distribuído uniformemente no terreno a fertilizar, evitando-se,<br />
assim, zonas com excesso <strong>de</strong> adubo e elevado risco <strong>de</strong> arrastamento do azoto exce<strong>de</strong>ntário<br />
nas águas <strong>de</strong> infiltração, a par <strong>de</strong> outras com escassez <strong>de</strong> azoto e consequentes baixas <strong>de</strong><br />
produção.