Capítulo 6 - Descrição articulatória do português - FALE
Capítulo 6 - Descrição articulatória do português - FALE
Capítulo 6 - Descrição articulatória do português - FALE
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
As vogais nasais são de difícil descrição acústica. Apresentam queda<br />
global de intensidade, enfraquecimento de F1 e a presença de formantes<br />
nasais (Figura 6.8).<br />
Além <strong>do</strong> deslocamento de formantes das vogais orais correspondentes,<br />
podem-se observar três outros fenômenos na espectrografia das vogais nasais:<br />
a) baixa na intensidade global <strong>do</strong>s formantes da vogal; b) presença de<br />
zonas de antirressonância (por ex.: na vogal [], formante nasal na altura <strong>do</strong>s<br />
2000 Hz e, logo acima, uma antirressonância na altura de 2490 Hz; na vogal<br />
[], formante nasal na altura de 1070 Hz); e c) presença de formantes nasais.<br />
Figura 6.8 – Espectrograma das vogais nasais <strong>do</strong> <strong>português</strong> brasileiro (um locutor masculino).<br />
Quadro 6.2<br />
Formantes F1, F2 e F3 (valores em Hz)<br />
das vogais nasais da Figura 6.8<br />
Formantes Vogais<br />
170 <strong>Descrição</strong> <strong>articulatória</strong> <strong>do</strong> <strong>português</strong><br />
[] [] [] [] []<br />
F1 260 300 370 340 350<br />
F2 2270 2040 790 2140 1390<br />
F3 3140 2700 2990 3200 2730<br />
PRODUCAO_FALA_MIOLO_2011 .indd 170 17/4/2012 15:41:06