13.04.2013 Views

Código de Boas Práticas Agrícolas - Direcção Regional de ...

Código de Boas Práticas Agrícolas - Direcção Regional de ...

Código de Boas Práticas Agrícolas - Direcção Regional de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

forma geral po<strong>de</strong>rá estimar-se essa quantida<strong>de</strong> em 5 a 10 kg <strong>de</strong> N por ano, a qual po<strong>de</strong>rá<br />

aumentar <strong>de</strong> forma muito significativa em áreas <strong>de</strong> pecuária intensiva ou com <strong>de</strong>terminados<br />

tipos <strong>de</strong> indústria. As águas <strong>de</strong> rega, quando contaminadas com compostos <strong>de</strong> azoto, po<strong>de</strong>rão<br />

veicular quantida<strong>de</strong>s apreciáveis <strong>de</strong>ste nutriente, que convirá contabilizar nos planos <strong>de</strong><br />

fertilização, o que só é possível se for conhecido o teor <strong>de</strong> azoto nessas águas.<br />

• Azoto fixado biologicamente (B)<br />

A quantida<strong>de</strong> anual <strong>de</strong> azoto fixado biologicamente no solo, sobretudo através da simbiose<br />

Rhizobium - Leguminosa, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> enormemente do tipo <strong>de</strong> leguminosa cultivada, da produção<br />

<strong>de</strong>sta e da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> biomassa incorporada no solo, variando entre poucas <strong>de</strong>zenas e<br />

algumas centenas <strong>de</strong> quilos <strong>de</strong> N por hectare. No Anexo 8 apresentam-se as quantida<strong>de</strong>s<br />

fixadas anualmente por algumas leguminosas.<br />

• Azoto proveniente dos resíduos das culturas prece<strong>de</strong>ntes (R)<br />

A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> azoto assimilável fornecido à cultura pelos resíduos da(s) cultura(s) que a<br />

prece<strong>de</strong>(m) (prece<strong>de</strong>nte cultural) <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da quantida<strong>de</strong> e composição <strong>de</strong>sses resíduos,<br />

sobretudo da sua riqueza em azoto e do seu maior ou menor grau <strong>de</strong> lenhificação.<br />

Depen<strong>de</strong>, também, da sua maior ou menor incorporação no solo, da época em que é feita<br />

e da forma como <strong>de</strong>correr o tempo.<br />

As culturas anuais <strong>de</strong>ixam no terreno, após a colheita, para além do seu raizame, uma<br />

proporção maior ou menor da sua parte aérea conforme a sua natureza e o fim com que<br />

foram feitas.<br />

De uma cultura <strong>de</strong> milho para grão, por exemplo, po<strong>de</strong>rá ficar no solo praticamente a planta<br />

inteira, excepto a espiga, ou, pelo contrário, ficar apenas o raizame com uma pequena<br />

porção da parte inferior do caule e algumas folhas que <strong>de</strong>le se <strong>de</strong>sprendam. Se se tratar <strong>de</strong><br />

milho forragem para ser consumido em ver<strong>de</strong> ou sob a forma <strong>de</strong> silagem, no terreno pouco<br />

mais restará que o raizame.<br />

Será, pois, difícil estimar, com um mínimo <strong>de</strong> rigor, as quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> azoto e <strong>de</strong> outros<br />

nutrientes provenientes da(s) cultura(s) prece<strong>de</strong>nte(s), que <strong>de</strong>verão ser consi<strong>de</strong>radas no<br />

cálculo da adubação. A título indicativo, apresentam-se no Anexo 9 as quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

azoto (N), <strong>de</strong> fósforo (P2O5) e <strong>de</strong> potássio (K2O) contidos numa tonelada <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong><br />

algumas culturas com um teor médio <strong>de</strong> humida<strong>de</strong> à colheita.<br />

• Azoto imobilizado pelos microrganismos do solo (I)<br />

A incorporação no solo <strong>de</strong> resíduos vegetais pobres em azoto po<strong>de</strong>rá dar origem a uma<br />

diminuição do teor <strong>de</strong> azoto mineral do solo como consequência <strong>de</strong> a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste<br />

nutriente que é libertada durante a <strong>de</strong>composição dos resíduos ser insuficiente para satisfazer<br />

as necessida<strong>de</strong>s dos microrganismos responsáveis por essa <strong>de</strong>composição.<br />

É o que acontece, por exemplo, com o enterramento <strong>de</strong> palhas dos cereais com relações C/N<br />

elevadas, por vezes superiores a 100. Se se preten<strong>de</strong>r evitar uma tal diminuição, haverá que<br />

incorporar, juntamente com as palhas, uma certa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> azoto mineral, da or<strong>de</strong>m dos 8-<br />

10 quilogramas <strong>de</strong> N por cada tonelada <strong>de</strong> palha enterrada. Isso po<strong>de</strong>rá tornar-se necessário<br />

se, logo após o enterramento das palhas, se seguir a sementeira <strong>de</strong> uma cultura que ficará<br />

sujeita ao risco <strong>de</strong> uma carência mais ou menos grave <strong>de</strong> azoto se tal incorporação não for<br />

feita. No Anexo 10 apresentam-se valores indicativos da relação C/N referente a diversos<br />

resíduos orgânicos.<br />

• Perdas <strong>de</strong> azoto sob forma gasosa para a atmosfera (P)<br />

Estas perdas po<strong>de</strong>m ocorrer através <strong>de</strong> vários mecanismos, em especial por <strong>de</strong>snitrificação e<br />

por volatilização sob a forma <strong>de</strong> amoníaco à superfície <strong>de</strong> solos alcalinos. Estima-se que num

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!